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DESCONSTRUINDO

O CICLO DO
BULLYING E DO
CYBERBULLYING

Plano de aula
exclusivo
com atividades
O QUE VOCÊ VAI ENCONTRAR AQUI:

1 “EU SEMPRE BRINCO


ASSIM, E ELE NÃO LIGA!”
SERÁ?

2 CYBERBULLYING:
PENSE ANTES DE
APERTAR O ENTER!

3 RAIO X DO
BULLYING
NO BRASIL

4 VAMOS COLOCAR
A MÃO NA MASSA!

5 FUJA DOS
RÓTULOS
Este conteúdo foi
desenvolvido pelo
LIV, o programa
socioemocional
escolar mais
completo
do Brasil!
1 “Eu sempre brinco assim, e ele não liga!” – Será?

Você já conversou sobre bullying com seus alunos


ou com seus filhos? Esse é um fenômeno bastante
SERÁ?

comum na fase escolar. Mas, diferentemente de


dificuldades pontuais que envolvem desavenças entre
crianças ou adolescentes, o bullying é uma questão
mais grave, uma forma de violência que precisa ser
prevenida e, quando acontecer, remediada.

Ele se refere a todas as formas de atitudes agressivas,


sejam verbais ou físicas, intencionais ou repetitivas,
que podem ocorrer sem motivação evidente. Essas
violências são exercidas por um ou mais indivíduos
e causam dor e angústia, tendo como objetivo
intimidar ou agredir outra pessoa sem que ela tenha
a possibilidade e a capacidade de se defender. Além
disso, o bullying acaba ocorrendo dentro de uma
relação desigual de forças ou poder.

AH, É LEI!
Desde 2016, existe uma lei (no 13.185) contra o bullying
que o classifica como intimidação sistemática, quando há
violência física ou psicológica em atos
de humilhação ou discriminação,
como ataques físicos, insultos, IMPORTANTE SABER:
ameaças, comentários e apelidos O bullying se aplica
pejorativos, entre outros. à intimidação entre
pares, crianças e/ou
adolescentes. Entre
o esquecer: adultos, é crime de
para nã

calúnia, difamação,
BULLYING… injúria etc.
• é uma agressão verbal ou
física que pode acontecer
no ambiente digital;
• ocorre de forma intencional,
deliberada;
• nem sempre tem definição
ou motivo aparente;
• acontece de maneira
sistemática e repetitiva.
2 Cyberbullying: pense antes de apertar o enter!

Quando a intimidação acontece


através das redes sociais e dos
aplicativos de trocas de mensagens,
ou há publicações e comentários
feitos para humilhar, ofender,
intimidar e ameaçar por meio da
internet, chamamos esse tipo de
violência de cyberbullying.

3 Raio X do bullying no Brasil


IBGE 2021

Um em cada dez dos adolescentes


entrevistados – um total de
188 mil jovens – já se sentiu
ameaçado, humilhado e ofendido
no ambiente das
Cerca de 23% dos estudantes
redes sociais ou
contaram ter sido vítimas
dos aplicativos,
de bullying, sendo alvos de
o que configura o
provocações feitas por colegas.
cyberbullying.
IBGE 2021

Os três maiores percentuais de motivos pelos


quais os alunos afirmam sofrer bullying são

16,5% 11,6% 4,6%


aparência aparência cor ou
do corpo do rosto raça
Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar – PeNSE 2019
4 Vamos colocar a mão na massa!

A seguir, você encontrará um plano de aula exclusivo do


LIV para trabalhar o tema do bullying com os seus alunos.
Confira e aproveite!

Objetivo: refletir sobre as Preparação para a aula: imprimir


possíveis consequências as histórias de bullying e
do bullying. pendurá-las pela sala.

1a ATIVIDADE: CASOS REAIS DE BULLYING 15 min


Nesta atividade, a turma lerá sobre as consequências de
diferentes casos reais de bullying por todo o mundo.

Comece a aula imprimindo histórias de bullying. Nós


sugerimos algumas (que estão escritas a seguir), mas
você pode imprimir outras, se quiser. Leia as histórias
com antecedência e, se julgar necessário, selecione
apenas as que fazem mais sentido de serem usadas na
turma, já que elas envolvem esse tema tão delicado.
Pendure ou cole as histórias nas paredes, como se
montasse uma pequena exposição. Em seguida, peça
aos alunos que passeiem pela sala, lendo os papéis,
totalmente em silêncio. Explique que haverá tempo
para discutir as situações na próxima atividade.

