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NUTRIÇÃO
Tomo 10
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NUTRIÇÃO
TOMO 10
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Questão 1
Questão 1.1
O Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas não
Transmissíveis (DCNT) no Brasil, 2011 a 2020, visa a preparar o país para enfrentar e deter
as DCNT, pois elas constituem problema de saúde pública. As ações do plano vêm
resultando em melhora de parâmetros, exceto na contenção da obesidade, o que reforça a
importância da manutenção do monitoramento do plano.
Com base na leitura do texto acima e considerando as ações governamentais brasileiras
para a promoção da saúde, avalie as afirmativas a seguir.
I. O Programa da Academia da Saúde visa a promover práticas corporais e atividades
físicas, alimentação saudável, modos saudáveis de vida, produção do cuidado, entre
outros, por meio de ações culturalmente adaptadas aos locais em que está inserido.
II. O Guia Alimentar para a Elaboração de Refeições Saudáveis em Eventos define
recomendações gerais sobre a oferta, a composição de cardápio e a organização de
serviços de alimentação no contexto dos eventos e reuniões promovidos por instituições
públicas e privadas, garantindo a oferta de uma alimentação adequada e saudável.
III. A publicação do Ministério da Saúde sobre os alimentos regionais brasileiros estimula a
valorização da cultura alimentar brasileira e favorece o conhecimento, pela população, de
vários alimentos, o que promove o desenvolvimento e a troca de habilidades culinárias.
É correto o que se afirma em
A. I, apenas. B. II, apenas. C. I e III, apenas. D. II e III, apenas. E. I, II e III.
1. Introdução teórica
1.1. Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas não
Transmissíveis (DCNT)
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O Programa Academia da Saúde está inserido nas ações pretendidas pelo Plano de
Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT)
2011-2020 na área de atividade física (BRASIL, 2011), como mostram os itens a seguir.
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Além dos alimentos por região – receitas culinárias, dicas de como cozinhar
com mais saúde e uma lista de possíveis substituições para as preparações
desenvolvidas, ressaltando nossa diversidade cultural. O resgate, o
reconhecimento e a incorporação desses alimentos no cotidiano das práticas
alimentares representam importante iniciativa de melhoria do padrão
alimentar e nutricional, contribuindo para a garantia do direito humano à
alimentação adequada e saudável e da segurança alimentar e nutricional da
população brasileira.
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Álcool
Articular e promover subsídios técnico-científicos e políticos para iniciativas de
regulação que visem aplicar proibições ou restrições abrangentes à
publicidade, ao patrocínio e à promoção comercial de bebidas alcoólicas. Apoiar
projetos de lei que visem à alteração da Lei Nº 9.294/1996 para vedar a
propaganda comercial de bebidas alcoólicas nos meios de comunicação social.
Apoiar medidas regulatória e fiscais para reduzir o consumo de bebidas
alcoólicas e que permitem informar, por meio do rótulo, os prejuízos
relacionados ao consumo. Articular com o Ministério da Justiça e Segurança
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I – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. O Programa Academia da Saúde tem o intuito de promover a expansão da
prática de atividade física. Para isso, prevê a construção de espaços públicos saudáveis de
promoção à saúde, que estimulem a prática de atividade física, o lazer e os modos de vida
saudáveis articulados com a Atenção Básica em Saúde.
Esse programa tem como objetivos (BRASIL, 2011):
II – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. O Guia para a Elaboração de Refeições Saudáveis em Eventos incentiva a
melhor qualidade de opções alimentares a serem oferecidas em eventos nos quais
habitualmente são servidas preparações com alto teor de gordura, sal ou açúcar. Para isso,
o guia sugere os tipos de preparações que deverão ser evitados e os que deverão ser
recomendados, além de opções para os indivíduos que têm restrições alimentares, prevendo
opções isentas de produtos animais, glúten, leite e derivados.
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Alternativa correta: E.
3. Indicações bibliográficas
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em <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/ prt0719_07_04_2011.html>.
Acesso em 03 jun.2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis. Plano de Ações
Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas e Agravos não Transmissíveis
no Brasil 2021-2030 [recurso eletrônico]. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em
Saúde, Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis.
Brasília: Ministério da Saúde, 2021. 118 p. Disponível em
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/plano_enfrentamento_doencas_cronicas_
agravos_2021_2030.pdf ISBN 978-65-5993-109->. Acesso em 30 jun. 2022.
