Você está na página 1de 35

Como acabar

com o bullying
nas escolas
Sumário
Olá, esperamos que você
aproveite esse material!
Clique nos botões abaixo para navegar
pelos capítulos ou use as setas direcionais
do seu teclado para prosseguir.

Use o ícone para voltar à esse menu.

Boa leitura!

1 Introdução
5 Tipos de Bullying

2 O Bullying em números
6 Problemas causados
pelo bullying

3 O que é bullying
7 Como identificar as
vítimas e os agressores

Porque a escola precisa


4 (e deve) se preocupar
com o bullying
8 O que a escola pode fazer
para prevenir o bullying
Introdução
Quando a agressão afeta a
formação de uma pessoa...
Você já parou para pensar no quanto a
violência pode marcar uma vida?
O bullying é um termo que ganhou relevância nos últimos
anos por tratar de uma série de agressões que afetam as
crianças e implicam diversos problemas, seja na formação
emocional ou no aprendizado.

E a nossa escola pode ser o cenário


disso tudo...
A situação não melhora quando sabemos que isso acontece
debaixo dos nossos olhos, em nossas escolas. E aí que
devemos tomar uma atitude.

A escola é espaço para troca e formação de conhecimentos,


além da construção de relações sociais. E se, nesse lugar,
a violência está ganhando força, precisamos agir para
compreender e combater ao bullying.

Não é só uma briguinha...


É preciso ver o tema além da ideia de “valentão”, do senso
comum de “tudo agora é bullying” e da famosa frase “na
minha época não tinha isso”.

As violências do bullying são sérias e podem acompanhar


nossos alunos por uma longa jornada.
A questão é ampla e merece atenção.
Estamos lidando com crianças que vivem relações complexas,
com a introdução de redes sociais e de compartilhamento
em massa desde o berço. São crianças suscetíveis ao
cyberbullying em seus primeiros contatos com mídias digitais.
Elas podem sofrer ameaças anônimas e ter que lidar com a
violência partindo da internet para a vida real.

E é na escola que muitas dessas agressões ganham


proporções físicas e transformam o lugar de aprendizado
em um ambiente de medo e trauma.

E é na escola que muitas dessas agressões ganham


proporções físicas e transformam o lugar de aprendizado
em lugar de medo e trauma.

Mas a escola pode virar esse jogo!


É nosso papel atuar por uma educação que transforma,
que ressignifica as situações de medo e que, além de
formar cidadãos empáticos, desenvolve habilidades
socioemocionais e respeito pela diversidade.

Um ebook, muitos aprendizados…


Pensando na urgência do tema, preparamos esse
material com as principais informações que te ajudarão
a compreender como o bullying acontece dentro das
instituições de ensino.

Esperamos que esse seja um passo decisivo e


transformador na realidade da sua escola.

Boa leitura!
O bullying
em números
O Brasil é o
país com maior
prática de bullying
No Brasil, no mundo*

estudantes é vítima Eo que mais


frequente de bullying pratica cyberbullying*
nas escolas*
*Programa Internacional de Avaliação *Cyberbullying - A Global Advisor Survey. Ipsos. 2018.
de Estudantes (Pisa) 2015.

O Bullying
traumatiza
das crianças e por mais de
jovens brasileiros
já sofreu bullying* *Adult Health Outcomes of Childhood
Bullying Victimization: Evidence From
a Five-Decade Longitudinal British
Birth Cohort. American Journal of
*A Familiar Face: Violence in the lives of Psychiatry. 2014.
children and adolescents. UNICEF. 2017.

As taxas de suicídio
O suicídio é a em adolescentes no
Brasil aumentaram
de 2006
causa de morte a 2015*
entre jovens de
15 a 29 anos* *The association between adolescent suicide
rates and socioeconomic indicators in Brazil:
a 10-year retrospective ecological study.
*Suicide in the world. OMS. 2019. Brazilian Journal of Psychiatry. 2019.
O que é
bullying
O termo bullying é uma palavra da
língua inglesa, gerúndio do verbo
“to bully”. Apesar de não ter uma
tradução exata para o português,
pode ser entendida com o
sentido de “intimidar”, “ameaçar”,
“maltratar” e “oprimir”.

