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FACULDADE ESTÁCIO DO AMAZONAS

GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO

ESTUDO DIRIGIDO EM SAÚDE COLETIVA

MANAUS – AM
2022
FACULDADE ESTÁCIO DO AMAZONAS

GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO

Políticas e Programas de Alimentação no Brasil

Trabalho solicitado para conclusão da


disciplina de saúde coletiva no formato de
estudo dirigido do curso de Nutrição da
Faculdade Estácio sob orientação da
Professora Nutricionista Glaucia Freire.

MANAUS – AM
2022
Sumário

INTRODUÇÃO.............................................................................................................3

1. Compromisso Constitucional................................................................................4

2. PNAN - História.................................................................................................... 4

3. PNAN – Definição.................................................................................................5

4. PNAN - Diretrizes.................................................................................................5

4.1 Organização da Atenção Nutricional................................................................5

4.2 Promoção da Alimentação Adequada e Saudável.............................................6

4.3 Vigilância Alimentar e Nutricional......................................................................6

4.4 Gestão das Ações de Alimentação e Nutrição...................................................6

4.5 Participação e Controle Social...........................................................................6

4.6 Qualificação da Força de Trabalho....................................................................7

4.7 Controle e Regulação dos Alimentos.................................................................7

4.8 Pesquisa, Inovação e Conhecimento em Alimentação e Nutrição....................7

4.9 Cooperação e articulação para a Segurança Alimentar e Nutricional...............7

5. PNAN - RESPONSABILIDADES INSTITUCIONAIS............................................8

5.1 Responsabilidades do Ministério da Saúde.......................................................8

5.2 Responsabilidades das Secretarias Estaduais de Saúde..................................8

5.3 Responsabilidades das Secretarias Municipais de Saúde................................9

6. SISVAN................................................................................................................ 9

7. PNAE..................................................................................................................11

8. PNAE - História.................................................................................................. 11

9. PNAE - Princípios...............................................................................................12

10. PNAE - Diretrizes.............................................................................................13

CONCLUSÃO............................................................................................................15

REFERENCIAS......................................................................................................... 16
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INTRODUÇÃO

O trabalho a seguir tem por objetivo trazer uma pesquisa acerca da Política Nacional
de Alimentação e Nutrição (PNAN), Sobre Programa Nacional de Alimentação
Escolar (PNAE) e Sistema de Vigilância Alimentar Nutricional (SISVAN). O estudo foi
realizado a partir de revisão bibliográfica de artigos relevantes ao assunto datados
de 2016 a 2022, e informações de sites governamentais.
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1. Compromisso Constitucional

Sendo o direito humano à alimentação está explícito na nossa Constituição Federal


em seu Artigo 6º o que impõe responsabilidades ao Estado para uma aplicação
adequada da alimentação de todos os cidadãos, assim como a lei 8080/1990 uma
das que norteia o Sistema único de Saúde (SUS) também inclui em seu artigo 16º
Inciso I: formular, avaliar e apoiar políticas de alimentação e nutrição. E em seu
artigo 17º Inciso IV: coordenar e, em caráter complementar, executar ações e
serviços: de alimentação e nutrição.

2. PNAN - História

É de fundamental importância entender que os esforços realizados no decorrer da


história onde podemos destacar um nome que surgiu na década de 30. Josué de
Castro (1908-1974) médico, pesquisador e professor brasileiro que publicou no
Diário Oficial do Estado um inquérito sobre as condições de vida da classe operária
do Recife, pesquisando cerca de 800 famílias. O material dessa pesquisa resultou
no livro Geografia da Fome, traduzido em 25 línguas. E com isso obteve resultados
como a instituição do salário mínimo no Brasil (até hoje a principal medida de política
alimentar e nutricional no país), a criação da Campanha Nacional de Merenda
Escolar, (que constitui o mais extenso e consolidado programa de apoio alimentar do
poder público no país e na América Latina), os restaurantes populares do Serviço de
Alimentação da Previdência Social (SAPS), a iodatação do sal de uso doméstico
para prevenção do bócio endêmico, os estudos laboratoriais de composição de
alimentos
Brasileiros entre o outros.
Sendo Assim, a PNAN surgiu resultante de diversos processos de institucionalização
e de extinção de instâncias e arenas voltadas à agenda de alimentação e nutrição. O
Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição (INAN) extinto na década de 1990.
Outro exemplo foi a criação e a extinção do primeiro Conselho Nacional de
Alimentação e Nutrição, o segundo Conselho Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional (CONSEA), recriado em 2003 e extinto em 2019.
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3. PNAN – Definição

A Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), aprovada em 10 de junho de


1999. integra os esforços do Estado Brasileiro que, por meio de um conjunto de
políticas públicas, propõe respeitar, proteger, promover e prover os direitos humanos
à saúde e à alimentação. A completar-se dez anos de publicação da PNAN, deu-se
início ao processo de atualização e aprimoramento das suas bases e diretrizes, de
forma a consolidar-se como uma referência para os novos desafios a serem
enfrentados no campo da Alimentação e Nutrição no Sistema Único de Saúde
(SUS).
A completar-se dez anos de publicação da PNAN, deu-se início ao processo de
atualização e aprimoramento das suas bases e diretrizes, de forma a consolidar-se
como uma referência para os novos desafios a serem enfrentados no campo da
Alimentação e Nutrição no Sistema Único de Saúde.

4. PNAN - Diretrizes

Diretrizes são linhas de ações para alcançar um propósito para promover a saúde da
população e as que integram a PNAN se consolidam em:

 Organização da Atenção Nutricional;


 Promoção da Alimentação Adequada e Saudável;
 Vigilância Alimentar e Nutricional;
 Gestão das Ações de Alimentação e Nutrição;
 Participação e Controle Social;
 Qualificação da Força de Trabalho;
 Controle e Regulação dos Alimentos;
 Pesquisa, Inovação e Conhecimento em Alimentação e Nutrição;
 Cooperação e articulação para a Segurança Alimentar e Nutricional.

4.1 Organização da Atenção Nutricional

A atenção nutricional compreende os cuidados relativos à alimentação e nutrição


voltados à promoção e proteção da saúde, prevenção, diagnóstico e tratamento de
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agravos, devendo estar associados às demais ações de atenção à saúde do SUS.


Dessa forma ela é envolvida através da atenção básica que faz a análise e a entrada
de dados utilizando o SISVAN e outros sistemas de informação em saúde para
identificar indivíduos ou grupos que apresentem agravos e riscos para saúde,
relacionados ao estado nutricional e ao consumo alimentar.

4.2 Promoção da Alimentação Adequada e Saudável

A Promoção da Alimentação Adequada e Saudável (PAAS) é uma das vertentes da


Promoção à Saúde. O elenco de estratégias na saúde direcionadas à PAAS envolve
a educação alimentar e nutricional que se soma às estratégias de regulação de
alimentos - envolvendo rotulagem e informação, publicidade e melhoria do perfil
nutricional dos alimentos - e ao incentivo à criação de ambientes institucionais
promotores de alimentação adequada e saudável, incidindo sobre a oferta de
alimentos saudáveis nas escolas e nos ambientes de trabalho.

4.3 Vigilância Alimentar e Nutricional

A vigilância alimentar e nutricional consiste na descrição contínua e na predição de


tendências das condições de alimentação e nutrição da população e seus fatores
determinantes. Deverá ser considerada a partir de um enfoque ampliado que
incorpore a vigilância nos serviços de saúde e a integração de informações
derivadas de sistemas de informação em saúde, dos inquéritos populacionais, das
chamadas nutricionais e da produção científica.

4.4 Gestão das Ações de Alimentação e Nutrição

Cabe aos gestores do SUS, nas esferas federal, estadual, distrital e municipal,
promover a implementação da PNAN por meio da viabilização de parcerias e da
articulação interinstitucional necessária para fortalecer a convergência dela com os
Planos de Saúde e de Segurança Alimentar e Nutricional.
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4.5 Participação e Controle Social

A participação social aqui é incentivada pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS)


que acompanhar, propor e avaliar a operacionalização das diretrizes e prioridades
da PNAN. As Comissões Intersetoriais de Alimentação e Nutrição (CIAN), em âmbito
estadual, distrital e municipal potencializará o debate acerca da PNAN na agenda
dos Conselhos de Saúde.

