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BOLETIM Informativo de

Vigilância
Alimentar e
Nutricional
Análise da situação alimentar e nutricional
de Belo Horizonte em 2019
Boletim Informativo

Vigilância Alimentar
e Nutricional
Análise da situação alimentar e
nutricional de Belo Horizonte em
2019

Elaboração
Caroline Schilling Soares
Emília Carolina Parreiras Gonçalves

Colaboradores
Anelise Nascimento Prates
Luzia Toyoko Hanashiro
Tatiane Caetano
Vando Euripes da Silva
Vânia Elizabeth Simões Duarte

Belo Horizonte
2020
INTRODUÇÃO

A má alimentação é um dos principais fatores de risco relacionados à carga


global de doenças no mundo, tendo sido considerada o principal fator de
risco para mortes no mundo em 2017.1 Como chamamento aos países para
enfrentarem todas as formas de má nutrição, que engloba a desnutrição,
as carências de micronutrientes, o sobrepeso e a obesidade, a Organização
das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Organização
Mundial da Saúde (OMS) lançaram, para o período de 2016 a 2025, a “Dé-
cada de Ação das Nações Unidas para a Nutrição”. O Brasil foi protagonista
nessas discussões, sendo o primeiro país a firmar compromissos no contex-
to da “Década”.2,3

Segundo dados nacionais, o Brasil destaca-se por ter apresentado alguns


progressos no enfrentamento de todas as formas de má nutrição, porém, em
relação à obesidade, considera-se que o país possivelmente não alcançará a
meta de estabilização até 2025.4,5 O aumento do sobrepeso e obesidade e
do consumo de alimentos processados e ultraprocessados se relaciona ao
aumento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), as quais se cons-
tituem como principal causa de morte da população.6 O aumento do consu-
mo de alimentos ultraprocessados e o excesso de sódio, gorduras e açúcar
nas dietas representam um desafioàs políticas de saúde como causas diretas
de doenças crônicas.

As doenças cardiovasculares, o diabetes, as doenças renais crônicas e alguns


cânceres associados a riscos dietéticos estão entre as principais causas de
mortes prematuras e evitáveis no país, sobrecarregando os sistemas de saú-
de em função dos gastos com tratamentos e onerando a economia com
perdas de produtividade.6,7 Um estudo estimou os custos atribuíveis a hiper-
tensão arterial, diabetes mellitus e obesidade no contexto do Sistema Único
de Saúde (SUS), considerando internações hospitalares, atendimentos am-
bulatoriais e gastos com medicamentos em 2018. Os autores verificaram que
os custos diretos atribuíveis à hipertensão arterial, diabetes e obesidade no
SUS totalizaram R$ 3,45 bilhões naquele ano.7

2
Na perspectiva de sistematizar e organizar as ações de alimentação e nutri-
ção e o cuidado nutricional para integrarem o rol de ações desenvolvidas
na Atenção Primária à Saúde (APS), considera-se que a atuação nesta área
deve proceder em dois níveis de intervenção, a gestão das ações e o cuida-
do nutricional (diagnóstico, promoção da saúde, prevenção de doenças e
distúrbios nutricionais, e assistência).4

O presente Boletim constitui parte do trabalho de Vigilância Alimentar e Nu-


tricional (VAN) da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) e, dando seguimen-
to ao 1º Boletim, visa apresentar a análise dos dados antropométricos e de
consumo alimentar de 2019, como forma de monitoramento.

Ressalta-se que a vigilância alimentar e nutricional, envolve a descrição con-


tínua e a predição de tendências das condições de alimentação e nutrição
da população e de seus fatores determinantes para subsidiar o planejamen-
to de ações para prevenção e enfrentamento de agravos relacionados à ali-
mentação e nutrição, contribuindo com a organização da atenção nutricio-
nal na Rede de Atenção à Saúde (RAS).

A VAN compreende desde os inquéritos populacionais, até a avaliação do


estado nutricional (peso, altura e outros indicadores) e do consumo alimen-
tar por meio de marcadores de consumo. A coleta e registro desses dados é
fundamental para que os gestores possam monitorar o padrão alimentar e
o estado nutricional da população do município, planejar e organizar ações
para prevenção e controle dos principais agravos relacionados a alimenta-
ção e nutrição e propor ações de acordo com a necessidade das pessoas em
todas as fases do curso da vida.3,8,9

3
AÇÕES DESENVOLVIDAS
NO SUS-BH EM 2019

Em 2019, os nutricionistas da Rede SUS-BH realizaram 75.334 atendimentos


individuais e 4.257 atividades coletivas (com 26.044 participantes nestas ati-
vidades). No mesmo ano, foram realizadas 2.740 atividades coletivas com o
tema “Alimentação Saudável” e 642 com o tema “Obesidade”, desenvolvidas
pelas diversas categorias profissionais que integram a Rede SUS-BH.

