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23/08/21
Hi, pale face! As redações nota 1000 de 2020 foram divulgadas e, com elas,
surgiram algumas questões importantes. Por isso, vamos analisar esse conjunto,
entendendo-o como um modelo possível para nossa inspiração e nossa busca à nota
máxima! Diz aí quem quer tirar 1000 em 2021??
Introdução:
Em primeiro lugar, cabe ressaltar que a desinformação da sociedade brasileira é o
principal catalisador da discriminação. De fato, o avanço da tecnologia é responsável pela
rápida disseminação de notícias, principalmente no mundo digital, mas isso não significa
que os cidadãos se encontram mais conscientes. Dessa forma, mesmo que diversos
estudos atuais comprovem a relevância dos cuidados para com a saúde mental e a
legitimidade dos distúrbios psicológicos, os flagelos da intolerância ainda se mostram
presentes. Consequentemente, os indivíduos com depressão, ansiedade ou outras
condições especiais convivem em um ambiente degradante, o qual é marcado por
preconceitos e tabus estruturais, enfrentando constantemente a invisibilidade social. De
acordo com a escritora nigeriana Chimmamanda Adichie, a rotulação das pessoas através
de certa característica física marcante é responsável pela criação de histórias únicas que
não representam a realidade. Nesse viés, ao criar estigmas baseados no estereótipo de
que pessoas com doenças mentais seriam inferiores ou incapazes, a sociedade míope
alimenta uma visão eugenista e tóxica, limitando as diversas possibilidades de
manifestação do ser humano e a importância da pluralidade.
Ademais, a ausência de compromisso do Estado para com a saúde mental dos
cidadãos é outro ponto que fomenta a problemática. De certo, a falta de incentivos na
área da psiquiatria e na acessibilidade é a realidade da política do país, resultando nos
diagnósticos tardios e na própria exclusão de uma parcela significativa da sociedade.
Segundo o filósofo John Rawls, em sua obra “Uma teoria da justiça”, um governo ético é
aquele que disponibiliza recursos financeiros para todos os setores públicos, promovendo
uma igualdade de oportunidades a todos os cidadãos. Sob essa óptica, torna-se evidente
que o Brasil não é um exemplo do pensamento desse teórico, visto que negligencia as
dificuldades enfrentadas pelos portadores de doenças mentais, submetendo-os à periferia
da cidadania.
Desenvolvimentos:
Fica exposta, portanto, a necessidade de medidas para mitigar o
estigma associado aos transtornos psíquicos. Destarte, as Secretarias de
Educação devem desenvolver projetos nas escolas, por meio de palestras e
de dinâmicas educativas, levando médicos e pacientes para debaterem sobre
o preconceito enfrentado no cotidiano, uma vez que o depoimento individual
sensibiliza os estudantes, com a finalidade de ultrapassar estereótipos
negativos. Outrossim, o Ministério da Saúde deve redistribuir as verbas,
priorizando as áreas da psiquiatria e psicologia, direcionando maiores
investimentos nesse setor negligenciado pelo Estado. Por fim, será possível
criar um país mais democrático, afastando a realidade dos absurdos
retratados na obra da escritora Daniela Arbex."
CONCLUSÃO:
Parte IV - Redação Alan Albuquerque