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SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DE PARAIBA

CAPACITAÇÃO DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE:


EXPERIÊNCIA DE ENSINO E PRÁTICA DA ALIMENTAÇÃO
COMPLEMENTAR

2020
2

CAPACITAÇÃO DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE:


EXPERIÊNCIA DE ENSINO E PRÁTICA DA ALIMENTAÇÃO
COMPLEMENTAR EM GARANHUNS, PE

Projeto de Trabalho de Conclusão de Residência


apresentado ao programa de Residência
Multiprofissional com Ênfase em Gestão do
Cuidado do Hospital Regional Dom Moura, como
requisito parcial para obtenção do grau de
especialista.

Orientadora:

2020
3

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO........................................................................................................... 3

2. HIPÓTESE................................................................................................................. 4

3. JUSTIFICATIVA........................................................................................................ 5

4. OBJETIVO GERAL...................................................................................................5

4.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...................................................................................6

5. MÉTODOLOGIA........................................................................................................6

5.1 Tipo de Estudo....................................................................................................6

5.2 Local do Estudo..................................................................................................7

5.3 Público Alvo........................................................................................................ 7

5.4 Critérios de Inclusão e Exclusão.........................................................................7

5.5 Riscos e benefícios.............................................................................................7

5.6 Considerações Éticas..........................................................................................7

5.7 Etapas da pesquisa.............................................................................................8

5.8 Coleta e análise de dados...................................................................................9

6. CRONOGRAMA DO PROJETO (Calendário ano 2021)........................................10

7. ORÇAMENTO......................................................................................................... 11

8. Referência................................................................................................................14

9. APÊNDICES............................................................................................................ 16

Apêndice A -................................................................................................................ 17

Apêndice B.................................................................................................................. 18

Apêndice C.................................................................................................................. 22
4

Capacitação dos Agentes Comunitários de Saúde: experiência de


ensino e prática da Alimentação Complementar em Garanhuns,
Pernambuco, Brasil.

RESUMO

Esta pesquisa avalia o conhecimento dos agentes comunitários de saúde sobre


alimentação complementar, tendo em vista que o ACS é entendido como o
mediador entre a comunidade e a Equipe Saúde da Família, devido as suas
características e atribuições possam desenvolver atividades acerca da
alimentação complementar melhorando a assistência na Atenção Primária.
Com isso, esta pesquisa tem por objetivo Capacitar Agentes Comunitários da
Saúde de uma Unidade Básica de saúde da Família do Município de
Garanhuns-PE sobre alimentação complementar de crianças a partir dos 6
meses de idade. A princípio será aplicado um questionário auto preenchido
pelos ACSs, para analisar seus conhecimentos em relação ao tema proposto,
posteriormente serão realizadas capacitações para que eles possam ter um
entendimento melhor sobre a temática e assim dar continuidade com as
orientações, e por fim será elaborado uma cartilha com linguagem simples e
acessível para que seja entregue as mães usuárias da Unidade Básica de
Saúde da Família.
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1. INTRODUÇÃO

As práticas alimentares no primeiro ano de vida de uma criança são


fundamentais para garantir o desenvolvimento físico e intelectual, e constituem
um marco importante na formação dos hábitos alimentares (Campagnolo et., al
2012). A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde
recomendam que até os 6 meses de idade se ofereça exclusivamente o leite
materno para o bebê, por se tratar de uma alimentação cientificamente
reconhecida como segura, saudável e sustentável. Desse momento em diante
se inicia a introdução dos alimentos (BRASIL, 2019).
O período ideal para dar início à alimentação complementar é a partir dos
seis meses de idade, pois nessa fase o leite materno já não é mais suficiente
para atender as necessidades nutricionais do lactente, que por sua vez precisa
de uma quantidade maior de macro e micronutrientes para dar continuidade ao
seu desenvolvimento (Oliveira et., al 2017).
Entende-se por alimentação complementar, a inserção de outros alimentos
ou líquidos que podem ser oferecidos à criança, em adição ao leite materno,
após os seis meses de vida. Sendo assim, qualquer alimento oferecido à
criança nesse período é chamado de alimento complementar (Dias et., al
2010). Trata-se de alimentos preparados especialmente para a criança ou
daqueles alimentos que são consumidos pela família e modificados para
atender às suas necessidades nesse período, desde que sejam bem cozidos,
com pouco sal e outros condimentos, sendo sua consistência modificada
(amassada, desfiada, picada) (Genio, 2020). A comida da família, oferecida à
criança, além de ser modificada na consistência, pode ser modificada também
pela adição de alimentos ricos em ferro, em vitamina A e de óleo para garantir
o aporte desses elementos na dieta infantil (Sociedade Brasileira de Pediatria,
2012).
O documento Dez Passos Para Uma Alimentação Saudável: Guia Alimentar
Para Crianças Menores de Dois Anos, publicado pelo Ministério da Saúde,
destinado à capacitação técnica dos profissionais que atuam no campo da
alimentação infantil, principalmente nutricionistas e as Equipes de Saúde da 26
Família (ESF) e para uso da população, estão descritas algumas diretrizes que
6

