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ÍNDICE
01 MATÉRIA E DADOS
05 garantias legais
07 ALUSÕES: CINEMA E LITERATURA
08 citações
09 possíveis teses
10 propostas de intervenção
12 palavras - chave
13 proposta de redação
ATENÇÃO
REDAÇÃO: escrita manualmente.
EMAIL: cvfocoredacao@gmail.com
PRAZO: 7 dias.

01
matéria e dados

38% DOS ADOLESCENTES DA CIDADE DE SP JÁ SOFRERAM BULLYING,


SEGUNDO PESQUISA DO IBGE

Quase quatro em cada dez alunos do 9º ano do ensino fundamental na


cidade de São Paulo já sofreram bullying, segundo dados de uma pesquisa do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados na última quarta-
feira (13).
Os dados mostram que 38,3% dos estudantes desta faixa etária, entre 13
e 15 anos, já sofreram este tipo de violência psicológica na capital paulista.
A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) mostrou ainda que
esse número diminuiu em 2019, último ano da pesquisa, em relação a 2015,
quando o índice chegou a 47,3%.
O percentual da capital paulista é similar à média nacional (40,3%) aferida
pela pesquisa, que analisou a situação nas 27 capitais do país. Dentre essas
cidades, Porto Velho foi a que registrou maior índice de adolescentes vítimas de
bullying, com 47,9% do total de alunos entrevistados.
A pesquisa mostrou também que a proporção de adolescentes que já
sofreu bullying na capital paulista foi similar nas escolas privadas (40%) e nas
públicas (37,8%).
Os dados mostram, no entanto, uma diferença entre meninas e meninos:
32,1% dos alunos da capital sofreram bullying, contra 43,3% das alunas.

01
Em 2012, a família de uma estudante chegou a processar o governo de
São Paulo por conta das humilhações e perseguições sofridas ao longe de
quatro anos em uma escola estadual. No processo, ela relata que foi vítima de
perseguições e xingamentos por parte de alguns colegas, que chegaram a atirar
goiabas nela, mexer em sua mochila e expor peça íntima com resquícios de
menstruação. Neste ano, a Justiça de São Paulo condenou o governo paulista a
pagar R$ 10 mil de indenização à jovem.
De acordo com um estudo do Instituto Ayrton Senna em parceria com o
governo estadual, estudantes vítimas de bullying podem enfrentar problemas de
autoconfiança, apresentam menos curiosidade para aprender e se sentem
menos entusiasmados no ambiente escolar.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), um em cada três
alunos já sofreu bullying em todo o mundo.
(Disponível em: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2022/07/16/38percent-dos-
adolescentes-da-cidade-de-sp-ja-sofreram-bullying-segundo-pesquisa-do-ibge.ghtml)

CONCEITOS

v O que é: é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais,


verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos
contra um ou mais colegas.
v O que não é: Discussões ou brigas pontuais não são bullying. Conflitos
entre professor e aluno ou aluno e gestor também não são. Para que seja
bullying, é necessário que a agressão ocorra entre pares (colegas de
classe ou de trabalho, por exemplo). Todo bullying é uma agressão, mas
nem toda a agressão é bullying.

“Idade do problema”
v Ele sempre existiu. No entanto, o primeiro a relacionar a palavra a um
fenômeno foi Dan Olweus, professor da Universidade da Noruega, no fim
da década de 1970. Ao estudar as tendências suicidas entre
adolescentes, o pesquisador descobriu que a maioria desses jovens
tinha sofrido algum tipo de ameaça e que, portanto, o bullying era um mal
a combater.

02
Motivos
v Querer ser mais popular, sentir-se poderoso e obter uma boa imagem
de si mesmo. Isso tudo leva o autor do bullying a atingir o colega com
repetidas humilhações ou depreciações.

Como identificar o alvo


v O alvo costuma ser uma criança ou um jovem com baixa autoestima e
retraído tanto na escola quanto no lar. ''Por essas características,
dificilmente consegue reagir'', afirma o pediatra Lauro Monteiro Filho,
fundador da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância
e Adolescência (Abrapia).

