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Módulo III: Proporção de Salas de Vacina com alimentação mensal no


Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI),
por município…………………………………………………………………….5
I. Conteúdo………………………………………………………………………5
II. Competências e Habilidades……………………………………………….5
Indicador 3: Proporção de salas de vacina com alimentação mensal das
doses de vacinas aplicadas e da movimentação mensal de
imunobiológicos, no sistema oficial de informação do Programa Nacional
de Imunizações de dados individualizados, por residência………………..6
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Módulo III: Proporção de Salas de Vacina com


alimentação mensal no Sistema de Informação do
Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), por
município.

I. Conteúdo

Importância do SI-PNI para as salas de vacina municipais. Alimentação


da base de dados referente ao indicador, bem como, subdivisão de
atividades dentro da equipe de vigilância. Além disso, estudaremos a
implementação de ações que promovam ou impeçam o alcance das
metas.

II. Competências e Habilidades

Ao fim de cada aula, esperamos que o aluno seja capaz de


compreender a importância do banco de dados, bem como, coletar e
localizar os dados referentes ao preenchimento da documentação
referente ao indicador memorizando o passo a passo para a
alimentação do banco de dados. Além disso, objetiva-se desenvolver no
estudante, um olhar crítico capaz de comparar os resultados e identificar
erros cometidos durante a execução das atividades - dentro desse
aspecto, esperamos também que a equipe certificada seja capaz de
articular mudanças para que melhorias sejam realizadas em todo o
processo desconstruindo uma possível cadeia de erros.
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Indicador 3: Proporção de salas de vacina com alimentação mensal


das doses de vacinas aplicadas e da movimentação mensal de
imunobiológicos, no sistema oficial de informação do Programa
Nacional de Imunizações de dados individualizados, por residência.

1. Indicador e sua importância para a saúde pública

O indicador em questão analisa a quantidade de salas de vacinas que estão


alimentando constantemente o Sistema de Informações do Programa Nacional de
Imunizações (SI-PNI) (BRASIL, 2020).

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (2017), a aplicação


de vacinas é a intervenção de saúde, implementada no decorrer da história, que
apresenta maior efetividade; a vacinação realiza o controle e eliminação de diversas
doenças infecciosas, reduzindo a morbimortalidade, especialmente entre crianças.

O controle das salas de vacinas com alimentação constante faz-se necessário


porque permite o monitoramento das vacinas aplicadas, indicando cobertura vacinal
do município em questão, além de avaliar a atuação e cobertura da Atenção
Primária dentro das comunidades (BRASIL, 2020).

2. O SI-PNI
O Programa Nacional de Imunização (PNI) foi formulado em 1973 e é
regulamentado pela Lei Federal n° 6.259, de 30 de outubro de 1975, e pelo Decreto
n° 78.321, de 12 de agosto de 1976, que instituiu o Sistema Nacional de Vigilância
Epidemiológica (SNVE), desde 1974 o PNI utilizava o sistema de informações com
dados agregados, entretanto esses dados não avaliam informações sobres as
pessoas vacinadas em cada município (BRASIL, 2020).

Deste modo, em 2010 o DATASUS-RJ desenvolveu o Sistema de


Informações do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI), em 18 de Outubro de
2012, por meio da Portaria nº 2.363, foi instituído o repasse de recurso financeiro
para os estados, Distrito Federal e municípios, por meio do Piso Variável de
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Vigilância e Promoção da Saúde a fim de subsidiar e auxiliar implementação do


SI-PNI nos estabelecimentos de saúde (BRASIL, 2012; BRASIL, 2020).

Posteriormente, no ano de 2018 através Nota Informativa nº


47/2018-CGPNI/DEVIT/SVS/MS a Coordenação-Geral do Programa Nacional de
Imunização (CGPNI) com a Coordenação Geral de Acompanhamento e Avaliação
(CGAA) informam a Integração entre o Sistema de Informação do Programa
Nacional de Imunização (SIPNI) e a estratégia e-SUS Atenção Básica (AB), com o
intuito de proporcionar a melhoria da qualidade nos registros dos dados sobre
imunização e melhoria do acompanhamento das equipes de saúde sobre o histórico
de imunização da população local (BRASIL, 2018).

Este sistema é responsável por organizar a política nacional de vacinação dos


brasileiros e visa o controle, a erradicação e eliminação de doenças
imunopreviníveis (BRASIL, 2014). O sistema é composto por módulos, dentre os
quais se destacam, no menu “cadastro” (BRASIL, 2014):

Registro do Vacinado: registra dados dos vacinados nas estratégias


de vacinação de rotina, especial, intensificação vacinal, bloqueio vacinal e
campanhas de vacinação. Permite a identificação dos vacinados e suas
procedências. Possibilita o registro de vacinação em Centros de Referência
para Imunobiológicos Especiais e dos motivos de indicação da vacinação
nestes serviços de referência, fornece o histórico de vacinas, além de
identificar grupos populacionais específicos.

