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- Guia de debêntures
*Características
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*Registro da emissão
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*Agentes de Emissão
*Tipos de oferta
*Tributação
*Agentes de mercado
- Porque Investir
*Diversificação
*Histórico do debênture
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*Avaliação de riscos
*Espécies e garantias
*Marcação e mercado
-Como negociar
*Como resgatar
*Valor Nominal atualizado
*PU( preço unitário )
*Preço de negociação
*BookBuilding
Como começar
Identifique onde vai parar seu salário todo o mês. Para isso, faça uma lista com todas as
suas despesas, das maiores até as mais corriqueiras;
Faça uma fotografia detalhada de todas as suas receitas, despesas, dívidas e seus
investimentos;
Junte a família e juntos avaliem os gastos. É fundamental que toda a família participe
dos seus planos financeiros. Desta forma, todos ficarão comprometidos com um mesmo
objetivo;
Faça um orçamento. Ele deve ser simples, incluindo suas receitas e todas suas despesas.
Um orçamento lhe dará exata dimensão de quanto ganha, e principalmente quanto
precisa para realizar seus sonhos.
Agora você tem um panorama perfeito sobre sua vida financeira. O próximo passo é
escolher o caminho de seus investimentos..
Quantas vezes você já teve a sensação de que seu dinheiro simplesmente evaporou?
Aquela nota de R$ 50 some de sua carteira e você nem lembra como gastou. A sua
previsão, feita no início do mês, de que teria dinheiro sobrando quando terminasse de
pagar as contas quase sempre se transforma numa peça de ficção.
Como o extrato bancário que você recebe em casa, o fluxo de caixa informa quanto
dinheiro você tinha disponível no início do mês (quando seu salário foi depositado na
conta) e quais foram todas as saídas da sua conta e depósitos que foram feitos ao longo
do período e, por fim, o saldo atual.
Se você não controla seu fluxo de caixa corre sério risco. Isso porque um fluxo de caixa
constantemente negativo poderá corroer todo o seu patrimônio, por maior que ele seja.
Assim, é fundamental que você se certifique de que seu fluxo de caixa estará sempre em
equilíbrio e, principalmente, que ele tenha sobras quando há objetivos a serem
perseguidos.
Orçamento familiar
Fazer um orçamento significa, entre outras coisas, avaliar minuciosamente sua situação
financeira, e identificar como andam suas despesas e suas receitas.
Realizar essa tarefa sozinho pode até não ser tão difícil, mas tenha certeza de que se
você contar com a ajuda da família será ainda mais fácil.
É importante que toda a família participe de seus planos financeiros, assim ficarão
unidos em torno dos mesmos objetivos. Não adiantará traçar metas financeiras se sua
família não entender o papel que cada membro tem a cumprir para alcançarem juntos os
resultados esperados.
Chame a família e juntos avaliem os gastos. Dos maiores e mais importantes como
alimentação, moradia e educação dos filhos, aos menores, como a pipoca do cinema e o
cabeleireiro do fim de semana.
Saiba que por melhor que seja sua renda, todos os recursos são finitos. Portanto, sempre
haverá espaço para cortar despesas desnecessárias em favor de um grande objetivo
familiar. Lembre-se que ao dividir a responsabilidade sobre a vida financeira da família,
você estará somando esforços, e multiplicando as possibilidades de sucesso.
Meus filhos
O maior investimento que você pode fazer para seu filho é a educação. Veja, estamos
falando em educação, algo bem mais complexo do que uma escola cara. Neste
complexo mundo, a educação financeira merece ter um espaço.
Os pais se preocupam com a escola, com cursos de línguas, esportes etc. Mas a
educação financeira é sempre deixada de lado. No máximo você encontrará pais que
ensinam seus filhos a guardar dinheiro e formam adultos tão preocupados em
economizar que são incapazes de se permitir uma boa viagem ou ter um jantar em um
bom restaurante porque se sentem culpados.
O sucesso financeiro de uma pessoa não é resultado do quanto ela ganha de salário ou
quanto consegue guardar, mas sim de como ela administra o dinheiro que tem.
Assim, também dê ao seu filho uma boa educação financeira e você vai ver que este
investimento proporcionará resultados mais relevantes para o sucesso dele do que
qualquer poupança ou apartamento que você deixe de herança.
O melhor momento para começar a falar sobre dinheiro é agora. Quanto antes seu filho
começar a participar da rotina financeira doméstica, mais rápido o planejamento
financeiro se tornará um hábito.
Tão importante quanto falar com seu filho sobre dinheiro é dar o exemplo. Por isso, veja
primeiro se você mesmo é capaz de incluir o planejamento financeiro em sua rotina e
responda aos questionamentos de seus filhos de forma natural. Mostre a ele como ter as
contas em ordem contribui para toda a família e ele aprenderá a administrar seu próprio
dinheiro com seu exemplo.
Algumas escolas brasileiras já incluem em seu currículo educação financeira, mas esteja
certo de que serão os pais os principais responsáveis pelos ensinamentos financeiros que
levarão seus filhos a tornarem-se adultos financeiramente bem-sucedidos.
Mesada
Não há uma idade específica para começar a dar mesada a seu filho. Os estudiosos
dizem que o melhor indicador é a maturidade emocional do seu filho. Você saberá se ele
está pronto para receber a mesada quando:
A mesada é uma boa ferramenta para você ensinar seu filho como usar o dinheiro e
como se planejar.
Mas se você é contra dar mesadas, poderá dar a seu filho algumas oportunidades de
ganhar dinheiro ensiná-lo como administrar seu próprio dinheiro.
Aprendendo cedo
Mas há quem discorde. Especialistas que são contra essa teoria dizem que o valor da
mesada deve ser determinado por dois fatores:
Por isso, o ponto de partida deve ser o orçamento de seu filho. Assim como você, ele
deverá começar a fazer seu próprio orçamento, que servirá de parâmetro para você fixar
o valor da mesada.
Dinheiro extra
Crianças devem aprender que todos precisam contribuir para o funcionamento da casa,
inclusive elas. Cuidar da casa, por exemplo, é uma responsabilidade de toda a família.
Por isso há deveres e obrigações que vão ajudar muito na formação de seu filho e isto
também faz parte do processo de educação. Vai ajudá-lo, por exemplo, a ter disciplina.
Além disso, você poderá ensinar seu filho a trabalhar caso precise, ou deseje, algum
dinheiro extra. Pequenos afazeres domésticos, que não necessariamente fazem parte da
rotina da casa e que você terá que contratar alguém para fazê-lo, podem perfeitamente
ajudar a seu filho a ter um "dinheiro extra" e de quebra ensinar o valor do trabalho.
O importante é que seu filho seja um adulto que pense primeiro em fazer um trabalho
extra para conseguir dinheiro para cobrir o orçamento do que em fazer um empréstimo.
Objetivos
Alguns psicólogos dizem que o que você realmente precisa ensinar para seus filhos não
é o que fazer com sua vida ou com o seu dinheiro, mas como fazer escolhas, assim ele
poderá tomar centenas de decisões sem a sua supervisão.
Para fazer escolhas corretas ele precisará aprender sobre custo de oportunidade, um
conceito econômico que vai facilitar muito a sua vida. O custo de oportunidade é,
basicamente, o que você abre mão de fazer ou ter por fazer uma determinada escolha.
Na prática significa que ao fazer um consumo hoje, você está abrindo mão de receber
um rendimento futuro por esse dinheiro. Quanto maior a taxa de juro de uma economia
(que se traduz no rendimento do dinheiro aplicado), maior o custo de oportunidade, pois
você poderá ter bem mais dinheiro no futuro.
Para seu filho, o custo de oportunidade da prancha de surf hoje pode ser a viagem ao
Havaí em dois ou três anos.
Por isso, ensine ao seu filho a ter metas e estratégias para alcançá-las. Ensinar a guardar
dinheiro sem objetivos pode se revelar um péssimo negócio.
A educação deles
A educação de seus filhos vai drenar um bom dinheiro de seu bolso. Por isso, o melhor
é se planejar mesmo antes do nascimento deles. O planejamento deixará a tarefa de
financiar os estudos de seus filhos mais simples.
Comece a investir desde cedo, primeiro para pagar a educação fundamental e, quando
eles já estiverem freqüentando o ensino básico se programe para pagar a faculdade.
Fórmula usada:
Taxa de Juro considerada: 10% ao ano
Período de investimento: 7 e 10 anos respectivamente
Valor aplicação mensal: R$ 480 e R$ 239,87 respectivamente (considerando
capitalização desde a primeira aplicação)
Qual a melhor escola?
Estudos mostram que não existe correlação entre a escola em que o seu filho estuda e o
sucesso dele no mercado de trabalho. Por isso, na hora de matricular seu filho escolha
uma escola cuja mensalidade caiba no seu orçamento.
Muitos pais, no afã de dar o melhor aos seus filhos, escolhem escolas caríssimas
destinadas a um público cuja renda está muito acima da sua. Esses pais cometem três
erros básicos: eles depositam na escola toda responsabilidade pelo sucesso de seu filho,
comprometem o orçamento doméstico para abrigar mensalidades tão altas e, por fim,
enfrentam uma maratona financeira para atender as demandas de consumo do filho que
passa a espelhar seu estilo de vida no de seus colegas muito acima do de seus pais.
Você poderá ter a sorte de ter um filho que consiga uma vaga numa faculdade pública.
Mas não se engane. As chances são cada vez menores de que isso ocorra. A
concorrência é enorme e, o mais provável, é que seu filho tenha que cursar uma
faculdade paga.
Prepare-se, pois as boas faculdades privadas, e as nem tão boas assim, são caríssimas.
Além disso, dependendo do curso que seu filho for fazer ele não poderá trabalhar
enquanto estiver cursando a faculdade, o que significa que você terá que arcar sozinho
com essa e outras despesas, como alimentação fora de casa (casos de cursos com
horário integral), transporte e material escolar. Livros didáticos para curso superior
costumam ser caros e seus filhos simplesmente não poderão prescindir deles.
Outro ponto importante: se seu filho conseguir um estágio no final do curso certamente
terá uma remuneração pífia, o que significa que você ainda terá que financiar as
despesas dele durante algum tempo.
Meus pais
Seus pais lhe ensinaram muita coisa, pagaram seus estudos e sempre lhe deram uma
mãozinha, para iniciar a carreira ou a construção de seu próprio patrimônio.
Mas vai chegar o dia em que você é que terá que cuidar do bem-estar deles. Por isso,
você terá que se preparar para incluir algumas despesas deles em seu próprio orçamento.
Daí a necessidade de uma conversa franca para que você tenha a real dimensão da
situação financeira de seus pais e se planejar para um possível aumento de suas despesas
futuras. Mesmo que você e eles achem que é cedo demais para esta conversa.
Levar seus pais para sua casa pode não ser tão ruim quanto parece a princípio se você e
sua família se prepararem para a nova situação. Veja sempre de uma perspectiva
positiva, eles poderão ajudar na educação de seus filhos, poderão ser uma companhia
agradável e ainda ajudar no orçamento doméstico.
Mas essa é uma decisão que deve ser tomada em conjunto, você, sua família e seus pais.
Na maior parte das vezes é o orçamento que vai indicar se esta é a melhor opção.
Se vocês chegarem a conclusão de que eles devem morar junto com a sua família,
avalie, principalmente, se não é melhor planejar a compra de uma casa maior.
Vivem longe
Mesmo morando sozinhos, seus pais vão precisar de sua atenção. Certifique-se de que o
orçamento deles está ajustado e de que a renda será suficiente nos próximos anos.
Lembre-se de que a renda de seus pais pode ficar estacionada por muitos anos
dependendo do tipo de aposentadoria que eles recebem.
Outro ponto relevante: vai chegar o dia em que eles não poderão mais viver sozinhos e
terão que contratar um profissional que passe boa parte do tempo cuidando deles.
Meu salário
Como consumidor você está diante de muitas opções para empregar o seu dinheiro.
Saber como manusear o seu salário nada mais é do que fazer as escolhas certas.
Dessa forma, seu salário, seja ele qual for, vai lhe ajudar não apenas a chegar ao fim do
mês com tranqüilidade, mas, principalmente, construir um patrimônio para o futuro.
Os economistas comportamentais, uma nova área da economia, dizem que nós podemos
até querer guardar dinheiro, mas na grande parte dos casos quando estamos com o
dinheiro na mão fraquejamos. Assim, você precisará lidar com o dinheiro de uma
maneira racional e com a certeza de que os cientistas dizem que você não foi
programado para economizar. Portanto, seja racional.
A racionalidade vai lhe ajudar a comprar a casa própria à vista, pagar a escola de seus
filhos sem apertos e levar a família para fazer a viagem dos sonhos. Veja na tabela
como as famílias brasileiras gastam sua renda. Agora compare com suas próprias
despesas. Faça uma lista semelhante e coloque quanto do seu salário vai para cada um
desses itens. Pronto, você já começou a refletir sobre suas despesas e esse será um passo
muito importante no caminho para a construção de seu patrimônio.
Tipos de despesa (%) Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Alimentação 20,75 27,19 26,79 18,89 19,95 18,09
Habitação 35,50 33,42 32,27 36,67 35,46 35,86
Vestuário 5,68 7,29 6,82 5,13 5,73 5,90
Transporte 18,44 15,70 16,01 18,44 20,65 20,77
Higiene e cuidados pessoais 2,17 3,00 2,95 1,94 1,90 2,13
Assistência à saúde 6,49 4,90 5,98 6,91 6,16 6,40
Educação 4,08 2,30 3,28 4,70 3,47 4,05
Recreação e cultura 2,39 2,17 2,05 2,55 2,31 2,29
Fumo 0,70 0,69 0,58 0,74 0,69 0,66
Serviços pessoais 1,01 0,79 0,95 1,10 0,84 1,10
Despesas diversas 2,79 2,56 2,32 2,93 2,86 2,76
Quanto sobra?
Fazer o salário sobrar no fim do mês é uma arte. Mas não é preciso ser um mago das
finanças para ter sucesso nessa empreitada. O segredo é planejamento.
Uma forma de fazer com que toda a família contribua é estabelecer metas, não de
economia, mas de realização de sonhos. Os seus sonhos e de sua família são os
objetivos de investimento e eles é que devem guiar seus passos de investimento.
Esses objetivos só serão atingidos se houver sobras no fim do mês. Portanto, mãos a
obra. Pedir que sua família economize é uma tarefa bastante árdua, mas pedir que eles o
ajudem a comprar a viagem, o carro novo e a casa de praia, por exemplo, pode ser
muito divertido e todos, de alguma forma, estarão contribuindo para aumentar o
patrimônio da família.
Observe que não é necessário guardar dinheiro demais, apenas o suficiente para que
você conquiste seus objetivos no prazo que você achar razoável.
O salário acabou
Relaxe! Você não está sozinho. Dados do IBGE dão conta de que 85% das famílias
brasileiras têm algum tipo de dificuldade para chegar ao fim do mês com a renda que
recebem.
Observe que, segundo os dados do IBGE, quanto maior a renda menor a dificuldade, um
resultado, a princípio, óbvio. Mas quando analisado no detalhe ainda assim muito
preocupante. Isso porque, mesmo famílias que estão na faixa de renda mais alta do
estudo (acima de R$ 6 mil) têm pouca habilidade para manejar o orçamento.
Veja os números: 53,45% das famílias que ganham mais de R$ 6 mil têm problemas
para chegar ao fim do mês. Desse grupo, 6,66% têm muita dificuldade, 11,95% têm
dificuldade e 36,74% têm alguma dificuldade. Pode-se dizer, sem medo de errar, que
uma renda de R$ 6 mil não faz uma família rica, nem tampouco pobre.
Assim, o grande problema dessas famílias não é falta de dinheiro, mas principalmente
de planejamento financeiro.
O Planejamento financeiro é a melhor resposta para que esse enorme grupo de famílias
que não consegue chegar ao fim do mês com o salário consiga colocar sua vida
financeira em ordem, sem sofrimento. Pois, o planejamento financeiro vai equilibrar
suas receitas e despesas.
No corre-corre diário, com horas de trabalho, filhos para educar, cursos para concluir e
tantas metas para atingir, ter disciplina financeira é quase uma fantasia. Isso em
qualquer lugar do mundo. No entanto, os brasileiros conviveram com taxas de inflação
estratosféricas nos anos 80 e início dos anos 90. Com os preços dos bens e serviços
mudando diariamente era praticamente impossível para o brasileiro manter um
orçamento adequado. A taxa de inflação no País chegou a registrar alta nos preços de
até 80% num único mês. Assim, a falta de organização financeira acentuou-se nas
famílias brasileiras.
A estabilidade nos preços foi alcançada com o plano Real, que teve início em junho de
1994. Hoje não só é possível como desejável ter um planejamento financeiro adequado
às suas ambições e receitas. Note que com a inflação sob controle, as taxas de juro reais
(acima da inflação) estão altíssimas no Brasil e proporcionaram ganhos generosos para
aqueles que mantiveram disciplina orçamentária.
Preciso de um aumento?
Imaginar que seu problema é falta de dinheiro é um erro que poderá perpetuar suas
aflições financeiras. Estudos realizados na área da economia comportamental mostram
que as pessoas se adaptam muito rapidamente as mudanças de renda.
Ou seja, um aumento de salário pode resolver seu problema este mês, mas dificilmente
resolverá nos meses subseqüentes. Isso porque você e sua família com uma velocidade
impressionante aumentarão seus gastos na mesma proporção ou até maior do que o seu
novo salário.
Preciso de um empréstimo?
Definitivamente tudo o que você não precisa neste momento são novas dívidas. Veja se
seu salário não está cobrindo seu orçamento, portanto, não será arrumando novas
despesas que você conseguirá se livrar das dificuldades. Esta pode até ser uma solução
momentânea, mas que poderá contribuir muito para criar problemas sérios no futuro.
Muitas pessoas costumam financiar o déficit no orçamento com o cheque especial. Essa
é uma modalidade de financiamento muito cara, criada para socorrer emergências e para
ser liquidada o mais rápido possível. Desta forma, se você precisa de recursos em um
determinado mês, considere as demais possibilidades de empréstimo pessoal na
avaliação da melhor opção de financiamento.
Boa parte das devoluções de cheques ocorre por conta de cheques pré-datados, emitidos
para fazer pagamentos de consumos que não cabem no orçamento e que são postergados
na esperança de uma entrada extra de recursos. Quando a receita esperada não se realiza
você perde o controle do orçamento.
Estique o salário
Há duas formas de esticar o salário: aumentando sua renda ou cortando despesas. Os
analistas asseguram que a segunda opção é a mais inteligente porque vai ajudá-lo a
construir um patrimônio.
Já utilizar o cheque especial para financiar o déficit do seu orçamento é um erro muito
perigoso para sua saúde financeira. Isso porque no mês seguinte a taxa de juro cobrada
pela utilização do limite do cheque especial vai comer uma parcela do seu salário.
Ou seja, seu salário que já era insuficiente para cobrir as despesas ficará ainda menor.
Se mantida essa rotina nos meses seguintes ele ficará cada vez menor até o dia em que
você estará tecnicamente quebrado.
Isso ocorre porque o salário é uma receita recorrente, ou seja, ela cai na sua conta todo
mês. Já com o cheque especial o mecanismo é bastante diferente, embora na prática ele
crie a ilusão de que você esticou o salário.
Todo mês a linha do cheque especial e os juros cobrados sobre ela têm que ser pagos.
Trata-se de uma linha com vencimento em 30 dias. Assim a cada mês seu salário vai
ficando menor e, se em algum momento o banco reduz ou mesmo cancela esta linha
você poderá ficar sem salário naquele mês.
Minhas despesas
A maioria acaba tendo muitas despesas e poucas receitas. Água, luz, telefone,
condomínio, escola dos filhos, supermercado entre outras. E as receitas, muitas vezes,
apenas uma: o salário no fim do mês.
Além disso, todos os dias somos bombardeados com centenas de oferta de produtos.
Natural, portanto, que sejamos motivados a comprar por impulso.
Por isso, é importante que você tenha listado todas as suas despesas, e saiba exatamente
quanto ela representa da sua renda. Esse exercício, apesar de parecer um desafio,
permitirá que assuma o controle de sua vida financeira.
Lembre-se que há dois caminhos para você aumentar seu fluxo de caixa: o primeiro é
aumentar sua renda, o que nem sempre é fácil. E o segundo que, pode ser mais simples
e depende basicamente de disciplina, é reduzir suas despesa
Se você é o tipo de pessoa que não tem o menor controle sobre seus gastos, adote um
procedimento radical para iniciar seu planejamento financeiro: anote diariamente quais
são os seus gastos. Isso mesmo todos os dias tome nota dos bens e serviços que
comprou e quanto pagou por eles.
Ao final de um mês você poderá analisar cada um desses gastos de uma maneira
racional e se preparar para não cometer os mesmos excessos no mês seguinte.