Consequências para a vítima


v O aluno que sofre bullying, principalmente quando não pede ajuda,
enfrenta medo e vergonha de ir à escola. Pode querer abandonar os
estudos, não se achar bom para integrar o grupo e apresentar baixo
rendimento. Aqueles que conseguem reagir podem alternar momentos
de ansiedade e agressividade. Para mostrar que não são covardes ou
quando percebem que seus agressores ficaram impunes, os alvos podem
escolher outras pessoas mais indefesas e passam a provocá-las,
tornando-se alvo e agressor ao mesmo tempo.

Posição dos espectadores


v Os especialistas alertam para um terceiro personagem responsável pela
continuidade do conflito. O espectador típico é uma testemunha dos
fatos, pois não sai em defesa da vítima nem se junta aos autores.
Essa atitude passiva pode ocorrer por medo de também ser alvo de
ataques ou por falta de iniciativa para tomar partido. Também são
considerados espectadores os que atuam como plateia ativa ou como
torcida, reforçando a agressão, rindo ou dizendo palavras de incentivo.

CASOS FAMOSOS

03
Columbine, EUA, 1999.
v O caso mais famoso é o dos dois jovens do Instituto Columbine, nos
Estados Unidos.Com armas compradas pela internet, Eric Harris e Dylan
Klebold entraram na escola onde estudavam e dispararam várias vezes
contra outros alunos. No final do ataque, os dois se mataram. Além da
dupla, 12 pessoas morreram e outras 25 pessoas ficaram feridas. Alguns
relatos anteriores ao massacre de Columbine indicam que Eric e Dylan
eram alunos muito impopulares e alvos de bullying. Fato inequívoco é que
o massacre de Columbine foi responsável por apresentar ao mundo este
termo, o Bullying (A música “Pumped up kicks”, do grupo Foster the
people, é uma homenagem a este caso).

Rio de Janeiro, Brasil, 2011


v Um dos casos mais famosos no Brasil que deu força à luta contra o
bullying por aqui. É que os maus tratos por parte dos colegas são
apontados como a principal causa dos crimes cometidos por Wellington
Menezes de Oliveira. O jovem, que tinha problemas psicológicos e poucos
amigos, entrou na Escola Municipal Tasso da Silveira, na periferia do Rio
de Janeiro, identificando-se como um palestrante.

DADOS ESTATÍSTICOS

(Disponível em: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2019/12/18/casos-de-


bullying-e-discriminacao-aumentam-entre-alunos-e-professores-nas-escolas-de-sp-diz-
pesquisa.ghtml)

04
garantias legais
G
CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Artigo 227: É dever da família, da sociedade e do Estado as-


segurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta
prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educa-
ção, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária,
além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, dis-
criminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

05
garantias legais
G
ECA

Artigo 3º: A criança e o adolescente gozam de todos os direi-


tos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo
da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes,
por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilida-
des, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, mo-
ral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.

06
possíveis teses
Defenda a ideia de que a educação brasileira é falha, que é incapaz de promo-
ver um ensino adequado.

Afirme que a violência do lar é transmitida aos filhos, que, por sua vez, levam
na para a escola.

Sustente a ideia de que a carência de profissionais capacitados, como psicó-


logos, é causa do problema.

Isso se deve, sobretudo, à influência familiar somada à carência de capacita-


ção dos professores.

09
citações
GENÉRICAS

Filósofos contratualistas (John Locke, Rousseau e Thomas Hobbes): atribuem ao Estado a respon-
sabilidade de manter o equilíbrio social.
(Use de modo a culpar o Estado pelos problemas atuais)

Karl Marx, filósofo e sociólogo prussiano: “Não é mais o caso de compreender o mundo, mas de
transformá-lo”. (Use na conclusão ou em parágrafos que falam de mudanças, assim dará mais força
aos seus argumentos).

Gilberto Dimenstein (jornalista brasileiro): Na sua obra Cidadão de Papel, ele elucida a realidade de
os brasileiros não possuírem seus direitos garantidos na prática, mas apenas no papel.
1.“As leis no Brasil são consideradas letras mortas”.
2.“No Brasil, leis não garantem direitos; a Legislação, aqui, transforma-se em letras mortas”.

