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Estágio Curricular Supervisionado em Saúde Pública: Dispensação

4° período do Curso de Farmácia

Magda Maria Bernardes


181-000877

Relatório final de Estágio Curricular Supervisionado


em Saúde Pública: Dispensação

Farmácia Municipal de Araguari

Araguari
2019
Estágio Curricular Supervisionado em Saúde Pública: Dispensação
4° período do Curso de Farmácia

Farmácia Municipal de Araguari

Nayara Silva Pereira


CRF- MG 30867

Período de Estágio

Início: 16/09/2019 Término: 30/10/2019

Profa. Rita Alessandra Cardoso


Professora Orientadora do Estágio Curricular Supervisionado em Saúde Pública: Dispensação
1. Introdução 3 Supervisionado em Saúde Pública: Dispensação
Relatório final de Estágio

A saúde no Brasil nunca foi pensada como um direito. Ao contrário, a formulação do


Sistema de Saúde que nós temos foi pensada como um seguro, vinculado ao mundo do trabalho.
A saúde foi concebida como se fosse uma mercadoria. O Sistema Único de Saúde (SUS) e suas
bases doutrinárias foram gerados na 8ª Conferência Nacional de Saúde, que aconteceu em 1986,
durante o processo de redemocratização do país e nas vésperas da realização da Constituinte de
1988. Portanto, as resoluções de 1986 embasaram na Constituição, as formulações do SUS, que
foi regulamentado pela Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990.
A Lei 8.080/90 instituiu o Sistema Único de Saúde, constituído pelo conjunto de ações e
serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da
administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo poder público. A iniciativa privada
participa do Sistema Único de Saúde em caráter complementar. As ações e serviços públicos de
saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o SUS são desenvolvidos
de acordo com as diretrizes previstas no artigo 198 da Constituição Federal vigente, obedecendo
ainda princípios organizativos e doutrinários tais como:
● Universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência;
● Integralidade de assistência;
● Equidade;
● Descentralização político-administrativa com direção única em cada esfera de governo;
● Conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da união dos
Estados, o Distrito Federal e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à
saúde da população;
● Participação da comunidade;
● Regionalização e hierarquização.
Nesse sentido, a Política Nacional de Medicamentos, como parte essencial da Política
Nacional de Saúde, constitui um dos elementos fundamentais para a efetiva implementação de
ações capazes de promover a melhoria das condições da assistência à saúde da população. A Lei
n. º 8.080/90, em seu artigo 6.º, estabelece como campo de atuação do Sistema Único de Saúde
(SUS) a “formulação da política de medicamentos (...) de interesse para a saúde (...)”.
O seu propósito precípuo é o de garantir a necessária segurança, eficácia e qualidade dos
medicamentos, a promoção do uso racional e o acesso da população aqueles considerados
essenciais.

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Relatório final
A Assistência Farmacêutica, 4 pública,
comodepolítica
Estágio Supervisionado em Saúde
teve início Pública:
em 1971 comDispensação
a instituição
da Central de Medicamentos (CEME), que tinha como missão o fornecimento de medicamentos à
população sem condições econômicas para adquiri-los (BRASIL, 1971) e se caracterizava por
manter uma política centralizada de aquisição e de distribuição de medicamentos.
Mudanças de princípios foram introduzidas com a promulgação da Constituição
Federal em 1988. Esta estabeleceu a saúde como direito social (Art. 6º) e o seu cuidado como
competência comum da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios (Art. 23). O Art.
196 determina que “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso
universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.” (BRASIL,
1988, p. 154)
A regulamentação da Constituição Federal, específica para a área da saúde, foi
estabelecida pela Lei Orgânica da Saúde (Lei n. 8080/90) que em seu Artigo 6º determina como
campo de atuação do SUS, a “formulação da política de medicamentos (...)” e atribui ao setor
saúde a responsabilidade pela “execução de ações de assistência terapêutica integral, inclusive
farmacêutica.” (BRASIL, 1990).
Por indicação e fundamentado nas propostas aprovadas na I Conferência Nacional de
Medicamentos e Assistência Farmacêutica realizada em 2003, o Conselho Nacional de Saúde
(CNS) aprovou em 2004, através da Resolução n. 338, a Política Nacional de Assistência
Farmacêutica (PNAF), que a define como: “Um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção
e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, tendo o medicamento como insumo
essencial e visando o acesso e seu uso racional. Este conjunto envolve a pesquisa, o
desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, bem como a sua seleção,
programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços,
acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva da obtenção de resultados
concretos e da melhoria da qualidade de vida da população.” (BRASIL, 2004c)
A Assistência Farmacêutica não pode ser concebida como simples atendimento da
demanda de medicamentos gerada nos serviços, mas sim como parte integrante da Política
Nacional de Saúde, envolvendo um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e
recuperação da saúde, tendo o medicamento como insumo essencial.
De forma mais ampla, especialmente no contexto do SUS, e na perspectiva da garantia da
integralidade das ações de saúde, incluindo-se o acesso com qualidade, a Assistência
Farmacêutica configura uma importante política pública, concebida enquanto conjunto de
diretrizes gerais, de estratégias e instrumentos para a sua implantação e avaliação, sendo que sua