No entanto, se você não chega a ser um consumidor compulsivo, pode fazer uma
revisão semanal ou mesmo mensal de seus gastos. No entanto, é importante observar
que todos os seus gastos devem ser monitorados, só assim você conseguirá enxergar os
exageros que, na maior parte das vezes estão nas pequenas coisas.
Veja no gráfico, com dados coletados pelo IBGE entre as famílias brasileiras, que o
item habitação é o que representa a maior parcela no total das despesas de consumo.
O que quero
Tudo o que você quer pode ser cuidadosamente planejado e é deste grupo que virão os
recursos para os seus maiores sonhos. Toda vez que você estiver prestes a comprar algo
que você quer pense calmamente sobre o custo de oportunidade.Ter calma e ser racional
fará toda a diferença nessa hora.
Como regra evite qualquer despesa que exija uma decisão rápida. Se você não puder
refletir sobre esse consumo, abra mão dele.
Você quer:
O que preciso
Ao contrário do que você quer, o que você precisa não pode ser cortado simplesmente
do orçamento. São consumos que têm que constar rigorosamente em seu orçamento.
Neste caso, você não estará planejando a melhor hora de fazê-lo, mas sim terá que
adequar esses gastos de forma que a sua renda seja suficiente para cobrir essas despesas.
Você precisa:
• Morar
• Comer
• Transporte para o trabalho
• Pagar os impostos como IPVA, IPTU
Reduza as despesas
Para a maioria dos brasileiros, este é o momento mais difícil: organizar as finanças.
Há dois caminhos para você aumentar seu fluxo de caixa e fazer sobrar algum dinheiro
para investir. O primeiro é aumentar sua renda. E o segundo que, pode ser mais simples
e depende basicamente de disciplina, é reduzir suas despesas.
Se sua renda é maior que sua despesa você terá recursos para investir e realizar seus
planos no futuro. Não faz mal se a quantia for pequena, o importante é a disciplina.
Minhas dívidas
Se você parou nesta área é porque deve estar com algum problema financeiro. Algo
assim como uma fatura impagável no cartão de crédito, um limite estourado no cheque
especial e o medo de encontrar na rua o gerente do banco. Ou seja, você se endividou
um tanto além da conta. Mas o pior é que, desesperado, pode estar prestes a contrair
novas dívidas para pagar as já vencidas.
Pare já. Dívidas impossíveis de pagar não se resolvem com novas. Só se pode sair delas
com uma cuidadosa estratégia para pagar cada uma delas.
Aperte o orçamento, sente-se com seus credores e comece a elaborar uma estratégia
para finalizar uma a uma.
Curiosidade
Você sabia que nos EUA, mais de 1,4 milhões de indivíduos pediram falência em 2001,
um aumento significativo se comparado ao número de falências pessoais 20 anos antes,
que era de 316 mil.
Quanto devo?
Para começar faça uma lista de todas as suas dívidas. Ao terminar, é possível que o
coração palpite e a mão trema. Mas pode apostar você deu o primeiro passo para
resolver seus problemas.
O pior para quem está endividado é não conhecer a dimensão real do problema. Você
sabe que ele existe porque os credores estão pressionando, mas às vezes sua angústia é
exagerada. É por isso que vale a pena fazer uma relação de todos esses números.
Dívidas que ficam apenas nos nossos pensamentos nos deixam deprimidos, atrapalham
a concentração no trabalho e trazem conflitos à vida em família. No entanto, quando se
começa a lidar com o problema de frente, de uma forma realista, esteja certo de que se
sentirá mais animado, porque, seja qual for a sua situação, você começou a trilhar o
caminho para resolvê-lo.
Depois de listar todas as dívidas, coloque-as em ordem decrescente, da mais cara para a
mais barata. As mais caras são as que você deve atacar primeiro, e não o contrário.
Outra providência importante é fazer um orçamento. De novo, faça uma lista. Coloque
seu salário e outras fontes de renda que tiver, no lado esquerdo, e todas as suas despesas
mensais no lado direito. Esqueça suas dívidas nesse momento. Deixe de fora até as
prestações que você assumiu. Agora, subtraindo o total das despesas do total das
receitas, veja quanto sobrou. Esse é o dinheiro que você tem para pagar todo mês suas
dívidas.
O ideal é que você reserve de 20% a, no máximo, 30% de sua renda mensal para o
pagamento de dívidas. Mais que isso é candidatar-se a ter problemas no futuro, porque
você não conseguirá manter por muito tempo a disciplina dos pagamentos mensais.
Não se preocupe com o tempo que você vai levar para quitar suas dívidas. O
fundamental é interromper o processo de endividamento e começar a liquidar seus
"papagaios". Quem não deve, você sabe, vive melhor.
Se você tem um bem, poderá vender. Um carro, por exemplo. Além da economia com
seguro e taxas como IPVA, você pode abater uma parte de sua dívida.
Vale citar que a venda de algum bem pode ajudar nesse processo (carro, além do $$ há a
economia do IPVA, seguro, etc.)
O custo de uma dívida é a taxa de juro que você paga. Mas se você já está inadimplente,
acrescente neste custo as multas pelo atraso. Quanto antes você conversar com seu
credor melhor. Ao negociar uma forma de pagamento você interrompe o acumulo de
juros e multas que acabam virando uma bola de neve.
O cheque especial costuma ser a dívida mais cara. Um jeito fácil de liquidar esse
problema é fazer uma troca. Peça para cancelar o seu cheque especial e transforme a
dívida num empréstimo pessoal com parcelas mensais fixas. Você vai ver que sai bem
mais em conta. Mas não deixe de cancelar o cheque especial, porque, do contrário,
estará apenas contraindo mais uma dívida.
A quem recorrer
Converse com o gerente de seu banco. Ele poderá lhe ajudar nesse processo. Poderá, por
exemplo, encontrar alternativas de crédito mais barato para que você troque as dívidas
caras por dívidas mais baratas.
É importante ter uma planilha organizada, com todos os custos devidamente calculados
e projeções de pagamento. Seu gerente pode lhe ajudar nesta tarefa.
Para escapar das dívidas, é necessário ter informação (como as que você vai obter aqui),
paciência (se não tem, trate de desenvolver esse atributo) e disciplina (vale a mesma
recomendação do item anterior).
Deixe seus parentes e amigos longe de suas dívidas. Pedir dinheiro emprestado a
parentes é um erro comum que, em geral, além de não resolver o problema ainda cria
mais um, o das brigas familiares.
Você deve, contudo, buscar apoio em seus filhos e mulher (ou marido). Este é um
problema de todos. Reúna a família e exponha a real situação. Definam juntos quais os
gastos cortar.
Considere
• Saldar dívidas pode significar perda de capital e quem quer sair do vermelho
deve estar preparado para isso. Enxugar contas e vender bens pode fazer parte do
processo.
• Defina os gastos prioritários. Corte os gastos supérfluos e que não acrescentam
nada aos seus objetivos de equilíbrio financeiro.
• Assim que perceber que terá problemas para continuar pagando uma dívida,
procure imediatamente e diretamente o credor, informando sua situação. Esta
medida evitará que sua dívida cresça muito.
• Mesmo endividado você deve traçar metas: assim que liquidar uma dívida,
comece a poupar para um determinado objetivo.
• Abra mão de uma coisa que deseje muito hoje, com o objetivo de equilibrar suas
finanças e poder adquirir aquilo que quer no futuro.
Meu Patrimônio
Construir um patrimônio não é uma tarefa simples. Há muitas pessoas que chegam a
aposentadoria sem um tostão sequer e precisam viver as custas de favores de filhos e
parentes. Este é seu maior estímulo para você construir um patrimônio, poder chegar a
aposentadoria tendo conquistado sua independência financeira.
Todo e qualquer ativo tem um preço que pode aumentar ou cair ao longo do tempo.
Você precisa estar sempre atento a essas oscilações, mesmo dos ativos de menor
liquidez como os imobiliários.
Por isso, para saber se você está de fato construindo um patrimônio é fundamental fazer
periodicamente um levantamento do valor de todos os seus investimentos, mesmo os
imóveis. Compare então o valor atual com o valor de quando eles foram comprados. Se
forem maiores você está construindo um patrimônio, se forem menores você está
amargando prejuízo e terá que rever suas aplicações.
Faça um levantamento dos ativos e passivos que você tem. Conhecer o seu patrimônio
ajudará a estabelecer seus objetivos ao investir.
Quando analisamos nosso patrimônio, algumas dúvidas acabam surgindo. Veja a seguir
alguns exemplos:
Assim como um apartamento, ter um carro significa arcar com algumas despesas na
forma de impostos (IPVA), manutenção, limpeza etc. Além de gerar despesas, o carro é
um bem durável, cujo valor sofre redução gradual ao longo do tempo, ou seja, a taxa de
depreciação é elevada.
Primeiros passos
Poucos brasileiros têm o hábito de colocar no papel suas receitas e despesas. Organizar
as contas significa ter real dimensão de sua saúde financeira. Feito isso, você pode ter
uma agradável surpresa, e descobrir que tem mais dinheiro do que pensa, ou tomar um
baita susto com o tamanho da sua dívida.
Sem um planejamento realista fica difícil reservar algo para investir. Portanto, você
deve aprender a organizar sua vida financeira, para descobrir como transformar os
sonhos de hoje em uma realidade futura.
Quantas vezes você já teve a sensação de que seu dinheiro simplesmente evaporou?
Aquela nota de R$ 50,00 some de sua carteira e você nem lembra como gastou.
A sua previsão, feita no início do mês, de que teria dinheiro sobrando quando
terminasse de pagar as contas quase sempre se transforma numa peça de ficção.
Estes são alguns sintomas da falta de planejamento financeiro. Sem planejamento, não
há como realizar seus sonhos.
• Identifique onde vai parar seu salário todo o mês. Para isso, faça uma lista com
todas as suas despesas, das maiores até as mais corriqueiras;
• Faça uma fotografia detalhada de todas as suas receitas, despesas, dívidas e seus
investimentos
• Junte a família e juntos avaliem os gastos. É fundamental que toda a família
participe dos seus planos financeiros. Desta forma, todos ficarão comprometidos
com um mesmo objetivo
• Faça um orçamento. Ele deve ser simples, incluindo suas receitas e todas suas
despesas. Um orçamento lhe dará exata dimensão de quanto ganha, e
principalmente quanto precisa para realizar seus sonhos.
Agora você tem um panorama perfeito sobre sua vida financeira. O próximo passo é
escolher o caminho de seus investimentos.
Economizar x investir
Para construir um patrimônio você precisará economizar parte de sua renda. Mas não só
isso. Tão importante quanto economizar é investir seu dinheiro. Caso contrário, seu
esforço de economia não ajudará em muito.
A segunda razão é que investimentos bem sucedidos acrescentam mais dinheiro as suas
economias. Assim, seu esforço em economizar poderá ser menor, pois as taxas de juro e
ganho de capital ao longo do tempo fazem o restante do trabalho.
Evolução do patrimônio
Ciclo de vida
Além disso, em cada fase de sua vida há riscos e demandas que devem ser muito bem
avaliados para não comprometer a solidez de seu patrimônio. Só com o planejamento
financeiro você conseguirá se preparar e se proteger para enfrentar as diferentes
situações ao longo de sua vida.
Os investimentos que você possui em empresas e os que pretende fazer devem ser
devidamente analisados para que você saiba se agregam valor ou se estão corroendo seu
patrimônio.
Deixar um belo patrimônio de herança pode não ser o caminho mais seguro para garantir
o futuro de sua família, se os herdeiros não tiverem responsabilidade no manuseio do
patrimônio poderão gastar todos os recursos em tempo recorde. Em geral, os principais
problemas que aparecem na hora em que uma família precisa administrar sua herança,
estão relacionados a ausência de planejamento que garante que a distribuição do
patrimônio aos beneficiários seja efetuada de forma rápida e objetiva. Do contrário,
indefinições no controle ou na gestão de bens acarretam riscos à sua integridade. O
impacto financeiro do divórcio poderá assumir proporções que você sequer imagina se
você não contar com estruturas específicas para proteger seu patrimônio Cuidado com os
imóveis com baixa geração de renda.
Meu Futuro
Quem investe com disciplina sabe que não existe sonho impossível de realizar. Comprar
uma casa, barco ou carro só depende de duas coisas: tempo e planejamento.
Não acredita? Então acompanhe esta simulação sobre como uma pessoa pode chegar à
aposentadoria com um milhão de reais no bolso.
Portanto, quanto mais cedo você iniciar o hábito de investir, mais próximo você estará
de se tornar um milionário.
Você pode usar a mesma lógica para alcançar muitos outros sonhos.
Fórmula Usada:
Taxa de Juros considerada: 10% ao ano
Período de investimento de cada exemplo em anos
Valor aplicação mensal de cada exemplo (considerando capitalização desde a primeira
aplicação)
Meus sonhos
Para cada um de seus objetivos de investimento você precisará de uma estratégia
específica. O melhor é fazer uma programação de investimento separada para cada um
deles. Mas note, esta é uma forma contábil apenas, para que você acompanhe a
evolução de suas aplicações e veja se está conseguindo atingir suas metas.
Na hora de fazer a aplicação reúna todo o montante que for de curto prazo, por exemplo,
e faça uma única aplicação numa aplicação conservadora, como um fundo DI, por
exemplo. Esse procedimento ajudará que você tenha uma economia de custos nas suas
operações.
Minha casa
Comprar a casa própria é um objetivo que você pode incluir entre as metas de longo
prazo, ou seja, acima de cinco anos. No entanto, muita atenção. Você deve ir reduzindo
a parcela de risco conforme for se aproximando a data de você efetivar a compra do
imóvel. De tal forma que, quando faltar apenas um ano para o desembolso, suas
economias devem estar concentradas em aplicações mais conservadoras, como os
fundos DI.
Viajar
Primeiro é necessário que você estabeleça a data em que quer embarcar para saber qual
o prazo que você tem disponível para seus investimentos.
Se pretende embarcar em menos de um ano, não há muito que fazer, terá que concentrar
suas aplicações no curto prazo. Mas observe que, neste caso, você não poderá contar
apenas com os rendimentos para conseguir ter o suficiente para a viagem. Como o prazo
é curto, a maior parte do esforço terá que ser feita por você, ou seja, economizar. vale
citar os pênaltis da tributação.
Mas se a viagem ainda é um sonho distante, então aproveite para tentar engordar suas
economias em mercados de maior risco. Dessa forma, você coloca o seu dinheiro para
trabalhar e em três ou cinco anos, as quantias guardadas poderão render o suficiente
para você levar a família para fazer a viagem dos sonhos.
Antes de começar a investir para financiar sua pós-graduação ou o seu MBA, você
precisará reunir o maior número de informações possíveis sobre a escola e o país que
você quer estudar.
Se você for fazer um MBA no Brasil mesmo, então terá que atentar apenas para o prazo
que você tem para fazer sua aplicação. O prazo já é suficiente para que você estabeleça
uma estratégia, ou seja, veja a melhor diversificação.
No entanto, se você for estudar no exterior, terá que levar em conta outras variáveis,
como:
Emergências
No entanto, observe que com as novas tributações você poderá aplicar esse dinheiro nos
fundos que contam com uma alíquota de IR menor. Dessa forma, se você não precisar
do dinheiro no curto prazo pelo menos fica com uma fatia da parte do Leão.
Seguros
As apólices de seguro vão lhe proteger contra perdas que poderão se transformar numa
catástrofe financeira. Para planejar suas necessidades de seguros pergunte-se:
Considere os riscos a que está exposto e como as perdas financeiras vão afetá-lo.
Examine cuidadosamente suas coberturas potenciais da seguinte perspectiva: risco,
custo e benefícios.
Para você
Na hora em que for contratar apólices você deverá dividir os seguros em três categorias:
aqueles que vão proteger você, os que vão proteger sua família e os que vão proteger
seu patrimônio.
• O que acontecerá se você for impedido de trabalhar por alguns dias, semanas,
meses ou anos?
• No desempenho de sua profissão você pode ser alvo de demandas judiciais?
Suas apólices de seguro têm que conter proteção para cobrir suas despesas caso um
desses riscos ocorra. Há apólices que vão garantir sua renda mensal mesmo se você for
impedido de trabalhar por um período de tempo.
Se você tem filhos vai precisar de um seguro de vida. O Valor da apólice dependerá
muito da idade em que estão os seus filhos. Você deve calcular quantos anos faltam
para que eles se formem e estimar o custo dos estudos até lá. Além disso, precisa prever
em como ficará o padrão de vida de sua família sem a sua renda. Por isso, responda:
Faça uma lista de seus bens e veja quais os que são passíveis de ter uma cobertura de
seguro. Em geral só pensamos em seguro quando compramos um carro. De fato esta é
uma apólice importante.
Mas há outras apólices que protegem seus outros bens e que são bastante em conta.
Imóveis alugados, a casa onde você mora, a casa de praia, enfim todo o seu patrimônio
imóvel deve estar segurado. Trata-se de um custo que deve ser encarado como
investimento e não como despesa.
Mesmo que você ainda não tenha um imóvel próprio e, portanto, more de aluguel, é
importante checar com o proprietário do imóvel se há uma apólice de seguro. Caso
contrário certifique se no contrato há cláusulas que estabeleçam de quem é a
responsabilidade financeira em caso de incêndio no imóvel ou qualquer outro dano que
comprometa sua estrutura.
Investimentos
Uma pessoa de bom senso deve simplesmente ignorar "dicas" para ficar rico da noite
para o dia. Definitivamente as probabilidades estão contra você quando se trata de
ganhar uma bolada ou herdar uma fortuna.
No entanto, a boa notícia é que você pode construir um patrimônio mesmo assim. Para
tanto é necessário ter um plano de investimento.
Investimento não é jogo. Jogo é para especuladores que "apostam" todas as suas
"fichas" numa única "dica" e ficam torcendo dia e noite pelo resultado de suas apostas.
Tudo o que você não precisa para ter sucesso em seus investimentos são apostas, fichas
e dicas. Num processo de investimento não há apostas e nem fichas e dicas, mas sim
objetivos e a melhor carteira (alocação de ativos) para conquistá-los. Afinal,
investimento bem-sucedido é aquele que vai fazer com que você conquiste seus
objetivos.
Não existe o melhor investimento, mas sim o investimento mais adequado para você
atingir seus objetivos.
O que observar
O melhor investimento é aquele que vai deixar você dormir tranqüilo, não colocará em
risco sua saúde financeira e vai financiar todos os seus objetivos.
Mas para encontrar este investimento você precisará primeiro fazer a lição de casa, ou
seja, conhecer a si mesmo como investidor e a seus objetivos. Por isso, antes de
escolher qualquer aplicação certifique-se ...
Esta é a melhor forma de você evitar aplicações que vão lhe tirar o sono. Note que em
momentos de crise estar na aplicação correta para seu apetite para risco evitará que você
amargue prejuízos desnecessários.
Geralmente, quanto mais tolerante ao risco você for, maior poderá ser seu potencial de
ganho como de perda em aplicações em renda variável.
Seu objetivo
Seu objetivo é que deve sempre guiar seus investimentos. Esta é a melhor forma de
você chegar a aplicação correta.
Objetivos de longo prazo podem, conter uma parcela de aplicações de maior risco, pois
elas têm maior potencial de retorno. Este é um cuidado que evitará que suas economias
sejam corroídas pela inflação e ainda ajudará que elas cresçam o suficiente para que
você alcance suas metas.
O tamanho dessa parcela de risco deve ser ponderado por sua tolerância a ele.
Pelo mesmo motivo, investimento de curto prazo não pode contar com aplicações de
alto risco, sob pena de você enfrentar perdas e não ter tempo suficiente para recuperá-
las.
O prazo do investimento
O prazo que você tem para conquistar cada um de seus objetivos, aliado a seu perfil, vai
indicar quanto de sua carteira deverá ser direcionada a aplicações mais arrojadas.
Porque investir já
Quase tão ruim quanto perder dinheiro é olhar para trás e ver o quanto deixamos de
ganhar.
Já parou para pensar quanto você teria se tivesse começado a investir com planejamento
e disciplina no início de sua carreira? Ou se não tivesse sacado aquela reserva que era
para ser de segurança, mas que acabou servindo para pagar a conta do cartão de crédito?
Para não ficar só na imaginação, apresentamos uma simulação que fará você pensar
duas vezes antes de gastar todo o dinheiro do mês, ao invés de guardar um pouco num
investimento.
Imagine que você, com 35 anos, resolve aplicar R$ 2.400 por ano (o equivalente a R$
200,00 por mês) em um fundo de investimento qualquer, com rendimento médio de
10% ao ano.
Note que a soma total das suas contribuições anuais , sem qualquer rendimento, seria
de R$ 72.000,00.
Os R$ 362.264,22 representam o rendimento líquido que você teve só por manter seu
dinheiro no fundo trabalhando por você.
Agora imagine que você tem um amigo da mesma idade que você. Ele é bem mais
organizado e começou a economizar a mesma quantia anual (R$ 2.400) , num fundo
igual ao seu (com rendimento médio de 10% ao ano), só que dez anos antes, aos 25
anos
Aos 35 anos, quando você está começando a investir, a economia do seu amigo já seria
de R$ 42.074,80.
