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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA

CURSO NUTRIÇÃO - UNIDADE BUTANTÂ II

PEDRO ATHAYDE MENDOZA


RA: 2037122

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE NUTRIÇÃO EM SAÚDE


PÚBLICA – SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA ESPECIALIZADO

SÃO PAULO-SP
2023
PEDRO ATHAYDE MENDOZA
RA: 2037122

Relatório De Estágio Supervisionado De Nutrição Em Saúde Pública – Serviço


De Assistência Especializado

Relatório de estágio apresentado como


requisito parcial para aprovação no estágio
supervisionado em Saúde Pública, no Serviço
de Assistência Especializada (SAE), sendo
componente da avaliação do curso de Nutrição,
da Universidade Paulista – UNIP, graduação.
Supervisora: Liv Gomes e Bruna Faria Petrich.
Orientadoras: Luciana Gavilan Dias Folchetti.

SÃO PAULO- SP
2023
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Sumário
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................................................................................ 3
1.1 SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS).............................................................................................................................. 3
1.2 PAPEL DO MUNICÍPIO ...................................................................................................................................................... 4
1.3 NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDE E REDE DE ATENÇÃO A SAÚDE ............................................................... 5
1.3.1 Nível Primário ................................................................................................................................................................... 5
1.3.2 Nível Secundário.............................................................................................................................................................. 6
1.3.3 Nível Terciário .................................................................................................................................................................. 7
1.4 Política Nacional de Saúde Básica .............................................................................................................................. 7
1.4.1 Atenção Básica e Atualizações .................................................................................................................................. 8
1.4.2 CONSEA – (Conselho Nacional de Segurança Alimentar) .......................................................................... 8
1.4.3 Tipos de atendimento (tradicional x ESF/NASF x Equipe Multi)........................................................ 10
1.5 Ações Programáticas em Saúde ................................................................................................................................ 12
1.5.1 Saúde da Mulher ........................................................................................................................................................... 12
1.5.2 Saúde da Criança .......................................................................................................................................................... 13
1.5.3 Saúde do Adolescente ................................................................................................................................................ 14
1.5.4 Saúde do Idoso............................................................................................................................................................... 15
1.5.5 Programa de Assistência Especializada (SAE) DST/AIDS ....................................................................... 17
1.6 Dados Atuais do estado nutricional e de consumo alimentar da população Brasileira .............. 18
1.7 Papel do Nutricionista na atenção primária à saúde ..................................................................................... 19
2. Desenvolvimento e Caracterização da Instituição ............................................................................................. 21
3. Tipo de atuação do(a) nutricionista .......................................................................................................................... 27
5. Planejamento e critérios para intervenção nutricional .................................................................................. 34
6. Orientação e/ou educação alimentar para indivíduos /ou grupos........................................................... 35
7. Descrição das atividades desenvolvidas durante o estágio .......................................................................... 36
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................................................................ 39
9. ANEXOS:................................................................................................................................................................................... 42
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1 INTRODUÇÃO

1.1 SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)

O Sistema Único de Saúde (SUS) é formado pela somatória de todas as ações


e serviços de saúde oferecidos por órgãos e instituições públicas federais, estaduais
e municipais, da administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo
governo público. (SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE, 2020)

Criado pela Constituição Federal de 1988, o Sistema Único de Saúde (SUS)


atende ao mandamento constitucional que especifica a saúde como um direito de
todos e dever do Estado, regulado pelo artigo 196 por meio da Lei nº. 8.080/1990
(SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE, 2020)

Em todo o território nacional, o SUS deve ter a mesma doutrina e a mesma


forma de organização, sendo que é definido como único na Constituição um conjunto
de elementos doutrinários e de organização do sistema de saúde, os três princípios
da universalização, da equidade, da integralidade, da descentralização e da
participação popular. (ROCHA,2013)

O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza para a população programas


de saúde bucal, equipes de consultoria de ruas, que atendem pessoas em situação
de rua, programa para atendimentos domiciliares, programas de Agente Comunitários
que são responsáveis pelo acompanhamento das famílias em suas casas orientando
sobre os acessos e programas existentes no SUS, assistência às pessoas por
intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a
realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas.
(FIOCRUZ,2015)

Com enorme reconhecimento no mundo, o SUS beneficia aproximadamente


190 milhões de brasileiros e realizando cerca de 2,8 bilhões de atendimentos anuais,
desde procedimentos ambulatoriais simples até atendimentos de alta complexidade
como transplantes de órgãos. No entanto, os desafios são muitos, cabendo ao
governo e à sociedade civil focar em estratégias para solucionar os diversos
4

problemas identificados, por exemplo, na gestão do sistema e na falta de recursos no


setor saúde. (FIOCRUZ, 2021)

1.2 PAPEL DO MUNICÍPIO

Os municípios possuem uma administração descentralizada, sendo que o


Governo Federal (União), Estados e Municípios compartilham a responsabilidade de
forma integrada, provendo o atendimento de saúde gratuito a qualquer cidadão. O
fundamento de descentralização que norteia o SUS ocorre, especialmente, pela
migração de responsabilidades e recursos para a esfera municipal, desenvolvendo
novas competências e capacidades político-institucionais dos gestores locais, além
de meios adequados à gestão de redes assistenciais de caráter regional, permitindo
o acesso, a integralidade da atenção e a racionalização de recursos. Os estados e a
União devem contribuir para a descentralização do SUS, fornecendo cooperação
técnica e financeira para o processo de municipalização. (SECRETARIA DE ESTADO
DE SAÚDE, 2020).

Em São Paulo, a organização das Redes de Atenção à Saúde no município


se dá por meio da caracterização, de reordenamento e criação de serviços de saúde
combinados com a revisão do modelo de atenção à saúde. As ações se apoiam na
compreensão da diversidade territorial do município, fortalecendo o protagonismo
local na definição da organização dos serviços de saúde. (SECRETARIA DE ESTADO
DE SAÚDE, 2020)

Em relação as propostas foram construídas diretrizes apontando as principais


características das Redes de Atenção à Saúde desejadas, acompanhadas de
parâmetros para organização do atendimento na atenção básica e protocolos de
acesso (Ver documento Diretrizes – Redes de Atenção à Saúde, SMS, 2017). Desde
o início de 2017, a política de Redes de Atenção à Saúde tem sido norteadora da
gestão da Secretaria Municipal da Saúde, segundo a Prefeitura Da cidade de São
Paulo (2020).
5

1.3 NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDE E REDE DE ATENÇÃO A SAÚDE

O Sistema Único de Saúde (SUS) é o maior sistema público de saúde do


mundo, atende mais de 190 milhões de pessoas todos os anos, sempre de forma
integral e gratuita. Para funcionar de forma eficiente, um sistema dessa complexidade
e que é referência global em ações diversas – como vacinação, transplantes, doações
de órgãos, de sangue e de leite materno - precisa ser organizado em diferentes níveis
de atenção e assistência à saúde (SMS, 2020).

Sendo assim, os serviços oferecidos são agrupados de acordo com o grau de


complexidade necessário para acolher as demandas da população.

No momento atual, existem diversos níveis no Brasil são feitos e relacionados


com a Portaria 4.279 de 30 de dezembro de 2010, que estabelece as diretrizes para
a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde
(SUS), sendo eles: atenção primária, atenção secundária e terciária (SMS, 2020).

Sendo formados para oferecer serviços pelo SUS a partir de parâmetros


determinados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com o objetivo de proteger,
restaurar e manter a saúde dos cidadãos, com equidade, qualidade e resolutividade.
É na atenção primária à saúde (APS), porta preferencial de entrada do usuário no
SUS, onde a maioria dos problemas de saúde podem ser resolvidos ou encaminhados
para tratamento na rede de atenção especializada (níveis secundário e terciário), se
for o caso. (SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE, 2020).

1.3.1 Nível Primário

As Unidades Básicas de Saúde (UBS), estabelecimentos da APS, conhecidos


em muitos locais como postos de saúde, realizam ações e atendimentos voltados à
prevenção e promoção à saúde. Nas UBS o paciente (cidadão brasileiro ou
estrangeiro tem a possibilidade de fazer exames e consultas de rotina com equipes
multiprofissionais e profissionais especializados em saúde da família, que trabalham
para garantir atenção integral à saúde no território (SES, 2020).
6

Além de prover assistência clínica, o objetivo é estar próximo às pessoas e


promover a saúde e a qualidade de vida da comunidade. Esse trabalho de prevenção
e conscientização é importante até mesmo para otimizar a alocação de recursos
usados em internações e tratamentos de agravos e doenças que poderiam ter sido
evitadas, como hipertensão, diabetes, sedentarismo, colesterol e doenças
cardiovasculares.

