OBJETIVOS A Vigilância Alimentar e Nutricional SISVAN destina-se ao diagnóstico descritivo e analítico da situação alimentar e nutricional da população brasileira, contribuindo para que se conheça a natureza e a magnitude dos problemas de nutrição, identificando áreas geográficas, segmentos sociais e grupos populacionais de maior risco aos agravos nutricionais. Um outro objetivo é avaliar o estado nutricional de indivíduos para obter o diagnóstico precoce dos possíveis desvios nutricionais, seja baixo peso ou sobrepeso/obesidade, evitando as consequências decorrentes desses agravos à saúde. QUEM TEM DIREITO? O Sistema atenderá a clientela assistida pelo SUS. A população atendida é formada por indivíduos, de qualquer fase do ciclo de vida (criança, adolescente, adulto, idoso e gestante) que procurar por demanda espontânea um Estabelecimento Assistencial de Saúde - EAS ou que é assistida pelos Programas Saúde da Família - PSF e Agente Comunitário de Saúde - PACS e outros vinculados ao SUS. PRINCÍPIOS DO SISVAN o SISTEMA: uma organização com atividades padronizadas, complementares ou interdependentes e com tarefas definidas, tendo o papel de receber dados, transformá-los em informação e divulgá-las à sociedade, buscando dar respostas aos resultados encontrados por intermédio de ações de promoção à saúde, prevenção e cura de doenças. Com essas ações, o sistema possibilita a identificação de grupos de risco biologicamente vulneráveis e utiliza os resultados para o monitoramento da saúde e nutrição da população. oVIGILÂNCIA: atividades continuadas e rotineiras de observação, coleta, análise de dados e informação. o ALIMENTAR: aspectos que envolvem a produção, a comercialização e o acesso aos alimentos. o NUTRICIONAL: refere-se ao estado nutricional do indivíduo, ou seja, o resultado do acesso e ingestão dos alimentos e de sua utilização biológica. QUANDO FOI CRIADO? A Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN foi preconizada na década de 70 (século XX), baseada nas recomendações internacionais da Organização Mundial da Saúde - OMS, Organização Pan-Americana da Saúde - OPAS e da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação - FAO. As recomendações do SISVAN foram baseadas na construção de um sistema de informações para a vigilância do estado nutricional e da situação alimentar de uma determinada população, devendo ser tratado em conjunto por vários setores, como agricultura, economia e saúde. Somente na década de 90, o SISVAN assume, em nível nacional, identidade própria, habilitando-se, de início, a atuar no combate aos distúrbios nutricionais como responsabilidade do setor saúde. PROPOSTA BRASILEIRA Foi concebida em três eixos, de modo a fomentar: 1. A formulação de políticas públicas, estratégias, programas e projetos sobre alimentação e nutrição; 2. O planejamento, o acompanhamento e a avaliação de programas sociais nas áreas alimentar e nutricional; 3. A operacionalização e o ganho de eficácia das ações de governo. FONTES DE DADOS UTILIZADOS A principal fonte de dados das ações de Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN será os dados coletados pelos Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS). Entretanto, outras fontes de dados podem ser utilizadas pelos profissionais, tais como: o Estudos e pesquisas populacionais; o Programas: Programa Agente Comunitário de Saúde (PACS) e Programa Saúde da Família (PSF); o Creches, escolas e outras entidades pertinentes; o Outros bancos de dados do SUS, por exemplo, Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), Sistema de Informação sobre Nascidos-Vivos (SINASC), Sistema de Atenção Básica (SIAB), entre outros. QUAL É A ATITUDE DO SISVAN? É ter um olhar diferenciado para o indivíduo, para cada grupo e para cada fase da vida. Valorizar o estado nutricional do indivíduo e da coletividade, bem como o registro adequado dos dados em planilhas, é ratificar a importância da nutrição como coadjuvante das ações básicas de saúde. É importante, por fim, destacar que a informação deve estar voltada para a ação. O esperado é que essas informações e ações contribuam efetivamente para o controle dos problemas de saúde identificados e para a prevenção e a promoção da saúde e nutrição da população.