Ele não resgata este dinheiro e decide mantê-lo aplicado além de fazer as novas
aplicações. Aos 65 anos, o saldo do seu amigo prevenido é de R$ 1.168.444,35 .
E olha que ele só aplicou por dez anos a mais que você!
Dá para acreditar?
Quanto antes você começar a investir, mais fácil será acumular patrimônio.
Fórmula usada:
Taxa de Juro considerada: 10% ao ano
Período de investimento: 30 anos
Valor aplicação anual: R$ 2.400,00 (considerando capitalização desde a primeira
aplicação).
Como escolher
Há várias formas de você investir seu dinheiro, comprar um imóvel, aplicar em títulos
de renda fixa ou em ações são alguns exemplos. Um aspecto importante é definir qual a
meta de rentabilidade para a aplicação.
O importante mesmo é que sua decisão seja baseada em seus objetivos, sua tolerância
ao risco a investimentos para arrojados e no seu horizonte de tempo.
Como acompanhar
Assim como tudo na vida, seus objetivos estão em constate evolução, seja por uma
mudança repentina de planos, ocorrida por uma doença na família ou a perda do
emprego, por exemplo, como também uma mudança em seus projetos pessoais (o carro
novo do passado pode ter se transformado na viagem de volta ao mundo do próximo
ano). Com os investimentos a coisa não é diferente.
Deste modo, fique sempre de olho nas suas economias. Não é necessário, é claro, tomar
decisões baseadas em movimentos pontuais de mercado, mas não deixe de fazer
sistematicamente uma avaliação de seus investimentos e adequá-los a fase da vida em
que se encontra, e ao que pretende para seu futuro.
Todos sempre esperam uma única e mágica resposta na hora de investir: onde investir
para ganhar mais sem correr um grande risco.
Essa relação não existe. Todo o investimento embute certo grau de risco e quanto maior
o retorno almejado maior deve ser o risco assumido. Portanto, a palavra-chave para
investir é a INFORMAÇÃO. Não existe "almoço de graça", como se diz no mercado.
Quanto mais você souber sobre os investimentos disponíveis, mais confortável estará
para tomar decisões sobre seu dinheiro.
Então lhe cabe a tarefa de entender seus objetivos, sua tolerância ao risco para daí tomar
a decisão sobre o produto que mais atende a suas necessidades.
Inflação é a variação dos preços de bens e serviços consumidos que acaba por corroer o
poder aquisitivo de uma moeda. Na prática significa que seu dinheiro passa a valer
menos, ou seja, a mesma quantidade de dinheiro compra uma quantidade menor de
produtos.
O Brasil, na década de 80 e início dos anos 90 exibiu taxas de inflação altíssimas, que
chegavam a ultrapassar dos 80% ao mês. Ou seja, num único mês um produto poderia
quase dobrar de preço.
Mas desde meados de 1994, com o início do Plano Real, o Brasil tem trilhado o
caminho de uma relativa estabilização econômica e passou a conviver com taxas de
inflação bem mais razoáveis.
Curiosidade
Segundo essa regra, se você dividir 72 pela taxa anual de inflação, encontrará o número
de anos em que os preços atuais terão dobrado de valor. Por exemplo, se a inflação é de
4%, então divida 72 por 4. O resultado 18, é o número de anos em que os preços terão
dobrado com esta inflação anual.
Rentabilidade real = Rentabilidade nominal (j) dividida pela taxa de inflação (i)
i em 1 ano = 5% a.a.
= (1,0476 - 1) x 100
= 4,76%a.a.
Índices de Inflação
Calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística), o índice mede a variação dos preços no comércio
para o consumidor final. É considerado o índice oficial de
Índice de Preço
inflação do Brasil. O Banco Central utiliza o IPCA para traçar o
IPCA ao Consumidor
sistema de metas para a inflação do Pais. Ele mede o custo de
Amplo
vida de famílias com renda entre 1 a 40 salários mínimos nas
regiões metropolitanas das capitais brasileiras e é medido entre
os dias 01 e 30 de cada mês.
Calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), ele registra a
inflação de preços desde matérias-primas agrícolas e industriais
até bens e serviços finais. Ele abrange toda a população, sem
distinção por faixa de renda. O IGP é formado pela média de três
índices: IPA (Índice de Preços por Atacado, com peso de 60%);
Índice Geral de
IPC (Índice de Preços ao Consumidor, peso de 30%); e INCC
IGP Preços -
(Índice Nacional de Custos da Construção, peso de 10%). Os
Mercado
Índices Gerais de Preços da FGV apresentam-se em três versões:
IGP-DI, IGP-10 e IGP-M. A diferença entre eles é o período de
coleta. O IGP-M é voltado predominantemente à comunidade
financeira e, também, é muito usado para reajuste de energia
elétrica e contratos de aluguéis.
IPC- Índice de Preços Calculado pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas
Fipe ao Consumidor Econômicas), ele mede a inflação no município de S&a tilde;o
da Fipe Paulo. É calculado medindo-se o mês cheio, de 01 a 30 ou 31, de
maneira quadrissemanal. São consideradas as variações de
preços de produtos e serviços definidos por uma Pesquisa de
Orçamentos Familiares (POF), que indica o que cada família
gasta em média e quais itens são de maior relevância. Sete
grupos de análise são utilizados, tais como: habitação (32,79%),
alimentação (22,73%), transportes (16,03%), despesas pessoais
(12,30%, com itens como fumo, bebidas, recreação e artigos de
higiene e beleza), saúde (7,08%), vestuário (5,29%) e educação
(3,78%). O indicador reflete o custo de vida de famílias com
renda mensal de 1 a 20 salários mínimos.
Para saber mais sobre os índices inflacionários, você pode consultar os sites
www.ibge.gov.br, www.fgv.br e www.fipe.org.br
A nova tributação das aplicações financeiras exige que você pense sobre seus
investimentos como nunca antes havia feito, sob pena de perder um bom dinheiro
mesmo em aplicações tradicionais e conservadoras.
Antes de escolher a aplicação você tem obrigatoriamente de saber qual será o destino
daquele dinheiro. Caso contrário amargará perdas, e não são poucas.
O governo promoveu uma ampla mudança na tributação das aplicações financeiras,
privilegiando as aplicações de longo prazo e penalizando fortemente as de curto prazo.
Saber interpretar corretamente essas mudanças vai lhe ajudar a aproveitar melhor as
oportunidades de ganhos e evitar perdas desnecessárias.
Diversifique sempre
Fonte: Anbid
1.2 ) Fundos
Classes de fundos
Para que fosse possível comparar seus investimentos de forma mais homogênea, a
CVM - Comissão de Valores Mobiliários dividiu os fundos da indústria em sete grandes
classes, considerando para tanto, a composição de sua carteira. Essa iniciativa
possibilitou ao investidor, uma visão mais uniforme sobre os tipos de fundos de
investimento disponíveis no mercado.
Se você entender bem o que significa cada uma dessas classificações, vai conseguir
tomar suas decisões de investimento com maior segurança.
Classificação Anbid
I. FUNDOS DE INVESTIMENTO
I - FUNDOS DE INVESTIMENTO:
São os Fundos regulamentados pela Instrução CVM 409/2004(1)
Estes Fundos podem realizar aplicações em ativos financeiros negociados no exterior,
desde que as respectivas características e fatores de risco de cada tipo ANBID sejam
respeitados.
2. FUNDOS REFERENCIADOS:
4. FUNDOS CAMBIAIS:
5. FUNDOS MULTIMERCADOS:
A classificação dos Fundos Multimercados baseia-se nas estratégias adotadas pelos
gestores para atingir os objetivos dos fundos, que devem prevalecer sobre os
instrumentos utilizados.
5.9. Balanceados
Fundos que buscam retorno no longo prazo através de investimento em diversas
classes de ativos (renda fixa, ações, câmbio, etc.). Estes fundos utilizam uma
estratégia de investimento diversificada e, deslocamentos táticos entre as classes de
ativos ou estratégia explícita de rebalanceamento de curto prazo. Estes fundos
devem ter explicitado o mix de ativos (percentual de cada classe de ativo) com o
qual devem ser comparados (asset allocation benchmark). Sendo assim, esses
fundos não podem ser comparados a indicador de desempenho que reflita apenas
uma classe de ativos (por exemplo: 100% CDI). Não admitem alavancagem³.
7. FUNDOS DE AÇÕES:
Os Fundos de Ações devem possuir, no mínimo, 67% da carteira em ações à vista.
II - FUNDOS DE PREVIDÊNCIA
Nesta categoria incluem-se os FAPI's e Fundos Exclusivos para PGBL's. Será
utilizada a classificação dos Fundos de Investimento (item I).
VI - FUNDOS DE ÍNDICE
São os fundos regulamentados pela Instrução CVM 359/2002.
4 - Caso estes fundos sejam compostos somente por ações de uma única empresa, a
política de investimento deve
explicitar esta condição e qual é a empresa.
Classificação CVM
Quando o gestor compra títulos para o fundo, analisa antes a qualidade daquele crédito.
Ele leva em consideração o rating da empresa e do título, o prazo, a remuneração etc., e
se ela é adequada à política de investimento do fundo.
Código de Ratings
Agência Fitch
Agência SR Austin O que significa a
Standard & Atlantic
Moody's Rating* Rating** classificação
Poor's Ratings
Risco baixíssimo. O emissor
Aaa AAA AAASR AAA AAA é confiável.
*Risco quase nulo
Alta qualidade, com pequeno
AA+SR aumento de risco no longo
Aa AA AASR AA prazo.
AA
AA-SR *Risco muito baixo
**Risco irrisório
Entre alta e média qualidade,
mas com vulnerabilidade às
A+SR
mudanças das condições
A A AASR A A
econômicas.
A-SR
*Risco Baixo
**Risco muito baixo
Média qualidade, mas com
BBB+SR
incertezas no longo prazo.
Baa BBB BBBSR BBB BBB
*Risco módico
BBB-SR
**Risco baixo
BB+SR Qualidade moderada, mas
Ba BB BB SR BB BB não totalmente seguro.
BB-SR *Risco mediano
Capacidade de pagamento
B+SR
atual, mas com risco de
B B B SR B B
inadimplência no futuro.
B-SR
*Risco alto
Caa CCC CCCSR CCC CCC Baixa qualidade com real
possibilidade de
CC
inadimplência.
C
*Risco muito alto
Qualidade especulativa e
com histórico de
Ca CC CCSR CC -
inadimplência.
*Risco extremo
Baixa qualidade com baixa
C C CSR C - possibilidade de pagamento.
*Risco máximo
DDD
- D DSR - DD Inadimplente Default
D
Calma, você não precisa decorar todas essas letras e acompanhar a classificação de cada
fundo, empresa, instituição financeira ou país para tomar uma decisão de investimento.
Cabe ao gestor do fundo acompanhar todas estas classificações.
Há uma grande diferença entre a gestão passiva e ativa. Este é um ponto muito
importante da estratégia estabelecida para a gestão da carteira de um fundo de
investimento.
Um exemplo de fundo com gestão passiva são os Fundos de Ações Ibovespa Indexado.
Nestes fundos o trabalho do gestor é fazer com que o desempenho da carteira
acompanhe a variação do Índice da Bolsa de Valores. O gestor compra para a carteira
do fundo as mesmas ações que compõe o índice, a fim de que o desempenho do fundo
seja bem aderente a variação do Índice Bovespa. Neste caso, o fundo pode comprar
todas as ações do Ibovespa e nos mesmos percentuais do índice ou o gestor pode optar
por comprar apenas uma parte das ações, desde que o desempenho deste grupo de ações
acompanhe o desempenho do Ibovespa como um todo.
Os Fundos Multimercados, por exemplo, são fundos que normalmente possuem gestão
ativa, pois combinam investimentos em ativos de diversos mercados (juros, câmbio,
ações, derivativos, etc.) em função de uma estratégia de investimento adotada pelo
Gestor e sem se preocupar com o desempenho de um índice de referencia específico.
Desta forma, podem assumir mais riscos visando rentabilidades maiores.
Indicadores de desempenho
Guia de Fundos
Agora imagine que você não mora num prédio, portanto está fora do condomínio, e
precisa escolher quem vai fazer a manutenção da piscina e da quadra esportiva ou quem
vai contratar os seguranças? Provavelmente, terá mais trabalho em encontrar esses
prestadores de serviços e gastará mais. Se estivesse num condomínio, essa seria uma
tarefa para o síndico, com a vantagem de poder ratear com os outros condôminos esses
custos.
Situação semelhante poderia acontecer com você, caso estivesse sozinho no mercado
financeiro. Caberia a você escolher os ativos para compor uma carteira de investimento.
Isso significa analisar com freqüência riscos, nível de endividamento e expectativa de
resultados de cada empresa da qual você comprou ação ou de cada banco do qual você
adquiriu um CDB. Quem agüenta enfrentar tamanha trabalheira?
Se o gestor faz tudo, qual o papel do investidor? A você cabe escolher fundos de
acordo com seus objetivos e expectativas, e decidir pela aplicação mais adequada,
considerando quando e o que pretende fazer com seus rendimentos.
Quando o investidor aplica seu dinheiro no fundo está comprando uma determinada
quantidade de cotas, cujo valor é diariamente apurado. As instituições informam o valor
das cotas dos fundos nos principais jornais ou na Internet.
Para calcular o quanto você obteve de rendimento, basta dividir o valor atual da cota
pelo valor da cota do dia da aplicação. Para apurar o valor atual do investimento,
multiplique a quantidade de cotas que você possui pelo seu valor no dia.
O valor da cota se altera diariamente, mas sua quantidade de cotas é sempre a mesma,
exceto que:
Multiplique a quantidade de cotas que você possui de um fundo pelo valor atualizado
que ela tem no mercado. Assim, você saberá a sua parte neste condomínio ? o valor
atual do seu investimento.
A primeira é a dos fundos que aplicam seu patrimônio diretamente em títulos e valores
mobiliários ou em qualquer outro ativo disponível no mercado, os chamados FIs -
Fundos de Investimento.
Esta estrutura exige que o gestor entre no mercado vendendo ou comprando ativos a
cada movimentação de aplicação e resgate dos cotistas. Geralmente, concentram-se
neles grandes investidores, como fundos de pensão, bancos e outros fundos de
investimento.
Diferentemente do FI, que negocia diretamente ativos no mercado, os FICFI deve ter no
mínimo 95% do seu patrimônio alocado em cotas de outros fundos de investimento de
uma mesma classe, e que, portanto, estejam de acordo com sua política de investimento.
A exceção fica por conta dos fundos de investimento em cotas da classe
"multimercado", que podem alocar seus recursos em fundos de classes distintas.
O restante do patrimônio do FICFI, ou seja, apenas 5%, pode ser investido diretamente
no mercado, em títulos privados ou públicos federais e em operações compromissadas,
se o gestor assim julgar necessário para atingir seus objetivos estratégicos.
Há no mercado uma enorme variedade de FICFI para sua escolha, com políticas de
investimento, taxas de administração e valores mínimos de movimentações variadas,
que visam atender as diferentes necessidades de cada investidor.
Primeiro tenha claro o que são as taxas pagas para a administração do fundo e qual é a
tributação que incide sobre seu investimento.
Mas vale lembrar que, mais do que o valor cobrado, você precisa considerar um
conjunto de fatores (serviços prestados, idoneidade da instituição, características do
fundo, perfil de risco entre outros), e não tomar sua decisão baseada apenas em uma
única informação.
Taxas e despesas
Taxa de administração
Esta é a taxa mais freqüentemente cobrada pelos fundos. É quanto o fundo (os cotistas)
deve pagar pela prestação de serviço do gestor, do administrador e das demais
instituições presentes na operacionalização do dia a dia. A taxa de administração pode
variar muito de instituição para instituição e de produto para produto e ela é um
percentual ao ano sobre o patrimônio do fundo.
Normalmente, os fundos de renda fixa têm taxas mais baixas que as de fundos de ações,
porque dispensam uma atuação menor do gestor.
Mas não caia no erro de aplicar num fundo só porque a taxa de administração é menor
ou maior. Nem sempre há uma relação direta ou oposta entre o valor da taxa de
administração e o desempenho do fundo. Você precisa verificar o que está incluído no
valor cobrado. E o mais importante: se a política de investimento do fundo está de
acordo com seus objetivos.
Acesse aqui o estudo realizado pela Anbid em abril de 2008 sobre taxa de administração
de fundos de investimento
Taxa de performance
Esta é a taxa cobrada do cotista quando a rentabilidade do fundo supera a de um
indicador de referência, conhecido como benchmark e serve para remunerar uma boa
administração. Este indicador é previamente estabelecido desde a criação do fundo e o
cotista tem conhecimento antes mesmo de fazer a aplicação. A taxa de performance é
cobrada somente sobre a rentabilidade que ultrapassar o benchmark e existe uma
periodicidade mínima para sua cobrança. Como nem todo fundo cobra esta taxa, saiba
se o fundo que você pretende aplicar cobra ou não consultando o prospecto.
Despesas
O fundo pagará suas despesas de acordo com o que está determinado em seu
regulamento.
Tributação
Tributação dos Fundos de Investimento
Conhecer a tributação de cada uma de suas aplicações é fundamental para você não
pagar impostos desnecessários.
• Imposto de Renda
• CPMF
• IOF
CPMF
Alíquota de CPMF*
0,38%
Se você transfere seus recursos de uma conta corrente para a Conta Investimento (Conta
Corrente de Depósito para Investimento), é possível posteriormente realizar
transferências entre aplicações financeiras, de um mesmo titular, sem a tributação da
CPMF*. É importante que esses recursos quando resgatados da aplicação retornem
sempre para a Conta Investimento antes de serem direcionados para novas aplicações.
Se esses recursos voltarem para a conta corrente, pagarão nova CPMF* na saída.
Imposto de renda
O Imposto de Renda (IR) é um tributo cobrado pela Receita Federal das pessoas físicas
e jurídicas, e ele incide sobre o rendimento recebido em aplicações de renda fixa ou
sobre o ganho de capital, em investimento em renda variável.
Fundos de Ações:
São fundos que devem ter, no mínimo, 67% (sessenta e sete por cento) da carteira
alocada em ações negociadas em Bolsa de Valores. Estes fundos contam com alíquota
única de Imposto de Renda independente do prazo que o investidor permanecer com os
recursos investidos. O imposto será cobrado sobre o rendimento bruto do fundo quando
você resgatar sua aplicação.
Prazo da aplicação Alíquota de IR
Independente do prazo da aplicação 15%
Como você pode observar, neste tipo de fundo se um investidor deixar sua aplicação por
um período superior a dois anos ele pagará 15% de imposto de renda sobre o
rendimento do fundo neste período.
Fique atento que: Estes fundos, por terem uma carteira de ativos com títulos de prazo
médio superior a 365 dias, podem ter uma maior oscilação no valor da cota se
comparada aos fundos similares com prazo inferior.
Recolhimento do IR e "come-cotas"
O Imposto de Renda dos fundos de investimentos é recolhido no último dia útil dos
meses de maio e novembro em um sistema denominado "come-cotas". Para este
recolhimento será usada a menor alíquota de cada tipo de fundo: 20% para fundos de
tributação de curto prazo e 15% para fundos de tributação de longo prazo. Desta forma,
a cada 6 meses os fundos automaticamente deduzem este imposto de renda dos cotistas,
em função do rendimento obtido pelo fundo neste período.
Além disto, no momento do resgate da aplicação do investidor, se for o caso, será feito
o recolhimento da diferença, de acordo com a alíquota final devida, conforme o prazo
de permanência deste investimento no fundo.
IOF
O Imposto sobre Operações Financeiras incide sobre o rendimento nos resgates feitos
num período inferior a 30 dias. O percentual do imposto pode variar de 96% a 0%,
dependendo do número de dias decorridos da aplicação, e incide sobre o rendimento do
investimento.
Número de dias decorridos IOF (em Número de dias decorridos IOF (em
após a aplicação %) após a aplicação %)
1 96 16 46
2 93 17 43
3 90 18 40
4 86 19 36
5 83 20 33
6 80 21 30
7 76 22 26
8 73 23 23
9 70 24 20
10 66 25 16
11 63 26 13
12 60 27 10
13 56 28 6
14 53 29 3
15 50 30 0
Atenção: No caso dos fundos com carência, se o resgate ocorrer antes do prazo, esses
fundos sofrem a incidência do IOF, que tende a zerar os ganhos obtidos pela aplicação.
