CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA

AMANDA DIAS SOARES

ARIANA MACHADO ROCHA DIAS
CAMILO SOARES DOS REIS
FERNANDA RIBEIRO SILVA
GIOVANNA APARECIDA ROQUE GAMBARDELLA
JOCILENE LEMES LIMA
PRISCILA LOPES DA SILVA
VITÓRIA ISABELE MOREIRA DOS SANTOS
SAÚDE COLETIVA

BELO HORIZONTE
2023
 AMANDA DIAS SOARES
ARIANA MACHADO ROCHA DIAS
CAMILO SOARES DOS REIS
FERNANDA RIBEIRO SILVA
GIOVANNA APARECIDA ROQUE GAMBARDELLA
JOCILENE LEMES LIMA
PRISCILA LOPES DA SILVA
VITÓRIA ISABELE MOREIRA DOS SANTOS

SAÚDE COLETIVA

TRABALHO COMPLEMENTAR DE
CONCLUSÃO DE A3 DO CURSO DE
NUTRIÇÃO PARA OBTENÇÃO DE
PONTOS DO SEMESTRE

PROFª: EUNICE BARROS

BELO HORIZONTE
2023
RESUMO
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) é uma iniciativa do governo
brasileiro que visa fornecer alimentação saudável e balanceada aos alunos da rede
pública de ensino, fundado em 1955 o PNAE desempenha um papel fundamental no
combate à desnutrição e na melhoria da saúde de crianças e adolescentes,
contribuindo para o seu desenvolvimento físico e cognitivo. Além disso, o programa
fortalece a agricultura familiar, garantindo que alguns dos alimentos sejam
adquiridos de pequenos produtores locais. O PNAE é uma importante ferramenta de
promoção da educação e nutrição no Brasil, garantindo que a alimentação escolar
não seja apenas uma necessidade primária, mas também um meio de inclusão e
bem-estar.

BELO HORIZONTE
2023
SUMÁRIO
RESUMO ................................................................................................................. 3
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 5
1. PNAE- Programa Nacional de Alimentação Escolar ............................................. 6
2. ALIMENTAÇÃO SAÚDAVEL NA POLÍTICA DO PNAE ......................................... 7
3. SUSTENTABILIDADE ........................................................................................... 8
4. INCLUSÃO PARA PESSOAS COM SD E TEA................................................... 10
CONCLUSÃO ............................................................................................................ 11
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 12

BELO HORIZONTE
2023
INTRODUÇÃO
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) é uma política pública de
significativa importância no cenário educacional e de saúde do Brasil. Desde sua
criação, o PNAE desempenha um papel fundamental ao assegurar que estudantes
da rede pública de ensino tenham acesso a refeições saudáveis e balanceadas. O
programa não apenas visa combater a desnutrição e promover o desenvolvimento
infantil, mas também tem um impacto expressivo na economia local, estimulando a
agricultura familiar e fortalecendo comunidades rurais.

Esta pesquisa tem como objetivo analisar em profundidade o funcionamento e os

efeitos do PNAE, explorando suas implicações para a saúde, educação e
desenvolvimento sustentável no Brasil. Ao longo deste trabalho, examinaremos a
evolução histórica do programa, seus desafios atuais e suas perspectivas futuras,
demonstrando como o PNAE se tornou um pilar essencial na promoção do bem-
estar das crianças e na construção de um sistema de ensino mais inclusivo e
equitativo.

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1. PNAE- Programa Nacional de Alimentação Escolar
O Programa é uma estratégia de promoção da alimentação saudável nas escolas.
Após a publicação da Lei nº 11.947/2009 pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento
da Educação (FNDE), o PNAE promoveu algumas alterações nas compras realizada
para o programa, tornando-se obrigatório que municípios e estados utilizem 30% das
verbas repassadas para compras destinadas a agricultura familiar, essa parceria
incentiva a produção local de alimentos, promovendo emprego e renda para os
pequenos produtores. O programa não se limita apenas no Brasil sendo utilizado em
mais de 7 países, no Brasil se destaca por ser um programa nacional, diferente dos
programas internacionais que beneficia poucas escolas de algumas regiões mais
afetadas pela pobreza.

Considerado o maior programa de suplementação alimentar da américa latina, pelo

tempo de exercício desde 1988, investimentos feitos, continuidade a caráter
universal e tendo em vista o número de alunos beneficiados pelo programa se
destina a ofertar refeições para estudantes do ensino básico, garantindo o mínimo
de 20% das necessidades nutricionais, auxiliando no crescimento e desenvolvimento
biopsicossocial bem como a aprendizagem e o rendimento escolar. O (SAN)
Segurança Alimentar e Nutricional atualmente consiste em promover o Direito
Humano À Alimentação Adequada (DHAA) através da alimentação escolar, essa e
outras várias ações que também contribuem para que as metas do (ODM) Objetivos
de Desenvolvimento do Milênio sejam atingidas