Movimento de Imunobiológicos: registra a entrada, a saída e a


disponibilidade dos produtos por tipo de imunobiológico, permitindo monitorar
desde a sala de vacinas até a instância nacional o total de doses utilizadas e
aplicadas, as perdas físicas (doses perdidas em frascos fechados), as
perdas técnicas (doses de frascos abertos que não foram aplicadas) e os
gastos financeiros com essas perdas.

Eventos Adversos Pós-Vacinação (on-line): registra eventos


adversos ocorridos após a vacinação e o processo de investigação do evento
por tipo de imunobiológico, segundo a gravidade e o tipo do evento suposto.

Relatórios: possibilita a emissão de relatórios que consolidam os


registros realizados nos módulos supracitados: entre outros, a lista de
vacinados por tipo de vacina, as coberturas vacinais, as taxas de abandono,
os aprazamentos, os faltosos, os esquemas vacinais incompletos (com ou
sem atrasos) e os tipos de eventos adversos.

A movimentação dos imunobiológicos merece destaque devido a sua


importância para as ações de vacinação, dessa forma, é importante ter um controle
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assíduo dos registros de entrada e saída dos imunobiológicos, com monitoramento


ativo desde a sala de vacinação até a instância federal de controle, registrando
qualquer alteração fora do normal, como descartes, perda de imunização, entre
outros. Alguns indicadores são construídos por meio dos dados coletados pelos
subsistemas (módulos) do SI-PNI (BRASIL, 2014).

Os objetivos do SI-PNI, segundo o Ministério da Saúde (2020) são, de forma


geral, registrar dados de vacinação referente a todos os cidadãos brasileiros, e
especificamente disponibilizar dados sobre as pessoas vacinadas e sobre a
movimentação de imunobiológicos na sala de vacinação, juntamente com a redução
dos erros referentes a imunização e ser o único meio de transmissão de dados para
o PNI (BRASIL, 2020).

3. Responsabilidades

Ações de vigilância em saúde têm diretrizes e responsabilidades definidas em


legislação nacional que apontam uma gestão compartilhada entre a União, os
estados, o Distrito Federal e os municípios. As ações devem ser pactuadas na
Comissão Intergestores Tripartite (CIT) e na Comissão Intergestores Bipartite (CIB),
levando em consideração a regionalização, a rede de serviços e as tecnologias
disponíveis (BRASIL, 2014).

Dentro do contexto do SI-PNI, cabe à gestão municipal, dentre outras coisas,


a coordenação e execução das vacinas que compõem o Programa Nacional de
Imunização, bem como, gerir o estoque de vacinas, o armazenamento e transporte
para os locais de aplicação, junto a isso deve-ser realizar a coleta e processamento
dos dados no período de um mês propiciando mensalmente a retroalimentação dos
dados às unidades notificadoras (BRASIL, 2014).
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4. Preenchimento das fichas de notificação

Existem três fichas de notificação a serem preenchidas e enviadas ao SI-PNI:


ficha de registro do vacinado, ficha de movimento diário e ficha de movimento
mensal. Além do preenchimento das fichas, os arquivos relacionados a vacinação
nos estabelecimentos de saúde devem ser arquivados para preservação das
informações neles contidas, são os objetivos desta documentação:

1. Centralizar os dados registrados;


2. Registro dos esquemas de vacinação;
3. Fornecer dados sobre a situação vacinal de pessoas que perderam
seus comprovantes;
4. Identificar e convocar os faltosos à vacinação;
5. Acompanhar o comparecimento de outras localidades;
6. Acompanhar o comparecimento da população do território;
7. Monitoramento e avaliação das atividades;
8. Planejamento de ações referentes à vacinação.

(BRASIL, 2014).

Acerca dos arquivos que compõem a sala de vacinação tem-se a seguinte


disposição:

1. Cartões de controle;
2. Formulários acerca dos imunobiológicos estocados, recebidos e
distribuídos;
3. Formulário com registro das temperaturas;
4. Impresso com registro diário da vacinação e consolidação mensal
desses;
5. Formulários adicionais de eventos relacionados à vacinação.

(BRASIL, 2014).

O armazenamento das pastas dos arquivos, deve ocorrer em locais que


sejam de fácil acesso mas que também seja um local seguro. O Sistema de
Informação do Programa de Nacional de Imunização contém todas as informações
descritas anteriormente, deste modo, ele deve ser constantemente alimentado para
que o arquivo da sala de vacina seja substituído pelo sistema. Ressalta-se que o
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backup do SI-PNI deve ocorrer diariamente, com exceção do Apiweb, onde esta
função é automática (BRASIL, 2014).

5. Alimentação do banco de dados


Como supracitado, a alimentação dos bancos de dados deve ocorrer
frequentemente e corretamente a fim de não gerar inconsistência, abaixo está
listada a divisão de acordo com as obrigações de cada órgão.

5.1 Salas de Vacina

Enviar os arquivos referentes a atividade de vacinação até o quinto dia útil de cada
mês subsequente para a Secretaria Municipal de Saúde (BRASIL, 2014).