4.6 Qualificação da Força de Trabalho

Aqui a PNAN adota os Os Centros Colaboradores em Alimentação e Nutrição


(CECAN), localizados em instituições públicas de ensino e pesquisa e credenciados
pelo Ministério da Saúde para o apoio ao desenvolvimento de estratégias que
aperfeiçoem as ações da PNAN e os cursos de graduação e pós-graduação na área
de saúde, em especial de Nutrição, devem contemplar a formação de profissionais
que atendam às necessidades sociais em alimentação e nutrição e que estejam em
sintonia com os princípios do SUS e da PNAN.

4.7 Controle e Regulação dos Alimentos

Aqui a PNAN trata da qualidade nutricional dos alimentos, controlando e prevenindo


riscos à saúde, onde destaca a Sistema Nacional de Vigilância Sanitária – SNVS, e
faz recomendações, mas não cita outros órgãos de apoio.

4.8 Pesquisa, Inovação e Conhecimento em Alimentação e


Nutrição

o Brasil conta, atualmente, com os sistemas de informação de saúde e, em especial,


o SISVAN, bem como pesquisas periódicas de base populacional nacional e local.
Os Centros Colaboradores em Alimentação e Nutrição (CECAN) constituem-se em
uma rede colaborativa interinstitucional de cooperação técnico-científica.
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4.9 Cooperação e articulação para a Segurança Alimentar e


Nutricional

A Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) consiste na realização do direito de


todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade
suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais. E isso é
feito com ações como:
 À melhoria da saúde e nutrição das famílias beneficiárias de programas de
transferência de renda, implicando ampliação do acesso aos serviços de
saúde;
 À interlocução com os setores responsáveis pela produção agrícola,
distribuição, abastecimento e comércio local de alimentos visando o aumento
do acesso a alimentos saudáveis;
 À promoção da alimentação adequada e saudável em ambientes
institucionais como escolas, creches, presídios, albergues, locais de trabalho,
hospitais, restaurantes comunitários, entre outros;
 À articulação com as redes de educação e socioassistencial para a promoção
da educação alimentar e nutricional;
 À articulação com a vigilância sanitária para a regulação da qualidade dos
alimentos processados e o apoio à produção de alimentos advindos da
agricultura familiar, dos assentamentos da reforma agrária e de comunidades
tradicionais, integradas à dinâmica da produção de alimentos do país.

5. PNAN - RESPONSABILIDADES INSTITUCIONAIS

5.1 Responsabilidades do Ministério da Saúde

Dentre as principais responsabilidades do ministério da saúde destacamos:


- Garantir fontes de recursos federais para compor o financiamento de programas e
ações de alimentação e nutrição na Rede de Atenção à Saúde nos Estados, Distrito
Federal e Municípios;
- Avaliar e monitorar as metas nacionais de alimentação e nutrição para o setor
saúde, de acordo com a situação epidemiológica e nutricional e as especificidades
regionais;
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5.2 Responsabilidades das Secretarias Estaduais de Saúde

Aqui também destacamos dentre as principais


- Destinar recursos estaduais para compor o financiamento tripartite das ações de
alimentação e nutrição na Rede de Atenção à Saúde no âmbito estadual;

5.3 Responsabilidades das Secretarias Municipais de Saúde

 - Destinar recursos municipais para compor o financiamento tripartite das


ações de alimentação e nutrição na Rede de Atenção à Saúde;
 - Pactuar, monitorar e avaliar os indicadores de alimentação e nutrição e
alimentar os sistemas de informação da saúde, de forma contínua, com dados
produzidos no sistema local de saúde;
 - Elaborar o plano de ação para implementação da PNAN nos municípios,
com definição de prioridades, objetivos, estratégias e metas, de forma
contínua e articulada com o Plano Municipal de Saúde e o planejamento
regional integrado, se for o caso, e com os instrumentos de planejamento e
pactuação do SUS;