Na prática, algumas aplicações podem ter isenção de um ou mais tributos. Para entender
o que é de fato cobrado de você em cada aplicação, acompanhe a seguinte tabela:
Tipo de
CPMF* IOF IR
Aplicação
Incide na venda
Ações Não incide Não incide quando há ganho de
capital
Incide no
Incide o percentual de 96% a 0%
momento do Incide no
sobre o ganho, dependendo do
CDB débito da conta vencimento ou
número de dias restantes para a
corrente para resgate antecipado
aplicação completar 30 dias
compra do título
Incide no
Incide o percentual de 96% a 0% Incide no
momento do
sobre o ganho, dependendo do vencimento, no
Debêntures débito da conta
número de dias restantes para a pagamento dos juros
corrente para
aplicação completar 30 dias. ou na cessão
compra do título
Fundo de ações:
Incide o percentual de 96% a 0% Incide no momento
Incide no
sobre o ganho, dependendo do do resgate
momento do
número de dias restantes para a Demais fundos:
Fundos de débito da conta
aplicação completar 30 Incide no último dia
Investimento corrente para
dias. Exceção fica para os fundos útil de maio e
crédito na
de ações, que não há a incidência novembro e no
aplicação
deste imposto resgate se houver
rendimento
Incide no
Incide o percentual de 96% a 0% Incide no
momento do
Títulos sobre o ganho, dependendo do vencimento, no
débito da conta
Públicos número de dias restantes para a pagamento dos juros
corrente para
aplicação completar 30 dias. ou na cessão
compra do título
Carteira de investimentos
• Ações
• CDBs (Títulos de crédito emitidos por bancos)
• Debêntures
• Títulos Públicos
• Derivativos
Ações
São valores mobiliários que representam a propriedade de uma fração do capital social
da empresa. Isso significa que quando você compra ações está aceitando investir numa
empresa e, em troca, passa a ser acionista, ganhando participação nos resultados. São
dois os tipos de ações no mercado Ordinárias (ON) e Preferenciais (PN).
Debêntures
Derivativos
Mercado Futuro
É o segmento do mercado que compreende as operações de compra e venda, realizadas
em pregão, de contratos autorizados pela Bolsa de Mercadorias & Futuros, para
liquidação financeira em data futura pré-determinada. A negociação inclui um
comprador que aceita pagar um determinado valor, na data de vencimento do contrato,
pela mercadoria oferecida pelo vendedor. O objeto negociado pode ser uma commodity,
um título, uma moeda ou um índice de referência, como por exemplo, o Ibovespa. Os
contratos negociados são padronizados pela BM&FBOVESPA (antiga BM&F), o que
permite agilidade nas negociações.
Mercado de Opções
Mercado no qual são negociados direitos de compra (call) ou venda (put) de ações,
índices de ações, moedas, contratos futuros ou títulos, com preços de exercício pré-
estabelecidos. No Mercado de Opções, os titulares (compradores) têm o direito de
comprar ou vender uma certa quantidade de ativos, a um preço prefixado até uma data,
enquanto os lançadores (vendedores) ficam com a obrigação de vendê-las ou comprá-
las conforme o acordado. O comprador que adquire uma opção de compra de um ativo
espera que o preço deste ativo no futuro suba. Na compra de uma opção de venda, ele
espera que o preço futuro caia. Já a expectativa do vendedor é oposta: se ele vende uma
opção de compra é porque espera que o preço futuro caia. Se espera que o preço futuro
suba, vende a opção de venda. O valor pago pelo comprador ao vendedor é chamada de
prêmio.
Swap
Significa troca em inglês. No caso dos contratos de swaps, pode-se trocar a variação nos
preços de moedas, taxas de juro ou preços de commodities. Um swap de taxas de juro,
por exemplo, pode ser utilizado para transformar uma taxa pós fixada em uma taxa pré-
fixada, e vice-versa. Um swap de moedas pode ser usado para transformar um
empréstimo em uma moeda estrangeira em outra moeda, por exemplo, transformar uma
aplicação de Reais para Dólares. É uma operação financeira mais sofisticada. Por isso, as
tesourarias de bancos e os gestores de fundos de investimento são os que mais se
utilizam destas operações com o objetivo de obterem um melhor resultado nas suas
aplicações. A idéia é que dois investidores façam aplicações "casadas" que, no dia do
vencimento, servirão como proteção do dinheiro ou até mesmo como especulação para
aumentar o capital.
Termo
Contratos a termo são acordos de compra ou venda em determinada data futura por
preços previamente estabelecidos, cuja liquidação financeira ou entrega física do ativo
acontece, geralmente, no vencimento. Os contratos a termo podem ser negociados em
bolsa, entre duas instituições financeiras ou entre uma instituição e um cliente.
O dinheiro nosso de cada dia merece ser bem tratado. Pelo quadro abaixo, você conhece
todos os caminhos que seu dinheiro percorre, ou seja, tudo que ele compra e o que faz
valer mais com o passar do tempo.
1 Você investiu no fundo mais adequado ao seu objetivo.
O administrador aplica os recursos do fundo de acordo com a política de
2 investimento estabelecida no regulamento e no prospecto. No fundo seu dinheiro
pode ser investido em:
Títulos Públicos
Aqui funciona como se o investidor emprestasse dinheiro ao governo em troca de
rendimentos negociados na data de compra do título. O seu dinheiro ajuda a financiar
as atividades do governo.
CDBs
São os Certificados de Depósitos Bancários emitidos pelos bancos. Quem compra
CDB empresta dinheiro a um banco de sua confiança em troca de um rendimento
negociado, num prazo mínimo de 30 dias.
3
Debêntures
São valores mobiliários emitidos por uma sociedade anônima. É um tipo de
empréstimo em que os investidores recebem uma taxa de juro fixa ou variável sobre o
valor emprestado.
Ações
Valor mobiliário que representa a menor parcela do capital de uma companhia. O
investidor que adquire uma ação passa a ser sócio e a ter participação nos rendimentos
desta companhia.
Quando você faz um resgate, seu dinheiro faz o caminho inverso, deixa de ser título
4
público ou ação, por exemplo, e volta a ser moeda corrente em sua conta.
Regulamentação
Vários órgãos reguladores, como CVM e Banco Central, trabalham constantemente para
que os investidores tenham acesso a informações transparentes sobre regras de
funcionamento dos produtos de investimento, as leis, normas, políticas e riscos.
Além disso, entidades como a ANBID possuem códigos de auto-regulação em que os
próprios participantes do mercado estabelecem normas mais rígidas para regular suas
atividades. O objetivo é criar regras de divulgação de informações e de conduta na sua
comercialização dos produtos de investimento, visando, desta forma, dar mais
segurança e transparência aos investidores.
As alterações promovidas por esta instrução podem ser agrupadas em três grandes
conjuntos, em função de sua motivação:
(i) melhorar o nível de informação dos investidores sobre os ativos e riscos das carteiras
dos fundos;
(ii) ampliar as alternativas de investimento dos gestores, permitindo que possam buscar
maior competitividade e maior rentabilidade;
(iii) assegurar que os distribuidores, gestores e administradores analisem
cuidadosamente o perfil de risco dos investidores dos fundos.
Um pouco de história
Até a edição da Instrução Nortamtiva (IN) 450 da CVM, o grande marco para a
indústria de fundos brasileira era a Instrução 409, publicada em agosto de 2004. A IN
450 atualiza e traz avanços, mas já com a 409 a indústria ganhava transparência e
aumentava a clareza das informações ao investidor. Naquele momento foi consolidado
as antigas normas dos fundos de renda fixa, que eram de atribuição do Banco Central, e
dos fundos de renda variável, antes normatizados pela CVM, em um único instrumento.
Antes da Instrução 409 ser promulgada, a ANBID já contava com sua própria
classificação de fundos, composta por tipos e subtipos. Após a publicação da instrução,
a ANBID ajustou sua classificação à estrutura da CVM, mantendo, no entanto, os
subtipos, que detalham ainda mais as características de uma determinada carteira, e
respeitam o conceito geral da classe a que o fundo pertence.
Hoje em dia, só não são regidos pela Instrução 450 da CVM, fundos que possuem
legislação própria, específica, como os fundos imobiliários, fundos de direitos
creditórios e de participações, por exemplo.
Em resumo:
São 7 as clas ses dos fundos: Fundo de Curto Prazo, Fundo Referenciado, Fundo de
Renda Fixa, Fundo de Ações, Fundo Cambial, Fundo de Dívida Externa e Fundo
Multimercado;
O fundo tem de incorporar no nome o tipo de aplicação que se destina;
Todos os fundos devem ter políticas de divulgação de suas informações e da composição
sua da carteira, ficando esta última disponível, inclusive, no site da CVM;
A cobrança da Taxa de Performance deve estar vinculada a um parâmetro de referência
compatível com a política de investimento do fundo e com os títulos que efetivamente
componham sua carteira;
Fundos de Curto Prazo, Referenciados e de Renda Fixa não podem cobrar Taxa de
Performance;
A cobrança de Taxa de Performance deve ser por período, no mínimo, semestral;
Pessoas físicas com aplicações acima de R$ 300 mil são consideradas investidores
qualificados, e devem atestar tal qualificação mediante assinatura de termo específico;
Os fundos destinados exclusivamente a investidores qualificados podem ter prazos para
conversão de cotas e pagamento de resgates diferenciadas, utilizar títulos e valores
mobiliários na integralização e resgate de cotas; dispensar a elaboração de prospecto
além de cobrar taxa de administração e de performance conforme estabelecido em seu
regulamento.
Conta investimento
Com a entrada em vigor da Conta Investimento e das novas Regras de Tributação, esta
é uma recomendação que pode ser definitiva para o sucesso de seus investimentos.
A conta foi criada por meio da Lei nº. 10.892, de 13 de Julho de 2004 e isentou da
Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF)* a migração entre
investimentos. Isso quer dizer que você deixa de pagar a alíquota de 0,38% toda vez que
trocar de aplicação.
As novas aplicações, no entanto, terão a incidência da CPMF*. Isso porque, todo novo
investimento deve passar por uma conta corrente antes de ser transferido para a Conta
Investimento, e é nesta transferência que há a incidência da contribuição. Depois que os
recursos estão na Conta Investimento, as movimentações entre investimentos contam
com o benefício e são isentas da contribuição.
Porém, ficar pulando de "galho em galho" não é uma boa estratégia. Se por um lado a
Conta Investimento possibilita a troca entre as aplicações sem a incidência da CPMF*,
por outro, as novas Regras de Tributaçãodão vantagens para investimentos de longo
prazo, premiando-os com alíquotas menores de Imposto de Renda (IR).
Classes de fundos
Para que fosse possível comparar seus investimentos de forma mais homogênea, a
CVM - Comissão de Valores Mobiliários dividiu os fundos da indústria em sete grandes
classes, considerando para tanto, a composição de sua carteira. Essa iniciativa
possibilitou ao investidor, uma visão mais uniforme sobre os tipos de fundos de
investimento disponíveis no mercado.
Classificação Anbid
I. FUNDOS DE INVESTIMENTO
I - FUNDOS DE INVESTIMENTO:
São os Fundos regulamentados pela Instrução CVM 409/2004(1)
Estes Fundos podem realizar aplicações em ativos financeiros negociados no exterior,
desde que as respectivas características e fatores de risco de cada tipo ANBID sejam
respeitados.
4. FUNDOS CAMBIAIS:
4.1. Cambial Dólar sem Alavancagem
São fundos que aplicam pelo menos 80% de sua carteira em ativos (de qualquer
espectro de risco de crédito) relacionados diretamente, ou sintetizados via derivativos, à
moeda norte-americana. O montante não aplicado em ativos r elacionados direta ou
indiretamente ao dólar deve ser aplicado somente em títulos e operações de Renda Fixa
(pré ou pós fixadas a CDI/ SELIC). Não admitem alavancagem(3).
5. FUNDOS MULTIMERCADOS:
A classificação dos Fundos Multimercados baseia-se nas estratégias adotadas pelos
gestores para atingir os objetivos dos fundos, que devem prevalecer sobre os
instrumentos utilizados.
5.9. Balanceados
Fundos que buscam retorno no longo prazo através de investimento em diversas
classes de ativos (renda fixa, ações, câmbio, etc.). Estes fundos utilizam uma
estratégia de investimento diversificada e, deslocamentos táticos entre as classes de
ativos ou estratégia explícita de rebalanceamento de curto prazo. Estes fundos
devem ter explicitado o mix de ativos (percentual de cada classe de ativo) com o
qual devem ser comparados (asset allocation benchmark). Sendo assim, esses
fundos não podem ser comparados a indicador de desempenho que reflita apenas
uma classe de ativos (por exemplo: 100% CDI). Não admitem alavancagem³.
7. FUNDOS DE AÇÕES:
Os Fundos de Ações devem possuir, no mínimo, 67% da carteira em ações à vista.
II - FUNDOS DE PREVIDÊNCIA
Nesta categoria incluem-se os FAPI's e Fundos Exclusivos para PGBL's. Será
utilizada a classificação dos Fundos de Investimento (item I).
VI - FUNDOS DE ÍNDICE
São os fundos regulamentados pela Instrução CVM 359/2002.
Classificação CVM
Ações São fundos que investem no mínimo 67% de seu patrimônio em ações
negociadas em bolsa. Dessa forma, estão sujeitos às oscilações de
preços das ações que compõem sua carteira. Alguns fundos desta classe
têm como objetivo de investimento acompanhar a variação de um
índice do mercado acionário, tal como o Ibovespa ou o IBX. São mais
indicados para quem tem objetivos de investimento de longo prazo.
Guia de Investidores
Em um fundo você chegará a lugares que não poderia chegar individualmente, seja
porque desconhece as complexas operações do mercado financeiro, seja porque a
quantia que tem para investir é pequena.
Os fundos são condomínios que reúnem em um mesmo lugar diversos investidores com
objetivos e necessidades semelhantes. Esse condomínio, ou seja, o fundo, contrata uma
instituição para gerir seus recursos (o gestor), que fica sendo a responsável pelas
aplicações dos recursos do fundo no mercado, conforme objetivo e política de
investimento definida. O fundo de investimento consegue condições mais vantajosas no
mercado financeiro que o investidor individualmente. Você não acha que uma aplicação
de R$ 1 milhão sempre consegue uma melhor taxa que R$ 100,00.
A você cabe o papel de escolher o produto que tenha uma política de investimento
adequada a suas expectativas. Além disso, seus objetivos podem mudar com o passar do
tempo, e, portanto, é imprescindível que acompanhe sistematicamente seus
investimentos, para avaliar se eles continuam atendendo as suas necessidades.
Várias são as vantagens de se investir em fundos. Além de contar com uma infinidade
de alternativas disponíveis no mercado, os fundos se tornaram ao longo do tempo, um
excelente instrumento para se investir em diferentes tipos de ativos, pois permite que o
investidor, seja ele pequeno ou grande, tenha acesso aos mais diferentes mercado.
Se você ainda tem dúvida, aqui estão alguns motivos que lhe ajudarão a decidir pelos
fundos de investimento:
• Porque é seguro
• Porque é rentável
• Porque é mais conveniente na hora de investir
• Porque permite acesso a diversos ativos, mesmo com pouco dinheiro para
investir
• Porque permite maior diversificação
• Porque tem liquidez diária
• Porque os custos são baixos
• Porque é transparente
• Porque é importante para a economia brasileira
Porque é seguro
Porque é rentável
É administrado por profissionais especializados, que tem a responsabilidade de analisar
as melhores alternativas disponíveis para os objetivos do fundo. A rentabilidade dos
fundos de investimento tem sido superior a de outros investimentos tradicionais, como
caderneta de poupança ou imóveis.
São tantas as opções de composições de uma carteira de investimento que você pode
escolher um fundo para cada objetivo. O gerente de seu banco pode ajudá-lo a encontrar
o que atenda melhor às suas necessidades, considerando o risco, o objetivo de
rentabilidade e o tempo de aplicação.
O custo de aplicar junto com outros investidores é bem menor do que se você fosse
aplicar seu dinheiro individualmente. Num fundo, os custos de corretagem na aquisição
de ações, por exemplo, são rateados entre todos os cotistas. A única taxa que você paga
é para remunerar os prestadores de serviço do fundo. Consulte o prospecto. Lá todos os
custos estão apresentados de forma muito transparente.
Porque é transparente
Para se ter uma idéia de como o investimento em fundos contribui para o País, hoje
cerca de 60% do patrimônio dos fundos de investimento de alguma forma financiam o
governo. Isso significa que o poder público usa seu dinheiro emprestado para financiar
suas diversas atividades e necessidades. No Brasil, a participação dos fundos no PIB é
maior do que em muitos países desenvolvidos como Itália, Alemanha, Espanha e Reino
Unido. Veja no Gráfico:
Mas foi em 1995 que aconteceu uma importante mudança, que estabeleceu um divisor
de águas na indústria de fundos.
Mercado de fundos
A indústria de fundos cresce sem parar no País porque os brasileiros entenderam que
esta modalidade de investimento oferece rentabilidade, transparência e segurança. E a
transparência é a principal ferramenta desta indústria.
Riscos
Risco é a possibilidade das coisas não saírem como você planejou. Vai sempre existir,
por melhor que tenha sido seu planejamento, porque é derivado do fato de o futuro ser
incerto. O risco é natural a tudo que fazemos em nossas vidas.
Cada vez que você sai de casa de carro e escolhe o caminho que deve percorrer até o seu
destino está, mesmo sem perceber, avaliando risco. Você escolhe se deve seguir por
uma via expressa ou por ruas de bairro, analisando qual trecho é mais curto, qual é o
mais seguro, onde tem menos sinais de trânsito e onde está menos engarrafado.
Depois de pensar nisso tudo, você pode até seguir pelo caminho mais longo porque
concluiu que ele te dará outras compensações, como menos risco de ficar parado num
engarrafamento.
Você pode usar o mesmo raciocínio para entender o que é risco no mercado de fundos.
Se você está procurando um investimento sem riscos, admita: riscos existem. Estão aí
para serem avaliados e controlados.
Tipos de riscos
São três os tipos de risco. Eles não existem isoladamente. Estão interligados e um pode
ser conseqüência do outro. Por isso, é muito importante a escolha da instituição que
administrará seu patrimônio. Você deve optar por uma instituição séria, conhecida no
mercado pela ética e profissionalismo na prestação de serviços.
• Risco de crédito
• Risco de liquidez
• Risco de Mercado
Risco de crédito
Neste tipo de risco, o emissor de títulos pode não honrar o principal ou o pagamento de
juros. Um investidor aceita um investimento com alto risco de crédito pela
compensação de ter uma rentabilidade maior.
Importante: Quando você compra cotas de um fundo de investimento não está aderindo
ao risco de crédito da instituição que administra o fundo. O risco está na carteira, não em
quem administra. Se a instituição na qual você tem investimentos quebrar, você só vai
perder a parcela do patrimônio investida em ativos desta instituição financeira. Vale
reforçar que um fundo não pode ter mais que 20% do seu patrimônio investido em
papéis da mesma instituição financeira que o administra. Se não houver papéis daquela
instituição na carteira, o banco quebra e seu dinheiro continua protegido no fundo.
Exemplo: Você está aderindo ao risco de uma instituição financeira quando compra
CDBs daquele banco. Assim como está aceitando o risco de crédito de uma empresa
quando compra debêntures daquela companhia.
Risco de liquidez
Risco de mercado
Exemplo: Quando uma empresa anuncia que fechará o ano com prejuízo, aumenta o
número de acionistas dispostos a vender suas ações. Assim como em qualquer outro
mercado, se há mais gente querendo vender (mais oferta), o preço cai.
O risco de mercado é maior nos ativos que apresentam maior Volatilidade nos preços,
ou seja, quando há maior oscilação de preço em relação à sua média.
Quando o gestor compra títulos para o fundo, analisa antes a qualidade daquele crédito.
Ele leva em consideração o rating da empresa e do título, o prazo, a remuneração etc., e
se ela é adequada à política de investimento do fundo.
Código de Ratings
Agência Fitch
Agência SR Austin O que significa a
Standard & Atlantic
Moody's Rating* Rating** classificação
Poor's Ratings
Risco baixíssimo. O emissor
Aaa AAA AAASR AAA AAA é confiável.
*Risco quase nulo
Alta qualidade, com pequeno
AA+SR aumento de risco no longo
Aa AA AASR AA prazo.
AA
AA-SR *Risco muito baixo
**Risco irrisório
A A A+SR A A Entre alta e média qualidade,
AASR mas com vulnerabilidade às
A-SR mudanças das condições
econômicas.
*Risco Baixo
**Risco muito baixo
Média qualidade, mas com
BBB+SR
incertezas no longo prazo.
Baa BBB BBBSR BBB BBB
*Risco módico
BBB-SR
**Risco baixo
BB+SR Qualidade moderada, mas
Ba BB BB SR BB BB não totalmente seguro.
BB-SR *Risco mediano
Capacidade de pagamento
B+SR
atual, mas com risco de
B B B SR B B
inadimplência no futuro.
B-SR
*Risco alto
Baixa qualidade com real
CCC
possibilidade de
Caa CCC CCCSR CCC CC
inadimplência.
C
*Risco muito alto
Qualidade especulativa e
com histórico de
Ca CC CCSR CC -
inadimplência.
*Risco extremo
Baixa qualidade com baixa
C C CSR C - possibilidade de pagamento.
