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FACULDADE ZACARIAS DE GÓES – FAZAG

ITZA SANTOS DE SOUSA

ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM NUTRIÇÃO CLÍNICA

VALENÇA-BA
2023
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ITZA SANTOS DE SOUSA

ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM NUTRIÇÃO CLÍNICA

Relatório do Estágio em Nutrição Clínica como requesito básico


para a conclusão do curso de Nutrição na Faculdade Zacarias
deGóes.
Supervisor de estágio: Edgard Araújo Góes Neto

VALENÇA-BA
2023
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RESUMO

O relatório de estágio visa descrever, por um lado, as atividades desenvolvidas e as competências


adquiridas durante o estágio de nutrição clínica realizado no Departamento de Dietética e Dietética e
diversos serviços de internamento do Hospital Santa casa - Centro Hospitalar de Valença-Ba, e por
outro, no aconselhamento dietético e nutricional, analisando-o criticamente. No ano letivo de 2023, os
professores do curso de nutrição Zacarias de Góes realizam estágio. Este relato também visa destacar a
importância do nutricionista na manutenção e melhora do estado nutricional dos pacientes, uma vez que
a desnutrição hospitalar é frequentemente observada em serviços de internação. Descrever as atividades
desenvolvidas e competências adquiridas: observação e atuação supervisionada em serviços de
internamento hepático, suporte dietético em doenças infeciosas e aconselhamento dietético e
nutricional.
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SUMÁRIO
1.0 INTRODUÇÃO………………………………………………………………….5
2.0 DESENVOLVIMENTO…………………………………………………………6
2.1 CARACTERÍSTICAS DA
INSTITUIÇÃO………………………………..6
2.2 SERVIÇOS DE NUTRIÇÃO……………………………………………….6
2.3 NUTRIÇÃO ENTERAL ……………………………………………………
7
2.4 ATENDIMENTO AO PACIENTE…………………………………………
7
2.5 ORIENTAÇÃO DE
ALTA………………………………………………….8
2.6 AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE
ESTÁGIO………………………….9
3.0 CASO CLÍNICO………………………………………………………………….10
4.0 CONCLUSÃO…………………………………………………………………….11
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1. INTRODUÇÃO

A viabilização do crescimento e desenvolvimento integral do indivíduo, bem como da qualidade de vida


e cidadania, fundamenta-se na alimentação e nutrição adequadas, na promoção e proteção da saúde e
constitui um direito humano (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013). Portanto, a tarefa do estado e da
sociedade não é apenas fornecer alimentos, mas também fornecer nutrição de qualidade (MAGALHáES
et al., 2017).

O estágio consiste em um momento de educação experiencial, sendo uma exigência para que os
graduandos de nutrição satisfaçam os requisitos para sua formação. Tal programa constitui-se como
parte da matriz curricular de diversos cursos superiores, em especial os da área da saúde, uma vez que
esta fomenta a aplicação de aprendizados de forma competente por meio da participação em eventos ou
atividades, que, por sua vez, estimulam o desenvolvimento de habilidades e conhecimentos (BARR et
al., 2002).

A vivência acadêmica no campo de prática constitui-se como uma experiência essencial para a
formação do profissional, de maneira a compreender as demandas do sistema de saúde. As habilidades
desenvolvidas durante o estágio, portanto, ressignificam os conhecimentos teóricos adquiridos
previamente durante a graduação, permitindo que o aluno compreenda todas as facetas da saúde, uma
vez que esta resulta de um conjunto de fatores sociais, econômicos, políticos e culturais que se associam
de maneiras diferentes em cada sociedade (BENITO et al., 2012).

A educação, quando realizada de maneira prática, promove um aprendizado mais ativo e eficiente, do
que quando desempenhada de forma passiva. Por permitir experiências significativas e motivadoras,
exerce papel indispensável no ensino de profissionais da saúde. À vista disso, a educação experiencial
possibilita a promoção, fortalecimento e ampliação de saberes e habilidades de modo eficaz e
permanente (COLLISELLI et al., 2009).

