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Trabalho apresentado para obtenção do título de especialista

em Gestão Estratégica de Negócios – 2015

Parceria Público Privada – Uma aplicação na área de educação

Arthur Medeiros de Oliveira ¹; Angel dos Santos Fachinelli Ferrarini².

1
Rua jaracatiá,165 – Jd. Umarizal – CEP 05754-070 – São Paulo (São Paulo) - Brasil
2
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – Doutoranda em Economia Aplicada - Avenida Pádua
Dias, 11 – CEP 13418-900 – Piracicaba (São Paulo) – Brasil.

* Autor correspondente tuko_medeiros@hotmail.com

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PARCERIA PUBLICO PRIVADA – Uma aplicação na área da educação

Resumo
Com a escassez de recursos financeiros públicos e a grave grise política, nos
deparamos com a dificuldade de encontrar meios para investir em infraestrutura
necessária para o avanço do país. Mediante ao cenário adverso surge como saída as
concessões de serviços públicos por meio das concessões. O trabalho visa
demonstrar as vantagens desse método de investimento, seu surgimento e
funcionamento como parceiro do poder público. O método utilizado foi um estudo de
caso do Projeto Inova BH, que consiste na construção e reforma de escolas públicas
na cidade de Belo Horizonte e apresentou como principal resultado a viabilidade para
ambas as partes destas parcerias, e como pode ser proveitoso tanto para a economia
quanto para o desenvolvimento social.

PPP - PUBLIC PRIVATE PARTNERSHIP – An application in the education


area

Abstract
With the scarcity of public funding and the serious political grise, we are faced
with the difficulty of finding means to invest in necessary infrastructure for the country's
advancement. By the adverse scenario arises as output the concessions of public
services through concessions. The work aims to demonstrate the advantages of this
method of investment, its appearance and function as a partner of public authorities.
The method used was a case study of Inova BH Project, which consists of the
construction and renovation of public schools in the city of Belo Horizonte and
presented as main result the feasibility for both parties these partnerships, and how it
can be beneficial both to the economy as for social development.

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Introdução

O Brasil vive um dos piores momentos socioeconômicos de sua história,


mesmo com esse cenário é necessário o desenvolvimento de áreas estruturas da
população como saúde, educação, transporte. Um dos maiores problemas enfrentados
é a burocracia enfrentada pelas autoridades no desenvolvimento de projetos e
também no planejamento das obras.
Segundo Mukai (2005) a regulamentação das parcerias público-privadas pela
Lei federal no 11.079, de 30.12.2004, veio contribuir com suas disposições para
ampliar as discussões e alimentar o fogo em que são aquecidos os ingredientes que
fazem da mistura interesse público e interesse privado material antagônico de alta
combustão.
Pavani e De Andradre (2006) descreveram que as parcerias são motivadas
tanto pela necessidade de retomada dos investimentos nas infraestruturas necessárias
ao processo de desenvolvimento nacional, quanto pela necessidade de se fomentar
novas formas de financiamento desses investimentos.
Uma das questões polêmicas na área da educação e que se encontra
presente na Constituição Federal (CF) de 1988 é o princípio educacional da gestão
democrática. A definição das políticas educacionais dos diferentes sistemas de ensino
– federal, estaduais e municipais – também tem como pressuposto uma ação mais
solidária entre as esferas públicas, uma vez que o sistema federativo implica
colaboração e distribuição, a mais equitativa possível, de responsabilidades e tarefas
entre elas (ARELALO, 2007).
Essas discussões entre parcerias público e privadas na educação são
impasses na gestão dos sistemas escolares no Brasil, sendo que, na ausência de
condições públicas para efetivá-las, estabelecem as parcerias público-privado (PPP)
que implementam a lógica do mercado nas orientações dadas às escolas e nos
sistemas públicos de ensino. Diante desta situação, o trabalho visa demonstrar que
neste momento os governos podem utilizar apoio da iniciativa privada através de
Parcerias Público Privada – PPP para melhorar a condição socioeconômica, educativa
e cultural das famílias e sociedade.
Assim, através de um estudo de caso sobre o Projeto Inova BH, que consiste
na construção e reforma de escola públicas, buscou-se demonstrar a viabilidade

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destas parcerias tanto para o poder público, quanto para iniciativa privada e o quão
proveitoso pode ser o conhecimento das empresas no desenvolvimento social.

2. Materiais e Métodos

A concessão pode ocorrer em vários setores públicos como: saúde,


transporte, administração de empesas públicas. Trata-se de uma administração
indireta onde o concessionário deve manter o objetivo principal do serviço público por
um tempo determinado por contrato.

