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O QUE É POLÍTICA PÚBLICA?

Definir uma situação específica da política


Políticas Públicas
• Política é uma palavra de origem grega, politikó, que exprime a
condição de participação da pessoa que é livre nas decisões sobre os
rumos da cidade, a pólis.
• Já a palavra pública é de origem latina, publica, e significa povo, do
povo.

Participação do povo nas decisões da cidade, do território

Política X Políticas Públicas


O QUE SÃO POLÍTICAS PÚBLICAS?1
• Conceito nas Ciências Políticas;
• Questões políticas e governamentais;
• Relação entre Estado e sociedade;
• Economia, Administração, do Direito e das Ciências Sociais;
• Políticas econômicas, Políticas externas (relações exteriores), Políticas
administrativas, Políticas Sociais e outras;
POLÍTICAS PÚBLICAS

• “São diretrizes, princípios norteadores de


ação do poder público que se apresenta
através dos programas, ações e atividades
desenvolvidas pelo Estado diretamente ou
não, com a participação de entes públicos ou
privados, para garantir um direito de
cidadania.”
POLÍTICAS PÚBLICAS
• “Caracteriza-se por ações e intenções com os quais os
poderes ou instituições públicas respondem às
necessidades de diversos grupos sociais.”

• O conjunto de disposições, medidas e procedimentos


que traduzem a orientação política do Estado e
regulam as atividades governamentais relacionadas às
tarefas de interesse público.
POLÍTICAS PÚBLICAS

• E sabendo que as políticas públicas são ações coletivas que


visam a orientação e garantia de direitos perante a
sociedade, no qual envolve compromissos e tomadas de
decisões que almejam determinadas finalidades, essas ações
governamentais devem ser sempre planejadas com
objetivos, metas, efeitos e com efetividade.
(1) É do olhar técnico-administrativo da gestão pública em conjunção com as
demandas sociais que os problemas são identificados;

(2) Forma-se uma agenda de itens que precisam ser trabalhados com urgência e
prioridade pelo governo;

(3) A formulação de alternativas é fundamental para que os gestores identifiquem


soluções possíveis;
(4) Nesta etapa é tomada a decisão de qual a solução mais viável; 

(5) A política pública passa a ser implementada;

(6/7) É importantíssimo que haja avaliação e monitoramento constante por parte


dos gestores públicos e da sociedade civil. Só assim é possível observar se a política
pública em questão conseguiu ser eficiente, eficaz e efetiva em relação ao
problema identificado.
- Eficiência (Eficiente) : relação entre os resultados obtidos e
os recursos empregados, permitindo averiguar a existência de
desperdícios de recursos;
- Eficácia (Eficaz): comparação entre o efeito da Política
Pública com os objetivos que eram pretendidos, permitindo
aferir se a Política Pública alcançou os objetivos almejados; e
- Efetividade: averiguação se os resultados alcançados com as
Políticas Públicas realmente causaram impacto social, ou seja,
se realmente contribuíram para elevar a qualidade da
Educação Básica ofertada à população.
Exemplo:  Programa de Cisternas do
Governo Federal
• 1) Identificação do Problema: Falta de água na região semiárida brasileira, o que
compromete as atividades básicas e produtivas dos habitantes.

• 2) Formação da Agenda: Análise das principais questões envolvidas nesse


problema (saúde pública, economia local, educação, trabalho, saneamento básico
etc.) por parte do poder público, ativistas, organizações, entre outros atores.

• 3)  Formulação de Alternativas: Levando em consideração a capacidade técnica e


o orçamento público, diversas soluções são consideradas para a elaboração de
uma política de acesso à água.
• 4) Tomada de Decisão: Escolha das cisternas como forma de captação e
armazenamento da água da chuva. O público alvo dessa política é a população
rural e de baixa renda do semiárido nordestino cadastrada no Cadastro Único
(mesmo processo de elegibilidade do Bolsa Família).

