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Psicologia em Políticas Públicas – Aula Dia 14

Cidade – Polis na Grécia foi o primeiro momento a ser utilizado essas palavras,
povo.
Politica é a organização da cidade. É a delegação de tarefa para cada
participando da polis. O representado e o representante.
Política Pública é para o todo. Todos da população, a política pública não pode
ser seletiva, excludente, precária.
Política Pública não tem plateia, porque somos atores.

Aula dia 15
A política é uma referência permanente em todas as dimensões do nosso
cotidiano na medida em que este se desenvolve como vida em sociedade (p.7)
Embora o termo “política” seja muitas vezes utilizado de um modo bastante
vago, é possível precisar seu significado a partir das experiências históricas em que
aparece envolvido (p.7)
A política surge junto com a própria história, com o dinamismo de uma
realidade em constante transformação que continuamente se revela insuficiente e
insatisfatória e que não é fruto do acaso, mas resulta da atividade dos próprios homens
vivendo em sociedade (p.8)
Cada sociedade, região, cultura vai ter sua visão da política, de como tudo isso
começou.
Homem que, portanto, têm todas as condições de interferir, desfiar e dominar o
enredo da história. Entre o voto e a força das armas está uma gama variada de formas de
ação desenvolvidas historicamente visando resolver conflitos de interesses,
configurando assim a atividade política em sua questão fundamental: sua relação com o
poder (p.8-9)
Afinal, a “política” serve para se atingir o poder? (p.9) ou então seria a
“política” simplesmente a própria atividade exercida no plano deste poder (p.9)
As eleições – ou as armas – servem para confirmar ou para transformar? (p.9)
Que referencial usar para encaminhar estas questões? (p.9)
Em que a psicologia ajuda a compreender a definição de política?
Apesar da multiplicidade de facetas a que se aplica a palavra “política”, uma
delas goza de indiscutível unanimidade: a referência ao poder político, à esfera da
política institucional (p.9)
Outros exemplos são: os políticos eleitos, atividades associadas à esfera
institucional, reuniões políticas, partidos, presos políticos, ações de governo, discursos
de pessoas eleitas, o voto ... (p.10)
Políticas nas instituições religiosas, políticas sindicais e classistas, políticas de
empresa, as pessoas no dia a dia...

Aula 16/09/20 Texto: Estado e Políticas (Públicas) Sociais


Definição do Estado: o conjunto de instituições permanentes que possibilita a
ação do governo. É o Estado soberano, não Estado como Mato Grosso. Tem sobre as
pessoas que ali habita a normatização de delega os direitos e deveres.
Políticas Públicas e Políticas Sociais.
Definição do Governo: o conjunto de programas e projetos que parte da
sociedade propõe para a sociedade como um todo, configurando-se a orientação política
de um determinado governo que assume e desempenha as funções de Estado por um
determinado período.
Políticas afirmativas: delimitado, cotas nas universidades é um exemplo.
Políticas públicas são aqui entendidas como o “Estado em ação”; é o Estado
implantando um projeto de governo, através de programas, de ações voltadas para
setores específicos da sociedade. São as responsabilidades do Estado. Políticas Públicas
não pode ser reduzida a políticas estatais. Não é somente o Estado, o ente privado
também promove a política pública.
Política Social: se refere a ações que determinam o padrão de proteção social
implementado pelo Estado, voltadas, em princípio, para a redistribuição dos benefícios
sociais visando a diminuição das desigualdades estruturais produzidas pelo
desenvolvimento socioeconômico. As politicas sociais tem suas raízes nos movimentos
populares do século XIX, voltadas aos conflitos surgidos entre capital e trabalho, no
desenvolvimento das primeiras revoluções industriais. Educação, lazer, social
É impossível pensar Estado fora de um projeto politico e de uma teoria social
para a sociedade como um todo.
Política Pública Educacional
Para Claus o Estado é aquele que regulamenta o
Estado moderno vai lidar através da politica social. O que a sociedade precisa e
o que o Governo pode oferecer.
Friedman o Estado deve manter os direitos individuais, se não é o Estado que
instituiu isso, o que o Estado tem haver com isso. Liberdades individuais estão
liberalismo. Livre concorrência. Liberalismo: menos Estado e mais mercado.

Vídeo – Políticas da Saúde no Brasil


>>> 2006 – SUS faz parte da população do todo Brasil.
>>> SUS – desde das emergências até a criação de vacina, produção de insumos,
medicamentos, até as ações de maior complexidade. Prevenindo pandemia, realizando
vigilância, garantindo a qualidade da água e dos alimentos.
>>> SUS é hoje a política social mais avançada e importante, em vigência no Brasil. É
uma proposta pública, popular e democrática, que aponta para a politica social.
>>> As dificuldades são imensas, o financiamento é pouco, mas a demanda é grande.
>>> O pacto pela saúde, são colocadas metas para serem atingidas que são
acompanhadas pelos indicadores da saúde, prioridades são pactuadas, mecanismos de
apoio são acionados, isso muda muita coisa. E é nos municípios que se desenvolve as
experiências mais interessantes.
>>> O hospital se entrega a saúde básica, querendo intervir na saúde da população,
invés de esperar o adoecimento.
>>> o SUS é o maior sistema de saúde do mundo. É um projeto que além de visar a
saúde, ele visa mudar as coisas, mudarem a forma das pessoas serem tratadas, de se
tratarem a si próprias e aos demais, é um projeto que traz um futuro dentro dele.