norteiam essa introdução alimentar. Esse guia destrincha pontos de como deve
ser feita inicialmente essa alimentação (Gênio, 2020).
Se a criança estiver em aleitamento materno, a introdução de alimentos
complementares deve ser feita três vezes ao dia, e cinco vezes, se estiver
desmamada, ambas a partir dos seis meses. Frutas, tubérculos ou cereais,
hortaliças e carnes em geral devem estar sob forma de papas, doces ou
salgadas, que devem ser oferecidas com colher ou com copo, no caso de
líquidos (BRASIL, 2019).
A prática alimentar inadequada nesse período, principalmente entre as
populações menos favorecidas, está intimamente associada ao aumento da
morbidade, representada pelas doenças infecciosas, pela desnutrição e
carências específicas de micronutrientes, particularmente de ferro, zinco e
vitamina A (Oliveira et., al 2017). Ao encontro dessa situação Santos e
colaboradores (2019) observaram falhas nas orientações sobre alimentação
infantil por parte dos profissionais da saúde, inclusive dos Agentes
Comunitários da Saúde (ACSs).
Sabe-se que é um desafio para o profissional de saúde facilitar
adequadamente o processo de introdução de alimentos complementares
(BRASIL, 2015). Nesse sentido, a Educação Permanente em Saúde (EPS) na
Atenção Básica (AB), em especial para os ACSs, é fundamental, já que são
esses profissionais que possuem uma interação mais frequente com as
famílias (Coelho et., al 2018).
Em 2012 foi lançada a Estratégia Nacional para a Promoção do Aleitamento
Materno e Alimentação Complementar, que objetiva o fortalecimento das ações
voltadas para o apoio e promoção da alimentação complementar saudável no
SUS, bem como incentivar a orientação alimentar como atividade de rotina nos
serviços de saúde. Para alcançar tais objetivos, a atuação de profissionais da
Atenção Básica seria de extrema importância (BRASIL, 2013).
Dentre os profissionais que atuam na Estratégia Saúde da Família (ESF), o
ACS se apresenta como um mediador entre a população e o serviço de saúde
(Filgueiras e Silva, 2011).
7

Diante de inúmeras atribuições dos ACSs, como a realização de ações


educativas, também desempenham papel no que tange à saúde da criança,
como incentivo ao aleitamento materno, acompanhamento de vacinação
periódica das crianças, do crescimento e desenvolvimento infantil, entre muitas
outras (BRASIL, 2009). Desse modo, o ACS é o público alvo deste trabalho
pois esses profissionais têm facilidade em desenvolver atividades de educação
em saúde no domicílio, assim como, na Unidade Básica de Saúde da Família.
(UBSF) (Mota et., al 2014).

2. HIPÓTESE

Espera-se que a partir da intervenção proposta, os ACSs, possam ter o


conhecimento mais ampliado sobre a alimentação complementar de crianças, e
que após a capacitação, esses profissionais consigam orientar as famílias na
expectativa de evitar futuros distúrbios nutricionais e demais enfermidades.
Os ACS, terão acesso a conteúdos e informações técnicas que possibilitem
desempenhar suas atribuições centradas na promoção da qualidade de vida ao
público infantil, tornando-se interlocutores desse conhecimento e qualificando a
prestação da sua assistência.

.
8

3. JUSTIFICATIVA

Em um rodízio externo de uma Residência Multiprofissional em Atenção


Hospitalar com Ênfase em Gestão do Cuidado, o qual foi realizado em uma
Unidade Básica de Saúde da Família (UBS Indiano II) na cidade de
Garanhuns-PE, foi possível perceber a falta de orientação sobre a introdução
alimentar de crianças a partir dos seis meses de idade em consultas de
puericultura, uma vez que, nesta mesma unidade não existe um profissional
nutricionista.

Sendo assim, o interesse pela temática pode ser justificado pelo déficit de
conhecimento das mães sobre a alimentação complementar, que foi notado
durante uma palestra realizada pela equipe Multiprofissional de Residentes,
onde foram abordados temas sobre aleitamento materno e introdução
alimentar. Nesta ocasião estavam presentes cerca de sete mães na sala de
espera aguardando a consulta com a enfermeira. Logo após a palestra, foi
perceptível a falta de conhecimento das mães diante de tantas perguntas. Por
este motivo é essencial buscar alternativas para melhorar a prática de
alimentação complementar no âmbito da atenção básica. A UBS não possui um
profissional nutricionista que seria o responsável por essas demandas.

Neste contexto, os profissionais da saúde, em especial os ACS, têm um


papel fundamental na promoção de hábitos alimentares saudáveis desde a
infância, já que são profissionais responsáveis por desenvolver atividades de
promoção da saúde por meio de ações educativas, sejam elas individuais ou
coletivas, nos domicílios ou na comunidade (COSTA et., al 2013).

Diante do exposto, a implantação de um projeto de intervenção que


capacite esses profissionais da saúde sobre a alimentação complementar se
justifica pela importância que tem a nutrição adequada das crianças menores
de dois anos para garantir o seu desenvolvimento. A atenção básica é
considerada a porta de entrada nos serviços de saúde, por este motivo, é
fundamental que o aconselhamento sobre introdução de alimentos ocorra neste
nível de atenção, pois, não se pode esperar que as famílias tenham práticas
9

corretas de alimentação complementar se não tiverem sido adequadamente


informadas.

4. OBJETIVO GERAL

Capacitar Agentes Comunitários da Saúde de uma Unidade Básica de


saúde da Família do Município de Garanhuns-PE acerca da alimentação
complementar de crianças a partir dos 6 meses de idade.

4.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Avaliar o conhecimento prévio dos ACSs sobre a alimentação complementar de


lactentes a partir dos seis meses de idade; por meio de formulário com
perguntas e respostas.

Capacitar ACSs sobre introdução alimentar de crianças a partir dos seis meses
de idade, acompanhadas na UBS.

Elaborar uma cartilha com orientações sobre a introdução alimentar específica


para o manuseio dos ACSs contendo informações, sobre como prestar
assistência e apoio as mães em relação a introdução alimentar com as
recomendações oficiais do Ministério da Saúde.