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Questões 2
Questão 2.2
O Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), criado em 1976, tem como objetivo
central melhorar as condições nutricionais dos trabalhadores, com repercussões positivas na
qualidade de vida, na redução de acidentes de trabalho e no aumento da produtividade por
meio da alimentação adequada.
Considerando o PAT e as alterações promovidas em seus parâmetros pela Portaria
Interministerial N° 66/2006, assinale a opção correta.
A. As refeições principais (almoço, jantar e ceia) deverão conter de 600 a 800 calorias,
admitindo-se acréscimo de 20% em relação ao Valor Energético Total de 2.000 calorias
por dia.
B. As Unidades de Alimentação e Nutrição cadastradas no PAT deverão promover educação
alimentar e nutricional, além de disponibilizar, caso seja solicitada pelo cliente, sugestão
de cardápio saudável aos trabalhadores.
C. Os cardápios deverão oferecer, pelo menos, duas porções de frutas e duas porções de
legumes e verduras nas refeições principais (almoço, jantar e ceia) e, pelo menos, uma
porção de frutas nas refeições menores (desjejum e lanche).
D. Para a execução do PAT, as empresas fornecedoras e prestadoras de serviços de
alimentação coletiva deverão ter um responsável técnico, com formação na área de
alimentos, visando à promoção da saúde do trabalhador.
E. As Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN) cadastradas no PAT deverão fornecer aos
trabalhadores com doenças relacionadas à alimentação e à nutrição, devidamente
diagnosticadas, refeições adequadas para tratamento de suas enfermidades, sem a
necessidade de avaliação nutricional desses trabalhadores.
1. Introdução teórica
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O PAT também estabelece critérios para as refeições (BRASIL, 2006), como mostrado
a seguir e no quadro 2.
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A – Alternativa correta.
JUSTIFICATIVA. De acordo com Portaria Interministerial N° 66, de 2006 (BRASIL, 2006), as
refeições, como o almoço, o jantar e a ceia, devem fornecer de 600 a 800 calorias, podendo
ocorrer acréscimo de 20% em relação ao Valor Energético Total (VET) de 2000 calorias por
dia.
B – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. Os estabelecimentos vinculados ao PAT devem promover educação
nutricional. O cardápio, elaborado pelo nutricionista de acordo com a legislação vigente,
deve estar disponibilizado aos clientes em local visível.
C – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. Os cardápios devem conter, pelo menos, uma porção de frutas e uma
porção de legumes ou verduras nas refeições principais (almoço, jantar e ceia) e pelo menos
uma porção de frutas nas refeições de desjejum e lanche.
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D – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. É necessário um responsável técnico para a execução do PAT, tanto para
empresas fornecedoras e prestadoras de serviços de alimentação coletiva quanto para
pessoas jurídicas beneficiárias na modalidade autogestão.
E – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. As UAN cadastradas no PAT devem disponibilizar aos trabalhadores
portadores de doenças relacionadas à alimentação e à nutrição, devidamente
diagnosticadas, refeições adequadas e amoldadas ao programa. Porém, diferindo da
informação da alternativa, deve-se periodicamente avaliar nutricionalmente os
trabalhadores.
3. Indicações bibliográficas
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Questão 3
Questão 3.3
O nutricionista que atua em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) recebeu um
encaminhamento médico para realizar o atendimento nutricional de uma gestante diabética.
Considerando alguns aspectos clínicos e nutricionais do diabetes melito (DM) na gestação e
o planejamento alimentar da paciente, assinale a opção correta.
A. O plano alimentar da gestante deve ser individualizado e permitir o seu ganho de peso
de acordo com o crescimento fetal.
B. Durante a gestação desta paciente, os adoçantes artificiais não nutritivos, como sacarina,
acessulfame-K e sucralose, não devem ser utilizados.
C. A ingestão adequada de nutrientes antioxidantes pela gestante, tais como vitamina C,
vitamina E, selênio e carotenoides, contribui para atenuar o estresse oxidativo que ocorre
no DM.
D. Na dieta da gestante, a quantidade recomendada de carboidratos deve ser < 40% do
Valor Energético Total.
E. O fracionamento da dieta da gestante deve ser feito, ao longo do dia, em três refeições e
ela deve evitar as refeições intermediárias, para não favorecer episódios de
hiperglicemia.
