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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIGRAN CAPITAL

ANA BEATRIZ GUTTERRES DA SILVA


THAILINE ARAÚJO CASTRO

PLANEJAMENTO FINANCEIRO: UM ESTUDO SOBRE A GESTÃO


DAS FINANÇAS PESSOAIS DOS COLABORADORES DE UMA
COOPERATIVA DE CRÉDITO NA CIDADE DE CAMPO GRANDE - MS.

Campo Grande – MS
2022
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIGRAN CAPITAL

ANA BEATRIZ GUTTERRES DA SILVA


THAILINE ARAÚJO CASTRO

PLANEJAMENTO FINANCEIRO: UM ESTUDO SOBRE A GESTÃO


DAS FINANÇAS PESSOAIS DOS COLABORADORES DE UMA
COOPERATIVA DE CRÉDITO NA CIDADE DE CAMPO GRANDE - MS.

Trabalho de Conclusão de Curso em forma de artigo


científico apresentado ao Curso de Ciências Contábeis do
Centro Universitário UNIGRAN CAPITAL, como
requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em
Ciências Contábeis, orientado pelo(a) professor(a) Me.
Hugo David Santana.

Campo Grande - MS
2022
S578p Silva, Ana Beatriz Gutterres da.
Planejamento financeiro: um estudo sobre a gestão das finanças
pessoais dos colaboradores de uma cooperativa de credito na
cidade de Campo Grande – MS./ Ana Beatriz Gutterres da Silva;
Thailine Araújo Castro- Campo Grande: Centro Universitário
UNIGRAN Capital, 2022.
24. f.

Orientador: Profº. Me. Hugo David Santana.


Trabalho de Conclusão de Curso – Bacharel em Ciências
Contábeis, 2022.

1. Educação Financeira. 2. Gestão das Finanças Pessoais.


3. Cooperativa de Credito. 4. Adesão I. Título.

CDU: 658
ANA BEATRIZ GUTTERRES DA SILVA
THAILINE ARAÚJO CASTRO

PLANEJAMENTO FINANCEIRO: UM ESTUDO SOBRE A GESTÃO


DAS FINANÇAS PESSOAIS DOS COLABORADORES DE UMA
COOPERATIVA DE CRÉDITO NA CIDADE DE CAMPO GRANDE - MS.

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________________________________
Prof.(ª) Me. Hugo David Santana

________________________________________________________________
Prof.(ª) Me. Lucirlene Maciel Cavalheiro Quintana

________________________________________________________________
Prof.(ª) Esp. Rogério Mota do Amaral

________________________________________________________________
Prof.(ª) Esp. Tânia Regina dos Santos Machado

Campo Grande MS
2022
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 7
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 8
2.1 FINANÇAS 8
2.1.1 Sistema financeiro nacional 8
2.2 EDUCAÇÃO FINANCEIRA E SUA IMPORTÂNCIA 8
2.2.1 A administração das finanças pessoais 9
2.3 COOPERATIVISMO 10
2.3.1 Cooperativas de crédito 11
2.3.2 Cooperativas de crédito e a educação financeira 12
2.4 A CONTABILIDADE NA GESTÃO DAS FINANÇAS PESSOAIS 12
3. METODOLOGIA 13
4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 15
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 20
REFERÊNCIAS 22
APÊNDICE – QUESTIONÁRIO 25
PLANEJAMENTO FINANCEIRO: UM ESTUDO SOBRE A GESTÃO
DAS FINANÇAS PESSOAIS DOS COLABORADORES DE UMA
COOPERATIVA DE CRÉDITO NA CIDADE DE CAMPO GRANDE - MS.

FINANCIAL PLANNING: A STUDY ON THE MANAGEMENT OF PERSONAL


FINANCES OF EMPLOYEES OF A CREDIT COOPERATIVE IN THE CITY OF CAMPO
GRANDE - MS.

Ana Beatriz Gutterres da Silva


E-mail: 082.443@alunos.unigrancapital.com.br
Graduando em Ciências Contábeis pelo Centro Universitário Unigran Capital
Campo Grande – MS

Thailine Araújo Castro


E-mail: 082.442@alunos.unigrancapital.br
Graduando em Ciências Contábeis pelo Centro Universitário Unigran Capital
Campo Grande – MS

Hugo David Santana


E-mail: contabeis.capital@unigran.br
Mestre em Desenvolvimento Local pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB),
Professor e Coordenador do Curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário Unigran
Capital, Pós - Graduado em Contabilidade Gerencial pela Universidade Federal de Mato
Grosso do Sul (UFMS), Pós - Graduado em Contabilidade Gerencial, Auditoria e
Controladoria pela Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do
Pantanal (UNIDERP), Graduado em Ciências Contábeis pelo Centro Universitário da
Grande Dourados (UNIGRAN).
RESUMO