Nesse nível primário, a média estabelecida é de 564.232 pessoas por dia. As


pessoas podem procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima da residência para
atendimentos em praticamente todas as situações, exceto aquelas em que há risco
de morte, quando deve-se procurar atendimento de urgência e emergência em
Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h), hospitais gerais ou serviços habilitados
em média e alta complexidade. (SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE, 2020)

Os profissionais se articulam para atuar em diversas unidades de saúde, como


também em espaços públicos, na oferta de práticas integrativas e complementares –
como fitoterapia, yoga e Reiki – e em visitas domiciliares às famílias (SES, 2020).

Na APS, as equipes profissionais estão divididas em: Saúde da Família


(47.627), Saúde da Família Ribeirinhas (202), Prisionais (316), Consultório na Rua
(156), Atenção Primária (3.869), Saúde Bucal (27.041), dentre outras estratégias.
Atualmente, são 48.161 UBS espalhadas por todo o Brasil (SES, 2020)

1.3.2 Nível Secundário

O nível secundário é formado pelos serviços em nível ambulatorial e


hospitalar, no que se diz a respeito de tecnologias entre a atenção primária e a
terciária, tradicionalmente assimilada como procedimentos de média complexidade.
Esse nível contempla serviços médicos especializados, de apoio diagnóstico e
terapêutico e atendimento de urgência e emergência. (ERDMANN et al.,2013)
7

1.3.3 Nível Terciário

O conjunto de terapias e procedimentos de elevada especialização se


caracteriza Atenção Terciária ou alta complexidade. Organiza também procedimentos
que envolvem alta tecnologia e/ou alto custo, como oncologia, cardiologia,
oftalmologia, transplantes, parto de alto risco, traumato-ortopedia, neurocirurgia,
diálise (para pacientes com doença renal crônica), otologia (para o tratamento de
doenças no aparelho auditivo). (SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE,2020)

1.4 Política Nacional de Saúde Básica

A política Nacional de Atenção Básica (PNAB) é resultado da experiência


acumulada por conjunto de atores envolvidos historicamente com o desenvolvimento
e a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS), como movimentos sociais,
usuários, trabalhadores e gestores das três esferas de governo. No Brasil, a Atenção
Básica é desenvolvida com o mais alto grau de descentralização e capilaridade,
ocorrendo no local mais próximo da vida das pessoas. Ela deve ser o contato
preferencial dos usuários, a principal porta de entrada e centro de comunicação com
toda a Rede de Atenção à Saúde. Por isso, é fundamental que ela se oriente pelos
princípios da universalidade, da acessibilidade, do vínculo, da continuidade do
cuidado, da integralidade da atenção, da responsabilização, da humanização, da
equidade e da participação social. As Unidades Básicas de Saúde – instaladas perto
de onde as pessoas moram, trabalham, estudam e vivem – desempenham um papel
central na garantia à população de acesso a uma atenção à saúde de qualidade. Dotar
estas unidades da infraestrutura necessária a este atendimento é um desafio que o
Brasil - único país do mundo com mais de 100 milhões de habitantes com um sistema
de saúde público, universal, integral e gratuita – está enfrentando com os
investimentos do Ministério da Saúde. Essa missão faz parte da estratégia Saúde
Mais Perto de Você, que enfrenta os entraves à expansão e ao desenvolvimento da
Atenção Básica no País (MELO et al.,2018).
8

1.4.1 Atenção Básica e Atualizações

A atualização dos cuidados essenciais foi uma mudança importante nas


dimensões organizacional e funcional, indicando a flexibilização do modelo
organizacional - Estratégia Saúde da Família (ESF) e AB Tradicional. Além disso, a
composição das equipes, o número de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e suas
atribuições únicas mudaram. Por fim, em termos de financiamento, mantém as
responsabilidades de três entes federativos, com poucas perspectivas de expansão
dos recursos financeiros. (MELO et al.,2018)

De acordo com a Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017, os termos


atenção primários (AB) e atenção primária à saúde (APS) são considerados
equivalentes, é a principal porta de entrada do SUS e a central de comunicação de
toda a rede de manutenção. deve ser guiada pelos princípios da universalidade,
acessibilidade, continuidade do cuidado, totalidade do cuidado, responsabilidade,
humanidade e igualdade. A APS funciona como um filtro que pode organizar o fluxo
dos serviços nas redes de saúde desde os mais simples até os mais complexos. No
Brasil, a atenção básica tem se desenvolvido de forma mais descentralizada e mais
próxima da vida das pessoas. (BRASIL, 2021)

1.4.2 CONSEA – (Conselho Nacional de Segurança Alimentar)

O conselho nacional de segurança alimentar aconteceu a partir de dois


acontecimentos em 1980, o primeiro foi a criação em 1985 do documento de
Segurança alimentar: proposta de uma política contra a fome, para o Ministério da
Agricultura e o abastecimento. Nesse acontecimento a proposta estaria ligada a uma
secretaria especial, diretamente vinculada ao Presidente da República. O segundo
acontecimento, foi em março de 1986, a primeira Conferência Nacional de
Alimentação e Nutrição. A conferência estabeleceu algumas proposições que se
tornaram referencias permanentes, dando origem a incorporação da noção de
segurança alimentar no Brasil. (Ipea 2012)
9

Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea), este aconselhava


Presidência da República composto por oito ministros e vinte e um representantes da
sociedade civil. No conselho foi dada a tarefa de articular nas três instancias de
governo, municipal, estadual, federal e a sociedade civil, para a partir de programas
federais já existentes conseguir elaborar o Plano de Combate a fome e à Miséria
(PCFM), fazendo parte os princípios da solidariedade, parceria Estado e sociedade e
a descentralização. (Ipea 2012)

Os representantes governamentais compreendendo 19 ministros de Estado e


secretários especiais responsáveis pela conquista da segurança alimentar e
nutricional. Os representantes são indicados pelo órgão e pela entidade a que
pertencem. (Ipea2012)

Desde 2003 o Consea vem mudando a composição de seus membros,


principalmente da sociedade civil, um núcleo de conselheiros permanece e um terço
deles foi reduzido. (Ipea 2012)

Dois terços de representantes da sociedade civil, escolhidos a partir de critérios


de representação aprovados na Conferência Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional, que submete à aprovação do Presidente da República. Esse setor
corresponde a 38 organizações da sociedade civil, entre ONGs, redes sociais,
movimentos sociais, instituições religiosas e associações profissionais. Os
representantes da sociedade civil têm mandato de dois anos, permitida a recondução.
(Ipea 2012)

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assina nesta terça-feira


(28/02) decreto que reinstala o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional (Consea). Nesse dia foi reempossados os conselheiros e a presidente do
Consea, que faziam parte do conselho quando ele foi desativado em janeiro de 2019
pelo Presidente Jair Bolsonaro. (Gov.Br, 2023) A Presidência da República, o Consea
é um importante espaço institucional de participação e o controle social na formulação,
monitoramento e na avaliação de políticas públicas de segurança alimentar e
nutricional. Na nova configuração do Governo Federal, integra a estrutura da
Secretária-geral, com foco em promover a participação dos movimentos organizados
10

da sociedade civil na formulação e no acompanhamento de políticas públicas para


diferentes setores. (Gov.Br, 2023)

1.4.3 Tipos de atendimento (tradicional x ESF/NASF x Equipe Multi)

A Estratégia Saúde da Família (ESF) visa à reorganização da atenção básica


no País, de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde, e é tida pelo
Ministério da Saúde e gestores estaduais e municipais como estratégia de expansão,
qualificação e consolidação da atenção básica por favorecer uma reorientação do
processo de trabalho com maior potencial de aprofundar os princípios, diretrizes e
fundamentos da atenção básica, de ampliar a resolutividade e impacto na situação de
saúde das pessoas e coletividades, além de propiciar uma importante relação custo-
efetividade. (MINISTÉRIODASAÚDE,2022)

Uma questão em foco deve ser o estabelecimento de uma equipe


multiprofissional (equipe de Saúde da Família – eSF) composta por, no mínimo: (I)
médico generalista, ou especialista em Saúde da Família, ou médico de Família e
Comunidade; (II) enfermeiro generalista ou especialista em Saúde da Família; (III)
auxiliar ou técnico de enfermagem; e (IV) agentes comunitários de saúde. Podem ser
acrescentados a essa composição os profissionais de Saúde Bucal: cirurgião-dentista
generalista ou especialista em Saúde da Família, auxiliar e/ou técnico em Saúde
Bucal. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2022)

Sendo ela um modelo assistencial da Atenção Básica, que se fundamenta


no trabalho de equipes multiprofissionais e desenvolve ações de saúde a partir do
conhecimento da realizado local e das necessidades de sua população. O modelo da
ESF busca favorecer a aproximação da unidade de saúde das famílias; promover o
acesso aos serviços, possibilitar o estabelecimento de vínculos entre a equipe e os
usuários, a continuidade do cuidado e aumentar, por meio da corresponsabilização da
atenção, a capacidade de resolutividade dos problemas de saúde mais comuns,
produzindo maior impacto na situação de saúde local. (MINISTÉRIO DA SAÚDE,
2022)
11