1. Introdução teórica
1.1. Diabetes
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Diabetes tipo 2 (DM tipo 2) – ocorre quando o organismo não produz insulina em
quantidades suficientes para o controle da glicemia, ou não tem a capacidade de usar
adequadamente a insulina produzida.
Pré-diabetes – é um termo utilizado quando os níveis de glicose no sangue estão acima
dos valores recomendados, mas ainda não são suficientes para o diagnóstico de Diabetes
tipo 2.
Diabetes gestacional – é determinada pelo aumento dos níveis de glicose no sangue em
decorrência de mudanças no equilíbrio hormonal da gestante. Sabe-se que a placenta
apresenta alta concentração de hormônios que diminuem a ação da insulina, e para
compensar, na gravidez, há aumento na produção dela. Contudo, em algumas grávidas,
esse processo não é verificado, causando o quadro de diabetes mellitus gestacional
(DMG).
A ocorrência de DM na gestação, tanto pré-gestacional quanto DGM, está associada a
elevado índice de morbimortalidade materna e fetal (ABI-ABIB et al., 2014).
Segundo Vitolo (2008), a prescrição de dieta para a gestante com diabetes deve
considerar diversos aspectos, como o peso pré-gravídico, o tipo de doença, o tipo e o uso de
insulina e o período gestacional, ou seja, os dados da terapia individualizada, além dos
resultados de exames e da condição clínica da paciente. A distribuição dos macronutrientes
da dieta depende dos fatores de controle metabólico, como a glicemia, a glicosúria e a
cetonúria. Também devem ser avaliados os riscos de doenças decorrentes do diabetes.
Caracteriza-se a diabetes mellitus gestacional (DMG) quando ela surge pela primeira
vez durante a gestação, podendo se estender após o parto. Existem vários fatores
correlacionados para a sua persistência ou não. Na primeira consulta de pré-natal, deve ser
solicitada glicemia em jejum. Se a glicemia plasmática em jejum for ≥92mg/dL e
<126mg/dL, a gestante é diagnosticada com DMG. O resultado deve ser confirmado com
uma segunda dosagem de glicemia em jejum para garantir a eficácia (SBD, 2017).
A DMG é o distúrbio metabólico mais comum na gestação, exigindo correta orientação
e acompanhamento da gestante e do feto para evitar agravos à saúde (PADILHA et al.,
2010). É primordial o controle glicêmico materno, pois ele reduz a morbimortalidade
materno-fetal; para isso, o ideal é manter as concentrações de glicose semelhantes às de
gestações sem DMG (NIÑO et al., 2019).
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energética proveniente da gordura deve ser um pouco menor, de 20% a 35% das calorias
(SBD, 2017).
Para as gestantes obesas, recomenda-se leve restrição calórica, com total de
25kcal/kg de peso atual por dia. A orientação para gestantes com peso normal deve ser a
ingestão de um total calórico diário em torno de 30kcal/kg de peso e, para grávida de baixo
peso, 35kcal/kg (MUNIZ, 2013).
A vitamina A é essencial ao crescimento e ao desenvolvimento fetal. A vitamina E tem
ação antioxidante. A deficiência de ácido fólico relaciona-se a defeitos do tubo neural. O
ferro tem sua necessidade aumentada devido ao maior aporte de suprimento sanguíneo. O
zinco é fundamental para a síntese e a degradação dos macronutrientes, além de ser
importante ao sistema imunológico, ter função antioxidante e atuar no desenvolvimento e
no crescimento do organismo humano. O magnésio tem papel na regulação da secreção e
na ação da insulina, participando de vários processos metabólicos. As necessidades de
vitamina D e de cálcio estão aumentadas pela necessidade de reserva materna para a
lactação e a mineralização óssea do feto (GUIMARÃES e SILVA, 2003; PITAS et al., 2007).
Os adoçantes artificiais devem ser consumidos apenas quando necessários e com
moderação, respeitando os limites diários determinados pela OMS (ADA, 2008).
Em relação ao consumo alimentar, os carboidratos com baixo índice glicêmico devem
ser encorajados, como massas e pães integrais e cereais com alto teor de fibras. Uma
alimentação que apresenta muitos alimentos com baixo índice glicêmico revela diminuição
da necessidade de indicação do uso de insulina. Dietas muito restritivas (<1.500kcal/dia)
não são recomendadas, pois podem induzir cetonemia (BARRETO, 2017).
