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Daniela Diana
Em outros termos, significa todo tipo de tortura física ou verbal que atormenta um grande
número de vítimas no Brasil e no mundo. O termo em inglês "bullying" é derivado da
palavra "bully" (tirano, brutal).
Ainda que esse tipo de agressão tenha sempre existido, o termo foi cunhado na década de
70 pelo psicólogo sueco Dan Olweus.
O Bullying pode ocorrer em qualquer ambiente onde existe o contato interpessoal, seja no
clube, na igreja, na própria família ou na escola.
Bullying na Escola
O Bullying nas escolas é um dos mais comentados hoje em dia
Conflitos entre crianças e adolescentes são comuns, pois trata-se de uma fase de
insegurança e autoafirmação. Porém, quando os desentendimentos são frequentes e
partem para humilhações, é aí que o bullying prolifera.
Nas escolas, as agressões geralmente são praticadas longe das autoridades. Ocorrem
normalmente na entrada ou saída do prédio, ou ainda quando os professores não estão
por perto.
O agressor, em geral, tem uma mente perversa e às vezes doentia. Ele é consciente de seus
atos e consciente que suas vítimas não gostam de suas atitudes, mas agride como forma
de se destacar entre seu grupo. Assim, os agressores pensam que serão mais populares e
sentem o poder com esses atos.
os alunos novatos;
os extremamente tímidos;
os que têm traços físicos que fogem do padrão;
os que têm excelente boletim, o que serve para atiçar a inveja e a vingança dos menos
estudiosos.
Consequências do Bullying
As consequências do Bullying apresentam diversos sinais típicos em suas vítimas
Geralmente, as vítimas do bullying têm vergonha e medo de falar à família sobre as
agressões que estão sofrendo e, por isso, permanecem caladas.
As vítimas de agressão física ou verbal ficam marcadas e essa ferida pode se perpetuar por
toda a vida. Em alguns casos, a ajuda psicológica é fundamental para amenizar a difícil
convivência com memórias tão dolorosas.
Aqui, portanto, cabem aos pais e familiares notarem os sintomas das crianças e/ou
adolescentes. Com isso, se perceber alguma diferença no comportamento, é importante
constatar os responsáveis da escola e ainda ter uma conversa franca com a pessoa que foi
agredida.
Ações como esta, podem evitar constrangimentos futuros, ou mesmo tragédias, como o
suicídio da vítima.
Alguns sinais típicos são observados nos alunos vítimas de bullying, entre eles:
Cyberbullying: quando o bullying ocorre por meio das tecnologias da informação, seja
internet (redes sociais, e-mails, etc.) e/ou celulares (torpedos).
Verbal: quando o bullying acontece por meio de palavras de baixo calão, apelidos e
insultos.
Moral: associado ao bullying verbal, ele ocorre através de boatos, difamações e calúnias.
Físico: quando o bullying envolve a agressões físicas, seja empurrão, bater, chutes, etc.
Psicológico: quando o bullying envolve aspectos que afetam o psicológico, por exemplo,
chantagem, manipulação, exclusão, perseguição, etc.
Material: quando o bullying é definido por ações que envolvem roubo, furtos e
destruição de objetos pertencentes a alguém.
Sexual: nesse caso, o bullying é cometido por meio de abusos e assédios sexuais.
Legislação no Brasil
Até pouco tempo, quando os casos de bullying chegavam à justiça, eles eram
enquadrados em infrações previstas no Código Penal como injúria, difamação e lesão
corporal.
Porém, segundo estatísticas atuais, cerca de 80% das escolas brasileiras ainda não punem
os agressores.
Pela manhã, Wellington Menezes de Oliveira (23 anos) invadiu a Escola Municipal Tasso da
Silveira disparando nos alunos.
O resultado do "Massacre do Realengo", como ficou conhecido o ataque, foi a morte de 12
alunos e do próprio atirador, que se suicidou. Muitos conhecidos e familiares de
Wellington afirmaram que ele sofria de bullying.