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Relatório final de de
concretização envolve o estabelecimento 5 Supervisionado
Estágio
interfaces em Saúde
com outras Pública:
políticas Dispensação
setoriais, com a
participação dos diferentes atores envolvidos, enfatizando seu controle social.

2. Objetivos do estágio

O presente relatório tem como objetivo descrever as atividades realizadas durante estágio
curricular na Farmácia Municipal de Araguari, sendo que o estágio se desenvolveu nos seguintes
setores:
● Dispensação;
● Atendimento no guichê;
● Orientação farmacêutica com professora orientadora (Pictograma).
As atividades aqui relatadas visam o conhecimento das áreas de atuação do farmacêutico
no âmbito da Saúde Pública, proporcionando uma visão geral do campo de trabalho, relações
humanas envolvidas e ética profissional.

3. Caracterização da Farmácia Municipal de Araguari

A Farmácia Municipal de Araguari se localiza na Rua Marciano Santos, 174, centro.


A Farmácia se divide nos setores de:
● Atendimento: é feito o acolhimento ao usuário, atendimento e recebimento de prescrição;
● Dispensação: deve assegurar que o medicamento seja entregue ao paciente certo, na dose
prescrita, na quantidade adequada e que sejam fornecidas as informações suficientes para
o uso correto.
● Almoxarifado: É o espaço onde ficam armazenados todos os medicamentos, os mesmos
são organizados por ordem alfabética, ordem de lote e data de validade;
● Sala de Administração/ Gerência: Onde ocorre todo o controle da Farmácia;
● Salas de Atenção Farmacêutica: São duas salas, uma para componente especializado e
uma para medicamentos do componente de judiação e parte do estratégico;
●Sala de armazenamento de medicamentos de controle especial; e ainda contam com três
banheiros e uma copa.
Ao todo são 17 funcionários, sendo duas farmacêuticas, dez estagiários que ficam nos
guichês de atendimento, duas auxiliares administrativas, um responsável pelo almoxarifado para
fazer o controle de entrada e saída de medicamentos, e dois responsáveis pela dispensação.
Os medicamentos dispensados são antimicrobianos, anti-inflamatórios, antifúngicos,
psicotrópicos, benzodiazepínicos, analgésicos, antitérmicos, contraceptivos orais,