• 5) Implementação: Execução da política pública que foi desenhada. Neste caso,


do Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC) que se resume na construção de
cisternas domiciliares para captação e armazenamento da água da chuva.

• 6) Avaliação: O processo de avaliação envolve um olhar crítico (quantitativo e


qualitativo) para a implementação da política pública. No caso das cisternas,
graças à avaliação do programa foi possível identificar a necessidade de sua
ampliação (2008) para a construção de um segundo tipo de cisterna (calçadão)
com a finalidade de captar água para atividades produtivas, garantindo a
Políticas Públicas

Entender políticas públicas para a


sua elaboração e execução.

Faz-se necessário a participação da


sociedade. Para isso temos 2 grandes
leis que são usadas como instrumento
para a participação social.
• Lei de Acesso à Informação: A LAI (nº 12.527/15) garante o direito ao
acesso à informação pública.
• De acordo com a lei, todos os cidadãos e cidadãs podem solicitar qualquer
tipo de informações e dados para todos os poderes do Estado (Judiciário,
Legislativo e Executivo) e em todas as esferas (federal, estadual e
municipal) por meio dos pedidos de acesso à informação.
• A lei também determina prazo para que o poder público forneça a
resposta. Além disso, a LAI incentiva que os órgãos públicos disponibilizem
informações de forma ativa, por meio dos Portais de Transparência e
botões de Acesso à Informação nas páginas institucionais.
• Orçamento Participativo: O orçamento participativo é um
instrumento importantíssimo para que os cidadãos e cidadãs estejam
próximos do destino orçamentário de sua cidade.
• Através de assembleias abertas (organizadas pelo poder público e/ou
conselhos participativos) a população tem espaço para decidir sobre
as prioridades dos recursos públicos quanto aos investimentos em
obras e serviços por parte das prefeituras municipais.
• Além disso, o mecanismo permite maior transparência dos gastos
públicos e reforça a importância da prestação de contas por parte dos
gestores.
Conquistas sociais Necessidades vitais
de grupos coletivos

ORIGINAM AS
Demandas sociais
POLÍTICAS PÚBLICAS

Prospecção de Opções políticas


demanda partidárias
REORIENTAM
Políticas Socias:

Desemprego  Políticas Educacionais


Analfabetismo  Políticas Sociais
 Desnutrição  Políticas de Habitação
 Discriminação  Políticas de Saúde
 Políticas Agrícolas
 Pobreza
 Políticas de
 Exclusão Social Desenvolvimento
Tecnológico
 Políticas Ambientais

REALIMENTAÇÃO
POLÍTICAS PÚBLICAS

• A participação social no ciclo de políticas públicas é


um dos meios de desenvolver políticas de melhor
qualidade, no sentido de desenvolver políticas que
sanem os verdadeiros problemas da população, sob o
ponto de vista desta.
POLÍTICAS PÚBLICAS
• Existem dois modelos de implementação das políticas públicas:
• o “TOP DOWN”, ou de cima para baixo, que se trata de um modelo
centralizado, aplicação do governo para a sociedade, com a
participação de poucos agentes nas decisões sobre o que e como
implementar. Trata-se de uma concepção hierarquizada da
administração pública.
• o modelo “BOTTON-UP”, ou de baixo para cima, trata-se de um
modelo descentralizado, aplicado da sociedade para o governo, no
qual, os favorecidos pelas políticas, atores públicos e privados, são
convidados a participar do processo.
SUCESSO DE UMA POLÍTICA PÚBLICA
• Disponibilização de recursos suficientes;
• Compreensão dos objetivos a serem atingidos;
• Ações adequadas às metas propostas;
• Um processo eficaz de comunicação; etc.
Modelos de Políticas Públicas de Lowi