Sugestão de Filme
Capa do filme "Um Grito de Socorro"
"Um Grito de Socorro" (2013) é um filme holandês que aborda o bullying sofrido por um
aluno na escola. Dirigido por Dave Schram, a história é baseada no livro da escritora Carry
Slee.
Isolamento Social
Daniela Diana
Pode-se dizer que é a única vez em que o isolamento age de forma positiva. Em
circunstâncias normais, o isolamento social, tal como o que tem como causa a
discriminação, tem apenas consequências negativas.
Por esse motivo, os “isolados” normalmente não tem amigos ou relações mais fortes de
confiança.
Por outro lado, uma pandemia, pode resultar em isolamento, embora neste caso, se trate
de uma ação necessária que visa o bem comum.
A decisão de se manter em casa em situações graves como uma doença de disseminação
mundial protege não só a nós próprios como tem o objetivo de impedir que pessoas mais
frágeis do que nós sejamos afetadas por ela.
Individualismo
Fobia social
Solidão
Depressão
Estresse
Tristeza
Rejeição
Loucura
Ansiedade
Esquizofrenia
Toxicodependência
Misantropia
Suicídio
As pessoas que tem necessidade de se isolar para evitar a transmissão de doenças estão
igualmente sujeitas aos riscos de isolamento.
Neste caso, convém buscar alternativas que permitam ultrapassar esse período de não
convivência social interagindo com as pessoas, por exemplo, virtualmente. Embora o
contato social não seja possível, é uma forma de reduzir o impacto resultante dessa
condição.
Evasão escolar
Juliana Bezerra
Professora de História
Evasão escolar é o ato de deixar de frequentar as aulas, ou seja, abandonar o ensino em
decorrência de qualquer motivo.
Esse problema social que, infelizmente, é comum no Brasil, afeta principalmente os alunos
do Ensino Médio.
Já no ensino médio, a falta de interesse é que passa a ser uma das principais causas, a qual
resulta do fato de, além do conteúdo ser exagerado, ser descontextualizado, opinião que é
partilhada não só por alunos como pelos professores.
A situação econômica é outro fator que influencia fortemente o abandono escolar. Para
ajudar os pais, que às vezes até proíbem os filhos de continuar os estudos, ou mesmo para
terem certa autonomia financeira, os estudantes começam a trabalhar sem ter concluído
os estudos.
Há aqueles que optam por conciliar as atividades laboral e escolar, mas não conseguindo,
decidem priorizar o trabalho e acabam abandonando a escola.
O aspecto social tem o seu peso nessa questão. A dificuldade para chegar à escola torna
iminente a desistência de continuar os estudos. Isso é mais evidente nas zonas rurais.
Muito discutido nos últimos tempos, o bullying muitas vezes também faz os estudantes se
recusarem a ir para a escola.
Charge de Ivan Cabral mostra
o problema da evasão escolar
Consequências da evasão escolar
Os estudantes que abandonam a escola costumam ter baixa autoestima, o que dificulta as
suas relações pessoais e também profissionais.
Entrar no mercado de trabalho torna-se mais difícil, além do que a qualidade dos serviços
prestados é nivelada por baixo, tal como a sua remuneração.
Tudo isso gera um forte sentimento de desmotivação, a qual acaba por consolidar ainda
mais a desigualdade social no Brasil.
O Ensino Médio lidera com 11,2% de alunos fora da escola, sendo que o Pará é o estado
que apresenta a maior taxa de evasão escolar do Brasil. Nesse estado, 16% dos alunos do
ensino médio estavam em situação de evasão na altura da pesquisa.
Em 2013, a Pnud - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento indicou que,
entre os 100 países com maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), o Brasil
apresentava a 3ª maior taxa de evasão escolar. A 1ª e 2ª maiores taxas são da Bósnia e
Herzegovina (26,8%) e das ilhas de São Cristóvão e Névis, no Caribe (26,5%).
Os dados apresentados pelo Pnud, no entanto, foram questionados pelo Inep. O Inep
alega que, além de os mesmos serem diferenciados entre os países, o que levava a dados
desfasados, a pesquisa não considerava ainda 9 anos no ensino fundamental, mas 8.