Desde meados da década de 1990 o termo tem sido


usado para descrever agressões físicas ou psicológicas,
intencionais e repetidas, praticadas por uma pessoa ou um
grupo contra uma vítima que tem menos condições de se
defender, em uma relação desigual de forças.

Portanto, “bullying” pode ser entendido como qualquer


comportamento que vise causar dor e angústia a outra pessoa
sistematicamente, seja por meio de demonstrações de força
física ou de modo a agir sobre o psicológico da vítima.
Bullying x Desentendimentos
Um dos principais motivos para a demora (e até
negligenciamento) das ações de combate ao bullying é
o fato dele ser confundido com outras manifestações
agressivas que acontecem de forma corriqueira entre
os alunos, principalmente entre adolescentes. O que
distingue a prática do bullying é a relação de poder entre os
envolvidos e a incapacidade física ou emocional da vítima
de se defender.

Para uma ação ser caracterizada como bullying ela precisa:

Ser repetida com a mesma pessoa

Ser repetida ao longo do tempo

Demonstrar intenção clara do agressor em


ferir o alvo mesmo sem nenhum motivo.

Apresentar uma desproporção de poder


que dificulte a defesa da vítima

As intimidações podem ocorrer tanto na escola quanto


em lugares nos quais os estudantes se encontram com
frequência, como os meios de transporte, por exemplo. O
bullying pode ainda ocorrer pessoalmente ou nos ambientes
digitais, como via celular ou redes sociais. Quando acontece
nos ambientes virtuais através de mensagens difamatórias
ou ameaçadoras enviadas através das redes sociais, e-mail,
celular, entre outros meios digitais, a prática de intimidação
é caracterizada como cyberbullying.
Porque a escola
precisa (e deve)
se preocupar
com o bullying
O bullying é um problema que pode
ocorrer em qualquer ambiente onde
convivem pessoas. Porém, quando
intimidações ocorrem no ambiente
escolar, a instituição de ensino passa
a ter responsabilidade e tem que agir
para impedir qualquer violência.

Crianças e jovens, ainda em fase de formação, são


especialmente suscetíveis ao bullying. Fora isso, em um
ambiente como uma escola, que reúne um grande grupo de
jovens, é possível que diferenças entre os alunos dêem origem a
práticas inaceitáveis de discriminação.

É importante ressaltar que o bullying é


atravessado por microviolências e preconceitos
já estruturados na sociedade, que muitas vezes
“passam despercebidos”.
A escola é um dos primeiros espaços de convivência da criança
com o “outro”. É onde elas terão encontro com outras formas
de expressão corporal e cultural, terão de conviver com jeitos e
costumes de outras famílias, que carregam outras histórias. É esse
“novo” que pode gerar o impacto do desconhecido na criança
– principalmente se o outro não corresponde às práticas ou não
está inserido dentro dos padrões que a sociedade estabelece.

As violências e microviolências do bullying podem também


ser reflexo de outras situações vivenciadas em casa ou de
observações de violências externas. Cabe aos professores,
coordenadores, psicólogos e diretores estar sempre atentos a
qualquer problema entre os alunos para agir rapidamente em
caso de necessidade.
O que diz a lei

Em 2016 entrou em vigor lei Antibullying 13.158/2015 que


instituiu o Programa de Combate à Intimidação Sistemática
em todo território nacional.

Ela prevê que as instituições de ensino têm o dever de


promover campanhas de conscientização e desenvolver
planos de ações para combater as intimidações no
ambiente escolar.

A lei foi atualizada em 2018 ressaltando que, mais do que


combater ao bullying, as escolas precisam “estabelecer
ações destinadas a promover a cultura de paz” A existência
de uma legislação específica sobre o tema ressalta, ainda
mais, a importância de combater o bullying.

LEI Nº 13.185,
de 6 de novembro de 2015
Art. 1º Fica instituído o Programa de Combate à Intimidação
Sistemática (Bullying) em todo o território nacional.

