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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO ADMINISTRAÇÃO, CIÊNCIAS

CONTÁBEIS, CIÊNCIAS ECONÔMICAS

MEMBROS DO GRUPO

PRODUÇÃO TEXTUAL INDIVIDUAL

Marabá

2021
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MEMBROS DO GRUPO

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR

Trabalho de Produção Textual Interdisciplinar


apresentado à Universidade Pitágoras
UNOPAR, como requisito parcial para a
obtenção de média semestral nas disciplinas
Pensamento Crítico, Psicologia Aplicada a
Saúde, Sociedade Brasileira e Cidadania,
Gestão, Qualidade e Segurança do Paciente.

Professores: nome dos professores

MARABÁ

2021
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1. PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR

O enfrentamento da pandemia da COVID-19 têm se tornado um dos maiores


desafios dos profissionais de saúde que estão na linha de frente de combate, a
COVID-19 é uma doença infectocontagiosa provocada pela família de vírus do
coronavírus da síndroma respiratória aguda grave 2 também conhecido como SARS-
CoV-2, os primeiros casos dessa patologia foram descobertos na China na cidade de
Wuhan, os portadores apresentavam casos de uma forta e intensa pneumonia com a
causa desconhecida, isso em 31 de dezembro de 2019, após de identificados os
sintomas e notado a resistência aos medicamentos existentes, houve a necessidade
de pesquisar sobre o sequenciamento viral dessa nova patologia.
Em 12 de janeiro de 2020 o sequenciamento viral foi descoberto, na China, e
enviado a organização mundial de saúde (OMS), desse modo compartilhado com os
demais países por meio de um banco de dados da OMS, e rapidamente, em
aproximadamente 4 meses após a descoberta do vírus, 213 países, áreas ou
territórios já haviam notificado o aparecimento de casos de contaminados, no Brasil o
primeiro caso foi diagnosticado em 26 de fevereiro de 2020 em São Paulo.
Com pouco conhecimento sobre a genética do vírus, e um crescimento de
infectados considerado alarmante, começaram a aparecer situações emergentes na
busca por conhecimento científico sobre a patologia, e as poucas informações
acabaram abalando a vida emocional de muitos dos profissionais que estão na linha
de frente da pandemia, entrando em questão aspectos como o medo, angústia,
depressão e ansiedade, resultando de muitos fatores que influenciaram nesses
problemas psicológicos como a falta de equipamentos e insumos.
Portanto o texto dessa pesquisa foi realizada através de um referencial
bibliográfico, buscando proporcionar um conhecimento breve sobre a patologia, e na
preocupação dos profissionais de saúde que estão na linha de frente da pandemia,
nos quesitos de saúde mental, física e psicológica, questões éticas onde a
priorização do portador e do profissional se tornam preocupantes, nas relações mais
híbridas entre vida e trabalho, as iniciativas que podem ser consideradas estratégias
para proporcionar o cuidade adequado a esses profissionais e a importancia da
cultura de segurança da equipe.
Aspectos que envolvem a preocupação com a saúde dos pacientes portadores
da Covid-19 e a manutenção da saúde dos profissionais da linha de frente em
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combate a essa patologia, tem sido um grande desafio para as autoridades da saúde,
como questões éticas que envolvem, responsabilidade, respeito, cidadania, lealdade,
integridade e transparência, uma das questões que atrapalham a realização das
atividades desses profissionais é a excassez dos equipamentos de proteção
individual (EPI), devido as longas jornadas que trabalho, desconsideração do trabalho
do profissional, questões psicológicas pessoais, estes, que podem ser fatores
contribuintes para o desgaste emocional e físico (AFFONSO, 2014)
Segundo Affonso (2014) o conceito de ética pode ser compreendido como a
uma a ciência que estuda a conduta do ser humano, onde se fazem presentes os
julgamentos do que é ruim e do que é bom, ou seja, entre o bem e o mal, onde se
busca um conhecimento teórico do ser humano, em questões de vivência em
comunidade, onde se destacam os termos como estética e dialética, ou seja,