Este trabalho teve por finalidade analisar como os colaboradores da Cooperativa de Crédito
Poupança e Investimento - SICREDI fazem a gestão de suas finanças pessoais. A fim de
alcançar respostas para a problemática apresentada, os objetivos do estudo foram apurar como
os colaboradores administram suas economias, demonstrar a relação da contabilidade na
gestão das finanças pessoais e mensurar o nível de educação financeira dos colaboradores. O
artigo se caracteriza como uma pesquisa de natureza básica estratégica; quanto aos objetivos,
como exploratória-descritiva, de abordagem qualitativa; e quanto aos procedimentos
utilizados para coleta de dados, como pesquisa bibliográfica, estudo de caso e levantamento.
A população amostral foi composta por 25 colaboradores e para a coleta de dados foi aplicado
questionário composto por 20 questões. Dentre os entrevistados, a faixa etária preeminente é
de 21 a 30 anos e o nível de educação é ensino superior incompleto. Com as informações
coletadas concluiu-se que os colaboradores podem ser considerados educados
financeiramente, pois fazem a utilização consciente dos produtos financeiros e possuem o
incentivo da Cooperativa com formações e palestras voltadas a esse quesito.

Palavras-chave: Educação Financeira. Gestão das Finanças Pessoais. Cooperativa de Crédito.

ABSTRACT

This study aimed at analyzing how the employees of the Cooperativa de Crédito Poupança e
Investimento - SICREDI manage their personal finances. In order to reach answers to the
presented problem, the objectives of the study were to determine how employees manage
their savings, demonstrate the relationship of accounting in the management of personal
finances, and measure the level of financial education of employees. The article is
characterized as research of basic strategic nature; in relation to the objectives, as exploratory-
descriptive, of qualitative approach; and referring to the procedures used for data collection,
as bibliographical, case study and survey. The sample population consisted of 25 employees
and a questionnaire consisting of 20 questions was applied to collect data. Among the
interviewees, the preeminent age group is 21 to 30 years old, and the level of education is
incomplete higher education. With the information collected, it was concluded that employees
can be considered financially educated, as they make the conscious use of financial products
and have the incentive of the Cooperative with training and lectures focused on this issue.

Key words: Financial Education. Personal Finance Management. Credit Cooperati


7

1. INTRODUÇÃO
O planejamento financeiro atrelado à boa gestão das finanças pessoais é algo que
deveria ser parte do cotidiano da população brasileira, pois assim como as empresas, sem uma
gestão eficiente não é possível atingir seus objetivos monetários. Pessoas físicas precisam
administrar suas finanças para alcançarem o lucro pessoal e o acúmulo de recursos, a
educação financeira traz aos indivíduos conceitos acerca dos principais pontos que norteiam a
construção do planejamento financeiro pessoal e sua administração.
A educação financeira permite que as pessoas aprendam acerca da administração de
seus recursos e assim possam planejar seu futuro financeiro. No Brasil, existem diversos
programas que abordam esse tema, como por exemplo as cooperativas de crédito, que por
serem instituições financeiras voltadas ao desenvolvimento da sociedade, oferecem projetos
que visam trazer aos indivíduos conhecimentos a respeito das finanças, produtos financeiros e
a administração desses. Por isso, diante dos fatos apresentados, a presente pesquisa buscou
responder ao seguinte questionamento: qual o grau de educação financeira dos colaboradores
lotados na agência Zahran, da Cooperativa de Crédito, Poupança e Investimento – SICREDI?
Alinhado ao fato de que esta Cooperativa desenvolve várias palestras e projetos que
incentivam a educação financeira de seus colaboradores, associados e a população no geral, a
pesquisa teve como objetivo geral identificar o grau de educação financeira dos colaboradores
da Cooperativa de Crédito, Poupança e Investimento – SICREDI, lotados na agência Zahran.
O estudo teve como objetivos específicos: apurar como os colaboradores administram suas
economias; demonstrar a relação da contabilidade na gestão das finanças pessoais e mensurar
o nível de educação financeira dos colaboradores em questão.
Quanto à metodologia utilizada para desenvolvimento do trabalho científico, a
finalidade foi básica estratégica; quanto aos objetivos, foi classificada como exploratória-
descritiva, de abordagem qualitativa; e quanto aos procedimentos adotados para coleta de
dados, como bibliográfica, estudo de caso e levantamento. Ainda para coletar os dados
pertinentes à pesquisa, foram utilizadas fontes de dados primários, através da aplicação de
questionário utilizando o Google Forms e fontes de dados secundários por meio de revisão
bibliográfica a materiais já publicados.
O trabalho foi estruturado em cinco seções, começando por esta introdução. A segunda
seção apresentou a fundamentação teórica da pesquisa, ou seja, expôs o ponto de vista de
alguns autores a respeito do tema em estudo e a terceira seção demonstrou qual foi a
8

metodologia utilizada para a construção do trabalho científico. A quarta seção tratou da


análise dos dados e em seguida, a última seção evidenciou as considerações finais do estudo.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 FINANÇAS
As finanças representam um ramo da economia destinado a executar a gestão do
dinheiro. É definida por Gitman (1997, apud SILVA et al., 2018, p. 216) como:
a arte e a ciência de administrar fundos. Praticamente, todos os indivíduos e
organizações obtêm receitas ou levantam fundos, gastam ou investem.
Finança ocupa-se do processo, instituições, mercados e instrumentos
envolvidos na transferência de fundos entre pessoas, empresas e governos.

O campo das finanças caracteriza-se principalmente por acompanhar a captação e a


transferência de fundos por meio das instituições envolvidas na administração dos recursos
financeiros.