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Relatório final
anticonvulsivantes, antiplaquetários, 6 Supervisionado
de Estágio
anti-hipertensivos, em Saúde
antidiabéticos, Pública: Dispensação
antiasmáticos,
antidepressivos, antiácidos, alérgenos, insulinas NPH e Regular.
De acordo com as diretrizes para estruturações para farmácias no âmbito do Sistema
Único de Saúde, as áreas internas e externas das farmácias devem permanecer em boas condições
físicas e estruturais, de modo a permitir a higiene, e não oferecer risco ao usuário e aos
funcionários. Portanto, as instalações devem possuir superfícies internas (piso, paredes e teto)
lisas e impermeáveis, em perfeitas condições, resistentes aos sanitizantes e facilmente laváveis,
bem como, as condições de ventilação e iluminação devem ser compatíveis com as atividades
desenvolvidas em cada ambiente e estes devem ser mantidos em boas condições de higiene e
protegidos contra a entrada de insetos, roedores ou outros animais. Com isso podemos concluir
que o local onde se encontra a Farmácia Municipal de Araguari é adequado e está em boas
condições.
As diretrizes dizem que os objetivos do controle de estoque é equilibrar demanda e
suprimento e corrigir distorções e/ou situações-problema identificadas; assegurar o suprimento,
garantindo a regularidade do abastecimento; estabelecer quantidades necessárias para atender as
demandas e evitar perdas; identificar o tempo de reposição do estoque, quantidades e
periodicidade; fornecer dados e informações ao serviço central da Assistência Farmacêutica para
execução da aquisição e reposição do estoque; identificar problemas, avaliar rotatividade dos
estoques, itens obsoletos e danificados entre outros; e manter os estoques em níveis satisfatórios.
(BRASIL, 2006c). Mas sabemos que na prática a situação é complicada, pois para manter o
estoque é preciso de muito mais do que o requerimento de medicamentos.
Dos serviços farmacêuticos, o único ponto que deveria melhorar é de colocar de fato um
farmacêutico na dispensação. Pois o responsável pela dispensação é um homem que tem uma
vasta experiência em drogaria, porém não é formado.

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Relatório
4. Fluxo de serviços da Farmácia 7 Supervisionado
finalMunicipal
de Estágio de Araguari em Saúde Pública: Dispensação

O principal fluxo de serviço da Farmácia Municipal de Araguari é a dispensação de


medicamentos do componente básico. A dispensação é feita primeiramente através do contato
dos estagiários nos guichês. O paciente é atendido por senha. Para dispensar antibiótico o
paciente precisa estar com a receita médica e documento com foto. Os medicamentos de controle
especial o paciente precisa estar com a primeira e segunda via da receita e documento com foto.
Nesse caso a dispensação é feita para até 60 dias. Os dados recolhidos são nome completo, RG e
número de telefone.
● Almoxarifado: a farmacêutica é a responsável pela requisição dos medicamentos, e os
pedidos são feitos a partir de licitações. Quando os medicamentos chegam são conferidos
pelo responsável através da nota fiscal. Depois é lançado todo o estoque no sistema, assim
facilitando para quem está no guichê, que pode conferir o estoque. Os medicamentos são
armazenados de acordo com lote e data de validade. Os medicamentos de controle
especial são armazenados em uma sala de armazenagem destinados a eles.
● Distribuição Para Unidades de Saúde: os pedidos de medicamentos são feitos junto com o
da Farmácia Municipal, e para isso é necessário que a UBSF mande um ofício. Os
medicamentos vão para o almoxarifado da Farmácia, e a partir daí são distribuídos para as
UBSF’s.
● Especificidades no manejo de Medicamentos do Componente Especializado: este
componente é destinado para medicamentos de alto custo, para doenças pouco acometidas
pela população. A responsável é a farmacêutica do estado, os medicamentos chegam
nominais para cada paciente.
● Especificidades no manejo de Medicamentos do Componente Estratégico: nesse
componente estão os medicamentos para Hanseníase, Tuberculose, Esquistossomose,
Toxoplasmose, Leishmaniose e AIDS. Os pedidos são feitos pela farmacêutica
responsável da Policlínica, através do sistema CIGAF, e os medicamentos chegam
diretamente lá. O paciente não precisa estar com receituário de controle especial para a
dispensação deste tipo de medicamento, um receituário comum basta e é necessário
assinar um relatório.
● Especificidades no manejo de Medicamentos Oriundos de Judiação: os medicamentos
desse componente são padronizados pela RENAME. O paciente precisa entrar com um
pedido na justiça para assim ganhar o direito de receber o medicamento. A justiça avalia a
condição financeira da pessoa através de sua renda.