Tem como princípios a integralidade e a equidade da atenção, a coordenação


e longitudinal idade do cuidado das famílias e das pessoas sob sua responsabilidade.
A organização do trabalho das equipes deve estar centrada nas necessidades dos
usuários e na busca contínua de melhoria da qualidade dos serviços ofertados à
população (SÃO PAULO,2013)

A Saúde da Família (eSF) deve ser responsável por, no máximo, 4.000


pessoas, sendo a média recomendada de 3.000 pessoas, respeitando critérios de
equidade para essa definição. Recomenda-se que o número de pessoas por equipe
considere o grau de vulnerabilidade das famílias daquele território, sendo que, quanto
maior o grau de vulnerabilidade, menor deverá ser a quantidade de pessoas por
equipe. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2022)

Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf), foram criados pelo Ministério


da Saúde mediante a Portaria GM nº 154, de 24 de janeiro de 2008, republicada em
4 de março de 2008. O principal objetivo foi o de apoiar a inserção da Estratégia de
Saúde da Família na rede de serviços, além de ampliar a abrangência e o escopo das
ações da Atenção Básica, e aumentar a resolutividade dela, reforçando os processos
de territorialização e regionalização em saúde. A referida Portaria traz como
pressupostos políticas nacionais diversas, tais como: de Atenção Básica; de
Promoção da Saúde; de Integração da Pessoa com Deficiência; de Alimentação e
Nutrição; de Saúde da Criança e do Adolescente; de Atenção Integral à Saúde da
Mulher; de Práticas Integrativas e Complementares; de Assistência Farmacêutica; da
Pessoa Idosa; de Saúde Mental; de Humanização em Saúde, além da Política
Nacional de Assistência Social. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2022)

O Nasf é uma estratégia inovadora que tem por objetivo apoiar, ampliar,
aperfeiçoar a atenção e a gestão da saúde na Atenção Básica/Saúde da Família. Seus
requisitos são, além do conhecimento técnico, a responsabilidade por determinado
número de equipes de SF e o desenvolvimento de habilidades relacionadas ao
paradigma da Saúde da Família. Deve estar comprometido, também, com a promoção
de mudanças na atitude e na atuação dos profissionais da SF e entre sua própria
equipe (Nasf), incluindo na atuação ações intersetoriais e interdisciplinares,
promoção, prevenção, reabilitação DIRETRIZES DO NASF: Núcleo de Apoio a Saúde
12

da Família 11 da saúde e cura, além de humanização de serviços, educação


permanente, promoção da integralidade e da organização territorial dos serviços de
saúde. (MINISTÉRIODASAÚDE,2022)

O Nasf deve ser constituído por equipes compostas por profissionais de


diferentes áreas de conhecimento, para atuarem no apoio e em parceria com os
profissionais das equipes de Saúde da Família, com foco nas práticas em saúde nos
territórios sob responsabilidade da equipe de SF. (MINISTÉRIO DA SAÚDE,2022)

1.5 Ações Programáticas em Saúde

As ações programáticas em saúde fazem parte do Departamento de Ações


Programáticas Estratégicas (DAPES) que faz parte da Secretaria de Atenção à Saúde
(SAS), sendo ambas instituições do Ministério da Saúde. No que concernem as ações,
compete a secretaria promover o desenvolvimento de ações estratégicas segundo o
modelo de atenção à saúde tendo como fundamento as ações do modelo de atenção
básica em saúde. Por outro lado, é o DAPES quem propõe as políticas para os grupos
populacionais divididos estrategicamente, a fim de lhes garantir atenção integral.
Fazem parte desse departamento oito áreas técnicas de modo a focalizar e otimizar
as ações: saúde da criança e do aleitamento materno; saúde do adolescente e do
jovem; saúde da mulher; saúde mental, álcool e outras drogas; saúde do idoso; saúde
da pessoa com deficiência; saúde no sistema penitenciário e saúde do homem
(BRASIL, 2021).

As ações programáticas em saúde estão previstas na Política Nacional de


Atenção Básica, dentre os seus fundamentos e devem estar integradas com a
demanda 9 espontânea. Ainda, conta no texto da política que cabe à UBS fornecer
os materiais e equipamentos necessários para que tais ações sejam praticadas, assim
como é atribuição do profissional de saúde garantir a realização dessas ações
programáticas (BRASIL, 2012).

1.5.1 Saúde da Mulher


13

A saúde da mulher faz parte do Departamento de Ação do Plano Estratégico.


Assim, o mesmo Ministério em conjunto com o Ministério da Saúde, SAS e outros
setores sociais formularam uma política nacional com enfoque integral na mulher. Este
documento contém os princípios e diretrizes da política para garantir ações de saúde
que afirmem os direitos humanos das mulheres e promovam ações para evitar a
morbimortalidade por causas evitáveis (BRASIL, 2004).

Promovendo a Política de Saúde da mulher, recursos mínimos, que são


indispensáveis à saúde daquelas que, além de serem a maioria da população
brasileira, ainda se encarregam muitas vezes em acompanhar a saúde de outros
integrantes da família, vizinhança e comunidade.

Muitas doenças preeminentes que pertencem ao público feminino,


apresentam relação com a qualidade de vida de cada classe social e com o
desenvolvimento regional diferenciado e reconhecido no Brasil. Deste modo, a Política
de Saúde da Mulher deve ser reeditada através da situação epidemiológica específica
de cada região do Brasil, seguindo as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), a
fim de promover maior impacto sobre os processos saúde-doença da população
feminina da área (FERNANDES & NARCHI,2012).

1.5.2 Saúde da Criança

Os direitos das crianças são o resultado da luta do movimento internacional


de direitos humanos. O reconhecimento dos direitos fundamentais da criança no Brasil
é resultado de muito trabalho e perseverança, bem como do esforço coletivo de ações,
programas e projetos desenvolvidos no âmbito social, especialmente aqueles
relacionados à saúde da mulher e da criança. São passos fundamentais para entender
esse legado e reconhecer os desafios que ainda existem em nossa sociedade e que
ainda são uma tarefa diária neste país, em cada estado, município e Distrito Federal.
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018).

Houve mudanças significativas com a fundação SUS, na assistência à saúde,


com nova forma de organização da rede de serviços, que passou a ser definida por
14

níveis de complexidade tecnológica crescente e a responsabilidade de assistir a uma


população delimitada geograficamente. A utilização dos recursos e competências
relativas às ações e aos serviços de saúde foi descentralizada, garantindo acesso a
bens e serviços aos grupos populacionais mais vulneráveis, entre crianças
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018).

Na Constituição Federal de 1988 o Brasil assumi, a garantia do direito


universal à saúde, com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) e, em 1990, a
proteção integral da criança, com o advento do Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA). Dentre os princípios que norteiam essa política, pode-se citar: Direito à vida e
à saúde; prioridade absoluta da criança; acesso universal à saúde; integralidade do
cuidado; equidade em saúde; ambiente facilitador à vida; humanização da atenção;
gestão participativa e controle social (BRASIL, 2018).

Ademais, autentificou os mais importantes pactos, tratados e convenções


internacionais sobre os direitos humanos da criança. Desde então, a saúde da criança
vem apresentando melhora significativa. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018).

1.5.3 Saúde do Adolescente

A Lei nº 8.069, de 3 de julho de 1990, regulamenta o Estatuto da Criança e do


Adolescente (ECA), conforme definido em seu art. O § 2º corresponde à puberdade,
onde: "Para os fins desta Lei, considera-se criança a pessoa de até 12 anos e
adolescente a pessoa de 12 a 18 anos" Brasil (2008). adolescência na faixa de 10 a
19 anos, também define adolescência como o período de 15 a 24 anos, e divide
adolescentes (15 a 19 anos) e adultos jovens (20 a 24 anos) (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2018).

Adolescentes e jovens formam um grupo populacional que exige novos modos


de produzir saúde. Seu ciclo de vida particularmente saudável evidência que os
agravos em saúde decorrem, em grande medida, de modos de fazer “andar a vida”,
de hábitos e comportamentos, que, em determinados momentos os deixam
vulneráveis. As vulnerabilidades produzidas pelo contexto social e as desigualdades
15

resultantes dos processos históricos de exclusão e discriminação determinam os


direitos e as oportunidades de adolescentes e jovens brasileiros (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2018).