Com o intuito de fortalecer as ações de alimentação e nutrição, a Secretaria


Municipal de Saúde de Belo Horizonte (SMSA), realizou as seguintes ações:

• Elaboração do 1º Boletim de Vigilância Alimentar e Nutricional,


com análise da situação alimentar e nutricional de Belo Horizonte e
ações realizadas no município em 2018.

• Finalização e publicação do “Plano de Ação em Atenção Nutricio-


nal do SUS-BH”, com indicadores, metas e ações para a organização
da atenção nutricional no âmbito da saúde.

• Finalização e divulgação do “Instrutivo de Avaliação Nutricional e


Cálculo das Necessidades Energético Proteicas: material de apoio
para nutricionistas da Rede SUS-BH”.

• Padronização de suplementos alimentares caseiros para a Rede SUS


-BH, através de um trabalho de conclusão de Residência Multiprofis-
sional em Saúde da Família.

• Reuniões intersetoriais com a Secretaria Municipal de Assistência So-


cial, Segurança Alimentar e Cidadania (SMASAC) e com a Secretaria
Municipal de Educação (SMED), através do Conselho Municipal de Se-
gurança Alimentar e Nutricional (COMUSAN), da Câmara Intersetorial
de Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN) e do Grupo de Traba-
lho Intersetorial Municipal do Programa Saúde na Escola (GTIM PSE).

4
• Capacitação de 48 nutricionistas do Núcleo Ampliado de Saúde da
Família e Atenção Básica (NASF-AB), dos Centros de Reabilitação
(CREAB) e das equipes multiprofissionais de apoio da atenção domi-
ciliar (EMAP) em “Nutrição do Idoso”, em parceria com a Universida-
de Federal de Minas Gerais (UFMG), com carga horária de 28 horas.

• Duas reuniões de alinhamento técnico de Nutricionistas do SUS-BH,


envolvendo profissionais do NASF-AB, CREAB, Unidades de Referên-
cia Secundária (URS) e residentes.

• Alinhamento técnico com equipes volantes do Programa Saúde na


Escola (PSE) para ações de promoção da alimentação saudável nas
escolas, as quais desenvolveram 990 atividades com a temática "Ali-
mentação Saudável" ao longo do ano em escolas públicas.

• Alinhamento técnico sobre obesidade para profissionais dos Cen-


tros de Saúde da Regional Centro-Sul.

• Alinhamento técnico realizado no mês de junho de 2019, com os


instrutores de Lian Gong em 18 Terapias (LG 18T) para serem multi-
plicadores das ações de promoção à saúde com a temática “Alimen-
tação Adequada e Saudável”. Essa ação foi desenvolvida por 55 ins-
trutores da rede SUS-BH e alcançou 1783 praticantes do LG 18T.

• Participação na Comissão Organizadora do “Primeiro Seminário In-


ternacional e Terceiro Seminário Municipal de Segurança Alimen-
tar e Nutricional – Sistemas Alimentares para um Mundo sem
fome” e disponibilização de Tenda da Saúde durante o evento, em
comemoração ao Dia Mundial da Alimentação.

• Organização da oferta de ações de promoção da alimentação ade-


quada e saudável em escolas, creches e EMEI do município em alu-
são ao Dia Mundial da Alimentação, tendo os nutricionistas do NAS-
F-AB realizado 13 ações durante o mês de outubro.

5
• Participação de Oficina de capacitação de multiplicadores para a pro-
moção de práticas alimentares saudáveis, atividade física e preven-
ção de câncer conduzida pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA).

• Participação na Semana da Educação – BH Educa, em setembro de 2019,


com o estande sobre hábitos de vida saudáveis. Essa ação abordou o
tema da Alimentação Adequada e Saudável de forma lúdica, com al-
cance de crianças e adolescentes das escolas públicas municipais.

• Projeto “Horta na Unidade de Saúde: saúde, consciência, ambi-


ência e sustentabilidade” realizado de forma intersetorial, uma par-
ceria entre a Diretoria Regional de Saúde Venda Nova (DRES-VN), a
Gerência de Promoção da Saúde (GEPSA), Gerência de Fomento à
Agricultura Urbana (GEFAU) e Empresa de Assistência Técnica e Ex-
tensão Rural (EMATER). O produto desse projeto foi a implantação de
5 hortas institucionais, nos Centros de Saúde Piratininga, Minas Caixa
e Lagoa, no Centro de Esterilização de Venda Nova (CEST-VN) e na
Unidade de Pronto Atendimento Venda Nova (UPA-VN). Esse projeto
envolve cerca de 140 pessoas, entre usuários e trabalhadores.

• Realização do Projeto de Promoção da Saúde nas Instituições de


Longa Permanência para Idosos (ILPI’s). Esse projeto foi realizado nas
24 ILPI’s filantrópicas de Belo Horizonte, que são conveniadas com
a Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e
Cidadania (SMASAC) e ofertou oficinas sobre o tema “Alimentação
Adequada e Saudável”, além de oficinas de plantio em 4 ILPI’s, onde
foram implantadas as hortas institucionais.

