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UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR


Curso: Farmácia

Bruna Ramalho da Silva

ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM PROGRAMAS ESTRATÉGICOS

CAPITÃO POÇO - PA
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2023

CAF (CENTRO DE ABASTECIMENTO FARMACÊUTICO) DE CAPITÃO POÇO

Bruna Ramalho da Silva

Farmacêutica de setor
Luelen Carolina Silva Aguiar
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SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO...........................................................................................4
2. INTRODUÇÃO................................................................................................4
3. PROGRAMA ESTRATÉGICO DE SAÚDE....................................................5
3.1 NOTIFICAÇÃO DE HANSENÍASE NO MUNICÍPIO................................6
3.1.1 ABORDAGEM TERAUPÊTICA ...........................................................7
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................9
5. REFERÊNCIAS.............................................................................................10
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1. APRESENTAÇÃO
Esta produção textual contém o Relatório do Estágio Supervisionado em uma
Estratégia de Saúde da Família, que foi realizado com intuito de compreender como
funcionar os Programas Estratégicos na Atenção Básica e como a Assistência
Farmacêutica tem seu papel importante na atenção primaria. Assim trata-se de uma
atividade curricular obrigatória concernente ao curso de Farmácia da instituição de
ensino superior Unopar. O Estágio supervisionado foi realizado no período de 02 a
19 de maio 2023, no horário de 07:00h às 13:00h, sendo 1 dia de 05 horas, na
Estratégia de Saúde da Família (UBS II - SESMA), que fica localizada na Travessa
Abdias Pereira; em frente a Secretaria Municipal de Educação; bairro: Tatajuba.
Com isso o estágio tem como objetivos comuns que é a compreensão
do discente em aplicar os conhecimentos teóricos adquiridos durante a formação
acadêmica na prática, compreender a estrutura organizacional, os processos
administrativos, as políticas de saúde, conhecer e acompanhar os programas e
serviços oferecidos pela Secretaria de Saúde e entre outros. Assim a Secretaria
Municipal de Saúde é responsável pela gestão e execução das políticas públicas de
saúde no município. Sua atuação abrange diferentes áreas e programas, com o
objetivo de garantir a promoção da saúde, a prevenção de doenças e o acesso
equitativo aos serviços de saúde para a população.
Nesse foram realizadas atividades voltada a profissão farmacêutica, tais
como: Programação, armazenamento e dispensação de medicamentos do
Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica. Esses são medicamentos
para tratamento de doenças de perfil endêmicos e com grande impacto
socioeconômico, muitas vezes ligado a vulnerabilidade social e pobreza. (RENAME
2020 pag.30)

2. INTRODUÇÃO
Este relatório apresenta uma visão geral do meu estágio realizado na
Estratégia de Saúde da Família de Capitão Poço (UBS II - SESMA). Aqui serão
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descritas as atividades realizadas, as experiências adquiridas e as habilidades


desenvolvidas durante o período de estágio. Uma Estratégia de Saúde da Família
(ESF) é uma unidade de saúde localizada na comunidade, que desempenha um
papel fundamental na prestação de serviços de atenção primária à saúde. Também
conhecido como Unidade Básica de Saúde (UBS) ou centro de saúde, as ESFs são
a primeira referência para a população em busca de cuidados de saúde.
Antes de adentrar nos detalhes dos programas estratégicos, gostaria de
ressaltar a importância dessas iniciativas no contexto da saúde pública. Os
programas estratégicos são elaborados e implementados com o objetivo de
melhorar a qualidade de vida da população, prevenir doenças, promover a saúde e
garantir acesso equitativo aos serviços de saúde. Os programas estratégicos têm
sua origem nas políticas públicas de saúde, que são formuladas pelos governos em
diferentes níveis (municipal, estadual e federal) com base nas necessidades e
demandas da população. Essas políticas são estabelecidas em consonância com a
legislação vigente, como a Constituição Federal de 1988, que garante o direito à
saúde como um dever do Estado.
Quanto ao financiamento, os programas estratégicos podem ser financiados
por meio de recursos públicos provenientes dos governos, através de impostos e
orçamentos destinados à saúde. Além disso, existem parcerias com organizações
internacionais, entidades filantrópicas e setor privado, que também contribuem
financeiramente para o desenvolvimento dessas iniciativas.
Durante o período de estagio podemos verificar como ocorre o funcionamento
dos Programas Estratégicos do SUS prestados na ESFs. Como sabemos as
Estratégias de Saúde devem oferecer atendimento integral e humanizado, visando
promover a saúde, prevenir doenças, tratar condições simples, levando – se em
consideração os princípios e diretrizes do SUS, e encaminhar pacientes para
serviços especializados quando necessário. Essas unidades são essenciais para o
fortalecimento do Sistema de Saúde, proporcionando cuidados acessíveis e de
qualidade para toda a população.