Atenção básica é responsável por articular e coordenar o atendimento ao


adolescente na rede de saúde do município. Na organização da atenção integral,
serão considerados os seguintes eixos: promoção da saúde e prevenção de doenças;
ações assistenciais, bem como reabilitação da saúde e educação de longa duração,
tais como: acompanhamento do crescimento e desenvolvimento físico e mental;
saúde sexual e reprodutiva; saúde bucal; saúde mental; prevenção do uso de álcool
e outras drogas; prevenção e controle de doenças; educação em saúde; direitos
humanos, promoção da cultura de paz, prevenção da violência e assistência às
vítimas. No atendimento ao adolescente em situação de privação de liberdade, a
equipe da atenção básica priorizará a oferta de serviços integrais de saúde
(MINISTERIO DA SAUDE 2018).

1.5.4 Saúde do Idoso

A saúde do idoso surge como área de responsabilidade do DAPES, em


aliança com SAS e MS. Essa população é amparada pela Política Nacional de Saúde
do Idoso, que atende tanto ao público coletivo quanto ao individual, com base nas
diretrizes do sistema único de saúde. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014)

De forma rápida e intensa o Brasil vem envelhecendo. O aumento da


expectativa de vida representa um importante conquista social e resulta da melhoria
das condições de vida, com ampliação do acesso a serviços médicos preventivos e
curativos, avanço da tecnologia médica, ampliação da cobertura de saneamento
básico, água encanada, esgoto, aumento da escolaridade, da renda, entre outros
determinantes sociais. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014)

O desenvolvimento de políticas e programas que atendem às especificidades


do processo de envelhecimento é consistente com o aumento da expectativa de vida
e a busca por um envelhecimento saudável. Os cuidados primários devem ser
baseados nas necessidades da população e centrados no indivíduo, tendo em conta
16

a sua integração na família e na comunidade, substituindo os cuidados prescritos


centrados na doença. A especificidade e a heterogeneidade do processo de
envelhecimento devem ser consideradas em seus aspectos mais díspares no que se
refere aos determinantes sociais da saúde, buscando a equidade e abordando o
cuidado prestado, considerando as diferenças de gênero e étnicas. Para tanto, as
particularidades e idiossincrasias da população idosa e suas novas necessidades de
cuidado devem ser priorizadas na organização e prestação de serviços. (MINISTÉRIO
DA SAÚDE, 2014)

Nesse sentido, a portaria no. 2.528 de 2006 aprovaram a política que trata do
idoso. Foi determinado que o MS faça ou adapte seus planos, programas e projetos
de acordo com as diretrizes pontuadas, as quais: promoção do envelhecimento ativo
e saudável; atenção integral, integrada à saúde da pessoa idosa; estímulo às ações
intersetoriais, visando à integralidade da atenção; provimento de recursos capazes de
assegurar qualidade da atenção à saúde da pessoa idosa; estímulo à participação e
fortalecimento do controle social; formação e educação permanente dos profissionais
de saúde do SUS na área de saúde da pessoa idosa; divulgação e informação sobre
a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa para profissionais de saúde, gestores
e usuários do SUS; promoção de cooperação nacional e internacional das
experiências na atenção à saúde da pessoa idosa; e apoio ao desenvolvimento de
estudos e pesquisas (BRASIL, 2006).

Essa política surgiu num contexto em que cresciam as demandas dessa


população que envelhece ao mesmo tempo em que vários avanços já permeavam o
campo de saúde que se refere ao idoso. Salienta-se o rápido envelhecimento do
Brasil, o baixo nível socioeconômico e educacional que abarca grande parcela desse
grupo, aliado a uma alta prevalência de doenças crônicas não transmissíveis, que por
sua vez causam limitações funcionais e podem ser incapacitantes. Ainda, visto que
atualmente se entende saúde em seu sentido amplo, considerando o aspecto físico,
mental, financeiro e de interação social, é necessário que a política e os programas,
projetos e serviços vinculados a ela estejam alinhados a essa nova perspectiva.
(BRASIL, 2016)
17

1.5.5 Programa de Assistência Especializada (SAE) DST/AIDS

A epidemia da AIDS tomou forma, no Brasil, na década de 80; no Município,


foco do estudo, o primeiro registro de caso ocorreu em 1987. Em 2004, o Município
ficou em 5º lugar em número de casos no Estado da Paraíba. O Brasil é o único país
do mundo cujo tratamento para Aids é oferecido gratuitamente a todos,
independentemente de cor, raça, religião e condição financeira, procurando-se, assim,
obedecer aos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). (SES-PB, 2014)

O surgimento dessa doença infecciosa no país abriu caminho para novos


questionamentos sobre o assunto. Nunca se falou tanto sobre sexualidade, sexo,
preservativos, gravidez na adolescência, comportamento sexual, costumes, cultura,
educação, puberdade e processo de desenvolvimento. Existem as mais diversas
obras; alguns temas foram amplamente pesquisados, outros nem sequer constam nos
trabalhos, pois alguns eventos são praticamente inéditos. (MS, 2015)

Os Serviços de Assistência Especializada (SAEs) foram implantados de forma


descentralizada a partir de 1994, com recursos repassados do Ministério da Saúde
(MS) às Coordenadorias locais de DST e Aids por meio do Plano Anual de Ação
(POA). Durante este processo, os coordenadores identificaram a necessidade de
implementação do serviço e adquiriram e entregaram equipamentos/veículos às
agências. A adoção dessa política de gestão, considerada suficiente à época,
produziu resultados positivos e negativos no processo. Do lado positivo, destaca-se a
descentralização de responsabilidades e os custos operacionais associados ao
estabelecimento desta rede de atendimento. Por outro lado, observamos a
marginalização das equipes e instituições de saúde em relação ao processo,
deficiências na instrumentação do acompanhamento físico-econômico e ausência de
práticas de avaliação dos serviços. Assim, em 1997, decidiu-se centralizar a prestação
de serviços, transferindo recursos do Ministério da Saúde para instituições
assistenciais por meio da coordenação de projetos especiais (MS, 2015).

Atendendo à crescente demanda por atendimento, o Ministério da Saúde


desenvolveu de forma inovadora o programa de alternativas assistenciais. Esse
programa baseou-se em projetos de implementação de serviços alternativos ao
18

tratamento convencional, que introduziram concepções individualizadas de níveis de


atenção e soluções diagnóstico-terapêuticas, e criaram mecanismos de comparação
e contrarreferência com os serviços da rede pública. Foi assim que se desenvolveu o
conceito de serviço de atendimento especializado (SAE) em nível ambulatorial;
opções de tratamento como hospital-dia (HD), atendimento domiciliar terapêutico
(ADT) e hospitalar padrão (MS, 2015).

O SAE é uma unidade assistencial de caráter ambulatorial, que propícia o


vínculo do paciente portador do vírus HIV/Aids e outras DSTs com uma equipe
multiprofissional ao longo de sua enfermidade. Presta atendimento médico, com
resolutividade diagnóstica, e oferece tratamento com assistência farmacêutica e
psicossocial aos pacientes e familiares (MS, 2015).

1.6 Dados Atuais do estado nutricional e de consumo alimentar da população


Brasileira

De acordo com os dados apresentados, 55,4% do total da população adulta


brasileira está com sobrepeso e 19,8% com obesidade. A partir desses números, as
taxas de obesidade são maiores entre as mulheres, com 20,7% das mulheres obesas
em comparação com 18,7% dos homens. Em relação à obesidade infantil, segundo o
estudo (BRASIL, 2021), 13,2% das crianças de 5 a 9 anos subsequentes pelo SUS
eram obesas. (VIGITEL 2019)

A obesidade e o sobrepeso elevaram-se progressivamente. Essas condições


estão entre as principais causadoras de incapacidade e morte na região das Américas.
Na última Pesquisa Nacional de Saúde, demonstrou-se que mais da metade da
população adulta brasileira (56,9%) apresentou excesso de peso, havendo maior
prevalência no sexo feminino (PESQUISA NACIONAL DE SAÚDE, 2015). O estilo de
vida das pessoas tem tornado a alimentação inadequada. Assim, a obesidade pode
ocorrer em resposta a um período com alimentação desajustada qualidade e
quantitativamente, sendo associada à ocorrência de outras doenças crônicas não
transmissíveis (DCNT). Quanto ao papel da alimentação na obesidade, um padrão
alimentar com predominância de alimentos ultra processados em detrimento aos
19

saudáveis pode contribuir para sua incidência (SANTOS; CARVALHO, 2021). Com
dito, um dos maiores problemas de saúde pública no Brasil atualmente são as
doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). No Brasil, as DCNT são igualmente
relevantes, tendo sido responsáveis, em 2016, 74% do total de mortes, com destaque
para doenças cardiovasculares 28%, neoplasias 18%, doenças respiratórias 6% e
diabetes 5% (VIGITEL, 2019).

Em se tratando do consumo de frutas e verduras, apenas 24,1% dos


brasileiros consomem a quantidade de frutas e hortaliças recomendada pela Guia
Alimentar para a População Brasileira. Sabe-se que, segundo o Guia, é recomendado
400 gramas diárias de frutas, legumes e verduras. Além disso, foi verificado uma
disparidade no consumo considerando os sexos: apenas 19,3% dos homens atendem
as recomendações, enquanto 28,3% das mulheres atingem as recomendações
(BRASIL, 2015).