6
DADOS E ANÁLISE DE VIGILÂNCIA
ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO
SUS-BH EM 2019

Os dados antropométricos e marcadores de consumo alimentar apresen-


tados neste Boletim, foram extraídos do banco de registros municipal do
Sistema Gestão Saúde em Rede (SISREDE)10. Os marcadores de consumo ali-
mentar e as medidas antropométricas são obtidos através de atendimentos
diversos nas unidades de saúde da rede municipal e posteriormente são re-
gistradas na aba de evolução conforme a faixa etária atendida.

A análise dos dados antropométricos refere-se à população residente de


Belo Horizonte das seguintes faixas de idade: 0 a 4 anos, 5 a 9 anos, 10 a 19
anos, 20 a 59 anos e 60 anos e mais, nos anos de 2016 a 2019. Os dados an-
tropométricos do município foram comparados com os dados do Estado de
Minas Gerais e do Brasil. A análise dos marcadores de consumo alimentar se
refere ao ano de 2019, para a população acima de 2 anos.

Utilizou-se ainda dados municipais obtidos do Inquérito Telefônico para Vi-


gilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas (VIGITEL).11

Nos quatro anos apresentados neste Boletim, cerca de 800 mil pessoas de
todas as faixas etárias tiveram a avaliação antropométrica nas unidades de
saúde, sendo 64,06% dos indivíduos do sexo feminino e 35,94% do sexo
masculino. O número total de avaliados por ano representou 9% da popula-
ção residente de Belo Horizonte.

Em Belo Horizonte, entre os avaliados menores de 5 anos: 4,14% foram clas-


sificados como magreza e magreza acentuada, 6,88% estão acima do peso
ideal, sendo 4,99% com sobrepeso e 1,89% com obesidade, e 15,92% das
crianças estavam na faixa de risco para sobrepeso (Gráfico 1).

7
1,89%
4,99%

15,92%

1,89%
0,99% 4,99%
3,15% EUTRÓFICO

15,92%
MAGREZA

0,99% 73,07% MAGREZA ACENTUADA


3,15% EUTRÓFICO
RISCO SOBREPESO
MAGREZA
SOBREPESO
73,07% MAGREZA ACENTUADA
OBESIDADE
RISCO SOBREPESO

SOBREPESO

OBESIDADE
Gráfico 1 - Prevalência (%) de Estado Nutricional de crianças menores de 5 anos, residentes de Belo
Horizonte, avaliados segundo Índice de Massa Corporal (IMC), 2016-2019.
Fonte: SISREDE/ASTIS/SMSA-PBH. Set. 2020, dados sujeitos à alteração.

Considerando dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SIS-


VAN) de Minas Gerais, para esta faixa etária, 6,36% foram classificados como
magreza e magreza acentuada e 14% estão acima do peso ideal. Já em rela-
ção ao Brasil, 6,25% foram classificados como magreza e magreza acentuada
e 15,73%, estão acima do peso ideal. Belo Horizonte apresentou uma pre-
valência pouco menor de desvio nutricional (considerando valores acima e
abaixo da adequação) em comparação à prevalência estadual e nacional no
período avaliado. De toda forma, situações de desvio nutricional são preocu-
pantes pelo impacto que a desnutrição e o sobrepeso e obesidade podem
causar no desenvolvimento infantil e na ocorrência de doenças crônicas ain-
da na infância, como hipertensão e hipercolesterolemia.

Ainda em relação às crianças do município, entre os avaliados de 5 a 10 anos:


3,01% foram classificados como magreza e magreza acentuada, 16,09% com
sobrepeso, 10,27% com obesidade e 5,53% com obesidade grave (Gráfico 2).

8
5,53 EUTRÓFICO
5,53 EUTRÓFICO
10,27
10,27 MAGREZA
MAGREZA

MAGREZA
MAGREZA ACENTUADA
ACENTUADA
16,09
16,09
RISCO SOBREPESO
RISCO SOBREPESO
0,24
0,24 64,85
64,85
0,86 SOBREPESO
0,86 SOBREPESO
2,15
2,15
OBESIDADE
OBESIDADE

OBESIDADE GRAVE
OBESIDADE GRAVE

Gráfico 2 - Prevalência (%) de Estado Nutricional de crianças de 5 a 10 anos, residentes de Belo


Horizonte, avaliados segundo Índice de Massa Corporal (IMC), 2016-2019.
Fonte: SISREDE/ASTIS/SMSA-PBH, set. 2020, dados sujeitos à alteração.

Considerando dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SIS-


VAN) de Minas Gerais, para a faixa etária de 5 a 10 anos, 5,19% das crianças fo-
ram classificadas como magreza e magreza acentuada e 29% estão acima do
peso ideal. Já em relação ao Brasil, 5,43% foram classificados como magreza e
magreza acentuada e 28,82%, estão acima do peso ideal. Belo Horizonte apre-
sentou uma prevalência menor de baixo peso, porém maior de excesso de
peso, em comparação à prevalência estadual e nacional no período avaliado.

A análise nutricional entre os adolescentes avaliados (10 a 19 anos) mostrou


que 4,19% estão em estado de magreza e magreza acentuada e 38,66% aci-
ma do peso, sendo que 3,94% destes têm obesidade grave (Gráfico 3).

