Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Ações, políticas, programas e estratégias para a garantia dos princípios do Sistema Único de Saúde
(SUS) a grupos em situações de vulnerabilidade social, seus desafios e dilemas visando ao direito à
saúde dessas populações.
PROPÓSITO
Compreender a importância da atenção integral à saúde aos grupos vulneráveis proporcionará um olhar
ampliado para as ações de promoção da saúde no âmbito individual e coletivo. O respeito e a atenção
às pluralidades da sociedade contribuirão para uma formação mais humana e abrangente.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
INTRODUÇÃO
A Atenção Primária à Saúde está relacionada à adoção de práticas cuidadoras, articulando com as
diretrizes, programas e políticas elaboradas pelo Ministério da Saúde, em atenção à promoção, proteção
e assistência à saúde, a fim de garantir a integralidade do cuidado e respeitando as peculiaridades da
população (MOROSONI et al., 2018).
Programas e políticas voltados a grupos vulneráveis são caracterizados como estratégias importantes
que visam assegurar os direitos humanos e universalizar o acesso aos serviços aos grupos vulneráveis
(SIQUEIRA et al., 2017). Conforme Machado (2018), essa prática se dá mediante a concretização do
Sistema Único de Saúde (SUS), que tem os seus princípios pautados na universalidade, equidade e
integralidade, assegurando que todos os brasileiros tivessem o direito à saúde de qualidade durante
todas as fases de sua vida.
Segundo Siqueira e outros colaboradores (2017), a Atenção Primária à Saúde, por ser a principal porta
de entrada no SUS, precisa ser um espaço de fomento à implementação de políticas e ações
intersetoriais de promoção da equidade em saúde, acolhendo e articulando as demandas de grupos em
situação de iniquidade no acesso e na assistência à saúde.
MÓDULO 1
Segundo Bortolin e outros colaboradores (2020), as ações de promoção da saúde vão além da
assistência baseada em patologias e em seus respectivos tratamentos. Programas, políticas e diretrizes
do SUS voltadas à promoção, prevenção e vigilância da saúde são direcionados ao cuidado integral da
saúde da população, abarcando todo o seu processo de crescimento e desenvolvimento, além da
garantia dos direitos à cidadania, considerando os aspectos epidemiológicos, sociais e culturais.
SAIBA MAIS
ATENÇÃO
Dentre as diretrizes determinadas pela PNAN capazes de modificar os determinantes de saúde e promover a
saúde da população, as ações de prevenção de carências nutricionais por meio da suplementação de
micronutrientes visam melhorar as condições de alimentação, nutrição e saúde. A garantia da segurança
alimentar e nutricional da população brasileira está contemplada na diretriz que trata a gestão de ações de
alimentação e nutrição (BRASIL, 2013).
De acordo com a PNAN, as ações de prevenção das carências nutricionais específicas, por meio da
suplementação de micronutrientes (ferro, vitamina A, dentre outros), serão de responsabilidade dos
serviços de Atenção Básica, em acordo com o disposto nas normas técnicas dos programas de
suplementação. As unidades hospitalares-maternidades devem colaborar na implementação dos
programas de suplementação de micronutrientes, em especial, na suplementação de vitamina A para
puérperas no pós-parto (BRASIL, 2013).
VOCÊ SABIA
Em 2011, a PNAN passou por uma atualização e manteve o destaque ao enfrentamento das carências
nutricionais específicas do Brasil. Nesse sentido, a atenção nutricional no âmbito do SUS deverá dar
respostas às demandas e necessidades de saúde do seu território, considerando as de maior frequência e
relevância e observando critérios de risco e vulnerabilidade.
