O documento discute a violência contra crianças e adolescentes no Brasil. Aponta que a legislação brasileira reconhece crianças e adolescentes como sujeitos de direitos, mas que na prática muitos ainda sofrem violência. Defende que profissionais da educação devem estar atentos às diferentes formas de violência e denunciá-las, e convida para um curso sobre proteção de crianças na escola.
O documento discute a violência contra crianças e adolescentes no Brasil. Aponta que a legislação brasileira reconhece crianças e adolescentes como sujeitos de direitos, mas que na prática muitos ainda sofrem violência. Defende que profissionais da educação devem estar atentos às diferentes formas de violência e denunciá-las, e convida para um curso sobre proteção de crianças na escola.
O documento discute a violência contra crianças e adolescentes no Brasil. Aponta que a legislação brasileira reconhece crianças e adolescentes como sujeitos de direitos, mas que na prática muitos ainda sofrem violência. Defende que profissionais da educação devem estar atentos às diferentes formas de violência e denunciá-las, e convida para um curso sobre proteção de crianças na escola.
Diariamente, somos bombardeados por notcias e informaes catastrficas, envolvendo mortes,
acidentes, trfico, roubo, entre outros, ou seja, diferentes formas de violncia. Entre essas notcias, as violncias sofridas por crianas e adolescentes tm se tornado cada vez mais frequentes: padrasto que estupra e engravida menina de 9 anos; professora que silencia aluno colocando fita crepe na boca; adolescentes e suas famlias acorrentadas pelo crack; precariedade dos servios pblicos para atender s necessidades da populao. Isso sem contar os tantos outros casos que ocorrem diariamente e no so veiculados pelos meios de comunicao, ficando silenciados pelo anonimato.
Diante de tudo isso, pensar em infncia, em crianas e adolescentes como seres de direito pensar a partir de uma trajetria histrico-cultural que foi e est sendo construda ao longo do tempo. Com a Constituio de 1988, o ser criana passa a ser percebido como um sujeito social, uma criana cidad, portadora de direitos. Em 1990, com o Estatuto da Criana e do Adolescente, reforada a importncia da proteo criana e ao adolescente contra todos os tipos de violncia, sendo reconhecidos legalmente como sujeitos de direito.
No entanto, o fato de termos uma legislao que respalde a infncia no Brasil no garante que esta seja respeitada e valorizada. Sabe-se que muitas crianas e adolescentes sofrem diariamente diferentes formas de violncia (fsica, psicolgica, social, sexual) e a legislao, na maioria das vezes, pouco contribui para amenizar este quadro.
Ns, enquanto profissionais da educao, precisamos estar atentos s diferentes formas de violncia, repensando algumas de nossas posturas frente a essa problemtica. preciso unir foras no combate violncia infantil, por meio de uma interao constante entre os diferentes segmentos da sociedade, denunciando todo e qualquer tipo de violncia s autoridades responsveis pela proteo dessas crianas e adolescentes.
Por esse motivo, lanamos convite aos educadores para participarem do 2 Curso de Formao de Profissionais da Educao: A Escola que Protege, de 28 de setembro a 9 de outubro, em Santa Maria. As inscries esto abertas no site www.eqp2009.net at 20 de setembro. Venham discutir formas preventivas de encaminhamento e enfrentamento da violncia no mbito educacional, em defesa e proteo da criana e do adolescente. Temos a obrigao social de contribuir para o desenvolvimento de uma infncia saudvel, feliz e sem riscos, em que os direitos das crianas e dos adolescentes sejam respeitados e garantidos de fato.
Infelizmente, a agressividade sempre um tema da atualidade, especialmente a agressividade juvenil, na qual est relacionada aos roubos, furtos, assaltos, seqestros, gangues, atiradores de escolas, dos queimadores de mendigos, dos homicidas ou pelo simples fato da agresso familiar, o que no to difcil hoje em dia.
Segundo a UNICEF, a situao da violncia na adolescncia gera o seguinte fato, 44% das crianas e adolescentes no Brasil, vivem em famlias com uma renda per capita de meio salrio mnimo, sendo que desse total, metade vive em famlias com um quarto de salrio mnimo per capita. So 29 milhes de crianas e adolescentes em situao de misria absoluta, filha da violncia estrutural, campo propcio para a experincia da delinqncia. CONSIDERAES FINAIS O carter da globalidade do fenmeno violncia precisa estar presente nas discusses das polticas pblicas, tornando-se um desafio constante para a equipe de enfermagem (7) . O enfermeiro deve ser um agente facilitador junto da criana/adolescente, do agressor e da equipe de sade. Para isso, no basta somente ter, montar ou treinar equipes e pessoas, mas, principalmente, estudar com rigor cientfico a amplitude do tema violncia (2) . importante que o profissional de enfermagem, atravs de sua conduta, faa com que o hospital seja um ambiente menos hostil, menos agressivo e mais acolhedor. Para isso, o enfermeiro deve, em suas aes de cuidado, incluir aspectos ldicos que vo ao encontro do mundo infantil, buscando minimizar a dor e o sofrimento causados pela violncia. Atividades interessantes que podem ser desenvolvidas contemplariam, por exemplo: contar histrias infantis, realizar dramatizaes utilizando o material usado no cuidado (seringas e equipos), alm de proporcionar oficinas de criatividade em grupos, empregando argila e tinta, entre outras possibilidades. Assim, atravs da socializao e da expresso dos sentimentos e problemas, haver, concomitantemente, chance para que os pais visualizem, nas atitudes dos enfermeiros, aes adequadas que oportunizaro um outro modelo de relacionamento e interao entre pais/filhos. Na Rede Bsica de Sade, os profissionais de enfermagem tambm tm papel fundamental no enfrentamento da violncia contra crianas e adolescentes, visto que esse local de atuao se apresenta como propcio para a deteco precoce desses casos. Todavia, para isso, premente a necessidade de mudana nos tipos de abordagens rotineiramente empregadas nos servios de sade, que propendem para uma viso assistencialista baseada em prticas curativas fundamentadas, especialmente, na observao de sinais e sintomas de quadros clnicos. Numa etapa inicial, os enfermeiros devem contribuir de maneira decisiva na identificao dos eventos que merecem interveno imediata ou mediata, revelando casusticas fidedignas. Nessa perspectiva, uma possvel idia seria a incluso de perguntas sobre eventos violentos durante as consultas de enfermagem, pois essas poderiam chamar a ateno dos profissionais quanto necessidade de trabalharem essa questo com a famlia. Conclui-se que o profissional de enfermagem precisa engajar-se na melhoria da qualidade dos servios de sade, a fim de contribuir para a construo de uma sociedade mais justa, democrtica e solidria. Dessa forma, resgata seu amplo e srio compromisso social, poltico e moral em relao sua prxis profissional. Entende-se que cada profissional, independente da rea em que atue, responsvel de alguma maneira pelas crianas e adolescentes que esto em situao de violncia e que elas tm direito inalienvel vida, sendo dever de todos criar condies adequadas para que isso ocorra. Assim, o estudo revela que o primeiro passo a se tomar deve ser o aprofundamento e a ampliao das discusses envolvendo a questo violncia, a fim de que os enfermeiros utilizem o conhecimento cientfico construdo para enfrentarem com urgncia o desafio de detectar, notificar, cuidar, minimizar e prevenir as situaes de violncia contra crianas e adolescentes.