2.1 Concessão no Brasil

O módulo de concessão no Brasil foi instituído pela lei 8.987/95, pelo então
presidente Fernando Henrique Cardoso, mas acredita-se que muitos serviços já eram
desenvolvidos na época da monarquia, onde o Estado somente responsável pelas
áreas de iluminação pública, estrutura portuária e também saneamento (BRAGA,
2015).
O primeiro ato que regulamento as atividades desenvolvidas pela iniciativa
privada foi o chamado Código das Águas, decreto n. 24.643, assinado em 10 de julho
de 1934. Os contratos de concessão tomaram muita força na época do chamado
Estado Social, quando ficou constatado a necessidade de melhoria e investimentos no
serviço, sendo necessária a especialização visando à produtividade e também se
apoiando em empresas privadas que detém o Know-How do assunto, disponibilizando
um material intelectual mais confiável.
Estes traços iniciais da concessão de serviço público foram, entretanto, sendo
alterados, entre outras causas, pelas cláusulas de garantias de juros e pela aplicação
da teoria da imprevisão, levando o Estado a participar dos prejuízos advindos com a
outorga da concessão.
Voltou o poder público a utilizar o instituto da concessão para outorgá-la a
entes da Administração indireta ou descentralizada e não ao setor privado, segundo o
modelo clássico. Na quadra final do século passado, as alterações efetuadas por
conta da chamada Reformam do Estado levaram a um desmonte do Estado prestador,
produtor, interventor e protecionista, e a um redimensionamento de sua atuação como
agente regulador da atividade econômica, constituindo-se a privatização e a
desregulação nos dois remédios mais importantes da receita neoliberal.

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Diversificaram-se os modos de prestação de serviços públicos, observando-


se, nas últimas décadas, o surgimento de novos tipos de ajuste, decorrentes de
consenso, acordo, cooperação, emergindo o termo parceria, vinculado à
contratualização, para abranger os diversos ajustes que expressam a colaboração
entre entidades públicas ou entre entidades públicas e setor privado, ou, ainda, entre
todas estas partes, envolvendo, assim, uma pluralidade de atores (MEDAUAR, 2003).
Não é de hoje que os contratos de concessão são utilizados, mas o intuito de
diminuir o aparelhamento público e aumentar à qualidade dos serviços prestados à
população, sim é mais atualizado. O estado atualmente não se responsabiliza pela
rentabilidade do contrato estabelecido, cabendo a concessionaria a correta
administração deste serviço a fim de competitividade com o mercado, cabendo os
prejuízos no caso de um mau planejamento das ações.
O que pode afastar o interesse das empresas em participarem de obras
públicas, é a confiança de que o contrato será rigidamente respeitado por parte do
governo. As garantias propostas pelo governo devem ser bem analisadas para que
não haja surpresas futuras.

2.2 Parceria Público Privada (PPP)

A modalidade de PPP se encaixa nas concessões do tipo especial, de acordo


com a lei 11.079/2004, podem ser utilizados dois tipos de contratos, Contrato de
Concessão Patrocinada e Contrato de Concessão Administrativa.
As PPP´s possuem algumas limitações, como os contratos que devem
possuir um mínimo de R$ 20 Milhões envolvidos no processo, o período do contrato
não pode ser inferior a 5 anos e que o objetivo do contrato não seja o lucro para as
empresas, mas a prestação de serviços, fornecimento e instalação de equipamentos
ou a execução de obra pública.
Este modo de contrato é de suma importância para o crescimento do país,
mediante a dificuldade de uma gestão com qualidade, a iniciativa privada surge como
componente essencial para qualificar áreas importantes como por citado por Oliveira
(2015) exemplo:
i) Recursos humanos, limitada nas formas de ingresso, desenvolvimento
de carreiras, qualificação, meritocracia, desigualdades salariais e de vantagens nas
gratificações e na previdência, produtividade, isonomia salarial e inadequada garantia
de estabilidade no emprego público em flagrante contradição com a precariedade dos
empregos privados,

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ii) Contratações de bens e serviços, limitados pela anacrônica Lei 8.666,