9
3,94
EUTRÓFICO
14,45

MAGREZA

MAGREZA ACENTUADA
20,27 57,15
SOBREPESO

1,10 OBESIDADE
3,09

OBESIDADE GRAVE

Gráfico 3 - Prevalência (%) de Estado Nutricional de adolescentes, residentes de Belo Horizonte,


avaliados segundo Índice de Massa Corporal (IMC), 2016-2019.
Fonte: SISREDE/ASTIS/SMSA-PBH, set. 2020, dados sujeitos à alteração.

Em relação à magreza/magreza acentuada, esses dados se assemelham


à prevalência do Estado de Minas Gerais e do Brasil, que correspondem a
4,08% e 3,99%, respectivamente. Já em relação ao excesso de peso (sobrepe-
so, obesidade e obesidade grave), a prevalência do município está superior
àquela do Estado e do país, que apresentam valores de 27% e 26,49%, res-
pectivamente. Em relação à obesidade grave, a prevalência de Belo Horizon-
te também se apresenta superior em comparação a Minas Gerais e Brasil. O
excesso de peso na adolescência é preocupante, pois se relaciona à elevada
possibilidade de permanência deste quadro na vida adulta, em que o ado-
lescente tem de 70 a 80% de chance, além de se associar à ocorrência de
doenças crônicas não transmissíveis12.

Entre os adultos (20-59 anos) avaliados, 25,88% estão eutróficos, ou seja, com
IMC normal. Em contrapartida 71,92% dos adultos estão acima do peso, des-
tes 40,70% classificados com obesidade (Gráfico 4).

10
2,20
2,20

DESNUTRIDO
25,88 DESNUTRIDO
40,70
25,88
40,70 EUTRÓFICO
EUTRÓFICO

SOBREPESO
SOBREPESO
31,22
OBESIDADE
31,22
OBESIDADE

Gráfico 4 - Prevalência (%) de Estado Nutricional de adultos (20 a 59 anos), residentes de Belo
Horizonte, avaliados segundo Índice de Massa Corporal (IMC), 2016-2019.
Fonte: SISREDE/ASTIS/SMSA-PBH, set. 2020, dados sujeitos à alteração.

Comparando à prevalência de eutrofia, sobrepeso e obesidade no Estado de


Minas Gerais e no país, a população de Belo Horizonte avaliada está com pio-
res resultados entre usuários adultos. Em Minas Gerais, 37,06% dos avaliados
estavam eutróficos e 60,30% estavam acima do peso, e destes 26,71% apre-
sentaram obesidade. No país, essas prevalências foram de 36,34%, 61,08% e
26,70%, respectivamente. Vale ressaltar que não se trata de um dado amostral
e que usualmente os usuários que aparentemente apresentam desvio nutri-
cional, têm o peso corporal aferido nos serviços de saúde no intuito de avaliar
a possibilidade ou de iniciar uma intervenção nutricional.

Entre os idosos (> 60 anos) também mais da metade está acima do peso,
com 57,02% classificados como sobrepeso. 31,48% foram classificados como
eutróficos e 11,50%, desnutridos (Gráfico 5).

11
11,50
11,50

DESNUTRIDO
DESNUTRIDO

EUTRÓFICO
31,48
57,02 EUTRÓFICO
31,48
57,02
SOBREPESO
SOBREPESO

Gráfico 5 - Prevalência (%) de Estado Nutricional de idosos, residentes de Belo Horizonte, avaliados
segundo Índice de Massa Corporal (IMC), 2016-2019.
Fonte: SISREDE/ASTIS/SMSA-PBH, set. 2020, dados sujeitos à alteração.

Considerando a prevalência estadual e nacional, Belo Horizonte apresentou


menor percentual de usuários desnutridos, porém maior percentual de usu-
ários com sobrepeso. Em Minas Gerais, a prevalência de desnutrição foi de
15,35% e de sobrepeso, 45,69%. E no país, a prevalência foi de 12,79% de ido-
sos com desnutrição e 50,37% de sobrepeso. Não se observa a classificação
de obesidade nessa faixa etária, pois a classificação do estado nutricional de
idosos, segundo IMC, contempla somente desnutrição/baixo peso, eutrofia
e sobrepeso, diferentemente da classificação de adultos.

Na avaliação de indivíduos classificados com sobrepeso e obesidade, obser-


va-se que a faixa etária de 20-59 anos é a que tem maior destaque nas duas
classificações, o que pode ser explicado pelo fato de que esta faixa corres-
ponde ao maior número de pessoas avaliadas. O percentual de indivíduos
acima do peso adequado se destaca na análise conjunta e nas análises por
faixas etárias, com alta prevalência inclusive nas crianças. Cerca de 30% ou
mais dos indivíduos avaliados, nas faixas etárias acima de 5 anos, estão acima
do peso considerado ideal através do IMC.

