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UNIDADE I

Nutrição Interdisciplinar

Profa. Dra. Milena Bueno


Apresentação da disciplina

Objetivo: Capacitar o aluno para a análise sobre a inserção profissional do nutricionista na


área de saúde pública.

Compreender o contexto populacional sobre carências e


excessos nutricionais e suas consequências na saúde
(epidemiologia nutricional).

Refletir sobre políticas e


programas públicos Fonte:
https://escolakids.uol.com.br/portug
relacionados à promoção e ues/ponto-de-interrogacao.htm
proteção das práticas
alimentares saudáveis.
Apresentação da disciplina

Unidade I
 Métodos de estudos epidemiológicos sobre agravos à saúde relacionados à alimentação
e nutrição;
 Promoção da saúde e da alimentação adequada e saudável;
 Promoção da saúde e da alimentação adequada e saudável direcionada à criança;
 Estratégias intersetoriais de prevenção e controle das Doenças Crônicas Não
Transmissíveis (DCNT).

Unidade II
 Estratégias intersetoriais de prevenção e controle das DCNT;
 Métodos de intervenções interdisciplinares para a promoção
de saúde;
 Propaganda e comercialização de alimentos;
 Vigilância à saúde.
Métodos de estudos epidemiológicos

Epidemiologia Nutricional

 Estudo da relação entre a dieta e o processo saúde-doença (Frequência e fatores de risco).

 Século XIX: doenças carenciais (Ex.: Escorbuto, beribéri e pelagra), mais recentemente
doenças crônicas não transmissíveis (DCNT).

Ex.: Doenças cardiovasculares, algumas neoplasias,


diabetes e osteoporose.

Orienta a tomada de decisão para políticas públicas


em alimentação e nutrição.
Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN)

 Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN): descrição contínua e na predição de tendências das


condições de alimentação e nutrição e de seus fatores determinantes.

Uma das diretrizes da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (Pnan)

Coleta de dados nos


serviços de saúde

VAN
Pesquisas,
inquéritos
domiciliares e Sistemas de
chamadas informação
nutricionais em saúde
Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan)

 1974: Food and Agriculture Organization (FAO) recomenda a criação de um sistema de


vigilância nutricional global, com a finalidade de monitorar as condições de alimentação e
nutrição de populações mais vulneráveis.

 Entre 1970 e 1990: iniciativas locais de implantação de VAN, sem articulação nacional.

 1990: regulamentação do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) no campo de


atuação do Sistema Único de Saúde (SUS).

Objetivos: coleta, análise e interpretação de dados


sobre o estado nutricional e as práticas alimentares dos
indivíduos atendidos na atenção primária à saúde.

Acompanhamento das condicionalidades da


saúde do Programa Bolsa Família
Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan)

 Gestão municipal: coleta e digitação contínua dos dados em sistema informatizado (Sisvan
Web), propiciando o acesso aos dados de forma democrática e transparente.

Fonte: https://sisaps.saude.gov.br/sisvan/relatoriopublico/index
Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan)

Dados demográficos e antropométricos coletados pelo Sisvan segundo ciclo de vida

Dados Criança Adolescente Adulto Idoso Gestante


Sexo X X X X
Data de
X X X X X
nascimento

Data da última
X
menstruação
Peso X X X X X
Estatura X X X X X
Circunferência
X
da cintura
Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan)

Fonte: http://sisaps.saude.gov.br/sisvan/public/file/ficha_marcadores_alimentar.pdf
Chamadas nutricionais

 Coleta de dados em datas estratégicas como o “Dia Nacional da Imunização”, entre crianças
menores de cinco anos.
 Chamadas nutricionais que já aconteceram: Chamada Nacional do Semiárido (2005), a
Quilombola (2006), a da região Norte (2007), a Neonatal na região Nordeste e na Amazônia
Legal (2010) e a do Norte urbano (2010).

 Articulação da VAN com outros programas de saúde: Programa Saúde na Escola (PSE) e
Academia da Saúde aumento da abrangência da coleta de dados.