limitados a uma fiscalização formal hipertrofiada face a uma verdadeira displicência na
gestão dos contratos e garantia de qualidade no fornecimento dos bens e serviços
posterior ao rigor dos processos licitatórios;
iii) Graves limitações ao financiamento, o Estado brasileiro só acessa
crédito para investimentos em obras físicas, e os Governadores precisam cingir seus
programas à oferta dos agentes financiadores e do orçamento da União, que dessa
maneira limitam extraordinariamente a ação dos Estados e município;
iv) Completa inviabilidade de gestão moderna de riscos e acesso a
inovações tecnológicas;
v) Ciclos políticos muito curtos que impedem o amadurecimento de boas
práticas corporativas pela ingerência política na gestão empresarial
Mas para que haja a oportunidade de a iniciativa privada colaborar, deve
haver condições financeiras para tal. A alavancagem por créditos, todavia, passa por
uma restrição interna do país, eis que o tomador preferencial de crédito – as grandes
empreiteiras que conduzem os principais projetos de concessões e concessões sob
PPP financiadas até aqui –, já estava chegando aos limites de alavancagem de seus
balanços. Ou a níveis elevados de concentração de riscos nas carteiras do banco de
fomento ou dos demais bancos púbicos ou privados que repassavam recursos ou
proviam estas empresas de recursos-ponte até que chegasse ao fim o longo processo
de liberação dos recursos do BNDES (RODRIGUES, 2015).
Em um cenário normal, as dívidas dessas empresas junto aos bancos
poderiam ser cedidas a fundos de direitos creditórios estruturados exclusivamente
para este fim ou poderiam ser comprados a valor de mercado lastreando emissão de
debêntures a serem carregadas por empresas constituídas para este fim ou por fundo
que carregasse estas debêntures, ao lado de uma série de outras estruturações
voltadas a diminuir a alavancagem financeira dos bancos e das empresas sobre
tomadas em seus limites de alavancagem.
Ocorre que muitas dessas empresas também estão enfrentando dificuldades
por estarem sendo investigadas em processos judiciais que podem vir a lhes criar
situações onde se defrontem com a liquidação antecipada de suas dívidas. Tal fato,
aumenta o risco para tomada de créditos ou dificulta acesso a novos mercados ou,
mesmo pelo risco de virem a se ser consideradas inidôneas para operar com o Poder
Concedente de atividades concessionadas.

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A vantagem para as empresas do setor privado é a possibilidade não obter


riscos comerciais, pois o contrato já estabelece previamente o montante, as
características e o valor do serviço a ser prestado (MENDES, 2012). Sendo assim a
viabilidade e os riscos do negócio podem ser antecipadamente calculados evitando
prejuízos financeiros, desgaste de relacionamento com o cliente.
Todavia, o poder público concedente, também passa por dificuldades que não
são menores: de um lado, a contração fiscal, seja pela desaceleração da economia
(que reduz arrecadação). De outo lado, a deterioração das contas de custeio (rubrica
de pessoal acima dos limites de alerta e de prudência da Lei de Responsabilidade
Fiscal e a explosão das contas de energia e de iluminação pública, que são as mais
importantes para os entes federados) além do endividamento bruto oneroso, o que,
em conjunto, contrai os seus agregados de investimento. (RODRIGUES, 2015)
Embora esta situação até amplie as oportunidades para as atividades de
parcerias e de concessão plenas, é, sobretudo, na situação das concessões sob PPP
(que exigem contraprestações e necessidades de eventuais aportes por parte dos
entes federados) que a restrição das finanças públicas se torna mais gravosa. Assim
pode-se citar dois tipos de concessão principal: as concessões patrocinadas e as
concessões administrativas, esboçadas a seguir.
No artigo 2, inciso 1o, diz que Concessão patrocinada é a concessão de
serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei no 8.987, de 13 de fevereiro
de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários
contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.
Nesta modalidade o Estado não será o usuário do produto, apenas utiliza o
Know-how de empresas ou consórcios de empresas, para construção e/ou
implantação de benfeitorias de infraestrutura ou serviços destinados a população.
Quanto a remuneração ou contraprestação, o Art. 6º determina que poderá ser feito
através de:
• Ordem Bancário - Documento destinado ao pagamento de
compromissos, bem como a liberação de recursos para fins de adiantamentos;
• Cessão de Direitos de Créditos Não tributários;
• Outorga de Direitos em face da Administração Pública;
• Outorga de direitos sobre bens públicos dominicais;
• Outros meios admitidos por lei.

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No contrato poderá haver a previsão de remuneração variável ao