Em 2015, foi identificado a frequência semanal de feijão, hortaliças, frutas e


leite e de alimentação não saudável frituras, embutidos, biscoitos salgados e doces,
salgados fritos, guloseimas e refrigerantes, em cinco dias ou mais na semana, foi
verificado o consumo de salgados fritos entre 9,9% no Estado do Rio Grande do Sul
e 21,3% no Estado do Acre. Para guloseimas, o maior percentual foi registrado no
Estado de São Paulo 47,7%, superior à média nacional de 41,6%. A distribuição do
consumo de ultra processados salgados evidenciou percentual acima da média
nacional (31,3%) nas Regiões Sul (33,6%) e Sudeste (32,9%) (PeNSE, 2016).

1.7 Papel do Nutricionista na atenção primária à saúde

O papel do nutricionista na atenção básica e primaria deve-se pautar pelo


compromisso e pelo conhecimento da realidade epidemiológica e das estratégias em
ação de saúde coletiva. Estas ações passam por todo um quadro nacional de garantia
de acesso a saúde pelo poder público. Tal garantia é estabelecida pela Lei Orgânica
de Segurança Alimentar e Nutricional (LOSAN) a qual postula o direito humano à
alimentação adequada, e pelas políticas nacionais, que estabelecem diretrizes de
atuação do nutricionista. Dentre as políticas, deve-se notar: a Política Nacional de
20

Alimentação e Nutrição (PNAN), a Política Nacional de Segurança Alimentar e


Nutricional (PNSAN), a Política Nacional de Saúde e a própria Política Nacional de
Atenção Básica (CFN, 2015).

O nutricionista é um profissional de saúde cuja formação visa à atuação no


Sistema Único de Saúde (SUS). (CFN, 2015).

Essa colocação, neste nível de atenção à saúde ainda está longe do


recomendado e do necessário para lidar com a realidade epidemiológica nacional
(BRASIL, 2015).

As recomendações da PNAN representam um marco nos esforços de


promoção da saúde dos nutricionistas. São eles: Organização da assistência
nutricional; Promoção de uma alimentação adequada e saudável; Vigilância alimentar
e nutricional; Administração das atividades de alimentação e nutrição; Participação e
controle social; Qualificação da força de trabalho; Inspeção e regulamentação de
alimentos; Inovação e conhecimento em ciência dos alimentos e nutrição; Cooperação
e articulação para a segurança alimentar e nutricional. (BRASIL, 2015)

Quanto à atenção primária à saúde, é importante a atuação universal,


sistemática e qualificada em alimentação e nutrição, visto que a alimentação é fator
de risco para o desenvolvimento de algumas doenças não transmissíveis. Portanto,
os profissionais devem considerar todo o contexto social e epidemiológico do
paciente. Deve implementar ações de promoção da saúde em todas as fases da vida
humana e em tipos de comunidade. A presença do profissional no NASF e UBS é
destinada a trabalhar com indivíduos, famílias e comunidades; participar de iniciativas
de educação permanente para profissionais de saúde; articular estratégias de ação
relacionadas ao componente social de seu campo de atuação, voltadas para a
promoção de alimentação saudável, alimentação adequada direitos humanos e
segurança alimentar e nutricional (CFN, 2015).

Quanto às ações estratégicas de saúde nutricional que o nutricionista pode


desenvolver, destacam-se: Diagnosticar o estado alimentar e nutricional de uma
população de maior risco alimentar e nutricional a partir do conhecimento de regiões
21

geográficas, grupos populacionais e inquéritos nutricionais que indiquem coletivos.


Após a avaliação, ajudar a integrar esses indivíduos na sociedade, promovendo
educação nutricional e engajando essas famílias em programas sociais que possam
auxiliá-los; tomar medidas para identificar características domésticas e familiares
difíceis que possam afetar o estado nutricional e a segurança alimentar; entender os
hábitos e práticas alimentares regionais, e buscar estratégias para incorporá-los à
educação alimentar e nutricional; colaborar com as equipes de saúde para
desenvolver cuidados nutricionais e programas de enfermagem; e facilitar a educação
e treinamento de profissionais de saúde e, finalmente, o planejamento do tratamento
(CFN, 2015).

2. Desenvolvimento e Caracterização da Instituição

a) Histórico:

Fizemos uma pesquisa socioeconômica no SAE e utilizamos o google forms


para colocar as informações de cada paciente para obter alguns gráficos
Esta unidade tem o público-alvo formado por adultos de 19 a 39 anos que moram
relativamente longe da unidade. Entre eles, a maioria possui ensino médio completo
ou superior completo, pertence à categoria B e não possui doenças como diabetes,
hipertensão ou dislipidemia. Todos os resultados dos inquéritos socioeconómicos são
apresentados no Anexo 14.
22
23
24

Fonte: Dados organizados pelo discente. SAE Butantã, 2023.

b) Razão Social:
Secretaria Municipal de Saúde (SMS)

c) Componentes da Administração Atual:


Prefeitura Municipal de São Paulo, Coordenadoria de Saúde Oeste, Supervisão de
saúde do Butantã e Coordenadoria de IST/Aids.

d) Ramo de Atividade:
Serviço de Assistência Especializada em IST/AIDS
25

e) Organograma:
Figura 2 – Organograma da unidade

Fonte: Dados organizados pelo discente. SAE Butantã, 2023.

f) Número de Funcionários:
No total de 52 funcionários, conta com médicos, assistentes sociais, enfermeiros,
dentistas, administrativo.
26

Figura 3 - Quadro de funcionários

Fonte: SAE Butantã, 2023


27

g) Objetivos:

A unidade do SAE Butantã, presta assistência de caráter ambulatorial, com o


portador do vírus HIV/Aids e outras DSTs com uma equipe multiprofissional. Presta
atendimento médico, psicológico e de orientação a comunidade, com resolutividade
diagnóstica, e oferece tratamento com assistência farmacêutica e psicossocial aos
pacientes e familiares. Está Vinculado ao Distrito de Saúde do Butantã e a
Coordenadoria Regional de Saúde Centro Oeste, sob a Supervisão Técnica de Saúde
do Butantã e da Prefeitura Municipal de São Paulo.

h) Unidades Atendidas:

Os pacientes desta unidade são de diversas regiões de São Paulo, até de


outras cidades. Pela questão de sigilo a respeito do tratamento O SAE não tem uma
região definida para os atendimentos. Os pacientes podem escolher a unidade que
quiser para iniciar o tratamento. Se o paciente necessitar de outro tratamento, o SAE
entra em contato com a UBS do território dele ou faz o encaminhamento para outro
serviço especializado.

3. Tipo de atuação do(a) nutricionista

a) Descrever as atribuições dos(as) nutricionistas do setor:

Estágio de graduação em Nutrição é ato educativo supervisionado,


desenvolvido no ambiente de trabalho mediante a celebração do Termo de
Compromisso de Estágio entre o educando, a parte concedente do estágio e a
instituição de ensino, que visa à preparação dos(as) estagiários(as) para o
desenvolvimento de competências próprias da atividade profissional, nos termos da
Lei nº 11.788, de 2008.( RESOLUÇÃO CFN Nº698,11DEAGOSTODE2021)

b) Descrever as atividades desenvolvidas pelo nutricionista:


28

No local tivemos a supervisora que era uma nutricionista para nos orientar em
diversas questões como também para verificar se estávamos fazendo as orientações
finais e anamnese correta, mas o local da UBS não tinha um nutricionista. Quando
tinha uma nutricionista ela montava o grupo de apoio e fazia a separação e o cálculo
da necessidade de fórmula por mês para mães portadoras do vírus do HIV e orientava
essas mães como diluir e higienizar e a orientação nutricional da formula e a
introdução.

Figura 4 Material desenvolvido pela nutricionista


29
30

Fonte: SAE Butantã 2023


31

c) Discorrer sobre o papel do estagiário e do nutricionista na área da Saúde


Publica

A ação do nutricionista na atenção primária à saúde deve-se pautar pelo


compromisso e pelo conhecimento técnico da realidade epidemiológica e das
estratégias e das ferramentas de ação em saúde coletiva. Sua atual inserção nesse
nível de atenção à saúde ainda está longe do recomendado e do necessário para lidar
com a realidade epidemiológica nacional. O Papel do Nutricionista na Atenção
Primária a Saúde com a formulação e a implementação das ações de alimentação e
nutrição na atenção primária em saúde devem considerar os seguintes elementos
organizacionais: gestão das ações de alimentação e nutrição e cuidado nutricional
propriamente dito englobando ações de diagnóstico, promoção da saúde, prevenção
de doenças, tratamento/cuidado/assistência, ações que promovam a melhora da
nutrição dos indivíduos como também qualquer ajuda que esteja relacionada a área
da nutrição e saúde.