3. PROGRAMA ESTRATÉGICO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)


Sobre os programas estratégicos do Sistema Único de Saúde (SUS) podemos
dizer que:
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O Ministério da Saúde considera como estratégicos um grupo de agravos


específicos, agudos ou crônicos, sendo doenças de perfil endêmico e que
tenham impacto socioeconômico, tais como tuberculose, hanseníase,
diabetes entre outras. Os medicamentos estratégicos são contemplados em
programas do Ministério com protocolos e normas estabelecidas (BRASIL.
Ministério da Saúde).
Esses programas são coordenados pelo Ministério da Saúde, que também é
responsável pela aquisição e financiamento tendo a Relação Nacional de
Medicamentos Essenciais (RENAME) como instrumento regulador para
padronização dos medicamentos desse programa, como dispõe o Decreto nº 7.508,
de 28 de junho de 2011, que regulamenta a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990.
Aos estados cabe o recebimento, armazenamento e distribuição aos municípios ou
regionais de saúde. Aos municípios, como exemplo o município de Capitão Poço,
cabe a realização do pedido à Regional de Saúde da qual faz parte. Sendo o
município de Capitão Poço pertencente ao 5º Centro de Saúde, localizado no
município de São Miguel do Guamá, após o recebimento do medicamento o
município é responsável pela dispensação do mesmo ao paciente.
Cabe ressaltar que o pedido de medicamentos dos Componente Estratégico é
realizado trimestralmente, e que o município, por meio da Central de abastecimento
farmacêutico os distribui para unidades de saúde que realizam a dispensação aos
pacientes. Ademais no município de Capitão Poço, como programa estratégico no
âmbito do SUS, são assistidos pacientes acometidos por hanseníase, tuberculose,
vivendo com HIV/AIDS, vacinas, influenza, sendo realizado nosso estagio com foco
no acompanhamento de pacientes portadores de hanseníase.
A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, causada pelo bacilo de
Hansen. O período de incubação varia de 2 a 7 anos e entre os fatores de risco
estão o baixo nível socioeconômico, a desnutrição e a superpopulação doméstica.
Isso explica porque a doença é tão comum em países subdesenvolvidos. A maioria
da população é resistente ao bacilo, cerca de 95%, entretanto os contatos
intradomiciliares são mais suscetíveis a contrair a doença quando há o convívio
íntimo e prolongado com um paciente infectado e não tratado (BRASIL, 2018).