concessionário vinculada ao seu desempenho, metas estipuladas, padrões de
qualidade e disponibilidades definidas no contrato.
Concessão administrativa é a modalidade de parceria público-privada que,
em função do contexto do serviço de interesse público a ser prestado pelo parceiro
privado, não é possível ou conveniente a cobrança de tarifas dos usuários de tais
serviços. Nesse caso, a remuneração do parceiro privado é integralmente proveniente
de aportes regulares de recursos orçamentários do poder público com quem o parceiro
privado tenha celebrado o contrato de concessão. Ex.: Presídios, Coleta de lixo,
Construções de Hospitais, etc.
Há uma discussão no âmbito jurídico sobre a legislação dos contratos de
concessão administrativa, alguns são favoráveis ao modulo, outros apenas discutem
se o legislador não, apenas, copiou uma legislação sobre prestação de serviços já
existente e a renomeou, importante transcrever o posicionamento de Marinela (2010)
acerca do tema, expondo que, o contrato de concessão administrativa em muito se
aproxima do contrato de prestação de serviço propriamente dito, visto que, neste
último, a relação da empresa contratada é diretamente com a Administração, não
tendo qualquer vínculo com o administrado.(SOUSA, 2012)
Nas dúvidas contidas neste contexto Sousa (2012) dispõe que a semelhança
gira em torno especificamente dos serviços desenvolvidos serem para a Administração
(direta ou indireta) e a contraprestação ser efetuada por esta. À primeira percepção,
poderia ser entendida a concessão administrativa como um contrato de prestação de
serviços, com mera repetição da Lei.
Na verdade, o Concessionário presta um serviço público, mas podemos afirmar
que o governo se torna obrigado por lei a investir naquela área, e a população ganha,
pois a iniciativa privada é detentora de uma fluidez financeira suficiente (provada na
licitação) para completar a obra contrata, até pelo motivo da garantia de recebimento
pelo produto do contrato.

2.2.1 Parceria Pública Privada na Educação

A educação é considerada um fator crítico para o desenvolvimento


econômico, político e social de qualquer nação e pode ajudar as pessoas a saírem da
pobreza e participar mais plenamente da sociedade e do mercado. Esse é um dos
motivos pelos quais os países assumem a responsabilidade de proporcionar e
financiar a educação, especialmente a educação básica. Para atender, de forma

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adequada essa responsabilidade, que é grande e complexa, é preciso explorar as


diversas formas de financiamento e prestação de serviços educacionais, sendo, uma
delas, as parcerias celebradas entre entes públicos e privados (PATRINOS &
GUÁQUETA, 2009)
No Brasil, para que a educação seja realmente um direito assegurado às
crianças do ensino fundamental, deve haver uma mudança de paradigma. Não se
pode mais pensar e utilizar institutos estanques e imutáveis. Deve-se analisar as mais
diversas formas de se poder viabilizar um sistema de ensino de qualidade.
A lição do professor Ivair (ITAGIBA, 2009) dá a correta dimensão da
realidade educacional, descreve que quando do aparecimento do Estado
Constitucional e da codificação das relações civis criou-se a suposição idealizada de
que as instituições públicas e privadas seriam suficientes para garantir a segurança
jurídica, cuja a sensação de que os ideais surgidos das revoluções libertárias e
conferidos nas declarações que afirmam os direitos fundamentais promoveriam as
garantias básicas das liberdades e do bem comum.
Atualmente no Brasil, é possível observar o sucateamento das instalações
das escolas públicas brasileiras, e com isso o custo por aluno acaba se elevando ano
após ano. A Tabela 1 mostra o crescimento deste custo através dos anos no estado
de Minas Gerais entre os anos de 1999 e 2014.

Tabela 1. Evolução do custo médio por aluno no estado de Minas Gerais, 1999 –
2014.
% Média %
% Aumento
Média Custo Aumento Média Custo Custo Aumento
custo p/a
Aluno do custo p/a Aluno do Aluno do custo p/a
ANO Ens.
Estado - Ed. Ed. Estado - Ens. Estado - Ens.
Fundamental
Infantil Infantil Fundamental Ens. Médio
Médio
1999 537,00 - 535,26 - 429,57 -
2000 582,02 7,74 620,77 13,77 496,66 13,51
2001 528,55 - 10,12 614,86 - 0,96 477,41 -4,03
2002 1.025,97 48,48 683,63 10,06 502,36 4,97
2003 1.158,42 11,43 728,58 6,17 501,72 -0,13
2004 1.147,60 - 0,94 819,31 11,07 643,83 22,07
2005 1.139,14 - 0,74 1.082,57 24,32 703,72 8,51
2006 1.286,07 11,42 1.215,06 10,90 782,84 10,11
2007 1.524,56 15,64 1.429,32 14,99 963,87 18,78

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2008 1.869,84 18,47 1.867,98 23,48 1.501,56 35,81


2009 1.959,84 4,59 1.935,11 3,47 1.512,81 0,74
2010 2.078,00 5,69 2.288,09 15,43 1.766,37 14,35
2011 1.147,01 - 81,17 2.680,72 14,65 2.057,40 14,15
2012 1.624,38 29,39 3.241,56 17,30 2.501,88 17,77
2013 1.974,19 17,72 3.690,84 12,17 2.749,71 9,01
2014 1.348,30 - 46,42 3.208,65 - 15,03 2.589,81 -6,17
Fonte: Portal transparência MG, 2014.