Fonte: https://www.ubatuba.sp.gov.br/noticias/ze-
gotinha-presente-no-dia-d-de-vacinacao-em-
ubatuba/
Inquéritos populacionais

Pesquisas de base populacional, abrangendo uma amostra representativa da população.

Coleta pontual de dados em domicílios, instituições ou por telefone.

Identificação de tendências temporais sobre o estado nutricional e padrão alimentar.


Exemplos de inquéritos nacionais Inquérito
Estudo Nacional de Despesa (Endef) Domiciliar
Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) Domiciliar
Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) Domiciliar
Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense) Escolar
Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS) Domiciliar
Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para
Telefônico
Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel)
Interatividade

O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) foi regulamentado como atribuição do


Sistema Único de Saúde (SUS) em 1990. Sobre o Sisvan, considere as seguintes afirmativas:

I. As ações de vigilância alimentar e nutricional foram incorporadas às rotinas de atendimento na


rede básica de saúde para monitorar pacientes com diabetes e/ou hipertensão arterial.
II. Sisvan constitui-se em importante ferramenta para a tomada de decisão nos diferentes níveis
de gestão da atenção à saúde.
III. O Sisvan tem como meta o monitoramento do estado nutricional e de marcadores da
alimentação somente de famílias beneficiárias de programas de transferência de renda.
Está(ão) correto(s) apenas o(s) item(ns):

a) I e II.
b) II e III.
c) I.
d) II.
e) III.
Resposta

O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) foi regulamentado como atribuição do


Sistema Único de Saúde (SUS) em 1990. Sobre o Sisvan, considere as seguintes afirmativas:

I. As ações de vigilância alimentar e nutricional foram incorporadas às rotinas de atendimento na


rede básica de saúde para monitorar pacientes com diabetes e/ou hipertensão arterial.
II. Sisvan constitui-se em importante ferramenta para a tomada de decisão nos diferentes níveis
de gestão da atenção à saúde.
III. O Sisvan tem como meta o monitoramento do estado nutricional e de marcadores da
alimentação somente de famílias beneficiárias de programas de transferência de renda.
Está(ão) correto(s) apenas o(s) item(ns):

a) I e II.
b) II e III.
c) I.
d) II.
e) III.
Inquéritos populacionais de base domiciliar

Estudo Nacional de Despesa (Endef)

 1974/75;
 55 mil domicílios;
 Consumo alimentar: pesagem direta de alimentos por 7 dias consecutivos;
 Estado nutricional: peso e altura;
 Limitações: custo elevado, alta complexidade, extenso período de coleta e interferência
do pesquisador na rotina alimentar.

Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF)

• Edições: 1987/88, 1995/96, 2002/03, 2008/09, 2017/18;


• A partir da POF 2002/03: coleta de peso e altura e inclusão
da área rural.
Inquéritos populacionais de base domiciliar

Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF)

 Até POF 2002/03: estimativa do consumo alimentar pela disponibilidade de alimentos


no domicílio durante 7 dias não consecutivos.
Limitações: não estimar com precisão o consumo individual e não considerar
refeições realizadas fora do domicílio.
 POF 2008/09 e 2017/18: 2 registros alimentares em dias não consecutivos por maiores
de 10 anos em uma subamostra.

Fonte: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/instrumentos_de_coleta/doc2431.pdf
Inquéritos populacionais de base domiciliar
%
Percentual da despesa
31,1 32,8 33,1 33,9
monetária e não monetária
24,1 25,7
média mensal familiar com 24,0
alimentação fora do domicílio, 17,5
13,1
segundo a situação do domicílio
– Brasil 2002/2018.

Total Urbana Rural

POF 2002-2003 POF 2008-2009 POF 2017-2018

Fonte: adaptado de: IBGE (2004); IBGE (2010); IBGE (2020).

Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF)

2017/18: Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia)


Inquéritos populacionais de base domiciliar

Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição (PNS)

 1989;
 Não foram coletados dados de consumo alimentar;
 Estado nutricional: peso e altura.

Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde (PNDS)

 1996 e 2006;
 População-alvo: mulheres em idade fértil (15 a 49 anos) e
crianças menores de cinco anos;
 Coleta de dados antropométricos (1996 e 2006); amostras
sanguíneas para análise de deficiência de ferro e vitamina A
(2006) e amostras de sal no domicílio para dosagem de iodo.
Inquéritos populacionais de base domiciliar

Pesquisa Nacional de Saúde (PNS)

 2013 (indivíduos acima de 18 anos) e 2019 (indivíduos acima de 15 anos);


 Não foram coletados dados de consumo alimentar;
 Estado nutricional: peso e altura.

Prevalência de sobrepeso 20 a 39 anos 40 a 59 anos


e obesidade entre adultos

5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
segundo sexo e faixa Overweight Women
Obesity Men
etária. Brasil, 2002-2013.
Prevalence (%)

Prevalence (%)
0

0
POF 2002/2003 POF 2008/2009 PNS 2013 POF 2002/2003 POF 2008/2009 PNS 2013

Fonte: adaptado de: Gomes (2018).


Inquéritos populacionais por telefone

Vigilância dos Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito
Telefônico (Vigitel)
 Objetivo: monitoramento dos principais fatores de risco e de proteção para o
desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis.
 Periodicidade: anual, desde 2006.
 População de estudo: acima de 18 anos residentes nas capitais e Distrito Federal.
 Fatores de risco e proteção para DCNT: frequência do consumo alimentar (marcadores
alimentares), atividade física, peso e altura autorreferidos, presença de doenças crônicas,
realização de exames preventivos, hábito de fumar, entre outros fatores.

Fonte:
https://pt.pngtree.com/freepng/red
-phone-landline-cartoon-
phone_3877792.html
Inquéritos populacionais por formulário eletrônico

Nutrinet Brasil
 Objetivo: investigar a relação entre padrões alimentares e doenças crônicas não
transmissíveis.
 Coleta de dados: início em 2020.
 População de estudo: acima de 18 anos que respondem a cada três meses um
formulário eletrônico.
 Fatores de risco e proteção para DCNT: frequência do consumo alimentar (marcadores
alimentares), atividade física, peso e altura autorreferidos, presença de doenças crônicas,
hábito de fumar, entre outros fatores.

Fonte:
https://foxfly.com.br/eforms/formulario-
eletronico-saiba-como-ele-te-ajudar-a-
reduzir-custos/
Transição Nutricional

Transição nutricional: mudanças nos padrões de alimentação e nutrição de uma população,


associadas às transformações econômicas, sociais, culturais, demográficas e epidemiológicas.

Evolução de indicadores antropométricos na população


de 5 a 9 anos por sexo. Brasil, 1974-2009.
Masculino Feminino

34,8

32,0
29,3

26,7
16,6
15,0
14,7

12,6

11,9

11,8
10,9

8,6
7,2

6,3
5,7

5,4
4,3

4,1

3,9
2,9

2,4
2,2

1,5

1,8
Déficit Déficit Excesso Obesidade Déficit Déficit Excesso Obesidade
altura peso de peso altura peso de peso

1974-1975 (1) 1989 (2) 2008-2009

Fonte: adaptado de: IBGE (2010).


Transição Nutricional

Masculino Feminino Evolução de indicadores


antropométricos por sexo.
21,7 Brasil, 1974-2009.

19,4
16,7

Fonte: adaptado de:

15,1
13,9
10,1

IBGE (2010).
10 a 19 anos
7,7

7,6
5,3

5,9

5,1
5,0

4,1
3,7

4,3

4,0
3,7

3,0
3,0
2,7

2,2
1,5

0,7
0,4

Déficit peso Excesso de


peso
Obesidade Déficit peso Excesso de
peso
Obesidade 20 anos ou mais
1974-1975 (1) 1989 (2) 2002-2003 2008-2009

Masculino Feminino

50,1

48,0
41,4

41,4
40,9
29,9

28,7
18,5

16,9
13,2
13,5
11,8
12,4
9,0
8,0

8,0
6,4
5,6
5,4
4,4

3,6
3,1

2,8
1,8

Déficit de peso Excesso de peso Obesidade Déficit de peso Excesso de peso Obesidade

1974-1935 (1) 1989 (2) 2002-2003 2008-2009


Transição Nutricional

Determinantes do aumento do sobrepeso e obesidade:

 Diminuição de doenças infectocontagiosas;


 Urbanização e redução de atividade física no trabalho e
na rotina diária;
 Mudança nos padrões alimentares da população brasileira.