Avaliar o conhecimento dos ACSs após a capacitação através de um


questionário próprio assim como o grau de satisfação com a intervenção
utilizando a escala Likert.
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5. MÉTODOLOGIA

5.1 Tipo de Estudo

Trata-se de um estudo do tipo pesquisa ação, de abordagem


quantitativa e qualitativa, que segundo Koerich et., al (2009), é um tipo de
pesquisa interpretativa que abarca um processo metodológico baseado na
experiência e observação. Compreende a observação do problema dentro de
um contexto social e/ou institucional fazendo o levantamento de dados relativos
ao problema à análise e significação dos dados levantados pelos participantes.
Identificando a necessidade de mudança e a elaboração de possíveis soluções.
Por fim a intervenção e/ou ação propriamente dita tem o intuito de aliar
pesquisa e ação simultaneamente.

5.2 Local do Estudo

O estudo será realizado na Unidade Básica de Saúde da Família


localizado na Rua Professora Cecília Rodrigues, nº 404 CEP: 55299-490 –
Severiano Moraes Filho, Garanhuns PE.

5.3 Público Alvo

O público alvo é composto pelos ACSs lotados na UBS-INDIANO II,


totalizando o número de 10 ACSs.

5.4 Critérios de Inclusão e Exclusão


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Serão Incluídos no projeto todos os ACSs que fazem parte da


UBS-INDIANO II de forma voluntária perante assinatura do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apêndice A) para que possa dar
início a aplicação dos questionários (Apêndice B). Serão Excluídos os demais
profissionais da UBS Indiano II e aqueles ACSs em qualquer modalidade de
licença ou férias ou os que não tenham interesse em participar.

5.5 Riscos e benefícios

Os possíveis riscos referentes ao presente estudo são: possibilidade de


constrangimento, desconforto; vergonha; cansaço ou aborrecimento ao
responder às perguntas e participar da capacitação. No que tange os
benefícios o projeto poderá colaborar com a Educação Permanente em Saúde
dos ACSs a partir da capacitação desses profissionais melhorando a
assistência prestada na Atenção Primária aos usuários que necessitam das
orientações sobre o tema proposto na intervenção.

5.6 Considerações Éticas

O projeto será submetido ao comitê de Ética em pesquisa com seres


humanos a ser determinado após cadastro na Plataforma Brasil, e ficará sujeito
à aprovação. Todos os participantes deverão ler o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido e, compreendendo os aspectos da pesquisa, concordar em
participar através de sua assinatura, conforme prevista na resolução 466/12 do
Conselho Nacional de Saúde.

Todas as informações desta pesquisa serão confidenciais e divulgadas


apenas em eventos ou publicações científicas, não havendo identificação dos
voluntários, a não ser entre os responsáveis pelo estudo, sendo assegurado o
sigilo sobre sua participação. Os dados coletados nesta pesquisa (informações
pessoais) ficarão armazenadas em computador pessoal sob a responsabilidade
dos pesquisadores responsáveis: Aline da Silva Ferreira, no endereço: Rua
12

Coronel Antônio Souto n°149, apt 04, São José, Cep: 55295-122, Garanhuns-
PE que está sob a orientação de Adna Jéssica Silva de Araújo, no endereço:
Rua Gerino Batista de Morais, nº 41, apt 01, Severiano Morais Filho, Cep:
55299-776, Garanhuns-PE.

5.7 Etapas da pesquisa

1° Inicialmente será realizado contato com a equipe da Unidade Básica


Saúde da Família (Indiano II) do município, afim de convidar os ACSs para
participarem do estudo, e logo após iniciaremos a etapa de aplicação do
questionário (Apêndice B). A aplicação do questionário será conduzida no mês
de Julho de 2021, diariamente durante uma semana, em horários previamente
agendados com a coordenação da UBS. Antes de iniciar os agentes receberão,
as devidas orientações, e serão informados de que sua participação é de
caráter voluntário e que a pesquisa consiste em responder um questionário
sem identificação do profissional, para avaliar o conhecimento dos mesmos
quanto ao tema a ser abordado na capacitação. A seguir estão descritas
características do instrumento de avaliação:
A etapa I do questionário terá perguntas sociodemográficas, com as seguintes
variáveis: sexo, idade em anos completos, grau de escolaridade, área de
conhecimento para aqueles que concluíram curso técnico ou superior, tempo
de profissão como ACS, tempo de ACS na UBS Indiano II, e se já tiveram
algum contato com o tema em algum momento da profissão se sim, em qual
situação.
A etapa II conterá conhecimentos teóricos sobre alimentação completar,
elaboradas de acordo com o Guia Alimentar para Crianças Menores de 2 anos
proposto pelo Ministério da Saúde (2011), e será auto aplicado. Não poderá
ocorrer troca de informações entre os participantes ou leitura de materiais
relacionados ao tema antes do preenchimento do questionário.
O instrumento contém 20 proposições, para as quais os participantes deverá
assinalar (certo, errado ou não sei). Na análise das respostas, serão
consideradas corretas as opções que se encontram em conformidade com o
13

Guia Alimentar para Crianças Menores de 2 anos do Ministério da saúde de


(2021)
2° Será executada a capacitação dos ACSs sobre o tema “introdução
alimentar de crianças a partir dos seis meses de idade'' apresentado e
discutido de forma interativa utilizando metodologias ativas, no período de
Julho de 2021, com duração de 2 horas, em até 3 dias distintos, para viabilizar
a participação do maior número possível de agentes sem prejuízo à rotina dos
serviços.
3º Elaboração de uma cartilha com base no Guia Alimentar para
Crianças Menores de 2 anos do Ministério da Saúde em linguagem simples e
acessível que será entregue aos ACSs logo após o termino da capacitação.
4° Avaliar o nível de conhecimento sobre alimentação complementar
após uma semana da capacitação, utilizando o mesmo questionário aplicado
no primeiro encontro, assim como, avaliar o nível de satisfação com a pesquisa
utilizando uma escala do tipo (Likert, 1932) de 5 pontos (Apêndice C). As
questões referentes à mensuração do grau de satisfação, serão 1 a 2,
graduada em 5 pontos, indo de (1) “Totalmente insatisfeito”, de medida em
porcentagem equivalente a 0%, até (5) “Totalmente satisfeito”, equivalente a
100%. A escala Likert requer que os entrevistados indiquem seu grau de
satisfação ou insatisfação em relação ao serviço prestado.