O nutricionista é capacitado a atuar em diferentes áreas, tais como alimentação coletiva, esportes e
exercício físico, na cadeia de produção, na indústria e no comércio de alimentos, e no ensino, pesquisa e
extensão (CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS, 2018b). Além disso, destaca-se como
profissional de saúde na área de nutrição clínica. Neste campo, o nutricionista exerce suas funções em
hospitais, clínicas, consultórios e outros, sendo responsável pela atenção dietoterápica, diagnóstico e
manejo do quadro clínico nutricional (DEMÉTRIO et al., 2011).

No desempenho das suas funções, os nutricionistas têm responsabilidades de: Fornecer nutrição e
assistência dietética; Promover educação nutricional; Fornecer revisão, aconselhamento e assistência em
questões nutricionais e dietéticas; Planear, coordenar, monitorizar e avaliar a pesquisa dietética;
Prescrever suplementos nutricionais; Solicitar testes laboratoriais ; assistência alimentar e nutricional e
formação especializada a comunidades e indivíduos saudáveis e doentes em instituições públicas e
privadas, gabinetes de nutrição e dietética e domiciliários ( CONSELHO FEDERAL DE
NUTRICIONISTAS, 2018).

O objetivo do nutricionista é garantir uma alimentação balanceada que forneça micro e macronutrientes
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adequados para a manutenção de um bom estado nutricional, essencial para a manutenção ou


recuperação da saúde. Portanto, seu papel no tratamento clínico dos pacientes é bastante destacado
(PEREIRA e OLIVEIRA, 2012).

Diante desse pressuposto, objetiva-se abordar a relação do nutricionista com a equipe multidisciplinar e
demais integrantes da área de nutrição hospitalar, bem como a organização dos serviços e a importância
da atuação do nutricionista na assistência integral ao paciente internado, enfatizando as boas práticas em
terapia nutricional.

2. DESENVOLVIMENTO
2.1 Características da instituição

A Santa Casa de Misericórdia de Valença é referência em saúde em toda a Costa do Dendê e Baixo Sul
da Bahia. Foi remodelado no século XIX, transformando a antiga Casa de Saúde no que hoje conhecemos como
Casa da Misericórdia de Valença (Santa Casa de Misericórdia de Valença). Izidro de Sena Madureira Também é
irmão do Dr. Izidro de Sena Madureira. Bernardino e Dr. Casimiro Senna de Madurella. Ele foi o reformador de
sua casa, que transformou no Santuário da Misericórdia de Valença, quando o prédio custava apenas cem dólares
e oferecido à cidade de Valença para ajudar os mais necessitados. Inaugurada em 30 de setembro de 1860, a
Basílica da Misericórdia de Valença celebra este ano seu 153º aniversário. O imperador Pedro II concedeu-lhe o
título de Barão jequiriçá. por, entre outras coisas, prestar tal caridade a Valença. Ele foi um grande benfeitor e
muito generoso com as instituições que trabalham para proteger os mais pobres.

Inaugurada em 30 de setembro de 1860, a Basílica da Misericórdia de Valença celebra este ano seu 153º
aniversário. O imperador Pedro II concedeu-lhe o título de Barão Jequiriçá por, entre outras coisas, prestar tal
caridade a Valença. Ele foi um grande benfeitor e muito generoso com as instituições que trabalham para
proteger os mais pobres. Em 1878, doou à cidade cerca de 300 moedas para caridade, que foram enterradas em
Jequiriçá. Formou-se em medicina, mas não exerceu a profissão. A Basílica da Misericórdia de Valença passou
por diversas reformas ao longo de sua história e hoje é sinônimo de referência de bem-estar em toda a planície
austral.

• OBJETIVO

Fornecer tratamento e sustento à enfermos e inválidos, além de dar assistência a recém-nascidos

2.2 SERVIÇOS DE NUTRIÇÃO

• OBJETIVOS

Ao nível do internamento, restabelecer o estado nutricional dos doentes críticos e fornecer refeições
nutricionalmente equilibradas, suficientes, harmoniosas, completas e diversificadas em função da patologia,
idade, sexo, cultura, religião e preferências do doente, de forma a satisfazer as necessidades individuais de
macronutrientes e micronutrientes. Padrões de segurança do paciente e alimentar, e promover orientação
nutricional adequada na alta com base na patologia do paciente.