Foram eleitos alguns princípios norteadores da execução do programa junto aos

estados e municípios: equidade, participação social, universalidade,
sustentabilidade/continuidade, compartilhamento de responsabilidades, direito
humano à alimentação adequada e respeito aos hábitos e tradições regionais1. Em
seus princípios estruturantes o programa tem avançado em direção a consolidar o
direito e o acesso à alimentação adequada e saudável no espaço escolar,
promovendo e incentivando ações. (segundo artigo Ciência & Saúde Coletiva,
20(11):3533-3546, 2015), o programa faz parte da maior política pública com maior

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durabilidade no país em se tratando de segurança alimentar e nutricional, de
abrangência e constância na área de alimentação escolar do mundo. Entre 1995 e
2010, cresceu de 33,2 milhões para 45,6 milhões de escolas as verbas tiveram
crescimento de 590,1 milhões para 3 bilhões de reais.

O PNAE cresce cada vez mais com sua política pública de muita importância
ajustando-se ao público direcionado e à agricultura familiar, beneficiando cada vez
mais pessoas valorizando os produtos adquiridos da agricultura familiar, agregando
valor, respeito e incentivo para todos envolvidos desde as escolas, alunos aos
agricultores locais.

2. ALIMENTAÇÃO SAÚDAVEL NA POLÍTICA DO PNAE

Entende-se que, uma alimentação saudável é uma alimentação onde se garante os
nutrientes necessários para processos fisiológicos e desenvolvimento físico e mental
de um indivíduo, alinhado a hábitos alimentares regionais. Mesmo reconhecendo
essas noções, os escolares nem sempre fazem relação entre saúde e PNAE. O
programa é uma importante estratégia de educação nutricional para se adquirir bons
hábitos alimentares e as próprias crianças consideram a alimentação escolar
importante, mas não uma condição para a sua permanência na escola, dados como
estes tornam-se relevantes, considerando que o PNAE tem sido apontado como um
programa assistencialista para muitas crianças, que têm na alimentação escolar a
sua principal refeição.

Um grande avanço foi dado a partir de 1994 com a descentralização, onde a gestão
da alimentação escolar pelos municípios tornou possível o planejamento dos
cardápios segundo a cultura alimentar das comunidades e a maior participação da
sociedade civil no gerenciamento do Programa.

A alimentação escolar deve estar presente todos os dias letivos na escola com
qualidade e adequação nutricional e é de extrema importância à variação e à

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inserção de mais frutas, verduras e legumes, sendo que os principais desafios
envolvidos na ampliação da adesão/aceitação das refeições se alinham pelo
adequado planejamento do cardápio. Desta forma, a alimentação escolar deve ser
em qualidade e quantidade apropriada, assegurando as necessidades nutricionais
essenciais, com o objetivo de proporcionar o desenvolvimento adequado e construir
hábitos alimentares saudáveis.

No PNAE, as adequações nutricionais para creches devem ser de 70% das

necessidades energéticas totais em escolas de tempo integral e de 30% para os
alunos de meio turno, podendo ser considerado 10% acima ou abaixo de 100% das
recomendações. Para a educação básica, devem ser de 20% das necessidades
nutricionais para uma refeição e 30% para duas ou mais refeições. Para estudantes
em escolas de período integral, as necessidades nutricionais devem atender 70% da
ingestão alimentar, distribuídas em no mínimo, três refeições. O programa, possui
normas para assegurar a boa alimentação dos escolares e a adequação dos valores
de referências é de grande importância para contribuir quanto ao fornecimento dos
nutrientes, enquanto os mesmos estiverem na escola.

O suprimento das necessidades energéticas diárias busca atingir metas nutricionais

que possam evitar carências ou excesso, prevenindo também o surgimento de
distúrbios nutricionais como obesidade ou desnutrição, Portanto, o PNAE atua como
mecanismo de garantia da segurança alimentar e nutricional.

3. SUSTENTABILIDADE
No âmbito da sustentabilidade, Carvalho (2013) enfatiza a necessidade de adotar
uma abordagem que visa ao uso racional e limitado dos recursos naturais, desde o
processo de produção até o descarte, para evitar o esgotamento da matéria-prima. A
Lei da Merenda Escolar, conhecida como Programa Nacional de Alimentação
Escolar (PNAE), desempenha um papel crucial ao garantir uma refeição diária para
os alunos em escolas públicas e filantrópicas, promovendo a nutrição adequada dos
estudantes e a integração entre práticas alimentares saudáveis e a conservação
responsável dos recursos naturais (Carvalho, 2013).

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A implementação do PNAE, com foco na participação ativa da agricultura familiar,
comunidades indígenas e remanescentes de quilombos, cria oportunidades
econômicas sustentáveis ao estimular o crescimento produtivo dessas comunidades
e reduzir o consumo de alimentos processados. Além disso, promove a integração
social com base na sustentabilidade, fortalecendo os laços entre agricultores
familiares e consumidores, contribuindo para a redução da pobreza e do êxodo rural.
A legislação associada, como a Lei nº 11.947/2009, que destina 30% dos recursos
do PNAE para a compra direta de produtos da agricultura familiar, simplifica os
processos de aquisição e comercialização, estimulando o desenvolvimento
econômico dessas comunidades, reforçando a natureza inclusiva e socialmente
responsável dessas políticas (BRASIL, 2009). Esta abordagem transforma o
panorama econômico dos agricultores familiares e modifica as práticas alimentares
nas escolas, promovendo uma cultura de sustentabilidade e responsabilidade social
(SARAIVA et al., 2013).