A PNAN destaca que, diante do atual quadro epidemiológico do país, são prioritárias as ações
preventivas e de tratamento da obesidade, da desnutrição, das carências nutricionais específicas e de
doenças crônicas não transmissíveis relacionadas à alimentação e à nutrição (BRASIL, 2013). A partir
de então, o Ministério da Saúde regulamenta os Programas Nacionais de Suplementação no Brasil, com
vistas à promoção e à prevenção da saúde da população, e elabora portarias, normas e manuais
técnicos nesse sentido. Abaixo, estão destacados os programas e as estratégias vigentes, objetivando o
controle das deficiências de micronutrientes no Brasil.
Em 2005, foi publicada a Portaria nº 729, de 13 de maio, que definiu as diretrizes do Programa de
Suplementação de Vitamina A e as responsabilidades dos três níveis de governo. Esse programa tem
por objetivo reduzir e controlar a deficiência nutricional de vitamina A em crianças de 6 a 59 meses de
idade a partir da suplementação de megadoses da vitamina. O programa orienta a administração de
uma dose única de 100.000UI de vitamina A para crianças de seis a 11 meses e o dobro da dose, em
esquema semestral para crianças de 12 a 59 meses. A distribuição é feita associada às campanhas de
vacinação, na rotina das unidades básicas ou ainda por visitas domiciliares feitas pelos agentes
comunitários de saúde (ACS).
Conforme relatam os autores Silva e Jaime (2019), no início do funcionamento, o programa também
atendia às puérperas (mulheres no pós-parto imediato, antes da alta hospitalar), residentes em regiões
consideradas de risco. Porém, a partir da recomendação da Organização Mundial da Saúde, que afirma
não existir fortes evidências para a suplementação de vitamina A para esse grupo como medida de
saúde pública para a prevenção da morbimortalidade materna e infantil, essa estratégia foi interrompida
em 2016, permanecendo apenas a suplementação das crianças de 6 a 59 meses.
O Programa Nacional de Suplementação de Ferro foi instituído a partir da Portaria nº 730, de 13 de maio
de 2005, destinado a prevenir a anemia ferropriva (deficiência de ferro) a partir da suplementação
universal de crianças de 6 a 18 meses de idade, gestantes a partir da 20ª semana gestacional e
mulheres até o 3º mês pós-parto e/ou pós-aborto. A compra dos suplementos era realizada de forma
centralizada, ou seja, a aquisição era realizada pela esfera federal e depois distribuída aos municípios.
O produto utilizado para o público infantil, xarope de sulfato ferroso, deveria ser oferecido às crianças
semanalmente (SILVA; JAIME, 2019).
SAIBA MAIS
A portaria ainda determina que todas as condutas deverão seguir o Manual de Condutas Gerais do Programa
Nacional de Suplementação de Ferro, elaborado pelo Ministério da Saúde. Esse manual determina que os
suplementos de ferro e ácido fólico deverão estar em todas as farmácias das UBS’s, em todo território
nacional, e ser distribuído de maneira gratuita (BRASIL, 2013).
Além desses programas, o Ministério da Saúde apresenta estratégias complementares para o combate
às carências de micronutrientes em consonância com as recomendações internacionais. A fortificação
mandatória de alimentos é uma estratégia nesse sentido, sendo classificada em dois tipos: fortificação
do sal com iodo e a fortificação das farinhas de trigo e milho com ferro e ácido fólico (SILVA; JAIME,
2019).
Essa estratégia é a mais antiga na prevenção das carências de micronutrientes no Brasil. Desde a
década de 50, é obrigatória a iodação do sal para consumo humano em virtude dos casos de bócio em
dadas regiões do país. O bócio é uma doença caracterizada pelo baixo consumo de iodo, tendo atingido
cerca de 20% da população no ano de 1955 (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2021). Desde então, o governo
vem elaborando e atualizando as orientações relacionadas à iodação do sal no Brasil. Em 2005, a partir
da Portaria nº 2.362, de 1º de dezembro de 2005, foi instituído o Programa Nacional para Prevenção e
Controle dos Distúrbios por Deficiência de Iodo — pró-iodo, coordenado pelo Ministério da Saúde, com o
objetivo de fortalecer e aperfeiçoar as ações de monitoramento e controle dos distúrbios por deficiência
de iodo.
