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Bulling: A tormenta que se inicia na infância e que afeta a formação da

personalidade adulta.

Quem está rindo agora?

Na série ''Manual de Sobrevivência Escolar do Ned'', aborda-se o dia a dia dos alunos em
uma escola. Embora ocorra discussões acerca do bullying nesse âmbito, o personagem
principal sofre com xingamentos e agressões cotidianamente. Sendo assim, possibilita-se
compreender que, apesar da conscientização ser necessária, torna-se insuficiente para
resolver integralmente o problema; logo, precisa-se analisar suas consequências, planificar
onde esse fato ocorre, e assim, viabilizar seu real combate, que deve abranger todos os
brasileiros. Contudo, tal ficção não se distancia da atual realidade, à medida que o combate ao
bullying é um dos principais desafios a serem enfrentados no Brasil. Nesse sentido, é notório
que se trata de uma atitude criminosa que acontece, com destaque, nas escolas, as quais não
apresentam o pleno preparo para solucioná-la.

De acordo com a Lei nº 13.185, considera-se bullying quaisquer formas de intimidação


sistemática, que ocorra de forma intencional contra um indivíduo ou grupo de pessoas. Assim,
embora seja um assunto abordado na sociedade, tal atitude persiste e ocorre, em alguns
casos, de forma sutil e camuflada. Com isso, segundo um relatório da ONU, mais da metade
das crianças e jovens do mundo já sofreu bullying, o que revela um grave problema social, vide
as consequências nocivas para a vítima, como transtornos psicológicos e, até mesmo, suicídio.

Ademais, é visível que há uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas:
agressor, vítima e observador. Nessa perspectiva, a partir do conceito de "Identificação
Projetiva", formulado pela psicanalista Melanie Klein, o agressor projeta as frustrações de sua
autoimagem na vítima, na tentativa de libertar-se delas, o que evidencia o seu estado doentio.
Sendo assim, a postura do observador frente aos atos de bullying precisa ser cautelosa, tendo
em vista que a sua omissão corrobora para que haja reincidência desses.

É necessário, portanto, que essa conjuntura sofra mudanças significativas. A fim de que isso
ocorra, é imprescindível que os Ministério da Saúde e da Educação, desenvolva projetos de
prevenção ao bullying, por meio da criação de centros de ouvidoria e assistência psicológica
nas instituições de ensino, com o objetivo de oferecer um maior amparo às vítimas, como
também, um acompanhamento profissional aos agressores. Dessa foma, tal problemática será
atenuada e obter-se-á melhores perspectivas.

Em primeira análise, compreendem-se suas consequências. O bullying, não só gera inúmeras


implicações negativas - como depressão, ansiedade e, em casos mais graves, o suicídio - mas
também existem casos semelhantes ao de Jessie J, cuja cantora soube se apropriar dessa
situação perversa e criou a música ''Quem Está Rindo Agora?'', na qual ela conta a história do
comportamento hostil que sofria e faz um paralelo em relação a sua vida atual, marcada por
sucesso, glamour e felicidade - realização que parecia impossível de ocorrer naquela época.
Concomitante a isso, Raphaela Laet, uma terapeuta holística, fez um polêmico artigo em que
argumentava o quanto o bullying pode gerar caráter nas pessoas, apropriando-se de suas
próprias vivências com essa atitude abominável.

Em segundo plano, é importante salientar que, em ambiente escolar, o bullying ganha forças
estarrecedoras. Observa-se isso em uma pesquisa ministrada pelos estudantes de psicologia da
USP, a qual se constatou que 80% das crianças e adolescentes de uma escola brasileira
afirmaram enfrentar hostilizações contínuas no local. Sendo que, metade dos infantos
disseram sofrer e, paralelamente, praticá-lo. Percebe-se, então, o quanto esse ambiente pode
atuar negativamente na vida dos jovens brasilenses, por esse motivo, em 2016, sancionou-se 7
de setembro como o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência nas Escolas. Através
disso, percebe-se o enfoque do governo apenas em uma esfera, tornando-se indubitável o
reconhecimento de sua fragilidade. De fato, o bullying é presenciado numerosamente na
educação, mas não é o único ambiente em que ocorre esse conflito; faz-se, pois, necessário
maior dimensão das leis, gerando verossímil combate.

Portanto, é mister a união por parte do Ministério de Apoio Psicológico, Ministério da


Educação, e o Ministério do Trabalho, para criação de leis e campanhas através de verbas
governamentais, que visem combater o bullying com maior efetividade e abrangência em
todos esses meios, pois ele não ocorre apenas na educação. Além da introdução de psicólogas
nas escolas e no trabalho, para que quando seja questionado ''Quem está rindo agora?'', a
resposta individual dos brasileiros seja uníssona ''eu''.

Diante disso, fica claro que o bullying é um problema muito vivenciado pela sociedade
brasileira e que ainda hoje trás bastantes consequências para o país. Com isso, faz-se
necessários que medidas sejam tomadas para resolver esse impasse. Portanto, é importante
que o Ministério da Ciência e Comunicação crie blogs que possam mostrar o máximo de
consequências que são trazidos para as pessoas que sofrem diariamente contra as agressões. E
por fim, que o Ministério da Saúde juntamente com psicólogos, criem ONGS de apoio em
locais perto de escolas e faculdades públicas e privadas, onde as crianças e adolescentes
possam está indo juntamente com o pais conversar mais sofre o que se passa diariamente com
eles. E com isso, tentar o máximo diminuir ou até mesmo ajudar todas as pessoas que sofrem
bullying constantemente no Brasil.

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