O apoio aos pequenos proprietários na produção de alimentos sustentáveis é crucial

para diversificar e melhorar a qualidade dos alimentos oferecidos. Santos et al.
(2022) ressalta que essa prática reduz significativamente a perda e desperdício de
alimentos, ao privilegiar produtos locais, frescos e de melhor qualidade, provenientes
da agricultura familiar. A agricultura familiar, caracterizada pelo uso reduzido de
agrotóxicos e maquinaria em menor escala, não apenas protege a qualidade dos
solos, mas também minimiza o impacto ambiental, contribuindo para a preservação
da biodiversidade. O PNAE, ao incentivar a escolha por alimentos produzidos por
agricultura familiar, pequenos proprietários e comunidades tradicionais, não apenas
oferece alimentos saudáveis e respeitosos às tradições locais, mas também
transfere conhecimento às novas gerações nas escolas, conscientizando sobre a
importância de conservar relações sociais, culturais e econômicas, enquanto
minimiza os danos ao meio ambiente. Essa conscientização é fundamental para
orientar projetos futuros que visem à preservação ambiental e à sustentabilidade,
enfrentando os desafios sociais, econômicos e ambientais contemporâneos (Santos
et al., 2022).

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4. INCLUSÃO PARA PESSOAS COM SD E TEA
A inclusão de pessoas com Síndrome de Down e Transtorno do Espectro Autista nas
escolas é um desafio relevante para a sociedade, educadores e gestores. A
alimentação escolar desempenha um papel crucial na promoção da inclusão desses
indivíduos. Para garantir uma alimentação inclusiva, é necessário considerar:

- Adaptações nutricionais: Muitas crianças e jovens com SD e TEA podem

necessitar de dietas especiais, suplementos ou texturas de alimentos adaptadas. O
Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) deve ser flexível o suficiente
para atender a essas necessidades específicas.

- Educação alimentar inclusiva: Promover a conscientização sobre a importância

da inclusão alimentar e nutricional nas escolas é fundamental. Isso inclui educar
todos os envolvidos, desde professores até colegas de classe, sobre as
necessidades específicas desses alunos.

- Agricultura familiar: O PNAE incentiva a compra de alimentos da agricultura

familiar. A inclusão de produtos orgânicos e saudáveis na alimentação escolar pode
beneficiar não apenas alunos com SD e TEA, mas todos os estudantes, promovendo
hábitos alimentares saudáveis.

- Acessibilidade física: Garantir que as instalações escolares sejam acessíveis a

pessoas com deficiências é fundamental para a inclusão, incluindo a acessibilidade
a áreas de refeição.

- Participação da família: Envolvimento das famílias no planejamento da

alimentação escolar e na promoção de hábitos saudáveis em casa é uma parte
crucial da inclusão.

O Programa Nacional de Alimentação Escolar desempenha um papel significativo na

promoção da inclusão de pessoas com Síndrome de Down e Transtorno do Espectro
Autista nas escolas, garantindo uma alimentação adequada, nutrição e educação
alimentar. Através de políticas flexíveis, conscientização e colaboração entre
educadores, famílias e comunidades, é possível criar um ambiente escolar mais
inclusivo e saudável, promovendo o bem-estar e o desenvolvimento desses alunos.

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CONCLUSÃO
Em conclusão, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) desempenha
um papel vital no contexto da educação, nutrição e desenvolvimento social no Brasil.
Ao longo de sua história, o PNAE tem contribuído para a promoção da saúde infantil,
a redução da desnutrição e o fortalecimento da agricultura familiar. Além disso, o
programa influencia positivamente o ambiente escolar ao criar um espaço propício
para a aprendizagem, proporcionando refeições saudáveis que auxiliam no
desenvolvimento cognitivo e físico dos estudantes.

A abordagem do PNAE, que combina educação, alimentação e inclusão social,

ressoa com os princípios de justiça social e equidade, garantindo que crianças de
todas as origens tenham acesso a uma alimentação adequada. Além disso, ao
apoiar a produção local de alimentos, o programa contribui para o crescimento
econômico de comunidades rurais e a sustentabilidade ambiental.

No entanto, desafios como a qualidade das refeições, a gestão eficiente dos

recursos e a necessidade de constante aprimoramento persistem. Portanto, é
essencial que o PNAE continue a ser objeto de estudo e aperfeiçoamento,
garantindo que seu impacto positivo perdure e continue a ser um pilar do bem-estar
infantil e da educação no Brasil.

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REFERÊNCIAS
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