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8 Supervisionado em Saúde Pública: Dispensação
Relatório final de Estágio

5. Conclusão

O período de estágio realizado na Farmácia Municipal de Araguari - Dispensação foi


muito gratificante, contribuindo para o meu crescimento tanto a nível profissional como pessoal.
O estágio curricular permitiu uma consolidação de conceitos já adquiridos e aprendizagem de
outros, tal como a aquisição de competências que serão úteis no desempenho da profissão
farmacêutica, concluindo este ciclo.
Porém o tempo de cem horas de estagio foi muito exagerado, sendo que as principais
atividades exercidas neste período foi somente atendimento nos guichês, separação dos
medicamentos, checagem da receita com o medicamento a ser dispensada, entrega do
medicamento e comunicação com o usuário fornecendo informações pertinentes ao uso correto
do medicamento dispensado.
Em relação com os pacientes e com a equipe de profissionais, eu senti que fui bem
recebida e acolhida, sempre me trataram com respeito, e os pacientes nunca me diminuiriam por
eu ser estagiária.
O estágio proporcionou-me um melhor entendimento da matéria de Farmacocinética e
Farmacodinâmica. Deixando evidenciado a realidade das Farmácias Municipais, que muitas
vezes pensamos que a falta de medicamentos é culpa dos funcionários, e agora vejo que vai
muito, além disso.
E diante de todo conhecimento adquirido observa-se que o profissional farmacêutico
possui papel fundamental, principalmente ao que diz respeito à assistência farmacêutica.

6. Referências Bibliográficas

CONASS. Assistência Farmacêutica no SUS. [S. l.], 2007. Disponível em:


http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/colec_progestores_livro7.pdf. Acesso em: 30
out. 2019.

CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE SERGIPE. SUS completa


20 anos, mas não implanta seus princípios fundamentais. [S. l.], 2006. Disponível em:
http://www.cremese.org.br/index. php?
option=com_content&view=article&id=20986:sus-completa-20-anos-mas-nao-implanta-
seus-principios-fundamentais&catid=3. Acesso em: 9 nov. 2019.

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Relatório
MINISTÉRIO DA SAÚDE. 9 Supervisionado
final de Estágio
Diretrizes em Saúde
para estruturação de Pública:
farmáciasDispensação
no âmbito
do Sistema Único de Saúde. [S. l.], 2009. Disponível em:
http://www.cff.org.br/userfiles/ 40%20-%20BRASIL_%20MINIST%C3%89RIO
%20DA%20SA%C3%9ADE %202009%20Diretrizes%20para%20Estruturacao
%20Farmacias%20no%20Ambito %20do%20SUS.pdf. Acesso em: 2 nov. 2019.

7. Apêndices

Roteiro para Trabalho Final do Estágio II

1. Quais são as informações obrigatórias de constar em uma receita, segundo a Lei 5991/1973?

R: a) que estiver escrita a tinta, em vernáculo, por extenso e de modo legível, observados a
nomenclatura e o sistema de pesos e medidas oficiais;
b) que contiver o nome e o endereço residencial do paciente e, expressamente, o modo de usar a
medicação;
c) que contiver a data e a assinatura do profissional, endereço do consultório ou da residência, e o
número de inscrição no respectivo Conselho profissional.

2. Segundo a Portaria 344/98, qual a definição de receita?

R: Prescrição escrita de medicamento, contendo orientação de uso para o paciente, efetuada por
profissional legalmente habilitado, quer seja de formulação magistral ou de produto
industrializado.

3. Segundo a Portaria 344/98, o que é uma notificação de receita (NR)? Quais as informações
adicionais que deve conter, além de uma receita comum?

R: Documento padronizado destinado à notificação da prescrição de medicamentos:


a) entorpecentes (cor amarela), b) psicotrópicos (cor azul) e c) retinóides de uso sistêmico
e imunossupressores (cor branca). A Notificação concernente aos dois primeiros grupos (a e b)
deverá ser firmada por profissional devidamente inscrito no Conselho Regional de Medicina, no