Na cidade de Belo Horizonto, em dez anos, o custo do ensino fundamental se


elevou 25,54%, partindo de R$ 819,31 em 2004 para R$ 3.208,65 em 2014. Em 2014,
foi registrado em um total de 426 escola do ensino fundamental, 194.231 matriculas,
uma média de 456 alunos por escola. Ou seja, um custo total de R$ 1.683.750, 39 por
local. Na Tabela 2 é possível visualizar o custo do aluno por série no Ensino
Fundamental em Belo Horizonte.

Tabela 2 - Custo Aluno por série no Ensino Fundamental em Belo Horizonte, 2014
SERIE MATRICULAS CUSTO ALUNO POR SERIE (R$)
Matrículas 1º ano 23.888 76.648.231
Matrículas 2º ano 21.246 68.170.978
Matrículas 3º ano 21.427 68.751.744
Matrículas 4º ano 19.952 64.018.985
Matrículas 5º ano 23.535 75.515.578
Matrículas 6º ano 28.033 89.948.085
Matrículas 7º ano 29.314 94.058.366
Matrículas 8º ano 30.083 96.525.818
Matrículas 9º ano 26.067 83.639.880
TOTAL 223.545 717.277.664
Fonte: Portal transparência MG, 2014

A partir destes dados, observa-se a necessidade de investimento em


manutenção dos prédios e estruturas. A cada ano cerca de 23 mil crianças ingressam
no sistema escolar de Belo Horizonte, assim como aqueles que estão indo para outra
grade escolar, necessitam que os materiais estejam em condições para um
aproveitamento melhor.
O problema do custeio educacional tende-se a agravar com as crises
financeiras que municípios, estados e governo federal enfrentam corriqueiramente.
Elevações nas taxas de juros, aumento inflacionários, descontrole cambial são

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algumas das diversas variáveis que podem inibir o crédito empresarial. A identificação
de períodos de incerteza tende a agravar esse quadro financeiro e o sistema
educacional torna-se mais precário.
Os diferencias que uma Escola, com administração privada, pode apresentar
se refere a contextos pedagógicos, podendo fornecer além da administração, se for de
sua alçada, materiais educativos, cursos aos professores e gestores, obviamente que
os serviços deverão constar no processo licitatório e no contrato com a empresa
privada, certificando-se da qualidade desta empresa de sustentar as condições.
No âmbito da administração pública, sobretudo nas secretarias de educação
de vários países, as parcerias público-privadas estão sendo consideradas como uma
estratégia moderna de gestão dos serviços públicos, por apresentar processos de
gestão que possam garantir a “qualidade da educação pública (STABELINI. 2013).

2.3 Estudo de caso – PROJETO INOVA BH

Essa pesquisa tem por objetivo realizar um estudo de caso sobre uma PPP
em funcionamento no estado de Minas Gerais na cidade de Belo Horizonte, que entrou
em vigor no ano de 2012 e exemplificar um projeto social concedido a iniciativa
privada e demonstrar as vantagens para a população. O intuito de tal investigação é
demonstrar os benefícios financeiros, de gestão pública e privada e social dessa
parceria.
A parceria foi desenvolvida e colocada em prática pela Secretaria Municipal
de Desenvolvimento (SMDE) e a Secretaria Municipal de Educação (SMED), sob a
forma de licitação pública, ficando então a cargo da concessionária vencedora pelo
menor preço, no caso, a Odebrecht, a construção e administração de 51 unidades
escolares ao longo de 20 anos.
A concessionária já́ era responsável por serviços como: manutenção das
instalações elétricas e hidráulicas, segurança, limpeza, sustentabilidade ambiental e
compra de mobiliário. O investimento para a implantação das 51 novas unidades
escolares será de aproximadamente R$ 250 milhões até o fim do contrato em 2032.

2.3.1 O Projeto INOVA BH

O Projeto Inova BH é um contrato de Parceria Público-Privada (PPP), na


modalidade de concessão administrativa, para a construção de 51 unidades de ensino
da rede municipal de educação básica de Belo Horizonte. Com a parceria, diretores