12
Ao avaliar especificamente os indivíduos classificados com obesidade e so-
brepeso de todas as faixas de idade, percebe-se que nos quatro anos a pre-
valência de obesidade e sobrepeso é maior no sexo feminino que no sexo
masculino (Gráfico 6). A prevalência maior no sexo feminino pode ser rela-
cionada ao fato de mais de 60% dos indivíduos avaliados em cada ano serem
mulheres, talvez por que estas busquem mais os serviços de saúde do que
os homens, e tendo assim, o peso e estatura aferidos com maior frequência
que usuários do sexo masculino.

76,1
80,0 75,2 74,9
72,1
70,0
72,3 71,6
71,6 71,60
60,0

50,0

40,0
28,4 28,4 28,40
30,0 27,7

20,0
23,9 24,8 25,1
27,9
10,0

0,0
2016 2017 2018 2019
Obesidade-Feminino Obesidade-Masculino
Sobrepeso-Feminino Sobrepeso-Masculino

Gráfico 6 - Prevalência (%) obesidade e sobrepeso, por sexo, residentes de Belo Horizonte, avaliados
segundo Índice de Massa Corporal (IMC), 2016-2019
Fonte: SISREDE/ASTIS/SMSA-PBH, set. 2020, dados sujeitos à alteração.

13
Os gráficos 7 a 15 mostram o quantitativo de usuários com obesidade por
faixa etária, por Centro de Saúde, nas 9 Regionais de Belo Horizonte, de acor-
do com os dados registrados no SISREDE no ano de 2019. Tendo em vista
que a classificação de idosos de acordo com o SISVAN, considera somente
as classificações baixo peso, eutrofia e sobrepeso, utilizou-se para o gráfico
a classificação de obesidade em idosos da Organização Mundial de Saúde
(IMC ≥ 30 kg/m²).

C.S. VILA PINHO


C.S. VILA CEMIG
C.S. VALE DO JATOBÁ
C.S. URUCUIA
C.S. TUNEL DE IBIRITÉ
C.S. SANTA CECÍLIA
C.S. REGINA
C.S. PILAR - OLHOS DAGUA
C.S. MILIONÁRIOS
C.S. MARIA MADALENA TEODORO - LINDÉIA
C.S. MANGUEIRAS
C.S. ITAIPU - JATOBÁ
C.S. INDEPENDÊNCIA
C.S. FRANCISCO GOMES BARBOSA - TIROL
C.S. EDUARDO MAURO DE ARAUJO - MIRAMAR
C.S. DIAMANTE - TEIXEIRA DIAS
C.S. CARLOS RENATO DIAS - BARREIRO
C.S. BONSUCESSO
C.S. BARREIRO DE CIMA
C.S. BAIRRO DAS INDÚSTRIAS

0 200 400 600 800 1000 1200

Crianças < 5 anos Crianças 5 a 10 anos Adolescentes Adultos Idosos

Gráfico 7 - Quantitativo de usuários com obesidade, por faixa etária, por Centro de Saúde da Regional
Barreiro, em 2019
Fonte: SISREDE/ASTIS/SMSA-PBH, set. 2020, dados sujeitos à alteração.

14
C.S. TIA AMÂNCIA
C.S. SÃO MIGUEL ARCANJO
C.S. SANTA RITA DE CÁSSIA
C.S. SANTA LÚCIA
C.S. PADRE TARCÍSIO
C.S. OSWALDO CRUZ
C.S. NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
C.S. NOSSA SENHORA APARECIDA
C.S. MENINO JESUS
C.S. CONJUNTO SANTA MARIA
C.S. CARLOS CHAGAS
C.S. CAFEZAL
0 100 200 300 400 500 600 700

Crianças < 5 anos Crianças 5 a 10 anos Adolescentes Adultos Idosos

Gráfico 8 - Quantitativo de usuários com obesidade, por faixa etária, por Centro de Saúde da Regional
Centro-Sul, em 2019
Fonte: SISREDE/ASTIS/SMSA-PBH, set. 2020, dados sujeitos à alteração.

C.S. VERA CRUZ


C.S. TAQUARIL
C.S. SÃO JOSÉ OPERÁRIO
C.S. SÃO GERALDO
C.S. SANTA INÊS
C.S. POMPEIA
C.S. PARAÍSO
C.S. NOVO HORIZONTE
C.S. MARIANO DE ABREU
C.S. MARCO ANTÔNIO DE MENEZES
C.S. HORTO
C.S. GRANJA DE FREITAS
C.S. BOA VISTA
C.S. ALTO VERA CRUZ

0 100 200 300 400 500 600

Crianças < 5 anos Crianças 5 a 10 anos Adolescentes Adultos Idosos

Gráfico 9 - Quantitativo de usuários com obesidade, por faixa etária, por Centro de Saúde da Regional
Leste, em 2019
Fonte: SISREDE/ASTIS/SMSA-PBH, set. 2020, dados sujeitos à alteração.