5.8 Coleta e análise de dados

Os dados obtidos serão compilados em bancos de dados informatizados no


programa Microsoft Office Excel 2013 e transferidos para análise estatística no
Programa Statistical Package for the Social Science (SPSS®) versão 20.0. A
análise dos dados será iniciada com a utilização de técnicas de análise
descritiva, a saber, tabelas contendo a frequência absoluta e relativa e medidas
resumo como média, mediana, desvio padrão, mínimo e máximo para
identificação das principais características dos sujeitos e da intervenção. Para
determinar se as diferenças e associações encontradas são estatisticamente
significativas, serão utilizados os testes estatísticos pertinentes e considerado o
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nível de significância de 5%. Serão consideradas como significativas diferenças


e associações cuja probabilidade de significância do teste, p-valor, seja menor
ou igual a 0,05.

6. CRONOGRAMA DO PROJETO (Calendário ano 2021)

Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Revisão da Literatura x x

Levantamento e x
realização leituras
necessárias à pesquisa
Submissão do trabalho x
ao comitê de Ètica

Elaboração dos x
instrumentos de
avaliação
Capacitação dos ACSs x

Elaboração da cartilha x
de orientações

Elaboração do trabalho x
final

Entrega e apresentação x
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7. ORÇAMENTO

MATERIAIS CUSTO EM
REAIS
Resma- (folhas e encadernação) 25 Reais

Tinta 70 reais

Xerox - questionários e Termos de Consentimento Livre e Esclarecido 60 Reais

Transporte - 50 Reais
16

Referências

1. Brasil. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. Caderno de


atenção básica nº23: saúde da criança aleitamento materno e alimentação
complementar. 2.ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2009.186 p.
2. BRASIL. Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde. Guia
alimentar para crianças menores de 2 anos. Brasília: Ministério da Saúde,
2019a. 152 p.
3. Brasil. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. Caderno de
atenção básica nº 23: saúde da criança aleitamento materno e alimentação
complementar. 2.ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2015.186 p.
4. Brasil. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. Estratégia
Nacional para Promoção do Aleitamento Materno e Alimentação Complementar
Saudável no Sistema Único de Saúde (SUS) - Estratégia Amamenta e Alimenta
Brasil. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 1.920, de 5 de
Setembro de 2013. Brasília.
5. Campagnolo P. D. B, Louzada M. L. C, Silveira E. L, Vitolo M. R. Práticas
Alimentares no Primeiro Ano de Vida e Fatores Associados em Amostra
Representativa da Cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Rev Nutr
Campinas. 2012; 18(4):459-69.
6. Coelho, J . G. Vasconcellos, L. C. F, Dias E. C. A Formação de Agentes
Comunitários de Saúde: Construção a partir do Encontro de Sujeitos. Trab.
Educ. Saúde, Rio de Janeiro, v. 16 n. 2, p. 583-604, maio/ago. 2018
7. Dias M. C. A. P, Freire L. M. S, Franceschini SCC, “Perfil da Alimentação
Complementar de Lactentes Atendidos em uma Clínica Particular de Belo
Horizonte, Minas Gerais”. Instituto de Previdência Social dos Servidores do
Estado de Minas Gerais; 2010.
8. Filgueiras, A. S, Silva, A. L. A. Agente Comunitário de Saúde: um novo ator
no cenário da saúde do Brasil . Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro,
21 [3]: 899-915, 2011.

9. Giugliani, Elsa R. J.; Victora, Cesar Gomes. Alimentação Complementar. Jornal


de Pediatria, v. 76, supl. 3, p. 253-262, 2004.

10. Genio, C. A, Marques, M. M, Machado, J.F. A Introdução de Alimentação


Complementar no Brasil. Revista Multidisciplinar de Saúde. V. 2, n. 01 p. 65-79.
Centro Universitário Padre Anchieta. São Paulo. 2020.
17

11. Mota C.I, Feitosa A. N. A, Quental O. B, Oliveira M. M. L, Araújo W. A. A,


Oliveira G. S. Conhecimento do Agente Comunitário da Saúde acerca do
cartão da criança Revista Interdisciplinar em Saúde, Cajazeiras, 1 (2): 259-275,
nov./dez. 2014.
12. Oliveira F.M, Avi C. M. A Importância Nutricional da Alimentação
Complementar. Revista Ciências Nutricionais Online, São Paulo. v.1, n.1, p.36-
45, 2017.
13. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Manual de Orientação Para
Alimentação do Lactente, do Pré-escolar, do Escolar, do Adolescente e na
Escola. Sociedade Brasileira de Pediatria, Rio de Janeiro, p. 24-31, 2012.
14. Santos, F. S. Mintem G.C e Gigante D. P. O Agente Comunitário de Saúde
como Interlocutor da Alimentação Complementar em Pelotas, RS, Brasil.
Ciência & Saúde Coletiva, Rio Grande do Sul. 24(9):3483-3494, 2019.
18