Geralmente, a atividade física no período da gestação é benéfica. Quando o exercício
físico é associado ao controle alimentar, evidenciam-se diminuição da necessidade de uso de
insulina e maior tempo de controle glicêmico. Durante a atividade física, o consumo
muscular de glicose é responsável por retirar 75% da glicose sanguínea. No entanto, os
exercícios físicos só podem ser recomendados em casos que não haja contraindicações
obstétricas (BARRETO, 2017). No pré e pós-exercício, são imprescindíveis o
automonitoramento da glicemia e da cetonúria e a adequação da dieta, considerando a
possibilidade das ocorrências de hiper ou hipoglicemia e de cetonúria, relacionadas à prática
de atividade física (MUNIZ, 2013).
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A – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. As orientações nutricionais para as gestantes devem ser individualizadas e
considerar as necessidades nutricionais, o índice de massa corporal (IMC) e a frequência e a
intensidade de exercícios físicos. As orientações devem também levar em conta o padrão de
crescimento fetal e o ganho ponderal recomendado durante o período gestacional, atingindo
e/ou mantendo o controle metabólico apropriado.
B – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. Os adoçantes artificiais podem ser utilizados, mas de forma moderada. Nas
Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018, estão os limites diários
recomendados pela OMS e aceitos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Esses limites são (SBD, 2017):
− sacarina: 2,5 mg/kg de peso corporal;
− ciclamato: 11 mg/kg de peso;
− aspartame: 40 mg/kg de peso;
− acessulfame-k: 15 mg/kg de peso;
− esteviosideo: 5,5 mg/kg de peso;
− sucralose: 15 mg/kg de peso.
C – Alternativa correta.
JUSTIFICATIVA. Para a reserva materna e o desenvolvimento do feto, deve haver
incremento de vitaminas, principalmente antioxidantes. O estresse oxidativo pode ocorrer na
gestação devido a adaptações que conduzem ao aumento da taxa metabólica basal (MALTA
et al., 2008). Segundo as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017/2018 (SBD,
2017), temos o seguinte.
D – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. O valor calórico total da dieta varia de acordo com as características
individuais de cada gestante. A dieta prescrita deve conter:
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E – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. Para evitar episódios de hiperglicemia, hipoglicemia ou cetose, o VET deve
ser distribuído em três pequenas refeições (lanche da manhã, lanche da tarde e lanche
noturno) e três refeições maiores (desjejum, almoço e jantar). Portanto, o plano alimentar
da gestante diabética deve ser constituído de 5 a 6 refeições por dia, em horários rígidos e
intervalos regulares (MUNIZ, 2013).
Alternativa correta: C.
3. Indicações Bibliográficas
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Questões 4 e 5
Questão 4.4
A diarreia é uma das complicações mais comuns em pacientes com terapia nutricional
enteral por sonda. Sua etiologia é multifatorial e pode ou não estar relacionada à fórmula
administrada. A identificação da etiologia da diarreia é o primeiro passo para o seu
tratamento. A partir dessas informações, avalie as afirmativas a seguir.
I. A redução dos episódios de diarreia pode ser obtida com a administração de fibras,
probióticos e glutamina.
II. O uso de fórmulas oligoméricas está indicado nos casos de diarreia persistente, com
suspeita de má-absorção.
III. A oferta de fórmula enteral com imunomoduladores e ômega 3 é recomendada nos casos
de diarreia.
IV. A interrupção da nutrição enteral em pacientes com diarreia é uma conduta que deve ser
adotada até a identificação dos fatores etiológicos.
É correto apenas o que se afirma em
A. I e II. B. I e IV. C. III e IV. D. I, II e III. E. II, III e IV.
Questão 5.5
O nutricionista de uma Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional (EMTN) atendeu um
homem com 70 anos de idade, portador de neoplasia de esôfago, em pós-operatório recente
de esofagectomia. O paciente foi diagnosticado com desnutrição grave, de acordo com os
métodos subjetivos e objetivos de avaliação do estado nutricional. Devido à baixa ingestão
alimentar, à disfagia, à odinofagia e à própria evolução da doença, o nutricionista indicou
terapia nutricional enteral por sonda.
A respeito das competências do nutricionista da EMTN, avalie as afirmativas a seguir.
I. Registrar, periodicamente, os dados pertinentes à evolução nutricional e dietética do
paciente nos prontuários e nos protocolos nutricionais.
II. Proceder à colocação da sonda orogástrica, nasogástrica ou transpilórica no paciente e
assegurar a manutenção da via de acesso.