Política Política Políticas


Política Regulatória
Distributiva Redistributiva Constitutivas
Política Regulatória
• São aquelas que condicionam os comportamentos de determinadas
categorias ao impor respeito às leis, códigos, tetos de lucros
(conforme o ramo produtivo) e regras de vínculos da iniciativa
privada.
• O código de trânsito, a lei de defesa do consumidor, as regras legais
de inibição de fusões de monopólios (que podem comprometer a
vida econômica do país) ou acordos internacionais de proteção da
camada de ozônio e de regulação climática são exemplos desta
tipologia de política pública (no caso dos exemplos internacionais, a
classificação é condizente desde que sua aplicação esteja atrelada
às políticas públicas nacionais).
Política Distributiva
• São aquelas que fornecem benefícios bem precisos a grupos sociais,
setoriais ou regionais, sem nenhuma relação explícita ou direta com
os respectivos custos dos benefícios, que recaem sobre toda
coletividade da sociedade por meio de medidas fiscais.
• Por sua vez, entram na categoria fiscal acima os programas de
transferência de renda com critérios sociais (ex: Bolsa Família), os
subsídios concedidos para culturas agrícolas ou ramos industriais
específicos, as facilidades fiscais concedidas a categorias sociais e
profissionais ou áreas geográficas particulares, os programas de obras
públicas localizados em determinadas zonas, entre outros.
Política Redistributiva
• São aquelas que fornecem benefícios a grandes faixas
sociais, portanto, comportam custos sensíveis, mas
repartidos entre amplos grupos sociais.
• Exemplos destas políticas podem ser encontrados na reforma
agrária, reforma da previdência social ou em medidas
progressivas de taxação do imposto de renda, entre outros.
Políticas Constitutivas
• São aquelas que distribuem poderes de decisão, mudando a
estrutura de poder sob a qual são decididos os outros três
tipos de políticas. Os custos e os benefícios são difusos e
dispersos no tempo, o que faz com que o conflito seja baixo
e as sanções sejam aplicadas de forma remota.
• Exemplo: Constituição Federal.
regulatórias (servem para
regular algum mercado ou
setor),
constitutivas (definem as
regras da disputa política e da
elaboração das políticas
públicas),
distributivas (benefícios são
concentrados em um número
restrito de grupos ou pessoas,
enquanto os custos são
difusos para toda a sociedade)
e
redistributivas (custeadas por
um grupo restrito de pessoas
para o benefício também de
um grupo restrito de pessoas).
QUESTÃO

ERRADA
QUESTÃO

C
QUESTÃO

C
QUESTÃO

C
Grupo de Políticas Públicas Sociais

EDUCACIONAIS
HABITAÇÃO
SAÚDE
AGRÍCOLA
DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO
AMBIENTAIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

Art. 6º São direitos sociais a educação,


a saúde, a alimentação, o trabalho, a
moradia, o transporte, o lazer, a
segurança, a previdência social, a
proteção à maternidade e à infância, a
assistência aos desamparados, na
forma desta Constituição.             
POLÍTICAS EDUCACIONAIS
DEVERÃO ESTAR
ARTICULADAS
COM AS POLÍTICAS
PÚBLICAS;

PAPÉIS DA LDB –
Planos Nacionais
de Educação;

Entendimento
FUNDEF -
Municípios
POLÍTICAS EDUCACIONAIS

•  Podem ser entendidas como um meio de construção de valores e


conhecimentos que possibilitam o pleno desenvolvimento do
educando, incluindo sua capacidade de se comunicar, compreender o
mundo ao seu redor, defender suas ideias e exercer a cidadania;
• São programas ou ações que são criadas pelos governos para colocar
em prática medidas que garantam o acesso à educação para todos os
cidadãos;
• Referem-se a tudo aquilo que um governo faz ou deixa de fazer em
relação à Educação.
Governo Federal,
RESPONSABILIDADE
Estadual e
E PARCERIA Sociedade
Municipal

Instituições

PARA GARANTIR OS DIREITOS DE CIDADANIA A


TODOS
POLÍTICAS EDUCACIONAIS

• CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988;

• Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB,


Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996) 
POLÍTICAS EDUCACIONAIS
• CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

• Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família,


será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade,
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
• Art. 208. O dever do Estado com a educação ser efetivado mediante a
garantia de:
• I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17
(dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita
para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria;
• II - progressiva universalização do ensino médio gratuito;
• III-atendimento educacional especializado aos portadores de
deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
• IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5
(cinco) anos de idade;        
• V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da
criação artística, segundo a capacidade de cada um;
• VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do
educando;
• VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação
básica, por meio de programas suplementares de material
didáticoescolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

• Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios


organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino.
QUESTÃO
QUESTÃO
POLÍTICAS EDUCACIONAIS
• LDB, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996:

Art. 1º A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem


na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de
ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade
civil e nas manifestações culturais.

§ 1º Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve,


predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias.
POLÍTICAS EDUCACIONAIS
• LDB, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996:

Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos


princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por
finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
POLÍTICAS EDUCACIONAIS
• LDB, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996:

Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:


I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
POLÍTICAS EDUCACIONAIS
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - valorização do profissional da educação escolar;
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da
legislação dos sistemas de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extra-escolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
XII - consideração com a diversidade étnico-racial.
(Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
XIII - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida.
(Incluído pela Lei nº 13.632, de 2018)
POLÍTICAS EDUCACIONAIS
• Art. 21. A educação escolar compõe-se de:
• I - educação básica, formada pela educação infantil, ensino
fundamental e ensino médio;
• II - educação superior.
As legislações propostas a partir das políticas
educacionais:
POLÍTICAS EDUCACIONAIS

O QUE É POLÍTICA EDUCACIONAL?


Política Educacional significa DEFINIR OS CONTEÚDOS,
possuindo INTENÇÕES e caracterizando a educação para
fins ESPECÍFICOS.
POLÍTICAS EDUCACIONAIS
• A política educacional que orienta as ações e metas na
educação é proposta pelo grupo que assume o controle do
Estado, município e país. Desse modo, retrata as intenções
que os grupos defendem.
• Contudo, elas não são meras imposições, pois atendem
interesses diversos em alguns momentos por pressões
populares. Assim, a política educacional determina e é
determinada segundo o contexto em vigor.
FUNDAMENTOS TEÓRICOS

VAMOS PENSAR!!
Qual a finalidade da educação?

A escola segue quais princípios e valores?

Que tipos de homens e mulheres a sociedade necessita?

O que e como a escola ensina?

O que se ensina?

Que tipos de saberes a escola disponibiliza?

Quais são as formas escolares existentes?


DESENVOLVIMENTO DAS POLÍTICAS
PÚBLICAS

As Políticas são frutos de lutas, pressões e conflitos entre


variados grupos e classes que constituem a sociedade.

Estão em constante transformação, não são estáticas,


mas sem dinâmicas.
A Organização e Funcionamento Escolar
• Observa-se que na lei n. 9394/96, em seu artigo 23:

• Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos


semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não-
seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por
forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de
aprendizagem assim o recomendar.
A Organização e Funcionamento Escolar
• Quanto ao acesso a lei determina no

• Art. 5o O acesso à educação básica obrigatória é direito público subjetivo,


podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária,
organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída e,
ainda, o Ministério Público, acionar o poder público para exigi-lo. (Redação
dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
A Organização e Funcionamento Escolar
• § 1o O poder público, na esfera de sua competência federativa,
deverá: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
• I - recensear anualmente as crianças e adolescentes em idade escolar,
bem como os jovens e adultos que não concluíram a educação básica;
(Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

• II - fazer-lhes a chamada pública;

• III - zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola.


§ 2º Em todas as esferas administrativas, o Poder Público assegurará em
primeiro lugar o acesso ao ensino obrigatório, nos termos deste artigo,
contemplando em seguida os demais níveis e modalidades de ensino,
conforme as prioridades constitucionais e legais.

§ 3º Qualquer das partes mencionadas no caput deste artigo tem legitimidade


para peticionar no Poder Judiciário, na hipótese do § 2º do art. 208 da
Constituição Federal, sendo gratuita e de rito sumário a ação judicial
correspondente.