APÊNDICES
19

APÊNDICE A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA


MAIORES DE 18 ANOS

ESCOLA DE GOVERNO EM SAÚDE


PÚBLICA DE PERNAMBUCO HOSPITAL
REGIONAL DOM MOURA

RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM ATENÇÃO


HOSPITALAR COM ÊNFASE EM GESTÃO DO CUIDADO
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
(Elaborado de acordo com a Resolução 466/2012-CNS/CONEP)

Convidamos o (a) Sr. (a) para participar como voluntário (a) da pesquisa, Capacitação
dos Agentes Comunitários de Saúde: experiência de ensino prática da Alimentação
Complementar em Garanhuns, Pernambuco, Brasil. Que está sob a Responsabilidade
dos Pesquisadores: Aline da Silva Ferreira, (alinenutriufpe@gmail.com) // ((81)
99693285) (inclusive ligações a cobrar), Residente na Rua Coronel Antônio Souto, nº
149, apt 04, Bairro São José, CEP: 55295-115, Garanhuns – PE; Adna Jessica de
Araújo (adnajessica@hotmail.com) // ((82) 9 99336212) (inclusive ligações a cobrar),
Residente na Rua Gerino Batista de Morais, nº 41, apt 01, Bairro Severiano Morais
Filho, Cep: 55299-776, Garanhuns-PE.
Caso este Termo de Consentimento contenha informações que
não lhe sejam compreensíveis, as dúvidas podem ser tiradas com a
pessoa que está lhe entrevistando e apenas ao final, quando todos os
esclarecimentos forem dados, caso concorde com a realização do estudo
pedimos que rubrique as folhas e assine ao final deste documento, que
está em duas vias, uma via lhe será entregue e a outra ficará com o
pesquisador responsável.

Caso não concorde, não haverá penalização, bem como será


possível retirar o consentimento a qualquer momento, também sem
nenhuma penalidade.
INFORMAÇÕES DA PESQUISA
➢ Trata-se de um estudo pesquisa-ação, descritivo, qualitativa e
quantitativa, tendo como base aplicação de questionário
estruturado;
20

➢ O estudo tem como objetivo capacitar Agentes Comunitários de


Saúde de uma Unidade Básica de Saúde da Família do município
de Garanhuns PE acerca da alimentação complementar de
crianças acima de 6 meses;
➢ Os riscos relacionados à pesquisa são considerados mínimos por
se tratar de aplicação de questionário estruturado, porém ainda
assim o usuário pode sentir-se constrangido e/ou desconfortável
durante o processo.
➢ É garantido o direito do usuário de retirar seu consentimento a
qualquer momento da pesquisa sem qualquer prejuízo à
comunidade de qualquer benefício que este tenha obtido junto à
Instituição, antes, durante ou após o período deste estudo.
➢ É garantido o direito do usuário de retirar seu consentimento a
qualquer momento da pesquisa sem qualquer prejuízo à
comunidade de qualquer benefício que este tenha obtido junto à
Instituição, antes, durante ou após o período deste estudo. Na
existência de algum dano causado aos usuários em decorrência
da pesquisa, o mesmo será encaminhado ao Núcleo de Apoio
Psicossocial (NUAPS) do Hospital Regional Dom Moura
➢ As informações obtidas pelos pesquisadores serão analisadas em
conjunto com as de outros participantes, não sendo divulgada a
identificação de nenhum dos participantes. Não há despesas
pessoais para o participante em qualquer fase do estudo.
Também não há compensação financeira relacionada à sua
participação.

No que concerne aos benefícios, o estudo possibilitará colaborar


com a Educação Permanente em Saúde dos ACSs a partir da capacitação
desses profissionais e assim melhorando a assistência prestada na Atenção
Primária as usuárias que necessitam das orientações sobre o tema
proposto na intervenção.

Todas as informações desta pesquisa serão confidenciais e serão


divulgadas apenas em eventos e/ou publicações científicas, não havendo
identificação dos voluntários, a não ser entre os responsáveis pelo estudo,
sendo assegurado o sigilo sobre a sua participação. Os dados coletados
nesta pesquisa, ficarão armazenados em pastas de arquivo e computador
pessoal, sob a responsabilidade dos pesquisadores, no endereço acima
informado, pelo período de mínimo 5 anos.
21

Nada lhe será pago e nem será cobrado para participar desta
pesquisa, pois a aceitação é voluntária, mas fica também garantida a
indenização em casos de danos, comprovadamente decorrentes da
participação na pesquisa, conforme decisão judicial ou extra-judicial. Se
houver necessidade, as despesas para a sua participação serão assumidas
pelos pesquisadores (ressarcimento de transporte e alimentação).

Em caso de dúvidas relacionadas aos aspectos éticos deste


estudo, você poderá consultar o Comitê de Ética em Pesquisa
Envolvendo Seres Humanos (ENDEREÇO DO CEP QUE
APROVOU O PROJETO).

(Assinatura do (s) pesquisador (es))


22

CONSENTIMENTO DA PARTICIPAÇÃO DA PESSOA COMO VOLUNTÁRIO (A)

Eu, -________________________________________, CPF/RG ___________,


abaixo assinado, após a leitura (ou a escuta da leitura) deste documento e de ter tido a
oportunidade de conversar e ter esclarecido as minhas dúvidas com o pesquisador
responsável, concordo em participar do estudo Capacitação dos Agentes
Comunitários de Saúde: experiência de ensino e prática da Alimentação
Complementar em Garanhuns, Pernambuco, como voluntário (a). Fui devidamente
informado (a) e esclarecido (a) pelo(a) pesquisador (a) sobre a pesquisa, os
procedimentos nela envolvidos, assim como os possíveis riscos e benefícios decorrentes
de minha participação. Foi- me garantido que posso retirar o meu consentimento a
qualquer momento, sem que isto leve a qualquer penalidade (ou interrupção de meu
acompanhamento/ assistência/tratamento).