15
C.S. VILA MARIA
C.S. SÃO PAULO
C.S. SÃO MARCOS
C.S. SÃO GABRIEL
C.S. RIBEIRO DE ABREU - SANTA CRUZ
C.S. PADRE FERNANDO DE MELO
C.S. OLAVO ALBINO CORREA
C.S. NAZARÉ
C.S. MARIVANDA BALEEIRO
C.S. MARIA GORETTI
C.S. MARCELO PONTEL GOMES
C.S. LEOPOLDO CHRISÓSTOMO DE CASTRO
C.S. GOIÂNIA
C.S. GENTIL GOMES
C.S. EFIGÊNIA MURTA - CONJ.RIB.ABREU
C.S. DOM JOAQUIM
C.S. CONJUNTO PAULO VI
C.S. CIDADE OZANAN
C.S. CAPITÃO EDUARDO
C.S. CACHOEIRINHA
C.S. ALCIDES LINS

0 100 200 300 400 500 600 700 800 900

Crianças < 5 anos Crianças 5 a 10 anos Adolescentes Adultos Idosos

Gráfico 10 - Quantitativo de usuários com obesidade, por faixa etária, por Centro de Saúde
da Regional Nordeste, em 2019
Fonte: SISREDE/ASTIS/SMSA-PBH, set. 2020, dados sujeitos à alteração.

C.S. SÃO CRISTÓVÃO


C.S. SANTOS ANJOS
C.S. PINDORAMA
C.S. PEDREIRA PRADO LOPES
C.S. PADRE EUSTÁQUIO
C.S. JOÃO PINHEIRO
C.S. JARDIM MONTANHÊS
C.S. JARDIM FILADÉLFIA
C.S. GLÓRIA
C.S. ERMELINDA
C.S. ELZA MARTINS DA CRUZ
C.S. DOM CABRAL
C.S. DOM BOSCO
C.S. CARLOS PRATES
C.S. CALIFÓRNIA
C.S. BOM JESUS

0 100 200 300 400 500 600 700

Crianças < 5 anos Crianças 5 a 10 anos Adolescentes Adultos Idosos

Gráfico 11 - Quantitativo de usuários com obesidade, por faixa etária, por Centro de Saúde
da Regional Noroeste, em 2019
Fonte: SISREDE/ASTIS/SMSA-PBH, set. 2020, dados sujeitos à alteração.

16
C.S. ZILAH SPÓSITO
C.S. TUPI
C.S. SÃO TOMÁS
C.S. SÃO BERNARDO
C.S. PROVIDÊNCIA
C.S. PRIMEIRO DE MAIO
C.S. NOVO AARÃO REIS
C.S. MG 20 - MONTE AZUL
C.S. LAJEDO
C.S. JARDIM GUANABARA
C.S. JARDIM FELICIDADE
C.S. JAQUELINE II
C.S. JAQUELINE
C.S. HELIÓPOLIS
C.S. GUARANI
C.S. FLORAMAR
C.S. FELICIDADE II
C.S. ETELVINA CARNEIRO
C.S. CAMPO ALEGRE
C.S. AARÃO REIS
0 100 200 300 400 500 600 700

Crianças < 5 anos Crianças 5 a 10 anos Adolescentes Adultos Idosos

Gráfico 12 - Quantitativo de usuários com obesidade, por faixa etária, por Centro de Saúde
da Regional Norte, em 2019
Fonte: SISREDE/ASTIS/SMSA-PBH, set. 2020, dados sujeitos à alteração.

C.S. WALDOMIRO LOBO


C.S. VISTA ALEGRE
C.S. VILA LEONINA
C.S. VILA IMPERIAL
C.S. VENTOSA
C.S. SÃO JORGE
C.S. SANTA MARIA
C.S. SALGADO FILHO
C.S. PROF. AMILCAR VIANA MARTINS
C.S. PALMEIRAS
C.S. NORALDINO DE LIMA
C.S. JOÃO XXIII
C.S. HAVAÍ
C.S. CONJUNTO BETÂNIA
C.S. CÍCERO IDELFONSO
C.S. CAMARGOS
C.S. CABANA
C.S. BETÂNIA
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900

Crianças < 5 anos Crianças 5 a 10 anos Adolescentes Adultos Idosos

Gráfico 13 - Quantitativo de usuários com obesidade, por faixa etária, por Centro de Saúde
da Regional Oeste, em 2019
Fonte: SISREDE/ASTIS/SMSA-PBH, set. 2020, dados sujeitos à alteração.

17
C.S. TREVO
C.S. SERRANO
C.S. SÃO JOSÉ
C.S. SÃO FRANCISCO
C.S. SANTA TEREZINHA
C.S. SANTA ROSA
C.S. SANTA AMÉLIA
C.S. PADRE TIAGO
C.S. PADRE JOAQUIM MAIA
C.S. OURO PRETO
C.S. JARDIM ALVORADA
C.S. ITAMARATI
C.S. DOM ORIONE
C.S. CONFISCO

0 100 200 300 400 500 600

Crianças < 5 anos Crianças 5 a 10 anos Adolescentes Adultos Idosos

Gráfico 14 - Quantitativo de usuários com obesidade, por faixa etária, por Centro de Saúde
da Regional Pampulha, em 2019
Fonte: SISREDE/ASTIS/SMSA-PBH, set. 2020, dados sujeitos à alteração.