2.1.1 Sistema financeiro nacional


O Banco Central do Brasil - BACEN (c2022, online) descreve o Sistema Financeiro
Nacional - SFN como “um conjunto de entidades e instituições que promovem a
intermediação financeira, isto é, o encontro entre credores e tomadores de recursos”. O SFN é
composto por agentes normativos, supervisores e operadores. Os agentes normativos são os
que impõem as regras para funcionamento do conjunto; os supervisores são responsáveis por
garantir que o sistema siga as regras impostas pelo normativo; e os operadores são as
instituições que oferecem os serviços financeiros à sociedade (BACEN, c2022).
O Conselho Monetário Nacional - CMN, o Conselho Nacional de Seguros Privados -
CNSP, e o Conselho Nacional de Previdência Complementar - CNPC compõem os órgãos
normativos. O grupo dos supervisores é constituído pelo BACEN, Comissão de Valores
Mobiliários - CVM, Superintendência de Seguros Privados - SUSEP e a Superintendência
Nacional de Previdência Complementar - PREVIC. Por último, os órgãos operadores são os
Bancos e caixas econômicas, os administradores de consórcio, a bolsa de valores, corretoras,
as cooperativas de crédito, entre outras (BACEN, c2022).

2.2 EDUCAÇÃO FINANCEIRA E SUA IMPORTÂNCIA


Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE
(c2005), a educação financeira tem o objetivo de melhorar a compreensão da sociedade no
que diz respeito à administração das finanças. Assim, auxilia para que as pessoas consigam
9

tomar melhores decisões quanto à gestão de seus gastos pessoais e tornem-se indivíduos mais
conscientes quanto às escolhas na área financeira, compreendendo as oportunidades, mas
também os riscos envolvidos, formando assim, uma sociedade mais responsável e
comprometida com o bom desempenho das finanças.
A educação financeira visa prover conhecimentos e informações a respeito de
conceitos básicos que objetivam melhorar a qualidade de vida da sociedade como um todo. É
um importante instrumento para auxiliar no desenvolvimento econômico, pois a qualidade das
decisões financeiras das pessoas influencia em toda a economia, por estar diretamente
relacionada a problemas como o nível de endividamento e a capacidade de investimento dos
países, como se vê em:
A educação financeira pode trazer diversos benefícios, entre os quais,
possibilitar o equilíbrio das finanças pessoais, preparar para o enfrentamento
de imprevistos financeiros e para a aposentadoria, qualificar para o bom uso
do sistema financeiro, reduzir a possibilidade de o indivíduo cair em fraudes,
preparar o caminho para a realização de sonhos, enfim, tornar a vida melhor
(BACEN, 2013, p. 11).

De acordo com a Associação de Educação Financeira do Brasil - AEF (c2017), a


educação financeira contribui de fato para o desenvolvimento econômico do país, uma vez
que propicia à sociedade os conhecimentos necessários para que os indivíduos incluam em
seu cotidiano o planejamento financeiro e a gestão de seus recursos.

2.2.1 A administração das finanças pessoais


Assim como as empresas, as pessoas também devem organizar suas finanças para que
tenham estabilidade controlando seus gastos e assim possam atingir seus objetivos, pois:
Finanças pessoais é a ciência que estuda a aplicação de conceitos financeiros
nas decisões financeiras de uma pessoa ou família. Em finanças pessoais são
considerados os eventos financeiros de cada indivíduo, bem como sua fase
de vida para auxiliar no planejamento financeiro (HEROBIM; ESPEJO,
2010 apud MEDEIROS; LOPES, 2014, p. 225).

Realizar a gestão das finanças pessoais é importante para que os indivíduos conheçam
quais são as suas necessidades e como supri-las financeiramente. Para Pires (2007, p. 12),
“tratar as finanças pessoais como uma área de conhecimento sistemático e transmissível, no
âmbito da ciência econômica, é uma necessidade contemporânea”. O autor afirma ainda que,
“as finanças pessoais têm por objeto de estudo e análise as condições de financiamento das
aquisições de bens e serviços necessários à satisfação das necessidades e desejos individuais”
(PIRES, 2007, p. 13).
10

É imprescindível que as pessoas tenham um planejamento financeiro e que o siga


diariamente. “Um bom planejamento pode fazer mais por seu futuro do que muitos anos de
trabalho e, em geral, é o diferencial entre sonhadores e realizadores” (MACEDO JR., 2007, p.
26).
Macedo Jr. (2007, p. 34) estabelece também que:
Organizar as contas também mostra a real dimensão de sua saúde financeira
e quais são seus hábitos de consumo. Possibilita que você diminua seus
gastos ao cortar desperdícios e pagamento de juros e poupe para investir em
você. Ao colocar tudo no papel, você pode ter uma agradável surpresa e
descobrir que tem mais dinheiro que imagina.

Lusardi e Oggero (2017) concluíram em uma pesquisa que, em nível mundial, apenas
um em cada três adultos demonstram ter conhecimento acerca de conceitos básicos de
finanças, esclarecendo que muitas pessoas ainda estão despreparadas para lidar com o cenário
financeiro e suas rápidas mudanças.