O Papel do estagiário de nutrição está totalmente relacionado ao aprendizado


e com relação a união do conhecimento teórico e a sua pequena base pratica
realizada em aulas práticas, com o intuito inicial de aprender como também promover
o conhecimento sobre nutrição e saúde na área que esteja estagiando incluindo
serviços de ajuda, como coleta de dados e questionários. (Conselho Federal de
Nutricionista,3ªedição-julho2015).

4. Atividades Desenvolvidas

a) Descrição dos(as) profissionais e interação interdisciplinar:

O paciente chega no local, e faz já seu primeiro contato com a recepção onde
será fornecido uma senha para o paciente passar no acolhimento feito por qualquer
profissional da saúde que esteja no local ou assistente social, no acolhimento é feito
um teste rápido e no caso dele se for positivo para qualquer doença, será marcado
um retorno para consulta medica9com um médico) e seria fornecido para o paciente
alguns medicamentos . É feito após o agendamento da coleta com a primeira consulta
32

de enfermagem feita por um enfermeiro, ele depois passa na assistente social que faz
um tipo de acolhimento, mas com perguntas mais especificas que não relacionam
muito em torno da saúde, depois com o dentista e infectologista, e se possível quando
o nutricionista está no local com a equipe.

b) Número de atendimentos por área específica; análise considerando a


qualidade de atendimento que se propõe na entidade

Durante o período realizamos diversas atividades na unidade, como ação


para grupo de mulheres e também acompanhamentos, orientações individuais
(consultas) e educação nutricional.

O número de atendimentos por área não estava disponível no local e com


alguns documentos importantes faltando este dado não pode ser coletado, Os
estagiários fizeram anamnese alimentar entretanto a realização de medidas
antropométricas não foram realizadas pela falta de equipamentos no local, as
orientações foram baseadas nos hábitos alimentares que poderiam ser melhorados
pelos pacientes. Os profissionais da saúde na unida dispõe apenas da medida
antropométrica sendo usada a circunferência do braço e o peso e altura, a anamnese
alimentar os profissionais não usam.

Segue abaixo o fluxograma e descrição de atendimentos e tipos de pessoas


atendidas:

c) Tipos de pessoas atendidas: motivo mais frequente da procura, nível


socioeconômico, faixa etária

 Fluxograma de atendimento ao(à) cliente.


33

Figura 6 – Fluxograma do Primeiro Atendimento

Fonte: SAE, Butantã 2023.

Fonte: SAE, Butantã 2023.


34

Fonte: SAE, Butantã 2023.

5. Planejamento e critérios para intervenção nutricional

Durante o período de estágios, os alunos usufruíram dos equipamentos do


local para a obtenção de dados como a balança para averiguar o peso do paciente e
mensurar a altura com a balança que também tem está função. A circunferência do
braço foi a segunda medida também usada com a fita métrica.

No consultório quando os alunos fizeram as orientações e buscaram dados


dos pacientes, foram usados como instrumentos o recordatório de 24 horas e
orientação nutricional supervisionada pela nutricionista supervisora de estágio. Os
colaboradores da unidade também fazem uso dos mesmos equipamentos e usam as
mesma formas usadas pelos alunos quando o processo está relacionado com coleta
de dados para fins nutricionais avaliativos.
35

6. Orientação e/ou educação alimentar para indivíduos /ou grupos

O material de apoio que está disponível nas páginas abaixo são guias
disponibilizados no site da prefeitura e manuais antigos da própria unidade como
também manuais de apoio da antiga nutricionista que criou em 2012 quando tinha um
nutricionista naquela unidade. Os panfletos e avisos disponíveis com imagens estão
páginas seguintes.

Os exames foram feitos em dias específicos como o dia das mulheres que os
alunos estagiários realizaram a ação para a promoção do exame que detecta câncer
de mama e também a apresentação com as mães que tem recém nascido até 06
meses de idade e que não podem amamentar. Os temas que foram discutidos foram
diversos pois aquela unidade do Butantã, ela atende todo paciente que precise de
assistência médica e qualquer tipo de faixa etária e se a unidade não conseguir
atender seria encaminhado para outra unidade ou hospital. Entretanto, como
observamos durante todo o período de estágio a maioria dos casos que foram
discutidos foram casos que estavam mais presentes no dia a dia, como doenças
sexualmente transmissíveis e pessoa que gostariam de se prevenir ou fazer o
tratamento para AIDS.

O estágio supervisionado em Saúde Pública tem como objetivo também


contribuir para o processo de aprendizagem do aluno, colocando em prática os
conhecimentos adquiridos ao longo da nossa formação acadêmica, permitindo uma
melhor percepção do nutricionista em UBS. Tendo em vista que a população passa
hoje por grandes mudanças, onde cada vez mais, é comum a presença de Doenças
Crônicas Não Transmissíveis na população, e que a grande maioria dessas doenças
se encontram inteiramente ligadas com a alimentação, tanto para prevenção, como
para o tratamento. Verificou-se que cada paciente é único, com características
próprias, de diversas faixa etária, diferentes condições socioeconômicas, patologias,
históricos, hábitos e costumes, que leva o profissional a ter diferentes formas de
abordagens, no sentido de motivá-los a cumprir os objetivos e metas propostas. Por
tanto esse campo de estágio em particular estimula que os novos profissionais
36

aprendam a lidar com as diferenças, dificuldades, e peculiaridades das pessoas, pois


durante a graduação não é possível vivenciar de fato a realidade que a maioria irá
encontrar.

7. Descrição das atividades desenvolvidas durante o estágio

01/03/2023

Foi realizada a apresentação da UBS e a apresentação dos funcionários ao


estagiário

02/03/2023

Realizamos atendimento em dupla (Primeira consulta)

Paciente : A.C.S,44 anos ,65kg ,1,66 de altura , com o IMC de 23,6 de classificação
eutrófico, mora em Carapicuíba. Paciente HIV positivo, não apresenta DM, HAS,
sem queixas pontuais em questões alimentares. Histórico familiar, irmãos com
obesidade no início da infância. Paciente pratica esporte 5 vezes na semana, 1:30h
ao dia, com o objetivo de emagrecimento. Paciente faz tratamento de depressão
continuo, mas parou por conta própria e relatou já não sentir que precisa mais da
medicação. Paciente não possui alergia e intolerância alimentares, tem aversão a
carne vermelha. Relata ingerir cerca de 2 litros de agua ao dia, relatou habito
intestinal regular e saudável. Consumo alimentar rico em açúcar, farinha branca,
embutidos e alimentos açucarados. Aconselhado uma ingestão maior de proteína,
verdura e legumes, assim o como a diminuição dos açucares e embutidos.

03/03/2023

Acompanhamento da Prep. junto com enfermeiro

Paciente A.D.E. 28 anos, 1,67 de altura, não é soro positivo mas faz
acompanhamento com médicos para que sempre esteja atendo os cuidados de uma
37

possível transmissão como também testes sendo realizados mensamente para que
se houver contato com o vírus , a prep ser eficiente. Ele esteve presente para
acompanhar seu tratamento de prep. , foi feita a coleta de sangue para o teste e
devidamente orientado a continuar com o tratamento de prevenção pois o paciente
não faz uso da proteção física(para homens, camisinha masculina) O paciente deve
retornar da aqui a 28 dias para se consultar com o médico.

08/03/2023

Neste dia realizamos uma ação para pacientes que estão na área de espera para
serem atendidos, o público-alvo (mulheres), neste dia era dia das mulheres e nós
além de celebrarmos o dia das mulheres também fizemos uma ação para aconselhar
e relembrar o tratamento do câncer de mama como também de doenças sexualmente
transmissíveis.

09/03/2023

Rotina de coleta de dados para marcadores socioeconômicos.

10/03/2023

Aplicação de marcadores e questionário socioeconômico.

15/03/2023
Realizamos uma apresentação para mães de recém-nascidos abaixo de 06 meses
de idade que não podem ser alimentados com leite materno.

16/03/2023

Realizamos uma apresentação para mães de recém nascidos abaixo de 06 meses


de idade que não podem ser alimentados com leite materno.
38

17/03/2023

Acompanhamento de rotina da unidade SAE.

22/03/2023

Acompanhamento de rotina SAE.

Atendimento
Paciente N.D.S, 53 anos, possui diagnóstico de diabetes tipo 2 com glicemia alterada
e colesterol alto. Faz uso de medicamentos de uso crônico (metformina e
atorvastatina) e apresentou exames bioquímicos de colesterol e triglicérides, 278
mg/dl e 146mg/dl, respectivamente. Relatou ter pai e mãe hipertensos e apresentou
histórico pessoal. Nega etilismo, tabagismo, e prática de atividade física.
Paciente relatou perca de peso, retenção hídrica e dores nos pés. Sobre o hábito
alimentar foi possível identificar longos períodos de jejum, uso de temperos e sucos
em pó industrializados. Nega alergias, intolerâncias e aversões alimentares.
Apresenta hábito intestinal classificado na Escala de Bristol 4. Ingere 600 ml de água
por dia.