III - Atualização dos parâmetros legais dos teores de iodo do sal destinado ao consumo humano
A partir das ações de monitoramento periódicos, realizar atualizações nos parâmetros legais dos teores
de iodo no sal.
ATENÇÃO
Em busca de fortalecer as ações do programa, o governo elaborou um manual com o objetivo de orientar os
profissionais de saúde e de outros setores para a adequada operacionalização e acompanhamento das
ações destinadas à prevenção e ao controle dos distúrbios por deficiência de iodo no Brasil (BRASIL, 2008).
A partir das ações de monitoramento, identificou-se a necessidade de uma nova orientação sobre a
dosagem de iodação no sal. A RDC nº 23, de 24 de abril de 2013, que dispõe sobre o teor de iodo no sal
destinado ao consumo humano, determina que a faixa de iodação seja de 15 a 45mg de iodo por kg de
sal. Essa resolução está vigente e regulamenta as ações do Programa Nacional para Prevenção e
Controle dos Distúrbios por Deficiência de Iodo — pró-iodo.
ATENÇÃO
Essa regulamentação também determinou que é obrigatória a informação que esclarece ao consumidor o
objetivo da fortificação e a faixa de enriquecimento nos rótulos dos alimentos. Ainda, de acordo com a RDC,
não é obrigatório o enriquecimento das farinhas fabricadas pelos agricultores familiares e
microempreendedores rurais, solidários e individuais, tendo em vista a estrutura física e operacional nessas
fabricações (SILVA; JAIME, 2019).
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 2
ESTRATÉGIA DE FORTIFICAÇÃO DA
ALIMENTAÇÃO INFANTIL COM
MICRONUTRIENTES EM PÓ – NUTRISUS
De acordo com Silva e outros autores (2020), a promoção da atenção integral à saúde da criança
representa um campo prioritário dentre os cuidados à saúde da população. A partir da estruturação do
Sistema Único de Saúde (SUS) e da consolidação da Atenção Primária à Saúde (APS), ocorreu a
ampliação das ações de cuidado para esse grupo da população, impactando positivamente na saúde
das crianças brasileiras.
No Brasil, a partir da orientação da OMS, o Ministério da Saúde, com base em estudos nacionais e
evidências internacionais, lançou em 2015 a estratégia de fortificação da alimentação infantil com
micronutrientes em pó – NutriSUS, objetivando o cuidado integral à saúde da criança.
SAIBA MAIS
O NutriSUS visa e consiste na adição de uma mistura de vitaminas e minerais em pó em uma das refeições
oferecidas para as crianças diariamente nas creches brasileiras. Os micronutrientes em pó são embalados
individualmente em forma de sachês (1g) e deverão ser acrescentados e misturados às preparações
alimentares, obrigatoriamente, no momento que a criança for se alimentar (BRASIL, 2015).
Composição Dose
Vitamina A RE 400μg
Vitamina D 5μg
Vitamina E TE 5mg
Vitamina C 30mg
Vitamina B1 0,5mg
Vitamina B2 0,5mg
Vitamina B6 0,5mg
Niacina 6mg
Zinco 4,1mg
Cobre 0,56mg
Selênio 17μg
Iodo 90μg
Os sachês são adquiridos de forma centralizada pelo Ministério da Saúde e encaminhados diretamente
aos municípios, embalados em caixa de papel, contendo 30 envelopes de sachê em cada caixa. Cabe
às equipes da Atenção Básica vinculadas às creches realizar a distribuição gradual, conforme a
demanda de uso nas creches partícipes da ação (BRASIL, 2015).