§ 4º Comprovada a negligência da autoridade competente para garantir o


oferecimento do ensino obrigatório, poderá ela ser imputada por crime de
responsabilidade.
A Organização e Funcionamento Escolar

§ 5º Para garantir o cumprimento da obrigatoriedade de ensino, o Poder


Público criará formas alternativas de acesso aos diferentes níveis de ensino,
independentemente da escolarização anterior.

• Art. 6º - É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das


crianças na educação básica a partir dos 4 (quatro) anos de idade.
(Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
QUESTÃO
QUESTÃO
POR QUE ESTUDAR POLÍTICA
EDUCACIONAL?
• Entendida como as ações planejadas e implementadas (às
vezes permanecendo apenas no papel como meta a ser
cumprida) pelo governo com o objetivo de organizar,
direcionar, fomentar e ampliar o acesso à educação,
estabelecer metas a serem alcançadas a curto, médio e longo
prazo.
• Toda política educacional tem caráter institucional, é estatal
e carregada de intencionalidades.
POR QUE ESTUDAR POLÍTICA
EDUCACIONAL?
• As dinamicidade e complexidade que permeiam a educação
são expressas nas normatizações das políticas educacionais.
• A dinamicidade da educação de modo amplo, altera
consideravelmente as normatizações, influenciando e sendo
influenciada pelo contexto vivenciado;
• A complexidade está ligada as necessidades da sociedade
globalizada: o processo de desenvolvimento econômico,
político e cultural, por exemplo, pressionam mudanças no
sistema educacional.
CICLO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS

• Na fase 1: Identificação dos problemas públicos educacionais

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA – IDEB

relacionados à Educação Básica, permitindo o surgimento de


políticas públicas educacionais que resolvam estes problemas.
reunir num só indicador dois conceitos importantes para a
qualidade da educação básica: o fluxo escolar e as média de
desempenho nas avaliações.
• De acordo com o Decreto nº 6.094/2007:

• Art. 3º A qualidade da educação básica será aferida, objetivamente,


com base no IDEB, calculado e divulgado periodicamente pelo INEP,
a partir dos dados sobre rendimento escolar, combinados com o
desempenho dos alunos, constantes do censo escolar e do Sistema de
Avaliação da Educação Básica - SAEB, composto pela Avaliação
Nacional da Educação Básica - ANEB e a Avaliação Nacional do
Rendimento Escolar (Prova Brasil).
• META: o Brasil atingir o patamar educacional da média dos países da
OCDE.
• 2005: Média Nacional 3,8 (na primeira fase do ensino fundamental)
• 2022: 6,0 (ano do bicentenário da Independência).

