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Conforme Paracelso, médico suíço do século XVI “A diferença entre um remédio e

um veneno está na dose”. Procedendo esse raciocínio, a pressão das redes sociais
por um indivíduo sempre saudável tem formado um povo viciado em se automedicar.
Além disso, a dificuldade de acesso aos serviços de bem-estar ocasionam esse
empecilho, visto que os medicamentos são de fácil acesso no Brasil. Nesse contexto,
o desconhecimento e a vasta disponibilidade de remédios impulsionados pelas redes
sociais agravam essa problemática na sociedade brasileira.
Diante desse cenário, a falta de informação conduzida pela mídia destaca-se como
umas das principais causas desse problema. Desse modo, de acordo uma pesquisa
realizada pela Kasperksy, firma responsável pela segurança do espaço virtual, 62%
dos brasileiros acreditam seguramente nas notícias publicadas na internet. Nessa
perspectiva, existem diversas propagandas de remédios que normalmente divulgam as
qualidades do fármaco, chamando a atenção dos consumidores que buscam por
facilidade, mas omitem as causas negativas do uso sem prescrição médica, como a
resistência e dependência dos medicamentos, arritmia, entre outros impactos. Dessa
forma, por consequência da desinformação dos clientes, o impasse perdura no país.
Outrossim, a praticidade para adquirir os remédios incorporada pelo difícil
acesso à saúde é mais um dos motivos que acarretam a automedicação impulsionada
pelas redes sociais no Brasil. Nesse âmbito, segundo a Constituição Federal de
1988, a saúde é direito de todos e dever do Estado. Todavia, observa-se que existem
falhas na aplicação desse regulamento, dado que, a demanda por atendimentos médicos
é crescente e estimula a ação de tomar medicamentos por conta própria, sendo válido
ressaltar que na sociedade prática e acelerada do século XXI, a comodidade para
obter os fármacos desenvolve pessoas progressivamente mais obcecadas em se
automedicar. Logo, o cansativo ingresso à saúde tem interferência na continuidade
dessa adversidade.
Há, portanto, a urgência de findar essa problemática notória na estrutura do
Brasil. Para isso, cabe à mídia social, responsável pela mediação de conhecimento,
instruir os internautas sobre os efeitos negativos da automedicação, por meio de
“posts” nas redes sociais, como “Instagram”, com o fito de driblar propagandas
enganosas. Ademais, o governo federal, órgão de maior instância, deve ampliar o
acesso à saúde em Unidades Básicas, por meio de mais equipes multidisciplinares.
Assim, espera-se que essa cultura de automedicação seja, enfim, mitigada.

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