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UNIVERSIDADE PAULISTA

FERNANDA SILVA VIEIRA SEABRA


R.A 534606

BANCO DO BRASIL
PIM VI

CENTRO BAURU – SP
2021
UNIVERSIDADE PAULISTA

FERNANDA SILVA VIEIRA SEABRA


R.A 534606

BANCO DO BRASIL
PIM VI

Projeto Integrado Multidisciplinar VII para


obtenção do título de Tecnólogo em
Gestão Pública apresentando à
Universidade Paulista – UNIP

Orientador:

CENTRO BAURU – SP
2021
RESUMO

O presente trabalho configura-se em um Projeto Integrado Multidisciplinar VI (PIM


VI), e visa a desenvolver, no estudante, a acepção individual dirigida ao fenômeno
das organizações sob a perspectiva da gestão pública, a partir de seus
conhecimentos. Neste projeto, o estudo de caso o Banco do Brasil. O objetivo geral
do trabalho foi, por conseguinte realizar, junto dom as disciplinas do semestre F
Captação e Gerenciamento de Recursos, Controle e Auditoria Pública e
Desenvolvimento Sustentável, o levantamento das características e dos processos
executados em uma organização ou entidade do setor público, da administração
direta ou indireta, dos governos federal, estadual, distrital e municipal ou, ainda, nas
sociedades de economia mista e outras entidades não governamentais que atuem
no setor público da sociedade. Além do estudo de caso, utilizou-se também a
metodologia de pesquisa bibliográfica. Conclui-se que as decisões, em qualquer
nível da Empresa, são tomadas de forma colegiada (ressalvadas as situações em
que uma estrutura organizacional mínima não o permita). Com o propósito de
envolver todos os executivos na definição de estratégias e aprovação de propostas
para os diferentes negócios do Banco do Brasil, a Administração utiliza comitês de
nível estratégico, que garantem agilidade, qualidade e segurança à tomada de
decisão.

Palavras-chave: Captação e Gerenciamento de Recursos; Controle e Auditoria


Pública. Desenvolvimento Sustentável. Gestão Pública.
ABSTRACT

The present work is configured in an Integrated Multidisciplinary Project VI (PIM VI),


and aims to develop, in the student, the individual meaning aimed at the
phenomenon of organizations from the perspective of public management, based on
their knowledge. In this project, the case study of Banco do Brasil. The general
objective of the work was, therefore, to carry out, together with the subjects of the
semester F Fundraising and Management of Resources, Control and Public Audit
and Sustainable Development, the survey of the characteristics and processes
carried out in an organization or entity of the public sector, of direct or indirect
administration, of the federal, state, district and municipal governments, or even in
mixed economy societies and other non-governmental entities that operate in the
public sector of society. In addition to the case study, the bibliographic research
methodology was also used. It is concluded that decisions, at any level of the
Company, are taken in a collegiate manner (except for situations in which a minimum
organizational structure does not allow it). In order to involve all executives in
defining strategies and approving proposals for Banco do Brasil's different
businesses, Management uses committees at a strategic level, which guarantee
agility, quality and security in decision-making.

Keywords: Fundraising and Resource Management; Control and Public Audit.


Sustainable development. Public administration.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................5
2 CAPTAÇÃO E GERENCIAMENTO DE RECURSOS.............................................7
2.1 Planejamento dos Recursos da Entidade.............................................................6
2.2 Fontes de recursos fundamentais.........................................................................7
2.3 Carteira de Crédito de Agronegócios....................................................................8
2.4 Participação do Agronegócio no PIB e no mercado de trabalho..........................8
2.5 Agronegócios no BB.............................................................................................9
2.6 PROGER...............................................................................................................10
2.7 Carteira de Crédito de Agronegócios por Fonte de Recursos..............................12
2.8 Receitas de Equalização e Fator de Ponderação................................................13
2.9 Mercado Financeiro - Objeto social e vedações...................................................14
3 CONTROLE E AUDITORIA PÚBLICA...................................................................17
3.1 Estrutura e Processos de Gestão de Risco..........................................................17
3.2 Gerenciamento de riscos18  
3.3 Governança Corporativa.......................................................................................18
3.4 Transparência na Gestão......................................................................................19
3.5 Crédito para Governo............................................................................................19
3.6 Dados Econômico-financeiros..............................................................................20
3.7 Gestão da Ética e Compliance.............................................................................22
3.8 Código de Ética e Normas de Conduta................................................................23
4 AUDITORIA.............................................................................................................25
4.1 Resumo do Relatório do Comitê de Auditoria......................................................25
4.2 Principais Atividades da Auditoria.........................................................................26
4.3 Conclusão da Auditoria.........................................................................................26
5 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.................................................................28
5.1 Responsabilidade Socioambiental do BB.............................................................28
5.2 Público Alvo...........................................................................................................28
5.3 Princípios éticos e socioambientais......................................................................28
5.4 Agenda 21.............................................................................................................29
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................31
7 REFERÊNCIAS........................................................................................................32
5

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho configura-se em um Projeto Integrado Multidisciplinar VII


(PIM VII), e visa a desenvolver, no estudante, a acepção individual dirigida ao
fenômeno das organizações sob a perspectiva da gestão pública, a partir de seus
conhecimentos.
O estudo de caso, é um método de ensino que utiliza casos que exigem
tomada de decisão para colocar os alunos no papel de indivíduos que enfrentaram
decisões difíceis no passado. Em forte contraste com muitos outros métodos de
ensino, o método de caso exige que os alunos se abstenham de dar suas próprias
opiniões sobre as decisões em consideração. Neste projeto, o estudo de caso o
Banco do Brasil.
O objetivo geral do trabalho foi, por conseguinte realizar, junto dom as
disciplinas do semestre Captação e Gerenciamento de Recursos, Controle e
Auditoria Pública e Desenvolvimento Sustentável, o levantamento das
características e dos processos executados em uma organização ou entidade do
setor público, da administração direta ou indireta, dos governos federal, estadual,
distrital e municipal ou, ainda, nas sociedades de economia mista e outras entidades
não governamentais que atuem no setor público da sociedade.
Pretende-se, para tanto, como objetivos específicos proporcionar ao aluno a
possibilidade de desenvolver um levantamento das características e das práticas
organizacionais de uma entidade do setor público com preocupação centralizada na
gestão de recursos humanos; proporcionar condições para que o aluno relacione e
desenvolva, de maneira prática, os conhecimentos teóricos adquiridos, colaborando
com o processo de ensino-aprendizagem; e proporcionar a experiência das
dificuldades e das vantagens existentes na implantação, na execução e na avaliação
dos modelos administrativos e gerenciais.
Além do estudo de caso, utilizou-se também a metodologia de pesquisa
bibliográfica.
Por fim, seguem a conclusão e as referências.
6

2 CAPTAÇÃO E GERENCIAMENTO DE RECURSOS

O Banco do Brasil acredita estar bem posicionado e possuir condições


favoráveis para continuar ampliando sua carteira de crédito e manter a liderança no
setor. Essas condições são sustentadas por sua extensa franquia, experiência na
concessão de crédito, bem como pela força e tradição da marca Banco do Brasil.

