Data: 21/09/2020 Tema: "A importância de se discutir sobre doenças mentais na contemporaneidade”
Segundo Nelson Mandela, o conhecimento é o principal artifício para um
mundo melhor. Todavia, o debate acerca de distúrbios psíquicos na atualidade, ainda são considerados um tipo de tabu pela sociedade brasileira. Logo, nota-se que é fulcral a discussão sobre a problemática, a fim de atribuir maior compreensão à população sobre o assunto. Destarte, na atual sociedade é cada vez mais comum presenciar casos de doenças mentais como, por exemplo, a depressão. Prova disso, são os dados divulgados pelo portal G1 em 2017, os quais mostram que o Brasil é o país com maior prevalência da doença na América Latina, sendo 11,5 milhões de afetados. Ademais, um dos tópicos mais intrigantes é o aumento da depressão entre jovens, fenômeno que pode ter entre suas causas o potencial efeito das mídias sociais, o que deve ser revertido pelos cidadãos como um todo. Portanto, a atuação do Governo é de extrema importância à isonomia de pessoas que possuem tal deficiência. Outrossim, vale ressaltar o grande déficit existente no modo de tratamento de pacientes portadores desse empasse, tanto de familiares quanto de hospitais especializados. Segundo o Estatuto da Pessoa com Deficiência, o Artigo 90 descreve como crime o ato de abandonar pessoa com deficiência em hospitais, casas de saúde ou semelhantes. Contudo, é nítido que a lei não é totalmente eficaz quando colocada em prática. Prova disso é a pesquisa realizada em 2019, pela Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), na qual mostra que o crime de abandono de incapaz teve um aumento de 38%, servindo de alerta. Nesse viés, são necessárias medidas atenuantes, a fim de mitigar a depressão e as demais doenças mentais. Assim, o Governo Federal deverá investir em hospitais especializados em área neurológica, além do maior auxílio à famílias, ajudando aqueles que precisam de assistência e tratamento, de modo que diminua o número de abandonos. Em contrapartida, é dever da mídia, juntamente com escolas, realizar palestras e propagandas, promovendo o incentivo do diálogo entre familiares, com o intuito de alertar possíveis sinais de tais doenças, atribuindo maior entendimento do cenário à sociedade. Dessa forma, a idealização de Nelson Mandela estará cada vez mais próxima da realidade.