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O fenômeno, típico das escolas americanas, se tornou uma realidade no Brasil a partir da
década de 90 no ensino privado. A prática, considerada por muitos diretores de escola como
“briguinha de criança” expõe a crueldade precoce dos menores e a omissão dos dirigentes da
instituição, professores e pais no trato com o problema. A escola finge não ver para preservar a
imagem dos alunos, das famílias ou o nome do colégio. A falta de informação colabora com a
perpetuação das “pequenas” crueldades. Normalmente, os pais são os últimos a saber que o filho
está sendo agredido na escola, local onde ele deveria estar seguro.
Muitas escolas particulares abafam os casos por medo de perder clientes. Outro aspecto
preocupante é que muitas instituições de classe, ao sugerir apoio psicológico, tentam reforçar a tese
de que crianças agredidas podem ter uma propensão a isso – como se o problema estivesse na
vítima e não na instituição. É um mecanismo sutil de os colégios se distanciarem do problema. “As
escolas tendem transferir a culpa para a família e vice-versa. Não adianta os pais colocarem a culpa
nas más companhias e o colégio dizer que é o aluno que não sabe se defender e que a culpa é dos
pais”, pondera a psicopedagoga Maria Irene.
Mesmo que a prática seja coibida nas escolas, os danos podem ser irreversíveis à criança. “O
trauma permanece e gera uma baixa auto-estima no menor, que leva cerca de três anos para se
recuperar. Algumas nem se recuperam”, alerta Maria Irene. Entre as consequências do pós-bullying,
estão danos à capacidade de aprendizado, que pode se tornar superficial, dificuldades de
concentração nas tarefas escolares – a criança pode ficar preocupada com a abordagem de
agressores a qualquer momento – e um permanente complexo de perseguição, que pode se expandir
para todas as áreas da sua vida. A omissão das escolas na solução dos problemas torna os casos
cada vez mais graves. E, quando eles explodem, são erupções vulcânicas que causam um efeito
perturbador em toda a instituição. Abalam as famílias das vítimas e também dos agressores.
FONTE: RABELO, Carina. Bulliyng, um crime nas escolas. Isto é independente, n. 2026. set 2008.
As questões abaixo devem ser respondidas por escrito e entregues no final da aula:
2) De acordo com o texto, o que a prática do bullying traz como consequência para as vítimas?
3) Por que as escolas fingem não ver a prática do bullying? E no caso das escolas particulares?
7) No último parágrafo, a autora defende sua opinião sobre o tema. Transcreva esse trecho.
9) Na sua opinião o que podemos enquanto professores e alunos para não permitir a prática do
bullying?
10) Você já presenciou a prática de bullying? Escreve um texto contando esse fato, mas sem
mencionar nomes.
Respostas das questões.
1) Resposta pessoal.
2) Segundo o texto, o trauma permanece e gera uma baixa auto-estima no menor, que leva
cerca de três anos para se recuperar. “Algumas nem se recuperam”,. Entre as consequências
do pós-bullying, estão danos à capacidade de aprendizado, que pode se tornar superficial,
dificuldades de concentração nas tarefas escolares – a criança pode ficar preocupada com a
abordagem de agressores a qualquer momento – e um permanente complexo de perseguição,
que pode se expandir para todas as áreas da sua vida. O medo causa a preocupação e o
receio em ser agredido novamente, o aluno vítima não tem mais tranquilidade para realizar
as mais simples atividades, o receio que ser agredida a qualquer momento causa um trauma
muito difícil de ser superado.
3) A escola finge não ver para preservar a imagem dos alunos, das famílias ou o nome do
colégio. A falta de informação colabora com a perpetuação das “pequenas” crueldades.
Normalmente, os pais são os últimos a saber que o filho está sendo agredido na escola, local
onde ele deveria estar seguro, geralmente a vítima tem vergonha e receio em contar para a
sua família que está sofrendo bullying.
Sobre as escolas particulares, muitas preferem abafam os casos por medo de perder clientes.
Outro aspecto preocupante é que muitas instituições de classe, ao sugerir apoio psicológico,
tentam reforçar a tese de que crianças agredidas podem ter uma propensão a isso – como se
o problema estivesse na vítima e não na instituição. É um mecanismo sutil de os colégios se
distanciarem do problema.
4) Resposta pessoal.
5) O cyberbullying é combatido com rigor no estado da Califórnia, através de um projeto de
lei, o estado prevê a expulsão dos alunos que praticarem o cyberbullying contra os colegas.
Dessa forma o bom exemplo na repressão contra esse crime não deixa a vítima sentindo-se
indefesa, e o agressor sabe que será condenado.
6) O Beatbullying é um canal nos YouTube, que busca combater a prática do bullying. A
página tem vídeos de celebridades, jovens e escolas que falam sobre o assunto, dessa forma
a internet passa a ajudar as vítimas, bem como conscientizar que isso o ato de discriminar é
crime.
7) É preciso dar um basta para que os agressores juvenis de hoje não se tornem os criminosos
de amanhã.
8) Resposta pessoal.
9) Resposta pessoal.
10) Resposta pessoal.