2.1 Planejamento dos Recursos da Entidade

A simplificação de processos e a transformação digital nos permitirão


aumentar a rentabilidade, manter a inadimplência sobe controle e incrementar a
produtividade.
O desempenho econômico-financeiro reflete o compromisso com a geração
de resultados sustentáveis. Para os próximos anos, busca aumentar a rentabilidade,
manutenção da inadimplência sobe controle, ganhos em eficiência operacional e
melhoria da produtividade, advindos da simplificação de processos e da
transformação digital.
A seguir apresentamos os principais tópicos relacionados ao desempenho
econômico financeiro do BB em 2019 e as principais estimativas (Guidance) para o
exercício 2020.
A tabela abaixo apresenta o Guidance para o exercício 2019 e a sua
comparação com o desempenho efetivo no ano. Ressaltamos que os resultados
foram afetados pelas condições de mercado, pelo desempenho econômico do país e
dos mercados internacionais:

Guidance Realizado 2019


2019
RSPL Ajustado(¹) 7a8 7,5
Margem Financeira Bruta 11 a 15 13,0
Carteira de Crédito Ampliada - Interna(²) -9 a -6 -8,6
Pessoa Física 1a4 1,5
Pessoa Jurídica -19 a -16 -19,2
Agronegócio 4a7 2,8
7

PCLD(³) 4,5 a 4,6 4,6


Rendas de Tarifas 6a7 6,8
Despesas Administrativas 4a6 3,5
Quadro 1: Planejamento Guidance 2019
Fonte:

A performance da carteira de crédito é medida pela comparação dos saldos


ao final de 12 meses. Os indicadores relacionados ao resultado são medidos pela
comparação entre os montantes acumulados ao longo do exercício.
Em 2019, os seguintes indicadores apresentaram desvio em relação ao
esperado para o ano:
a) Carteira de Crédito Pessoa Jurídica: queda influenciada pelo efeito
combinado da contração da demanda e amortização de operações de TVM
privado;
b) Carteira de Crédito Agronegócio: desempenho impactado pelas amortizações
na carteira agroindustrial; e
c) Despesas Administrativas: resultado influenciado pelo rígido controle de
despesas.

2.2 Fontes de recursos fundamentais

O saldo médio dos passivos onerosos atingiu R$ 522.946 milhões no 2T10,


crescimento de 0,6% sobre o trimestre anterior e de 25,8% em relação ao 2T09. No
trimestre o custo médio das captações foi de 7,8%, crescimento em relação ao
percentual de 7,2% observado no 1T10 e de 7,4% no 2T09. O aumento da taxa foi
determinante para que houvesse um crescimento de 9,3% nas despesas com juros
no período.
Por sua vez, a taxa média foi influenciada pelo comportamento da TMS, que
registrou crescimento de 9,7% sobre o 1T10 e trouxe impacto principalmente sobre o
custo dos depósitos a prazo e sobre as captações no mercado aberto.
Além disso, também houve impacto cambial sobre as obrigações no exterior
(empréstimos e TVM) por conta da oscilação de moedas como o iene.
8

Como já explicado, embora o efeito cambial influencie tanto as receitas como


despesas da intermediação financeira, não traz variações relevantes para a margem
financeira bruta.
2.3 Carteira de Crédito de Agronegócios

O agronegócio é um dos principais setores da economia brasileira, tendo


fundamental importância para o crescimento do País.
O Banco do Brasil, no seu papel de agente de políticas públicas, representa
um elo entre o Governo e o produtor rural, atuando como o maior financiador do
agronegócio brasileiro em todos os segmentos e etapas da cadeia produtiva, do
pequeno produtor às grandes empresas agroindustriais.
A figura a seguir demonstra tanto a importância da participação do
agronegócio no PIB brasileiro quanto a participação dos empregos gerados pelo
agronegócio no mercado de trabalho brasileiro. 

Gráfico da Participação do agronegócio no PIB:


Fonte:

2.4 Participação do Agronegócio no PIB e no mercado de trabalho

O superávit do agronegócio encerrou o 1S10 com saldo de US$ 28.892


milhões, 7,2% superior ao verificado no mesmo período de 2021. Já balança
comercial brasileira apresentou desempenho oposto em relação ao agronegócio e
teve o saldo do superávit diminuído em 43,6% em comparação ao 1S09, com saldo
de US$ 7.899 milhões no 1S10.
9

As perspectivas do agronegócio brasileiro para 2022 são melhores que as


apresentadas em 2021 baseadas nas seguintes premissas: redução de custos com
insumos; abundância de recursos para financiamento da próxima safra; recuperação
de preços dos grãos, e; melhora no mercado de carnes (frango, suíno e bovino).

Tabela de exportações 
Fonte:

Tabela: Participação do Brasil no Agronegócio Mundial

A performance do setor nos últimos anos deve-se à busca permanente de


novas tecnologias e valorização dos serviços prestados pelos profissionais da área,
sempre visando a rentabilidade e a continuidade dos empreendimentos.
 