*Risco máximo
DDD
- D DSR - DD Inadimplente Default
D
Calma, você não precisa decorar todas essas letras e acompanhar a classificação de cada
fundo, empresa, instituição financeira ou país para tomar uma decisão de investimento.
Cabe ao gestor do fundo acompanhar todas estas classificações.
Quer um exemplo?
Baixa Liquidez - Não existe uma bolsa de imóveis em que você possa vender a casa se
precisar se desfazer do investimento com urgência. Assim, você pode demorar a vender
seu imóvel.
Rentabilidade - Se o imóvel comprado for para você morar, não haverá rendimento e
provavelmente a valorização será inferior à de ativos financeiros. Além disso, ainda
haverá custos como condomínio, taxas, impostos etc.
Uma boa forma de minimizar os riscos é diversificar seus investimentos. Desta forma,
você tende sempre conseguir algum benefício em seus investimentos, mesmo em
situações de turbulência do mercado.
A disposição para assumir riscos é variável, e cada um tem seus limites. O risco deve
ser bem remunerado, mas lembre-se que sua decisão de investimento deve estar baseada
em seus objetivos, sua tolerância ao risco a investimentos para arrojados e no seu
horizonte de tempo.
Não adianta investir no produto que rende mais, se isso custará a você muitas noites de
sono.
Perfil de risco
Você é do tipo de motorista que gosta de dirigir a 100 km por hora, ou faz o estilo mais
cuidadoso, sempre preocupado com os limites de velocidade?
Se você se define como mais cuidadoso, sabe que corre menos risco de acidente que
aquele motorista mais apressado. Mas também sabe que isso não quer dizer que você
está livre dos perigos do trânsito.
O exemplo nos ajuda a entender como o risco faz parte das nossas vidas, por mais
avessos e cautelosos que possamos ser.
O mesmo conceito pode ser usado nas aplicações financeiras. Risco é natural. O
máximo que podemos fazer, assim como no trânsito, é reduzir a nossa exposição.
Os investimentos de alto risco podem ou não ser os de maior rentabilidade. O que você
precisa é entender bem que riscos existem na aplicação que escolheu, seja ela qual for, e
decidir: os ganhos compensam ou não a possibilidade de que nem tudo saia como o
esperado.
Como Escolher
Antes, reflita:
Entender em que momento da vida você se encontra é uma tarefa simples, mas para que
você colha os resultados esperados, é preciso muita disciplina.
Avalie:
Seus objetivos sempre: eles mudam ao longo do tempo, dependendo em que fase da
vida você se encontra.
Seu prazo para investir: Selecione recursos de Curto e Longo Prazo, "pular de galho
em galho" pode não ser uma boa estratégia, pois você pode arcar com custos de
impostos desnecessários.
Acompanhe seus investimentos: Consulte periodicamente a rentabilidade, mas não se
assuste com movimentos pontuais de mercado. Investimentos de longo prazo tendem a
trazer melhor retorno, pois neutralizam movimentos sazonais.
Se você conhece bem sua necessidade, será fácil perceber que tipo de fundo é o mais
adequado para você.
Por exemplo:
Lembre-se: você pode montar uma carteira de investimento comprando cotas de vários
fundos, um para cada objetivo. Isso se chama Diversificação.
Avalie as alternativas
Se você identificou seus objetivos, avaliou sua tolerância ao risco e determinou seu
horizonte de tempo, você já tem base para fazer sua escolha de investimento.
O primeiro passo é selecionar fundos mais adequados ao seu objetivo e perfil de risco.
Em seguida escolher aqueles cujo valor mínimo de aplicação seja condizente com o
montante que tem para investir, e depois disso, resta ler atentamente o prospecto
daqueles selecionados antes de fazer seu investimento inicial.
Este processo fará com que entenda o que cada fundo de investimento tem a lhe
oferecer e se está adequado aos seus objetivos.
Se você quiser se aprofundar ainda mais no processo de escolha, clique aqui e entenda
como os fundos são classificados.
Além de entender o papel de cada um desses profissionais, você deve também conhecer
para que serve cada documento de fundo, e se familiarizar com seus principais termos.
A maior parte dos bancos coloca estes documentos a disposição na internet. Mas se
preferir pode solicitá-los em sua agência bancária.
Há uma grande diferença entre a gestão passiva e ativa. Este é um ponto muito
importante da estratégia estabelecida para a gestão da carteira de um fundo de
investimento.
Um exemplo de fundo com gestão passiva são os Fundos de Ações Ibovespa Indexado.
Nestes fundos o trabalho do gestor é fazer com que o desempenho da carteira
acompanhe a variação do Índice da Bolsa de Valores. O gestor compra para a carteira
do fundo as mesmas ações que compõe o índice, a fim de que o desempenho do fundo
seja bem aderente a variação do Índice Bovespa. Neste caso, o fundo pode comprar
todas as ações do Ibovespa e nos mesmos percentuais do índice ou o gestor pode optar
por comprar apenas uma parte das ações, desde que o desempenho deste grupo de ações
acompanhe o desempenho do Ibovespa como um todo.
Os Fundos Multimercados, por exemplo, são fundos que normalmente possuem gestão
ativa, pois combinam investimentos em ativos de diversos mercados (juros, câmbio,
ações, derivativos, etc.) em função de uma estratégia de investimento adotada pelo
Gestor e sem se preocupar com o desempenho de um índice de referencia específico.
Desta forma, podem assumir mais riscos visando rentabilidades maiores.
Leia os prospectos
Objetivo do fundo
Aqui é apresentado qual o objetivo do fundo, em que classe de ativos ele investe e qual
o retorno que pretendido (superar ou acompanhar um determinado índice de referência),
sem que esta seja uma promessa de rentabilidade.
Política de investimento
Neste item você saberá como o gestor do fundo pretende alcançar o objetivo
determinado no item anterior (Objetivo do Fundo). Aqui estão as definições das regras e
a forma de atuação do gestor. Por exemplo: se o fundo adquire títulos públicos ou
privados, ou ainda se a gestão do fundo será ativa ou passiva.
Risco
Este é um ponto importante que visa alertar para os riscos do produto. Neste item são
explicitados os riscos inerentes aos mercados que o fundo aplica seus recursos. É com
base nele que você determinará se o fundo está dentro de suas expectativas e objetivos.
Regras de tributação
No prospecto você encontrará todas as regras de tributação do fundo. Por isso, a leitura
deste item permitirá saber todos os impostos que incidirão sobre sua aplicação.
Taxa de administração
Aqui está uma informação essencial: quanto você vai pagar para os prestadores de
serviço do fundo (administrador, gestor, custodiante, entre outros) realizarem seu
trabalho. As taxas, geralmente, são expressas em percentual ao ano, e seus valores
variam em função do tipo de fundo e valores mínimos de aplicação. Vale fazer
comparações antes de se decidir pelo investimento, mas lembrando-se sempre que este
não é o único fator de avaliação.
Gestor e administrador
Auditoria
O administrador do fundo é obrigado a informar no prospecto o auditor (ou empresa de
auditoria), externo e independente, contratado para acompanhar o fundo.
Periodicamente este auditor realiza um trabalho de verificação de que o fundo está
cumprindo o que consta no seu regulamento.
Capa do prospecto
Uso de Derivativos: o prospecto deixa claro se o fundo utiliza ou não estratégias com
derivativos que podem resultar em perdas e os riscos associados.
Importante: uma das formas de saber se o seu gestor está cumprindo a política de
investimentos estabelecida no prospecto e no regulamento, é acompanhar a rentabilidade
do fundo, em comparação ao seu índice de referência, se for o caso. Este é um
importante sinalizador principalmente se o fundo tiver uma gestão passiva. Lembre-se
ainda que você é o principal interessado pelos seus investimentos. Dedique-se, portanto,
em reavaliar, de tempos em tempos, seus investimentos, e certifique se ainda estão
alinhados com os objetivos traçados no início de sua aplicação.
Os caminhos para investir
Investir está cada vez mais fácil. O primeiro passo é escolher o fundo que mais atenda
aos seus objetivos. Depois disso, para fazer a primeira aplicação, você deve procurar sua
agência, ou acessar a internet de seu banco.
Na primeira opção você pode aproveitar a oportunidade e conversar com seu gerente
sobre as expectativas do mercado, os produtos disponíveis bem como suas
características e objetivos.
Mas agora, se prefere a internet para tomar sua decisão, a segunda opção pode ser mais
indicada. Os bancos colocam a disposição de seus clientes, todas as informações
necessárias em seus Home banking. Neste ambiente é possível acessar tudo que precisa
saber para escolher bem seu investimento.
Além disso, aplicações adicionais, resgates e consultas de saldos, podem ainda ser
obtidos pela central de atendimento telefônico dos bancos, bem como sua rede de caixas
eletrônicos.
Fique atento:
Fazer aplicações por telefone ou pelo caixa eletrônico é mais indicado para quem já tem
alguma experiência e sabe no que vai investir. Além disso, esses canais não permitem
aplicações iniciais.
A Internet e o contato pessoal na agência são formas mais indicados para quem tem
dúvidas, não está completamente decidido ou precisa esclarecer algum ponto.
É mais fácil escolher um produto pela Internet. Afinal, você pode colher informações de
diferentes instituições financeiras e comparar suas diferentes características numa
velocidade que só o mundo virtual permite.
Se você ainda tem alguma insegurança para investir pela Internet, acompanhe o que
você pode fazer para reduzir os riscos numa operação on-line.
Como Acompanhar
Assim como tudo na vida, seus objetivos estão em constate evolução, seja por uma
mudança repentina de planos, ocorrida por uma doença na família ou a perda do
emprego, por exemplo, como também uma mudança em seus projetos pessoais (o carro
novo do passado pode ter se transformado na viagem de volta ao mundo do próximo
ano). Com os investimentos a coisa não é diferente.
Deste modo, fique sempre de olho nas suas economias. Não é necessário, é claro, tomar
decisões baseadas em movimentos pontuais de mercado, mas não deixe de fazer
sistematicamente uma avaliação de seus investimentos e adequá-los a fase da vida em
que se encontra, e ao que pretende para seu futuro.
Calcule a rentabilidade
Mas saber quanto rendeu o seu fundo em um mês não é suficiente para saber quanto
você ganhou no seu investimento. Afinal é preciso considerar o tempo que seu dinheiro
está aplicado.
Exemplo:
Valor atual da cota = R$ 1.156
Valor da cota no momento da aplicação = R$ 1.000
1.156 / 1.000 = 1,156 - 1 = 0,156 x 100 = 15,6%
Atenção: Se você esqueceu ou não anotou o valor da cota na época da sua aplicação
inicial, não se preocupe. Com uma ligação para seu banco você saberá a quantidade e o
valor da cota no dia em que você investiu. O extrato referente a esta aplicação irá
detalhar também esses valores. Lembre-se que a rentabilidade divulgada é sempre bruta
de imposto de renda, pois o imposto de renda depende do prazo de sua aplicação e do
tipo de fundo.
Indicadores de desempenho
1.3 ) Ações
Guia de Ações
Uma ação representa a menor parcela em que se divide o capital de uma empresa
organizada em forma de sociedade anônima (S.A.). Ao abrir uma S.A., os fundadores
aportam recursos, que podem ser financeiros ou não, que formarão o seu capital social.
Para ter suas ações negociadas em mercados organizados, como as bolsas de valores, a
empresa precisa registrar-se como companhia aberta junto à Comissão de Valores
Mobiliários (CVM).
Caso a empresa tenha dificuldade financeira, por reflexo de problemas do setor em que
ela atua, ou problemas administrativos, por exemplo, a expectativa é de que seu lucro se
reduza, resultando, portanto na queda do preço da ação.
As ações de uma empresa S.A. podem ser negociadas a qualquer tempo em bolsas de
valores ou no mercado de balcão, tendo o acionista a possibilidade de obter o dinheiro
correspondente ao valor de sua cotação ou preço.
Tipos de ações
No Brasil, elas estão divididas em dois grandes grupos: as ações ordinárias e as ações
preferenciais. Ambos os tipos de ações devem ser Nominativas, ou seja, seu detentor é
identificado nos livros de registro da empresa.
As empresas também podem emitir diferentes classes de ação e criar quantas classes
quiser. Essas classes de ação recebem uma letra, conforme objetivos específicos.
Ações PN
As ações preferenciais nominativas, PN, são aquelas que menos protegem o acionista
minoritário, porque não lhe dá o direito de votar em assembléia e ainda, em caso de
venda da empresa, a lei não lhe garante o direito de participar do prêmio de controle.
São ações típicas do mercado brasileiro. Não há ações com essas características em
mercados mais desenvolvidos, como o americano, por exemplo.
No Brasil, no entanto, são as ações PN as que geralmente têm maior liquidez, porque
permitem a empresa emitir ações, sem precisar ter sócios com direito a voto, não
correndo assim, risco de perder o controle da empresa.
A nova Lei das Sociedades Anônimas limitou a emissão de ações PN. Atualmente, ao
constituir uma nova empresa, para cada ação ON, a empresa pode emitir apenas uma
ação PN. Antes essa relação era de duas ações PN para uma ação ON. As empresas que
já existiam antes da entrada em vigor da nova lei podem continuar emitindo ações pela
regra antiga.
Os acionistas preferencialistas, como são chamados os detentores de ações PN, contudo,
têm preferência no recebimento dos dividendos pagos pela empresa quando ela tem
lucro. A legislação estabelece dividendo mínimo obrigatório para as ações PNs, e se a
empresa não pagar dividendos por três anos consecutivos, as PNs adquirem direito a
voto.
Algumas empresas estão alterando seus estatutos com o objetivo de estender às ações
PN o tag along que é o direito de participar do prêmio de controle pago ao acionista
controlador da empresa quando da sua venda. No Novo Mercado , que é um segmento
de listagem de empresas negociadas na BM&FBOVESPA (antiga BOVESPA) que se
comprometem voluntariamente a adotar práticas de governança corporativa e são
admitidas apenas empresas com ações ON.
Ações ON
Os detentores de ações ordinárias nominativas, ações ON, tem o direito de votar nas
assembléias da empresa; no entanto, na maioria das vezes eles não têm poder de veto.
O direito de voto ganha relevância nos casos em que há divergências entre os acionistas
controladores. Veja por exemplo o caso de uma empresa que tenha três sócios no
controle e um deles discorda sobre determinado assunto na assembléia. Esse sócio pode,
dependendo da circunstância, vir a ter direito de veto ao se juntar à outros minoritários
detentores de ações ON.
O que torna as ações ordinárias ainda mais interessantes, contudo, para o investidor é o
tag along. A Lei das Sociedades Anônimas determina que todo acionista com ações ON
tenha direito de participar do prêmio de controle. Pela lei, esses acionistas possuem o
direito de receber por suas ações no mínimo 80% do valor pago para o controlador em
caso de venda da empresa.
Blue chips
As ações conhecidas como blue chips são aquelas que apresentam maior liquidez, ou
seja, as mais negociadas no mercado. Esses papéis, geralmente de grandes empresas,
têm a maior tradição de segurança no mercado acionário.
Tipos de mercado
Ao decidir investir em ações, além de estar certo sobre seus objetivos, você deve
escolher a forma mais adequada as suas necessidades.
Há ainda o mercado primário que é menos conhecido dos investidores. Neste caso, a
empresa está vendendo parte de suas ações e abrindo suas portas para a entrada de
novos sócios (acionistas). No mercado primário as empresas que desejam colocar pela
primeira vez suas ações a venda (abertura de capital) podem transacionar
simultaneamente com os investidores e esses recursos vão para o caixa da empresa.
Tanto em uma opção como na outra, você deverá contar com os serviços de uma
corretora de valores.
Você tem também a opção de investir em ações via Fundos de Ações, que são
instrumentos de investimentos em forma de condomínio, que contam com uma gestão
profissional.
Mercado primário
Quando uma empresa faz uma emissão de ações ou uma venda no mercado primário,
ela está captando recursos no mercado para entre outras coisas, financiar seus projetos e
fazer investimentos. Os recursos obtidos entram para o caixa da empresa.
A empresa pode abrir seu capital (colocando ações no mercado) ou fazer a emissão de
um novo lote de ações (colocando mais uma parte da empresa a venda em forma de
ações).
Mercado secundário
Chamamos de mercado secundário o mercado em que os investidores ou acionistas
transacionam ações de sua titularidade. Ou seja, é o mercado em que é possível comprar
e vender ações já emitidas e em circulação.
Dessa forma, além das bolsas, o termo "mercado secundário" engloba também qualquer
compra e venda realizada fora do recinto das bolsas, em mercado de balcão (os bancos
ou corretoras de valores, por exemplo) ou em negociação direta entre acionistas
celebrada por meio de um contrato de compra e venda.
Ofertas públicas
As ofertas públicas podem ser para venda tanto de ações como qualquer outro valor
mobiliário como, por exemplo, debêntures e notas promissórias ou commercial papers.
Para realizar um IPO a empresa precisa ser de capital aberto e ter suas ações listadas em
bolsa de valores ou mercado de balcão organizado.
O IPO de ações pode ser por emissão de novas ações - emissão primária - ou por venda
de ações já existentes - oferta secundária.
A oferta pública de ações envolve várias etapas, como definição do preço de emissão,
montante a ser captado, adaptação de estatutos sociais, contratação de instituição para
efetuar a colocação das ações junto no mercado, registro na CVM e na bolsa de valores,
marketing da operação, adoção de uma política de disclousure de informações e
procedimentos legais.
Esse instrumento permite realizar uma oferta pública para compra de ações com
objetivo de atender diversas finalidades.
A OPA pode ser, dentre outras, realizada para adquirir ações com o objetivo de fechar o
capital de uma determinada empresa ou para aumentar a participação acionária de um
investidor, podendo objetivar a aquisição do controle.
Para determinar a realização da OPA, a CVM deve ainda entender que a operação venha
a impedir a liquidez das ações remanescentes, condição que deve ser verificada no prazo
de 6 meses contados da realização da aquisição.
Todo investimento leva consigo um custo. Saber quanto custa cada um é muito
importante para que você tire o melhor proveito de suas economias.
A compra de ações, por exemplo, deve ser feita por intermédio de uma corretora de
valores, membro da Bolsa de Valores. Ao decidir investir em ações é importante,
portanto, identificar no mercado uma corretora que ofereça serviços de acordo com o
tamanho do seu bolso. Algumas colocam a disposição de seus clientes o home broker,
que permite a negociação de ações via internet. Esta opção é indicada a pequenos
investidores, pois possuem custos de transação mais reduzidos.
Além disso, a negociação de ações, como a maioria dos investimentos, envolve alguns
impostos que precisam ser entendidos e considerados na hora de investir. Um bom
controle tributário pode representar um diferencial de ganho mais adiante.
Mas lembre-se sempre que ao fazer um investimento, você deve considerar uma série de
fatores. O custo é apenas um deles. Sua decisão deve estar baseada em seus objetivos,
sua tolerância ao risco, no caso de investimentos mais arrojados, e no seu horizonte de
tempo.
Custos
Para investir em ações você deve fazer uma série de considerações: seu perfil como
investidor, suas necessidades de curto, médio e longo prazos e também todos os custos
envolvidos.
Conheça os principais deles:
Corretagem;
É o principal custo quando você compra ações diretamente em uma corretora de valores.
A taxa de corretagem é formada por um valor fixo somado a um valor variável, de
acordo com o volume total de operações realizadas. Este é um custo que varia de acordo
com a corretora, portanto fazer uma consulta prévia à algumas corretoras antes de
comprar uma ação pode significar mais dinheiro no seu bolso no final da transação.
Taxa de custódia
É uma taxa cobrada pela corretora pela manutenção dos seus ativos sob guarda da
instituição custodiante. Dependendo da corretora e do montante dos recursos aplicados
esta taxa pode até não ser cobrada.
Taxa de registro
Percentual estabelecido pela BM&FBOVESPA (antiga BOVESPA)/CBLC, sobre o
valor de cada operação no pregão.
Para conhecer mais detalhes sobre esses custos, acesse o site: www.bovespa.com.br.
Impostos
Conhecer a tributação de cada uma de suas aplicações é fundamental para você melhor
planejar seus investimentos. A maior parte dos investimentos em Renda Variável tem
alíquota de 15%, mas é importante entender os detalhes.
O Imposto de Renda (IR) é um tributo cobrado das pessoas físicas e jurídicas, sobre o
rendimento recebido, seja em uma aplicação financeira, seja em uma atividade
comercial ou profissional.
Estão isentos do Imposto de Renda os ganhos líquidos auferidos por pessoa física em
operações no mercado a vista de ações, cujo valor realizado em cada mês seja igual ou
inferior a R$ 20.000,00, para o conjunto de ações.
Renda Variável
As operações realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e
assemelhadas.
Regulamentação
Vários órgãos reguladores, como CVM e Banco Central, trabalham constantemente para
que os investidores tenham acesso a informações transparentes sobre regras de
funcionamento dos produtos de investimento, as leis, normas, políticas e riscos.