compreende os conhecimentos filosóficos preocupados com a reflexão moral da
sociedade atual.
Nesse contexto os profissionais de saúde vivem um dilema ético entre a
eficácia do desempenho de suas atividades e a preocupação de ser contaminado
pelo vírus e acabar transferindo a patologia para seus entes queridos, pois sem o
equipamento de proteção ideal, acaba colocando sua vida, dos pacientes, da equipe
de trabalho e do seu círculo de relacionamento em risco (MENDONÇA et al 2006).
É notório que para o entendimento da ética profissional em meio a pandemia
tem que levar todas as considerações no espaço como um todo, se o local de
trabalho é adequado e fornece os equipamentos suficientes para a execução das
atividades, vale ressaltar, que as atividades dos profissionais da saúde englobam em
vários setores, como da prevenção, controle de transmissão, estudos sobre a
patologia, pascentear os estudos sobre a COVID-19 a sociedade, preservação e
sustentáculo aos portadores, atendendo de maneira acolhedora, cuidadosa e
empática (MIRANDA et al 2020 e POLAKIEWICZ 2020).
Segundo Polakiewicz (2020) o atual conhecimento sobre a COVID-19 ainda
está em fase de desenvolvimento, pelo fato do aparecimento das variantes acaba se
tornando um desafio para os profissionais de saúde, tanto da linha de frente quanto
aos pesquisadores, de como, que os cuidados aos pacientes portadores não seriam
seriam mais precisos, ocasionando em iatrogenias, que é um dos problemas
frequentemente encontrados, onde se compreende, que as iatrogenias como
resultados adversos provocados diante o tratamento médico.
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Nesse contexo Caram et al (202) afirma que o sistema de saúde de mundial
tem enfrantado diversos desafios na promoção da saúde dos profissionais que estão
na linha de frente da COVID-19, dentre os desafios estão os quesitos de moral e
ética, que atinge diretamente as relações híbridas desses profissionais, tendo em
vista a questão vulnerável dos pacientes e as quantidades de óbitos que acontecem
diariamente nos hospitais, isso pode ser recorrente da falta de apoio psicológico, a
capacidade emocional para lidar com os óbitos, resultados de ações e a necessidade
de um apoio social.
Diante disso é necessário manter um equilibrio emocional para exercer suas
atividades com competência e responsabilidade, mesmo que as condições de
trabalho não sejam satisfatórias, mostrando um esforço em manter uma qualidade
nas relações interpessoais. Entretando, essas características são complexas e
desafiantes, pois exigem uma gama de atribuições para os profissionais da saúde,
principalmente em ambientes que requerem agilidade e habilidade as ações com
equipes multiprofissionais (AMARAL et al, 2010).
Vale ressaltar que o diganósticos de problemas relacionados a equipe de
trabalho em hospitais de referência ao COVID-19 podem influênciar diretamente no
atendimento aos portadores, lembrando que a linha de frente ao combate ao COVID-
19 é composta por seres humanos e estão sujeitos ao estresse, irritação, depressão
e ansiedade, isso também pode atingir a toda uma junta médica, gerando situações
desconfortáveis no local de trabalho (AMARAL et al, 2010).
Amaral et al (2010) ainda afirma que a mudança de postura desses
profissionais de saúde, pode proporcionar em um ambiente mais estável para o
atendimento dos pacientes, e ainda infere que a mudança de comportamentos dos
profissionais pode estar ligado diretamente a situações de vivência nos hospitais em
conjuntos com a vivência pessoal.
Teixeira et al (2) aponta em seus estudos mostra a imprescindibilidade de
atitudes de intervenção a preocupação da saúde mental dos profissionais de saúde,
que podem ser identificadas quando o profissional acaba mantendo um bom
relacionamento com o portador, e o portador acaba indo a óbito, o acompanhamento
do sofrimento dos pacientes e dos familiares, os quadros precários de insumos
disponíveis para o tratamento, a falta de informação oficial sobre os materiais de
trabalho, solidão e principalmente a falta de apoio emocional e o medo da
contaminação de entes queridos.
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Diante dessas afirmações é perceptível a necessidade de iniciativas que