2.5 Agronegócios no BB

Com relação à distribuição das operações de agronegócios por região do


País, verificou-se continuidade na distribuição entre as regiões brasileiras, com as
regiões Sul e Sudeste como sendo as mais relevantes e o norte e nordeste brasileiro
continuam as regiões com menor representação.
10

Figura: Carteira de Crédito de Agronegócios por região 


Fonte:
O crédito rural financia o custeio da produção e da comercialização de
produtos agropecuários e estimula os investimentos rurais, incluindo
armazenamento, beneficiamento e industrialização dos produtos agrícolas. Ainda,
incentiva a introdução de métodos racionais no sistema de produção.
A atividade agropecuária respeita o calendário agrícola, chamado de ano-
safra, que se inicia em julho de cada ano e termina em junho do ano seguinte. Neste
contexto, a safra atual, 2022/2021, teve início em jul/21 e irá se encerrar em jun/22.
No primeiro trimestre do ano-safra, são demandados recursos para o
plantio (custeio) da safra de verão. Também neste período há concentração dos
pagamentos dos recursos de custeio emprestados na safra de verão do ano-safra
anterior. Entre outubro e dezembro a demanda por recursos de custeio continua,
porém em volume menor ao do primeiro trimestre da safra.
No terceiro trimestre da safra (janeiro a março) se inicia a demanda por
financiamentos de custeio da safra de inverno e da safra de verão das regiões
norte/nordeste.
Já no último trimestre do ano-safra ganha importância a demanda por
recursos de comercialização, pois se trata do período de colheita.
A carteira rural do SFN alcançou R$ 116.140 milhões em jun/21, elevação de
8,9% em doze meses e de 0,8% sobre mar/21. No BB, o saldo da carteira de
agronegócios atingiu R$ 70.321 milhões, crescimento de 8,4% na comparação sobre
mar/21 e de 4% em doze meses. A carteira rural representou 21,5% do total do BB
contra 26,8% em jun/20.
Na comparação trimestral, as linhas de comercialização obtiveram
crescimento mais robusto (36,8%), a própria sazonalidade das operações de
agronegócio explica essa performance.

2.6 PROGER
11

O Proger Rural é um produto que oferece crédito fixo para custeio agrícola e
pecuário, além de suporte financeiro para investimentos fixos e semifixos; e o
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, Pronaf. visa o
financiamento ao custeio da atividade agrícola. Esses dois produtos totalizaram R$
19.998 milhões em junho de 2022, crescimento de 20,5% em relação ao mesmo
período do ano anterior e de 5,9% em relação ao trimestre anterior.
O FCO Rural oferece suplemento financeiro para custeio e investimento para
o produtor rural da região Centro-Oeste. As operações desse produto tiveram queda
em doze meses (4,9%), e praticamente estabilidade (0,1%) frente à mar/10,
totalizando saldo de R$ 5.498 milhões em junho último.
Os produtos BNDES/Finame Rural têm como objetivo financiar os
investimentos em modernização de máquinas e equipamentos destinados à
produção rural. As operações com esses produtos totalizaram R$ 7.846 milhões com
variações positivas de 78,4% em doze meses e de 17,5% sobre mar/10. A linha de
BNDES Procer que financia capital de giro para as agroindústrias foi responsável por
esse desempenho.
O apoio financeiro destinado às agroindústrias que comercializam,
beneficiam ou industrializam produtos agropecuários são destacados na linha
Comer. e Ind.. de Prod. Agropecuários que encerrou jun/20 com saldo de R$ 15.684
milhões. Ressalte-se que no 4T19 houve uma reclassificação de parcela do saldo
para linha de BNDES, fato que também alterou a linha das operações de
BNDES/Finame Rural.
Os saldos dos produtos remanescentes estão consolidados na linha demais
que, no período de mar/09-mar/10 inclui o valor da carteira do BNC.
A partir de jun/20 os saldos oriundos do BNC já compõem a segmentação
mostrada na tabela a seguir.

Tabela - Carteira de Crédito de Agronegócios por linha de crédito


Fonte:
12

Em sua atuação no financiamento do agronegócio brasileiro, o Banco do


Brasil atinge todos os segmentos, desde o pequeno produtor às grandes empresas
agroindustriais. A tabela a seguir revela essa atuação, mostrando que, enquanto o
financiamento aos minis e pequenos produtores responde por 84,9% do total de
contratos (22,3% dos valores contratados), as operações com os demais agentes
apresentam 77,7% de participação nos valores contratados, e contemplam os
valores contratados na atual safra, mas não efetivamente liberados, informação essa
que está elucidada na tabela Plano de Safra 2021/2022.

Tabela - Carteira de Agronegócios por Porte 


Fonte:

2.7 Carteira de Crédito de Agronegócios por Fonte de Recursos

A principal fonte de recursos para a carteira de agronegócios é a poupança


que em jun/20 alcançou montante de R$ 36,0 bilhões, contra R$ 30,8 bilhões no
mesmo período de 2021, conforme figura acima. Esses recursos são responsáveis
por 51,3% do total. Neste trimestre, parte das operações de crédito agroindustrial
foram contratadas com recursos de poupança não equalizáveis.
O Banco utiliza as fontes de recursos da Poupança-ouro, Depósitos à Vista,
Fundo de Amparo ao Trabalhador FAT, Tesouro Nacional, Fundo de Defesa da
Economia Cafeteria Funcafé e Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-
Oeste FCO em financiamentos rurais com taxas reduzidas.
Para tornar essa intermediação viável, o Tesouro Nacional e o Fundo
Constitucional pagam ao Banco, na forma de equalização, a diferença entre o valor
cobrado do tomador do crédito, os custos da captação de risco de crédito e custos
administrativos e tributários.
Adicionalmente, são estabelecidos fatores de ponderação para os
financiamentos contratados com recursos de depósitos à vista e de poupança. O
fator de ponderação é um multiplicador que ajuda no cumprimento das exigibilidades
13

e possibilita o incremento de receitas, mediante liberação de recursos no caixa do


Banco para a livre aplicação. No gráfico a seguir mostra o histórico do recebimento
de receitas a título de equalização de taxas e fator de ponderação.