III. Elaborar a prescrição dietética e a formulação mais adequada ao caso, considerando
composição química, densidade energética, osmolaridade e método de infusão.
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IV. Adaptar a composição da fórmula à via de acesso a ser utilizada e adequá-la à evolução
clínica e nutricional do paciente no decorrer do processo terapêutico.
V. Avaliar a prescrição médica e participar de estudos para desenvolver novas formulações
e para investigar reações droga-nutrientes.
É correto apenas o que se afirma em
A. I, II e III. B. I, II e V. C. I, III e IV. D. II, IV e V. E. III, IV e V.
1. Introdução teórica
Vale destacar que temos a Resolução RDC N° 503, de 27 de maio de 2021, que
dispõe sobre os requisitos mínimos exigidos para a terapia de nutrição enteral. Essa
resolução pode ser acessada pelo seguinte link: <https://www.in.gov.br/en/web/dou/-
/resolucao-rdc-n-503-de-27-de-maio-de-2021-322985331>
A TNE é indicada para indivíduos que não conseguem ou não querem se alimentar
adequadamente, não atingindo o mínimo de 70% de suas necessidades nutricionais diárias
por via oral (VO). Isso pode ocorrer devido a dificuldades na deglutição, em fases agudas ou
crônicas (ROCHA et al., 2017).
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de bactérias nocivas (REIS et al., 2018). A administração de fibras solúveis na dieta enteral
é uma conduta importante, pois altera a fisiologia intestinal, devido à manutenção da
estrutura e à função do intestino, preservando e melhorando a integridade intestinal e
contribuindo para a redução da diarreia (REIS et al., 2018).
Em casos de diarreia com uso de TNE, excluindo-se causas que exijam tratamento
específico, são indicadas dietas oligoméricas, uma vez que apresentam os micronutrientes,
em especial a proteína, na forma parcialmente hidrolisada; portanto, ocorre hidrólise
enzimática das proteínas e observam-se osmolaridade mais alta, digestão facilitada e melhor
absorção (COPPINI et al., 2011).
Um aminoácido muito utilizado no manejo nutricional para tratamento gastrintestinal
é a glutamina. Trata-se do aminoácido não essencial mais abundante no plasma e no
músculo, que apresenta papel importante no transporte de nitrogênio e de dióxido de
carbono entre os tecidos e funciona como substrato de energia para células de rápida
proliferação, como fibroblastos, linfócitos, células tumorais e enterócitos (COSTA et al.,
2012).
Compete ao nutricionista a assistência dietoterápica hospitalar, avaliando a terapia
enteral mais indicada ao paciente, planejando, prescrevendo, analisando e supervisionando
(FERRAZ et al., 2012). São atividades privativas ao nutricionista as que foram estabelecidas
pela Lei N° 8.234, de 17 de setembro de 1991, em seu artigo 3° (BRASIL, 1991).
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Questão 4.
I – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. Na terapia enteral, dentre as aplicações da fibra, citam-se:
o gerenciamento da função do intestino;
a intensificação da função absortiva e da integridade do intestino;
a manutenção da barreira intestinal;
a melhora da tolerância à glicose e do perfil lipídico do sangue;
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II – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. As fórmulas oligoméricas são indicadas para pacientes que apresentam a
capacidade digestiva e absortiva parcial. Elas propiciam:
alta absorção no organismo, com nutrientes parcialmente hidrolisados, principalmente as
proteínas;
alta ação digestiva, promovendo maior estímulo de liberação de hormônios intestinais e
de fatores de crescimento.
IV – Afirmativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. A diarreia pode ser multifatorial, de forma que é necessário investigar a sua
etiologia para que seja possível identificar os fatores mais comumente relacionados com seu
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Alternativa correta: A.
Questão 5.
I – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. O nutricionista deve acompanhar a evolução nutricional do paciente em
TNE, adequando a prescrição dietética, em consenso com o médico, com base na evolução
nutricional e na tolerância digestiva apresentadas pelo paciente, com registro no prontuário.
II – Afirmativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. Não compete ao nutricionista colocar a sonda no paciente para promover o
acesso à dieta enteral.
IV – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. O nutricionista deve acompanhar a evolução clínica e nutricional do
paciente submetido à nutrição enteral, e, com base nesses dados, adaptar a dieta enteral
oferecida.
V – Afirmativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. Não compete ao nutricionista avaliar a prescrição de outro profissional,
porém ele pode participar de estudos para desenvolver novas formulações e de pesquisas
sobre fármaco e nutrientes.