CASO 1: DANIEL BRIGGS


Aos 16 anos, Daniel era um adolescente como qualquer outro, pelo menos
aparentemente. Ele ia à escola, tinha uma família estruturada e uma ótima
relação com o irmão.
Contudo, Daniel sofria bullying no colégio. Durante anos, outros alunos viram
essa situação acontecer e nada fizeram. Nem professores, nem diretores, nem
ninguém. O sentimento de desprezo que Daniel sentia foi crescendo e passou a
afetar sua relação com outras pessoas e o seu desempenho escolar. Daniel era
importunado em razão das músicas que ouvia, de não ser muito interessado
em esportes e de gostar de caçar (algo que não é muito comum entre pessoas
da sua idade). Os alunos que o ridicularizavam jogavam lixo nele, socavam seu
estômago e o obrigavam a fazer outras coisas, como lamber a janela de um
ônibus. Até que, um dia, Daniel se suicidou. Um colega de classe sugeriu que
ele devesse fazer isso, por meio de uma mensagem de texto enviada para o
seu celular. E Daniel cedeu, pois não aguentava mais ter a vida que tinha.
CASO 2: CASEY HEYNES
Casey é um adolescente australiano de 16 anos que, por muitos anos, sofreu
bullying dos colegas de classe. Estes faziam piadas e o importunavam por ele
ter um peso maior do que as pessoas à sua volta esperavam. Até o dia em que
Casey tomou uma atitude: revidou fisicamente um dos bullies com um golpe
proveniente do jogo de videogame Street Fighter. Todo o acontecimento foi
filmado por outros estudantes, e o vídeo caiu na internet, sendo visto por
pessoas de todo o mundo. Casey se tornou mundialmente famoso pelo modo
como ele reagiu ao bullying, tendo existido até mesmo páginas em redes
sociais exaltando o feito. Não se sabe se sua atitude cessou o bullying.

CASO 3: HONORÉ DE BALZAC


Balzac era um estudante francês que, durante sua infância, era tido como
apático e preguiçoso. Ele gostava muito de escrever e passava a maior parte do
tempo em meio a livros e poesias, por isso era chamado pejorativamente de
“poeta” por outros alunos. Mas não era só isso; eles também o obrigavam a
mostrar seus papéis e era constantemente constrangido em razão das
palavras que escrevia. O hábito de escrever também não era aprovado pelos
professores da escola em que estudava, então, frequentemente, ele era punido
com palmatórias. Anos depois, Balzac viria a se tornar um escritor
mundialmente influente, fundador do Realismo na literatura moderna. (Essas
informações foram tiradas do site Diário do Centro do Mundo.)

CASO 4: DEMI LOVATO


A cantora estadunidense Demi Lovato já falou em diversas entrevistas sobre o
bullying que sofria na escola por ser considerada “gorda demais”. Segundo ela,
por causa das ofensas dos colegas de sala, desenvolveu distúrbios
alimentares, como anorexia e bulimia. Hoje, ela está recuperada e saudável,
embora os transtornos alimentares sejam problemas que ela sempre
precisará tratar. Em seu documentário, ela disse: “Antes eu me sentia vazia e
busquei diversas coisas para preencher esse vazio, mas agora ele não existe
mais. Ele é preenchido por mim, pois aprendi a cuidar de mim mesma. Ainda
tenho questões ocasionalmente. Alguns dias são difíceis; alguns são fáceis.
Mas hoje eu me sinto feliz”.

CASO 5: FABIANA KARLA


A humorista Fabiana Karla, famosa pelos papéis engraçados em diversos
programas de televisão, também sofreu bullying por conta do seu peso. Ela
disse que era chamada de todos os apelidos existentes e que se sentia
bastante ofendida. Contudo, resolveu agir diferente: em vez de ficar triste, fez
o que sabe fazer de melhor: piada. Logo, os alunos, vendo que não funcionava
tentar ofender a atriz, pararam de apelidá-la.
2a ATIVIDADE: MAIS PERTO DE NÓS 25 min
Após a sensibilização vivida na exposição, diga aos alunos
que agora eles andarão pela escola e tentarão conversar com
alguns adultos que estejam passando pelos corredores.
Peça-lhes que perguntem a essas pessoas se elas já sentiram
que sofreram ou praticaram bullying e que contem um pouco
dessas histórias.
Deixe que os alunos circulem livremente pela escola, com o
objetivo de perceber que essas histórias estão mais próximas
do que imaginamos e que muita gente já passou por isso.

3a ATIVIDADE: REFLEXÃO SOBRE AS VIVÊNCIAS 10 min


Peça aos alunos que compartilhem as histórias ouvidas e
comentem suas reflexões sobre elas.

5 Fuja dos rótulos

A fim de quebrar o ciclo do bullying, é essencial o diálogo entre


as todas as partes envolvidas na ação para entender as razões
de cada um e esclarecer a situação buscando relações mais
saudáveis e respeitosas.
Deve-se, então, evitar colocar em “caixinhas” de agressor ou de
vítima. O bullying pode, por exemplo, ser um pedido de ajuda
da pessoa que agrediu. Isso porque ela pode já ter passado pela
situação de vítima e usa de suas atitudes como forma de
externar seus sentimentos.
Desse modo, aqui no LIV, sempre estimulamos a
construção de espaços seguros de fala e escuta
nas escolas e em família, promovendo a educação
socioemocional como uma forma de compreensão
das emoções interpessoais e intrapessoais. Assim,
é possível desenvolver a consciência emocional nas
crianças e nos adolescentes, evitando situações
como o bullying e o cyberbullying.
“O LIV trouxe inúmeros benefícios para a nossa
comunidade escolar. Nos fez olhar com mais atenção
para os nossos sentimentos, aprimorar a comunicação
das nossas conquistas e frustrações e, principalmente,
desenvolver a percepção de que ninguém é igual a
ninguém, e juntos somos melhores.”

Frediana Vezzaro de Medeiros,


diretora de escola parceira do Paraná.

Quer levar esse desenvolvimento


socioemocional para a sua
comunidade escolar? Então, clique
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