2.3 COOPERATIVISMO
O cooperativismo é tido como um movimento econômico e social, que tem como
objetivo primordial dar ênfase às relações humanas, ao invés de somente se importar com o
lucro. Corroborando esse conceito, temos que:
O cooperativismo é uma filosofia de vida que busca transformar o mundo
em um lugar mais justo, feliz, equilibrado e com melhores oportunidades
para todos. Um caminho que mostra que é possível unir desenvolvimento
econômico e desenvolvimento social, produtividade e sustentabilidade, o
individual e o coletivo (OCB, c2022, online).

Para a Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB (c2022, online) o


cooperativismo é definido como: “ser cooperativista é acreditar que ninguém perde quando
todo mundo ganha, é buscar benefícios próprios enquanto contribui para o todo, é se basear
em valores de solidariedade, responsabilidade, democracia e igualdade”. Gehringer reforça
que:
O cooperativismo é a mais antiga maneira de transformar habilidades
individuais em resultados coletivos, que não seriam atingidos apenas com
esforço próprio. O cooperativismo ensina a dar valor à contribuição dos
demais, a trabalhar em equipe, a ajudar quem necessita. Esses são fatores
que irão dar combustível a qualquer carreira, em qualquer empresa, de
qualquer ramo (GEHRINGER, c2018, online).

O cooperativismo acima de tudo visa priorizar as relações, ou seja, é formado por um


conjunto de pessoas que possuem objetivos em comum. Todos são donos do próprio negócio
11

e procuram trazer resultados para todos os indivíduos que fazem parte do sistema, assim como
também para o espaço que ocupam.

2.3.1 Cooperativas de crédito


Cooperativas de Crédito são instituições financeiras integrantes do Sistema Financeiro
Nacional, compostas pela associação de pessoas interessadas em usufruir de produtos
financeiros. As cooperativas oferecem todos os produtos e serviços dos bancos comuns,
porém a instituição não visa lucros e todos os associados têm os mesmos direitos
independentemente da quantidade de cotas de cada um:
Os cooperados são ao mesmo tempo donos e usuários da cooperativa,
participando de sua gestão e usufruindo de seus produtos e serviços. Nas
cooperativas de crédito, os associados encontram os principais serviços
disponíveis nos bancos, como conta-corrente, aplicações financeiras, cartão
de crédito, empréstimos e financiamentos. Os associados têm poder igual de
voto independentemente da sua cota de participação no capital social da
cooperativa. O cooperativismo não visa lucros, os direitos e deveres de todos
são iguais e a adesão é livre e voluntária (BACEN, c2022, online).

De maneira geral, o que difere as cooperativas dos bancos tradicionais é o fato de que,
nas cooperativas de crédito, os usuários têm direito a participação nos lucros e resultados
obtidos pela instituição. Schimmelfenig (2010, p. 4) apresenta a seguinte diferença entre os
bancos convencionais e as cooperativas de crédito:
Diferente de um banco público ou privado, as cooperativas de créditos
podem ser controladas pelos seus próprios associados. Este associado, além
de fazer parte de um conselho ou diretoria pode fazer parte do planejamento
da sua cooperativa. Cada associado, independente do valor de sua cota
capital dentro da cooperativa, possui o direito a um voto.

Segundo a OCB (c2022, online), “o cooperativismo é, sem dúvida, um agente


fundamental para a promoção do desenvolvimento em todos os estados brasileiros”. Em
dezembro de 2020, totalizavam 4.868 cooperativas em todo o Brasil e de acordo com a
Aliança Cooperativa Internacional, são 3 milhões de cooperativas a nível mundial (OCB,
c2022, online). O presidente da Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito -
CONFEBRAS, afirma que “com a estabilização da economia as cooperativas de crédito
devem ter um papel mais relevante e devem se preparar para ser protagonistas no sistema
financeiro” (MACEDO, c2020, online).
12

2.3.2 Cooperativas de crédito e a educação financeira


Cooperativas de crédito e outras instituições financeiras criam vários projetos e
oferecem palestras ao público a fim de incentivar e auxiliar as pessoas a darem mais
importância à educação financeira:
O envolvimento das cooperativas com a comunidade transcende a concessão
de recursos, funcionando como importante agente de transformação com
forte impacto social, contribuindo para o fortalecimento da economia do
país, à medida que promove ações visando atender às demandas financeiras
dos associados, colaborando para o equilíbrio e desenvolvimento econômico
aliado ao social. Para uma instituição financeira cooperativa e integrantes
deste movimento social organizado, o lucro é a soma de forças, o
crescimento econômico conjunto é a melhoria da vida em comunidade, que
gera emprego e renda, assegura saúde, segurança, educação, cultura e lazer
(ANDRADE; JUNQUEIRA, 2021, p. 4).