5.2: Secretarias Municipais de Saúde

Importar os arquivos enviados pelas salas de vacina, e exportar pelo


transmissor ao sistema DataSUS até o décimo dia útil de cada mês subsequente,
bem como, realizar o processamento dos dados para serem liberados no sistema
eletrônico SI-PNI (BRASIL, 2014).

Reforçamos que a transmissão adequada e regularidade de alimentação dos


dados é de suma importância, bem como, o envio mensal ao SI-PNI dos dados
referentes ao cadastro dos lotes, vacinadores, registro de vacinados e
movimentação de imunobiológicos, para que as ações referentes a imunização
sejam baseadas em dados que de fato representam a realidade local (BRASIL,
2014).

6. Possíveis erros

Sabe-se que os dados que alimentam o SI-PNI são coletados diariamente nas
salas de vacina, passando por fluxo ascendente desde a sala até chegar nas
instâncias nacionais. Eles possibilitam, dentre outras coisas, a avaliação, o
monitoramento e o conhecimento da situação local. Desta forma, a fidedignidade do
indicador está diretamente ligada à qualidade do dado (BRASIL, 2014).
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Os principais erros relacionados à imunização são relativos ao registro de


doses aplicadas, sabe-se que o número de doses aplicadas compõem o numerador,
se a falha ocorrer nessa etapa acarretará em coberturas vacinais que extrapolam ou
não alcançam o valor de 80%. Nesta mesma óptica, a baixa captação de nascidos
vivos pelo SINASC e superestimação da população-alvo pelo IBGE, que fazem parte
do indicador, influenciam no alcance ou não dos 80% (BRASIL, 2014).

A ausência de notificação de eventos adversos de uma determinada vacina


pode deixar de demonstrar a incidência de fenômenos causados por ela, além da
falta de registro dos lotes de vacina, que impossibilita saber se o lote é mais ou
menos reatogênico. Juntamente a isso, a falta de acompanhamento dos
imunobiológicos pode comprometer o abastecimento de insumos na sala de vacina,
o que tem impacto direto sobre o resultado do PQA-VS (BRASIL, 2014).

Observa-se que o registro da real situação da sala de vacina é importante


para a construção de indicadores que auxiliarão o desenvolvimento de ações de
planejamento acerca da imunização entre as três esferas de governo (BRASIL,
2014).

6. Método de Cálculo

Meta: 80% de salas de vacina com alimentação mensal das doses de vacinas
aplicadas e da movimentação mensal de imunobiológicos, no sistema oficial de
informação do Programa Nacional de Imunizações de dados individualizados, por
residência.

● Numerador: Número de salas de vacina do município com alimentação


mensal, no sistema de informação de dados individualizados por residência,
das doses de vacinas aplicadas e da movimentação dos imunobiológicos
(Registro do Vacinado / Movimentação de Imunobiológico).
● Denominador: Número de salas de vacina ativas no município, constantes
do cadastro do sistema de informação do PNI, no período avaliado.
● Fator de multiplicação: 100.
(BRASIL, 2020).
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Anexo I. Ficha de Registro do Vacinado


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Anexo II. Ficha de movimento diário.

Anexo III. Ficha de movimento mensal.


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Referências Bibliográficas

BRASIL, Ministério da Saúde do. SI-PNI Sistema de Informação do Programa


Nacional de Imunização. Disponível em:
<http://pni.datasus.gov.br/downloads.asp>. Acesso em: 15 nov. 2020.

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Vacinação. 2014. Disponível em:
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_procedimentos_vacinacao.pdf
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Imunização. 2020. Disponível em:
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Acesso em: 15 nov. 2020.

BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Calendário Nacional de Vacinação. 2020.


Disponível em:
<https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z-1/c/calendario-de-vacinaca
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BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. NOTA INFORMATIVA Nº


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<https://antigo.saude.gov.br/images/pdf/2018/marco/16/SEI-MS-2835675-Nota-Infor
mativa-47-2018-integracao-SIPNIx-e-SUS-AB.pdf>. Acesso em: 10 dez. 2020

MINISTÉRIO DA SAÚDE, SISTEMA DE INFORMAÇÃO DO PROGRAMA


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<http://sipni.datasus.gov.br/si-pni-web/faces/apresentacaoSite.jsf>. Acesso em: 10
dez. 2020

BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. PORTARIA Nº 2.363, DE 18 DE OUTUBRO DE


2012. Disponível em:
17

<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt2363_18_10_2012.htm.
Acesso em: 10 dez. 2020

SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM


SAÚDE GERÊNCIA DE IMUNIZAÇÕES E REDE DE FRIO. GUIA PRÁTICO DE
IMUNIZAÇÕES PARA TRABALHADORES DA SALA DE VACINAÇÃO, 2018.
Disponível em:
<http://www.sgc.goias.gov.br/upload/arquivos/2018-03/guia-pratico-imunizacoes_201
8.pdf>. Acesso em: 10 dez. 2020
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