possam promover os cuidados dos profissionais de saúde, principalmente em
questões que envolvem aspectos emocionais, como a contribuição do estado na
contratação de psicólogos e psiquiatras, mediante suas responsabilidades
profissionais, ou seja, na promoção da saúde emocional do profissional e o respeito
pela vida, no âmbito privado a intervenção pode acontecer através da manutenção da
qualidade de vida dos familiares dos profissionais, um vez que o relacionamento
entra ambos pode ser mais restrito, e no ambito civil é na preservação dos direitos do
profissional, nas adequações as jornadas de trabalho, aumento da insalubridade,
manutenção dos salários em dias, entre outros (AMARAL et al, 2010).
Nessa perspectiva é essencial a procupação pela qualidade de vida e na
promoção da saúde das equipes da linha de frente contra COVID-19, inserindo os
conceitos de cultura de segurança do paciente, reconhecida como uma base de
serviços que priorizam a implantação de estatégias seguras, em prol de proporcionar
a minimização de incidentes com a segurança (NIEVA et al, 2003).
A avaliação cultural de segurança do paciente se torna essencial para a
obtenção de dados que podem influenciar em danos ao paciente nos serviços de
saúde, sua função consta em montar um diagnóstico o nível de cultura de segurança,
os riscos e danos que podem ser adquiridos, o desenvolvimento de intervenções na
segurança do paciente e sua evolução com característica temporal, e a contabilidade
dos incidades registrados (ANVISA, 2014).
Segundo Brasil (2013) a preocupação com a cultura de saúde do paciente
tomou proporções imensar e influencia do estado, e diante desse aspecto, foi criado
no ano de 2013 o Programa Nacional para a Segurança do Paciente através da
públicação da portaria de nº 529 no dia 1º de abril, cujo seu principal objetivo é a
criação e aplicação de conceitos e ações que são direcionadas a segurança do
paciente e partir de desenvolvimento de Núcleos de Segurança do Paciente (NSP)
voltados a serviços na área da saúde.
Desse modo podemos afirmar que a Cultura de segurança funciona como um
método instigativo para os profissionais de saúde, pois através dessa política,
conseguem exercer suas competências com precisão e responsabilidade,
desenvolvendo uma observação mais critica sobre eventos distintos, garantindo
imparcialidade, renunciando práticas que possar punir profissionais e de culpabilidade
entre eles sobre decisões adversas não intencionalmente, e essa cultura é percebida
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de distintas maneiras pelos profissionais de saúde e pelos prórpios diretores de uma
da mesma entidade, de maneira a reconhecer a cultura de segurança do local e do
meio que desenvolvem suas atividades, desse modo prestando um serviço de
assistência a saúde e tornando-o necessário para realização de melhorias mais
concretas (WACHTER, 2013).
Portanto como estratégia para ser empregada a cultura de segurança é,
primeiramente, identificar o fator cultural do local de trabalho e da equipe profissional,
ou seja, o união de qualidades, experiências e ações que se entende como
caracrerísticas da equipe, e a partir disso tentar idealizar a cultura de culpa, não
como apenas em fracasso, mas sim em um aprendizado, onde os erros devem ser
encarados como situações que possam influenciar positivamente no sistema
(HELMREICH et al 2001).
Contudo esse cultura deve manter uma aliança com os gestores e a equipe,
na sua identificação e aplicação, visando ser respeitada e comprometida, assim
demostrando sua importância, e a partir disso, mostrar como é importante a
qualidade do trabalho em equipe e uma boa relação interpessoal, entre os
profissionais e os pacientes, desse firmando um compromisso com a segurança e a
troca de informações, e quaisquer situação de erro, a instituição possa interferir de
maneira positiva, buscar uma pré identificação dos erros, assim porporcionando uma
formação profissional mais ampla em prol de manter a cultura de segurança mais
eficaz (PAESE et al 2013).
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REFERÊNCIAS

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