Segundo a OCB (c2022), as cooperativas de crédito prezam pela inclusão financeira


da sociedade. Diferente de ofertarem produtos financeiros, elas oferecem soluções financeiras
a seus associados, e algumas delas possuem programas que visam o desenvolvimento da
educação financeira da comunidade. Para confirmar essa característica, tem-se que “[...] a
inclusão financeira vai além, é ter serviços e produtos financeiros acessíveis e úteis, que
possibilitem o aumento da igualdade a oportunidades de acesso a créditos” (OCB, c2022,
online), bem como:
Tendo em vista o seu compromisso institucional, as cooperativas de crédito
vêm cada vez mais evidenciando seu comprometimento na área de educação
financeira, desenvolvendo importantes atividades acerca do assunto. Diante
de seus princípios norteadores, a educação, formação e informação tem
ganhado destaque, operando de forma a fortalecer seus associados e a
comunidade, buscando sempre o desenvolvimento saudável e igualitário
(MEINEN, 2016 apud OLIVEIRA, 2019, p. 27).

Para Lira (2018, p. 18) “as cooperativas de crédito buscam contribuir com o
crescimento econômico e bem-estar da sociedade, devendo prezar pela educação financeira
dos seus associados”. Além de desenvolver vários projetos que estimulam a compreensão
sobre o assunto, as cooperativas de crédito consideram a educação financeira um caminho
para o crescimento pessoal de seus associados.

2.4 A CONTABILIDADE NA GESTÃO DAS FINANÇAS PESSOAIS


Como é tradicionalmente conhecido, o objeto da contabilidade é o patrimônio. Assim
como as empresas dependem do controle de todo o seu patrimônio, pessoas físicas também
podem usufruir de técnicas contábeis para garantir uma boa gestão de suas finanças. Para
Pires (2005, p. 20), “contabilidade pessoal é a organização e controle do patrimônio de
13

pessoas físicas. É o registro de todas as operações financeiras realizadas por uma pessoa
física, que serve de informação para o controle e gestão das finanças pessoais”.
Silva, Silva e Carraro (2017, p. 10) afirmam que:
A importância da contabilidade para pessoas físicas se dá à medida que a
mesma visa fornecer informações sobre a situação financeira com base nos
fatos ocorridos no patrimônio do indivíduo, possibilitando a oportunidade de
administração da vida financeira, observando possibilidades de economias
extras de recursos para futuros investimentos. Porém, para que a soma dos
ativos seja maior que a soma dos passivos, é recomendado o controle do
orçamento pessoal com o devido acompanhamento dos apontamentos da
relação de todas as receitas líquidas ou brutas e de todas as despesas
incorridas em determinado período, sejam elas quais forem.

A contabilidade conta com vários métodos que facilitam a gestão financeira, desde o
planejamento, até o objetivo a ser alcançado. “Para que um planejamento financeiro seja
eficiente é necessário o conhecimento de algumas técnicas contábeis, conhecimento de
algumas fontes de investimento e noções do mercado financeiro e política monetária” (PIRES,
2005, p. 32). Seguindo o mesmo intuito das empresas, pessoas físicas também precisam ter
como objetivo o lucro e o acúmulo de capital (HOJI, 2011 apud CARVALHO; SCHOLZ,
2018).

3. METODOLOGIA
No que se refere à sua natureza, esta pesquisa é básica estratégica, pois teve por
finalidade agregar conhecimento sobre o tema tratado, baseado em estudos práticos. Pesquisas
dessa natureza “objetiva gerar conhecimentos novos, úteis para o avanço da Ciência, sem
aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais” (GERHARDT;
SILVEIRA, 2009, p. 34).
Em relação aos objetivos, classificou-se como exploratória-descritiva. A pesquisa
descritiva tem como característica descrever com precisão acerca do objeto de estudo
abordado. Para essa descrição, utiliza-se da coleta de informações e dados sobre o tema em
análise, fornecendo assim maiores esclarecimentos sobre o conteúdo em questão. Para
Triviños (1987, p. 110) “o estudo descritivo pretende descrever “com exatidão” os fatos e
fenômenos de determinada realidade”.
A pesquisa exploratória tem a finalidade de explorar o problema. Para Gil (2002, p.
41), “estas pesquisas têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema,
com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses. Pode-se dizer que estas
pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de
intuições”.
14

Quanto à abordagem do problema, descreveu-se como uma pesquisa qualitativa, visto


que, esse tipo de pesquisa preocupa-se principalmente com a qualidade da informação
coletada; pode-se dizer que a pesquisa qualitativa busca respostas subjetivas em relação ao
objeto de estudo abordado. Proetti (2017, p. 2) afirma que:
A pesquisa qualitativa não visa à quantificação, mas sim ao direcionamento
para o desenvolvimento de estudos que buscam respostas que possibilitam
entender, descrever e interpretar fatos. Ela permite ao pesquisador manter
contato direto e interativo com o objeto de estudo.

Em relação aos procedimentos adotados, a pesquisa foi definida como bibliográfica


estudo de caso e levantamento. A pesquisa bibliográfica consiste na verificação ou revisão de
obras já publicadas, podendo ser em forma de livros, artigos científicos, revistas, dentre
outros. Para Vergara (1998, p. 46), “pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado
desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas,
isto é, material acessível ao público em geral”.
O estudo de caso está relacionado à busca em determinar uma teoria e é um
instrumento utilizado para auxiliar na compreensão da forma prática do assunto abordado,
uma vez que:
O estudo de caso pode decorrer de acordo com uma perspectiva
interpretativa, que procura compreender como é o mundo do ponto de vista
dos participantes, ou uma perspectiva pragmática, que visa simplesmente
apresentar uma perspectiva global, tanto quanto possível completa e
coerente, do objeto de estudo do ponto de vista do investigador (FONSECA,
2002, p. 34).