Em busca de bons resultados, o Ministério da Saúde recomenda que a administração dos sachês ocorra
da seguinte forma:
Administração de um sachê por dia (de segunda a sexta feira) em uma das refeições da criança (até
finalizar o ciclo de 60 sachês).
Pausa na administração durante um período de três a quatro meses.
Administração de um sachê por dia (de segunda a sexta feira) em uma das refeições da criança (até
finalizar o ciclo de 60 sachês).
É fundamental que a ação seja adaptada ao calendário escolar da creche, para que não haja
interrupção. Essa estratégia vem sendo implantada em 1.044 municípios brasileiros, contemplando
6.338 creches, 304.606 crianças e 20 distritos sanitários especiais indígenas (DSEI) com 4.290 crianças
indígenas. Dessa forma, mostra-se bastante relevante no sentido de reforçar o conjunto de ações
existentes na prevenção e controle da anemia e das deficiências de micronutrientes na infância (SILVA;
JAIME, 2019).
O estímulo ao aleitamento materno é uma proposta discutida mundialmente desde a década de 1980.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef)
recomendaram a criação de normas éticas para a comercialização de substitutos do leite materno. Isso
resultou na aprovação do Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno pela
Assembleia Mundial de Saúde em 1981 (BRASIL, 2017).
Por conseguinte, em 1989, foi lançado também pela OMS e pela Unicef a Declaração Conjunta sobre o
Papel dos Serviços de Saúde e Maternidades, definindo assim os “Dez Passos para o Sucesso do
Aleitamento Materno”, reforçando a relevância das ações de incentivo ao aleitamento materno (BRASIL,
2017).
Em atenção ao cumprimento dos “Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno” e buscando a
promoção das ações de incentivo à amamentação, no Brasil, foi lançada a Iniciativa Hospital Amigo da
Criança (IHAC), em 1991, com o objetivo de resgatar o direito da mulher de amamentar, tendo em vista
as mudanças nas rotinas das maternidades (BRASIL, 2017).
Para que o hospital tenha o título de “Amigo da Criança”, ele deve cumprir os “Dez Passos para o
Sucesso da Amamentação”, as normas da NBCAL, o Cuidado Amigo da Mulher, os critérios brasileiros
que visam à permanência da mãe ou pai junto ao recém-nascido 24 horas por dia e livre acesso a
ambos ou, na falta destes, ao responsável legal, além de não aceitar doação de substitutos do leite
materno (VENÂNCIO, 2019). Abaixo, seguem os “Dez Passos para o Sucesso da Amamentação”:
1º passo: Ter uma política de aleitamento materno que seja rotineiramente transmitida a toda
equipe de cuidados de saúde.
2º passo: Capacitar toda a equipe de cuidados de saúde nas práticas necessárias para
implementar essa política.
4º passo: Ajudar as mães a iniciar o aleitamento materno na primeira meia hora após o
nascimento, conforme nova interpretação. Além disso, colocar os bebês em contato pele a pele
com suas mães, imediatamente após o parto, por pelo menos uma hora, e orientar a mãe a
identificar se o bebê mostra sinais de que está querendo ser amamentado, oferecendo ajuda, se
necessário.
5º passo: Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se vierem a ser
separadas dos filhos.
6º passo: Não oferecer a recém-nascidos bebida ou alimento que não seja o leite materno, a não
ser que haja indicação médica e/ou de nutricionista.
Tendo em vista as normas éticas para a comercialização de substitutos do leite materno recomendadas
pela OMS e pela Unicef no Brasil em 1992, visando à melhora dos aspectos de rotulagem desses
produtos, instruiu-se a Norma Brasileira para Comercialização de Alimentos para Lactentes (NBCAL).
Essa norma é um instrumento legal para regular a promoção comercial e o uso apropriado dos alimentos
que estão à venda como substitutos ou complementos do leite materno, bem como de bicos, chupetas e
mamadeiras (BRASIL, 2017).