Gráfico de Recebimento de Receitas


Fonte:

2.8  Receitas de Equalização e Fator de Ponderação

Neste trimestre o saldo das receitas de equalização, incluindo fator de


ponderação, cresceu 19,1% sobre o trimestre imediatamente anterior e 38,9% em
doze meses, acompanhando o movimento de incremento de 9,0% (no trimestre) e
de 23,9% (em doze meses) no saldo dos recursos equalizáveis no mesmo período.
Em relação aos recursos não equalizáveis, novamente o crédito
agroindustrial explica o crescimento de 8,1% no trimestre, pois aproximadamente
30% desses recursos referem-se a operações agroindustriais que obtiveram bom
desempenho no trimestre.
A tabela abaixo evidencia a distribuição dos recursos equalizáveis da carteira
de agronegócios do BB:

Tabela - Recursos Equalizáveis da Carteira de Agronegócios 


Fonte:
14

O Banco possui mecanismos de mitigação do risco da carteira de custeio


agrícola. A safra, 2021/2022 encerrou com 60,7% das operações de custeio (R$
9.028 milhões) contratadas com o uso de mitigadores. Desse montante, R$ 4.493
milhões foram amparados pelo Proagro e R$ 4.535 milhões junto à empresa Aliança
do Brasil e às resseguradoras

2.9 Mercado Financeiro - Objeto social e vedações

O Banco tem por objeto a prática de todas as operações bancárias ativas,


passivas e acessórias, a prestação de serviços bancários, de intermediação e
suprimento financeiro sob suas múltiplas formas e o exercício de quaisquer
atividades facultadas às instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional.
O Banco poderá, também, atuar na comercialização de produtos
agropecuários e promover a circulação de bens.
Compete-lhe, ainda, como instrumento de execução da política creditícia e
financeira do Governo Federal, exercer as funções que são atribuídas em lei,
especialmente aquelas previstas no art. 19 da Lei n.º 4.595, de 31 de dezembro de
1964, observado o disposto nos art. 5.º e 6.º do Estatuto.
A administração de recursos de terceiros será realizada mediante a
contratação de sociedade subsidiária ou controlada do Banco.
Ao Banco é vedado, além das proibições fixadas em lei:

I – realizar operações com garantia exclusiva de ações de outras


instituições financeiras;
II – conceder empréstimos ou adiantamentos, comprar ou vender bens de
qualquer natureza a membros do Conselho de Administração, do Comitê de
Auditoria, da Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal;
III – participar do capital de outras sociedades, salvo se em percentuais
iguais ou inferiores:
a) a 15% (quinze por cento) do patrimônio líquido do próprio Banco, para
tanto considerada a soma dos investimentos da espécie; e
b) a 10% (dez por cento) do capital da sociedade participada;
IV – emitir ações preferenciais ou de fruição, debêntures e partes
beneficiárias.

As limitações do inciso III deste artigo não alcançam as participações


societárias, no Brasil ou no exterior, em:

I – sociedades das quais o Banco participe na data da aprovação do


presente Estatuto;
15

II – instituições financeiras e demais entidades autorizadas a funcionar pelo


Banco Central do Brasil;
III – entidades de previdência privada, sociedades de capitalização, de
seguros ou de corretagem, financeiras, promotoras de vendas, sociedades
de processamento de serviços de suporte operacional, e de processamento
de cartões, desde que conexas às atividades bancárias;
IV – câmaras de compensação e liquidação e demais sociedades ou
associações que integram o sistema de pagamentos;
V – sociedades ou associações de prestação de serviços de cobrança e
reestruturação de ativos, ou de apoio administrativo ou operacional ao
próprio Banco;
VI – associações ou sociedades sem fins lucrativos;
VII – sociedades em que a participação decorra de dispositivo legal ou de
operações de renegociação de créditos, tais como dação em pagamento,
arrematação ou adjudicação judicial e conversão de debêntures em ações;
e
VIII – outras sociedades, mediante aprovação do Conselho de
Administração.

Na limitação da alínea "a" do inciso III deste artigo não se incluem os


investimentos relativos à aplicação de incentivos fiscais. 
As participações de que trata o inciso VII, decorrentes de operações de
renegociação de créditos, deverão ser alienadas no prazo fixado pelo Conselho de
Administração.
Relações com a União 
O Banco contratará, na forma da lei, diretamente com a União ou com a sua
interveniência:

I – a execução dos encargos e serviços pertinentes à função de agente


financeiro do Tesouro Nacional e às demais funções que lhe forem
atribuídas por lei;
II – a realização de financiamentos de interesse governamental e a
execução de programas oficiais mediante aplicação de recursos da União
ou de fundos de qualquer natureza; e
III – a concessão de garantia em favor da União.
Parágrafo único. A contratação de que trata este artigo fica condicionada,
conforme o caso:
I – à colocação dos recursos correspondentes à disposição do Banco e ao
estabelecimento da devida remuneração;
II – à prévia e formal definição da adequada remuneração dos recursos a
serem aplicados em caso de equalização de encargos financeiros; e
III – à prévia e formal definição da assunção dos riscos e da remuneração,
nunca inferior aos custos dos serviços a serem prestados.

O Banco poderá contratar a execução de encargos, serviços e operações de


competência do Banco Central do Brasil, desde que observado o disposto no
parágrafo único do art. 5.º do Estatuto.
O BNDES Automático é uma linha de crédito com recursos alocados pelo
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
16

O BB disponibiliza o BNDES Automático para a empresa que busca


financiamento de longo prazo para implantação, ampliação, recuperação ou
modernização, com valor até R$ 20 milhões por empresa ou grupo econômico a
cada 12 meses.
Nessa linha de crédito podem ser financiados itens vinculados a projetos de
investimento, tais como obras, montagem e instalações, aquisição de máquinas e
equipamentos novos, capital de giro associado, entre outros.
17

3 CONTROLE E AUDITORIA PÚBLICA

Para o BB, os mecanismos de controles internos são imprescindíveis para a


realização dos objetivos estratégicos, para garantir a adequada aplicação das
políticas e processos de gestão de riscos e atender às expectativas dos órgãos
reguladores, dos clientes, dos funcionários, dos investidores e da sociedade.
As prioridades são constantemente discutidas e definidas a partir de
informações como relevância financeira, perdas ocorridas e relatórios de órgãos
reguladores, da Auditoria Interna e dos auditores independentes.
As práticas de controles internos são organizadas e sistematizadas para
assegurar o alcance dos objetivos em todos os níveis e processos empresariais. Os
fatores de maior sensibilidade são priorizados e as deficiências tratadas por meio de
ações corretivas monitoradas pela governança do Banco.
As áreas atuam de forma integrada e coordenada, seguindo um modelo
baseado no conceito de linhas de defesa, em que os responsáveis pelo
desenvolvimento e comercialização de produtos e serviços devem manter controles
eficazes e assegurar a conformidade com políticas e normas, tanto externas quanto
internas.
O monitoramento da eficácia dos procedimentos é realizado por uma diretoria
independente e pela Auditoria Interna, que realiza auditorias periódicas e
independentes.