C.S. VISCONDE DO RIO BRANCO


C.S. SERRA VERDE
C.S. SANTO ANTÔNIO
C.S. SANTA MÔNICA
C.S. PIRATININGA
C.S. PARAÚNA - VENDA NOVA
C.S. NOVA YORK
C.S. MINAS CAIXA
C.S. MANTIQUEIRA
C.S. LAGOA
C.S. JARDIM LEBLON
C.S. JARDIM EUROPA
C.S. JARDIM COMERCIÁRIOS
C.S. COPACABANA
C.S. CÉU AZUL
C.S. ANDRADAS
C.S. ALAMEDA DOS IPÊS - SANTA MÔNICA II

0 200 400 600 800 1000 1200

Crianças < 5 anos Crianças 5 a 10 anos Adolescentes Adultos Idosos

Gráfico 15 - Quantitativo de usuários com obesidade, por faixa etária, por Centro de Saúde
da Regional Venda Nova, em 2019
Fonte: SISREDE/ASTIS/SMSA-PBH, set. 2020, dados sujeitos à alteração.

18
Dados do VIGITEL 2019 de Belo Horizonte, mostram que o quadro de so-
brepeso e obesidade nos adultos maiores de 18 anos merece atenção. A
frequência de adultos com sobrepeso no município foi de 52,50%, sendo
maior em homens (57,10%) do que em mulheres (48,60%). Já a frequência
de obesidade foi de 19,9%, sendo ligeiramente maior em homens (20,70%)
em relação às mulheres (19,20%). Esses resultados são estatisticamente signi-
ficantes considerando o intervalo de confiança de 95%, sendo apresentados
no Gráfico 16. Ressalta-se que o excesso de peso e a obesidade constituem
o segundo fator de risco mais importante para a carga global de doenças e
estão associados com várias DCNT, como doenças cardiovasculares, diabe-
tes, câncer, entre outras13.

60,00% 57,10%
52,50%
48,60%
50,00%

40,00%

30,00%
20,70% 19,20% 19,90%
20,00%

10,00%

0,00%
Homens Mulheres Total

Sobrepeso Obesidade

Gráfico 16 - Percentual de adultos (acima de 18 anos) em Belo Horizonte com sobrepeso e obesidade,
total e por sexo, segundo VIGITEL, 2019.
Fonte: MS/VIGITEL/GEAPS.

19
O VIGITEL 2019 também apresentou indicadores do consumo de alimentos
considerados marcadores de padrões saudáveis de alimentação, como fru-
tas e hortaliças, feijão e alimentos não ou minimamente processados, além
dos marcadores de padrões não saudáveis de alimentação, como refrigeran-
tes e alimentos ultraprocessados.

Nesse ano, Belo Horizonte apresentou uma frequência de 44,60% e de


31,30% no consumo regular (em cinco ou mais dias da semana) e recomen-
dado (cinco ou mais porções diárias) de frutas e hortaliças, respectivamente.
Essas frequências se mostraram maiores em mulheres (51,50% para o con-
sumo regular e 35,70% para o consumo recomendado) do que em homens
(36,50% para o consumo regular e 26,10% para o consumo recomendado). A
frequência de adultos que referiram o consumo de feijão em cinco ou mais
dias da semana em Belo Horizonte, foi de 74,80%, sendo maior entre os ho-
mens (81,60%) do que entre as mulheres (69,20%). Ressalta-se que em 2019,
o município se destacou como a capital brasileira com a maior frequência de
consumo de marcadores de padrões saudáveis de alimentação (consumo
regular e recomendado de frutas e hortaliças e consumo de feijão).

Já a frequência de adultos que referiram o consumo de refrigerantes em


cinco ou mais dias da semana foi de 14,90%, sendo superior entre homens
(18,00%), em comparação às mulheres (12,30%). Em relação aos alimentos in
natura (não processados), minimamente processados e ultraprocessados, a
frequência de adultos que referiram o consumo de cinco ou mais grupos de
alimentos não ou minimamente processados protetores para doenças crô-
nicas no dia anterior à entrevista foi de 35,60%, sendo equivalentes entre o
sexo masculino e feminino. Enquanto que a frequência de adultos que refe-
riram o consumo de cinco ou mais grupos de alimentos ultraprocessados no
dia anterior à entrevista foi de 15,30%, sendo maior entre o sexo masculino
(18,70%) em relação ao sexo feminino (12,40%). O gráfico 17 mostra o padrão
de consumo alimentar do município no ano de 2019, segundo o VIGITEL.

