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A pandemia marcou o início de novos tempos, tempos de mudanças, tempos de

enfrentamento. O surgimento de uma nova doença provocada pelo vírus Coronavírus ganhou
força no ano de 2020, em março do mesmo ano a OMS (Organização Mundial da Saúde) avalia
a situação e caracteriza então a pandemia do COVID 19. Até então esse vírus desconhecido
causava medo e pânico em toda população mundial se espalhando rapidamente e as
consequências da pandemia começaram a surgir.

Os resultados imediatos da pandemia puderam se dividir em quatro âmbitos distintos


caracterizados pelo tempo e força dos acontecimentos, a primeira fase se relaciona-se a
sobrecarga dos sistemas de saúde em todo o mundo, onde os mesmos necessitaram se
organizar rapidamente, ainda mesmo sem muito conhecimento sobre o vírus e suas
manifestações para acolhimento e cuidado aos pacientes infectados mais graves. Em segundo
momento o próprio sistema de saúde não consegue atender a toda demanda acontece um
colapso em todo o sistema de saúde tanto público quanto privado, são diminuídos os recursos,
é diminuído o cuidado, com outras condições clínicas, visto que todos os esforços estavam
voltados para salvar vidas dentro da COVID 19.

A partir de então um ciclo se instala sendo um resultante do outro, o terceiro ponto a


ser destacado dentro das resultâncias do período pandêmico ocorreu diante do grande
impacto na falta e omissão dos cuidados clínicos às doenças crônicas.

Diante de todos esses acontecimentos, consequência de todos os outros e de suma


importância para o segmento, cuidados e propostas após o período de pandemia, talvez o pior
de todos os resultados, a saúde mental, resultante de todo o processo de insegurança, medo,
perdas e traumas psicológicos ocasionados diretamente por meio da infecção do vírus e por
seu desdobramento.

Nos últimos anos, mesmo antes do período pandêmico a saúde mental já era uma
preocupação mundial visto que as doenças mentais aumentaram significativamente. Quando
nos referimos a saúde mental não há uma definição ao certo sobre a mesma, mas pode se
considerar como formas em que o indivíduo reage às diferentes situações de vida. Neste
sentido se incluem às experiências diversas, os desafios, mudanças, exigências e problemas.
São aquelas emoções e sentimentos vivenciados dia a dia. Emoções essas que de alguma
maneira provocam reações emocionais que irão interferir na forma como pensamos, sentimos
e nos comportamos.

Diante dessa perspectiva uma saúde mental favorável vem de conseguir equilibrar tais
experiências com um nível satisfatório de qualidade de vida tanto em pontos cognitivos
quanto emocionais, resultando em um bem-estar emocional, psicológico e social, onde a
maneira de enfrentamento será determinante para a qualidade da saúde mental.

A pandemia do COVID-19 trouxe uma nova realidade muito forte diante do


enfrentamento à saúde mental visto que as medidas necessárias de combate ao vírus como
isolamento e distanciamento social trouxeram um “novo normal” em que os indivíduos
tiveram que se enquadrar.

Um parâmetro comparativo é feito no período antes e depois da pandemia quando


nos referimos a saúde mental das crianças e dos adolescentes, é importante salientar que
mesmo antes do período citado os mesmos já não encontravam as melhores condições de
saúde mental, estavam sobrecarregados e com muitas situações não resolvidas onde não havia
um investimento considerável na tentativa de resolvê-los. Diante de tantas restrições e de
todo movimento relacionado, às crianças e adolescentes passaram a ter menos funções, o
tempo longe da família, dos amigos, das escolas e de toda interação social que são elementos
extremamente importantes dentro da infância e adolescência ficaram extremamente
prejudicados, assim sendo no viés comportamental e cognitivo ganharam ênfase vários
transtornos já existentes e surgimento a diversos associados.

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