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Alternativa correta: C.
3. Indicações bibliográficas
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REIS, A. M. et al. Uso de fibras dietéticas em nutrição enteral de pacientes graves: uma
revisão sistemática. Rev. Bras. Ter. Intensiva. v. 30 (3): 358-365, 2018. Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0103-507X2018000300358
&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 27 mai. 2019.
ROCHA A. J. S. C. et al. Causas de interrupção de Nutrição Enteral em Unidades de
Terapia Intensiva. Rev. Pesq. Saúde, v. 18, n. 1, 2017. Disponível em
<http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/revistahuufma/article/view/7880>
. Acesso em 27 mai. 2019.
ROYA M. J. B. et al. Comparação dos efeitos de dieta imunomoduladora com glutamina
ou probióticos no tratamento da retocolite ulcerativa: síntese de evidências. Rev. Saúde
em Foco, n. 9, 2017. Disponível em <http://www.unifia.edu.br/revista_eletronica/
revistas/saude_foco/artigos/ano2017/045_glutamina.pdf>. Acesso em 27 mai. 2019.
SOUZA, I. A. et al. Nutrição enteral em pacientes oncológicos: diferenças entre o que é
prescrito e administrado. Nutr. clín. diet. hosp. 38(2):31-38, 2018. Disponível em
<http://revista.nutricion.org/PDF/IURY.pdf>. Acesso em 27 mai. 2019.
VIANA, C. D et al. Prevalência da diarreia em pacientes em nutrição enteral. Revista
Contexto & Saúde, v. 8 (14/15), 55-61, 2008. Disponível em
<www.revistas.unijui.edu.br/index.php/contextoesaude/article/view/1429>. Acesso em
27 mai. 2019.
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Questão 6
Questão 6.6
A I Diretriz sobre o Consumo de Gorduras e Saúde Cardiovascular, de 2013, apresenta e
justifica os mecanismos protetores ou de risco relacionados ao consumo de alguns
alimentos.
Considerando essa diretriz, avalie as afirmativas a seguir.
I. A ingestão de uma unidade de ovo de galinha ao dia é aceitável se o consumo de outros
alimentos ricos em colesterol for limitado.
II. Dado que o óleo de coco é uma importante fonte natural de gorduras saturadas, não é
recomendado o seu uso no tratamento dietoterápico de indivíduos com
hipercolesterolemia.
III. Em relação aos queijos, é recomendado que se dê preferência àqueles com menor teor
de gordura saturada, como o queijo minas frescal, que pode ser consumido sem
restrição.
IV. Devido ao efeito hipercolesterolêmico do chocolate, que se deve à presença de ácidos
graxos saturados e monoinsaturados, seu consumo deve ser evitado.
É correto apenas o que se afirma em
A. I e II. B. I e III. C. III e IV. D. I, II e IV. E. II, III e IV.
1. Introdução
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I – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. O ovo contém quantidade de colesterol que varia entre 50 e 250mg, de
acordo com o seu tamanho. A diretriz indica que, embora a quantidade de colesterol
presente no ovo represente quase o valor de recomendação (300mg por dia), pode ser
consumida uma unidade ao dia, evitando-se outros alimentos ricos em colesterol. Sabe-se
que o ovo tem, em sua constituição, ácido docosahexaenoico (DHA), proteínas e vitaminas,
e esses nutrientes podem contribuir para o controle da colesterolemia. Contudo, o modo de
preparo do ovo deve ser considerado nas suas características nutricionais, já que, se for
mexido ou frito, há acréscimo de gorduras, o que pode contribuir para elevação de
colesterol e/ou de gordura saturada.
II – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. O óleo de coco é rico em gorduras saturadas, principalmente de ácido
láurico, que tem potencial de aumentar tanto o HDL-colesterol (High Density Lipoproteins)
quanto o LDL-colesterol (Low Density Lipoproteins).
IV – Afirmativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. O consumo regular de chocolate não apresenta efeito hipercolesterolêmico,
mesmo que, em sua composição, contenha ácidos graxos saturados, como o ácido palmítico,
o ácido esteárico e o ácido oleico monoinsaturado. Acredita-se que a quantidade de ácido
esteárico seja responsável pelo efeito neutralizador sobre o metabolismo do colesterol. No
entanto, os chocolates elaborados com leite podem conter grande quantidade dos ácidos
graxos mirístico e láurico, que são alimentos hipercolesterolêmicos.