Site: http://ideb.inep.gov.br/resultado/
QUESTÃO
POLÍTICAS EDUCACIONAIS
• Escola para todos
• As políticas educacionais devem promover o engajamento escolar visando
garantir, a todo cidadão brasileiro, o direito ao acesso à educação em seu
estado e município. Nesse sentido, os governos precisam criar e manter
espaços adequados e suficientes para o número de alunos, assim como
ampliar e reorganizar o transporte escolar.
• Além disso, é dever do Estado garantir o acesso à educação a alunos
impossibilitados de se locomover até a escola, como aqueles alocados em
hospitais e centros de detenção, e proporcionar um ambiente escolar
inclusivo para crianças e jovens com necessidades especiais. Afinal, a
escola é para todos — todos mesmo!
POLÍTICAS EDUCACIONAIS
• Educação de qualidade
• Não basta apenas oferecer espaços para crianças, jovens e adultos
aprenderem — é necessário uma educação de qualidade. Isso envolve
a estruturação de uma boa grade curricular e a disponibilização de
livros, carteiras, lousa, computadores, acesso à internet e
outras tecnologias
• contratação de professores especializados e a oferta de cursos de
atualização profissional.
POLÍTICAS EDUCACIONAIS
• Eliminação do déficit de aprendizagem
• As políticas educacionais devem incluir ações para identificar
e eliminar o déficit de aprendizagem, nivelando o
conhecimento do aluno à série em que ele se encontra. Um
bom exemplo disso é o Programa Brasil Alfabetizado, que
visa combater o analfabetismo entre jovens a partir de 15
anos, adultos e idosos.
POLÍTICAS EDUCACIONAIS
• Conciliação entre trabalho e atividades escolares
• A inserção precoce no mercado de trabalho é um dos
principais fatores de desengajamento escolar.
• A oferta de ensino noturno ou de turnos escolares
adequados ao horário de trabalho, a flexibilização da
frequência escolar e a criação de projetos de educação a
distância.
POLÍTICAS EDUCACIONAIS
• Combate à evasão escolar
• Trabalho de pais, escola e educadores.
• Acompanhar o desenvolvimento dos alunos. Os educadores
devem prestar atenção à evolução do conhecimento dos
estudantes, ao número de faltas praticadas por eles e às
condições em que eles chegam à instituição de ensino.
POLÍTICAS EDUCACIONAIS
• Ambiente jovem e acolhedor
•  Promover um ambiente participativo, realizar aulas de reforço e criar
atividades que motivem crianças, jovens e adultos. Por exemplo, uma
aula de Ciências pode valorizar a construção de projetos que unem
teoria, criatividade e tecnologia.
• Outras disciplinas podem promover atividades como gincanas,
debates, palestras e programações culturais. O importante é
incentivar o aluno a ser o protagonista do seu processo de
aprendizado.
POLÍTICAS EDUCACIONAIS
• Integração com iniciativas de combate à miséria
• É função das políticas educacionais esclarecer para os
estudantes o papel da escola.
• Para que serve a escola, afinal? Muitos alunos frequentam a
sala de aula sem saber o valor da educação para seu
crescimento pessoal e profissional e para o desenvolvimento
de habilidades socioemocionais importantes para o convívio
em sociedade.
POLÍTICAS EDUCACIONAIS
• Importância das políticas educacionais para a formação dos estudantes
• As políticas educacionais ajudam a administrar conflitos e a superar os
inúmeros desafios existentes na educação brasileira. Quando eficientes,
são capazes de garantir a qualidade do ensino, recuperar alunos em
situação de evasão ou atraso e melhorar o atendimento às necessidades
dos estudantes.
• Ações de apoio didático e metodológico às escolas, por exemplo,
proporcionam um processo de ensino e aprendizagem mais eficaz e uma
gestão escolar mais forte e segura. Já programas voltados para a docência
asseguram a formação e o suprimento de equipamentos e materiais
necessários à atuação dos professores.
Políticas Educacionais no Brasil
Agenda Territorial de
Desenvolvimento
Integrado de
Alfabetização e
Educação de Jovens e
Adultos
Agenda Territorial de EJA

• OBJETIVO: Firmar um pacto social, para melhorar e fortalecer a educação


de jovens e adultos (EJA) no Brasil.

• A proposta é reunir periodicamente representantes de diversos


segmentos da sociedade, de cada estado brasileiro, para trabalhar em
conjunto, seguindo a filosofia do compromisso pela educação, impetrada
pelo Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). A intenção é
estabelecer uma agenda de compromissos para o ano, em que cada
estado trace metas para a educação de jovens e adultos. O Ministério da
Educação é responsável por acompanhar a implementação dos trabalhos
em cada localidade.
 
