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SAÚDE MENTAL DOS PROFISSIONAIS DA ENFERMAGEM

PÓS PANDEMIA

Autores:

Adalgisa Maria Silva, Faculdade do Futuro, Minas Gerais, Brasil.

Alessandra Pereira de Paula, Faculdade do Futuro, Minas Gerais, Brasil.

Filomena Cristina Narciso, Faculdade do Futuro, Minas Gerais, Brasil.

Mayra Pereira da Silva, Faculdade do Futuro, Minas Gerais, Brasil.

Otávio Simão da Silva, Faculdade do Futuro, Minas Gerais, Brasil.

Sara Maria da Silva Firmino, Faculdade do Futuro, Minas Gerais, Brasil.

Orientador: Juliana Márcia da Fonseca Xavier

RESUMO

Diante da atual pandemia provocada pelo novo coronavírus, a saúde da população


mundial está em constante ameaça, impactando diretamente nos profissionais de saúde
atuantes no combate ao vírus. Além das diversas atribuições, de acordo com cada
categoria profissional da enfermagem, essas pessoas convivem com estresses
psicológicos, desafios sociais, comportamentais, familiares e valores que impactam em
suas vidas neste período de pandemia. Objetivo: conhecer os impactos que a pandemia
provocada pelo COVID-19 trouxe aos profissionais da enfermagem. O levantamento de
dados foi realizado em Março de 2022 através de um questionário online. Após a leitura
do material selecionado, foi possível dividir o artigo em duas categorias, intituladas em:
A importância da atuação dos profissionais de enfermagem no contexto da pandemia do
COVID-19; Impactos e dificuldades enfrentados pela equipe de enfermagem na
pandemia. No entanto a pandemia impactou diretamente aos profissionais da enfermagem
e agravou outros fatores já existentes.

Palavra Chave: enfermagem, pandemia, coronavírus.

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INTRODUÇÃO

O objetivo do tema proposto e fundamentado no que ocorreu e abrange o pais


como um todo, a pandemia de Covid-19 produziu números expressivos de infectados e
de óbitos no mundo. Os profissionais e trabalhadores de saúde envolvidos no
enfrentamento da pandemia ficaram expostos cotidianamente ao risco de adoecer pelo
coronavírus, para evitar a transmissão de Covid-19 na área de saúde e nos domicílios dos
mesmos, foi necessário adotar protocolos de controle de infecções (padrão, contato, via
aérea) uso de EPIs e mascaras. Diante do período enfrentado com o isolamento social e
afastamento das funções com muitas privações, o que resultou em um trabalho
intensificado dos profissionais da saúde, que trabalharam com grandes demandas obtendo
número crescente a cada dia, levando-os a aderir novas formas de vida e novos cuidados
com seus pacientes, e internamente na condução e proteção de suas famílias, ocasionando
um esforço redobrado atendendo e defendendo vidas, buscando avaliar o estresse ao
serem submetidos nesse contexto. O medo de ser infectado, a proximidade com o
sofrimento e a morte dos pacientes, bem como a angústia dos familiares associada à
informações incertas sobre vários recursos, solidão e preocupações com entes queridos,
abordando a manutenção e cuidado a procurar tratamentos psicológicos frente aos
possíveis surgimentos do sofrimento ou adoecimento mental, com esforço emocional e
exaustão física ao cuidar de um número crescente de pacientes com doenças agudas de
todas as idades que têm o potencial de se deteriorar rapidamente, analisando a pressão e
medo mediante exposições e necessidades para serem alcançadas, com muitas atenções
divididas, devido a situação com muitas instabilidades e incertezas nunca vivida antes,
gerando alterações na sociedade como um todo, refletindo no coletivo e individualmente
em cada pessoa, de maneiras diferentes, o trabalho busca analisar como esses
profissionais geriram seus sentimentos e emoções em um período de muitas incertezas, e
se procuram por ajudas psicológicas para enfrentar o novo contexto e seus surgimentos.

METODOLOGIA

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Trata-se de um estudo transversal e quantitativo com finalidade de mensurar a
saúde mental dos profissionais da Enfermagem no contexto pós-pandemia na cidade de
Manhuaçu e região. A população objeto da pesquisa foi constituída por profissionais da
área da enfermagem sendo 33 mulheres e 11 homens, com idade entre 20 a 58 anos. Foi
utilizado um questionário online estruturado com 10 perguntas objetivas e aplicado
durante o mês de Abril de 2022, nas quais as variáveis foram gênero, idade, fatores
estressores como afastamento do emprego, contaminação por Covid-19, na família e no
trabalho, carga horária de trabalho, cuidados com a higiene e também variáveis em
relação a questões emocionas como busca por acompanhamento psicológico, diagnostico
de transtorno mental e uso de medicação.

As pesquisas que foram feitas garantiram o anonimato no preenchimento do


questionário, assim como a não publicação de resultados individuais. Todos os dados
obtidos na pesquisa foram utilizados exclusivamente com finalidades científicas.

