Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Como a grande maioria das pessoas não podia pagar e o número das que
atendiam de maneira filantrópica era pequeno, a maioria da população não
tinha acesso adequado aos cuidados com a saúde. Boa parte dela recorria,
inclusive, a curandeiros e, quando tinha um mínimo de condições financeiras,
aos farmacêuticos, chamados antigamente de boticários."
"Pela pouca oferta de serviços gratuitos e pelas péssimas condições
sanitárias das cidades brasileiras, as pessoas sofriam constantemente (e
muitas morriam) com doenças — algumas delas hoje consideradas de
simples tratamento, como verminoses, diarreia, gripe, tétano e
gonorreia. As doenças mais graves, como sífilis, malária e dengue,
aterrorizavam ainda mais a população.
A primeira política pública de atenção à saúde no Brasil foi promovida
na Primeira República, no governo do presidente Rodrigues Alves, em
1897.
Foi criada, nesse ano, a Diretoria Geral de Saúde Pública, órgão que,
em 1903, foi chefiado pelo grande sanitarista brasileiro Oswaldo Cruz.
As medidas centravam-se na capital federal, que era a cidade do Rio de
Janeiro."
"Oswaldo Cruz iniciou um plano de organização sanitária da capital,
promovendo ações compulsórias, como a vacinação obrigatória e a
fiscalização de propriedades privadas a fim de eliminar focos de
reprodução do mosquito Aedes aegypt, que já era identificado como
vetor da febre amarela.
Como a Constituição diz que toda pessoa tem direito ao atendimento médico e
hospitalar e ao cuidado à saúde, oferecidos gratuitamente pelos estados,
municípios e pela Federação, tratou-se então de criar um sistema unificado que
conseguisse atender a todos.
Para isso, no dia 19 de setembro de 1990, foi sancionada a Lei 8.080, que
implantou e regulamentou o SUS em nosso país. Também há a Lei Orgânica da
Saúde, que regulamenta as diretrizes nacionais do SUS."
PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO
SUS
"O Sistema Único de Saúde trabalha de maneira integrada e opera
a saúde brasileira em todo o território nacional. A gestão maior e
as diretrizes do SUS partem do Ministério da Saúde, mas as
secretarias de saúde estaduais e municipais operam essa gestão em
seus territórios. A verba destinada ao SUS advém da cobrança de
impostos, e a União é responsável por repassá-la aos hospitais
federais e às secretarias de saúde estaduais e municipais."
O SUS tem princípios para o seu funcionamento.
São eles:
Universalidade: todas as pessoas têm direito ao atendimento
médico, hospitalar e à atenção à saúde, independentemente de
qualquer característica distintiva, como classe social,
nacionalidade, gênero, raça etc.
Equidade: tratar com especificidade e maior atenção
as pessoas mais vulneráveis, que precisam mais do
SUS. Nesse sentido, existem esforços maiores para
atender as populações de baixa renda, idosos,
portadores de necessidades especiais, portadores de
doenças crônicas, portadores de doenças sistêmicas,
pacientes em tratamento do câncer, portadores de HIV,
gestantes, crianças etc
Integralidade: entende-se que o cuidado à saúde não se
resume ao hospital ou consultório, nem que é preciso esperar
que uma doença aconteça para que uma medida seja tomada.
Com isso, o SUS também promove campanhas educativas que
visam levar a informação às pessoas sobre cuidados pessoais,
cuidados alimentares, preservação do meio ambiente e ações
sanitárias que reduzam a incidência de doenças na população.
"SERVIÇOS OFERECIDOS PELO
SUS"
"O SUS divide-se em diferentes níveis de atenção à saúde para uma
melhor organização do trabalho. Temos, nesse sentido, a atenção
primária ou básica, que atua no contato direto e regular com a
população, realizando consultas e visitas de atendimento domiciliar,
campanhas de vacinação e campanhas de conscientização.