§ 1º No contexto e para os fins desta Lei, considera-se intimidação


sistemática (bullying) todo ato de violência física ou psicológica,
intencional e repetitivo que ocorre sem motivação evidente, praticado
por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo
de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à vítima, em uma
relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.
Objetivos da Lei
prevenir e combater a prática da intimidação
sistemática ( bullying ) em toda a sociedade;

capacitar docentes e equipes pedagógicas


para a implementação das ações de discussão,
prevenção, orientação e solução do problema;

implementar e disseminar campanhas de


educação, conscientização e informação;

instituir práticas de conduta e orientação de pais, familiares e


responsáveis diante da identificação de vítimas e agressores;

dar assistência psicológica, social e


jurídica às vítimas e aos agressores;

integrar os meios de comunicação de massa com as escolas


e a sociedade, como forma de identificação e conscientização
do problema e forma de preveni-lo e combatê-lo;

promover a cidadania, a capacidade empática


e o respeito a terceiros, nos marcos de uma
cultura de paz e tolerância mútua;

evitar, tanto quanto possível, a punição dos


agressores, privilegiando mecanismos e instrumentos
alternativos que promovam a efetiva responsabilização
e a mudança de comportamento hostil;

promover medidas de conscientização, prevenção e combate a


todos os tipos de violência, com ênfase nas práticas recorrentes
de intimidação sistemática (bullying), ou constrangimento
físico e psicológico, cometidas por alunos, professores e outros
profissionais integrantes de escola e de comunidade escolar.

Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13185.htm
Tipos de
bullying
É comum relacionarmos o bullying
apenas as agressões físicas, mas
ele vai muito além. Existem
diversas formas diferentes de
oprimir e maltratar uma pessoa:

Verbal: insultar, xingar, fazer comentários


maldosos e apelidar pejorativamente;

Moral: difamar, caluniar, disseminar rumores;

Sexual: assediar, induzir e/ou abusar;

Social: ignorar, isolar e excluir;

Psicológica: perseguir, amedrontar, aterrorizar,


intimidar, dominar, manipular, chantagear e infernizar;

Físico: socar, chutar, bater, atacar;

Material: furtar, roubar, destruir pertences do outro;

Virtual (Cyberbullying): depreciar, enviar mensagens


intrusivas da intimidade, enviar ou adulterar fotos e dados
pessoais que resultem em sofrimento ou com o intuito de
criar meios de constrangimento psicológico e social.
Problemas
causados pelo
bullying
Os problemas causados pelo bullying
são muitos, são graves e afetam as
vítimas, seus agressores e as testemunhas
das agressões. Ou seja, todos os
envolvidos nessas situações sofrem as
consequências, a curto e a longo prazos.

Vítimas Testemunhas Praticantes

−− Interfere na concentração

−− Impacta negativamente na autoestima

−− Causa transtornos emocionais graves: bulimia,


anorexia, depressão, fobia social, ansiedade
generalizada, depressão e até ideias suicidas.

−− Aumenta a sensação de impotência

−− Gera medo e tristeza

−− Banaliza a violência

−− Diminui a motivação para os estudos


e o rendimento escolar

−− Leva ao abandono da escola

−− Causa problemas nas relações profissionais,


sociais e amorosas

−− Gera apatia diante de outras violências


Como
identificar as
vítimas e os
agressores
O perfil das vítimas
Não existe uma receita para identificar as vítimas de
bullying, até mesmo pelo fato de que cada criança ou
jovem reagirá de maneira diferente quando submetido a
uma agressão. Contudo, de acordo com as recorrências
dos casos, podemos traçar alguns perfis que estão mais
suscetíveis a este tipo de abuso.

−− Apresentam pouca habilidade de socialização;

−− São retraídos, tímidos e inseguros;

−− Não dispõem de recursos, status


ou habilidades para reagir;

−− Tem baixa autoestima, dificuldade de


autoafirmação e de autoexpressão;

−− Apresentam ansiedade, irritação


e aspectos depressivos;

−− Possuem características físicas mais frágeis


ou algum traço que as diferencia das outras.