ESPECÍFICAS

Jean-Jacques Rousseau, filósofo suíço: “O homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe”. (Pode
ser usada expondo que as crianças e jovens cometem essa atitude por outras influências, violência
familiar, por exemplo).

Gilberto Freyre, escritor e sociólogo brasileiro: “O ornamento da vida está na forma como um país tra-
ta as suas crianças”.

Paulo Freire, educador e filósofo brasileiro: “Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimi-
do é ser o opressor”.

Paulo Freire, educador e filósofo brasileiro: “Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimi-
do é ser o opressor”.

Universidade Federal de Goiás (UFG): “A família é necessária para criação de vínculos afetivos.”

Emile Durkheim, sociólogo e antropólogo francês: para ele, a escola é uma das instâncias de socializa-
ção, ou seja, ela não se limita apenas a passar o conteúdo, ela também deve passar noções de cidada-
nia, moral. Nesse sentido, é possível fazer, na conclusão, uma retomada ao ideal da escola socializado-
ra proposta por esse autor.

Fernando Pessoa, poeta português: “A violência, seja qual for, foi sempre para mim uma forma esbuga-
lhada da estupidez humana”.

08
possíveis teses
Defenda a ideia de que a educação brasileira é falha, que é incapaz de promo-
ver um ensino adequado.

Afirme que violência do lar é transmitida aos filhos, que, por sua vez, levam
na para a escola.

Sustente a ideia de que a carência de profissionais capacitados, como psicó-


logos, é causa do problema.

Isso se deve, sobretudo, à influência familiar somada à carência de capacita-


ção dos professores.

09
PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Por isso, o Ministério da Educação, como representante máximo da área


no país, tem o dever de, após solicitar verbas ao Ministério da Economia, realizar
concursos públicos em todo o país para a contratação de psicólogos- esse é um
método eficaz de selecionar o mais capacitados para os cargos-, que irão atuar
dentro das escolas, a fim de que eles, auxiliados pelos professores e demais
profissionais da instituição, possam identificar os sinais do bullying, tanto nos
agressores como nas vítimas, para que, por conseguinte, possam combater essa
mazela.

CONSELHO TUTELAR

Percebe-se, então, que Conselho Tutelar, importante órgão de proteção


às crianças e aos adolescentes, tem o dever de, após parceria firmada com as
delegacias de polícia- esta informará àquele os dados necessários e fornecerá
agentes para as ações-, realizar visitas constantes aos bairros com maiores
índices de violência doméstica, com o fito de proteger as crianças e adolescentes
desse mal, já que, além de diversos outros problemas, eles tendem a repetir
esse comportamento violento na escola, praticando o bullying. Com essa atitude,
o ciclo da violência será combatido.

MÍDIA

Dessa forma, a Mídia, agente formador de opinião e propagador de


informação, deve utilizar de seu poderio para, por meio de documentários
exibidos no horário nobre- assim ele atingirá o maior número de telespectador-,
debater o assunto, evidenciando como ele acontece, o que deve ser feito e quais
os sinais mais perceptíveis, com a finalidade de inserir esse debate no seio
familiar, para que a família possa dialogar com seus filhos, e, por conseguinte,
protegê-los.

10
PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO
ESCOLA

Por conseguinte, a Escola, atendendo ao seu caráter de formação cidadã,


tem a incumbência de, semestralmente, realizar palestras e gincanas- nas quais
serão desenvolvidas atividades educativas e informativas-, e que deverão contar
com a presença de psicólogos e assistentes sociais, profissionais capazes de
elucidar didaticamente o assunto, com o fim de ensinar às crianças e
adolescentes como combater esse problema e incentivá-los a prática de
respeito.

11
PALAVRAS - CHAVE

Exclusão/ Preconceito/ Infância.

Educar/ Incluir/ Ensinar.

Observar/ Dialogar/ Ajudar.

Sociedade/ Socialização/ Escola.

Crianças/ Comportamento/ Pais.

12
proposta de redação

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos cons-
truídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em mo-
dalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Desafios no combate
ao bullying no ambiente estudantil”, apresentando proposta de intervenção, que
respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente
e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

13

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