6. SISVAN

Para falar de SISVAN temos que voltar um pouco e falar de VAN - Vigilância
Alimentar e Nutricional que é parte da vigilância em saúde e foi instituída no âmbito
do Sistema Único de Saúde (SUS) pela Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990,
em seu artigo 6º.
A Política Nacional de Alimentação e Nutrição (Pnan) tem a VAN como uma de suas
diretrizes, apontando-a como essencial para a atenção nutricional no SUS, ou seja,
para organização e gestão dos cuidados em alimentação e nutrição na Rede de
Atenção à Saúde (RAS). Essa organização deverá ser iniciada pelo reconhecimento
da situação alimentar e nutricional da população adstrita aos serviços e às equipes
de AB
A Portaria nº 1.156, de 31 de agosto de 1990, que instituiu o Sistema de Vigilância
Alimentar e Nutricional (Sisvan) no Ministério da Saúde; a Lei Orgânica da Saúde
(Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990), que incluiu a vigilância nutricional e a
orientação alimentar no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS); e as
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Portarias nº 79 e nº 80, de 16 de outubro de 1990, que estabeleceram estratégias de


apoio técnico e operacional para a prática de VAN e a implementação do Sisvan.

Em 1994, o Sisvan passou a ser indicado como pré-requisito para o financiamento e


a implantação de programas assistenciais com foco na recuperação da desnutrição
e no cuidado de crianças e gestantes em risco nutricional, como no caso do
programa “Leite é Saúde” e, mais tarde, do Incentivo ao Combate às Carências
Nutricionais (ICCN).

A vinculação do Sisvan a programas assistenciais expandiu sua implantação,


mesmo que focada em grupos específicos. Com a publicação da Política Nacional
de Alimentação e Nutrição (Pnan), pela Portaria nº 710, de 10 de junho de 1999, foi
reforçada a preocupação com a vigilância do estado nutricional de gestantes e do
crescimento e desenvolvimento das crianças. Por meio da terceira diretriz dessa
política, o Sisvan foi ampliado e aperfeiçoado, tendo seus procedimentos agilizados
e sua cobertura estendida para todo o País.

Em 2001, a VAN foi incluída na agenda de compromissos das famílias participantes


do Programa Nacional de Renda Mínima, vinculado à Saúde (Bolsa Alimentação). O
programa repassava recursos financeiros às famílias em situação de pobreza, com
crianças menores de sete anos em risco nutricional para a desnutrição. As famílias
assumiam, entre outros, o compromisso de levar periodicamente as crianças ao
serviço de saúde para realizar as medidas de peso e estatura.

Em 2003, com a unificação dos programas setoriais de transferência de renda e a


criação do Programa Bolsa Família (PBF), a VAN do público infantil foi reforçada na
agenda de compromissos das famílias e dos serviços de saúde. Tanto o Bolsa
Alimentação quanto o PBF ampliaram o acesso das populações em situação de
vulnerabilidade social aos serviços de Atenção Básica, contribuindo para a equidade
no SUS. Consequentemente, promoveram o aumento de cobertura do
acompanhamento do estado nutricional de mulheres e crianças no Sisvan.
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Em 2004, quando o Ministério da Saúde passou a recomendar que o Sisvan fosse


utilizado para o acompanhamento do estado nutricional de indivíduos em todas as
fases do curso da vida (crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes). Essa
recomendação foi intensificada em oficinas macrorregionais e com a implantação da
primeira versão informatizada do sistema.

Com o intuito de aprimorar as funcionalidades do Sisvan, facilitando seu uso em


nível local e o registro dos acompanhamentos, foi desenvolvido o Sisvan Web, uma
versão on-line do sistema lançado em 2008. Nessa versão, houve a incorporação
das curvas de crescimento da Organização Mundial da Saúde (OMS) e a inclusão
de ferramentas para a avaliação de marcadores de consumo alimentar para todas as
fases do curso da vida.