3.1 Estrutura e Processos de Gestão de Risco

Esses fatores influenciaram para que os órgãos reguladores e as instituições


financeiras investissem na gestão dos riscos, visando o fortalecimento da saúde
financeira dos bancos e a prevenção contra os efeitos prejudiciais ao sistema
financeiro, e alinhado com essa perspectiva, o Banco do Brasil definiu os principais
riscos a que está exposto e estabeleceu áreas específicas para o seu
acompanhamento e gestão.
18

As principais categorias são: Risco de Mercado, Risco de Liquidez, Risco de


Crédito, Risco Operacional, Risco Legal, Risco de Conjuntura, Risco de Imagem,
Risco Socioambiental.

3.2 Gerenciamento de riscos  

O gerenciamento de riscos no Conglomerado Financeiro do Banco do Brasil


contempla de forma abrangente os riscos de crédito, mercado, liquidez e
operacional. As atividades de gerenciamento são realizadas por estruturas
específicas e especializadas, conforme objetivos, políticas, estratégias, processos e
sistemas descritos em cada um desses riscos.
Não obstante as atividades estarem focadas nos riscos de crédito, mercado,
liquidez e operacional, o Banco adota mecanismos para garantir a suficiência de
capital para cobertura de outros riscos incorridos.
Com o objetivo de prevenir, corrigir ou inibir fragilidades que possam gerar
riscos para o BB, assim como reduzir perdas e fortalecer a cultura de riscos, utiliza-
se como instrumento de gestão a ferramenta denominada Recomendação Técnica
de Risco (RTR), emitida às áreas gestoras de processos ou produtos quando
identificada necessidade de adoção de ação de mitigação de perdas, assim como
para garantir o cumprimento das responsabilidades definidas nas fases de gestão de
riscos.

3.3 Governança Corporativa

A governança no Banco do Brasil define uma ampla visão sobre princípios e


práticas que contribuem para fortalecer a transparência de sua gestão e aumentar
seu valor institucional. Essas diretrizes são constantemente atualizadas em
decorrência de alterações legais ou estatutárias.
O BB mantém a adoção das melhores práticas em governança corporativa,
que asseguram o equilíbrio de direitos entre acionistas, a prestação de contas aos
investidores e à sociedade, a ética no trato com os diversos públicos e a
sustentabilidade dos negócios suportadas pela utilização de ferramentas de
monitoramento que alinham o comportamento dos executivos aos interesses de
seus públicos e acionistas e da sociedade em geral.
19

Desde 2006, o Banco do Brasil integra o Novo Mercado da BM&F Bovespa,


segmento de listagem que reúne empresas sujeitas às mais rigorosas práticas de
governança corporativa. Além disso, está listado nos Índices de Sustentabilidade
Empresarial (ISE), de Ações com Tag Along Diferenciado (Itag) e de Ações com
Governança Corporativa Diferenciada (IGC).
Em 2012, o BB despontou pela primeira vez no Índice Dow Jones de
Sustentabilidade (DJSI), da Bolsa de Nova Iorque, onde se manteve em 2014, fato
que impulsiona ainda mais sua inserção no cenário internacional.
Na estrutura de governança corporativa do Banco do Brasil estão presentes o
Conselho de Administração, composto por 8 membros, assessorado pelos Comitês
de Auditoria e de Remuneração e pela Auditoria Interna, e a Diretoria Executiva,
composta pelo Conselho Diretor (Presidente e 9 Vice-Presidentes) e por 27
Diretores Estatutários. O BB mantém ainda, em caráter permanente, um Conselho
Fiscal composto por 5 membros titulares e 5 suplentes.

3.4 Transparência na Gestão

Em meio aos inúmeros desafios presentes no dia a dia dos administradores


públicos, está a responsabilidade pelo planejamento de gastos e pela
democratização do acesso às informações referentes à destinação dos recursos,
confirmando a importância da Lei de Acesso à Informação, Lei de Responsabilidade
Fiscal, Lei de Transparência, e do próprio Princípio Constitucional da Publicidade, a
transparência da gestão pública é valorizada pela sociedade, que procura se sentir
incluída na administração estadual.
O Banco do Brasil dispõe de soluções que potencializam a transparência das
ações da administração pública, abrindo um canal de informação para o cidadão.
Oferece instrumentos que favorecem o acompanhamento da gestão, contribuindo
para impulsionar a credibilidade do governo estadual e confirmar a percepção de
que a gestão pública é eficiente, moderna e democrática.

3.5 Crédito para Governo

O Banco do Brasil vem se empenhando para atender os estados, o Distrito


Federal e os municípios em suas demandas, buscando apresentar soluções aos
20

entes públicos, que viabilizem suas políticas públicas por meio de investimentos em
setores como mobilidade urbana, saúde, educação e segurança pública, de modo a
contribuir com o desenvolvimento do País e gerar benefícios efetivos para a
população das localidades atendidas.
No 1T17, foram desembolsados R$ 30 milhões para os estados e
municípios. Segundo a Circular Bacen nº 3.644/2013, artigo 37, deve ser aplicado
Fator de Ponderação de Risco (FPR) de 0% à parcela de exposição coberta por
operações de crédito com garantias prestadas pelo Tesouro Nacional, não havendo
assim, comprometimento de capital.

3.6 Dados Econômico-financeiros

As demonstrações contábeis consolidadas do Banco do Brasil relativas aos


exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2014, 2015 e 2019 foram
preparadas e auditadas de acordo com as Normas Internacionais de Relatório
Financeiro (IFRS), emitidas pelo Internacional Accounting Standards Board com as
interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretation
Committee e pelos respectivos órgãos antecessores, na data de encerramento dos
exercícios sociais.
As demonstrações contábeis consolidadas do Banco do Brasil elaboradas em
BRGAAP foram auditadas de acordo com as normas brasileiras e internacionais de
auditoria, e refletem os ativos, passivos, receitas e despesas do Conglomerado.
Todas as transações intragrupo e resultados não realizados nas transações entre as
companhias foram eliminados na consolidação.
As participações de acionistas não controladores são apresentadas no
Balanço Patrimonial Consolidado como um componente segregado do patrimônio
líquido. O lucro líquido atribuível a acionistas não controladores é evidenciado
separadamente na Demonstração do Resultado Consolidado e na Demonstração do
Resultado Abrangente Consolidado.
Demonstrações do Balanço Patrimonial (parcial 2020 e comparativo dos
outros anos)