3.1. NOTIFICAÇÃO DE HANSENÍASE NO MUNICÍPIO


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Conforme orientado no plano de trabalho, foi desenvolvida uma atividade que


consiste na abordagem do Programa Estratégico de notificação de Hanseníase no
município ao qual o estagiário trabalha como farmacêutico. O município em questão
é Capitão Poço - PA, que possui apenas alguns programas estratégicos de saúde
tais como: controle da tuberculose, hanseníase, entre outros. Sabendo disso e
assumindo o papel de Farmacêutico desse Município, vamos nos ater ao seguinte
caso: Acompanhar a atuação do farmacêutico no programa estratégico de cuidados
a pacientes com hanseníase. Tendo em vista que o Ministério da Saúde dispõe de
um programa para atuar nesse tipo de situação, com a elaboração de Protocolos
Clínicos e Diretrizes Terapêuticas a seguir descreve-se como atuam os
farmacêuticos no mesmo.
Sobre a patologia, a Hanseníase, também conhecida como lepra, é uma
doença crônica causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que afeta
principalmente a pele, os nervos periféricos, os olhos e o trato respiratório superior.
Para combater essa doença e reduzir sua incidência, o Ministério da Saúde
desenvolveu o Protocolo Clinico e Diretriz Terapêutica para o controle e prevenção
da mesma.

3.21.1 ABORDAGEN TERAPÊUTICA


O tratamento da hanseníase deve ser amplo, em nível ambulatorial, visando a
atenção integral ao paciente e abrangendo um conjunto de medidas que busquem
reestabelecer o bem-estar físico, psíquico, emocional e social das pessoas afetadas
pela doença. Portanto, envolve diferentes abordagens e deve ser conduzido por
profissionais com formações diversas.
Atenção especial deve ser dada à prevenção e reabilitação de incapacidades
físicas, aos eventos adversos do tratamento medicamentoso, aos pacientes que
apresentam reações hansênicas e àqueles diagnosticados tardiamente, que sofrem
as consequências da neuropatia instalada e muitas vezes irreversível.
Assim o Tratamento adequado medicamentoso da Hanseníase é baseado no
uso de poliquimioterapia (PQT), que envolve a administração de diferentes
medicamentos em combinação. A Organização Mundial da Saúde (OMS)
recomenda o uso da PQT como o padrão de tratamento para a Hanseníase, pois é
eficaz na eliminação da bactéria Mycobacterium leprae e na prevenção de sequelas.
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Os medicamentos utilizados na PQT para o tratamento da Hanseníase são:


 Rifampicina: É um antibiótico que age inibindo a síntese de proteínas
nas bactérias. É administrado por via oral, geralmente uma vez ao
mês, e é considerado o principal medicamento no tratamento da
Hanseníase.

 Dapsona: É um antibacteriano que inibe o metabolismo bacteriano. É


administrado por via oral, diariamente, e é utilizado em combinação
com a rifampicina para garantir a eficácia do tratamento.
 Clofazimina: É um agente antimicrobiano que tem atividade contra o
Mycobacterium leprae. É administrado por via oral, diariamente, e é
utilizado principalmente no tratamento de formas mais crônicas da
doença.

Fonte:2014. Ministério da Saúde. Sistema Universidade Aberta do SUS. Fundação Oswaldo


Cruz

A duração do tratamento varia de acordo com o tipo e a gravidade da


Hanseníase, mas geralmente dura de 6 a 12 meses. É importante ressaltar que o
tratamento deve ser seguido conforme prescrito pelo médico, mesmo que os
sintomas tenham desaparecido antes do término do período recomendado. Caso o
paciente apresente alguma resistência bacteriana ao uso do primeiro protocolo, o
médico junto com o farmacêutico solicita o segundo protocolo que inclui:
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 Claritromicina: Antibiótico semissintético do grupo dos macrolídeos


seu mecanismo de ação se deve à inibição da síntese proteica, por
ligarem se às subunidades 50S do ribossomo bacteriano, impedindo a
síntese proteica
 Moxifloxacino: Antibiótico do grupo das quinolonas são bactericidas, a
ação bactericida resulta da interferência nas topoisomerases II e IV. As
topoisomerases são enzimas essenciais que controlam a topologia do
DNA e estão envolvidas na replicação, reparo e transcrição do mesmo.
 Minociclina: são antibióticos bacteriostáticos nas concentrações
terapêuticas usuais, seu mecanismo de ação se deve à inibição da
síntese proteica, por ligarem se à fração 30S do ribossomo bacteriano,
impedindo a fixação do RNA de transporte.