Para a coleta dos dados necessários à realização da pesquisa, foi utilizado o


procedimento de levantamento, cujo objetivo abrange a aplicação de questionário acerca do
tema tratado. De acordo com Gil (2002, p. 50):
As pesquisas deste tipo caracterizam-se pela interrogação direta das pessoas
cujo comportamento se deseja conhecer. Basicamente, procede-se à
solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do
problema estudado para, em seguida, mediante análise quantitativa, obterem-
se as conclusões correspondentes aos dados coletados.

Os dados primários foram coletados por meio de uma amostra do universo. A


população amostral em questão foi formada pelos 25 colaboradores que compõem o quadro
de funcionários da Cooperativa de Crédito Poupança e Investimento – SICREDI Campo
Grande-MS, lotados na Agência Zahran. Vergara (1998, p. 48), define universo e amostra
como:
Trata-se de definir toda a população e a população amostral. Entenda-se aqui
por população não o número de habitantes de um local, como é largamente
15

conhecido o termo, mas um conjunto de elementos (empresas, produtos,


pessoas, por exemplo), que possuem as características que serão objeto de
estudo. População amostral ou amostra é uma parte do universo (população),
escolhida segundo algum critério de representatividade.

Para extrair os dados necessários à conclusão da pesquisa, cada colaborador respondeu


ao questionário aplicado por meio da plataforma Google Forms, sendo esse composto por 20
questões mistas (objetivas e subjetivas). Já os dados secundários foram apurados por meio de
revisão bibliográfica a livros, revistas, artigos, jornais, dentre outros.

4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS


A coleta dos dados foi realizada a partir da formulação de questionário, aplicado aos
colaboradores que compõem o quadro de funcionários da Cooperativa de Crédito Poupança e
Investimento - SICREDI Campo Grande-MS, lotados na Agência Zahran, com o objetivo de
extrair informações para análise e interpretação dos dados.
Conforme os resultados apurados, 56% do quadro de colaboradores são mulheres e
60% são solteiros. Além disso, a faixa etária predominante desses colaboradores é de 21 a 24
anos, totalizando 44% dos funcionários. 56% deles estão cursando o ensino superior e 68%
recebem até 3 salários-mínimos, conforme o Quadro 1:
Quadro 1: Perfil socioeconômico
Fatores Categorias Quantidade (25) Percentual (%)

Masculino 11 44
SEXO
Feminino 14 56
Solteiro (a) 15 60
Casado (a) 7 28
ESTADO CIVIL
União Estável 3 12
Viúvo (a) - -
De 16 a 20 anos 2 8
De 21 a 24 anos 11 44
FAIXA ETÁRIA
De 25 a 30 anos 10 40
31 anos ou mais 2 8
Ensino médio completo 3 12
Ensino superior incompleto 14 56
ESCOLARIDADE
Ensino superior completo 5 20
Pós-graduação 3 12
De 1 a 3 salários-mínimos 17 68
De 3 a 5 salários-mínimos 7 28
RENDA MENSAL
De 5 a 7 salários-mínimos 1 4
Acima de 7 salários-mínimos - -
Fonte: Elaborado pelas autoras (2022)
16

Na sexta questão, ao serem questionados acerca da importância de assuntos


relacionados à educação financeira, todos os entrevistados alegaram que consideram de
grande relevância esse tema. Apenas 20% deles nunca participaram de formações a respeito
do assunto, de acordo com o Gráfico 1:
Gráfico 1: Formações voltadas à educação financeira

Fonte: Elaborado pelas autoras (2022)

Além disso, 56% dos entrevistados afirmaram que utilizam algum tipo de ferramenta
para realizar o controle financeiro. Comparando esses percentuais, colaboradores que têm
conhecimento a respeito do assunto com aqueles que utilizam alguma ferramenta para
organizar as finanças, pode-se dizer que o fato da empresa levar o conhecimento financeiro de
alguma forma aos colaboradores, gera resultados positivos, ou seja, influencia no momento da
organização financeira, o que consequentemente forma um quadro de funcionários mais
saudáveis financeiramente. O Gráfico 2 apresenta quais as ferramentas mais utilizadas pelos
colaboradores no controle das finanças pessoais.
Gráfico 2: Ferramentas utilizadas para o controle das finanças

Fonte: Elaborado pelas autoras (2022)


17

Para ter uma vida financeira saudável são necessários alguns hábitos que precisam
estar presentes na rotina financeira das pessoas. Um deles é a reserva, que corresponde a
reservar parte do salário e de todos os recursos auferidos durante o mês para solução de
possíveis emergências que possam surgir, é um dos mais importantes. No questionário
respondido, 56% dos colaboradores informaram que realizam a reserva de pelo menos 10%
do salário mensalmente; 8% reservam até 20% do salário; 16% reservam mais de 20% do
salário; porém, 20% deles não costumam fazer nenhum tipo de reserva, conforme o Gráfico 3:
Gráfico 3: Reserva de salário

Fonte: Elaborado pelas autoras (2022)