Programa Nacional de Acesso ao
Ensino Técnico e Emprego - PRONATEC
Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego- PRONATEC

• OBJETIVO: ampliar a oferta de cursos de educação profissional e


tecnológica por meio de ações de assistência técnica e financeira

• CRIADO: em 2011, por meio da Lei nº 12.513, com a finalidade de


ampliar a oferta de cursos de Educação Profissional e Tecnológica
(EPT), por meio de programas, projetos e ações de assistência técnica
e financeira.
PRONATEC

• São seus objetivos específicos:


• a expansão das redes federal e estaduais de EPT;
• a ampliação da oferta de cursos a distância;
• a ampliação do acesso gratuito a cursos de EPT em instituições
públicas e privadas;  
• a ampliação das oportunidades de capacitação para trabalhadores de
forma articulada com as políticas de geração de trabalho, emprego e
renda e;  
• a difusão de recursos pedagógicos para a EPT.
PRONATEC

• Público (prioritariamente ):
• os estudantes do ensino médio da rede pública, inclusive da
educação de jovens e adultos (EJA);  
• os trabalhadores;  
• os beneficiários dos programas federais de transferência de
renda e;
• os estudantes que tenham cursado o ensino médio completo
em escola da rede pública.
PRONATEC

• NOVAS INICIATIVAS:
• Programa Brasil Profissionalizado;
• Rede e-Tec Brasil;
• Plano de Expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e
Tecnológica;
• Acordo de Gratuidade com os Serviços Nacionais de Aprendizagem.
• Recentemente, duas novas iniciativas foram desenvolvidas o Mediotec e o
Pronatec Oferta Voluntária.
Programa
Universidade
para Todos-
ProUni
Programa Universidade para Todos-ProUni

•  FINALIDADE: concessão de bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de


graduação e sequenciais de formação específica, em instituições de ensino
superior privadas.
• CRIADO: pelo Governo Federal em 2004 e institucionalizado pela Lei nº
11.096, em 13 de janeiro de 2005.
• Dirigido aos estudantes egressos do ensino médio da rede pública ou da rede
particular na condição de bolsistas integrais, com renda familiar per capita
máxima de três salários mínimos. Os candidatos são selecionados pelas notas
obtidas no Enem conjugando-se, desse modo, inclusão à qualidade e mérito
dos estudantes com melhores desempenhos acadêmicos.
Programa de
Apoio a Planos Expansão da
Fundo de Sistema de de Universidade rede federal de
Financiamento Seleção Reestruturação e Aberta do Brasil educação
Estudantil (Fies) Unificada (Sisu) Expansão das (UAB) profissional e
Universidades tecnológica
Federais (Reuni)

Ampliam significativamente o
número de vagas na educação
superior, contribuindo para um
maior acesso dos jovens à educação
superior.
Program
a Escola
Acessível
Programa Escola Acessível

• Objetivo: Promover condições de acessibilidade ao


ambiente físico, aos recursos didáticos e pedagógicos e à
comunicação e informação nas escolas públicas de ensino
regular.
• Criado: 2007, por meio do Decreto n°6.094/2007.
Programa Escola Acessível

• Ações:
• O Programa disponibiliza recursos, por meio do Programa Dinheiro
Direto na Escola - PDDE, às escolas contempladas pelo Programa
Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais. No âmbito deste
programa são financiáveis as seguintes ações:
• Adequação arquitetônica: rampas, sanitários, vias de acesso,
instalação de corrimão e de sinalização visual, tátil e sonora;
• Aquisição de cadeiras de rodas, recursos de tecnologia assistiva,
bebedouros e mobiliários acessíveis;
Educação
em Prisões
Educação em Prisões

• Objetivo: Apoiar técnica e financeiramente a implementação


da Educação de Jovens e Adultos no sistema penitenciário.

Ações:
• Elaboração dos Planos Estaduais de Educação nas prisões
• Oferta de formação continuada para Diretores de
estabelecimentos penais, Agentes Penitenciários e
Professores.
• Aquisição de acervo bibliográfico.
Educação em Prisões

• Documentos:
• Lei de Execução Penal (LEP) – Lei nº7.210/1984;
• Resolução nº03/2009 do Conselho Nacional de Política Criminal e
Penitenciária do Ministério da Justiça;
• Resolução CNE/CEB nº02, de 19 de maio de 2010 - Dispõe sobre as
Diretrizes Nacionais para a oferta de educação para jovens e adultos
em situação de privação de liberdade nos estabelecimentos penais.
• Decreto nº 7.626/2011, que institui o Plano Estratégico de Educação
no âmbito do sistema prisional.
Programa de Apoio à Formação Superior
e Licenciaturas Interculturais Indígenas
• PROLIND
PROLIND