RESULTADOS
A pesquisa foi respondida por 44 profissionais ao todo, entre enfermeiros e
técnicos e auxiliares de enfermagem com idades entre 20 e 58 anos de idade, entre os dias
06 a 24 de abril, por meio de um questionário online. Dos profissionais respondentes,
75% são do sexo feminino e 25% do sexo masculino.
Na evolução do trabalho foram identificados fatores que foram pertinentes para se
obter um resultado, dentre os respondentes 50% informaram ter interesse em abandonar
a profissão e 50% confirmaram que não pensaram nesta hipótese.

Figura 1. Desistência da profissão.

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O aumento dos cuidados com a higiene sobre saíram na maioria dos respondentes,
63,6% informaram ter uma cobrança redobrada em ralação a higiene no período pós-
pandemia, que chegaram afetar diretamente no seu estado emocional, porém apenas
18,2% procuram ajuda psicológica frente ao contexto da pandemia e 93,2% dos
respondentes não continuou ou iniciou tratamento psicológico durante e após este
período.

Figura.2

Durante o período de pandemia, vários desafios foram encontrados por estes


profissionais que podem afetar diretamente no seu estado emocional e social, o
distanciamento da família e amigos teve um alto indicie, 75% informaram a necessidade
de ficar longe de seus familiares, devidas as altas cobranças no trabalho e cuidados
excessivos para evitar a contaminação e proliferação do vírus, que pode estar ligado
também ao aumento da carga horária de trabalho semanal, sendo que 77,3% informaram
ultrapassar 40 horas semanais conforme CLT - Decreto Lei nº 5.452 de 01 de Maio de
1943, artg. 58.

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Figura 3.

Estudos similares, apontam que o aumento de diagnósticos em relação a saúde


mental destes profissionais que trabalham diretamente na linha de frente pode prejudicar
diretamente o convívio sociocultural desses indivíduos, neste trabalho realizado 72,7%
dos respondentes não tiveram um diagnóstico em relação a saúde mental, e apenas 22,7%
fizeram a utilização de medicação para auxílio nas questões emocionais. Em relação à
contaminação, 97,7% tiveram colegas de trabalho que foram contaminados e 81,8%
tiveram contaminação na família por COVID-19.

Figura 4.

Conclui-se a presença de níveis de ansiedade e/ou estresse relacionado à exaustão


e distanciamento do trabalho que podem ser vulneráveis para o profissional de
enfermagem quanto a transtornos mentais. Há a necessidade de intervenções, de
prevenção e promoção do bem-estar mental aos profissionais de expostos à Covid-19, por
se encontrarem na linha de frente, exigindo atenção especial. Quanto ao enfrentamento e
a implementação de trabalhos com a empatia, iniciativa e motivação, podem ser como
protetores para a saúde mental.

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CONCLUSÃO

O objetivo do trabalho integrador foi mostrar como a saúde mental dos


profissionais de enfermagem no período pós-pandemia. O período de pandemia e o pós-
pandemia foram difíceis, pois o medo, insegurança tomou conta, sendo assim o aumento
de profissionais com o nível de ansiedade e esgotamento físico e mental teve um número
elevado, o medo de contaminar alguém da sua família com um vírus mortal, a insegurança
quanto aos instrumentos e métodos de prevenção da proliferação do vírus se era realmente
seguro o suficiente para proteção pessoal e ao demais associados ao convívio social.

A ansiedade e o stress foram fatores exaustivos para perpassar momentos com


futuro inserto, já que um vírus novo abalou todo o mundo e fato de 72,7% dos
profissionais que revelaram ter tido diagnóstico em relação a questões emocionais
decorrentes da pandemia. Dentre estes, 77,3 % precisaram usar medicação que auxiliam
nas questões de cunho emocional devido às vivências de trabalho no período de
pandemia.

Conclui-se que a necessidade de acompanhamento de um profissional da saúde


mental, é de extrema importância para esses profissionais que ainda lindam diretamente
em ambientes hospitalares públicos e privados, pois mesmo com a chegada da vacina o
impacto pós-pandemia é um fator precipitante e que pode gerar frustrações futuras no
ambiente biopsicossocial desses indivíduos.

REFERECIAS:

Ramos-Toescher, Aline Marcelino et al. Saúde mental de profissionais de


enfermagem durante a pandemia de COVID-19: recursos de apoio. Escola Anna Nery
[online]. 2020, v. 24, n. spe [Acessado 2 Maio 2022] , e20200276. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/2177-9465-EAN-2020-0276>. Epub 19 Out 2020. ISSN 2177-
9465. https://doi.org/10.1590/2177-9465-EAN-2020-0276.

Research, Society and Development, v. 11, n. 1, e1311124580, 2022


(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i1.24580
acessado em 29/04/2022.

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ARTIGO • Ciênc. saúde coletiva 25 (9) 28 Ago 2020Set 2020 •
https://doi.org/10.1590/1413-81232020259.19562020

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