Dentre os meios disponíveis para as pessoas realizarem reservas mensais, estão os


diversos tipos de investimentos, que variam de acordo com o perfil de cada indivíduo, ou seja,
o quanto ele está disposto a arriscar, qual a rentabilidade que espera, o prazo que pretende
obter retorno, entre outras características. O Gráfico 4 apresenta o percentual de
colaboradores que possuem ou não algum tipo de investimento e quais são eles:
18

Gráfico 4: Tipos de investimento

Fonte: Elaborado pelas autoras (2022)


Conforme apresentado, 29% dos respondentes aplicam seus recursos em poupança, ou
seja, a maior parte dos colaboradores possui o perfil de investimento conservador, pois
aplicações em poupança apresentam baixo risco de mercado, a rentabilidade não depende de
fatores externos e dificilmente sofre alterações. 11% investem em Certificados de Depósito
Bancário (CDB), tesouro ou ações; 7% deles apostam em criptomoedas; 3% investem em
imóveis; 14% capitalizam parte de sua verba em previdência privada; e 14% dos entrevistados
não possuem nenhum tipo de aplicação.
Além de realizar reservas mensalmente, uma opção para adquirir uma receita maior é
desenvolver alguma atividade que agregue ganho extra aos seus recursos. Entre os
colaboradores entrevistados, 36% deles afirmaram que possuem alguma fonte de renda extra;
16% já desenvolveram alguma atividade com essa finalidade; 28% não pensam nessa
possibilidade; e 20% pretendem incrementar a renda com atividades desse fim.
Entre as diversas ferramentas que podem auxiliar nas necessidades financeiras, estão
os produtos oferecidos pelas instituições financeiras como, por exemplo, o cheque especial, o
cartão de crédito, empréstimos, entre outros. Tais produtos, se utilizados de forma correta e
consciente, podem trazer diversos benefícios para os indivíduos. Quando questionados acerca
da utilização desses produtos, foi identificado que 28% dos colaboradores utilizam ou já
utilizaram o cheque especial; 36% usam cartões de crédito para compras diversas; 56% já
19

realizou empréstimos pessoais; e 48% possuem ou já possuíram algum tipo de financiamento


entre imobiliário ou de veículo, conforme o Gráfico 5:

Gráfico 5: Utilização de produtos financeiros

Fonte: Elaborado pelas autoras (2022)

Para que as pessoas tenham uma vida financeira saudável é necessário que possuam
conhecimento básico acerca dos produtos financeiros, de como administrar seus recursos,
como evitar perdas desnecessárias, entre outras medidas que podem melhorar a organização
da renda. Os colaboradores foram questionados acerca da necessidade de recorrerem a um
profissional contador, pois assim como nas empresas em que esses profissionais são
fundamentais para o controle do patrimônio, para indivíduos pessoa física eles servem
também para auxiliar nas necessidades financeiras.
De acordo com o Gráfico 6, entre os 20 entrevistados, 16% já precisaram de um
profissional da contabilidade pelo menos uma vez; 12% deles já recorreram mais de uma vez;
e 72% dos colaboradores nunca necessitaram dos trabalhos desses profissionais. Ao serem
questionados acerca dos motivos que os levaram a recorrer ou não a esses profissionais,
85,8% dos colaboradores informaram que precisaram de um contador por conta de obrigações
fiscais e 14,3% afirmaram que buscaram por livre vontade para soluções diversas.
20

Gráfico 6: Necessidade de recorrer a um contador

Fonte: Elaborado pelas autoras (2022)

Por fim, a população amostral do estudo em questão foi questionada a respeito da


relação que existe entre a contabilidade e as finanças pessoais e de como essa área pode
contribuir com a organização da vida financeira pessoal. 84% afirmaram que a contabilidade
tem relação com as finanças pessoais e 16% acreditam que a ela está diretamente voltada para
empresas. Sobre a contribuição da contabilidade para a organização financeira pessoal, dos
entrevistados, apenas três afirmaram que ela não contribui de forma alguma no planejamento
das finanças pessoais.
Os demais consideram a contabilidade importante para o controle das finanças
pessoais e apresentaram algumas maneiras de como ela poderia colaborar com os indivíduos,
como por exemplo, trazendo consultorias sobre organização financeira, auxiliando no controle
de entradas e saídas, no uso consciente dos recursos, evitando gastos excessivos, na
construção do planejamento e o controle do mesmo e contribuindo no que diz respeito às
obrigações fiscais dos indivíduos.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A educação financeira é parte fundamental na gestão das finanças pessoais, pois
possibilita aos indivíduos que conheçam com mais propriedade acerca dos produtos
financeiros e de como fazer o uso consciente de seus recursos. Com base nesse assunto,
buscou-se mensurar o nível de educação financeira dos colaboradores da Cooperativa de
Crédito, Poupança e Investimento – SICREDI.
21