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Relatório Veterinária
Conselho Regional de Medicina 10
final de Estágio
ouSupervisionado
no Conselho em Saúde Pública:
Regional Dispensação a
de Odontologia;
concernente ao terceiro grupo (c), exclusivamente por profissional devidamente inscrito no
Conselho Regional de Medicina.
A Notificação de Receita conforme o anexo IX (modelo de talonário oficial "A", para as
listas "A1", "A2" e "A3"), anexo X (modelo de talonário - "B", para as listas "B1" e "B2"), anexo
XI (modelo de talonário - "B" uso veterinário para as listas "B1" e "B2"), anexo XII (modelo para
os retinóides de uso sistêmico, lista "C2") e anexo XIII (modelo para a Talidomida, lista "C3")
deverá conter os itens referentes as alíneas a, b e c devidamente impressos e apresentando as
seguintes características:

a) sigla da Unidade da Federação;

b) identificação numérica:

- A sequência numérica será fornecida pela Autoridade Sanitária competente dos Estados,
Municípios e Distrito Federal;

c) identificação do emitente:

- Nome do profissional com sua inscrição no Conselho Regional com a sigla da respectiva
Unidade da Federação; ou nome da instituição, endereço completo e telefone;

d) identificação do usuário: nome e endereço completo do paciente, e no caso de uso veterinário,


nome e endereço completo do proprietário e identificação do animal;

e) nome do medicamento ou da substância: prescritos sob a forma de Denominação Comum


Brasileira (DCB), dosagem ou concentração, forma farmacêutica, quantidade (em algarismos
arábicos e por extenso) e posologia;

f) símbolo indicativo: no caso da prescrição de retinóicos deverá conter um símbolo de uma


mulher grávida, recortada ao meio, com a seguinte advertência: "Risco de graves defeitos na face,
nas orelhas, no coração e no sistema nervoso do feto";

g) data da emissão;

h) assinatura do prescritor: quando os dados do profissional estiverem devidamente impressos no


campo do emitente, este poderá apenas assinar a Notificação de Receita. No caso de o
profissional pertencer a uma instituição ou estabelecimento hospitalar, deverá identificar a
assinatura com carimbo, constando a inscrição no Conselho Regional, ou manualmente, de forma
legível;

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Relatório
i) identificação do comprador: nomefinal
completo, 11
de Estágio Supervisionado
número em Saúde
do documento Pública: Dispensação
de identificação, endereço
completo e telefone;

j) identificação do fornecedor: nome e endereço completo, nome do responsável pela dispensação


e data do atendimento;

l) identificação da gráfica: nome, endereço e C.N.P.J./ C.G.C. impressos no rodapé de cada folha
do talonário. Deverá constar também, a numeração inicial e final concedidas ao profissional ou
instituição e o número da Autorização para confecção de talonários emitida pela Vigilância
Sanitária local;

m) identificação do registro: anotação da quantidade aviada, no verso, e quando tratar-se de


formulações magistrais, o número de registro da receita no livro de receituário.

4. Segundo a Portaria 344/98, o que é um Receituário de Controle Especial (RCE)? Quais as


informações adicionais que deve conter, além de uma receita comum?

R: As chamadas substâncias controladas ou sujeitas a controle especial são substâncias com ação
no sistema nervoso central e capazes de causar dependência física ou psíquica, motivo pelo qual
necessitam de um controle mais rígido do que o controle existente para as substâncias comuns.
Também se enquadram na classificação de medicamentos controlados, segundo a Portaria SVS /
MS nº 344 / 1998, as substâncias anabolizantes, substâncias abortivas ou que causam má-
formação fetal, substâncias que podem originar psicotrópicos, insumos utilizados na fabricação
de entorpecentes e psicotrópicos, plantas utilizadas na fabricação de entorpecentes, bem como os
entorpecentes, além de substâncias químicas de uso das forças armadas e as substâncias de uso
proibido no Brasil.
Deve conter o nome do paciente, o modo de uso da (s) medicação (ões) prescritas, o nome do
profissional prescritor, acompanhado do endereço de consultório (ou residência ou instituição
onde se deu o atendimento), data, assinatura e número de inscrição no seu respectivo Conselho
Profissional, nome completo, endereço, idade e sexo do paciente, emitida em 2 (duas) vias, uma
delas destinada a retenção pela farmácia onde se dará a aquisição.