Alternativa correta: A.
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3. Indicação bibliográfica
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Questões 7 e 8
Questão 7.7
Um grupo de pesquisa desenvolveu um produto probiótico que foi testado com voluntários
saudáveis de uma região muito quente no verão. Como esse produto não deveria ter uma
perecibilidade muito alta, foi cogitada a utilização da pasteurização lenta no produto
fermentado como uma forma de conservação.
Considerando-se essas informações e o método de conservação do produto final probiótico,
é correto afirmar que a pasteurização
A. não pode ser utilizada, pois os microrganismos probióticos são sensíveis a esse processo.
B. não pode ser utilizada, pois o método considerado adequado para a conservação de
produtos probióticos é a esterilização.
C. pode ser utilizada, pois ela favorece a proliferação dos microrganismos probióticos.
D. pode ser utilizada, pois as enzimas produzidas pelos microrganismos probióticos são
resistentes a essa forma de conservação.
E. pode ser utilizada, pois os microrganismos probióticos já fermentaram o produto final e
poderiam ser inativados nesse processo.
Questão 8.8
Os alimentos probióticos e prebióticos podem ser indicados para recomposição da microbiota
intestinal, prevenção e tratamento de diarreias, constipação intestinal, intolerância à lactose,
assim como em outras condições clínicas, como, por exemplo, as doenças inflamatórias
intestinais (DII).
Considerando as orientações nutricionais em pacientes portadores de DII, avalie as
afirmativas a seguir.
I. Na fase aguda (recidiva) da doença, deve-se enriquecer a dieta dos pacientes com
alimentos com alto teor de fibras solúveis, que formam ácidos graxos de cadeia curta por
meio da ação das bactérias intestinais.
II. Na fase de remissão da doença, deve-se aumentar, de forma progressiva, o teor de
fibras insolúveis da dieta dos pacientes.
III. Para aumentar o tempo de remissão da doença, deve-se estimular a inclusão de
probióticos na dieta, que podem favorecer o reequilíbrio da microbiota, tendo em vista
que esses pacientes apresentam quantidades inferiores de bactérias benéficas.
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IV. Na fase aguda (recidiva) da doença, deve-se aumentar o consumo de probióticos, ácidos
graxos ômega 3, leite e derivados.
É correto apenas o que se afirma em
A. I e III. B. I e IV. C. II e IV. D. I, II e III. E. II, III e IV.
1. Introdução teórica
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Questão 7.
A – Alternativa correta.
JUSTIFICATIVA. A pasteurização tem como objetivo destruir os microrganismos patogênicos
e outros que possam competir com as culturas do iogurte, além de promover a
desnaturação das proteínas do soro, o que reduz a contração do coágulo da caseína do
iogurte. A inoculação das culturas de bactérias deve ser realizada após o resfriamento, ou
seja, após a realização da pasteurização. A pasteurização do produto após a fermentação
destruiria os microrganismos caracterizados como probióticos, o que descaracteriza o
produto como um produto probiótico.
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B – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. A destruição dos microrganismos probióticos por esterilização
descaracteriza o produto como probiótico.
C – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. A destruição dos microrganismos probióticos por pasteurização
descaracteriza o produto como probiótico.
D – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. A ação benéfica capaz de manter o equilíbrio da microbiano intestinal
ocorre pela presença do probiótico vivo.
E – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. A pasteurização destrói os microrganismos, inativando-os.
Alternativa correta: A.
Questão 8.
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II – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. De modo geral, na fase aguda, há restrição no consumo de fibras
insolúveis. Porém, na fase de remissão, nenhuma dieta específica precisa ser seguida
rotineiramente nas doenças inflamatórias intestinais. Os pacientes devem ter orientação
para alimentação saudável mesmo que sejam acometidos por uma doença inflamatória
intestinal, incentivando-se o uso da dieta mediterrânea (rica em frutas e fibras vegetais), a
menos que haja restrições conhecidas (FORBES et al., 2017).
