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RESUMO
O presente artigo relata como foi o momento vivido pelos profissionais da saúde no combate à
COVID-19 no município de Macaé/RJ. O objetivo é mostrar como foram afetados e as marcas
deixadas pelo vírus SARS-Cov-2. Este estudo trata-se de uma pesquisa de abordagem quanti-
qualitativa, que utilizou como método um formulário, onde os profissionais da saúde
responderam de acordo com a realidade vivida por cada um. Após essas respostas, foi
observado que a saúde mental foi uma das áreas mais afetadas e que se obteve pouco apoio
por parte da gestão. A prevalência global de ansiedade e depressão aumentou 25% no
primeiro ano da pandemia de COVID-19, de acordo com um resumo científico publicado pela
Organização Mundial da Saúde (OMS). O resumo também destaca os grupos populacionais
mais afetados e mostra o impacto da pandemia na disponibilidade de serviços de saúde mental
e como isso mudou durante emergências de saúde pública. Um dos principais motivos desse
crescimento é o estresse sem precedentes causado pelo isolamento social causado pela
pandemia. Vinculadas a isso estão as restrições à capacidade das pessoas de trabalhar, buscar
apoio de entes queridos e participar da comunidade. Solidão, medo de ser infectados, dor e
morte de entes queridos, luto e preocupações financeiras também foram identificados como
estressores que levam à ansiedade e à depressão. Entre os profissionais de saúde, a exaustão
tem sido um importante gatilho para pensamentos suicidas. Os aumentos na prevalência de
problemas de saúde mental coincidiram com graves interrupções nos serviços, deixando
grandes lacunas no atendimento aos mais necessitados. Os serviços para condições mentais,
neurológicas e de uso de substâncias foram os mais interrompidos de todos os serviços
essenciais de saúde relatados pelos Estados Membros da OMS durante grande parte da
pandemia. Muitos países também descobriram que os serviços de saúde mental que salvam
vidas, incluindo a prevenção do suicídio, foram severamente interrompidos.
INTRODUÇÃO
Esse estudo tem como tema o cuidado com a saúde mental e os principais traumas,
estresses e estigmas em profissionais da saúde no combate à COVID-19.
São muitos os trabalhos que abordam a saúde mental, porém de forma rasa, que na
maior parte não atinge a todo e qualquer público que necessite da abordagem. Por meio de
um levantamento bibliográfico feito no período de 2019 até o ano de 2022 na biblioteca
SciELO, foram concluídos que apenas 18 estudos realizados, mostram de forma clara a
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REVISÃO DE LITERATURA
Esses cenários não são independentes. Ou seja, uma pessoa pode ter sido exposta
a vária destas situações ao mesmo tempo, o que eleva o risco para desenvolver ou para
agravar transtornos mentais já existentes. O distanciamento social alterou os padrões de
comportamento da sociedade, com o fechamento de escolas, a mudança dos métodos e da
logística de trabalho e de diversão, minando o contato próximo entre as pessoas, algo tão
importante para a saúde mental (BVS, 2020).
METODOLOGIA
por profissionais qualificados para tratamento foi indicada como a melhor forma para lidar de
uma melhor maneira com cada problema observado.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com relação a idade dos entrevistados, foi encontrado que a grande maioria que estava no
combate frente a COVID-19 tem a idade entre 26 e 50 anos, com base essas informações,
concluimos que profissionais da saúde acima dos 50 anos foi preservado, ou seja, por
circunstacias fisicas, esses profissionais precisaram ter um cuidado ainda maior do que os
outros, logo os demais profissionais abaixo dos 50 anos, atuaram insesantemente no combate.
Foi observado que 78,6% dos entrevistados tiveram sua rotina de trabalho alterada por
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conta da pandemia.
A alteração na rotina era algo eminente para os profissionais graças a grande demanda
de pacientes e a escassez de profissionais e equipamentos. Muitos profissionais tiveram que
adotar o isolamento parcial da familia, carga horaria maior, mudanças de turno, noites em
claro com diversos pacientes chegando a todo momento, com fome, sem àgua e ainda auxiliar
no treinamento de recém formados.
Todos os entrevistados relataram que tiveram sua saude mental impactada por conta da
pandemia do COVID-19, onde os principais aspectos afetados foram o Stress (aparecendo em
31,6% das respostas), Sono (23,7%) e Alimentação (15,8%).
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57,1% tiveram problemas com sua saúde mental durante a pandemia, sinalizando com
“ruim”, quando questionados sobre e 35,7% sinalizaram como “razoavel” e apenas 7,1% dos
entrevistados permaneceram com uma boa saúde mental.
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Com base no último gráfico, foram apontados como os principais causadores: Perda de
entes queridos, aumento na demanda de trabalho, ansiedade, medo de contaminação, morte e
sofrimento de pacientes e a pressão no trabalho.
Foi observado que 92,9% dos entrevistados apontaram que atualmente sua saúde
mental está de razoável para boa.
E, no geral, 64,3% apontou que o estado da saúde mental não atrapalha o seu
desemprenho no trabalho, 14,3% apontaram que talvez o atual estado de saúde mental pode
vir a atrapalhar o desempenho no trabalho e 21,4% afirmam com total certeza que esse fator
está alterando diretamente o desempenho no trabalho.
Poderiam ter encaminhado para ajuda psicologica, mesmo assim não fizeram.
Não pensaram em nós profissionais. Eu digo para que brindes, saudações de palmas,
isso não vai nos ajudar. Bater palmas para gente para que? Sabendo que essa era a
nossa função. Não sobrevivemos de palmas e muito menos de mensagens.
Presisavamos de um pouco mais de respeito, de dignidade. Queria que soubessem o
nosso valor, reconhecimento deles (chefes) foi ZERO para a gente. ( Citou um
entrevistado)
CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
SODRÉ, R.L.R.; SERRA, J.R.; TIPPLE, A.F.V.; OLIVEIRA, K.R. dos S.; PEREIRA, L.V.;
Transformação de uma clínica cirúrgica para atendimento a pacientes com Covid 19: relato de
experiência. Texto Contexto Enfermagem [Internet]. 2022; v. 31, n. 01 :e20210359.
Available from: https://doi.org/10.1590/1980-265X-TCE-2021-0359pt
TEIXEIRA, C.F de S.; SOARES, C.M.; SOUZA, E.A.; LISBOA E.S.; PINTO, I.C. de M.;
ANDRADE L.R. de.; ESPIRIDIÃO, M.A.; A saúde dos profissionais de saúde no
enfrentamento da pandemia de Covid- 19. SciElo Brasil. 2020; Available from: DOI:
10.1590/1413-81232020259.19562020. Acesso em: 10 de set. 2022
LEONEL, F.; Pesquisa analisa o impacto da pandemia entre profissionais de saúde.
Disponível em: https://portal.fiocruz.br/noticia/pesquisa-analisa-o-impacto-da-pandemia-
entre-profissionais-de-saude. Acesso em: 19/02/2022