Garanhuns-PE, / /
Assinatura do participante:

___________________________________________________
23

RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM ATENÇÃO HOSPITALAR COM


ÊNFASE EM GESTÃO DO CUIDADO DO HOSPITAL REGIONAL DOM MOURA
GARANHUNS-PE

APÊNDICE B - ENTREVISTA E TESTE DE CONHECIMENTOS PARA ACSs

Etapa I - Dados Gerais

Nome da Unidade: Município:

Sexo: Idade:

Grau de escolaridade: Fundamental Completo ( ) até ensino médio, __________série.

Curso técnico ou superior ( ), qual? _______________________________________

Formação profissional: ACS ( ) desde quando? _______ Outros:_______________

Tempo de ACS nesta UBS:______________________________________________

Você já teve contato com o tema aqui proposto em algum momento da profissão? se
sim, em qual situação:
____________________________________________________________

Etapa II - Questionário

1°- Recomenda-se dar somente leite materno até os 6 meses, sem oferecer água, chás ou
qualquer outro alimento.

Certo ( ) Errado ( ) não sei ( )

2°- A partir dos 6 meses, o organismo da criança já está preparado para receber alimentos
diferentes do leite materno, que são chamados de alimentos complementares.

Certo ( ) Errado ( ) não sei ( )

3° A alimentação complementar, como o nome diz, é para complementar o leite materno e não
para substituí-lo.

Certo ( ) Errado ( ) não sei ( )


24

4º- A partir dos 6 meses é ideal, oferecer de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo
o leite materno até os dois anos de idade ou mais.

Certo ( ) Errado ( ) não sei ( )

5° Quando introduzir a alimentação complementar, é importante que a criança receba água nos
intervalos das refeições.

Certo ( ) Errado ( ) não sei ( )

6° A introdução dos alimentos complementares deve ser feita com colher ou copo no caso da
oferta de líquidos.

Certo ( ) Errado ( ) não sei ( )

7° No começo da introdução alimentar os alimentos devem ser liquidificados para facilitar a


mastigação e aceitação.

Certo ( ) Errado ( ) não sei ( )

8° A partir do momento que a criança começa a receber qualquer outro alimento, a absorção do
ferro do leite materno reduz significativamente: por esse motivo a introdução de carnes e
vísceras (fígado, rim, coração, moela de frango, etc.), mesmo em pequena quantidade, é muito
importante.

Certo ( ) Errado ( ) não sei ( )

9°- É melhor oferecer um alimento por vez do que misturar tudo em uma mesma refeição

Certo ( ) Errado ( ) não sei ( )

10° Oferecer a alimentação complementar regularmente, com rigidez de horários. Após a oferta
dos alimentos, a criança deve receber leite materno, caso demonstre que não está saciada.

Certo ( ) Errado ( ) não sei ( )

11° No início da alimentação complementar, os alimentos oferecidos à criança devem ser


preparados especialmente para ela. Os alimentos devem ser bem cozidos. Nesse cozimento
deve sobrar pouca água na panela, ou seja, os alimentos devem ser cozidos apenas em água
suficiente para amaciá-los.

Certo ( ) Errado ( ) não sei ( )

12° A partir dos 8 meses, podem ser oferecidos os mesmos alimentos preparados para a
família, desde que amassados, desfiados, picados ou cortados em pedaços pequenos.

Certo ( ) Errado ( ) não sei ( )

13° No primeiro ano de vida, não é recomendado que os alimentos sejam muito misturados,
porque a criança está aprendendo a conhecer novos sabores e texturas.
25

Certo ( ) Errado ( ) não sei ( )

14° Se a criança não está mamando no peito, deve receber cinco refeições por dia com
alimentos complementares a partir do sexto mês.

Certo ( ) Errado ( ) não sei ( )

15° Oferecer três refeições complementares (no meio da manhã, no almoço, no meio da tarde)
para crianças em aleitamento materno; para aquelas já desmamadas, adicionar mais duas
refeições: no início da manhã e no início da noite.

Certo ( ) Errado ( ) não sei ( )

16º Camila levou suas filhas gêmeas, de 11 meses de idade, para consulta com um
nutricionista, o qual orientou a mãe a oferecer frutas e castanhas como lanche para as filhas.
Considerando essa situação hipotética e aspectos a ela relacionados, julgue o item a seguir.

17º Durante a introdução da alimentação complementar deve - se preconizar a oferta dos mais
variados alimentos, inclusive, aqueles contendo proteínas potencialmente alergênicas (como
ovos, porco, peixe e outros).

Certo ( ) Errado ( ) não sei ( )

18° Retardar a introdução de alimentos complementares protege a criança do desenvolvimento


de doenças alérgicas.

Certo ( ) Errado ( ) não sei ( )

19° A mãe de um bebê de 6 meses de idade procurou uma unidade básica de saúde para
solucionar algumas dúvidas em relação à alimentação do seu filho. O profissional sugeriu,
baseando-se no Guia Alimentar para Crianças Menores de 2 anos (Ministério da Saúde, 2013),
que ela bata no liquidificador legumes, como batata e cenoura, com água, para a sopa do bebê.

Certo ( ) Errado ( ) não sei ( )

20° Se a criança não estiver sendo alimentada com leite materno nem fórmula infantil, a partir
dos 4 meses de vida, deve-se iniciar a introdução de outros alimentos para suprir suas
necessidades nutricionais. A partir dessa idade, a criança deverá receber duas papas salgadas
(almoço e jantar) e duas frutas, além do leite sem adição de açúcar. A composição das papas,
a forma de introdução e a consistência devem seguir as mesmas orientações contidas no Guia
alimentar para crianças menores de dois anos.