Ativo 30/06/2020 30/06/2019 30/06/2015 30/06/2014


21

Ativo Total 1.503,1 B 1.551,5 B 1.461,0 B 1.344,6 B


Ativo
837,0 B 820,1 B 726,6 B 739,0 B
Circulante
Ativo
Realizável
625,0 B 691,5 B 693,6 B 570,7 B
a Longo
Prazo
Ativo
Permanent 41,1 B 40,0 B 40,7 B 34,9 B
e
Critério de Individualizad Individualiz
Individualizada Individualizada
Consolidação a ada
Critério de
IFRS IFRS IFRS IFRS
Elaboração
Passivo e
Patrimônio 30/06/2020 30/06/2019 30/06/2015 30/06/2014
Líquido
Passivo Total 1.503,1 B 1.551,5 B 1.461,0 B 1.344,6 B
Passivo
1.108,6 B 1.060,4 B 959,5 B 886,8 B
Circulante
Passivo
Exigível a
314,4 B 418,1 B 429,1 B 388,0 B
Longo
Prazo
Resultados
de
0,4 B 0,4 B 0,4 B 0,4 B
Exercícios
Futuros
Patrimônio
79,7 B 72,6 B 71,9 B 69,4 B
Líquido
Critério de Individualizad Individualiza
Individualizada Individualizada
Consolidação a da
22

Critério de
IFRS IFRS IFRS IFRS
Elaboração

Demonstração do Resultado (2019/2015/2014)


Demonstração do Resultado 31/12/2019 31/12/2015 31/12/2014
Receitas da Intermediação 168.039,2
182.368,9 M 137.778,6 M
Financeira M
Despesas da Intermediação -134.531,2
-159.904,0 M -105.909,4 M
Financeira M
Resultado Bruto
33.508,1 M 22.464,8 M 31.869,2 M
Intermediação Financeira
Outras Despesas/Receitas -22.617,6
-12.327,3 M -16.264,7 M
Operacionais M
Resultado Antes dos Tributos
10.890,4 M 10.137,5 M 15.604,5 M
sobre o Lucro
Imposto de Renda e
Contribuição Social sobre o -2.230,8 M 5.660,5 M -2.261,0 M
Lucro
Resultado Líquido das
8.659,6 M 15.798,0 M 13.343,5 M
Operações Continuadas
Resultado Líquido das
0,0 M 0,0 M 0,0 M
Operações Descontinuadas
Lucro/Prejuízo Consolidado
8.659,6 M 15.798,0 M 13.343,5 M
do Período
Atribuído a Sócios da
7.027,3 M 14.069,6 M 11.853,1 M
Empresa Controladora
Atribuído a Sócios Não
1.632,3 M 1.728,5 M 1.490,4 M
Controladores
Lucro por Ação - (R$ / Ação) - - -
Critério de Consolidação Consolidada Consolidada Consolidada
Critério de Elaboração IFRS IFRS IFRS
23

3.7 Gestão da Ética e Compliance

Devido aos riscos que se possa surgir em todo o processo administrativo da


instituição do BB, o Conselho de Administração aprovou o Programa de Integridade,
que congrega as ações adotadas pela instituição para prevenir, detectar e punir
práticas de atos lesivos qualificáveis como corrupção contra a administração pública,
nacional ou estrangeira, praticados por um funcionário ou terceiro no interesse ou
benefício do Banco.
O programa incluiu a participação de todas as Unidades Estratégicas, que
realizaram a avaliação de seus processos e identificaram situações em que podem
ser enquadrados como potenciais autores ou vítimas de corrupção, o grau de risco
envolvido e as correspondentes ações mitigadoras possíveis resultados da avaliação
contribuirá para o aperfeiçoamento dos controles.
Também validaram o Planejamento de Prevenção e Combate à Corrupção
para 2019-2020 e o Planejamento de Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro
e ao Financiamento do Terrorismo (PLD/FT). Divulgaram Política Específica de
Controles Internos e Compliance internamente e para as Entidades Ligadas (ELBB),
patrocinadas e Fundações. Foi realizado um levantamento sobre o gerenciamento
de riscos com foco na prevenção e no combate à corrupção nas 61 principais ELBB.
A gestão da ética reforça um dos mais importantes valores corporativos e
consolida a integridade e transparência na condução dos negócios, além de
explicitar o comprometimento e o respeito em relação aos públicos com os quais se
relacionam.
Os desafiadores cenários político e econômico do País os levaram a dedicar
ainda mais atenção, recursos e esforços para aprimorar os instrumentos de controle
e combate às práticas ilícitas e manter o cumprimento das obrigações legais.
Investiram firmemente em educação e comunicação para difundir políticas, ações e
expectativas em relação ao comportamento de todos os administradores e
funcionários do BB.
Além disso, contaram com um modelo estruturado de controles internos e
com normas e procedimentos já estabelecidos para o tratamento de possíveis casos
de desrespeito ao Código de Ética e Normas de Conduta, políticas ou regulamentos.
Para ter mais notoriedade participaram do Fórum Nacional da Ética nas Empresas
24

Estatais e do Grupo de Trabalho do Pacto Empresarial pela Integridade e contra á


Corrupção promovido pelo Instituto Ethos.

3.8 Código de Ética e Normas de Conduta

Anualmente, ou sempre que ocorrerem revisões, os administradores e


funcionários do BB, dentro ou fora do País, devem realizar a leitura e aceite do
Código de Ética e Normas de Conduta. Por meio de comunicados e informativos,
elucidam a aplicação das diretrizes éticas na empresa, apontando bons exemplos e
desvios detectados, e incentivam os empregados a reportarem situações suspeitas à
Ouvidoria Interna.
Em 2019, criaram, no portal desse órgão, um link para esclarecimento de
dúvidas quanto à aplicação do código, que são sanadas pelos Comitês Estaduais de
Ética. Os empregados podem recorrer também ao Sistema Eletrônico de Prevenção
de Conflito de Interesses (SeCI), do Ministério da Transparência, Fiscalização e
Controladoria Geral da União, para dúvidas sobre esse tema, como, por exemplo, as
relacionadas ao exercício de atividade profissional paralela.
O descumprimento das diretrizes do Código de Ética e das Normas de
Conduta do BB pode resultar em sanções, de acordo com a gravidade da
ocorrência, suas circunstâncias e o nível de participação de cada envolvido. As
penalidades incluem desde o termo de ciência até a demissão por justa causa. Pois
todos os funcionários que exercem atividades-fim são próprios e têm contrato de
trabalho permanente em regime de tempo integral, já que o ingresso no quadro de
funcionários ocorre mediante aprovação em concurso público, e o recrutamento
externo é realizado por meio de edital. Esse processo é efetuado por entidade
externa de acordo com a legislação vigente.
25