IV – Afirmativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. Nessa fase, é importante que a alimentação auxilie no controle dos
sintomas como diarreia, dor abdominal e distensão. Assim, uma dieta com menor teor de
resíduos (lactose) é indicada. A quantidade de lactase na borda em escova diminui pela
lesão celular, e a diarreia exacerba as perdas de lactase intestinal. A presença na luz
intestinal de lactose não digerida pode causar diarreia osmótica, que pode exacerbar o
processo diarreico de origem exsudativa (MÜLLER, 2003). A utilização dos ácidos graxos do
tipo ômega-3 (ácido eicosapentaenoico e ácido docosaexaenoico) ocorre frequentemente no
tratamento das DII por apresentarem efeitos anti-inflamatórios, sem efeitos colaterais. O
tratamento com ácidos graxos ômega-3 tem resultados favoráveis, particularmente na
retrocolite ulcerativa, diminuindo os sintomas e a necessidade de corticosteroides (SILVA e
MURA, 2011). Há indicativos de que a suplementação de ômega-3 em pacientes com doença
de Crohn promove a diminuição da atividade da doença. O uso de ômega-3 ou de
suplementos de óleo de peixe na retrocolite ulcerativa estão associados a efeitos
poupadores de medicação, sendo relatados reduções da atividade da doença e aumentos do
tempo em remissão (MAHAN e RAYMOND, 2018). A utilização dos probióticos tem sido
indicada para manter a remissão da retrocolite ulcerativa. Os prebióticos e os probióticos
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Alternativa correta: D.
3. Indicações bibliográficas
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Questão 9
Questão 9.9
O tratamento fundamental da doença celíaca é a exclusão total da dieta de alimentos e seus
derivados que contenham glúten. Atualmente, o mercado oferece uma diversidade de
produtos isentos de glúten, no entanto, seu custo elevado inviabiliza o consumo para boa
parcela dos pacientes celíacos. Como alternativas para eles, há farinhas industrializadas
isentas de glúten ou misturas caseiras de farinha sem glúten para receitas saudáveis.
Considerando essas informações, assinale a opção em que se apresenta uma mistura de
farinhas que pode ser usada por pessoas celíacas.
A. Fécula de batata, tapioca e cevada.
B. Farinha de trigo, triticale e amaranto.
C. Farinha de arroz, fécula de batata e araruta.
D. Farinha de arroz, polvilho doce e semolina.
E. Semolina, amaranto e trigo sarraceno.
1. Introdução teórica
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O tratamento para a doença celíaca é baseado em dieta livre de glúten por toda a
vida, ou seja, nenhum alimento ou medicamento com glúten pode ser ingerido. O glúten
refere-se a frações peptídicas específicas de proteínas (prolaminas) encontradas no trigo
(glutenina e gliadina), no centeio (secalina) e na cevada (hordeína) (MAHAN e RAYMOND,
2018).
Excluem-se, então, na dieta do celíaco, o trigo, o centeio e a cevada e seus
respectivos derivados. Para 95% dos celíacos, as aveias não são tóxicas, porém, para uma
minoria, pode não ser segura. Além disso, a aveia pode ser contaminada por outros grãos
(BAI et al., 2013).
Há cereais, farinhas e amidos isentos de glúten, como o arroz, o milho, o amaranto, a
farinha de legumes, o trigo sarraceno, o grão de bico, as sementes, as farinhas de frutos
secos, as aveias (não contaminadas), a farinha de batata, a quinoa, a farinha de sorgo, a
farinha de soja e a tapioca, que podem ser consumidos na dieta isenta de glúten (BAI et al.,
2013).
A – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. A fécula de batata e a tapioca podem ser consumidas por celíacos. Já a
cevada contém hordeína e não deve fazer parte da alimentação de celíacos.
B – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. A triticale e o amaranto podem ser consumidos por celíacos. No entanto,
não é possível o consumo de farinha de trigo, alimento que contém gliadina e glutenina,
frações peptídicas específicas de proteínas (prolaminas), que não podem ser ingeridas por
celíacos.
C – Alternativa correta.
JUSTIFICATIVA. Os alimentos citados são farinha de arroz, fécula de batata e araruta.
Nenhum deles possui glúten, ou seja, esses alimentos podem ser consumidos por celíacos.
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D – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. A semolina contém gliadina e glutenina, frações peptídicas específicas de
proteínas (prolaminas), ou seja, deve estar excluída da alimentação de um celíaco. Já a
farinha de arroz e o polvilho doce podem ser utilizados por portadores da doença em
questão.
E – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. O trigo sarraceno e o amaranto podem ser consumidos pelo celíaco, mas a
semolina não.
Alternativa correta: C.
3. Indicações bibliográficas
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ÍNDICE REMISSIVO
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