• CARDÁPIOS

Os cardápios são compostos de acordo com por diferentes consistências e varia de acordo com o caso clínico de
cada paciente. Em casos de inapetências, alergias ou intolerâncias o cardápio é adaptado, levando em
consideração as preferências e situação fisiológica do paciente.
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• Dieta livre : tem como objetivo suprir as necessidades nutricionais e manter o estado nutricional de
paciente com ausências de alterações metabólicas significativas ou risco nutricional.

• Dieta branda: o objetivo é fornecer uma dieta contendo o mínimo possível de fibras que não foram
abrandadas pela cocção, é uma quantidade moderada de resíduos, é utilizada como transição entre uma dieta
pastosa e geral, pacientes em pós-operatório com motilidade gástrica prejudicada e química intestinal,
dificuldade para mastigar ou engolir, uso de dentaduras, gastrite ou úlcera péptica.

• Dieta pastosa: o objetivo é fornecer uma dieta que possa mastigada e deglutida com pouco ou
nenhum esforço. É uma dieta normal em todos os nutrientes, os alimentos estão em formas de purês,
amassados ou bem cozidos, excerto os naturalmente macios.

• Dieta líquida pastosa: tem como objetivo fornecer alimentos que facilitem a deglutição e não
necessite de mastigação. É prescrita para pacientes que possuem problemas no gastrointestinal, mastigação,
digestão e deglutição.

• Dieta líquida completa: fornecer uma dieta que seja bem tolerada por pacientes que não podem
ingerir alimentos sólidos e que não têm disfagia para líquidos finos. Tem como características alimentos na
forma líquida ou que se liquefazem à temperatura corporal. Permite adição de leite e derivados, sucos, ovos e
cereais refinados

• Dieta líquida restrita: fornecer líquido e eletrólitos via oral para previnir a desidratação, saciar sede,
minimizar o trabalho do trato gastrointestinal e presença de resíduos no cólon. É uma dieta altamente
restritivamente, inclui alimentos que são translúcidos e com baixa quantidade de resíduos.

•MODIFICAÇÕES DA DIETA QUANTO AOS NUTRIENTES

Apresentam alterações químicas, qualitativas e/ou quantitativas, para atender as necessidades de


portadores de patologias, onde ocorrem distúrbios de nutrientes ou restrição de uma substância exclusiva.

2.3 NUTRIÇÃO ENTERAL

De acordo com a RDC nº 63 de 2000: “Alimentos destinados a fins especiais, de ingestão controlada de
nutrientes, de forma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada, especialmente formulados para
uso por sonda ou via oral, industrializados e não, utilizados isoladamente ou em parte para substituir ou
complementar a alimentação oral ou não oral no hospital, ambulatório ou em casa de acordo com as necessidades
nutricionais de pacientes desnutridos, com o objetivo de sintetizar ou manter tecidos ou sistemas".

Está indicada para pacientes com risco de desnutrição ou ingestão oral inadequada (menos de 2/3 a 3/4 de
suas necessidades nutricionais diárias); com trato digestivo funcionante; estabilidade hemodinâmica. São
candidatos a TNE pacientes que não satisfazem suas necessidades nutricionais com a alimentação convencional.
E contraindicadas em casos de instabilidade hemodinâmica, doença terminal, obstrução mecânica do trato
gastrointestinal, sangramento severo do TGI, vômitos frequentes (severos), diarreias frequentes (rever terapia e
gotejamento da dieta).

2.4 ATENDIMENTO AO PACIENTE

Depois que um paciente é admitido nas diferentes clínicas do hospital, o nutricionista da clínica coleta o
máximo de informações possível sobre o paciente a partir dos registros médicos, prontuários, exame físico e
medidas antropométricas. Logo em seguida, iniciou a triagem nutricional tendo como ferramenta a NRS-2002,
destinada a identificar precocemente se os pacientes internados apresentam risco nutricional em ambiente
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hospitalar, ou já estão desnutridos e podem ter agravamento. A triagem leva em consideração a gravidade da
doença, o estado nutricional do paciente e a idade.