O papel da CVM
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é uma autarquia federal que regula,
disciplina e fiscaliza as bolsas de valores, as companhias abertas, os fundos de
investimento e os mercados derivativos que tenham por referência valores mobiliários.
Uma das principais funções da CVM é cuidar para que investidores tenham acesso a
informações que confirme a boa qualidade das empresas abertas e dos fundos de
investimento. Ou seja, que o mercado seja transparente para o investidor e, o que ainda
é mais importante, que todos tenham oportunidade de acesso a informações relevantes
de maneira uniforme. Dessa forma é possível evitar o chamado insider information, que
é o uso de informações privilegiadas que vão beneficiar determinado grupo de
investidores em detrimento de outro.
A CVM é uma autarquia federal e seu titular é nomeado pelo presidente da República.
Ela foi criada pela Lei 6.385/76. As funções da CVM, dentre outras, são regular e
fiscalizar:
Código de auto-regulação
Uma oferta pública pode ser identificada como aderente a esse Código quando o
prospecto contiver em sua capa o selo ANBID. A criação do selo ANBID tem ainda o
objetivo de mostrar a padronização dos procedimentos das instituições associadas para
maior proteção dos interesses dos investidores.
"A presente oferta pública foi elaborada de acordo com as disposições do Código de
Auto-Regulação da ANBID para as Ofertas Públicas de Títulos e Valores Mobiliários
registrado no 5º Ofício de Registro de Títulos e Documentos do Estado do Rio de
Janeiro sob o n.º 497585, atendendo aos padrões mínimos de informação contidos no
mesmo, não cabendo à ANBID qualquer responsabilidade pelas referidas informações,
pela qualidade do emissor/ofertante, das instituições participantes e dos títulos e valores
mobiliários objeto da oferta."
Lei das S.A .
A Lei das Sociedades por Ações de 15 de dezembro de 1976, foi modificada algumas
vezes. Em 2001, a Lei nº. 6.404 passou por uma grande reforma por meio da Lei nº.
10.303, que ficou conhecida como a Nova Lei das Sociedades Anônimas.
O tag along está previsto na Lei das S.A. apenas para os detentores de ações ON.
Mesmo sem ser uma exigência legal, por meio dos seus estatutos, algumas empresas
estenderam esse direito também aos detentores de ações PN.
Governança corporativa
Prospectos
O prospecto é o lugar onde você investidor pode obter todas as informações relevantes
sobre uma oferta pública de um valor mobiliário e sobre a empresa ofertante.
É um dos mais que importantes documentos para a realização de uma oferta pública,
pois permite ao interessado em comprar títulos e valores mobiliários de uma empresa,
informar-se melhor sobre a oferta que será realizada e avaliar seus riscos e
oportunidades de investimento.
Ele apresenta o valor mínimo e máximo das ações da empresa que você poderá adquirir,
quais os prazos para reserva e a data de definição do preço da ação. Mostra também,
quem são os administradores, a instituição líder da distribuição e demais instituições
participantes da oferta.
O documento deve ser amplamente divulgado, inclusive pela Internet, pelas instituições
intermediárias, CVM e pela empresa objeto da oferta de ações.
Selo ANBID
O Selo ANBID foi criado em 1998 e serve para identificar as ofertas públicas que
estão adotando as práticas recomendadas no Código de Auto-Regulação para ofertas
públicas da ANBID.
"A presente oferta pública foi elaborada de acordo com as disposições do Código de
Auto-Regulação da ANBID para as Ofertas Públicas de Títulos e Valores Mobiliários
registrado no 5º Ofício de Registro de Títulos e Documentos do Estado do Rio de
Janeiro sob o n.º 497585, atendendo aos padrões mínimos de informação contidos no
mesmo, não cabendo à ANBID qualquer responsabilidade pelas referidas informações,
pela qualidade do emissor/ofertante, das instituições participantes e dos títulos e valores
mobiliários objeto da oferta."
Novo mercado
Há uma série de requisitos para que uma empresa liste suas ações no Novo Mercado,
mas seu principal avanço está na exigência de dois itens que nem mesmo a legislação
obriga para uma empresa aberta: ter apenas ações ordinárias emitidas e negociadas no
mercado e oferecer para todos os acionistas as mesmas condições obtidas pelos
controladores quando da venda do controle da companhia (tag along).
Índices
Um índice de ações indica a variação média de preços de uma cesta de ações, chamada
carteira teórica, em um determinado período. Seus valores são expressos em pontos e
sua variação é medida em percentual.
Cada índice é criado a partir de regras específicas que elegem os papéis que vão compor
sua carteira e serve como ponto de referência (benchmark) para medir o desempenho de
determinado mercado, conjunto de empresas ou ações de um setor específico.
Cumprem basicamente três objetivos: são indicadores de variação de preços do
mercado, servem de parâmetros para avaliação de performance de portfólios e podem
ainda servir como instrumentos de negociação no mercado futuro.
FGV 100
Índice calculado pela Fundação Getúlio Vargas para avaliar o desempenho das 100
empresas privadas não financeiras mais capitalizadas na BM&FBovespa.
FGV-100
Ibovespa
Fonte: BM&FBovespa
IBrX
Índice Brasil, também calculado pela BM&FBOVESPA (antiga BOVESPA) e que
mede o desempenho das 100 ações mais negociadas, ponderado pelo seu valor de
mercado (número de ações disponíveis no mercado multiplicado pelo valor da ação). Os
papéis são escolhidos em uma relação de ações classificadas em ordem decrescente por
liquidez, de acordo com seu índice de negociabilidade (medido nos últimos 12 meses) e
tendo sido negociadas em pelo menos 70% dos pregões ocorridos nos 12 meses
anteriores à formação da carteira.
Fonte: BM&FBovespa
IBrX50
O IBrX 50 é um índice que mede o retorno total de uma carteira teórica composta por
50 ações selecionadas entre as mais negociadas na BM&FBOVESPA (antiga
BOVESPA) em termos de liquidez, ponderadas na carteira pelo valor de mercado das
ações disponíveis à negociação.
IEE
IGC
O Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada tem por objetivo medir o
desempenho de uma carteira teórica composta por ações de empresas que apresentem
bons níveis de governança corporativa. Tais empresas devem ser negociadas no Novo
Mercado ou estar classificadas nos Níveis 1 ou 2 da BM&FBOVESPA (antiga
BOVESPA).
Fonte: BM&FBovespa
Derivativos de ações
Outra forma de uso dos contratos de derivativos é para "alavancar" as posições tomadas
no mercado à vista. Ou seja, eles aumentam o potencial de retorno da aplicação. Nesse
caso, esses contratos servem como uma espécie de empréstimo para que o investidor
faça a aplicação com um patrimônio maior do que o seu. Vale ressaltar que esta
operação pode aumentar os lucros, mas também pode aumentar os prejuízos.
Contrato O que é
Nesse mercado, comprador e vendedor assumem o compromisso de negociar
uma commodity ou um ativo financeiro em uma data futura fixada pela Bolsa
(vencimento). As duas partes não desembolsam dinheiro, apenas assumem o
compromisso de compra e venda que será efetivado nesta data futura. O preço
Futuro
acertado no momento da negociação é fixo, mas seu valor é ajustado
diariamente. O valor da negociação pode derivar do comportamento futuro da
taxa de câmbio, juros e índices, como Ibovespa e IBrX-50.
O acionista é todo aquele que detém uma parte do capital da empresa, que é
representado por suas ações. Os acionistas podem ser divididos em dois grupos:
Os direitos essenciais são aqueles inerentes à titularidade acionária. Basta ter uma ação
para estar protegido por esses direitos. Ou seja, nem o estatuto da empresa nem a
assembléia geral, podem excluir qualquer acionista do seu âmbito de incidência.
Já os direitos modificáveis, ora decorrem da lei, ora do estatuto da empresa. São direitos
que podem se estender à todos os acionistas ou ter alguma classe de ação excluída.
Controlador
O controlador é todo aquele investidor ou grupo de investidores que detêm mais de 50%
do capital votante da empresa, ou seja, das ações ON.
Ele pode ser uma pessoa, uma família, uma outra empresa ou um grupo de acionistas
organizados, por meio de bloco de controle. O controle se exerce a partir das ações com
direito a voto. O acionista que reunir, em sua titularidade, metade dessas ações mais
uma tem o domínio das assembléias.
Minoritário
Os acionistas que não fazem parte do bloco de controle da empresa são chamados de
acionistas minoritários.
Eles podem ser atuantes, ter representantes na empresa e estar atentos aos seus direitos,
ou simplesmente nem saber que são minoritários.
Se você tem cotas de um fundo de ações, por exemplo, você é um acionista minoritário
das empresas cujas ações compõem a carteira de seu fundo. Nesse caso, o gestor do
fundo é seu representante legal junto a empresa.
Apesar de não participar da rotina da gestão da empresa, tem o direito de acesso a todas
as informações que vão influenciar no desempenho futuro da empresa. Como sócio no
negócio, o minoritário tem o direito de participar nos lucros e também pode optar por
vender sua participação se a empresa trocar de controlador ou de ramo de atividade.
A Lei das Sociedades Anônimas coloca à disposição dos acionistas minoritários vários
instrumentos para assegurar-lhes certos poderes. Em alguns casos, basta ter a
titularidade de apenas uma ação para ter acesso a esses instrumentos; em outros exige-se
um percentual mínimo do capital.
Todos que compram ações o fazem por um só motivo: querem potencializar seus
ganhos ao longo do tempo.
Mesmo no Brasil, em que as taxas de juro desde o início do Plano Real (1994)
mantiveram-se em patamares extremamente altos, as ações de muitas companhias
bateram com folga o retorno do CDI (taxa de juro praticada entre os bancos e que serve
de referência para aplicações em renda fixa).
Oportunidades
O mercado de ações oferece mais riscos do que o mercado de renda fixa; no entanto,
também apresenta mais oportunidades de ganhos. Comprar a ação de uma empresa e
esperar que ela cresça e mude seu patamar de lucros pode ser uma experiência bastante
gratificante para o investidor. Mas para isso é preciso ter paciência e não se assustar
com oscilações pontuais de mercado, e estar certo que este investimento atende a seus
objetivos de longo prazo.
Quer um exemplo? Observe o que aconteceu com as estatais nos anos 90. Essas
empresas vinham desde a década de 80 com uma enorme defasagem nos preços de seus
produtos e serviços. Na década seguinte, elas corrigiram essas distorções de preços e
seus lucros aumentaram.
Esse movimento de correção de preços fez o lucro da Petrobras, por exemplo, dar um
salto na virada do milênio. As melhorias operacionais e maior transparência das
informações prestadas, aliada a uma alta do preço do petróleo no mercado internacional,
fizeram com que o lucro da empresa evoluísse de R$ 1 bilhão em 1998 para R$ 10
bilhões em 2001.
No início do século XXI, a alta do preço do aço gerou resultado bastante positivo para
as empresas siderúrgicas em geral.
Portanto, vale a pena avaliar com critério a empresa que você deseja comprar ações.
Observar os movimentos do setor a qual pertence, a tendências de seus produtos,
comportamento perante a concorrência, evolução dos preços de seus produtos, entre
outras coisas.
Dividendos
O dividendo é sua parte no lucro da empresa. Sempre que uma empresa tem lucros, ela
reserva parte desse resultado para distribuir aos seus acionistas. No Brasil, as empresas
são obrigadas a um pagamento mínimo de dividendos de 25% do lucro.
O retorno gerado com dividendos pode ser expresso pelo dividend yield de uma ação e
ele é igual ao dividendo pago dividido pelo preço da ação. No Brasil, o dividend yield
médio das empresas mais negociadas (aquelas que compõem a carteira do Ibovespa)
tem aumentado nos últimos anos. Além dos dividendos as empresas também pagam
juros sobre capital próprio, que é uma outra forma de distribuir lucro aos acionistas
das empresas. A diferença é que esse pagamento é tratado como despesa no resultado da
empresa, enquanto o dividendo não.
Dividend yield
Mas atenção: como o dividend yield é o resultado de uma fração, é preciso cuidado na
hora de avaliar esse indicador. Como o preço da ação está no denominador, o dividend
yield pode parecer alto se a cotação (preço da ação) do papel for muito baixa. O que na
realidade pode estar refletindo é algum tipo de problema com a empresa e não uma boa
política de pagamento de dividendos.
Lembre-se: O rendimento sobre uma ação é composto por dividendos e juros sobre
capital próprio.
As empresas, na distribuição de resultados aos seus acionistas, também podem optar por
remunerá-los por meio do pagamento de juros sobre o capital próprio. Para o investidor,
a diferença básica é que ao receber dividendos ele não é tributado, pois a empresa já o
foi quando da apuração de seu lucro líquido. Mas quando recebe o pagamento de juros
sobre capital próprio, ele tem de pagar Imposto de Renda sobre o total recebido.
Tag along
Riscos
Risco é a possibilidade das coisas não saírem como você planejou. Vai sempre existir,
por melhor que tenha sido seu planejamento, porque é derivado do fato de o futuro ser
incerto. O risco é natural a tudo que fazemos em nossas vidas. E nos investimentos não
é diferente.
Investir em ações traz consigo alguns riscos como falamos, portanto, vale avaliar com
critério a empresa da qual deseja comprar ações, observar os movimentos do setor a que
pertence, a tendências de seus produtos, entre outras coisas. Para isso, você pode contar
com ajuda de um especialista que lhe fornecerá as informações necessárias para sua
tomada de decisão ou mesmo investir em um fundo de investimento em ações. Lembre-
se que investimentos em ações são arrojados e de longo prazo, e devem, acima de tudo,
estar de acordo com seus objetivos.
Em agosto de 1929, em declaração dada a uma reportagem sobre como ficar rico
investindo em ações, um executivo financeiro de grande empresa americana disse que,
aplicando meros 15 dólares por mês em ações um investidor conseguiria acumular 80
mil dólares em 20 anos. Isso porque, segundo ele, os Estados Unidos experimentariam
uma enorme expansão industrial.
Logo no início do mês seguinte à publicação da reportagem, o índice Dow Jones, que
mede o comportamento das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York, alcançava
381 pontos, batendo um recorde de alta. A euforia, porém, durou pouco. Sete semanas
depois, os americanos passavam por uma das piores quebras da história do mercado de
ações mundial.
O executivo que fez aquela previsão foi transformado numa espécie de símbolo do
investidor que ignora o risco inerente ao mercado de ações. Por anos seu vaticínio
otimista foi motivo de piada nos círculos da Bolsa de Nova York.
Várias décadas mais tarde, já nos anos 80, uma revista americana foi checar o que
acontecera nos anos seguintes à tal declaração. E constatou que o executivo não estava
tão errado assim.
Mesmo passando pelo crash de 1929, quem tivesse aplicado pacientemente 15 dólares
mensais por 20 anos teria acumulado 9 mil dólares, e por 30 anos, 60 mil dólares.
Embora não sendo tão alta quanto a projetada pelo citado executivo, essa última cifra
era produto de uma valorização média anual de 13%, bem maior que o ganho médio
anual propiciado no mesmo período por uma aplicação conservadora como os títulos do
tesouro americano. A quebra de 1929, portanto, teve uma influência pequena nos
resultados de quem aplicou em bolsa e soube esperar por 20 ou 30 anos. E certamente
nula quando esses resultados com ações são comparados com os de renda fixa.
Quem quer investir em ações não pode esquecer que o mercado é um espelho que
reflete as condições das empresas. Companhias que estão crescendo, gerando lucros e
pagando bons dividendos tendem a ter preços atraentes para seus papéis.
O desafio para o investidor é conseguir comprar essas ações antes que elas atinjam o
chamado preço-alvo, que no jargão do mercado significa o preço-limite de um papel, já
embutida a valorização tecnicamente esperada.
O mercado de ações sempre vai reagir aos indicadores macroeconômicos, mas isso não
significa que o comportamento da Bolsa é ditado por esses indicadores. Muitas vezes,
um evento em determinado setor ou empresa pode refletir no comportamento de uma
ação em particular.
Se esta ação tiver um peso relevante no Ibovespa, por exemplo, esse evento específico
pode causar um impacto no índice. Dessa forma, o comportamento do índice é
fortemente influenciado por uma particularidade do setor ou da empresa. Veja o
exemplo da Telebrás em 1996. Naquele ano, o PIB brasileiro registrou uma queda, mas
ainda assim o Ibovespa teve alta (veja no gráfico I).
Isso ocorreu porque o índice foi influenciado pelo comportamento das ações da extinta
Telebrás (a holding estatal de telefonia). O lucro da Telebrás naquele ano saltou de US$
400 milhões para US$ 3 bilhões, devido ao reajuste das tarifas telefônicas. A alta do
lucro fez o preço das ações da Telebrás dar um enorme salto e como o papel
representava mais de 50% do índice, o Ibovespa também registrou alta, mesmo com o
PIB em queda.
O mesmo movimento aparentemente contraditório acontece em 2000 (ver Gráfico II).
Neste período, o PIB brasileiro estava em alta. Isto é, a economia em crescimento, as
empresas investindo, mas ainda assim o Ibovespa está em queda.
Em 1999, a Bolsa subiu 150%, sendo que 70% nos últimos três meses do ano. O
mercado enxergava positivamente a desvalorização do real e a inflação não teve súbito
crescimento. O ótimo comportamento de 1999 refletiu em uma desaceleração em 2000.
Especialistas citam que este caso é o chamado "dois em um". Um ano cresce tanto que
no seguinte há um ajuste nos preços.
Em 2002 (ver gráfico III), O PIB estava em alta como reflexo do bom andamento da
economia no último ano, enquanto o Ibovespa está em baixa pela crise eleitoral. Já em
2003, o apresentava queda, pela desaceleração que a crise da eleição e o primeiro ano de
governo Lula provocaram. Neste mesmo período a bolsa seguia em alta pelo bom
comportamento do preço das commodities, gerando bons resultados em empresas como
do setor siderúrgico e de papel e celulose.
A Bolsa tende a reagir com queda à alta de juros. Isso ocorre porque a alta da taxa de
juro pode provocar uma retração no consumo que, por sua vez, vai provocar uma queda
no lucro das empresas.
O preço de uma ação reflete a expectativa de lucro da empresa, assim, neste cenário, os
investidores tendem a vender seus papéis, fazendo com que o preço da ação caia.
IBOVESPA X JUROS
Crescimento da economia
O mercado de ações, em geral, reage com alta ao crescimento da economia. Sempre que
há uma alta do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas
produzidas no país e um dos principais indicadores da atividade econômica, o preço das
ações tende a reagir com alta.
Isso ocorre porque, ao contrário do efeito das altas da taxa de juros, o crescimento
econômico tende a provocar um aumento na receita e nos lucros por ações dessas
empresas, o que provoca uma alta no preço dos papéis.
IBOVESPA X PIB
Alta do dólar
Já as empresas que têm dívida em dólar sofrem o efeito contrário. Como suas
obrigações são em dólar, os lucros dessas empresas é pressionado para baixo por conta
do aumento dos seus gatos com o pagamento de dívida.
IBOVESPA X US$
Fontes: IPEA Data e Bovespa
Alta da inflação
O mercado de ações pode apresentar dois movimentos distintos como reflexos à alta
gradual da inflação.
No entanto, se a economia passar por uma onda explosiva de inflação, com os índices
totalmente fora de controle, a tendência é de que o preço das ações tenha uma alta. Isso
porque a ação representa uma fração de uma empresa, ou seja, um ativo real, e assim
tende a ser uma boa proteção contra a inflação.
IBOVESPA X IGPM
Crises internacionais
O mercado de ações tende a reagir com uma forte queda às crises internacionais. Isso
ocorre porque o Brasil ainda é muito dependente do capital estrangeiro para financiar
seus investimentos.
Um ano depois da crise, o ganho acumulado pelas ações que compõem o Ibovespa, foi
de 100,6%. Muito mais do que rendeu no mesmo período o CDI (a taxa de juro
interbancária), 24,2%, e também mais do que o próprio dólar americano, -9,1%.
Tipos de riscos
Quando você compra a ação de uma empresa, está se tornando sócio dela, ou seja, está
investindo no seu crescimento e desenvolvimento. São dois os principais tipos de riscos
relacionados a investimentos em ações: Risco de Mercado e Risco de Liquidez.
• Risco de Mercado
• Risco de Liquuidez
Risco de mercado
Exemplo: Quando algumas empresas anunciam que fecharão o ano com prejuízo devido
a uma recessão no país, aumenta o número de acionistas dispostos a vender suas ações.
Assim como em qualquer outro mercado, se há mais gente querendo vender (mais
oferta), o preço cai e provavelmente a maior parte das ações também cairão de preço
devido a recessão.
O risco de mercado é associado às oscilações dos preços dos ativos e esta oscilação é
conhecida no mercado financeiro como volatilidade, ou seja, a oscilação de preço de um
ativo em relação à sua média.