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das escolas poderão dedicar mais tempo às questões pedagógicas, professores terão
uma estrutura adequada para lecionar e a prefeitura poderá investir em outros setores.
Assim que todas as unidades estiverem concluídas, cerca de 24 mil alunos da rede
municipal serão beneficiados.
Não se trata de privatização da educação, pois a concessão pública é dos
serviços de apoio - manutenção e operação. Os serviços pedagógicos continuam sob
a responsabilidade da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e da Secretaria Municipal de
Educação. Os bens são, desde o momento da construção, patrimônio da PBH, ficando
apenas sob a administração da concessionária. Ao final do contrato, o patrimônio
retorna integralmente à administração da cidade, ficando apenas alguns itens já
previstos em contrato, sendo cedidos a concessionaria.
O edital de licitação da concessão foi publicado em diário oficial em março de
2012 e previa uma contraprestação máxima de R$ 3.250.000,00 durante 20 anos de
contrato. O critério adotado para escolha da melhor proposta foi o de menor valor
máximo, em junho do mesmo ano, foi apresentado como vencedor o Consórcio
Educar, liderado pela Odebrecht, que constituiu a Sociedade de Propósitos
Específicos – SPE Inova BH, com uma proposta no valor de R$ 3.246.000, 00. A
Construtora Andrade Gutierrez S.A. também apresentou proposta, no valor de R$
3.250.000,00, e ficou em segundo lugar.

2.3.2 Obrigações do Parceiro Privado (concessionário)

A Inova BH irá entregar até fevereiro de 2016, 51 unidades de ensino, sendo


46 delas Umeis (Unidades Municipais de Educação Infantil) e 5 Emefs (Escolas
Municipais de Ensino Fundamental). Das 51 unidas previstas, 42 já foram concluídas,
sendo elas 37 Umeis e 5 Emefs, as demais estão em fase de construção e
acabamento.
Por um período total de 20 anos, a Inova BH será responsável também pela
prestação de serviços não pedagógicos como: manutenção das instalações elétricas e
hidráulicas, segurança, limpeza, lavanderia, compra de materiais e equipamentos. As
responsabilidades de natureza trabalhista, previdenciária, fiscal, acidentária ou
qualquer outra relativa aos seus empregados ou terceiros contratados também ficam
por conta da Inova BH.

2.3.3 Análise das informações financeiras e sociais

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Para o estudo de caso em questão, utilizou-se informações de contratos e


anexos relativos as contraprestações da Construtora Norberto Odebrecht e Odebrecht
Participações S/A. Também, foram realizadas entrevistas junto a Prefeitura de Belo
Horizonte, por meio de correio eletrônico e a Secretaria Municipal de Educação de
Belo Horizonte que forneceram os dados referentes aos custos financeiros estudantis.
O estudo buscou demonstrar as obrigações do parceiro público e as
contraprestações ao descrever os resultados da parceria. Para que tal separação
fosse possível, utilizou-se o sistema de análise documental, descrito no contrato de
licitação e seus anexos, disponíveis ao público pela prefeitura de Belo Horizonte. Tais
resultados podem ser visualizados na seção seguinte.

3 Resultados

3.1 Obrigações do Parceiro Público (Concedente)

Entre as obrigações do poder concedente, no caso a prefeitura de Belo


Horizonte, ficou a indicação dos terrenos a serem utilizados, assim também como, se
necessário, as desapropriações e remoções de imóveis já estabelecidos, toda a parte
burocrática de licenças e documentação para construção. Ainda, ficam a cargo, as
licenças urbanas e ambientais.

3.1.1 Contraprestações - Pagamento da Concessionária

Os pagamentos a concessionária serão realizados de duas formas, uma


contraprestação mensal e a contraprestação pelo investimento na Obra. A
contraprestação mensal terá seu valor de remuneração atrelado ao número de
unidades entregues, tipos de unidades e também a níveis de desempenho, conforme a
fórmula:

CM = VMCP x FO x FD

Onde:

• CM - Contraprestação Mensal: Equivale ao valor efetivamente pago à


Concessionaria no período considerado;

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• VMCP - Valor Máximo de Contraprestação Mensal: Equivale ao valor


nominal da Contraprestação mensal, previsto em contrato no valor de R$
3.246.000 (três milhões duzentos e quarenta e seis mil reais). Reajustado
anualmente pelo IPCA (Índice de Preços ao consumidor Amplo) e ao
Reajuste Salarial do último acordo coletivo válido pelo Sindicato responsável,
no caso o SINDEAC – MG.

• FO - Fator Operação: Tem por efeito modular a contraprestação em função


do número efetivo e tipo de unidades em operação no período de referência
do pagamento.

• FD – Fator de desempenho: O índice de desempenho é auferido


trimestralmente conforme regras previstas em contrato, e reflete a qualidade
dos serviços entregues pela concessionária. Para que a empresa
concessionária sofra qualquer tipo de desconto em sua contraprestação, este
número deverá estar entre 3,50 e 4. Compõem este indicador Qualidade
Técnica do projeto, Satisfação do Poder Concedente, Conformidade de
Normas e relatórios, Cumprimento dos prazos.