As cooperativas de crédito, por serem instituições que buscam contribuir para o


desenvolvimento da população e ensinar acerca da utilização consciente de seus produtos e
serviços, possuem diversos programas que incentivam seus colaboradores, associados e a
população no geral a ter uma vida financeira saudável. Um dos programas desenvolvidos pela
cooperativa em estudo é a “Cooperação na ponta do lápis” que desenvolve formações voltadas
à educação financeira, tanto para os colaboradores como também para o público externo. Por
isso, o objetivo geral desse estudo foi identificar o grau de educação financeira dos
colaboradores dessa cooperativa.
De acordo com os resultados alcançados, pode-se dizer que a maioria dos
colaboradores entrevistados possui conhecimentos básicos para administrar suas economias e
desenvolvem hábitos que contribuem para manter uma vida financeira saudável. 56% deles
utilizam ferramentas que auxiliam no planejamento financeiro; 80% reservam parte do salário
mensalmente; e 86% possuem algum tipo de investimento, utilizando com responsabilidade
os diversos produtos financeiros disponíveis no mercado, demonstrando com isso que os
programas de incentivo da cooperativa têm surtido efeito.
Além disso, no decorrer da pesquisa, pode-se observar a relação estabelecida entre a
contabilidade e as finanças pessoais e como a área contribui efetivamente para esse fim. Os
colaboradores apontaram algumas dessas contribuições da área contábil, como por exemplo,
entender o que são ativos e onde alocá-los, como lidar com as obrigações fiscais dos
indivíduos e o planejamento das finanças de forma geral. Além disso, ela pode contribuir no
controle patrimonial, controle de investimentos, na realização de orçamentos anuais, entre
outras diversas atividades.
Sendo assim, diante do exposto, pode-se concluir com a pesquisa que os colaboradores
apresentam um grau de educação financeira consideravelmente bom, pois têm conhecimento
básico acerca das finanças, usam ferramentas para controle de seus recursos e utilizam os
produtos financeiros com consciência. Portanto, além da educação financeira estar presente no
ambiente de trabalho dos colaboradores, enquanto divulgam conceitos acerca do tema para a
comunidade, também está constantemente presente na vida pessoal deles, quando organizados
financeiramente.
22

REFERÊNCIAS

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24

VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 2. ed.


São Paulo: Atlas, 1998.
25

PLANEJAMENTO FINANCEIRO - GESTÃO DAS FINANÇAS PESSOAIS

Questionário realizado a fim de coletar dados necessários para pesquisa de conclusão de


curso.
Selecione seu gênero sexual:
( ) Feminino
( ) Masculino
( ) Outros

Selecione seu estado civil:


( ) Solteiro (a)
( ) Casado (a)
( ) União estável
( ) Viúvo

Selecione a sua faixa etária:


( ) De 16 à 20 anos
( ) De 21 à 24 anos
( ) De 25 à 30 anos
( ) 31 anos ou mais

Selecione a sua escolaridade:


( ) Ensino médio completo
( ) Ensino superior incompleto
( ) Ensino superior completo
( ) Pós-graduação

Qual a sua renda mensal?


( ) De 1 à 3 salários mínimos
( ) De 3 à 5 salários mínimos
( ) De 5 à 7 salários mínimos
( ) Acima de 7 salários mínimos

Você considera importante os assuntos voltados à Educação Financeira?


( ) Sim, considero
( ) Não
( ) Não tenho opinião formada

Ao longo de sua jornada, quantas vezes você participou de palestras ou formações voltadas à
Educação Financeira?
( ) Nenhuma
( ) De 1 à 3 vezes
( ) De 3 à 5 vezes
( ) 6 vezes ou mais
26

Você utiliza alguma ferramenta para organizar suas finanças?


( ) Sim, utilizo
( ) Não

Se a resposta anterior foi "sim", cite qual ou quais as ferramentas utilizadas (planilhas,
aplicativos, planner)
_____________________________________________________________

Você costuma reservar parte do seu salário mensalmente?


( ) Sim, pelo menos 10%
( ) Sim, 20%
( ) Sim, mais de 20%
( ) Não costumo fazer reservas
Você possui algum tipo de investimento? Se sim, quais?
_____________________________________________________________

Você tem alguma fonte de renda extra?


( ) Sim, tenho
( ) Já tive
( ) Pretendo ter
( ) Não tenho

Você possui ou já realizou empréstimos pessoais?


( ) Sim, ainda possuo
( ) Sim, mas já quitei
( ) Não, nunca realizei empréstimos

Em alguma situação de emergência, você já precisou recorrer à utilização de cheque especial?


( ) Sim, uma vez
( ) Sim, algumas vezes
( ) Não, nunca utilizei

Você utiliza cartão de crédito? Se sim, costuma parcelar suas compras?


( ) Sim, utilizo e parcelo as compras
( ) Sim, mas não costumo parcelar
( ) Não utilizo

Você possui algum financiamento de veículo ou imobiliário?


( ) Sim, de veiculo
( ) Sim, imobiliário
( ) Sim, ambos
( ) Não possuo

Você já precisou recorrer a um contador?


( ) Sim, pelo menos uma vez
( ) Sim, mais de uma vez
( ) Não
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Se a resposta anterior foi "sim", para quê? Buscou o profissional contábil por livre vontade ou
por obrigações fiscais?
__________________________________________________________________

Em sua percepção, a contabilidade tem alguma relação com as finanças pessoais? Qual
relação?
__________________________________________________________________

Assim como nas empresas, você acredita que a contabilidade pode contribuir de alguma
forma para uma vida financeira organizada? Se sim, como poderia contribuir?
__________________________________________________________________

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