Risco de liquidez
O risco de liquidez surge da dificuldade em se conseguir encontrar compradores
potenciais de um determinado ativo no momento e no preço desejado. Ocorre quando
um ativo está com baixo volume de negócios e apresenta grandes diferenças entre o
preço que o comprador está disposto a pagar (oferta de compra) e aquele que o
vendedor gostaria de vender (oferta de venda). Quando necessário vender algum ativo
num mercado ilíquido, tende a ser difícil conseguir realizar a venda sem sacrificar o
preço do ativo transacionado.
Como Escolher
É com base nessas duas análises que especialistas tomam suas decisões de
investimentos, e que as corretoras se norteiam para indicar a compra ou a venda de
alguma ação.
É bom lembrar que a seleção de uma carteira de ações requer uma técnica muito
sofisticada, e que são analisadas muitas variáveis que afetam o preço destas ações. Para
ter sucesso nessa empreitada, é importante que escolha um parceiro (corretora ou home
broker) que atenda suas expectativas como investidor e que ofereça informações
constantes sobre seus investimentos.
Mas é bom lembrar que o principal interessado é o investidor, e, portanto, cabe a você
se manter sempre bem informado para tomar as melhores decisões.
Não aplique o dinheiro que pode precisar no curto prazo. Investimentos em ações são
recomendados para quem tem objetivos de longo prazo, e são indicados para
diversificar seu patrimônio;
Assim, seja rigoroso no planejamento financeiro. É importante que tenha capacidade de
cumprir o planejado;
Reavalie sistematicamente seus objetivos. Eles podem mudar ao longo do tempo, e seus
investimentos devem sempre acompanhar estas mudanças;
Diversifique sempre. Não aplique todos os seus recursos no mercado acionário muito
menos em uma única ação.
Você é o único que pode executar esta tarefa com perfeição. Por mais que conte com a
ajuda de um profissional, ninguém melhor do que você mesmo para saber quais são suas
reais necessidades, para que, a partir delas, possa traçar seus objetivos de investimento.
Para começar é preciso saber quanto custa cada um dos seus objetivos, para então
definir uma estratégia para alcançá-los.
Curto Prazo: São aqueles de menos de dois anos, como a troca do carro ou uma
viagem de curta duração.
Médio Prazo: São aqueles para os quais você economiza por pelo menos três anos,
como a reforma de sua casa, uma festa de casamento ou uma viagem mais longa.
Longo Prazo: São os investimentos com prazo superior a cinco anos, como a compra
de uma casa, a faculdade dos filhos, e até mesmo a aposentadoria.
Quanto mais definidos eles estiverem, mais fáceis serão suas escolhas na hora de
investir.
Sua carteira
Sua carteira de investimentos deverá sempre conter uma fatia de aplicações no mercado
acionário. O tamanho desta fatia, no entanto, dependerá de seu perfil como investidor, e
para isso, você precisará medir sua tolerância a riscos e conhecer muito bem seus
objetivos, principalmente os de longo prazo.
Pense em sua carteira de investimento como uma pirâmide. Na base coloque sempre as
aplicações mais conservadoras, como os investimentos em Fundos DI ou de Renda
Fixa, por exemplo. São estes recursos que lhe ajudarão a passar com tranqüilidade os
momentos de turbulência do mercado.
Desta forma, você terá a dimensão de suas necessidades e poderá decidir qual a parcela
de seu patrimônio que será direcionada para mercados de maior volatilidade, como o de
ações. Estes investimentos são indicados para diversificação, portanto, devem estar mais
próximos ao topo da pirâmide, ocupando uma parcela menor do seu patrimônio total.
O mercado de ações é seu aliado para derrotar a inflação no longo prazo, como
incontáveis exemplos mostram. Os papéis, quando bem escolhidos, podem propiciar um
alto retorno em termos reais (acima da inflação ocorrida no período da aplicação). Por
isso, se seus objetivos de investimento estão voltados para o longo prazo, não ignore
esse mercado, sob pena de ver suas poupanças corroídas pela inflação. Mesmo em
economias mais estáveis, onde os índices de preços (inflação) mostram pequenas
variações anuais, ao longo do tempo ela pode comprometer seriamente o poder de
compra de seu capital acumulado.
Eis aí, portanto, uma razão mais do que suficiente para sempre buscar uma remuneração
adequada para seus investimentos, com vistas a não só preservar como também a
aumentar seu patrimônio.
Se você decidiu investir em ações, significa que fez uma avaliação criteriosa de suas
necessidades e objetivos, e que está disposto a investir por um longo período de tempo.
Esses ganhos para o investidor vêm por meio dos dividendos distribuídos por essas
empresas e pela valorização de suas ações no mercado. Comprar ações na bolsa de
valores é, portanto, uma forma de participar dos resultados gerados pelas empresas em
sua atividade. Quanto maior for o lucro que elas apurarem a cada exercício, maior
também será a sua parte, já que cada ação representa uma unidade do capital de uma
empresa.
A forma mais segura de aumentar seu patrimônio com ações ao longo do tempo é pela
montagem de uma carteira diversificada, ou seja, constituída de papéis de diferentes
empresas, de diferentes setores de atividade.
20 aos 40 anos
Esta é uma fase da vida em que há uma enorme pressão para gastos de um lado, e
poucos recursos para investimentos de outro.
Você quer comprar a casa, o carro, fazer uma boa viagem, etc. No entanto, seu salário
ainda está engatinhando. Mas, investimento é o resultado de uma equação onde os
ingredientes são: tempo e dinheiro. Quanto mais você tiver de um menos precisará do
outro.
Objetivos de longo prazo tais como comprar uma casa nova, ter a aposentadoria dos
seus sonhos, pagar a universidade dos seus filhos, exigem uma quantia considerável de
recursos. Diversificar investindo em ações pode ser seu grande aliado para conseguir
conquistar esses ou qualquer outro objetivo que exija uma valorização expressiva do seu
patrimônio, desde que você tenha tempo para esperar isso acontecer.
Dos 20 aos 30 anos idade, mais do que dinheiro, você tem tempo para investir.
Por isso, esta é fase em que a parcela em ações pode compor boa parte de sua carteira de
investimentos. Assim, suas chances de ter sucesso em seus investimentos de longo
prazo aumentam consideravelmente.
Quando você começa a investir em ações, ainda jovem, e faz suas aplicações
regularmente, consegue reduzir bastante o risco inerente a esse mercado.
Isso porque você vai usar uma técnica que os especialistas conhecem como dollar-cost
averaging, ou custo médio, que consiste basicamente, em aplicar em ações todo mês a
mesma quantidade de dinheiro. Nos meses em que as ações estiverem em alta, ou seja,
caras, você comprará poucas ações. Mas nos meses em que elas estiverem em baixa
(baratas), com a mesma quantidade de dinheiro você comprará mais ações, diminuindo,
portanto seu custo médio.
Desta forma, como a tendência é de que se valorizem no longo prazo, o preço médio de
suas ações tende a ser bem razoável.
40 aos 60 anos
Você ainda tem um horizonte de longo prazo para construir sua carteira de
investimentos e, por isso, a parcela de investimento em ações dentro da sua carteira
ainda pode ser relevante.
Esta é uma fase em que seu salário já não é tão baixo, embora a pressão por gastos ainda
seja alta. Neste momento é importante observar que na hora de selecionar seus
objetivos, as aplicações visando à aposentadoria devem estar no topo de suas
preocupações.
Revisar periodicamente sua carteira e fazer uma realocação de ativos sempre que
necessário também é uma atitude prudente nesta fase da sua vida.
Diferentemente do momento anterior (20 aos 30 anos), quando você pode errar quantas
vezes quiser, agora é fundamental que seus acertos sejam bem maiores. Outro ponto que
os analistas chamam atenção é: reduza um pouco a parcela das ações de crescimento
(growth stocks) de sua carteira e procure mais as ações de valor (value stocks).
Se você ainda não teve a oportunidade de iniciar sua carteira de investimentos em ações,
saiba que ainda está em tempo.
Nesta fase da vida você ainda pode ter ações em seu portfólio de investimento.
A expectativa de vida está cada vez mais alta, por isso, desprezar ações mesmo depois
de aposentado pode comprometer seu padrão de vida no futuro.
No longo prazo, historicamente, as ações costumam bater com mais folga as taxas de
inflação. Dessa forma, você protege seu patrimônio da corrosão inflacionária que, no
longo prazo, tende a reduzir significativamente seu poder aquisitivo.
Neste estágio, você deve privilegiar as ações de valor (value stocks). Papéis de empresas
que pagam bons dividendos regularmente, devem representar a maior parcela de sua
carteira de ações. As ações de valor podem lhe proporcionar maior equilíbrio de sua
carteira durante momentos de crise. Além disso, o pagamento regular de dividendos lhe
serve como uma renda e ajudará seu fluxo de caixa.
Os investidores americanos costumam usar uma regra que sugere que eles subtraiam de
100 sua idade e a diferença corresponda a parcela da carteira que deve ser aplicada em
ações. Assim, se você tem 60 anos de idade, sua carteira de investimentos deve ter 40%
aplicados em ações. No entanto, como o mercado brasileiro ainda tem muita
volatilidade (oscilação), esta pode não ser uma boa medida.
O melhor é que você faça uma análise criteriosa de sua carteira. Invista em ações apenas
a parcela de suas aplicações que, mesmo em momentos de crise, não irá comprometer
sua saúde financeira.
Esta é uma excelente decisão: pensar no futuro de seus filhos. Investimento em ações é
indicado para quem tem um horizonte longo de tempo, e com certeza seus filhos se
encaixam nesta regra.
Ao fazer uma carteira de ações para seu filho tente, na medida do possível, aproximá-lo
do investimento. Ele entenderá perfeitamente se você fizer referência aos nomes das
empresas e ele passará, inclusive, a ficar mais atento as notícias sobre determinada
empresa. Ele certamente não será capaz de fazer análises de empresas, mas é uma forma
muito interessante de ensinar conceitos de investimentos ao seu filho, e ainda lhe
mostrar o elo com o setor produtivo, com a economia real.
Não importa a idade de seu filho, se ele já tiver documentos como CPF e carteira de
identidade, poderá abrir sua própria conta em uma corretora. Os pais serão responsáveis
pela movimentação dessa conta, mas os investimentos ficam em nome da própria
criança.
• Exportadoras
• Crescimento
• Valor
• Cíclicas
• Consumo
Exportadoras
Crescimento
As ações de crescimento (growth stocks) são aquelas de empresas que atuam em setores
que exigem constante reinvestimento de lucros, de forma a financiar a expansão dos
negócios. Normalmente são empresas que estão em ciclo inicial de construção de seu
negócio e todo resultado gerado é aplicado no seu crescimento. Desta forma, são
empresas que pagam pequenos dividendos. Por isso, a principal forma de retorno para o
investidor neste tipo de ação é por meio de valorização do preço do papel.
Valor
As ações de valor (value stocks) são opostas às ações de crescimento. São ações de
empresas que atuam em setores maduros da economia, são líderes de seus mercados e
podem estabelecer uma política agressiva de distribuição de seu lucro, sob forma de
dividendos ou juros sobre capital próprio.
Cíclicas
A compra das ações dessas empresas no início do ciclo de alta do preço de seus
produtos e a venda desses papéis no início do ciclo de baixa do preço é determinante na
rentabilidade da operação. O difícil é antecipar-se a estes ciclos.
Consumo
Estilos de gestão
Você também pode adotar uma dessas formas de gestão ou análise para sua própria
carteira de ações. Contudo, algumas são extremamente complexas e vão exigir um
conhecimento bem maior do mercado.
O mercado adota como jargão a nomenclatura em inglês para alguns destes estilos.
Conheça os principais:
• Ativa
• Passiva
• Market timing
• Buy-and-hold
• Top-down
• Bottom-up
• Contrarians
Passiva
Oposto da gestão ativa, na Gestão Passiva o gestor limita-se a reproduzir uma carteira
teórica de determinado índice de referência (benchmark).
A gestão passiva é sempre adotada na gestão dos fundos de ações indexados, cujo
objetivo é acompanhar o desempenho de seu índice de referência. O mesmo pode ser
feito por um investidor, bastando apenas ele comprar todas as ações que compõem
determinado índice, nos mesmos percentuais da composição do índice.
Market timing
Esta é uma estratégia de gestão derivada da gestão ativa.
Buy-and-hold
Top-down
Posteriormente, são selecionadas as empresas que devem ser mais beneficiadas em cada
setor. São selecionadas, então, as ações das empresas que apresentam melhores
perspectivas.
Bottom-up
Este é um nome dado para uma estratégia de análise de investimentos focada nos
fundamentos individuais de cada empresa.
Nesta avaliação não são considerados, como foco principal de análise, o setor no qual a
empresa está inserida, fatores macroeconômicos entre outros. Os que adotam essa
estratégia de avaliação acreditam que essas empresas são superiores ao grupo que
pertencem e seu desempenho não está relacionado diretamente a sua indústria ou a
circunstâncias econômicas.
Contrarians
Como Negociar
Sempre que você quiser comprar ações diretamente, precisará recorrer a uma Corretora
de Valores, instituição fiscalizada pelo Banco Central, que pode estar ou não ligada a
um banco. São elas as únicas instituições autorizadas a operar na bolsa de valores.
Caso sua compra ou venda seja feita por outro tipo de instituição que não uma corretora
de valores (banco de investimento, distribuidora de valores ou agente autônomo, por
exemplo) este intermediário repassará as ordens para uma corretora providenciar a
liquidação das operações na bolsa.
As corretoras oferecem diferentes serviços aos seus clientes, tais como indicação de
compra e venda de ações, informações sobre as maiores altas e maiores baixas da bolsa,
análise de empresas entre outros.
Geralmente é oferecido também o serviço de home broker. Este serviço permite a você
negociar suas ações via internet, com taxas mais atraentes para o pequeno investidor.
Tanto em uma opção como na outra, você terá todas as informações necessárias para
tomada de decisão de seu investimento.
Para ter acesso a lista de corretoras participantes deste mercado, acesse o site da Bolsa
de Valores de São Paulo, www.bovespa.com.br e www.bmfbovespa.com.br.
Canais
Você tem várias formas de investir em ações. É importante avaliar cada uma das
alternativas e escolher aquela que melhor atende seus objetivos.
Confira:
• Fundos de ações
• Corretora de valores
• Home broker
• Clube de investimento
Fundos de ações
Se você não se sente confortável em comprar suas ações sozinho, seja porque não
conhece o mercado, seja porque não tem tempo de acompanhar as análises e a evolução
do preços dos papéis, você pode fazer suas aplicações no mercado acionário por meio
dos fundos de investimento em ações.
Os fundos de ações são conhecidos como fundos de renda variável, e precisam ter pelo
menos 67% de sua carteira aplicada em ações negociadas em bolsas de valores.
Eles podem ser fundos ativos, passivos ou setoriais. Todos buscam acompanhar ou
superar um índice de referência, conhecido no mercado como benchmark. Os fundos de
ações se diferenciam conforme sua política de investimento e da composição de sua
carteira. Consulte o prospecto do fundo antes de investir.
Corretoras
Toda corretora precisa estar credenciada pelo Banco Central, pela Comissão de Valores
Mobiliários e pelas próprias bolsas, e estão habilitadas a negociar valores mobiliários
em pregão.
Home broker
O Home Broker permite a negociação de ações via Internet. Ele está interligado ao
sistema de negociação da BM&FBOVESPA S.A. - Bolsa de Valores, Mercadorias e
Futuros (antiga Bolsa de Valores de São Paulo) e permite que você envie ordens de
compra e venda de ações por meio do site de sua corretora na internet.
Para fazer essas operações é necessário que você seja cliente de uma corretora que
disponha do sistema Home Broker. Hoje em dia a maioria das corretoras já disponibiliza
este serviço para seus clientes.
Você precisará abrir um cadastro na corretora de sua escolha e fazer uma transferência
para conta bancária indicada pela corretora no valor total da operação que deseja
realizar. A corretora então executa a sua ordem de compra de ações.
Você pode contar ainda com os simuladores do mercado de ações, que para aqueles que
nunca tiveram uma experiência com a Bolsa, é uma ferramenta de grande valia. Isso
porque eles possibilitam que o futuro investidor aprenda os mecanismos do mercado,
com simulações de toda a operação, sem precisar desembolsar um centavo sequer.
A internet tem contribuído muito para que pequenos e médios investidores, pessoas
físicas ou jurídicas possam comprar ações diretamente na Bolsa e não apenas por meio
dos fundos de ações ou clubes de investimentos. Com um clique você pode fazer de
casa as operações que desejar na bolsa de valores
IMPORTANTE: Antes de tomar a decisão de investir em uma ação, é importante
pesquisar sobre as empresas que possuem ações negociadas nas bolsas de valores.
Algumas delas colocam a disposição informações financeiras e relevantes pela suas
áreas de Relações com Investidores. Outra fonte de informação é por meio de relatórios
e análises elaboradas por especialistas que contêm indicações sobre algumas ações e, em
alguns casos, com projeções de resultados, lucro e de preço alvo para as empresas. Os
jornais e portais de informações sobre o mercado acionário também são fonte diária de
dados sobre as condições financeiras das empresas.
Clubes de investimento
Ele pode ser gerido pelos próprios sócios (cotistas) ou pela corretora que o administra.
Assim como os fundos, os clubes de investimento também estão sob fiscalização da
CVM - Comissão de Valores Mobiliários.
Sua constituição é feita mediante aprovação e assinatura do Estatuto Social por parte
dos participantes. Nestes documentos são fixados os princípios e as regras de
funcionamento, de acordo com a legislação e com o Regulamento de Registro dos
Clubes de Investimento da BM&FBOVESPA (antiga BOVESPA).
Bolsa de valores
As Bolsas de Valores são entidades responsáveis por manter local físico ou sistema de
negociação eletrônico adequados à realização de transações de compra e venda de
títulos e valores mobiliários.
A partir de março de 2008, no Brasil, a única Bolsa de Valores que negocia ações é a
BM&FBOVESPA S.A., uma empresa de capital aberto resultado da fusão da Bolsa de
Valores de São Paulo – Bovespa e da Bolsa de Mercadorias e Futuros - BM&F. Essa
companhia é a terceira maior bolsa de valores do mundo em valor de mercado e registra
mais de 80% do volume negociado de ações da América Latina.
As Bolsas de Valores existem no Brasil há mais de 100 anos e hoje em dia a maior parte
das negociações com ações é feita pelo sistema Mega Bolsa. Pelos terminais eletrônicos
desse sistema, as corretoras podem enviar suas ordens de compra ou venda diretamente
de seus escritórios, de qualquer parte do território nacional ou mesmo do mundo. O
sistema reproduz na tela o ambiente de negócios, exibindo os registros das ofertas de
compra e venda das ações negociadas e propiciando o fechamento automático das
operações.
O mercado está cada vez mais transparente, e hoje é possível se informar sobre cada
detalhe de seus investimentos de maneira muito simples. Cotações, maiores altas,
maiores baixas, análise de empresa, projeções, análise gráficas e fundamentalistas,
riscos, são algumas das informações que podem ser obtidas junto as instituições
financeiras e na própria Bolsa de Valores, que colocam esses e outros serviços à
disposição de seus clientes e interessados.
Documentos
Para comprar ações, o primeiro passo é procurar uma corretora de valores que seja
membro da BM&FBOVESPA S.A. - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (antiga
Bolsa de Valores de São Paulo), e preencher um cadastro.
1.4 ) Debêntures
Guia de Debêntures
Para financiar iniciativas a médio e longo prazos, como por exemplo, ampliar sua
fábrica, comprar uma nova linha de maquinário ou trocar a frota de veículos, uma
empresa precisa de recursos financeiros. Entre as alternativas disponíveis para se
levantar esses recursos está a emissão de um título de crédito denominado debênture.
As empresas chamadas sociedades limitadas não têm poder para emitir debêntures. Para
emitir debêntures a empresa deve ter seu capital representado por ações, ou seja, ser
uma S.A. Sendo assim, a debênture tem uma característica especial em relação a outros
títulos de crédito: é uma alternativa de financiamento que precisa da aprovação dos
acionistas, pois sua emissão não pode ser decidida pela diretoria isoladamente.
Características
Exemplo:
Empresa Emissão Série Resgate
1ª. 31/01/2008
ABCDE 01 2ª 31/01/2009
3ª 31/01/2010
Valor Mobiliário
Entre os valores mobiliários mencionados na lei 6.385/76 (versão consolidada pela Lei
10.303/04), estão às emissões de responsabilidade das companhias como, por exemplo,
as ações, debêntures e bônus de subscrição, os cupons, direitos e recibos de subscrição.
Valores da Debêntures
O valor nominal de uma debênture pode ser entendido como o valor de cada uma das
debêntures de uma determinada emissão. Assim ao somar o valor nominal das
debêntures chegamos ao valor total da emissão. O valor nominal é definido na escritura
de emissão, expresso em moeda corrente nacional.
Não se deve confundir, no entanto, valor nominal com o preço de subscrição de uma
debênture. O preço de subscrição é o valor pelo qual a debênture é colocada no
mercado, sendo que este preço pode ser:
Com isso, o debenturista paga pelo título o valor nominal atualizado, que foi acrescido
dos juros devidos no prazo de tempo entre a emissão e a subscrição.