A contraprestação pelo investimento será de no total $ 100.000.000,00 (cem


milhões de Reais), que será liberada de acordo com as unidades de ensino entregues
à prefeitura, distribuídos da seguinte forma:

R$ 40.000.000,00 (quarente milhões de reais), referente aos serviços de


engenharia para cada uma das 51 unidades, e;

R$ 60.000.000,00 (Sessenta milhões de reais), distribuído proporcionalmente


ao valor de cada uma das unidades, na seguinte proporção, 2,20% do valor total das
UMEIs e 5,92% do valor total pôr EM.

Este pagamento está condicionado ao efetivo recebimento de parcela


utilizada do projeto, comprovado pelo Termo de recebimento Provisório – TRP de cada
unidade, que deverá ser incorporada no instrumento de cobrança no mês
subsequente.

3.2 Para a poder concedente – Prefeitura de Belo Horizonte

Ao final do projeto, espera-se que 18.000 novas vagas e mais de 1.000


empregos diretos fossem gerados, com investimentos mobilizados pelo parceiro

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privado superiores de R$ 250 milhões. Até o momento, de acordo com dados


informados pela SPE INOVA BH, 42 unidades já foram entregues, sendo 37 UMEIs e
5 EMEFs.
Os resultados da parceria até o presente momento são visivelmente
satisfatórios, visto que a prefeitura conseguiu aumentar seu número de vagas
escolares para crianças e adolescentes em escolas de qualidade em um curto espaço
de tempo, algo que não seria possível pelo modelo tradicional de licitações, pois além
de melhorar as já existentes novas foram criadas.
Neste modelo de contrato, os ganhos em custo e prazo são enormes, e a
história desta PPP indica que as chances de as obras atrasarem ou sofrer alterações
em seu projeto original é 80% menor do que as construções 100% públicas. Além
destas unidades entregues, ainda existem outras 19 com obras em andamento, uma
sendo reconstruída e outras duas sendo ampliadas. O projeto Inova BH, não somente
trará benefícios à população de Belo Horizonte, como também chama pela inovação e
qualidade do projeto. A Tabela 3 mostra a quantidade de escolas, dividido por
segmento escolar, de forma comparativa, dado o início do projeto em 2012 e o último
relatório das atividades em 2014.
Em dois anos tivemos uma variação de 2,75% para escolas de ensino
fundamental e 50,74% para as unidades municipais de educação infantis – UMEIS,
isto reflete o impacto da PPP na sociedade.

Tabela 3 - Quantidade de Escolas do Projeto Inova BH

Rede Municipal de Educação 2012 2014 % de crescimento

Escolas de Ensino Fundamental (EMEF) 170 175 2,95%


Unidades Municipais de Educação Infantis
67 104 50,74%
(UMEI)
Escolas de Educação Infantil 13 13 0
Escolas de Ensino Especial 3 3 0
Escola de Educação de Jovens e Adultos 1 1 0
Total 254 296 15,35%
Elaborado pelo autor.
Fonte: Relatório Anual Prefeitura de Belo Horizonte, 2014

Em 2012, o projeto INOVA BH, foi reconhecido como um dos 100 projetos
mais inovadores e inspiradores do mundo pela conceituada empresa de consultoria e

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auditoria KPMG e também a prefeitura foi selecionada como finalista regional para a
América Latina do prêmio 2013 Financial times/Citi Ingenuity Awards.
Estes reconhecimentos por parte da imprensa no exterior ajudam a melhorar
não somente os investimentos na região mineira, como também chama a atenção para
a evolução brasileira no sistema educacional.
Outra vantagem deste projeto foi o modelo de construção utilizado, o Light
Steel Frame. Ele oferece maior durabilidade e conforto aos usuários e outros
benefícios como:
• Adaptação a qualquer projeto arquitetônico, inclusive com curvas;
• Utilização de materiais recicláveis, como aço e PVC;
• Leveza, facilidade e rapidez na montagem da estrutura;
• As instalações elétricas e hidráulicas são realizadas antes do
fechamento das paredes, sem gerar entulho;
• Alto nível de desempenho térmico, reduzindo a necessidade de
climatização;
• Otimização do isolamento acústico entre os ambientes;
• Prevê sistemas de captação de energia solar para aquecimento de
água.
Com estes benefícios, se evidencia o exposto acima, que as empresas
criariam métodos de construções melhores e de baixo custo, a fim de conseguir os
projetos públicos.

3.3 Para o Consórcio SPE INOVA BH S.A.

Para o consorcio responsável pela construção os benefícios financeiros foram


vistos a partir do 2013, já que de acordo com as políticas o pagamento partiria da
primeira unidade entregue.

Tabela 4 – Demonstração de resultado – SPE INOVA BH S.A.


DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO em R$ 1.000,00.
(R$) 2012 Var % 2013 Var % 2014

Operações Continuadas
Receitas 3.411 3235,03 113.758 34,65 153.178
Custos de Construção (3.172) 3.201,01 (104.708) 9,63 (114.796)

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Lucro Bruto 239 3.686,61 9.050 324,11 38.382

Despesas
Gerais e Administrativas (4.234) (42) (2.476) 152 (6.228)

Lucro (prejuízo) operacional antes


(3.995) (264,56) 6.574 389,11 32.154
do resultado financeiro

Resultado Financeiro 182 (131) (56) (1.407) 732

Lucro (prejuízo) antes do imposto


(3.813) (270,94) 6.518 404,54 32.886
de renda e contribuição social

Imposto de Renda e Contribuição


- - (919) 1.117 (11.183)
Social

Lucro Líquido (prejuízo) do


(3.813) (246,84) 5.599 287,62 21.703
Exercício do Período
Fonte: Relatório da Administração SPE INOVA BH, 2014
Elaborado pelo autor.

A DRE acima expressa os resultados da construção e operação das Escolas


Públicas. Além do ganho financeiro, podemos contar como benefício, a exposição da
empresa Odebrecht, através dos prêmios ganhos pelo projeto, sendo notícia em
veículos no Exterior. A receita foi dividia entre as operações de construção e as
contraprestações mensais efetuadas pelo poder público
Em 2012, ano do começo da operação, a empresa contabilizou um prejuízo
de R$ 3.813 milhões de reais, tal prejuízo ocorreu devido ao início das obras e
operações nas unidades escolares, como não houve unidades entregue, não houve a
contraprestação pelo investimento, mas este valor já foi revertido no ano seguinte em
246,84% em lucro, gerando R$ 5.599 milhões de reais em lucro em 2013, já em 2014,
a lucratividade aumentou, assim que as 36 unidades foram sendo entregues, gerando
um lucro de R$ 21.703 milhões de reais, 388% a mais que o ano anterior.

Tabela 5 – Demonstração das Receitas Auferidas em R$ 1.000,00.


Modalidade 2012 Var % 2013 Var % 2014
Operações continuadas
Receita de construção da infraestrutura 3.843 3200,60 126.842 11,60 141.553
Receita de contraprestação mensal 14.219
Atualização do ativo financeiro 1.325 2126,49 29.501

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Impostos e contribuições sobre receitas (432) 3235,42 (14.409) 122,74 (32.095)


Receita líquida de serviços 3.411 3235,03 113.758 34,65 153.178
Fonte: Relatório da Administração SPE INOVA BH (2014).
Elaborado pelo autor.
Basicamente, receitas foram aumentando a medida em que tinha evolução
das construções, os impactos maiores foram na atualização do Ativo Financeiro, que
se refere a juros de 1,22% sobre o total da receita acumulada e a receita com a
contraprestação mensal recebida somente em 2014, de acordo com os critérios de
avaliação da prefeitura de BH.

4 Conclusão

Através dos resultados obtidos com o estudo de caso, foi possível perceber
que com um projeto bem elaborado e com bom planejamento, por parte das
instituições públicas e privadas, pode-se tornar possível parcerias, nas quais, a
iniciativa privada contribua com o desenvolvimento social do país, sem que isso o
governo ou instituição governamental perca o controle sobre as atividades.
A parceria pública privada teve participação essencial nos resultados da
educação da região de Belo Horizonte, de acordo com o Índice de Desenvolvimento
da Educação básica (IDEB), em 2014, a cidade alcançou 5,7%, para comparação a
média para países desenvolvidos gira em torno de 6,0% que é a meta do Ministério da
educação para todo o país, este ano em Belo Horizonte foram identificadas 47 escolas
com índices acima da meta do país.
Destacou-se no projeto o controle ao qual é um ponto determinante para o
sucesso de uma PPP, evita a transferência indevida de renda do setor público ao
privado e, essencialmente, no caso da educação, aproxima a sociedade para próxima
das realizações e do processo como um todo. As PPP revelam uma tendência
promissora para o crescimento e desenvolvimento social, econômico, estrutural do
país.
As empresas privadas, possuem interesses em participar destas parcerias,
pelo alto volume financeiro envolvido. O País, atualmente, já conta com algumas
parcerias em andamento, principalmente na região sudeste, com concessões em
rodovias e no setor metroviário. Ainda a muito a desenvolver, principalmente no setor
agrícola, uma saída para o desenvolvimento poderá ser as parcerias público privadas.

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Agradecimentos

Agradeço a Deus pela oportunidade e a minha amada Esposa pela paciência e


apoio.

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