4 AUDITORIA

4.1 Resumo do Relatório do Comitê de Auditoria

O Comitê de Auditoria do Banco do Brasil, órgão estatutário de


assessoramento do Conselho de Administração, tem suas atribuições definidas pela
Lei 13.303/2019, Decreto Regulamentar nº 8.945/2019 e Resolução CMN
3.198/2004, além de outras designadas por aquele Conselho.
O Banco do Brasil optou pela constituição de comitê de auditoria único para o
Banco Múltiplo e as seguintes subsidiárias: BB DTVM Gestão de Recursos -
Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A., BB Banco de Investimento S.A.,
BB Leasing S.A. - Arrendamento Mercantil, BB Administradora de Consórcios S.A.,
BB Administradora de Cartões de Crédito S.A. e Besc Distribuidora de Títulos e
Valores Mobiliários S.A.
Os administradores do Banco do Brasil e de suas subsidiárias são
responsáveis por elaborar e garantir a integridade das demonstrações contábeis,
gerir os riscos, manter sistema de controles internos efetivos e zelar pela
conformidade das atividades às normas legais e regulamentares.
A Auditoria Interna responde pela realização de trabalhos periódicos, com
foco nos principais riscos a que o Conglomerado está exposto, avaliando, com
independência, as ações de gerenciamento desses riscos e a adequação da
governança e dos controles internos, por meio de verificações quanto a sua
qualidade, suficiência, cumprimento e efetividade.
A KPMG Auditores Independentes é responsável pela auditoria das
demonstrações contábeis do Banco Múltiplo e das subsidiárias abrangidas pelo
Comitê de Auditoria, além de outras empresas que integram o Conglomerado Banco
do Brasil. Avalia, também, no contexto desse trabalho, a qualidade e adequação dos
26

sistemas de controles internos e o cumprimento de dispositivos legais e


regulamentares.
A Auditoria Interna também avalia a aderência às políticas socioambientais e
aos compromissos com a sustentabilidade assumidos pelo Banco, a exemplo dos
Princípios do Equador. Quando constatada necessidade de aprimoramento, são
implementadas as ações corretivas. Os auditores independentes verificam nossas
demonstrações financeiras, respeitando-se o prazo de cinco anos para substituição
dos responsáveis técnicos por esse processo e as demais obrigações previstas pela
Resolução CMN nº 3.606/2008 e suas alterações posteriores.

4.2 Principais Atividades da Auditoria

O Comitê de Auditoria realizou 105 reuniões, em cumprimento ao seu plano


de trabalho, com o Conselho de Administração, Conselho Fiscal, Banco Central do
Brasil, representantes da alta administração e executivos do Banco, além das
atividades internas.
Nessas reuniões abordou, em especial, assuntos relacionados ao sistema de
controles internos, aspectos contábeis, carteira de crédito, provisões, perdas
operacionais, processos de gestão de riscos e de capital, prevenção e combate à
lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, resultado atuarial, transações
com partes relacionadas, ética corporativa, ouvidoria, dependências no exterior,
entidades ligadas e recomendações emitidas pelas auditorias interna e
independente e por órgãos externos de fiscalização.
Nas situações em que identificou necessidades de melhoria, recomendou
aprimoramentos. Manteve diálogo com as equipes das auditorias interna e
independente, oportunidades em que apreciou os seus planejamentos, conheceu os
resultados dos principais trabalhos e examinou suas conclusões e recomendações.

4.3 Conclusão da Auditoria

Revisou os relatórios das administrações, as demonstrações contábeis e


notas explicativas e discutiu com o auditor independente seu relatório, datado de
09/08/2020, emitido sem ressalva. E já com base nas atividades desenvolvidas e
27

tendo presente às atribuições e limitações inerentes ao escopo de sua atuação, o


Comitê de Auditoria concluiu que:
a) o sistema de controles internos é adequado ao porte e à complexidade dos
negócios do Conglomerado e objeto de permanente atenção por parte das
administrações;
b) a Auditoria Interna é efetiva e desempenha suas funções com independência,
objetividade e qualidade;
c) a Auditoria independente é efetiva e não foram identificadas ocorrências que
pudessem comprometer sua independência; e
d) as demonstrações contábeis do semestre findo em 30/06/2020 foram
elaboradas em conformidade com as normas legais e com as práticas
contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às instituições autorizadas a
funcionar pelo Banco Central, e refletem, em todos os aspectos relevantes, a
situação patrimonial e financeira naquela data.
28

5 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

5.1 Responsabilidade Socioambiental do BB

Sobre o tema desenvolvimento sustentável, a empresa aqui estudada


apresentou ideias e condutas que demonstram preocupação com o impacto
ambiental, a responsabilidade socioambiental do BB é uma política empresarial que
propõe incorporar os princípios do desenvolvimento sustentável no planejamento de
suas atividades, negócios e práticas administrativas, envolvendo os seus públicos de
relacionamento.
Como estratégia, o BB busca promover o desenvolvimento de comunidades, a
partir da colaboração de atividades produtivas economicamente viáveis, socialmente
justas e ambientalmente corretas, sempre observada e respeitada a diversidade
cultural.

5.2 Público Alvo

Em seu público-alvo estão as pessoas físicas e jurídicas envolvidas em


atividades produtivas, qualquer que seja o nível de organização em que se
encontrem, tendo como objetivo: Promover a inclusão socioprodutiva, por meio da
geração de trabalho e renda; Fortalecer a agricultura familiar e o empreendedorismo
urbano; Impulsionar o associativismo e o cooperativismo; Ampliar a inclusão
financeira e os negócios sociais; Estimular o protagonismo local.

5.3 Princípios éticos e socioambientais


29

A responsabilidade socioambiental do BB tem como argumento a crença na


viabilidade de se conciliar o atendimento aos interesses dos seus acionistas com o
desenvolvimento de negócios social e ecologicamente sustentáveis. Mediante o
estabelecimento de relações eticamente responsáveis com seus inúmeros públicos
de interesse, interna e externamente. Esses compromissos, definidos pelo Conselho
Diretor e pelo Conselho de Administração do Banco do Brasil e assumidos por toda
a organização, estão expressos na Carta de Princípios de Responsabilidade
Socioambiental e no Código de Ética do Banco do Brasil.