Atualmente, o Sisvan Web objetiva realizar a gestão das informações de VAN,


desde o registro de dados antropométricos e de marcadores de consumo alimentar
até a geração de relatórios. Para isso, apresenta dois módulos de acesso: o módulo
restrito, a ser utilizado por gestores e técnicos municipais e estaduais, e o módulo de
acesso público, também chamado de módulo gerador de relatórios.
O Sisvan Web apresenta interação com o sistema de gestão do Programa Bolsa
Família (PBF), visto que todas as informações referentes ao acompanhamento do
estado nutricional dos beneficiários são incorporadas ao Sisvan no final de cada
vigência

7. PNAE

O Programa de Alimentação Escolar -PNAE, uma política pública da década de


1950, que objetiva fornecer alimentação para atender os estudantes com refeições
saudáveis e balanceadas nas escolas, teve um avanço marcante em 2009. Diante
da experiência acumulada com o PAA, foi criada a lei 11.947, segundo a qual os
municípios que recebem os recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação – FNDE são obrigados a destinar no mínimo 30% do montante para a
aquisição de gêneros alimentícios da agricultura familiar. Nestes termos, a lei teve
como foco o desenvolvimento local através da compra de alimentos dos agricultores,
com limite anual no valor de R$ 20.000,00 por agricultor.
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8. PNAE - História

1952 foi elaborado o 1º Plano Nacional de Alimentação, pela Comissão Nacional de


Alimentação (CNA). Denominado Conjuntura Alimentar e Problemas de Nutrição no
Brasil, este amplo projeto previa a realização de inquéritos nutricionais, expansão da
merenda escolar, assistência alimentar a adolescentes, programas regionais,
enriquecimento de alimentos básicos, apoio à indústria de alimentos
1954 - foi publicada a Cartilha da Merenda Escolar pelo Ministério da Educação,
com a introdução de Josué de Castro onde inclui o Programa Nacional de Merenda
Escolar como elemento essencial para a luta contra a fome e a subnutrição.

O programa assumiu diferentes denominações ao longo das décadas


1955 - campanha de merenda escolar –CME
1956 - Campanha Nacional de Merenda Escolar-CNME
1965 - Campanha Nacional de Alimentação Escolar –CNAE
1979 - Programa Nacional de Alimentação Escolar –PNAE
1994 - Com o processo de descentralização, foram instituídos, os Conselhos de
Alimentação Escolar (CAEs) no âmbito dos estados, Distrito Federal e
municípios, como exigência do governo federal para a transferência de recursos
1998 – CAEs são consolidados como órgãos deliberativos, fiscalizadores e de
assessoramento, os CAEs são constituídos por representantes dos poderes
Executivo e Legislativos, dos professores, alunos e da sociedade civil.
2009 - o PNAE trouxe inovações que fortaleceram a agricultura familiar. Com a
sanção da Lei nº 11.947, que garante que no mínimo 30% dos repasses do Fundo
de Desenvolvimento da Educação (FNDE) sejam investidos na aquisição de
produtos da agricultura familiar

9. PNAE - Princípios

Art. 2º São princípios do PNAE:

I. o direito humano à alimentação adequada, visando garantir a segurança


alimentar e nutricional dos alunos;
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II. a universalidade do atendimento da alimentação escolar gratuita, a qual


consiste na atenção aos alunos matriculados na rede pública de educação
básica;
III. a eqüidade, que compreende o direito constitucional à alimentação escolar,
com vistas à garantia do acesso ao alimento de forma igualitária;
IV. a sustentabilidade e a continuidade, que visam ao acesso regular e
permanente à alimentação saudável e adequada;
V. o respeito aos hábitos alimentares, considerados como tais, as práticas
tradicionais que fazem parte da cultura e da preferência alimentar local
saudáveis;
VI. o compartilhamento da responsabilidade pela oferta da alimentação escolar e
das ações de educação alimentar e nutricional entre os entes federados,
conforme disposto no art. 208 da Constituição Federal; e
VII. a participação da comunidade no controle social, no acompanhamento das
ações realizadas pelos Estados, Distrito Federal e Municípios para garantir a
execução do Programa.