Isso não significa, entretanto, que


apenas por apresentar algumas dessas
características um aluno venha a ser vítima
de bullying, mas sim que os professores e
pais devem estar mais atentos aos que se
enquadram nestes perfis.
O perfil dos agressores
Assim como no caso das vítimas, não há como dar um
parecer final sobre o perfil exato dos agressores. Porém, as
crianças e jovens que perseguem ou intimidam seus pares de
forma sistemática costumam ter algumas características em
comum e que podem ser observadas no dia a dia, tais como:

−− Carecem de empatia e são intolerantes com


opiniões contrárias às suas;

−− Veem a violência como algo positivo


e tendem a ser discriminadores;

−− Se frustram facilmente;

−− Têm dificuldades para se adequar às regras;

−− São impulsivos e dominantes;

−− Ocultam fraquezas atrás uma fachada agressiva.


O ambiente familiar
Além de estarem atentos ao comportamento dos alunos
na escola, os professores e gestores educacionais também
devem levar em conta o ambiente familiar dos estudantes para
identificar aqueles com potencial para se tornarem agressores.

É claro que, independente do ambiente familiar, uma


criança ou jovem pode ser tornar bullies - com são
chamados os praticantes do bullying - mas algumas
situações familiares podem torná-los mais propensos a
desenvolverem esse comportamento, como por exemplo:

−− Ambiente familiar sem diálogo,


carinho e participação dos pais;

−− Condutas parentais extremamente


permissivas e falta de supervisão;

−− Ambiente familiar conturbado,


com muitos desentendimentos;

−− Maus-tratos, disciplina rígida


e intimidação ou abuso físico;

−− Naturalização de comentários ou
atitudes discriminatórias e intolerantes.
O que a escola
pode fazer
para prevenir
o bullying
A violência é um problema que vai
muito além dos muros da escola, mas
a instituição de ensino deve procurar
trabalhar ativamente para reduzi-
lo ao máximo. Para isso a escola
precisa investir em duas frentes:
conscientização e intervenção.

O gestor escolar em conjunto com a coordenação pedagógica


e as famílias dos estudantes deve criar ações e programas para
conscientizar a todos da comunidade escolar e dar aparatos
para que a equipe consiga resolver esse problema sempre que
estiver diante de um caso.

Veja algumas ações que podem ser feitas para isso:


1. Conheça a realidade da sua escola
Para identificar e tratar o bullying a escola precisa conhecer
de perto seus alunos. O gestor, juntamente com a equipe
de secretaria, deve mapear e monitorar a rotina escolar dos
estudantes, pois assim será possível identificar os desvios
que podem indicar quem está com alguma problema.

Fique de olho:

Monitore a taxa de frequência dos alunos e converse


com pais e professores sempre que identificar
aumento expressivo no número de faltas;

Verifique o rendimento escolar dos alunos


e alerte os professores sobre aqueles que
apresentarem mudanças bruscas no rendimento;

Esteja atento às mudanças no comportamento:


autoestima, concentração, motivação para
estudar, isolamento, etc.

Realize uma pesquisa para saber se seus alunos já


sofreram intimidação sistemática e ter uma ideia
da extensão desses problema.

Essas informações devem ser acompanhadas


periodicamente! Pode parecer impossível dar conta desses
dados diante da alta demanda de trabalho na rotina escolar,
mas essas informações podem ser facilmente consultadas
com um Sistema de Gestão Escolar, que organiza e
disponibiliza esse conhecimento em apenas alguns cliques.

Dica: Baixe nosso formulário Diagnóstico


de Bullying na Escola e faça um
mapeamento dos casos na sua instituição.
2. Capacite os professores
e a equipe pedagógica
Para combater o bullying toda equipe escolar precisa
estar ciente e engajada com as ações preventivas. Os
professores e a equipe pedagógica estão em contato direto
com os alunos, por isso, eles precisam estar prontamente
preparados para reconhecer os casos e lidar imediatamente
com as situações.

Mas, na prática, não é tão fácil quanto parece. Uma


pesquisa feita no Ceará com professores de escolas
públicas e privadas mostrou que:

não se consideram preparados


para lidar com o bullying;

nunca falaram sobre o


tema com os alunos;

não sabem o que significa de


fato a expressão bullying;

afirmam que a escola não oferece


suporte para lidar com os casos.