Ambiente obesogênico

Conjunto das influências


que o meio, as
oportunidades ou as
condições de vida têm em
promover obesidade em
Fonte: https://arteeartistas.com.br/biografia-
indivíduos ou populações de-fernando-botero-e-sua-obra/
Interatividade

A avaliação do consumo alimentar da população brasileira é um desafio devido às limitações


existentes para cada método de coleta de dados para esta finalidade. O primeiro inquérito
populacional com tal objetivo foi realizado entre 1974 e 1975 (Estudo Nacional da Despesa
Familiar – Endef), estudo que utilizou qual método para avaliação do consumo alimentar?

a) Pesagem direta de alimentos por sete dias.


b) Recordatório de 24 horas.
c) Diário alimentar de sete dias.
d) Disponibilidade de alimentos para consumo
no domicílio por sete dias.
e) Questionário de frequência alimentar.
Resposta

A avaliação do consumo alimentar da população brasileira é um desafio devido às limitações


existentes para cada método de coleta de dados para esta finalidade. O primeiro inquérito
populacional com tal objetivo foi realizado entre 1974 e 1975 (Estudo Nacional da Despesa
Familiar – Endef), estudo que utilizou qual método para avaliação do consumo alimentar?

a) Pesagem direta de alimentos por sete dias.


b) Recordatório de 24 horas.
c) Diário alimentar de sete dias.
d) Disponibilidade de alimentos para consumo
no domicílio por sete dias.
e) Questionário de frequência alimentar.
Promoção da Alimentação Adequada e Saudável (Paas)

Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA)


Acesso
Disponibilidade econômico e
do alimento físico Acesso regular
Adequação cultural, e permanente
étnica, religiosa,
nutricional e sanitária

Alimentação adequada e saudável:


um dos determinantes da saúde

Depende das condições do meio em que vivem os indivíduos


Promoção da Alimentação Adequada e Saudável (Paas)

Política Nacional de Alimentação


e Nutrição (Pnan) 5. Participação e
4. Gestão das Controle Social
6. Qualificação
Ações de da Força de
Alimentação e Trabalho
Nutrição

7. Pesquisa,
3. Vigilância Inovação e
Alimentar e Conhecimento em
Nutricional Alimentação e
Nutrição

2. Promoção da
1. Organização 8. Controle e
Alimentação
Adequada e
da Atenção Regulação dos
Saudável Nutricional Alimentos

9. Cooperação e Articulação para Segurança Alimentar e Nutricional


Fonte: adaptado de: Brasil (2012).
Promoção da Alimentação Adequada e Saudável (Paas)

Ações intersetoriais Ações educativas Ações estruturantes


(promoção) (proteção)

 Metodologias  Ambientes saudáveis:


problematizadoras, escolas, hospitais e
reflexivas e ativas; locais de trabalho;

 Motivar a reflexão do  Regulação da


indivíduo sobre si e publicidade e marketing
sobre o sistema de alimentos;
alimentar em que se
insere;  Políticas agrícolas que
incentivem a produção e
 Participação ativa dos distribuição de alimentos
sujeitos para a e favorecimento ao
pactuação em conjunto pequeno agricultor.
das estratégias do
cuidado nutricional.
Integralidade na atenção nutricional

Identificação de espaços de Reconhecer os indivíduos


Diagnóstico da situação produção, comercialização, enquanto membros de
alimentar e nutricional da distribuição de alimentos, além dos famílias e comunidades, que
população. costumes e tradições alimentares possuem suas formas
locais. próprias de organização e
necessidades distintas.

Relações que sejam acolhedoras, humanas,


de empatia e confiança, que permitam o
diálogo e a escuta das necessidades.
Guia alimentar para a população brasileira

 Guias alimentares ferramenta de apoio à Paas incentiva escolhas alimentares


saudáveis e guia políticas públicas de alimentação e nutrição, saúde e agricultura.