Após a triagem, é realizada avaliação nutricional para estimativa das necessidades calóricas e proteicas do
paciente e solicitação de liberação dietética com base nas necessidades nutricionais e condições patológicas do
paciente. Monitorar diariamente a aceitação alimentar do paciente, função intestinal (alteração na consistência
das fezes, diarreia ou constipação), vômitos, diurese e alterações no estado nutricional do paciente e sinalizar à
equipe multidisciplinar quando necessário.

2.5 ORIENTAÇÃO DE ALTA

As orientações variam de acordo com a patologia do paciente, estado nutricional do paciente e se ele faz
o uso de terapias nutricionais (enteral/parenteral) que necessitam de cuidado no âmbito domiciliar. As
orientações tendem a explicar informações como a importância da administração da terapia ao paciente,
higienização, preparo e conservação. Os pacientes recebem orientações de alta tanto para continuar o
tratamento em casa, quanto para iniciar a reeducação nutricional e evitar reinternações precoces.

2.6 AVALIAÇÃO DA PROGRAMAÇÃO DO ESTÁGIO

Rodízio 1: Maternidade

Rotinas :
• Passar visita em cada leito, verificando aceitação da dieta e queixas (se diarreia,
vômitos, distensão abdominal, azia, etc);
• Verificava os pacientes que estavam de dieta zero para algum exame ou procedimento
cirúrgico;
•Realizava avaliação nos pacientes admitidos e reavaliava semanalmente os que
permaneciam por mais de 1 semana;
• Evoluia os pacientes ou abria triagem (NRS-2002) dos pacientes admitidos;
•Atualizar e imprimir o mapa da clínica na sala dos nutricionistas e entregava a auxiliar
de nutrição e copeira;
• Observava a entrega das dietas;

Rodízio 2 : Pediatria

• Passar visita em cada leito, verificando aceitação da dieta e queixas (se diarreia,
vômitos, distensão abdominal, azia, etc);
• Verificava os pacientes que estavam de dieta zero para algum exame ou procedimento
cirúrgico;
•Realizava avaliação nos pacientes admitidos e reavaliava semanalmente os que
permaneciam por mais de 1 semana;
• Evoluia os pacientes ou abria triagem (NRS-2002) dos pacientes admitidos;
•Atualizar e imprimir o mapa da clínica na sala dos nutricionistas e entregava as copeira;
• Observava a entrega das dietas;

Rodízio 3 : Clínica Cirúrgica

• Passar em cada leito e verificar o prontuário dos pacientes admitidos para o processo cirúrgico;
• Realizar a triagem, verificar patologias em e os processos cirúrgico para a entrega da dieta após
a cirurgia;
• Atualizar o mapa e entregar as copeiras;
• Observar a entrega das dietas;
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Rodízio 4 : Clínica Médica

• Passar visita em cada leito, verificando aceitação da dieta e queixas (se diarreia,
vômitos, distensão abdominal, azia, etc);
• Verificava os pacientes que estavam de dieta zero para algum exame ou procedimento
cirúrgico;
•Realizava avaliação nos pacientes admitidos e reavaliava semanalmente os que
permaneciam por mais de 1 semana;
• Evoluia os pacientes ou abria triagem (NRS-2002) dos pacientes admitidos;
•Atualizar e imprimir o mapa da clínica na sala dos nutricionistas e entregava as copeira;
• Observava a entrega das dietas;

3.0 CASO CLÍNICO

1-IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE

Iniciais O.J.S

Sexo: Masculino

Idade: 56 anos

Naturalidade: Valença-ba

Nacionalidade: Brasileiro

Enfermaria de internamento: Clínica Médica F2

2- HISTÓRIA CLÍNICA E SOCIAL

2.1. História familiar de doença:

Mãe hipertensa e diabética, pai hipertenso

2.2. História de doença pregressa: Diagnósticado com diabetes e hipertensão a cinco anos e atualmente
diagnosticada com o pé diabético;

