A Constituição Federal de 1988, documento jurídico mais importante do país,

em seu artigo 6º, o direito à saúde é crucial a todo cidadão brasileiro. Entretanto, tal ato
não tem se concretizado com êxito na prática quando se observa a doação de órgãos,
fato gerado pelo silenciamento midiático e a negligência estatal. Diante dessa
perspectiva, faz-se importante a análise dos fatores que favorecem esse problema.

Sob esse viés, vale ressaltar que o silenciamento midiático intensifica essa
barreira no Brasil. Segundo George Orwell, escritor inglês, a mídia controla a massa,
influenciando os pensamentos e ações dos cidadãos. Nessa perspectiva, fica evidente
que sem o auxílio da mídia para incentivar e instruir essa temática no país acaba
ocasionando desinteresse na sociedade. Dessa forma, gerando um meio social
individualista, onde a falta de visibilidade para esse assunto torna sua importância
banalizada.

Em um segundo plano, é importante destacar que a negligência estatal é outro

empecilho para o crescimento da problemática, visto que gera a falta de acesso à
informação. De acordo com Dráuzio Varella, médico e escritor brasileiro, “O sistema de
saúde é centrado na doença, mas precisa ser centrado na prevenção”. Nesse sentido, fica
notória a necessidade de uma política pública visando meios de orientar e educar, de
maneira correta, sobre a problemática no âmbito social.

Urge, portanto, a necessidade de ações para incentivar a doação de órgãos no

Brasil. Para tanto, cabe ao Governo Federal, cuja função é manter a saúde e o bem estar
social em parceria com o Ministério da Saúde juntamente com o Ministério da
Educação, investir e promover projetos pedagógicos e sociais, a fim de minimizar a
desinformação sobre o assunto e melhorar as campanhas públicas já existentes. Com
isso, se consolidará uma sociedade mais instruída, onde o Estado desempenha
corretamente o seu papel.