Na avaliação do consumo alimentar, foi identificada uma dieta rica em ultra


processados e baixo consumo de fibras. Foram estipuladas as seguintes metas:
aumentar a ingestão de água 5 copos a mais por dia; dar preferência a temperos
naturais; pães se for de forma consumir os integrais; arroz branco ao preparar utilizar
pouco óleo para refogar e acrescentar legumes como arroz, brócolis entre outros;
acrescentar frutas entre as refeições; diminuir carne vermelha, preferir carnes
magras; substituir sucos em pó por suco natural; evitar o consumo de refrigerantes,
porém ao consumir esporadicamente consumir o zero açúcar; acrescentar aveia nas
frutas; acrescentar frutas no iogurte.

23/03/2023

Acompanhamento de rotina SAE.


39

24/03/2023

Acompanhamento de rotina SAE

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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de Atenção Básica; 2020 Documento eletrônico. Disponível em:
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/sus-estrutura-principios-
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Ministerio da Saúde, Instituto Sírio-libanês de Ensino e Pesquisa – Brasília: Ministério
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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
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Criança: orientações para implementação / Ministério da Saúde. Secretaria de
Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília :
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mulher em situação de exclusão social. Enfermagem e saúde da mulher. Tradução.
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MUNICIPAL DE. Disponível em < https://www.capital.sp.gov.br/cidadao/saude-e-
bemestar/melhorias-na-saude-municipal/estrategia-saude-da-familia-esf Acessado
em: 13 de outubro de 2022.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO. UNA-SUS/UFMA Envelhecimento e
Saúde da Pessoa Idosa: políticas, programas e rede de atenção à saúde do
idoso/Camila Carvalho Amorim; Fabrício Silva Pessoa (Org.). - São Luís, 2014.
VIANA, J. A.; SILVA, R. B. da; ARAÚJO, A. M. V. .; CRESCIULO, C. M. S. .;
EUCLIDES , I. N.; WEILER, R. M. E. .; MENDES, L. H. R. .; CÁ, A. B. .; SUZUKI, D.
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integrative review. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 5, p.
e11511528086, 2022.Disponível
em:https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/28086. Acesso em: 18 oct. 2022.
42

9. ANEXOS:

Anexo 1 e 2 :Ação realizada na entrada da UBS no dia das mulheres


43

Anexo 3 :Folder usado no dia das mulheres

Anexo 4 Camisinha feminina distribuída no dia das mulheres


44

Anexo 5 Feito uma apresentação para mães que tinham bebês recém-nascidos
com idade até 6 meses de idade

Anexo 6 Folheto na área da distribuição de Fórmula Infantil


45

Anexo 7 Folheto com toda a explicação da Prep


46

Anexo 8 Guia que utilizamos para as recomendações e orientações com


crianças e para o trabalho feito com as gestantes.

Anexo 9 Folheto usado para orientar mães de como higienizar a mamadeira e a


preparação adequada
47

Anexo 10 Guia usado para a o aprendizado durante o estágio na UBS

Anexo 11 Guia usado para o aprendizado sobre aleitamento durante o estágio


48

Anexo 14– Pesquisas Socioeconômicas do Público Atendido


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51
52
53
54

Anexo 12 Estudo de caso

Centro de Educação infantil Cantinho Feliz atende crianças de 2 a 4 anos de


permanecem na unidade educacional das 7h às 17h, período em que recebem 5
refeições diariamente. Vocês como nutricionista da unidade receberam alguns relatos
de crianças com constipação intestinal. A diretora da unidade pede ajuda com esta
questão:

-Quais as hipóteses para a causa da constipação dos alunos?

Os problemas alimentares que causam constipação incluem uma dieta com baixo teor
de líquidos e/ou fibras (fibras estão presentes em frutas, verduras e cereais integrais).

-Quais orientações dietéticas vocês recomendariam?


55

Priorize as frutas que se consome com casca e/ou bagaço como: maçã, pera,
laranja, mexerica, ameixa, caqui, jambo e tamarindo. Abacaxi, abacate, mamão,
manga, morango, melancia, melão e pinha, também são excelentes frutas laxativas.
Evite banana prata, maçã sem casca, goiaba e caju.

-As atividades de EAN podem ser direcionadas para o Centro de


Educação Infantil?

Podemos sim fazer o direcionamento pois Educação Alimentar e Nutricional


(EAN) é o campo do conhecimento e de prática contínua e permanente,
transdisciplinar, intersetorial e multiprofissional que promove a prática autônoma e
voluntária de hábitos alimentares saudáveis, contribuindo para assegurar o Direito à
Alimentação Adequada e Saudável (DHAA)

-Como avaliar se as ações de EAN contribuíram para a modificação do


quadro de constipação dos alunos?

Mudanças de escolhas alimentares pela escola, sendo assim uma oferta


qualitativa para os alunos melhorarem a constipação e perguntando aos pais e
professores a frequência que os alunos estão indo ao banheiro e o feedback dos
alunos em relação a constipação.

-Orientações de alta para pacientes diabéticos?

Orientar a consumir diariamente uma variedade de frutas, vegetais e


leguminosas; Evitem o consumo abusivo de bebidas alcoólicas, Pratique exercício
físico regularmente, de acordo com orientação do profissional habilitado. Sempre
prestar a atenção na quantidade açúcar no sangue.
UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP

GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO

Campus Butantã II

PEDRO ATHAYDE MENDOZA

AÇÃO DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL SOBRE INTRODUÇÃO


ALIMENTAR REALIZADA EM UM SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA ESPECIALIZADA
NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

São Paulo – SP
2023
2

UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP

GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO
Instituto de Ciências da Saúde - Campus Alphaville

PEDRO ATHAYDE MENDOZA – RA: 2037122

AÇÃO DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL SOBRE INTRODUÇÃO


ALIMENTAR REALIZADA EM UM SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA ESPECIALIZADA
NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

Artigo apresentado como requisito parcial para


aprovação no estágio supervisionado em
Saúde Pública, no Serviço de Assistência
Especializada (SAE) sendo componente da
avaliação do curso de Nutrição, da
Universidade Paulista Campus Butantã II.
Supervisora: Liv Gomes e Bruna Faria Petrich
Orientadoras: Luciana Gavilan Dias Folchetti.

SÃO PAULO – SP
2023
3

Autores: Amanda Gaspar Machado, Pedro Athayde Mendoza, Gustavo Marsson.

A importância da fórmula para os filhos das mães que são portadoras de HIV

Resumo

A recomendação no Brasil para a mãe com HIV positivo é de não realizar a


amamentação e de não amamentar o recém-nascido. Nessas situações, é
aconselhável o método de uso da fórmula infantil, o que pode acarretar um sentimento
de tristeza e depressão nessas mulheres, uma vez que ocorrerá a introdução da
fórmula infantil durantes os seis primeiros meses de vida da criança.

Objetiva-se com o desenvolvimento deste trabalho, revisar a literatura sobre


a importância da fórmula para os filhos das mães que são portadoras de HIV diante
da impossibilidade da amamentação; desenvolver a percepção das mulheres vivendo
com o HIV através das orientações fornecidas em relação a não amamentação.

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, sendo realizado uma revisão


bibliográfica, utilizando artigos atualizados e retirados da Revista Unifan, Scielo
(Scientific Electronic Library Online) e PUBMED. Os dados obtidos nesta revisão
integrativa da literatura permitem observar que ainda há uma grande lacuna de
pesquisas nesta área e também o desconhecimento das mães sobre os processos de
amamentação, como também sendo acometidas por sentimento de tristeza, culpa e
insegurança, mas também outras mães que entendem o processo para que não
ocorra a contaminação vertical e sendo feita a proteção do seu filho de se infectar pelo
HIV.

Introdução

A síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA/AIDS) é um grande problema


em saúde pública, o portador pode ter a síndrome do AIDS devido a exposição ao
vírus HIV, que atacam as células CD4+ que acaba alterando o DNA da célula para
conseguir se replicar. Essa infecção pode acontecer por agulhas com o sangue
4

contaminado, relações sexuais sem proteção e quando a mãe que tem o filho
amamenta acontece por meio da transmissão vertical. (GOULART et al., 2018)

No Brasil é recomendado o parto Cesária e a não amamentação que ajuda


diminuir a chance da transmissão vertical, já que a transmissão vertical é a maior
causa de aumento de infecção por HIV. Então nesses casos normalmente é
recomendado que faça a secagem do leite dessas mães e que nos seis primeiros
meses de vida seja introduzido a fórmula infantil. (ALVARENGA et al., 2019)

Desta forma, toda mulher diagnosticada com HIV/AIDS seja orientada a não
realizar a amamentação, entretanto, é preciso que ocorra uma orientação que
explique e oriente essa mãe, para que ela seja informada e orientada sobre o direito
de receber a fórmula láctea infantil fornecida gratuitamente pelo Sistema Único de
Saúde(SUS),(BRASIL, 2017b).