5. Qual classe de fármacos deve ser prescrita em NRB1?


R: psicotrópicos
6. Dentre os fármacos pertencentes à lista B1, quais podem ser comercializados mediante
retenção da RCE ao invés da NRB1?

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12 Supervisionado em Saúde Pública: Dispensação
Relatório final de Estágio

R: Os medicamentos que contenham FENOBARBITAL, METILFENOBARBITAL


(PROMINAL), BARBITAL e BARBEXACLONA, ficam sujeitos a prescrição da Receita de
Controle Especial, em 2 (duas) vias e os dizeres de rotulagem e bula devem apresentar a seguinte
frase: "VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA - SÓ PODE SER
VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA".

7. Qual o prazo de validade da prescrição e qual a duração do tratamento que pode ser aviado
para a NRB1 e RCE?

R: As receitas de medicamentos da Lista B1 têm validade por 30 (trinta) dias, a partir


da data de sua emissão. A quantidade prescrita pode ser de no máximo 5 (cinco) ampolas e para
as demais formas farmacêuticas, o suficiente para 2 (dois) meses de tratamento, sendo que o
fornecimento será feito mensalmente.

8. Quanto à RDC 20 de 2011:

a) Qual o tipo de receituário deve ser utilizado para prescrição de antimicrobianos?

R: A prescrição de medicamentos antimicrobianos deverá ser realizada em receituário


privativo do prescritor ou do estabelecimento de saúde, não, portanto modelo de
receita específico.

b) Qual a validade da receita?

R: A receita de antimicrobianos é válida em todo o território nacional, por 10 (dez)


dias a contar da data de sua emissão.

c) Pode ser dispensada quantidade de medicamento suficiente para quanto tempo de


tratamento?

R: quantidade a ser utilizada para cada 30 (trinta) dias

d) Pode haver outros medicamentos juntos na mesma prescrição?

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13 Supervisionado em Saúde Pública: Dispensação
Relatório final de Estágio

R: A receita poderá conter a prescrição de outras categorias de medicamentos desde


que não sejam sujeitos a controle especial. Não há limitação do número de itens
contendo medicamentos antimicrobianos prescritos por receita.

9. O fenobarbital (Gardenal) é um medicamento anticonvulsivante, de uso contínuo. Para quanto


tempo o médico pode prescrever este medicamento para o paciente em uma única prescrição,
em qual talonário ele deve ser prescrito e a qual lista pertence este medicamento?

R: Dois meses, receituário de controle especial, lista B1

10. Escanceie 3 NRB1 com diferentes medicamentos, 3 RCE com diferentes medicamentos e 3
Receitas de antimicrobianos diferentes e anexe ao seu relatório, cobrindo o nome do
prescritor e o nome do paciente. Especifique a qual lista da Portaria 344/1998 cada um desses
medicamentos pertence.

R: Vide na próxima página.

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Relatório
NRB1 Figura 1 – Receita final
Lista 14 Supervisionado
B1deDiazepam,
Estágio Bromazepamem Saúde Pública: Dispensação
e Clonazepam

Fonte: Bernardes Magda, 2019.

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Relatório final de Estágio

RCE Figura – 2 Receita de Controle Especial Fluoxetina, Fenobarbital e Carbolitium.

Fonte: Bernardes Magda, 2019

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16 Supervisionado em Saúde Pública: Dispensação
Relatório final de Estágio

Antimicrobianos Figura – 3 Ciprofloxacino, Amoxicilina+Clavulonato, Cefalexina.

Fonte: Bernardes Magda, 2019

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17 Supervisionado em Saúde Pública: Dispensação
Relatório final de Estágio

Figura 1 – Medicamentos Psicotrópicos

Fonte: Bernardes Magda, 2019.

Figura – 2 Geladeira de Insulina

Fonte: Bernardes Magda, 2019.

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18 Supervisionado em Saúde Pública: Dispensação
Relatório final de Estágio

Figura 3 – Armazenamento dos Medicamentos Básicos

Fonte: Bernardes Magda, 2019.

Figura 4 – Tabela Para Controlados Em Gotas

Fonte: Bernardes Magda, 2019.

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Relatório final de Estágio

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