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A pesquisa também apontou que 59% de seus psicólogos associados tiveram aumento
de mais de 20% em atendimentos durante a pandemia, sendo que 69,3% destes pacientes
já teriam recebido alta e retornado, nos casos de pacientes ainda em tratamento, os
profissionais afirmaram que 83% dos pacientes tiveram agravamento de seu quadro.
De acordo com dados da OMS, até 2030 a depressão será a doença mais comum do
mundo, durante o primeiro ano de pandemia, a PEBMED identificou que 78% dos
profissionais de saúde apresentavam sinais de doença mental.
TESTAGEM INCOMPLETA
Autotestes rápidos de Covid-19, que podem ser feitos em casa, são cada dia mais
comuns nos EUA e na Europa, mas não são permitidos pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) no Brasil. Grupos de pesquisadores como o Observatório Covid-19 BR
militam para que a modalidade seja implementada no país.
ENCONTRO DE EPIDEMIAS
“As epidemias de gripe não costumam durar mais do que quatro, seis semanas, mas
doenças infecciosas não faltam no Brasil e pode, sim, haver sobrecarga do sistema de saúde”,
pontua infectologista e diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) Renato Kfouri.
Com a alta dos casos de gripe que varre o Brasil, enfermarias de Minas Gerais, por exemplo,
ficaram lotadas. Para o final de fevereiro e março, espera-se alta de casos de arboviroses —
dengue, zika e chikungunya.
CANSAÇO DA POPULAÇÃO
Cansada de restrições e ávida pelos encontros sociais — para os quais restam poucas
restrições oficiais, atualmente - falta entendimento à população sobre a gradação de riscos,
analisa o professor Roberto Kraenkel. “É preciso haver comunicação sobre o que é mais e o
que é menos arriscado fazer e sobre quais máscaras têm a melhor qualidade”, diz. Locais
abertos e ventilados, como a área externa de um restaurante com mesas afastadas, por
exemplo, são muito mais seguros que a área interna do bar.
VACINAÇÃO DE CRIANÇAS
No Brasil, 20,5 milhões com 5 a 11 anos acabam se ser incluídas no Plano Nacional de
Imunizações (PNI), após aprovação da Anvisa ao uso da vacina da Pfizer. Ainda não há
aprovação para os menores de 5 anos, embora, nesta semana, o Instituto Butantan tenha
divulgado que a CoronaVac é segura a partir dos seis meses. Em Minas, 81 crianças de menos
de 12 anos morreram por Covid.
FAKE NEWS
Em 2022, o problema promete continuar. A vacinação de crianças de 5 a 11 anos, por
exemplo, é atacada por grupos que afirmam que os pequenos são usados como “cobaias”
para as vacinas, que já receberam aval da Anvisa e de órgãos internacionais de saúde.
“Precisamos da maior porcentagem possível de vacinados. Quanto maior o número de
elegíveis para a vacinação, menor o risco doe novas ondas e novas variantes”, diz o pediatra
infectologista Renato Kfouri.
VIGILÂNCIA GENÔMICA
O acompanhamento da disseminação de novas variantes e o surgimento de outras
cepas do coronavírus só é possível graças à vigilância genômica, o processo de
sequenciamento genético de amostras do vírus para entender detalhes de sua estrutura. Em
Minas Gerais, amostras são sequenciadas toda semana epidemiológica, segundo a SES-MG.
Para especialistas, O ritmo precisa avançar em todo o país.
ACESSO A MEDICAMENTOS
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, até agora, seis
medicamentos específicos contra a Covid-19. A maior parte deles são anticorpos monologais,
anticorpos produzidos em laboratório que têm alto custo por tratamento, e não foram
incorporados ao Sistema Único de Saúde (SUS). O mais novo medicamento contra a Covid-
19, o Paxlovid, desenvolvido pela Pfizer, ainda não foi aprovado pela Anvisa também não
chegou ao sistema público de saúde. A esperança de especialistas é o surgimento de um
medicamento barato e de fácil manuseio — um comprimido que possa ser tomado em casa,
por exemplo.
APAGÃO DE DADOS
Os dados atualizados do Ministério da Saúde sobre a pandemia estão fora do ar desde
o início de dezembro, após um ataque cibernético, segundo o governo federal. Sem
informações precisas sobre o desenrolar da crise, pesquisadores e governos se veem às
cegas para interpretar e enfrentar o atual momento da crise sanitária.
Fontes: pesquisadores Renato Kfouri, Roberto Kraenkel e Unaí Tupinambás.
EMPOBRECIMENTO INTELECTUAL