2.3. Queixa principal:

Paciente foi admitido no pronto socorro com o quadro clínico de hiperglicemia e lesão na amputação cirúrgica no
1º pododáctilo

3- Diagnóstico clínico e/ou suspeitas diagnósticas

1º Hipertensão arterial sistêmica

2º Diabetes mellitus tipo 2

3º Pé diabético

4- Fisiopatologia (da doença predominantemente)

Diabetes Mellitus (DM) consiste em um distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia persistente.
Esse distúrbio é causado pela deficiência na produção de insulina ou na sua ação, ocasionando complicações
sistêmicas a longo prazo.

O DM pode ser causado por dois mecanismos principais: deficiência na produção ou ação da insulina, sendo
classificado em dois grupos principais de acordo com a causa, o tipo 1 e o tipo 2, respectivamente.
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No DM tipo 2, há resistência à insulina nas células, que gera um aumento da demanda de síntese da
insulina na tentativa de compensar o déficit em sua ação. Inicialmente, por conta disso, há um
hiperinsulinismo, sendo representada clinicamente pela acantose. A manutenção deste quadro, causa
uma exaustão das células β pancreáticas, explicando parcialmente o déficit na secreção da
insulina nestes pacientes, quando a doença já está avançada.

O hipoinsulinismo relativo, devido a produção insuficiente para a alta demanda sistêmica, não
consegue manter os níveis glicêmicos normais e, portanto, há uma hiperglicemia persistente. Outras
causas de hipoinsulinismo são descritas, sendo elas a hipossensibilidade das células βpancreáticas à
glicose, devido há baixa expressão do GLUT2 e deficiência de incretinas, sendo a causa de ambas ainda
desconhecida.

HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

A hipertensão arterial (HA) é uma patologia multifatorial composta por níveis pressóricos continuamente
elevados, acima de 140 mmHg e/ou acima de 90 mmHg. Está associada a distúrbios metabólicos e a alterações
estruturais e funcionais de órgãos alvos, como coração, rins e encéfalo.

A HA é influenciada por componentes genéticos, ambientais, vasculares, hormonais, neurais e


renais. Quanto aos fatores genéticos, observa-se que a HA é poligênica, resultando da interação de
fatores ambientais sobre determinados genes. Em relação aos fatores ambientais, observa-se que
indivíduos que tem um maior consumo de sal são mais predispostos à HA, isso porque o sódio aumenta
o volume plasmático, a pré-carga, e com isso, o débito cardíaco.

Em pacientes hipertensos observa-se uma menor vasodilatação mediada pelo endotélio (via ação de
NO), e isso faz com que pacientes hipertensos tenham maior resposta vasoconstritora que os
normotensos. Além desse, outros fatores influenciam vascularmente, que são o remodelamento vascular
e rigidez arterial. Essas alterações são a remodelação eutrófica interna e rarefação na microcirculação,
que atuam aumentando a resistência vascular, a ação vasoconstrictora e reduzem a capacidade de
regulação do fluxo sanguíneo. O remodelamento e enrijecimento promovem a reflexão de ondas de
pressão, que levam ao aumento da pressão sistólica e da pressão de pulso, e é a principal causa de HA
em idosos.

Estima-se que 90% dos pacientes com hipertensão arterial são assintomáticos. A minoria que possui sintomas,
estes são inespecíficos, como cefaleia cervical associada a tensão muscular, tonturas e indisposição.

PÉ DIABÉTICO

O pé diabético se caracteriza por uma série de alterações que podem ocorrer nos pés de pessoas portadoras
de diabetes mellitus não controlada. Resume-se, segundo a OMS, a um quadro de infecção, ulceração ou também
destruição dos tecidos profundos dos pés, associada a anormalidades neurológicas e vários graus de doença
vascular periférica nos membros inferiores de pacientes com diabetes mellitus.