Além de recomendações sobre escolha,


preparo e consumo de alimentos, esse guia
considera os fatores do ambiente que
favorecem ou dificultam a alimentação
saudável, indicando formas e caminhos para
aproveitar vantagens e vencer obstáculos.

Fonte:
https://www.fsp.usp.br/nupens/
o-que-e-o-guia-alimentar/
Guia alimentar para a população brasileira

 Alimentos in natura ou minimamente processados

 Alimentos processados

 Alimentos ultraprocessados

Fonte: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf
Guia alimentar para a população brasileira

 No período de 2000 a 2013, as vendas de alimentos


ultraprocessados aumentaram em 30,6%, enquanto
observou-se diminuição no consumo de alimentos
tradicionais brasileiros, como arroz, feijão e mandioca.

Fonte:
https://extra.globo.com/noticias/saude-e-
ciencia/ministerio-da-saude-lanca-guia-
com-as-10-regras-da-alimentacao-
saudavel-14480406.html
Disponibilidade e acesso a alimentos específicos

Maior incentivo a:
 Equipamentos públicos de segurança alimentar (Epsan): restaurantes populares, cozinhas
comunitárias, banco de alimentos e feiras livres;

 Aquisição de alimentos provenientes da agricultura familiar.

Estratégias para melhorar o acesso aos


alimentos in natura e minimamente
processados e, consequentemente, à
alimentação adequada e saudável.
Programa Academia da Saúde

 Criado em 2011;
 Integrado à rede de atenção básica à saúde;
 Práticas corporais e de atividades físicas; promoção da
alimentação saudável; práticas integrativas e
complementares; práticas artísticas e culturais; ações de
educação em saúde.
Fonte:
https://portalamm.org.br/programa-
academia-da-saude-tem-selecao-
de-novos-polos/

Fonte:
https://aps.saude.gov.b
r/ape/academia
Programa Peso Saudável

 Intervenção nas empresas que manifestarem interesse.

 Objetivo: Monitoramento do peso entre trabalhadores e incentivo ao autocuidado relacionado


à alimentação e prática de atividades físicas.

 Funcionamento: Campanha de mobilização, com o uso


de materiais educativos.
Software interativo para o monitoramento do peso.
Balanças para pesagem no ambiente de trabalho.

Fonte:
https://aps.saude.gov.br/biblioteca/visualizar/MTMwNQ==
Interatividade

O Guia Alimentar para a População Brasileira apresenta princípios e recomendações para uma
alimentação adequada e saudável. Sobre este guia alimentar, é correto afirmar que:
I. Estabelece a recomendação da quantidade a ser ingerida de cada grupo alimentar, estando
em acordo com a pirâmide alimentar brasileira.
II. É utilizado como apoio para a realização de atividades privativas do nutricionista, portanto,
direcionado a este profissional.
III. Constitui em uma das estratégias para a implementação da diretriz de promoção da
alimentação adequada e saudável, que integra a Política Nacional de Alimentação e Nutrição.
IV.Valoriza alimentos produzidos com recursos tecnológicos avançados, com várias
etapas de processamento.
Está(ão) correto(s) apenas o(s) item(ns):
a) I e II.
b) II e III.
c) I e IV.
d) II.
e) III.
Resposta

O Guia Alimentar para a População Brasileira apresenta princípios e recomendações para uma
alimentação adequada e saudável. Sobre este guia alimentar, é correto afirmar que:
I. Estabelece a recomendação da quantidade a ser ingerida de cada grupo alimentar, estando
em acordo com a pirâmide alimentar brasileira.
II. É utilizado como apoio para a realização de atividades privativas do nutricionista, portanto,
direcionado a este profissional.
III. Constitui em uma das estratégias para a implementação da diretriz de promoção da
alimentação adequada e saudável, que integra a Política Nacional de Alimentação e Nutrição.
IV.Valoriza alimentos produzidos com recursos tecnológicos avançados, com várias
etapas de processamento.
Está(ão) correto(s) apenas o(s) item(ns):
a) I e II.
b) II e III.
c) I e IV.
d) II.
e) III.
Estratégia nacional para promoção do aleitamento materno e alimentação
complementar saudável no SUS – Amamenta e Alimenta Brasil
Objetivo: formação de recursos humanos na atenção básica à saúde, para a promoção do
aleitamento materno e alimentação saudável para crianças menores de dois anos.