A pesquisa mostra a importância da escola ter um papel


ativo na mudança de percepção dos professores e no
alinhamento das decisões que devem ser tomadas; não
basta apenas pedir aos professores que combatam os
casos, é preciso capacitá-los de fato para isso.
Como você pode agir?

−− Faça uma reunião de professores e deixe claro o papel


central deles na prevenção e no combate ao bullying;

−− Lembre-os das suas próprias experiências e como


eles gostariam de ter o apoio da escola e dos
professores nestes momentos;

−− Invista em palestras com psicólogos e profissionais


da área para explicar sobre a dimensão do problema;

−− Ofereça treinamentos sobre como apartar uma


situação de violência e como direcionar um aluno
emocionalmente ferido;

−− Apresente ferramentas que possibilitem o


diagnóstico e a identificação dos perfis dos
agressores e das vítimas;

−− Treine a equipe com técnicas de comunicação


não-violenta, buscando trabalhar habilidades
socioemocionais dentro de sala de aula. Esse
ponto, previsto pela nova BNCC, permite
o desenvolvimento de melhores formas de
percepção e expressão de sentimentos;
3. Oriente os pais
Apesar de ser um pilar fundamental no combate ao
bullying, é muito comum que as famílias não saibam dos
casos, mesmo os que acompanham de perto a rotina dos
filhos. Medo e vergonha são sentimentos frequentes nas
crianças que foram violentadas, por isso, muitas não se
abrem com seus familiares e criam uma barreira que pode
ser difícil de quebrar.

Neste sentido, a escola deve atuar orientado os pais sobre


as atitudes tomadas pela instituição e como eles podem
atuar no combate ao bullying.

Faça uma reunião de pais e explique a importância de


estarem atentos às rotinas e comportamentos dos filhos;

Seja transparente sobre as atitudes que a escola está tomando


e deixe claro o papel da família para o sucesso das ações;

Ofereça uma palestra com um especialista e abra um


espaço para esclarecer o assunto e sanar possíveis dúvidas;

Envie informativos dando dicas de como eles podem agir


diante de cada situação;

Mantenha contato direito com a família e mostre como essa


via precisa ser de mão dupla para o bem-estar dos estudantes.

Com o dia a dia cada vez mais corrido, manter um contato


direto com os pais é uma tarefa árdua. Então, para garantir
um engajamento efetivo da família, o ideal é investir
em um aplicativo de comunicação escolar que garanta
uma comunicação segura, permitindo a troca rápida de
mensagens entre a escola e os responsáveis.
4. Conscientize os alunos
Com os alunos não é diferente: respeito deve ser
trabalhado todo dia!

Vá além das datas e meses destinados à causa e desenvolva


o tema na rotina de estudos. Os alunos carregam e
reproduzem muitas atitudes que podem desencadear no
bullying e, por isso, a vigilância deve ser frequente.

Mas lembre-se: não desenvolva o medo pela repreensão de um


professor. Desenvolva a empatia, o respeito e a capacidade de
ouvir e compreender as diversidades dos colegas.

Ações efetivas para colocar em prática:

Promova cinedebates e peças teatrais que


abordam a temática;

Faça rodas de leituras com livros e autores que falam


sobre diversidade sociocultural, empatia, respeitos e
outros tópicos relacionados ao bullying;

Utilize jogos e atividades lúdicas que


estimulem a cooperação;

Busque desenvolver habilidades socioemocionais


dentro de sala de aula e não vincule a prática do
bullying a uma ideia de culpa - as crianças precisam
entender a complexidade do tema e perceber suas
conexões com a estrutura social
e com os sentimentos;

Estimule conversas sobre a diversidade de


cada aluno trazendo pautas que apresentem
diferentes realidades culturais e sociais;
Promova um ambiente confortável e estimule os
alunos a expressarem seus sentimentos, para que
tenham facilidade de se abrir em casos de violência;

Crie campanhas sobre o assunto e envolva os


alunos em sua elaboração;

Espalhe cartazes nas áreas comuns da escola que ajudem


os alunos a reconhecerem as situações de violência;

Disponibilize formulários para denúncia dos casos


e deixe claro para os alunos que essa é uma ação
segura para a melhoria de todo o ambiente escolar.

