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Uma “brincadeira” publicada entre artigos de um jornal acadêmico produzido por alunos do
curso de Farmácia da Universidade de São Paulo (USP) trouxe à tona um problema antigo e cada
vez mais difícil de ser combatido: o bullying, espécie de humilhação continuada motivada pela
intolerância com as diferenças e que ocorre com mais frequência no ambiente escolar. Ao
mesmo tempo em que se procura combatê-la, a prática vem ganhando força na internet.
A pesquisa “Bullying Escolar no Brasil”, promovida pela organização não governamental Plan
Brasil, com mais de 5 mil estudantes de 25 escolas públicas e particulares, revela que pelo menos
16,8% já foram vítimas do ciberbullying – o bullying praticado no ambiente virtual. Dado ainda
mais assustador diz respeito à proporção de alunos que admitem já terem praticado algum tipo
de agressão virtual: 17,7%. Outros 3,5% responderam ser praticantes e vítimas ao mesmo
tempo.
Segundo o levantamento, a maior incidência de maus- tratos afeta alunos com idades entre 11
a 15 anos, especialmente na sexta série do ensino fundamental. A prática é mais comum nas
regiões Sudeste e Centro-Oeste do país e não se restringe a determinada raça, classe social ou
sexo. “Apesar de ser mais comumente praticado pelos meninos, as meninas já se emparelham
a eles como agressoras”, observa a psicóloga comportamental Maria Fernanda Moura.
Além de traçar o perfil das vítimas e os agressores, o estudo também chama a atenção para as
consequências do bullying, motivos suficientes para se intensificar as campanhas de
conscientização e as ações de combate. O primeiro sinal é a perda do entusiasmo, seguida da
perda de interesse. Isso se reflete em problemas de concentração e em medo de ir à escola, o
que pode levar à desistência. “São poucos os que enfrentam. Alguns até aceitam os apelidos e
fazem brincadeira com a própria situação. Outros nem conseguem identificar o limite entre a
brincadeira e a agressão.”
Diferenças
Os agredidos são descritos como pessoas com alguma diferença, seja na aparência, no
comportamento ou no modo de se vestir, por exemplo. Geralmente são vistas como tímidas,
inseguras, frágeis e que não oferecem reação aos maus tratos. Esse comportamento, explicam
os agressores, justifica que as vítimas das piadas e chacotas mais duras mereçam as agressões.
As diferenças geralmente estão relacionadas a características físicas, como a obesidade, o
tamanho do nariz e das orelhas, pés e mãos grandes ou problemas de visão.
Os que praticam a agressão acreditam que assim terão maior popularidade e respeito entre os
colegas. “É a mesma necessidade de afirmação que sentem as vítimas. Mas, diferentemente
delas, procuram essa sensação de poder e status dentro do grupo ressaltando a diferença dos
que consideram mais fracos e que não oferecerão qualquer reação que ameace essa suposta
posição de superioridade que procuram sustentar com violência”, observa a psicóloga,
lembrando que vítima e agressor precisam de orientação.
http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/bullying-o-limite-entre-brincadeira-e-
agressao-1rtle63tjtfauy6qfpesn4t3i
B) A busca constante pelo poder tem levado muitos agressores à prática de humilhações às
pessoas que utilizam a internet.
C) Crítica feita a cursos universitários em relação às produções dos alunos, pois muitos não
conseguem apresentar suas atividades, devido à timidez.
E) A indignação dos que sofrem bullying e não têm o apoio das autoridades.
C) situação que envolve alguma diferença e que leva o agressor a humilhar de forma contínua
a sua vítima em potencial.
E) produza ações que desmotivem violências na escola por parte dos mais fracos.
D) uso de linguagem conotativa, buscando efeito estilístico ao que foi abordado no texto.
QUESTÃO 06- No texto há a palavra Brincadeira que se apresenta entre aspas. O emprego de
aspas foi devido
QUESTÃO 07- Considerando o que foi exposto no texto, escreva um comentário sobre o tema
abordado, de forma séria a que o assunto requer, com linguagem objetiva, clara e no nível
culto.
GABARITO: 1- D,2-C,3-B,4-A,5-B,6-A.