5.4 Agenda 21

Agenda 21 foi o documento mais abrangente que resultou na conferência do


Rio-92 e selou um compromisso entre as nações participantes. Apresenta-se, tanto
para o poder público como para a sociedade civil e os setores econômicos, como um
grande guia para a promoção de ações que estimulem a integração entre o
crescimento econômico, a justiça social e a proteção ao meio ambiente. Sua
principal estratégia é propor soluções e alternativas em favor do desenvolvimento
sustentável e deve ser compreendida como um instrumento que conjuga
participação e transformação social.
O Banco assume, com esta iniciativa, o papel orientador e catalisador no
processo de criação das agendas 21 empresariais em nível nacional, estimulando
outras empresas a se engajarem na questão. O Banco assina, ainda, protocolo com
o MMA no sentido de disseminar a Agenda 21 nos projetos de Desenvolvimento
Regional Sustentável.
A Agenda 21 do Banco do Brasil expressa o compromisso do BB com o
sucesso da Agenda 21 Global, que é um plano de ação para ser adotado, global,
nacional e localmente, por organizações do sistema das Nações Unidas, governos e
pela sociedade civil, constituindo-se na mais abrangente tentativa já realizada de
orientar para um novo padrão de desenvolvimento para o século XXI, cujo alicerce é
a sinergia da sustentabilidade ambiental, social e econômica.

5.5 O Reconhecimento Social das Ações do BB


30

Toda empresa deseja ter sua atuação reconhecida e legitimada pelos


públicos com os quais se relaciona. Em 2004, a revista Carta Capital divulgou
classificação com as 80 empresas percebidas como as mais socialmente
responsáveis no País. O BB ficou em 3º lugar, em companhia da Petrobras e da
Natura, 1º e 2º lugares, respectivamente.
Além disso, o Banco do Brasil recebeu os seguintes prêmios, certificações ou
destaques diretamente relacionados à sua postura de responsabilidade
socioambiental: Selo Ibase - O Selo Balanço Social Ibase demonstra o compromisso
da empresa com a qualidade de vida dos funcionários, da comunidade e do 78 meio
ambiente. Prêmio Guia de Boa Cidadania Corporativa da Revista Exame – É
concedido a projetos desenvolvidos ou apoiado por empresas e fundações
empresariais, na área de responsabilidade social; Prêmio Mauá 2003 – Prêmio
concedido à melhor companhia de capital aberto do ano; Prêmio Faz Diferença 2004
– A FBB recebeu, pelo conjunto dos seus projetos, o prêmio Faz Diferença na
categoria Razão Social, que seleciona empresas e iniciativas que se destacaram por
sua responsabilidade social; Prêmio Mário Henrique Simonsen – O Centro Cultural
Banco 79 do Brasil Rio de Janeiro (CCBB-Rio) recebeu em agosto de 2005, da
Comissão de Defesa da Pessoa Portadora de Deficiência, o prêmio Excelência em
Balanço Social 2004, instituído pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de
Janeiro; Prêmio Balanço Social 2001, 2002, 2003, 2004 e 2005 – Em agosto de
2006, o BB recebeu, pela quinta vez consecutiva, o Prêmio Balanço Social como
vencedor da Região Centro-Oeste; Selo Empresa Amiga da Criança – O Banco do
Brasil mantém, desde 2004, o selo Empresa Amiga da Criança, da Fundação Abrinq,
consagrada internacionalmente pela atuação no combate ao trabalho infantil e pelas
ações de apoio às crianças brasileiras.
Enfim podemos concluir que a empresa pesquisada atua com bastante
dinamismo no quis diz respeito a técnicas de Desenvolvimento Sustentável.
31

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Banco do Brasil busca disseminar a cultura da responsabilidade


ambiental, individual e coletiva, entre colaboradores, equipes de vendas,
fornecedores, prestadores de serviços e consumidores. Tem a transparência, a
ética, a responsabilidade socioambiental e o compromisso com o desenvolvimento
sustentável como orientadores das práticas administrativas e negociais e dos
relacionamentos com os públicos de interesse. (Política Geral de Escopo
Institucional). Capacita colaboradores para a prática da sustentabilidade nas
atividades profissionais e estende esse compromisso às parcerias com
fornecedores, inclusive por meio de cláusulas contratuais. Desenvolve ações de
educação ambiental e treinamento sobre a prática da responsabilidade ambiental
para colaboradores, estimulando o debate; e promove campanhas internas dirigidas
a familiares de colaboradores e à comunidade do entorno imediato da empresa; e
participa ou apoia projetos e programas de educação ambiental voltados para a
sociedade em geral.
Detectam as potencialidades locais de forma padronizada e dinâmica,
utilizando informações públicas e de banco de dados próprio, buscando fortalecer
parcerias com o governo, empresas e sociedade em ações que interessam a todos.
A padronização permite que todas as agências atuem em DS, independente de
características especiais, porte ou localização.
Dispõe de soluções que potencializam a transparência das ações da
administração pública, abrindo um canal de informação com o cidadão. Oferece
instrumentos que favorecem o acompanhamento da gestão, contribuindo para
32

impulsionar a credibilidade do governo municipal e confirmar a percepção de que a


gestão pública é eficiente, moderna e democrática.
As decisões, em qualquer nível da Empresa, são tomadas de forma colegiada
(ressalvadas as situações em que uma estrutura organizacional mínima não o
permita). Com o propósito de envolver todos os executivos na definição de
estratégias e aprovação de propostas para os diferentes negócios do Banco do
Brasil, a Administração utiliza comitês de nível estratégico, que garantem agilidade,
qualidade e segurança à tomada de decisão.

7 REFERÊNCIAS

ALMEIDA, E. R. Finanças e mercados. 2019. Disponível em:


<http://www.econoinfo.com.br/financas-e-mercados/demonstracoes>. Acesso em:
18 de nov. 2021

THEODORO, R. T. Notícias sobre o Banco do Brasil. 2020. Disponível em:


<http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/banco-do-brasil>. Acesso em: 18 de
nov. 2021.

BANCO DO BRASIL. Portal Banco do Brasil. Disponível em:


<http://www.bb.com.br/portalbb/page>. Acesso em: 18 de nov. 2021.

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