Vídeo Aula 2 – Conceito de Políticas Públicas – Celina Souza


Entender a origem e a ontologia de uma área do conhecimento é importante para
melhor compreender seus desdobramentos, sua trajetória e suas perspectivas (p.21).
A política pública enquanto área de conhecimento e disciplina acadêmica nasce
no EUA, rompendo ou pulando as etapas seguidas pela tradição europeia de estudos e
pesquisas nessa área, que se concentravam, então, mais na análise sobre o Estado e suas
instituições do que na produção dos governos (p.22).
Considera-se que a área de políticas públicas contou com 4 grandes “pais”
fundadores: considerados os primeiros fundadores do conceito politicas publicas
 H. Laswell
 H. Simon
 C. Lindblom
 D. Easton
Laswell (1936) introduziu a expressão policy analysis (análise de política pública),
ainda nos anos 30, como forma de conciliar conhecimento científico/acadêmico com a
produção empírica dos governos e também como forma de estabelecer o diálogo entre
cientistas sociais, grupos de interesse e governo (p. 23).
Simon (1957) introduziu o conceito de racionalidade limitada dos decisores públicos
(policy makers), argumentando, todavia, que a limitação da racionalidade poderia ser
minimizada pelo conhecimento racional. Para Simon, a racionalidade dos decisores
públicos é sempre limitada por problemas tais como informação incompleta ou imperita,
tempo para a tomada de decisão, auto-interesse dos decisores, etc. (p. 23)
Lindblom (1959;1979) questionou a ênfase no racionalismo de Laswell e Simon e
propôs a incorporação de outras variáveis à formulação e à análise de políticas públicas,
tais como as relações de poder e a integração entre as diferentes fases do processo
decisório o que não teria necessariamente um fim ou um princípio (p.24).
Easton (1965) contribuiu para a área ao definir a política pública como um sistema, ou
seja, como uma relação entre formulação, resultados e o ambiente. Segundo Easton,
políticas públicas recebem inputs dos partidos, da mídia e dos grupos de interesse, que
influenciam seus resultados e efeitos (p. 24).
Não existe uma única, nem melhor, definição sobre o que seja política pública (p.24).
Lynn (1980) como um conjunto de ações do governo que irão produzir efeitos
específicos.
Peters (1986) segue o mesmo veio: política pública é a soma das atividades dos
governos, que agem diretamente ou através de delegação, e que influenciam a vida dos
cidadãos.
Dye (1984) sintetiza a definição de política pública como “o que o governo escolhe
fazer ou não fazer”.
Mead (1995) a define como um campo dentro do estudo da política que analisa o
governo à luz de grandes questões públicas. (p. 24)
A definição mais conhecida continua sendo a de Laswell, ou seja, decisões e análises
sobre política pública implicam responder às seguintes questões: quem ganha o quê, por
quê e que diferença faz (p.24).
Assim, do ponto de vista teórico-conceitual, a política pública em geral e a política
social em particular são campos multidisciplinares, e seu foco está nas explicações
sobre a natureza da política pública e seus processos (p.25)
Por isso, uma teoria geral da política pública implica a busca de sintetizar teorias
construídas no campo da sociologia, da ciência política e da economia. As políticas
públicas repercutem na economia e nas sociedades, daí por que qualquer teoria da
política pública precisa também explicar as inter-relações entre Estado, política,
economia e sociedade (p. 25).
Politicas publicas é a ação do estado que é para todxs.
Politicas sociais é como um desdobramento da política pública.
Pensam em política publica é pensar em política social.
Tal é também a razão pela qual pesquisadores de tantas disciplinas – economia, ciência
política, sociologia, antropologia, geografia, planejamento, gestão e ciências sociais
aplicadas – partilham um interesse comum na área e têm contribuído para avanços
teóricos e empíricos (p. 25).
Pode-se, então, resumir política pública como o campo do conhecimento que busca, ao
mesmo tempo, “colocar o governo em ação” e/ou analisar essa ação (variável
independente) e, quando necessário, propor mudanças no rumo ou curso dessas ações
(variável dependente) (p.26).
A formulação de políticas públicas constitui-se no estágio em que os governos
democráticos traduzem seus propósitos e plataformas eleitorais em programas e ações
que produzirão resultados ou mudanças no mundo real (p. 26).
Políticas públicas, após desenhadas e formuladas, desdobram-se em planos, programas,
projetos, bases de dados ou sistema de informação e pesquisas. Quando postas em ação,
são implementadas, ficando daí submetidas a sistemas de acompanhamento e avaliação
(p. 26).

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