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, para as mães que não


podem realizar a amamentação do recém-nascido , devido a presença de HIV, é de
suma importância o uso fórmula láctea infantil, quando feita de forma correta e com
a devida atenção durante o processo de preparação da fórmula, o fornecimento de
nutrientes será eficiente e satisfatório (WHO, 2016).

Contudo, ainda se encontram mães desinformadas devido à falta de


orientações a respeito da forma de transmissão do vírus através da lactação, e sobre
como preparar e oferecer a fórmula para seu bebê. Com esse cenário, observa-se
como ainda é precário a preocupação dos profissionais da saúde em realizar as
devidas informações às mães infectadas pelo HIV. Muitas mulheres com HIV relatam
que nunca receberam informações básicas de como manusear a fórmula, precisando
se informar através da embalagem do produto, pois não sabiam como preparar de
forma correta (ALVARENGA, 2019).

Mesmo assim ainda são feitas muitas intervenções visando a redução da


transmissão vertical do HIV, a cesariana eletiva e a substituição do leite materno, com
isso resultou em uma redução significativa do aumento de casos de AIDS em
crianças. Como também, o diagnóstico e tratamento gratuito e universal para o
5

HIV/AIDS, a amamentação por leite artificial durante os seis primeiros meses de vida
de crianças expostas, adotadas como medidas de precaução da infecção da mãe para
o bebê (ABDALLAH et al., 2008).

Justificativa

Com a realidade das mães portadoras do vírus nesta situação e com a lacuna
de informação que elas têm sobre o assunto de fornecer a fórmula infantil para seu
recém-nascido como também a higienização correta da mamadeira pré e pós o uso.

Esta pesquisa se mostra de extrema importância para o acúmulo de


informação e desenvolvimento de informação. A criança exposta ao HIV é
considerada de risco, diante disso a Unidade Básica de Saúde deve adotar medidas
como marcar a consulta no serviço de referência, realizar puericultura e monitorar a
frequência da criança às consultas agendadas no serviço de assistência especializada
e assegurar-se do recebimento da fórmula infantil. Segundo instrução do Ministério da
Saúde as crianças nascidas de mães infectadas pelo HIV, precisam de
acompanhamento periódico em unidades especializadas com pediatras capacitados
para o atendimento dessas crianças até a definição do diagnóstico. (ABDALLAH et
al., 2008)

Objetivos

Um dos objetivos da ação foi analisar se as mães sabiam da importância do


uso da fórmula quando não é possível amamentar, se essas mães foram orientadas
de como fazem a higienização das mamadeiras corretamente e se elas sabiam a
forma correta de diluição da fórmula infantil. Depois de analisar orientamos essas
mães o jeito correto de fazer a diluição, higienização e explicamos a importância do
uso exclusivo da fórmula. O outro objetivo do trabalho foi ressaltar a importância da
amamentação com fórmula para saúde do bebê.

Metodologia
6

O público deste trabalho foram mães portadoras de HIV que tivessem filhos
de até 6 meses que recebem leite NAN porque não podem amamentar seus filhos,
para que não aconteça a transmissão do HIV, conseguimos fazer a orientação com 2
mães, uma com o filha de 1 mês quase 2 meses e outra com o filho de 5 meses.

Foi feito um grupo de orientação para orientar a forma correta de higienizar as


mamadeiras, como diluir de forma correta o leite, falamos sobre a importância de não
dar outros tipos de leite e outros tipos de bebidas, falamos da importância de oferecer
água para o bebe que usa fórmula.

Nosso grupo fez a ação na sala do SAE que usamos para fazer atendimento
nutricional, levamos uma mamadeira para demonstrar a correta higienização, fizemos
um cartaz falando sobre todos os temas que abordamos na ação. Também na ação
deixávamos as mães fazerem perguntas se elas tivessem alguma dúvida que a gente
pudesse ajudar.

Foi elaborado perguntas voltada para a parte de higienização, importância da


correta preparação da formulação e importância na suplementação de água devido a
composição da alimentação com fórmula.

As Perguntas realizadas foram:

Como é feita a higienização da mamadeira e do material utilizado para


amamentar o recém-nascido?

Como é feita a diluição da solução NAM1 utilizada no preparo da alimentação?

Tem como costume, fora a mamadeira com NAM1, oferecer água?

Foi usado como base para análise 2 mães, impossibilitadas de alimentar seus
filhos devido a IST com possibilidade de contaminação vertical a com crianças entre
0 e 6 meses de vida. A Ação e questionário foram realizados no SAE Butantã
localizado na Vila Lageado.
7

Resultados:

Por meio das três perguntas realizadas, obtivemos os seguintes resultados.

Todas as Mães conheciam o processo de higienização das mamadeiras e


utilizavam água filtrada fervida. Mesmo conhecendo o processo, as mães não
esterilizam as peças individualmente, o que pode ocasionar contaminação devido a
resíduos da formulação. Mesmo com algumas mães em situação vulnerável, todas
que participaram da ação e do questionário utilizam a fórmula de maneira correta e
não tivemos relatos de revenda do produto As mães desconheciam a necessidade de
oferecer água junto com fórmula.

Discussão:

Nos artigos que utilizamos neste trabalho analisamos que muitas dessas
mães portadoras de HIV tem dificuldade em aceitar a não amamentação dos seus
filhos. Mas entende que a introdução com a fórmula é uma forma de ajudar na
prevenção da infecção do vírus em seus filhos. (SILVA et al., 2018b)

O programa de suplementação é muito eficiente para conseguir diminuir a


transmissão vertical, mas muitas mães não são orientadas da forma correta de fazer
a higienização da mamadeira e como fazer a correta diluição, muitas dessas mães
têm muitas dúvidas sobre a forma correta de amamentar o bebê e não sabem a
importância da amamentação exclusiva da fórmula para essas crianças.
(ALVARENGA, 2019)

Para ajudar essas mães entenderem a importância da fórmula infantil, o


profissional que vai orientar a mãe quando a criança nasce é importante que tenha
uma escuta ativa para escutar as dúvidas dessas mães e as inseguranças para que
elas consigam amamentar de forma correta sem que ocorra o risco da transmissão
vertical. (GREENE et al., 2015)

Avaliação da atividade
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Durante a ação com as mães portadoras de HIV com os filhos menores de 6


meses fizemos perguntas sobre se essas mães ofereciam outros tipos de leite ou
outras bebidas além do leite que ela recebe no SAE. Fizemos perguntas sobre a
higienização para saber se elas fazem de forma correta, depois das perguntas fizemos
orientações sobre o tema de higienização, como fazer a correta diluição do leite de
fórmula e a importância dele quando não é possível amamentar.

Conclusão da atividade

No nosso trabalho estávamos esperando que essas mães tivessem várias


dúvidas em relação ao processo de amamentar seus filhos, pela falta de acesso a
equipe de nutrição, porque no SAE Butantã no momento está sem nutricionistas para
que consigam orientá-las e sanar as dúvidas que surgem. Mas fazendo a orientação
para essas mães conseguimos responder algumas dúvidas em relação as etapas da
amamentação, higienização e orientar sobre o uso da fórmula que elas recebem do
SAE e a importância de não utilizar outros tipos de leite até um ano de idade.

Considerações finais

Como debatemos neste texto, o uso da fórmula é um procedimento emergente


em nossa sociedade, apesar de sua longa história. Nesse sentido, observamos a
crescente abertura de pessoas optando pelo seu uso em lactentes prematuros e
portadores de intolerâncias , alergias alimentares e recém nascidos de mães
portadoras do vírus HIV. Como mencionado acima, esta pesquisa foi feita com o
enfoque em recém nascidos até 06 meses de vida de mães soropositivas, apesar da
eminente necessidade de um conhecimento sobre o tema, poucos são os artigos
científicos e outras publicações que abordam esse assunto. Após realizar uma
exaustiva revisão de literatura, constatamos a escassez de referências nessa área,
reforçando nossa tese e a importância deste trabalho. Queremos ressaltar que as
campanhas vêm revelando-se um grande aliado da amamentação por fórmula infantil
e no que diz respeito a sua contribuição para que a contaminação vertical fique mais
escassa.
9

Anexos

Fonte: ação com as mães portadoras de HIV

Fonte: ação com as mães portadoras de HIV

Referências bibliográficas:

http://revistas.unifan.edu.br/index.php/RevistaICS/article/view/809/539
https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/235/5672
Introdução de alimentos complementares em lactentes DOI:
10.31744/einstein_journal/2019AO4412

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