PSICOLOGIA SOCIAL

Políticas Públicas
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POLÍTICAS PÚBLICAS

As políticas públicas impactam diretamente em nossas vidas. Isso porque, na vida

em sociedade, utilizamos serviços públicos como escolas, saúde, segurança, transportes,
parques etc.
Mesmo as pessoas que não fazem o uso de escolas públicas ou do sistema de saúde
público têm esses elementos como parte de sua vida, pois todos pagam por eles por meio
dos impostos.
Dessa forma, em princípio, todos os brasileiros e as pessoas que moram no Brasil acabam
sendo usuários desses serviços públicos.
A gerência que Estado promove dos seus serviços são as chamadas políticas públicas.
Tais políticas públicas estão diretamente associadas às questões políticas e governa-
mentais que mediam a relação entre Estado e sociedade.
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Histórico brasileiro

Era Vargas (1930 – 1945) – ações em busca do estabelecimento de direitos (trabalhis-

tas). Estado centralizador e desenvolvimentista, ou seja, buscava estratégias para retirar o
Brasil de uma matriz rural para uma matriz urbana/industrial, isso a partir de ações centrali-
zadas do governo. Ainda não existiam entidades da sociedade civil, como ONGs.
Década de 1950 – surgem estudos nos Estados Unidos e Europa acerca das políticas
públicas. A ideia era entender as implementações do Estado e quais eram os objetivos por
trás disso.
Década de 1960 – movimentos sociais trazem a necessidade de discutir o papel do
Estado na proposição e implementação de políticas públicas. Assim, surgiram movimentos
por direitos humanos, o movimento negro, o feminismo, os movimentos estudantis, além de
vários outros grupos que buscavam o seu reconhecimento.
Década de 1970 e 1980 – o Estado como promotor do bem-estar social e desenvolvi-
mento econômico. Ações de proteção e compensação social. Vale lembrar que o Brasil vivia
um contexto de ditadura militar nessa época.
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Percebe-se que, ao longo do século XX, as políticas públicas surgem muito voltadas para
as questões econômicas. Nesse sentido, tudo começou com a questão envolvendo os direi-
tos trabalhistas, isso em razão da mudança da matriz rural para uma matriz industrial no país.
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Em seguida, o Estado precisou avançar mais, por exemplo, reconhecendo o direito das
mulheres, os direitos dos negros, dos homossexuais, das crianças, dos adolescentes, além
de diversos outros grupos.
Todos esses elementos envolvendo demandas econômicas e sociais estão, de uma certa
forma, interconectados.
Durante os anos de ditadura, percebe-se um estado bastante interventor e políticas de
desenvolvimento econômico do país.
Constituição de 1988 – descentralização e autonomia para Estados e Municípios (pacto
federativo). Isso foi muito importante para mostrar que, a partir desse momento, o Estado
pensa nos problemas de uma maneira ampla, mas atua nesses problemas de uma maneira
particular, isto é, em cada município.
1993 – Criação da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS). Visa a implementação de
políticas de cuidado para populações em estado de vulnerabilidade (ex.: crianças, adoles-
centes, idosos, pessoas doentes, pessoas com deficiências, usuários de drogas etc.).
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Reforma do Estado (1995) – reconhecimento da impossibilidade de o Estado atuar em
todas as demandas sociais, incentivando a participação da sociedade civil e da comunidade
nas ações e proposições de políticas públicas.
2000 – Estabelecimento de políticas públicas em diversas áreas, tais como educação
fundamental, assistência social, saúde, saneamento e habitação popular. Programas de
transferência de renda.
Com isso, começa-se a pensar na atuação das políticas públicas voltadas nas necessida-
des da sociedade como um todo. O Estado passa a reconhecer que não consegue atender
a todas as demandas da população e, com isso, passa a demandar a determinados grupos
o entendimento e a gestão prática das ações, cabendo ao Estado o monitoramento do pro-
cesso de estabelecimento e manutenção das políticas públicas.
As políticas públicas de modo geral são atravessadas pelos campos da Economia, Admi-
nistração, do Direito e das Ciências Sociais.
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Tais campos envolvem a construção da sociedade, que deve ser o mais equilibrado e
justo o possível. A ideia é possibilitar que as desigualdades sejam cada vez menores.
Essas políticas públicas se traduzem em políticas econômicas, políticas administrativas e
aquelas que mais se aproximam da vida cotidiana, as políticas sociais.
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São políticas de Estado (não de governo). Vale lembrar que os governos são limitados
pelo mandato, contudo, o Estado permanece. A continuidade das políticas públicas é uma
necessidade do Estado e não de um governante. É por isso que se faz necessário dar conti-
nuidade aos programas em andamento para o sucesso das políticas públicas.
Políticas Públicas são ações coordenadas com objetivo público, isto é, coletivo. Ou seja,
não adianta promover apenas ações individuais ou circunstanciais. O ideal é promover ações
que, mesmo voltadas a atender a uma demanda específica, gerem benefícios para a socie-
dade como um todo.
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Políticas públicas também podem ser entendidas como um conjunto de ações e planeja-
mentos realizados pelo Estado, de maneira direta ou indireta, com a participação de empre-
sas públicas e/ou privadas, que tem como objetivo afirmar o direito à Cidadania e aos direi-
tos humanos.
Implica o Estado a desenvolver um projeto de econômico-social, que compreenda a
dimensão ético-política dos fins da ação. Trata-se de uma forma que o Estado pense em
ações que permitam que a sociedade possa se desenvolver e tenham garantidos os seus
direitos constitucionais. Além disso, é necessário sempre pensar nesses princípios éticos-
-políticos.
As políticas públicas também visam dar conta de determinada demanda, em diversas áreas.
As políticas públicas brasileiras ainda são marcadas por ações compensatórias, enfren-
tando demandas mais urgentes da população mais excluída do acesso a bens e serviços.
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Elas também devem promover transformações sociais que trabalhem diretamente com
promoção de cidadania e promovam participação ativa da sociedade. Ou seja, proporcionar
autonomia à comunidade.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Rafael Rodrigues Vieira.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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