10. PNAE - Diretrizes

Art. 3º São diretrizes do PNAE:

I. o emprego da alimentação saudável e adequada, que compreende o uso de


alimentos variados, seguros, que respeitem a cultura, as tradições e os
hábitos alimentares saudáveis, contribuindo para o crescimento e o
desenvolvimento dos alunos e para a melhoria do rendimento escolar, em
conformidade com a faixa etária, o sexo, a atividade física e o estado de
saúde, inclusive dos que necessitam de atenção específica;
II. a inclusão da educação alimentar e nutricional no processo de ensino e
aprendizagem, que perpassa pelo currículo escolar, abordando o tema
alimentação e nutrição e o desenvolvimento de práticas saudáveis de vida, na
perspectiva da segurança alimentar e nutricional;
III. a descentralização das ações e articulação, em regime de colaboração, entre
as esferas de governo;
IV. o apoio ao desenvolvimento sustentável, com incentivos para a aquisição de
gêneros alimentícios diversificados, produzidos em âmbito local e
preferencialmente pela agricultura familiar e pelos empreendedores
familiares, priorizando as comunidades tradicionais indígenas e de
remanescentes de quilombos;
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Portanto, sendo o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) uma das


políticas públicas mais importantes do país e da America Latina no combate à fome
e à desnutrição, desenvolve a promoção da saúde nas escolas. As creches ou pré-
escolas, o ensino fundamental e médio, bem como a educação indígena ou de áreas
remanescentes de quilombos, alunos da educação especial, matriculados em
escolas públicas e filantrópicas que participem do programa são o público-alvo do
PNAE, que oferece aos estudantes uma alimentação digna, colaborando com a
aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos e atuando na construção de hábitos
alimentares saudáveis, além de prevenir a evasão escolar.
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CONCLUSÃO

Com este trabalho podemos entender parte da saúde pública do Brasil, os avanços
necessários e como foi a evolução através das décadas, os marcos históricos que
originaram a necessidade de implementar políticas e programas de alimentação e
nutrição, podemos entender também como eles se complementam e interagem entre
si. Notamos suas fragilidades e como foi bem escrito, por exemplo o PNAN, como
ele é pouco aplicado assim como o quão carece de recursos para uma efetiva
execução. Pudemos perceber também em relação ao SISVAN que este apenas
envolve as pessoas que participam de programas do governo, e que seus resultados
refletem apenas a esta população. E vemos lados positivos, observamos o quanto
estes programas cresceram, o quanto de pessoas são impactadas e dependentes
deles, outro exemplo é o PNAE onde a alimentação escolar que abastece milhares
de escolas pelo Brasil, e que ainda envolve o agricultor familiar. Tudo isso através
do repasse de recursos Federais, Estaduais e Municipais.
Por fim, acredito que em um futuro breve possamos ler sobre melhores atuações e
uma melhor aplicabilidade destas políticas, onde as entidades responsáveis possam
tomar a responsabilidade e cumprir seus princípios e diretrizes tão bem elaborados.
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REFERENCIAS

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Atenção Básica, Brasília, Distrito Federal 2015 Disponível em:
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/marco_referencia_vigilancia_alimentar.
pdf>

Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Vigilância Alimentar e Nutricional.


Disponível em: <http://aps.saude.gov.br/ape/vigilanciaalimentar>

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Alimentação Escolar – PNAE. 2011. 135 f. Dissertação (Mestrado Profissional em
Ensino em Ciências da Saúde) - Escola Paulista de Enfermagem, Universidade
Federal de São Paulo, São Paulo, 2011.

Ministério da Educação. Resolução/CD/FNDE nº 38, de 16 de julho de 2009


Disponível em:
<https://www.fnde.gov.br/index.php/acesso-a-informacao/institucional/legislacao/
item/3341-resolu%C3%A7%C3%A3o-cd-fnde-n%C2%BA-38-de-16-de-julho-de-2009

Ministério da Educação. Resolução Nº 06, DE 08 DE DE 2020. Disponível em:


<https://www.fnde.gov.br/index.php/acesso-a-informacao/institucional/legislacao/
item/13511-resolu%C3%A7%C3%A3o-n%C2%BA-6,-de-08-de-maio-de-2020>

SUZANA, et al. Alimentação Escolar No Brasil: Um Histórico Das Últimas Três


Décadas. Revista Multidisciplinar da Saúde –Ano VII –Nº 11 -2015. Disponível em:
<https://revistas.anchieta.br/index.php/RevistaMultiSaude/article/view/996/880>

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