É fundamental garantir a adesão ao tratamento para obter melhores


resultados. A interrupção prematura ou irregular do uso dos medicamentos pode
levar à recidiva da doença e ao desenvolvimento de resistência bacteriana. Além do
tratamento medicamentoso, outras medidas podem ser adotadas, como a educação
do paciente sobre a doença, cuidados com a pele, prevenção de lesões e
acompanhamento regular para monitorar o progresso e detectar possíveis
complicações ou efeitos colaterais dos medicamentos.
Cabe ressaltar que este é apenas um resumo geral do tratamento
medicamentoso da Hanseníase. É essencial buscar orientação médica adequada e
seguir as diretrizes e protocolos estabelecidos pelas autoridades de saúde locais
para o tratamento dessa doença. Por meio dessas ações estratégicas, o programa
de controle da Hanseníase busca reduzir a carga da doença, prevenir
incapacidades, promover o diagnóstico precoce e garantir o tratamento adequado
para todos os pacientes. A conscientização, a detecção precoce e o tratamento
oportuno são fundamentais para interromper a transmissão da Hanseníase, garantir
a cura dos pacientes e melhorar sua qualidade de vida.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estágio curricular supervisionado é concebido como um dos momentos
privilegiados de integração acadêmico profissional, na teoria e prática e, precisa ser
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realizado como uma forma de conhecer com antecedência o ambiente de atuação


profissional do acadêmico. Neste sentido, as ações do Estágio Curricular
Supervisionado devem ser alinhadas nas áreas de concentração, definidas pelo
Núcleo Docente Estruturante de cada curso.
No que tange as competências e habilidades que o acadêmico poderá
desenvolver no estágio lista-se as seguintes: Integrar o processo de trabalho,
pesquisa e aprendizagem; aprimorar hábitos e atitudes profissionais; proporcionar
oportunidade de aplicar habilidades desenvolvidas durante o curso; conhecer a
realidade do mercado de trabalho; possibilitar o confronto entre o conhecimento
teórico e a prática adotada. Do ponto de vista legal, o estágio encontra-se
regulamentado na Lei 11.788/2008.
No bojo dessas considerações, a elaboração desse relatório de estagio abriu
caminho para profundas e pertinentes reflexões acerca do papel do profissional
farmacêutico no Centro de Assistência Farmacêutica, além disso a realização desse,
em programas estratégicos permitiu a compreensão de como é na prática o
funcionamento dos programas e padronização e financiamento dos medicamentos
que são utilizados no tratamento as doenças de perfil endêmico.

5. REFERÊNCIAS
ASCOMCER. Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF). 2015. Disponível
em:https://www.google.com/url?
sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwj8sYfd56
HxAhUpLLkGHXoUAekQFjAJegQIBRAD&url=https 3A%2F
%2Fwww.ascomcer.org.br%2Fsetores%2Fexibir%2F30%2FCentral-de
Abastecimento-Farmaceutico-CAF&usg=AOvVaw2sKUeuZFcvqG6wiNHvbO9V
Acesso em: 16/06/2021.

BRASIL. Procedimentos da assistência farmacêutica. 2020.

Relação Nacional de Medicamentos Essenciais: RENAME 7. ed. Brasil. Ministério


da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento
de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos
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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de


Atenção Básica. Gerência Técnica de Assistência Farmacêutica. Assistência
Farmacêutica: instruções técnicas para a sua organização / Ministério da Saúde,
Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Gerência
Técnica de Assistência Farmacêutica - Brasília: Ministério da Saúde, 2001.