O Programa Saúde da Família é uma estratégia que tem como prioridade as ações
de promoção, proteção e recuperação da saúde dos indivíduos. Ele contempla as
famílias, desde o recém-nascido até o idoso, de forma integral e contínua.
A primeira etapa de sua implantação teve início em 1991, por meio do Programa
de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). A partir de 1994 começaram a ser
formadas as primeiras equipes do programa saúde da família, com o objetivo de
incorporar e ampliar a atuação dos agentes comunitários de saúde.
O PSF busca uma mudança no sistema assistencial, na
medida em que se propõe a atender o usuário
integralmente no seu ambiente familiar e na sua
comunidade, algo que está de acordo com os princípios
e diretrizes do SUS, que promove a descentralização
das ações de saúde e garante o acesso do usuário do
sistema.
A saúde da família é entendida como uma estratégia de reorientação do
modelo assistencial, operacionalizada mediante a implantação de
equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde.
Atenção Básica – e de maneira especial, a ESF, para sua consecução – necessitam de diretrizes que
apoiem as diferentes atividades a elas relacionadas. A definição de território adstrito, tão cara à sua
organização, coloca-se como estratégia central, procurando reorganizar o processo de trabalho em
saúde mediante operações intersetoriais e ações de promoção, prevenção e atenção à saúde,
permitindo a gestores, profissionais e usuários do SUS compreender a dinâmica dos lugares e dos
sujeitos (individual e coletivo), desvelando as desigualdades sociais e as iniquidades em saúde.
Para que possa atender à demanda dos indivíduos sob sua responsabilidade, deve
realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea, de forma
compartilhada, consultas clínicas e pequenos procedimentos cirúrgicos, quando
indicado na Unidade de Saúde, no domicílio ou em espaços comunitários,
responsabilizando-se pela internação hospitalar ou domiciliar e pelo
acompanhamento do usuário.
•É capacitado para reunir informações de saúde sobre a comunidade e deve ter condição de
dedicar oito horas por dia ao seu trabalho.
•Realiza visitas domiciliares na área adscrita, produzindo dados capazes de dimensionar os
principais problemas de saúde de sua comunidade. Estudos identificam que o ACS, no seu
dia a dia, apresenta dificuldade de lidar com o tempo, o excesso de trabalho, a preservação
do espaço familiar, o tempo de descanso, a desqualificação do seu trabalho e o cansaço
físico.
•A esses profissionais cabe cadastrar todas as pessoas do território, mantendo esses cadastros
sempre atualizados, orientando as famílias quanto à utilização dos serviços de saúde
disponíveis.
•Devem acompanhá-las, por meio de visitas domiciliarias e ações educativas individuais e
coletivas, buscando sempre a integração entre a equipe de saúde e a população adscrita à
UBS. Devem desenvolver atividades de promoção da saúde, de prevenção das doenças e
agravos e de vigilância à saúde, mantendo como referência a média de uma
visita/família/mês ou, considerando os critérios de risco e vulnerabilidade, em número
maior.
•A eles cabe “o acompanhamento das condicionalidades do Programa Bolsa Família ou de
qualquer outro programa similar de transferência de renda e enfrentamento de
vulnerabilidades implantado pelo Governo Federal, estadual e municipal de acordo com o
planejamento da equipe”.
•O ACS também é responsável por cobrir toda a população cadastrada, com um máximo de
750 pessoas por ACS e de 12 ACS por equipe de Saúde da Família.
Ao técnico e auxiliar de enfermagem cabe, sob a
supervisão do enfermeiro, realizar procedimentos
regulamentados no exercício de sua profissão tanto na
Unidade de Saúde quanto em domicílio e outros espaços
da comunidade, educação em saúde e educação
permanente
REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
TIPOS DE ATENÇÃO
- Primária, secundária e terciária
- O que é ela?
- O que contém nela?
- O que faz parte dela?
- Quem atua nela?