Dica: Baixe nosso formulário Comunicação de Caso


de Bullying e ajude seus alunos a reportarem os casos.
5. Crie um Estatuto Antibullying
O combate ao bullying precisa ser feito de forma
consistente e deve fazer parte da rotina da escola. Um
jeito de formalizar e padronizar as formas de lidar como
bullying é criar um estatuto onde serão colocadas no papel
as ações que devem ser tomadas pela escola diante dessas
intimidações sistemáticas.

O estatuto é um regulamento ou um conjunto de regras


de organização e funcionamento das ações adotadas
pela escola. Ele deve ser complementar ao regimento
interna da instituição, na qual ambos devem prevenir os
comportamentos agressivos na escola e direcionar os
funcionários na tomadas de decisão em relação aos casos.
O que não pode faltar:

−− Proposta central: deixe claro a importância do


diálogo e da comunicação sem violência para
proporcionar um ambiente mais saudável na
instituição.

−− A caracterização do problema: mostre a extensão a


gravidade dos casos.

−− Limites: liste quais comportamentos não são


aceitáveis dentro da comunidade escolar.

−− Ações preventivas: defina quais ações serão feitas


de forma contínua para prevenir o problema.
Eventos, palestras, encontros de discussão,
semana de prevenção, leituras e uso de mídias
digitais são alguns exemplos.

−− Direcionamento do corpo docente: deixe


claro qual comportamento a escola espera
de professores, equipe pedagógica e outros
funcionários diante desses casos.

−− Ações de intervenção: liste quais serão as


estratégias adotadas para intervir diante de cada
de situação.

−− Resultados: faça uma projeção dos resultados


esperados com as ações antibullying e quais serão
os benefícios para a comunidade
Conclusão

Está pronto para começar?


Combater o bullying não é uma tarefa fácil. O mais
importante de tudo é propiciar um espaço confortável e
que estimule a escuta ativa. Ao criar uma conexão real com
os estudantes, você não só evitará casos de agressão como
terá papel fundamental na formação de adultos respeitosos
e com inteligência emocional. É um trabalho diário e
pode demorar a apresentar resultados, mas lembre-se: vai
impactar o futuro de muitas pessoas.

Para além de uma instituição que combate ao bullying,


transforme sua escola em um lugar seguro, com uma
cultura de respeito e empatia. É na sua instituição que as
crianças terão os primeiros exemplos de convivência com
a diferença do “outro” - faça deles uma oportunidade de
aprendizado e compreensão do diverso!

Assim, podemos construir juntos a educação


de qualidade que tanto queremos!
Todas as ferramentas
que você precisa
para gerenciar sua
escola ou curso
Desenvolvemos as melhores tecnologias
para acabar com os principais problemas
que impedem sua instituição de ensino
de crescer. Integre os setores, acabe com
a inadimplência, melhore a comunicação
e capte mais alunos com os sistemas WPensar!

WPensar Gestão Escolar


Conheça
O sistema de gestão escolar que une todos
os setores da sua instituição em um só lugar.

WPensar Agenda Digital


Conheça
O aplicativo que vai revolucionar a maneira como sua
escola se comunica com pais, responsáveis e alunos.
Parabéns!

Parabéns! Se você chegou até aqui, está


um passo mais perto de acabar com o bullying na sua escola!

Confira outros materiais que separamos pra te ajudar na sua jornada:

Descubra como os alunos da sua


escola se sentem e identifique
casos de bullying.

Baixe o ebook

Registre episódios de bullying e


acompanhe de perto esse problema.

Baixe o ebook

Atitudes para você começar a


colocar em prática hoje mesmo.

Baixe o ebook
Compartilhar é ajudar!

Mostre para seus colegas que você


se importa com eles.

Compartilhe esse conhecimento.

Acesse nossa página de materiais educativos

Visite nosso blog

Você também pode gostar