Brasil, Ministério da Saúde Protocolo Clinico e Diretriz Terapêutica da


Hanseníase [recurso eletrônico] Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência,
Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde, Secretaria de Vigilância em
Saúde Brasília Ministério da Saúde, 2022

ATIVIDADE 1 – Contextualizando a catástrofe


Nada mais adequado do que começar viajando, não é? Quem assiste/assistiu
alguma série ou filme sobre algum futuro distópico envolvendo pandemias? (The
Walking Dead, Planeta dos Macacos a Origem, Guerra Mundial Z, Resident Evil)
assista a qualquer um desses filmes citados e anote o roteiro básico do filme.
Explique o que esses filmes têm em comum com uma pandemia.
O filme planeta dos macacos, sofre por uma das maiores epidemias de todos os
tempos, causado por um vírus criado em laboratório, chamado “vírus Simio”. Com
isso um dos componentes dos grupos de sobreviventes, tentam atacar os macacos
para usa-los como cobaias na criação por uma vacina.

ATIVIDADE 2 – Aplicabilidade prática


a) quais são as formas de identificação e controle dessas doenças?
A forma de identificação precoce da infecção se dá por meio de vigilância
sindrômica ou teste laboratoriais. Isso ajuda a controlar a transmissão secundaria
entre profissionais de saúde e pacientes.
b) com base na disciplina de assistência farmacêutica, quais são os
componentes da assistência farmacêutica?
Componentes básicos, estratégicos e especializados.

ATIVIDADE 3
Da identificação do caso à compilação epidemiológica
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Joana, 27 anos, vai à UBS se queixando de fortes dores no corpo, febre, artralgia,
vômitos, cefaleia e tontura. Ao ser atendida pelo médico, relata que os sintomas
iniciaram no dia anterior, e pensa que isso pode ter relação com uma viagem
recente que fez ao Peru. O médico prescreve medicamentos sintomáticos, repouso
e a encaminha com urgência para atendimento em um serviço especializado em
infectologia e doenças tropicais. Além disso, por precaução, ele pede que ela evite
ambientes fechados e o contato com muitas pessoas.
a) caso a paciente tenha uma doença infecciosa grave, como deve-se dar a
cadeia de comunicação no serviço de saúde?
A cadeia de comunicação adequada e inclusiva, tanto interna quanto externa, é um
componente essencial desses processos. Em casos de infecção graves, a
comunicação direta com o departamento de saúde local deve sempre ser incluída na
resposta inicial. No esforço de agilizar a comunicação, as organizações não podem,
em hipótese alguma, ignorar o departamento de saúde local. O sistema de saúde
pública local deve garantir, com o indivíduo e organização, o compartilhamento de
conhecimento que possam ajudar em situações adversas. A comunicação inclui
métodos ou equipamentos utilizados nos processos. Devem também trabalhar em
desenvolvimento de planos futuros.
b) existe algum sistema que sistematiza notificações de doenças? Se sim,
explique como funciona:
Sim, existe o sistema de informação de agravos de notificação (SINAN). O SINAN
tem como objetivo coletar, transmitir e disseminar dados gerados rotineiramente
pelo sistema de vigilância epidemiológica das três esferas de governo, por
intermédio de uma rede informatizada, para apoiar o processo de investigação e dar
subsídios a analises das informações de vigilância epidemiológica das doenças de
notificação compulsória.
c) caso ela seja diagnosticada com uma doença atendida em um dos
componentes da assistência farmacêutica, de que modo se dará a aquisição
dos medicamentos?
Solicitar pedidos de compras, definindo as especificações técnicas (nome pela
denominação genérica, forma farmacêutica, apresentação, quantidade e preço
estimados). Encaminhar pedido de compra ao gestor com estimativa de custo, para
dar agilidade ao processo. A previsão de custo possibilita a definição de prioridades,
casos necessários, em função da limitação de recursos. Emitir parecer técnicos dos
processos de compras relacionados ao medicamento. Acompanhar e avaliar o
processo de compra e desempenho dos fornecedores.
d) de que maneira o caso da paciente Joana se transforma em dados
epidemiológicos para planejamento de ações políticas e para programação da
compra de medicamentos e afins?
Através do mapeamento de perfil epidemiológico da população. O mapeamento é
um processo que envolve a coleta e análise de informação sobre a saúde de uma
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população. Essa operação ajuda a identificar e avaliar os principais problemas que