Certo ( ) Errado ( ) não sei ( )


26

RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM ATENÇÃO HOSPITALAR COM


ÊNFASE EM GESTÃO DO CUIDADO DO HOSPITAL REGIONAL DOM MOURA
GARANHUNS-PE

APÊNDICE C - AVALIAÇÃO DE SATISFAÇÃO COM A INTERVENÇÃO

1° como você se senti em relação a temática abordada na pesquisa?

a) Totalmente insatisfeito
b) Insatisfeito
c) Nem satisfeito nem insatisfeito
d) Satisfeito
e) Totalmente satisfeito

2° Em relação a capacitação qual seu grau de satisfação?

a) Totalmente insatisfeito
b) Insatisfeito
c) Nem satisfeito nem insatisfeito
d) Satisfeito
e) Totalmente satisfeito

3º Em relação a cartilha o conteúdo abordado, está compreensível? E após a intervenção


será possível trabalhar com mais facilidade esse tema na comunidade?

SIM ( ) NÃO ()
27

Método
Estudo descritivo e transversal realizado em seis hospitais públicos de Curitiba e Região
Metropolitana (PR),que possuem Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTINs). A
amostra estudada constou de 52 enfermeiros que trabalhavam em UTINs.Houve perda de
um participante por se recusar a participar. Assim, a amostra final foi constituída por 51
enfermeiros. Foram incluídos na pesquisa enfermeiros que trabalhavam em UTINs das
instituições, entre dezembro de 2014 e julho de 2015, período de coleta de dados, e
excluídos os que estavam ausentes no período por férias ou licença saúde/maternidade.
Dessa forma, os enfermeiros que aceitaram fazer parte da pesquisa assinaram o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de


Enfermagem da USP (CEP/EEUSP), sob o número 952.238. Dos seis hospitais
denominados instituições coparticipantes, um deles aceitou a aprovação do CEP/EEUSP.
Duas instituições possuíam o mesmo Comitê de Ética em Pesquisa, tendo aprovado o
projeto sob o número 1.069.253; restando três instituições, que aprovaram o projeto sob os
números 1.098.877;1.032.303 e 1.132.335.

Inicialmente, a pesquisadora entrou em contato telefônico ou por correio eletrônico junto às


coordenadoras de enfermagem de cada instituição coparticipante para apresentar o
projeto de pesquisa e solicitar autorização para coleta de dados.

Para este estudo, foi utilizado um questionário elaborado por Capelliniet al. 9 e somente
após a autorização pelos autores a coleta de dados foi realizada.O questionário foi
adaptado aos objetivos deste estudo, sendo constituído por três partes, a primeira
contendo informações referentes ao perfil dos enfermeiros, tais como: formação, atuação e
qualificação profissional; a segunda e a terceira parte,sobre conhecimentos e práticas do
manejo da dor neonatal, respectivamente. O questionário foi elaborado mediante a Escala
tipo Likert, que quantifica atitudes e comportamentos por meio de estimação do grau da
resposta10. Foi composto por frases afirmativas, sendo que as respostas utilizadas sobre o
conhecimento dos enfermeiros eram as seguintes: discordo, discordo parcialmente, não
sei, concordo parcialmente e concordo. Para o questionário que avaliava a prática dos
enfermeiros, as respostas foram as seguintes: nunca, raramente, algumas vezes, maioria
das vezes e sempre, devendo ser assinalada somente uma resposta a cada afirmativa.

O preenchimento do questionário foi agendado com cada enfermeiro. Além disso, os


participantes foram informados que suas respostas não seriam utilizadas para avaliar seu
desempenho no trabalho. O questionário garantiu o anonimato e foi preenchido pelos
próprios enfermeiros sem consultar outras pessoas, protocolos ou qualquer material
didático, com tempo estimado de 30 minutos.O questionário do estudo 9foi apreciado e
aprovado quanto à capacidade de transmitir o conteúdo de maneira compreensível, por
seis profissionais que possuíam expertise relacionada ao tema, sendo três enfermeiras
com título de doutoras e experiência no estudo da dor neonatal(uma canadense e duas
brasileiras) e três enfermeiras brasileiras com experiência em ensino, prática e pesquisa
na área neonatal, todas orientadas individualmente para essa atividade.

Os dados foram digitados em uma planilha no programa Excel 2010, analisados no


Statistical Package for Social Sciences(SPSS-versão 21.0) e submetidos à análise
descritiva.Os resultados foram apresentados por meio de frequência absoluta e relativa em
gráficos e tabelas. O nível de significância adotado foi de 5%.
28

Resultados
Dos 51 enfermeiros participantes do estudo,50 (98%) eram do sexo feminino e apenas
um(2%) do sexo masculino. Com relação às idades, houve uma variação de 21 a 52 anos,
com média de 30,8 anos (DP=6,45). O tempo de formação dos enfermeiros variou de
menos de um ano a 26 anos, com uma média de 6,02 anos (DP=5,86); o tempo de
experiência em UTIN variou de menos de um ano a 20,17 anos, com média de 4,39 anos
(DP=5,74) e o tempo de experiência na UTIN onde a pesquisa foi realizada variou de
menos de um ano a 18,25 anos, com média de 3,78 anos (DP=5,39).

Ao serem questionados sobre a existência de diretriz, protocolo ou rotina sobre avaliação e


manejo da dor neonatal, 17 (33,3%) enfermeiros responderam que existe; 21(41,2%)
informaram não existir e 13 (25,5%) não souberam responder.