No ano 2000, o Ministério da Saúde constituiu um grupo de trabalho para a revisão da NBCAL, com a
participação de técnicos do Ministério da Saúde, Anvisa, Ministério da Agricultura, Ministério Público,
Assessoria Parlamentar do Senado Federal, Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar
(Rede IBFAN), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Organização Pan-Americana da
Saúde (OPAS), Sociedade Brasileira de Pediatria, Conselho Nacional de Autorregulação Publicitária
(CONAR), Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), representantes de
indústrias de alimentos infantis e de chupetas e mamadeiras e alguns consultores do programa de
aleitamento materno. Esse grupo elaborou um material que tinha como objetivo regulamentar a
rotulagem e a promoção de produtos direcionados para as crianças.
A Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil resultou da integração das ações da Rede Amamenta Brasil e
da Estratégia Nacional de Promoção da Alimentação Complementar Saudável (Enpacs), lançadas em
2008 e 2009, respectivamente (BRASIL, 2017).
Em 2015, o Ministério da Saúde, por meio da Portaria nº 1.130, de 5 de agosto de 2015, instituiu a
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) no âmbito do Sistema Único de
Saúde (SUS), com objetivo de promover e proteger a saúde da criança e o aleitamento materno,
mediante atenção e cuidados integrados da gestação aos 9 anos de vida, com especial atenção à
primeira infância e às populações de maior vulnerabilidade. Tudo isso visando à redução da
morbimortalidade e um ambiente facilitador à vida, com condições dignas de existência e pleno
desenvolvimento.
Para além dos programas e políticas vigentes no Brasil, o Ministério da Saúde elabora diversos
materiais educativos visando intensificar as ações de promoção da amamentação e da alimentação
saudável para a população brasileira. Abaixo, seguem alguns dos materiais importantes nesse sentido:
Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos (2019)
Todas essas normas, políticas, programas e materiais educativos citados no texto buscam a atenção
integral à saúde desde o início da vida visando à promoção do aleitamento materno e da alimentação
saudável no Brasil. Além disso, essas ações do governo contribuem positivamente para a redução da
mortalidade infantil de acordo com as orientações da OMS e da Unicef (VENÂNCIO, 2019).
SAIBA MAIS
Além dessa estratégia, a PNAN orienta a utilização de um sistema de organização da informação para
vigilância do estado nutricional e da situação alimentar da população brasileira, propondo o monitoramento
da situação, de modo a agilizar os seus procedimentos e a estender sua cobertura a todo o país.
O SISVAN, operado a partir da Atenção Básica à Saúde, tem como objetivo principal monitorar o padrão
alimentar e o estado nutricional dos indivíduos atendidos pelo SUS, em todas as fases do curso da vida
(BRASIL, 2013). Esse sistema é um orientador para a realização de ações em atenção às necessidades,
tendo em vista as situações de saúde da população brasileira e identificando possíveis determinantes e
condicionantes da situação alimentar e nutricional da população. A partir de então, com o objetivo de
regulamentar essas ações intersetoriais, o Decreto nº 8.553, de 3 de novembro de 2015, instituiu o
Pacto Nacional para Alimentação Saudável. Esse decreto tem a finalidade de ampliar as condições de
oferta, a disponibilidade e o consumo de alimentos saudáveis e o combate ao sobrepeso, à obesidade e
às doenças decorrentes da má alimentação da população brasileira, assegurando a assistência integral
ao usuário com excesso de peso e obesidade.
Os autores Rauber e Jaime (2019) ratificam que as ações da AB nesse sentido incluem:
Assistência multiprofissional aos usuários que realizam procedimento cirúrgico para o tratamento
da obesidade
Tendo em vista essas ações, diversos materiais foram elaborados visando apoiar e nortear a
implementação da linha de cuidado e prevenção das pessoas com sobrepeso e obesidade na Atenção
Básica. Destacamos aqui dois materiais de grande importância:
Caderno de Atenção Básica nº 38 - Estratégias para cuidado da pessoa com doença crônica
obesidade, publicado em 2014.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como vimos, diversas são as estratégias, as políticas e os programas direcionados à população
vulnerável na atenção primária à saúde. As ações nesse sentido são amplas e diversas, e exigem a
participação do governo e da sociedade de maneira conjunta.