Funcionamento: Formação de tutores (responsáveis pela disseminação da estratégia em sua


respectiva Unidade Básica de Saúde – UBS);
Oficinas de trabalho com os profissionais das UBS, sob a responsabilidade
dos tutores.
Aprendizado contínuo
por meio de
atividades
participativas, com a
troca de experiência e
a aplicação do
conhecimento de
acordo com a Fonte:
realidade local. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estrategia_naci
onal_promocao_aleitamento_materno.pdf
Guia alimentar para a criança brasileira menor de dois anos

 Publicado em 2019;

 Mesmos princípios do guia alimentar para população


brasileira, com as devidas adaptações para crianças
menores de 2 anos;

 Informações sobre aleitamento materno e introdução de


alimentos complementares, com 12 passos para a
amamentação e alimentação adequada.

Fonte:
https://alimentacaosaudavel
.org.br/biblioteca/publicacoe
s/guia-alimentar-para-
criancas-brasileiras-
menores-de-2-anos/7334/
Estratégias intersetoriais de prevenção e controle da obesidade

 Prevalência de obesidade
no Brasil entre 2006 e 2018.

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Total Masculino Feminino

Fonte: adaptado de: Brasil (2019).


Estratégias intersetoriais de prevenção e controle da obesidade

Doenças Crônicas Não Transmissíveis

Custos na área da saúde e previdenciária

Qualidade de vida e produtividade

Fonte: https://www.cfn.org.br/index.php/biblioteca/estrategia-intersetorial-de-prevencao-e-
controle-da-obesidade-recomendacoes-para-estados-e-municipios/
Estratégias intersetoriais de prevenção e controle da obesidade

Eixos de ação
I. Disponibilidade e acesso a alimentos adequados e saudáveis.
II. Educação, comunicação e informação.
III. Promoção de modos de vida saudáveis em ambientes
específicos/territórios.
IV.Vigilância alimentar e nutricional.
V. Atenção integral à saúde do indivíduo com
sobrepeso/obesidade na rede de saúde.
VI.Regulação e controle da qualidade e inocuidade de alimentos.

Fonte:
https://www.cfn.org.br/index.php/bibliotec
a/estrategia-intersetorial-de-prevencao-e-
controle-da-obesidade-recomendacoes-
para-estados-e-municipios/
Plano de ação estratégica para o enfrentamento das DCNT (2012-2022)

Eixos para o delineamento de diretrizes e ações intersetoriais:


I. Vigilância, informação, avaliação e monitoramento: realização
de pesquisas e inquéritos populacionais para o monitoramento
das DCNT e dos fatores de risco.
II. Promoção de saúde: promoção de atividade física e alimentação
saudável, prevenção e cessação de tabagismo, promoção de
envelhecimento ativo, promoção do autocuidado em idosos.
III. Cuidado integral: implementar protocolos e diretrizes clínicas
nas DCNT, capacitação das equipes de atenção básica, entre outros. Fonte:
https://bvsms.saude.gov.br/bv
s/publicacoes/plano_acoes_e
nfrent_dcnt_2011.pdf
Alimentação na prevenção de diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial
sistêmica e doenças cardiovasculares
 Aborda sobre fatores de risco para as DCNT e os aspectos
relevantes para a atenção à saúde das pessoas com
doenças crônicas.

 Destacam-se as abordagens para as mudanças de


comportamento e estilo de vida, autocuidado e Práticas
Integrativas Complementares (PICs), tais como a
medicina tradicional chinesa e a fitoterapia.

* Existem publicações
específicas para diabetes
mellitus, hipertensão arterial
sistêmica e obesidade.