A escala para avaliação da dor de recém-nascidos foi utilizada por 32 (62,7%) enfermeiros
e 17 (34,7%) informaram nunca utilizar escala.Em relação ao tipo de escala para avaliação
da dor neonatal utilizada pelos enfermeiros,11 (21,6%) responderam que utilizaram
a Neonatal Infant Pain Scale (NIPS)( 11; três (5,9%) a Crying, Requires Oxygen for
Saturation above 90%, Increased Vital Signs, Expression, Sleep (CRIES)12e a NIPS11e um
(2%)enfermeiro respondeu utilizar apenas a escala CRIES12. Entretanto, 36 (70,6%)
enfermeiros responderam não saber qual o tipo de escala era utilizada no serviço.

Vários foram os intervalos de avaliação da dor em recém-nascidos mencionados pelos


enfermeiros, assim, 19 (37,3%) relataram que a avaliação da dor aconteceu com a
verificação dos sinais vitais do recém-nascido; cinco (9,8%) mencionaram que a dor era
esporadicamente avaliada; três (5,9%) informaram que o intervalo de avaliação da dor era
de 2/2h; dois (3,9%) relataram que o intervalo de avaliação era de 4/4h, dois (3,9%) que,
no cuidado pós-operatório, a dor era avaliada de 4/4h; 18 (35,3%) que a dor não era
avaliada e dois (3,9%) não responderam esse item.Os profissionais que mais avaliaram a
dor e a registraram na evolução de enfermagem foram os enfermeiros, 43 (84,3%),
seguidos pelos técnicos de enfermagem, 32 (62,7%), e auxiliares,seis (11,8%). De acordo
com24 (47,1%) enfermeiros, o escore de avaliação da dor neonatal era registrado na
evolução de enfermagem; 18(35,3%) enfermeiros registraram na anotação de
enfermagem; oito (15,7%) no balanço hídrico e um (2%) em impresso próprio.

Ao utilizar a escala para avaliação da dor neonatal, as práticas realizadas por 41(80,4%)
enfermeiros foram uso de medidas não farmacológicas; 29 (56,9%) utilizaram medidas
farmacológicas; 26 (51%) discutiram com a equipe; 15 (29,4%) registraram no prontuário e
nove (17,6%) comunicaram à chefia. Quando a escala de avaliação da dor não foi utilizada
na UTIN, as condutas tomadas por 41 (80,4%) enfermeiros foram medicar para alívio da
dor; 24 (47,1%) discutir com a equipe; 21 (41,2%) registrar no prontuário e 11 (21,6%)
comunicar à chefia.

Para o tratamento da dor de recém-nascidos internados em UTINs, são utilizadas


intervenções farmacológicas e não farmacológicas. Observou-se que 29 (56,9%)
enfermeiros utilizaram medidas farmacológicas, entre elas: paracetamol (24,47,1%),
fentanil (24,47,1%) e morfina(nove, 17,6%). Quarenta e um (80,4%) enfermeiros utilizaram
medidas não farmacológicas para o alívio da dor neonatal, entre elas, as mais citadas
foram: glicose oral,35 (68,6%), sucção não nutritiva,30 (58,8%) e posicionamento,29
(56,9%).

Em relação ao questionário de conhecimentos e práticas, os resultados são apresentados


a seguir nas Tabelas 1 e 2 e traduzem o que os enfermeiros conheciam e aplicavam na
prática assistencial.
29

Discussão
A maioria dos enfermeiros considera que os recém-nascidos prematuros e a termo são
capazes de sentir dor.Resultado semelhante foi registrado por pesquisas sobre
percepções, conhecimentos e práticas de profissionais de saúde sobre o manejo da dor
neonatal9,13-14. Porém, nesta pesquisa, observam-se profissionais que discordaram a
respeito da capacidade do recém-nascido sentir dor.Tal fato pode ser atribuído ao
atendimento prestado, pois, muitas vezes, a dor neonatal era tratada de forma
ineficaz.Resultados de pesquisa corroboram esses dados, indicando que recém-nascidos
com idade gestacional menor que 28 semanas não são capazes de perceber o estímulo
doloroso14.

A dor neonatal é revelada por meio de alterações fisiológicas e comportamentais, já que o


recém-nascido a manifesta de forma não verbal 13.Nota-se,neste estudo, que os
enfermeiros utilizaram as alterações fisiológicas e comportamentais para avaliar a dor do
recém-nascido e também reconheceram que fatores ambientais são capazes de modificar
sua resposta à dor.

Dessa forma, a avaliação da dor em recém-nascidos se dá por meio de instrumentos


específicos que permitem ao profissional obter escores de avaliação e planejar seu
tratamento. Nesse sentido, os enfermeiros concordaram que o uso de escalas para
avaliação da dor neonatal é importante para a prática profissional. Entretanto, as respostas
foram discrepantes entre os enfermeiros, revelando que17 (34,7%) afirmaram nunca
utilizar escalas para avaliar a dor do recém-nascido e 32 (62,7%) infor

Nota-se, nesta pesquisa, que há lacunas no conhecimento dos enfermeiros quanto ao


registro de avaliação da dor neonatal e a relação com seu alívio, uma vez que somente o
registro do escore da dor neonatal não garante seu tratamento. É necessária a ação do
profissional para que o manejo da dor se processe de forma adequada. Outro
desconhecimento dos enfermeiros diz respeito à influência do diagnóstico médico no
manejo da dor.

Apesar da existência de conhecimento técnico sobre o manejo da dor em recém-nascido,


a prática desse cuidado não é uma realidade em todas as UTINs, prejudicando a
qualidade da assistência. A transmissão e aplicação de conhecimento não se estabelecem
rapidamente. Para isso acontecer, é preciso que o manejo da dor esteja sedimentado no
serviço, o qual pode ser alcançado por meio de estratégias educativa

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