20
14,90%
Total 44,60% 31,30% 74,80% 35,60% 15,30%

12,30%
Mulheres 51,50% 35,70% 69,20% 37,80% 12,40%

Homens 36,50% 26,10% 81,60% 32,90% 18,00% 18,70%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Consumo regular de frutas e hortaliças


Consumo recomendado de frutas e hortaliças
Consumo regular de feijão
Consumo de alimentos não ou minimamente processados
Consumo regular de refrigerantes
Consumo de alimentos ultraprocessados

Gráfico 17 - Padrão de consumo alimentar de adultos (acima de 18 anos) em Belo Horizonte, total
e por sexo, em percentual, segundo VIGITEL, 2019.
Fonte: MS/VIGITEL/GEAPS.

Os dados do Gráfico 18 também se referem a consumo alimentar, tendo sido


avaliado o número de indivíduos que responderam “sim”, “não” e “não sabe”
para marcadores de consumo saudável (frutas e verduras/legumes) no dia
anterior à avaliação, de acordo com o registro no SISREDE, no ano de 2019
para a população maior de 2 anos de idade.

21
20.000
17.972
18.000 17.027

16.000

14.000

12.000

10.000
8.401
7.625
8.000

6.000

4.000

2.000 905
110
0
Sim Não Não sabe

Frutas Verduras e/ou legumes

Gráfico 18 - Consumo de alimentos marcadores de hábito saudável, pela população acima de 2 anos,
residentes de Belo Horizonte, em 2019.
Fonte: SISREDE/ASTIS/SMSA-PBH, out. 2020, dados sujeitos à alteração.

Observa-se que grande parte dos respondentes disseram ter consumido frutas
(68%) e verduras e/ou legumes (67%) no dia anterior a consulta/avaliação.

22
CONCLUSÃO

A alimentação saudável constitui fator de proteção para DCNT, ao passo


que o sobrepeso, a obesidade e o consumo de alimentos processados e ul-
traprocessados se relacionam ao aumento dessas doenças. A realização da
vigilância alimentar e nutricional pode subsidiar o planejamento de ações
para prevenção e enfrentamento de agravos relacionados à alimentação e
nutrição, contribuindo assim para o enfrentamento das doenças crônicas.

Os dados antropométricos obtidos do SISREDE evidenciaram um quadro


preocupante em relação à obesidade em Belo Horizonte, já que para todas
as faixas etárias, à exceção dos menores de 5 anos, o município apresen-
tou prevalências de obesidade superiores ao Estado de Minas Gerais e ao
país. Dados do Vigitel do mesmo ano também mostram que o quadro de
sobrepeso e obesidade nos adultos maiores de 18 anos merece atenção.
Em relação aos marcadores de consumo alimentar, pela avaliação do Vigi-
tel, Belo Horizonte se destacou como a capital com a melhor frequência de
consumo de marcadores de padrões saudáveis de alimentação (consumo
regular e recomendado de frutas e hortaliças e consumo de feijão). Apesar
desse resultado, o consumo desses alimentos ainda é baixo e o consumo de
alimentos ultraprocessados é elevado.

O manejo e a estabilização da obesidade constituem-se grandes desafios para


a saúde pública, tendo em vista o caráter multifatorial desta condição de saúde,
sendo necessárias ações contínuas de promoção da alimentação saudável, pre-
venção e tratamento da obesidade para todas as faixas etárias da população.

23
REFERÊNCIAS
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bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5423:brasil-e-primeiro
-pais-a-assumir-compromissos-especificos-na-decada-de-acao-para nutricao-da
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saúde no Brasil. Revista Panamericana de Salud Publica, 44, 2020.

4. PEDRAZA, D. F. Década de ação em nutrição: reflexões sobre a conjuntura brasi-


leira. DEMETRA, 15:e43167, 2020.

5. SOUZA, N. P. et al. A (des)nutrição e o novo padrão epidemiológico em um


contexto de desenvolvimento e desigualdades. Ciência & Saúde Coletiva, 22(7):
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Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira. 2. ed. Brasília: Minis-
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Sistema Único de Saúde, Brasil, 2018. Revista Panamericana de Salud Publica,
43, 2019.

8. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de


Atenção Básica. Marco de referência da vigilância alimentar e nutricional na
Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. 56 p.

9. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de


Atenção Básica. Política Nacional de Alimentação e Nutrição. Brasília: Ministério
da Saúde, 2013. 84 p.

10. BELO HORIZONTE. Secretaria Municipal de Saúde. Assessoria de Tecnologia


da Informação em Saúde - ASTIS. Sistema Gestão Saúde em Rede - SISREDE.
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24
11. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento
de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde.
VIGITEL Brasil: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas
por inquérito telefônico: estimativas sobre frequência e distribuição sociodemo-
gráfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26
estados brasileiros e no Distrito Federal. Brasília: Ministério da Saúde, 2006-2019.

12. MORAN, R. Evaluation and treatment of childhood obesity. American Family


Physician, 59(4):861-8, 1999.

13. MALTA, D. C. et al. Fatores de risco relacionados à carga global de doença do


Brasil e Unidades Federadas, 2015. Revista Brasileira de Epidemiologia, 20
suppl 1:217-232, 2017.

25
INFORMAÇÕES:
Secretaria Municipal de Saúde
Av. Afonso Pena, 2.336 - Funcionários - CEP: 30130-007

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