Leia também:
Detectar o problema é o primeiro passo para buscar formas de resolvê-lo. A verdade é que
todos precisam de incentivo, e não só, mas deve ser dada atenção maior aos que já
apresentam as características que levam à evasão escolar.
Detectado o problema, é preciso avaliar a forma de agir: recorrer à família para buscar uma
solução conjunta, por exemplo, afinal, nem sempre a ausência dos filhos na escola é
conhecida pelos pais.
Num segundo momento, quando os esforços da escola com a família não são suficientes,
é hora do Conselho Tutelar ou o Ministério Público serem acionados.
Pedro Menezes
Nesse caso, deficiências físicas ou motoras, altas habilidades, déficits cognitivos, autismos
e outras condições sociais, emocionais e psíquicas devem ser levadas em consideração.
Essas condições particulares, que influenciam na forma como os alunos podem ser
educados, são chamadas de "necessidades educacionais especiais" (NEE).
Entretanto, estudos mostram que a melhor maneira de integrar pessoas com necessidades
especiais é dentro do ensino regular. Sendo assim, o atendimento especializado deve
ocorrer paralelamente às aulas.
Desafios da inclusão escolar
Muitos são os desafios da inclusão escolar. Dessa forma, algumas ferramentas são criadas
para superar o desafio de educar a todos de forma integral e efetiva e reduzir o número de
excluídos e marginalizados pelos sistemas educativos.
Com isso, não se deve criar espaços completamente separados que possam servir como
forma de segregação e exclusão dos portadores de necessidades especiais.
Estar junto é se aglomerar com pessoas que não conhecemos. Inclusão é estar com, é
interagir com o outro. (Maria Teresa Mantoan)
A complexidade dos fatores de inclusão escolar faz com que todas as perspectivas sejam
analisadas e os modos para superar esses desafios sejam alvo de estudos e debates.
Em 1879 no município do Rio de Janeiro, a educação passou a ser obrigatória para todos
os jovens, de ambos os sexos, dos sete aos quatorze anos.
Em 1961, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 4024/61) dedica seu terceiro
capítulo à educação de portadores de necessidades especiais:
Sendo assim, o tema da inclusão escolar apresentou-se como um desafio para o Estado
brasileiro e toda a sociedade, relacionando-o com a democratização dos direitos e a justiça
social.
LDB (atualizada em 2019)
Pedro Menezes
Não podem sofrer nenhum tipo de prejuízo pelo não comparecimento, desde que
requerido e justificado previamente.
No texto anterior, a notificação deveria ser feita após as faltas superarem os 50%
(cinquenta por cento) do permitido.
No mesmo artigo da LDB, foi incluída a alínea XI, que visa promover o debate nas escolas
como forma de prevenção às drogas.
Em seu texto, a LDB define e organiza a educação brasileira, pública ou privada desde a
creche (0-3 anos) até o ensino superior.
Ela é o resultado de um amplo debate sobre os moldes da educação, que pudesse atender
às necessidades de reformulação após o período de redemocratização.
Com a publicação da Constituição de 1988, tornou-se necessário repensar sobre a
educação e definir novos princípios orientadores da educação nacional.
O então senador, o antropólogo Darcy Ribeiro, foi o redator do texto atual aprovado pelo
Congresso. Nele, além das determinações sobre os princípios da educação brasileira, foi
também proposto ferramentas para a avaliação da educação no país.
Nos últimos anos, o texto sofreu algumas alterações, mas mantém a sua base e continua a
normatizar os diversos níveis da educação.
educação à distância;
educação especial;
educação de jovens e adultos;
educação indígena.
Posteriormente, em agosto de 1971, foi apresentada uma nova versão (Lei 5692/71)
publicada pelo presidente Emílio Garrastazu Médici, durante o regime militar.
A versão atual (Lei 9394/96) foi publicada por Fernando Henrique Cardoso em 20 de
dezembro de 1996, exatos trinta e cinco anos depois da primeira versão.