Fonte:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estrategias_cuidado_pessoa_doenca_cronica_cab35.pdf
Alimentação na prevenção de diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial
sistêmica e doenças cardiovasculares
 Atendimentos individualizados: aconselhamento dietético,
incentivando a motivação e autocuidado, com condutas
contextualizadas à realidade do indivíduo.

 Atendimentos em grupos: permitem a problematização,


participação ativa do educando, trocas de experiências e
maior reflexão acerca dos obstáculos e facilitadores para a
Fonte: https://amoremnutrir.com.br/os- alimentação saudável.
beneficios-do-atendimento-humanizado-na-
nutricao/

Fonte:
https://amoremnutrir.co
m.br/como-montar-
grupo-de-
emagrecimento-em-8-
passos//
Alimentação na prevenção de diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial
sistêmica e doenças cardiovasculares
 Objetivos da Atender às necessidades nutricionais
intervenção nutricional Promover redução de peso corporal nos casos de
para doenças crônicas sobrepeso e obesidade
não transmissíveis. Melhorar o controle glicêmico
Melhorar o perfil lipídico
Manter a pressão arterial em níveis adequados
Manter o prazer da alimentação
Prevenir e/ou retardar os agravos
Melhorar a saúde e o bem-estar geral
Fonte: Brasil (2014).

Monitoramento das medidas antropométricas:

Peso e altura (Índice de Massa Corpórea – IMC)


Circunferência abdominal
Fonte: Brasil (2014).
Alimentação na prevenção de diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial
sistêmica e doenças cardiovasculares

No controle de DCNTs, os princípios do guia alimentar para


uma alimentação saudável devem ser adotados.

Cada indivíduo apresenta


diferentes barreiras às
mudanças de comportamentos.

Metas fáceis para alguns


podem ser desafiadoras para
outros.
Fonte: https://www.fsp.usp.br/nupens/o-que-e-o-
guia-alimentar/
Interatividade

Considerando a tabela abaixo, associe cada eixo para o delineamento de diretrizes e ações
intersetoriais do Plano de ação estratégica para o enfrentamento das DCNT (2012-2022) a uma
ação correspondente:
Eixo Ação
I- Vigilância, informação,
A- Maior oferta de alimentos in natura na alimentação escolar.
avaliação e monitoramento
B- Implementar protocolo de atendimento nutricional para
II- Promoção da saúde
pacientes diabéticos atendidos na rede básica de saúde.
III- Cuidado integral C- Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional.
A correta associação das colunas é:
a) I-B; II-A; III-C.
b) I-C; II-A; III-B.
c) I-C; II-B; III-A.
d) I-A; II-B; III-C.
e) I-B; II-C; III-A.
Resposta

Considerando a tabela abaixo, associe cada eixo para o delineamento de diretrizes e ações
intersetoriais do Plano de ação estratégica para o enfrentamento das DCNT (2012-2022) a uma
ação correspondente:
Eixo Ação
I- Vigilância, informação,
A- Maior oferta de alimentos in natura na alimentação escolar.
avaliação e monitoramento
B- Implementar protocolo de atendimento nutricional para
II- Promoção da saúde
pacientes diabéticos atendidos na rede básica de saúde.
III- Cuidado integral C- Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional.
A correta associação das colunas é:
a) I-B; II-A; III-C.
b) I-C; II-A; III-B.
c) I-C; II-B; III-A.
d) I-A; II-B; III-C.
e) I-B; II-C; III-A.
Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise em


Saúde e Vigilância de Doenças não Transmissíveis. Vigitel Brasil 2018: vigilância de fatores de
risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Brasília: Ministério da Saúde,
2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica. Brasília: Ministério da
Saúde, 2014.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Política Nacional de Alimentação e Nutrição. Brasília: MS, 2012.
GOMES, D. C. K. Tendências de sobrepeso e obesidade em
adultos segundo nível de escolaridade. Brasil, 2002 a 2013.
[Dissertação]. Rio de Janeiro: Universidade Estadual do Rio de
Janeiro, 2018.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA
(IBGE). Pesquisa de orçamento familiares 2008-2009:
Antropometria e Estado Nutricional de Crianças, Adolescentes e
Adultos no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2010.
ATÉ A PRÓXIMA!

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