afetam uma determinada população, de modo a desenvolver estratégia para
prevenir, controlar e tratar esses problemas. O mapeamento envolve uma série de
dados como: Incidência e prevalência de doenças fatores de riscos; condições
socioeconômicas; acesso a serviços e atendimentos. Com isso e possível
desenvolver estratégia coletivas mais e ficais e direcionadas para abordar os
principais problemas de saúde.

ATIVIDADE 4
Caso Clínico 01: Paciente do sexo masculino, 22 anos, chega na drogaria para
atendimento, solicita falar com o farmacêutico em particular. No consultório
farmacêutico o paciente revela que no mês anterior conheceu uma linda jovem em
uma festa, ela tinha 18 anos, bem-educada, tímida (famosa cara de santinha) e de
família nobre na cidade em que vive. Tiveram um breve relacionamento, no qual
fizeram sexo sem preservativo. Aproximadamente 5 dias após a relação, o paciente
relata que começou a sentir uma ardência ao urinar, e no dia seguinte começou a
sair da uretra uma secreção amarelada leitosa, e algumas vesículas rosas ao redor
da glande, com intensa coceira. Desesperado ele perguntou a um amigo o que
poderia ser, e o amigo deu-lhe um medicamento para tomar de uma vez só e uma
pomada para aplicar 5 vezes ao dia por 15 dias, dizendo que em dois dias ele
estaria melhor. Ele seguiu a indicação do amigo e após dois dias ele melhorou,
sumindo a secreção e reduzindo as vesículas, que sumiram totalmente em 5 dias.
Ele relata que esse caso aconteceu a 3 semanas atrás, e que agora surgiu um
caroço em seu pênis, não dói, mas ele tem medo de ser algo irreversível. O
farmacêutico indica ao rapaz que vá a um serviço de saúde se consultar com um
médico, pois o medicamento que ele precisa utilizar necessita de prescrição médica.
Secretário: Antes de iniciar a discussão das questões norteadoras, verificar com o
grupo se existe algum termo ou contexto não entendido por todos, se houver, esse
deverá ser o primeiro ponto de discussão. Isso é válido para todos os encontros
a) o que aconteceu com o paciente?
O paciente adquiriu uma IST, e de acordo com os sintomas relatado, ele contraiu
uma Gonorreia.
b) é comum esse tipo de infecção? O que aumenta as chances de infecção?
Sim, esse tipo de infecção é considerado a segunda IST bacteriana mais comum. As
chances de transmissão da gonorreia e mais comum durante o sexo sem uso de
preservativos. No entanto os bebês podem ser infectados durante um parto, caso
sua mãe esteja contaminada. Em alguns casos recomendamos que os parceiros
sexuais também sejam tratados para evitar a disseminação da infecção. O aumento
das infecções também tem aumentado devido à alta medicação, fazendo com que
se forme cepas cada vez mais resistente, prejudicando o controle de doença.
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c) essa (s) doença (s) é (são) de notificação compulsória?


