Você está na página 1de 3

Políticas públicas são decisões formalizadas pelo Poder Público (Nacional,

Estadual, Municipal), que visam nortear as ações presentes e futuras das


cidadãs e dos cidadãos para atender demandas sociais públicas, “é uma
diretriz elaborada para enfrentar um problema público” (SECCHI, 2013, 2ª
edição, pág. 2).

Quando não há participação da comunidade científica, as políticas públicas


tornam-se verdadeiros achismos, que nada contribuem para a consolidação
genuína de uma sociedade inteligente. Quando não há vontade Política, por
mais excelente que sejam as políticas públicas, elas jamais se efetivam,
jamais se tornarão realidade prática, verificável, já que é no campo político
que elas tomam força e vigor formais.

A Constituição da República Federativa do Brasil - 1988, dividida em IX


Títulos, prevê que haja Políticas Públicas para as áreas da educação,
habitação, saúde, segurança, defesa, das questões ambientais, do
saneamento e do transporte, pois, caso contrário, não será possível a
realização da Lei no tocante a esses temas.

A necessidade de se estabelecer Políticas Públicas que efetivem o que


preceitua a Constituição Federal se vê, claramente, no Art. 5º e Art. 6º

Os Operadores formais das Políticas Públicas de uma Sociedade


Democrática de Direito têm o dever legal de buscar a realização do bem
comum, a concretização de Projetos que atendam aos anseios comuns aos
indivíduos dessa mesma Sociedade.

Theodore J. Lowi, que afirma haver quatro tipos: políticas públicas


regulatórias, políticas públicas distributivas, políticas públicas
redistributivas, políticas públicas constitutivas.

POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE

Quando falamos de Políticas públicas de Saúde, falamos em Política públicas


que deverão dar conta de todas as demandas necessárias para que os
cidadãos gozem de perfeita saúde, assim, são múltiplas as áreas que devem
ser cobertas.

No Brasil, como é de conhecimento de todos, o número de mortos por


causa da Covid 19 é estrondoso e o Senado Federal julgou ser necessária a
instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), a CPI da Pandemia,
conhecida pelos meios de comunicação como a CPI da Covid 19, para
apurar se as consequências nefastas desta pandemia têm causa na
implementação e efetivação inadequadas das Políticas públicas Federal,
Estadual e Municipal.
Podemos falar um pouco sobre o suicídio, questão deixada de lado por toda
uma sociedade, que não tem ideia de quão assustador é o número de
pessoas que tiram suas vidas durante o ano. Assim, notamos que o
problema se faz sentir nas duas direções: por um lado vidas têm sido
ceifadas involuntariamente pela pandemia, por outro vidas são ceifadas
voluntariamente por meio do suicídio.

A Organização Mundial de Saúde - OMS, reconhece que há um aumento da


frequência deste evento entre os jovens de 15 a 25 anos de idade, em
todas as camadas sociais, reconhece que o suicídio provoca danos sociais
(família, trabalho, escola, etc), reconhece que ações preventivas reduzirão o
evento morte, reconhece a necessidade de organizar uma rede de atenção à
saúde, reconhece que tratar as consequências do suicídio é mais custoso do
que implementar políticas públicas de prevenção. Não se pode cuidar,
apenas, das epidemias e, por mais importante e complexo que seja, um
“programa de distribuição gratuita de medicamentos em uma parceria entre
municípios, estados e Governo Federal por meio do Sistema Único de Saúde
(SUS). Repare que o tema suicídio requer, antes de tudo, que seja feito um
trabalho de conscientização da sociedade sobre a importância de se falar
sobre o assunto, já que, por incrível que pareça, o tema suicídio ainda é um
tabu no século XXI

Deveriam entender o porquê uma pessoa chega a este ponto. É papel das
Políticas públicas tornar este tema mais acessível - sobre ele incide
questões culturais, psicológicas, teológicas e filosóficas -, é preciso que o
Estado incentive essa discussão, por meio de campanhas nos mais variados
meios de comunicação, valendo-se de todos os institutos possíveis para que
o objetivo seja alcançado.

A complexidade também se faz presente neste tema, já que a escolha de


políticas públicas a serem implementadas é resultado de escolha política, o
que amplia a presença de variantes que incidem sobre a discussão, o que
aumenta a necessidade da participação dos cidadãos, manifestando a
vontade soberana de uma nação democrática.

Diversas Ações e Programas, que estão sob a responsabilidade do Ministério


da Saúde, Ações e Programas que poderiam ser objeto de nossa análise,
para descobrirmos se, efetivamente, estas políticas têm beneficiado o povo
brasileiro, razão de ser de qualquer política pública, contudo o tempo não
nos permite esta análise, mas fica a dica para quem sentir-se desafiado
pelo tema: 
1. Banco de Leite Humano;
2. Cartão Nacional de Saúde; 
3. Centro de Ação Psicossocial – CAPS; 
4. Certificação das Entidades Beneficentes de Assistência Social – CEBAS; 
5. Doação de Sangue; 
6. Força Nacional do SUS; 
7. Plano de expansão da Radioterapia no SUS; 
8. Política Nacional de Humanização - Humaniza SUS; 
9. Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS – Proad-
SUS; 
10. Programa de Fitoterápico e Plantas Medicinais; 
11. Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica -
PMAQ; 
12. Programa de Volta para a Casa; 
13. Programa Farmácia Popular; 
14. Programa Mais Médicos; 
15. Programa Nacional da Triagem Neonatal; 
16. Programa Nacional de Controle do tabagismo; 
17. Programa Nacional de Imunizações - Vacinação; 
18. Programa Nacional de Segurança do Paciente - PNSP; 
19. Programa Pesquisa para o SUS - PPSUS; 
20. Programa Saúde na Escola; 
21. Projeto Lean nas Emergências: redução das superlotações hospitalares; 
22. Rede Cegonha; 
23. Serviço de Atenção Domiciliar – Melhor em Casa; 
24. Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMUR 192; 
25. Sistema Nacional de Doação e Transplante de Órgãos; 
26. UPA 24H – Unidade de Pronto Atendimento;

Deste modo, conclui afirmando que é dever do profissional da Saúde


envolver-se com Políticas públicas de Saúde, não somente por ser
cidadã/cidadão, mas também por ser cidadã/cidadão com conhecimento de
causa, a fim de que, amanhã, nossa sociedade desfrute de melhor
qualidade de vida.

Você também pode gostar