• Objetivo: Apoiar projetos de cursos de licenciaturas específicas para a formação de


professores indígenas para o exercício da docência nas escolas indígenas, que integrem
ensino, pesquisa e extensão e promovam a valorização do estudo em temas  como
línguas maternas, gestão e sustentabilidade das terras e culturas dos povos indígenas.

Ações:
• Habilitar professores indígenas para a docência nos anos finais do Ensino Fundamental
e Médio.

Documentos:
• Convenção 169 da OIT
• Relação de Instituições de Ensino Superior que integram o PROLIND.
Fundo de Manutenção e
FUNDEB
Desenvolvimento da
Educação Básica e de
Valorização dos
Profissionais da Educação
FUNDEB
•  Atende toda a educação básica, da creche ao ensino médio;
•  Fundeb é um fundo especial, de natureza contábil e de âmbito estadual (um
fundo por estado e Distrito Federal, num total de vinte e sete fundos), formado,
na quase totalidade, por recursos provenientes dos impostos e transferências dos
estados, Distrito Federal e municípios, vinculados à educação por força do
disposto no art. 212 da Constituição Federal.
• Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita
resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na
manutenção e desenvolvimento do ensino.  
• São destinatários dos recursos do Fundeb os estados, Distrito Federal e
municípios que oferecem atendimento na educação básica. Na
distribuição desses recursos, são consideradas as matrículas nas escolas
públicas e conveniadas, apuradas no último censo escolar realizado pelo
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC).
•  Os alunos considerados, portanto, são aqueles atendidos:
• nas etapas de educação infantil (creche e pré-escola), ensino fundamental
(de oito ou de nove anos) e ensino médio;
• nas modalidades de ensino regular, educação especial, educação de
jovens e adultos e ensino profissional integrado;
• nas escolas localizadas nas zonas urbana e rural;
• nos turnos com regime de atendimento em tempo integral ou parcial
(matutino e/ou vespertino ou noturno).
FUNDEB
• Legislação
• O Fundeb foi instituído pela Emenda Constitucional nº 53, de 19 de
dezembro de 2006 e regulamentado pela Medida Provisória nº 339,
de 28 de dezembro do mesmo ano, convertida na Lei nº 11.494, de 20
de junho de 2007, e pelos Decretos nº 6.253 e 6.278, de 13 e 29 de
novembro de 2007, respectivamente
Programa
Caminho da
Escola
Programa Caminho da Escola

•  OBJETIVO: renovar, padronizar e ampliar a frota de veículos


escolares das redes municipal, do DF e estadual de educação
básica pública. Voltado a estudantes residentes,
prioritariamente, em áreas rurais e ribeirinhas, o programa
oferece ônibus, lanchas e bicicletas fabricados especialmente
para o tráfego nestas regiões, sempre visando à segurança e
à qualidade do transporte.
Programa Caminho da Escola

• Existem três formas para entes federativos adquirirem


veículos do Caminho da Escola:
• assistência financeira do FNDE no âmbito do Plano de
Ações Articuladas (PAR), conforme disponibilidade
orçamentária consignada na Lei Orçamentária Anual;
• recursos próprios; e
• linha de crédito do BNDES (exceto para bicicletas)
SUGESTÃO DE LEITURA

• CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 (Capítulo III – Seção I)


• LEI Nº 4.024, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1961 - Fixa as Diretrizes e Bases
da Educação Nacional.
• LEI Nº 5.692, de 11 de agosto de 1971 - Fixa Diretrizes e Bases para o
Ensino de 1º e 2º graus, e dá outras providências.
• LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 - Estabelece as Diretrizes
e Bases da Educação Nacional

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