A gonorreia não é doença de notificação compulsória nacional.
d) o que eu preciso saber para orientar o paciente?
Então é de fundamental importância, orientar o paciente que essa doença é uma
IST, que pode ser transmitida a outras pessoas, através de relações sexuais, ou de
mãe infectada para o seu bebê na hora do parto. Com isso orientar o paciente sobre
o uso de preservativos durante relações sexuais. Pessoas que tenha dúvida que
esteja infectado, deve consultar um médico para ver se tem a doença ou não. Em
casos confirmados da doença a mesma precisa ser tratada, e o paciente deve
solicitar aos parceiros sexuais, a realizar o exame e iniciar o tratamento caso
necessário. A gonorreia é tratada com antibiótico tais como: ceftriaxona, ofloxacina,
espectinomicina. Caso não seja tratada o paciente corre o risco dessa infecção se
espalhar para outros órgãos. Pode haver uma infecção generalizada, problemas
reprodutivos, inflamações etc.
Caso clínico 02 : João, paciente do sexo masculino, 20 anos e Maria, paciente do
sexo feminino de 17 anos, noivos, vão ao Centro de Testagem e Aconselhamento
solicitando informações a respeito de teste pré-nupcial. Em consulta individual, eles
são apresentados aos testes disponíveis e informados sobre as doenças, fatores de
risco e importância do diagnóstico precoce. João foi o primeiro a realizar os testes.
Durante o período de espera até que os exames estejam prontos, João relata que só
veio fazer os testes por insistência do pai de sua noiva, diz que o pai dela é muito
protetor, que não os deixa as sós, e eles ainda não conseguiram manter relações
sexuais, mesmo após 3 anos de namoro. E para poder consumar a relação, vão se
casar assim que ela completar 18 anos, pois o pai diz que tem que ser virgem para
se casar. Ao ser inquerido pelo examinador sobre sua vida sexual, João em tom de
machismo e deboche que tem que se virar com outras até se casar, e que o único
receio é engravidar algum caso. Quando perguntado sobre algum sintoma diferente,
diz que a única coisa de diferente que notou foi o aparecimento de algumas verrugas
na parte inferior do prepúcio, mas como elas não doem e não crescem ele está
tranquilo. Nesse tempo os exames ficaram prontos, dando negativo para HIV e
sífilis, mas dando positivo para Hepatite B. Imediatamente João ficou desesperado
com o futuro de seu casamento, pensando que logo sua noiva entraria para fazer os
testes com o mesmo profissional
a) qual deverá ser a conduta que o profissional que realiza os testes ao falar
com Maria?
A conduta do profissional, seria orientar Maria sobre os riscos que o sexo sem
proteção causa, orientando sobre o uso de preservativos, devido as inúmeras IST
existente. Vale ressaltar que o profissional, não pode comentar a respeito do
diagnóstico de seu paciente com terceiros, devido a sua ética profissional.
b) os problemas identificados em João são contagiosos?
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Sim, pois de acordo com os sintomas clínicos, João apresenta uma infecção
causada pelo vírus HPV, que pode ser transmitido através do contato direto da
mucosa ou pele durante relação sexual. E também constatou está com hepatite b,
que ela é uma doença transmitida por contato sexual.
Caso clínico 03: Homem, 68 anos, vai para atendimento agendado com clínico
geral em uma UBS de Londrina. Na consulta é verificado forte odor etílico no
paciente, mas sua hipertensão segue controlada, com glicemia de jejum de
97mg/dL, sendo mantido as medicações. Durante a consulta o médico notou um
quadro importante de tosse. Ao ser questionado sobre a tosse, o paciente relatou
que ela iniciou após uma semana fria a quase um ano atrás, e desde então não
parou de tossir, e já havia acostumado com aquilo, no início era seca, pensava que
fosse alergia, mas depois começou com produção de escarro. Relatou morar em um
abrigo para idosos, e que era normal idoso ter tosse, e os demais idosos nem
reclamavam de sua tosse. Ao fazer auscultação no paciente, o médico evidenciou
uma mancha hipocrômica na região dorsal, sendo que o paciente relatou não sentir
a sensação de toque ou de frio nessa região.
a) o que podem significar os quadros apresentados pelo paciente?
Os quadros que o paciente relatou indica que o mesmo está com tuberculose.
b) existe alguma relação entre o ambiente e a possível doença?
Sim, pois os pacientes que são privados de liberdade, são mais vulneráveis em
adquiri a doença. Pessoas portadoras de HIV, pessoas que faz uso de álcool,
diabéticos, fumantes, todos estão mais vulneráveis a contrair a doença.

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