Esse quadro costuma acontecer porque, com o passar do tempo, a diabetes leva a um problema chamado
neuropatia. Essa situação causa um prejuízo aos nervos, resultando em deformações nos ossos e nos músculos
dos pés e na redução da sensibilidade da pele. Com isso, ao mesmo tempo em que os pés se tornam mais
propensos a sofrer um machucado (bolhas, calos, traumas etc.), o paciente perde parte de sua capacidade de sentir
dor, o que faz com que ele não perceba que tem uma ferida e, assim, não procure tratamento.

Além disso, as pessoas com diabetes tendem a apresentar problemas de circulação, o que dificulta a chegada
do sangue até os membros mais distantes do coração, especialmente os pés. Em consequência, essa região recebe
menos oxigênio, o que prejudica a cicatrização e pode levar à morte do tecido, conhecida como necrose ou
gangrena. Como esse quadro evolui de forma silenciosa, o paciente passa semanas ou meses com uma úlcera
aberta, ou seja, uma porta de entrada para microrganismos causadores de infecções, principalmente as bactérias.
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Dessa forma, geralmente a lesão já está muito avançada quando a pessoa procura o médico, levando a um alto
risco de amputação.

5- Avaliação do estado nutricional

5.1. História dietética (Anamnese Alimentar): Paciente relata comer muita massa, fritura, bolos, biscoitos,
embutidos, além de fazer o consumo de bebida alcoólica no fim de semana.

5.2. Exame físico simplificado:

Cabeça: zona pilosa bem conservada, mucosa bucal hidratada, paciente com arcada dentária em bom
estado;

Abdômen: plano, ritmo intestinal normal; Extremidades: membros conservados, exceto o pedodáctilo
esquerdo;

• Neurológico: paciente lúcido, orientado no tempo espaço, memória recente e retrograda preservada;

5.3 Indicadores antropométricos

Altura 1,60

Peso 59kg

Paciente Eutófrico

5.4 Exames laboratoriais (rotina e complementares):

Cálcio:8,9

Creatinina : 1,0 mg/dl

Potássio :4,6 mEq/l

Sódio : 135 mEq/l

Ureia : 40,2 mg/ dl

leucograma 8.400

Plaquetas 360.000p/mm3

5.5. Interação droga x nutriente:

• Glifage : não interfere

• Gliclazida: não interfere

• Losartana Potássica: não interfere

•Sinvastatina : tem como principal alteração no estado nutricional a deficiência da coenzima Q10 ,
responsável por sintomas de cansaço e desânimo;
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7- Conduta Nutricional (Prescrição Dietoterápica)

Recomendações nutricionais:

• Recomendação hídrica diária de 2.100 ml

• Evitar alimentos ultraprocessados como macarrão instantâneo, suco em pó ou caixa, bolos, biscoitos
recheados, refrigerantes, guloseimas e bebidas alcoólicas;

• Prefira alimentos integrais (arroz, macarrão e pães);

•Adicione sempre saladas nas refeições (as fibras favorecem o controle da glicemia);

• Evite gorduras de origem animal, consuma versões desnatadas (sem gordura) dos leites e iogurtes. •
Tenha preferência pelas carnes magras ( patinho, chão de dentro , alcatra, peito de frango);

Na dieta foi ofertado o VET 1864 kg

Carboidratos 49%

Proteínas 20%

Lipídios 28%

8.0 Conclusão

A realização do estágio da Santa casa de misericórdia foi bastante enriquecedor, permitindo-me


consolidar os conhecimentos adquiridos na faculdade, bem como ganhar novas competências tanto no
nível pessoal, como profissional. O contato com os pacientes permitiu desenvolver capacidades de
adaptação e de trabalho com diferentes patologias e profissionais de saúde.
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REFERÊNCIAS

ALVES E. et al. Manual de dietas hospitalares. Hospital. Getúlio Vargas, Teresina- PI,

2011.

Diet box. Disponível em: <https://dietbox.me/pt-BR/Inicio> . Acesso em: 06/03/19.

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira - IMIP. Disponível em:


<http://www1.imip.org.br/imip/home/index.html> . Acesso em: 06/03/19

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