Todo esse conteúdo abordado será de grande relevância para a sua formação enquanto profissional da
saúde e cidadão brasileiro.
PODCAST
Agora, a especialista Lorhane Carvalho encerra com um resumo sobre o tema.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. ANVISA. Resolução nº 150 de 13 de abril de
2017. Dispõe sobre o enriquecimento das farinhas de trigo e de milho com ferro e ácido fólico.
Consultado na internet em: 12 mar. 2021.
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. ANVISA. Resolução nº 23, de 24 de abril de 2013.
Dispõe sobre o teor de iodo no sal destinado ao consumo humano e dá outras providências. Consultado
na internet em: 12 mar. 2021.
BORTOLINI, G. A.; OLIVEIRA, T. F. V.; SILVA, S. A.; SANTIN, R. C.; MEDEIROS, O. L.; ANA, M. S.;
PIRES, A. C. L.; ALVES, M. F. M.; FALLER, L. A. Ações de alimentação e nutrição na atenção
primária à saúde no Brasil. Rev Panam Salud Publica, v. 44, 2020.
BRASIL. Atos do Poder Executivo. Decreto nº 8.553, de 3 de novembro de 2015. Brasília, 2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 729, de 13 de maio de 2005. Brasília,
2005.
BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 730, de 13 de maio de 2005. Brasília,
2005.
BRASIL. Ministério da saúde. Manual Técnico e Operacional do Pró-Iodo: Programa Nacional para a
Prevenção e Controle dos Distúrbios por Deficiência de Iodo. Departamento de Atenção Básica. Brasília,
2008.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portal da Secretaria de Atenção Primária a Saúde. Prevenção e Controle
de Agravos Nutricionais, 2021. Acesso em: 12 mar. 2021.
BRASIL. Ministério da saúde. Programa de Combate às Carências Nutricionais – PCCN. Secretaria
Executiva. Brasília, 2001.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Bases para a discussão da Política
Nacional de Promoção, Proteção e Apoio ao Aleitamento Materno. Departamento de Ações
Programáticas Estratégicas. Brasília, 2017.
MOROSONI, M. V. G. C.; FONSECA, A. F.; LIMA, L. D. Política Nacional de Atenção Básica 2017:
retrocessos e riscos para o Sistema Único de Saúde. Saúde Debate, v. 42, 2018.
VIGITEL. Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito
Telefônico. Ministério da Saúde. Brasília, 2019.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. WHO. Food and Agricultural Organization of the United Nations.
Guidelines on food fortification with micronutrients. Geneva, 2006.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. WHO. Guideline: Use of multiple micronutrient powders for home
fortification of foods consumed by infants and children 6–23 months of age. Geneva, 2011.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos explorados neste conteúdo:
Busque os protocolos de uso do Guia Alimentar para a População Brasileira e do Guia Alimentar
para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos.
Veja como Raquel Canuto e colaboradores sintetizam a eficácia das estratégias de intervenção
nutricional no artigo Estratégias de intervenção nutricional para o manejo do sobrepeso e
obesidade na atenção primária à saúde: uma revisão sistemática com meta-análise.
Busque cursos sobre os assuntos abordados neste material na Rede de Alimentação e Nutrição do
Sistema Único de Saúde.
Observe a análise que Regina Bodstein e Rosana Magalhães trazem sobre os desafios e
aprendizados das políticas do SUS no artigo Avaliação de iniciativas e programas intersetoriais em
saúde: desafios e aprendizados.
CONTEUDISTA
Wanessa Natividade Marinho
CURRÍCULO LATTES