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a) Qualidade de Vida
Segundo a OMS, a definição para qualidade de vida pode ser: “[...] a percepção do
indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos
quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e
preocupações” (PIRES et al., 2021).
Para Rosa et al. (2021), não apenas profissionais da saúde foram afetados, mas
pacientes infectados também tiveram suas vidas afetadas. Foram cerca de 20% dos
pacientes hospitalizados por COVID-19 que desenvolveram complicações severas,
incluindo insuficiência respiratória, síndrome do desconforto respiratório agudo
(SDRA), choque, delirium e disfunção de múltiplos órgãos. Além disso, pacientes
críticos apresentaram dependência de terapias de suporte a órgãos com ventilação
mecânica prolongada e longas permanências na unidade de terapia intensiva (UTI) e
no hospital.
b) Qualidade de Sono
A semana fica desestruturada quando não há uma rotina, não há mudanças de dias
úteis para os fins de semana e não existe distinção entre os horários para as
atividades. Para que se possa manter uma boa rotina de sono é necessário ter
horários corretos para dormir e acordar. Além de reduzir o uso excessivo de tela, o
qual atrasa o ritmo circadiano quando usado antes de dormir (RICHTER et al.,
2020).
O mesmo autor reforça que crianças e adolescentes também foram atingidas, onde
a quarentena levou a mudanças repentinas no seu cotidiano, devido a falta de aula
presencial e ao aumento do uso de aparelhos eletrônicos.
Para Lima et al. (2021), as pessoas em que a renda diminuiu muito, ficaram sem
emprego e aumentou a quantidade de trabalho doméstico, a piora ou incidência de
problemas de sono também foram maiores.
Não obstante, um estudo de Jahrami et al. (2020) apontou que a maior prevalência
dos distúrbios do sono ocorreu no sexo feminino, sendo este um fator preditivo para
distúrbios do sono. Acredita-se que seja pelos inúmeros papéis que a mulher
desempenha na sociedade, pois muitas vivenciam dupla jornada, somado aos
aspectos estressantes do meio profissional (TAUYR et al., 2021).
Afinal, o hábito de ter conversas com amigos e familiares mostrou ser um fator que
reduziu a prevalência de sintomas de ansiedade e depressão em profissionais de
enfermagem, durante a pandemia de COVID-19 (SANTOS et al., 2021).
Essa nova realidade pode servir para construir seres humanos melhores, mais
resilientes e capazes de entender que nem tudo está no seu controle. Buscar
encontrar os pontos positivos que toda situação possibilita, é o ponto chave para
manter a saúde mental intacta. Afinal, é natural que diante de um fenômeno
desconhecido haja maior preocupação e ansiedade. No entanto, a intensificação dos
sintomas de ansiedade exige a busca por atendimento especializado, e neste caso
deve-se sim, buscar a ajuda psicológica (ROLIM, OLIVEIRA e BATISTA, 2020).
REFERÊNCIAS
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