Contagem de Prazos
Todas as regras referentes aos prazos de uma debênture são determinadas em sua
escritura de emissão, e devem ser observadas atentamente pelos investidores.
Por ser um instrumento de crédito flexível não há uma medida de comparação entre a
debênture e as outras modalidades de investimento em papéis financeiros.
Porém, uma decisão conjunta entre o Banco Central do Brasil e a CVM, limita essas
alternativas, caracterizando as seguintes formas de oferecer remuneração às debêntures:
Uma mesma emissão de debêntures pode ter mais de uma base de remuneração, desde
que seja por meio de uma repactuação, em substituição à base inicialmente pactuada.
O investidor faz uma avaliação comparativa das condições que lhe são oferecidas em
relação às outras alternativas de investimento, e leva em conta a qualidade das garantias
oferecidas pela debênture e as condições de vencimento antecipado, amortização e
outras características peculiares da emissão.
Repactuação
Conceitualmente, é o ato de contratar de novo. A repactuação é utilizada normalmente
para rever condições de prazo, forma de remuneração e outras cláusulas nas escrituras
de emissão das debêntures.
Quando for prevista na escritura de emissão, a repactuação deverá ser estipulada pelos
acionistas em Assembléia Geral Extraordinária ou pelo Conselho de Administração,
desde que devidamente autorizado, que decidirá sobre as condições de remuneração a
vigorar no período de vigência da remuneração subseqüente. A data da primeira
repactuação também deverá constar na escritura de emissão.
Prêmio de Reembolso
Esta remuneração (ágio) tem por referência a variação da receita ou do lucro da empresa
emissora. Porém, não pode ter como base de remuneração a TR, a TBF, TJLP, índice de
preços, variação cambial ou qualquer outro referencial baseado em taxa de juros.
Estas normas não se aplicam, entretanto, às debêntures que assegurem como condição
de remuneração, a participação no lucro da companhia emissora.
Integralização
O mesmo cuidado deve ser tomado no caso dos investidores de uma primeira série que
se comprometam com a subscrição de outras séries. Neste caso, igualmente, há que se
prever a possibilidade de desistência ou inadimplência do debenturista.
Subscrição
Tipos de Debêntures
Debênture Nominativa:
Neste tipo, a companhia emite a debênture em nome do investidor inicial, realiza o
registro e controle de transferências em livro de registro próprio.
Nominativa Escritural:
A debênture Nominativa Escritural é mantida em conta de custódia, em nome do
investidor, em uma instituição financeira devidamente autorizada pela CVM. Esta
instituição financeira realiza também o registro e controle de transferências,
procedimento semelhante ao da ação escritural.
Simples
O resgate, ou amortização, se dá em moeda corrente
Permutável
O investidor recebe, por sua própria opção, ativos ou ações da empresa, como forma de
pagamento, especificados na escritura de emissão.
Conversível
O valor de resgate pode ser trocado por ações, na forma prevista nos documentos de
emissão, por opção do investidor.
Desta forma, as debêntures simples são títulos de renda fixa que são adquiridos por
investidores com o objetivo de terem rendimento, que é composto por juros e prêmios
que são pagos pelo emissor ao comprador (investidor). Os juros podem ser pré-fixados
ou pós-fixados e ao adquirir este título o investidor sabe a sua data de vencimento ou de
resgate, que nada mais é do que a data cujos títulos serão pagos. Os rendimentos pagos
por estes títulos são definidos em função do risco de crédito dos seus emissores e das
garantias associadas aos títulos, e quanto maior o rendimento, maior é seu o risco de
crédito.
Agora, veja quais informações os relatórios anuais trazem sobre esta operação:
2003:
Em 29 de outubro de 2003, o Conselho de Administração da Petrobras convocou os
acionistas a se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária, em 21 de novembro de
2003, a fim de deliberar sobre a autorização para emissão de debêntures
facultativamente conversíveis em ações preferenciais, para colocação pública
exclusivamente no Brasil, até o valor limite de R$ 300.000,00.
2005:
As debêntures emitidas com a finalidade de financiar, através do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, a aquisição antecipada do direito de
transportar, no Gasoduto Bolívia-Brasil, o volume de 6 milhões de m/dia de gás, pelo
prazo de 40 anos (TCO - Transportation Capacity Option), totalizaram R$ 430.000
(43.000 títulos, com valor nominal de R$ 10) com vencimento em 15 de fevereiro de
2015. Essas debêntures possuem garantia concedida pela GASPETRO, interveniente da
operação, ao BNDES de ações ordinárias de sua propriedade, emitidas pela
Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil S.A. - TBG controlada da
GASPETRO.
Debêntures Padronizada
É a debênture com cláusulas objetivas de fácil compreensão e aplicação e de simples
execução, com objetivo de estimular o desenvolvimento de um mercado (primário e
secundário) transparente e líquido para títulos privados de renda fixa.
Sua criação buscou assegurar o acesso direto e irrestrito dos investidores às ofertas de
distribuição dessas debêntures, e estabelecer bases para que esse mercado permita as
companhias emissoras uma gestão eficiente de seu fluxo de caixa, a qualquer tempo, por
um custo financeiro mais adequado à percepção do seu risco de crédito de seus
investidores.
Debêntures Simplificada
• Pode ser emitida por qualquer companhia aberta com registro atualizado na
CVM, ou que proceda à abertura de seu capital na autarquia;
• A escritura de emissão segue um modelo simplificado, desenvolvido pela
ANBID e pela ANDIMA;
• A emissão deve ter o selo ANBID;
• As debêntures devem ser emitidas seguindo as seguintes bases de remuneração:
- Renda prefixada;
- Renda indexada a índices de preços (IGP-M ou IPCA);
- Renda pós-fixada (% do DI ou SELIC, ou esses indicadores mais spread)
- Ter critérios de cálculo sugeridos pelo trabalho de padronização elaborado
pela ANDIMA;
• Ser emitida em série única, sem possibilidade de utilização do programa de
emissão;
• Ser emitida em valores nominais a partir de R$ 1.000,00, visando a atrair o
pequeno e médio investidor pessoa física;
• Ser da espécie de garantia quirografária, sem possibilidade de utilização de
garantias adicionais;
- Pode ser amortizável, desde que de maneira uniforme;
• Não ter cláusula de repactuação;
• Ter seu rating atualizado anualmente;
• Ser negociada no mercado de balcão organizado ou em bolsas de valores;
• Participar do e-bookbuilding;
• Oferecer até 20% da emissão para as pessoas físicas;
• Utilizar a prerrogativa do green shoe para a constituição de fundo de liquidez,
ou para ser utilizado pelo formador de mercado da debênture.
Outros Tipos
Debênture participativa:
Debênture que confere ao debenturista remuneração através de participação nos lucros
da companhia emissora.
Perpétua:
Debênture emitida sem prazo ou data de vencimento. Normalmente tem pagamento
periódico e constante de rendimentos.
São normalmente operações em que uma companhia que possua fluxo regular de
receitas emite debêntures para antecipar o recebimento dos recursos, aceitando a
aplicação de uma taxa de desconto sobre o fluxo de recebíveis, que servirá de garantia
de pagamento da operação.
Os principais contratos que podem originar debêntures, e que ganham a denominação de
recebíveis, são:
Registro da Emissão
Após o registro, esses documentos devem ser de conhecimento público, para facilitar o
acesso dos investidores às informações que ajudarão a tomar sua decisão quanto ao
investimento.
Registro CVM
Títulos já emitidos, mas que não circulam no mercado, podem também ser objeto de
registro, quando se manifestar intenção de colocá-los à venda ao público.
Registro ANBID
Além disso, com objetivo de proporcionar ainda mais transparência aos investidores, as
instituições financeiras associadas à ANBID (Associação Nacional dos Bancos de
Investimento), ou aderentes ao seu código, estão obrigadas a obedecer às regras contidas
no Código de Auto-Regulação ANBID para Ofertas Públicas de Títulos e Valores
Mobiliários.
O registro na ANBID deve ser providenciado no prazo de até 15 dias contados a partir
da data da concessão do registro da oferta pela CVM.
Requisitos do Registro
O registro, porém, não significa nenhum tipo de juízo de valor quanto a qualidade da
empresa e o risco do investimento. O registro apenas zela, por exemplo, pelo
fornecimento adequado de informações aos investidores.
Emissão
Usualmente, para poder emitir um título de crédito desta natureza, a diretoria de uma
companhia deve obter a concordância dos acionistas, reunidos em Assembléia Geral. Há
a exceção das companhias abertas, nas quais o conselho de administração pode deliberar
sobre a emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações e sem garantia real.
Os demais tipos de companhias realizam emissões privadas, que seguem ritos legais e
regulamentares próprios.
Uma companhia pode realizar mais de uma emissão, e cada emissão pode ser dividida
em séries diferentes.
Exemplo:
Vol. em
Nº Agente Tipo
Emis- Nº Remune-
Código Emis- Fiduci-
sor Série Mil ração
são ário (1)
(R$)
ANHB Auto- IGPM +
1 1 Pentagono S 98
-D11 ban 10,65% a.a.
ANHB Auto- IGPM +
1 2 Pentagono S 98
-D12 ban 10,65% a.a.
ANHB Auto- 1 3 Pentagono S 314 103,30%
-D13 ban do DI
Fonte: www.bovespa.com.br
Tipo (1)
C - Conversível
S - Simples
P - Permutável
Caracteristica Exemplo
Montante R$ 10.000.000,00
R$ 8.000.000,00 em títulos de R$ 10.000,00 = 800 títulos
Número de debêntures e
R$ 1.000.000,00 em títulos de R$ 5.000,00 = 200.
divisibilidade
R$ 1.000.000,00 em títulos de R$ 1.000,00 = 1.000
Prazo 4 anos, vencendo em 10 de outubro de 2010
Data de emissão 10 de outubro de 2006
Preço de subscrição Valor nominal atualizado até a data de subscrição
Taxa média do DI de um dia, over extra grupo base 252 dias
Base remuneratória úteis calculada e divulgada pela Cetip, definida em
bookbuilding, observado o teto de 104,5% da taxa DI
Amortizações ou Amortização de 50% em dois anos, na data de 10 de outubro
resgates programados de 2008
Conversibilidade ou não
Debênture simples, não conversível em ações
em ações
Lançamento
Modalidade de
Características
underwriting
A instituição financeira se compromete a realizar os melhores esforços
para a colocação, junto ao mercado, as sobras de debêntures do
Melhores
lançamento.
esforços (best
Não há comprometimento por parte do intermediário para a colocação
efforts)
efetiva de todas as debêntures. A empresa assume os riscos da
aceitação ou não das debêntures lançadas ao mercado.
A instituição financeira se compromete a colocar as sobras junto ao
público em determinado espaço de tempo, após o qual ela mesma
Stand-by
subscreve o total das debêntures não colocadas. Decorrido o prazo, o
risco de mercado é do intermediário financeiro.
A instituição financeira subscreve integralmente a emissão para
revendê-la posteriormente ao público. Selecionando esta opção a
Firme (straight)
empresa assegura a entrada de recursos. O risco de mercado é do
intermediário financeiro.
Distribuição Pública
Alguns atos são caracterizados pela CVM como oferta pública. São ações de venda,
promessa de venda, oferta à venda ou subscrição, por exemplo.
Apesar de não haver definição legal acerca das características principais da colocação
privada de valores mobiliários, podemos classificar como emissão e distribuição privada
aquela que não envolve uma oferta pública a investidores no mercado de capitais.
A emissão pode ser realizada tanto pelas companhias abertas como pelas fechadas. Esta
modalidade de emissão é destinada a acionistas da companhia emissora ou a um círculo
restrito de investidores (quase sempre investidores institucionais). Mesmo não sendo
necessária a aprovação prévia da CVM, a distribuição privada de debêntures feita pelas
companhias abertas devem, de qualquer forma, prestar informações ao órgão.
Escritura da Emissão
É o documento em que estão descritas todas as condições sob as quais se dará a emissão
da debênture. A escritura da emissão deve constar cláusulas como:
• Direitos do debenturista;
• Deveres da companhia emissora;
• Montante da emissão, quantidade de títulos e valor nominal unitário;
• Data de emissão e de vencimento, amortizações (quando houver) e seu
vencimento;
• Condições da amortização;
• Condições de conversibilidade (quando houver)
• Forma de remuneração;
• Prêmios de reembolso.
Além destas informações, a escritura pode regular outras cláusulas mais específicas,
como, aquisição facultativa e/ou resgate antecipado facultativo da debênture, ou
condições como:
A escritura de emissão, quando for o caso, pode ser alterada por aditamentos.
Prospecto da Emissão
O prospecto da emissão é documento de divulgação obrigatória nas emissões públicas.
Nele, se consolidam informações relevantes sobre a companhia emissora, e permite aos
investidores em potencial a melhor avaliação do investimento, e auxilia na tomada de
decisão.
Emissão no Exterior
Para realizar essa emissão, a companhia deve ter prévia autorização do Banco Central
do Brasil.
Agentes da Emissão
Nas operações com debêntures, as instituições financeiras e empresas prestadoras de
serviços especiais devem assumir diferentes funções, destinadas a completar todos os
passos legais, regulamentares e operacionais que permitem a fluidez no mercado de
debêntures. Estas funções são:
• A liquidação financeira;
• O registro e a custódia;
• A escrituração em nome dos investidores;
• A certificação das demonstrações contábeis que constam dos documentos de
emissão.
Conhecer o papel que cada instituição envolvida no processo, é fundamental para que
tenha transparência de cada etapa do processo de emissão de uma debênture.
Agente Fiduciário
Seu papel, entre outras atribuições, é atestar que a escritura de debêntures, por exemplo,
está de em conformidade com os requisitos legais e regulamentares. Além disso, realiza
os registros necessários e esclarece as lacunas e irregularidades que porventura possam
existir.
Banco Mandatário
Banco Liquidante
Para tanto, o Banco Liquidante tem conta "Reservas Bancárias", em espécie, no Banco
Central do Brasil. Esta conta, habilitada junto à Cetip e indicada pelos participantes da
operação, serve para que o Banco Liquidante possa liquidar as operações registradas no
SDT e no SND.
Instituição Depositária
A instituição autorizada a prestar esses serviços deve empenhar-se para que todas as
etapas da emissão e substituição de certificados, de transferências e averbações nos
livros sejam praticadas no menor prazo possível. A instituição depositária deve ainda
fornecer aos debenturistas o extrato da sua conta de depósito ou de custódia,
periodicamente.
Escriturador
Auditor Independente
Esta regra vale inclusive para a empresa que se tornou uma companhia aberta, com o
objetivo de realizar emissão de debêntures.
É importante que o Auditor Independente, como o próprio nome diz, tenha objetividade
e independência em sua avaliação. Para total transparência, em seus documentos
públicos, as companhias devem detalhar se o auditor independente contratado por elas,
realizou algum tipo de serviço que não seja especificamente o de auditoria externa.
Este dever é obrigatório, mesmo que nenhum outro serviço do auditor tenha sido
contratado.
Assembléias de Debenturistas
É ainda a reunião para deliberar sobre matérias que afetam diretamente os negócios da
companhia emissora, especialmente no que diz respeito à repactuação de taxas de juros.
Se propostas de novas taxas não forem aceitas pelos debenturistas, por exemplo, a
companhia poderá ter de resgatar toda a emissão, ou a série objeto da deliberação da
Assembléia.
• Pode ser convocada pelo agente fiduciário, pela companhia emissora, por
debenturistas que representem dez por cento, no mínimo, dos títulos em
circulação, e pela CVM;
• A Assembléia se instalará, em primeira convocação, com a presença de
debenturistas que representem metade, no mínimo, das debêntures em
circulação, e, em segunda convocação, com qualquer número;
• O agente fiduciário deverá comparecer à Assembléia e prestar aos debenturistas
as informações que lhe forem solicitadas;
• A escritura de emissão estabelecerá a maioria necessária, que não será inferior à
metade das debêntures em circulação, para aprovar modificação nas condições
das debêntures.
• Nas deliberações da Assembléia, a cada debênture caberá um voto.
Tipos de Oferta
Oferta Primária
Cronograma:
D + 0 - Publicação do Aviso ao Mercado
D + 0 - Disponibilização do Prospecto
D + 0 - Início das apresentações (Road Show)
D + 0 - Início do bookbuilding
D + 5 - Início do período de reserva
D + 10 - Encerramento do período de reserva
D + 15- Encerramento das apresentações (Road Show)
D + 15 - Encerramento do bookbuilding
D + 15 - Fixação do preço de subscrição
D + 15 - Assinatura do Contrato de Distribuição
D + 16 - Publicação do anúncio de início da distribuição pública
D + 20 - Divulgação do anúncio de opção de distribuição de lote suplementar (green
shoe)
D + 25 - Início da negociação
Oferta Secundária
Tributação
Características da tributação
O fato gerador do imposto de renda é a situação, definida em lei, que enseja a obrigação
jurídica de pagar o tributo. No caso das debêntures, é o recebimento das remunerações
devidas pela companhia emissora aos investidores.
Se uma debênture paga, anualmente, IGP-M acrescido de uma taxa de juros, essa
remuneração constituirá o fato gerador do imposto.
Já a base de cálculo é o resultado positivo sobre o qual se aplica uma alíquota definida
em lei para calcular a quantia de imposto a pagar. Se o valor dos rendimentos foi, por
exemplo, de R$ 1.000,00, ele constituirá a base de cálculo sobre a qual incidirá a
alíquota do imposto.
O valor assim calculado se denomina valor tributado, e é a quantia que o investidor
deve pagar por ter recebido a remuneração de seu investimento.
Nas operações com debêntures, aplica-se a tabela abaixo, construída a partir do fato
gerador:
Exemplo 1:
Exemplo 2:
Agentes do Mercado
O caminho entre a emissão até a circulação das debêntures no mercado passa por
algumas etapas, e em cada uma delas, há um agente do mercado responsável.
Estes agentes são:
• Assembléia de debenturistas
• Agente fiduciário de debenturistas
• SND - Sistema Nacional de Debêntures
• SDT - Sistema de Distribuição de Títulos
Bovespa FIX
A operação pelo SND estimula a ampliação das operações com debêntures, pois
processa automaticamente os eventos relacionados à emissão, e debita ou credita
recursos diretamente nas contas dos participantes.
A operação pelo SDT simplifica a colocação primária das debêntures, com a emissão
automática de recibos de subscrição e liquidação financeira pelas normas do Sistema de
Pagamentos Brasileiro, com diferentes rotinas que tornam o acesso para registro de
operações exclusivo aos participantes credenciados, proporcionando ampla segurança.
Porque Investir
• Taxa de juros: quanto menor for o custo financeiro, maior será o retorno obtido
pelos sócios, na alavancagem financeira, se o prazo for adequado ao projeto;
• Prazo para pagamento: se um projeto de ampliação só vai gerar superávit de
caixa, através de resultados, para o pagamento do compromisso assumido,
dentro de dois anos, é mais adequado obter recursos que tenham carência de dois
anos, isto é, cujo pagamento comece daqui a dois anos.
Diversificação
Ao investir em uma debênture, por ser um título de longo prazo, destine uma parcela
dos seus recursos que você sabe que não ira necessitar antes do vencimento do título ou
nas datas de suas amortizações do principal. Lembre-se que investindo em uma
debênture simples você está investindo em um título de renda fixa e o imposto de renda
é decrescente em função do prazo, atingindo seu patamar mais baixo para vencimentos
acima de 2 anos.
Histórico da Debênture
A palavra do inglês, "debênture", que por sua vez a adotou do latim a partir da voz
passiva de verbo debentur, que significa "ser devido", foi provavelmente o instrumento
que financiou a companhia do engenheiro francês Ferdinand de Lesseps para a abertura
do canal de Suez, no Egito, nos anos de 1860.
Inicialmente, a debênture representava uma confissão de dívida por escrito, emitida para
obter recursos junto a investidores.
Atualmente, é uma das formas de captação de recursos das empresas, que emite
debêntures e as vende à investidores, com a promessa de pagar, nas condições
contratadas, o valor equivalente ao valor dos títulos emitidos acrescido de uma
remuneração. Sendo assim, cada debênture representa uma fração da dívida total que foi
negociada entre a empresa emissora e o investidor.
Riscos
Risco é a possibilidade das coisas não saírem como você planejou. Vai sempre existir,
por melhor que tenha sido seu planejamento, porque é derivado do fato de o futuro ser
incerto. O risco é natural a tudo que fazemos em nossas vidas. E nos investimentos não
é diferente.
Investir em debêntures traz consigo alguns riscos, portanto, vale avaliar com critério a
empresa da qual deseja investir. Para isso, você pode contar com ajuda de um
especialista que lhe fornecerá as informações necessárias para auxiliá-lo em sua tomada
de decisão ou mesmo optar por investir em um fundo de investimento que tenha em sua
carteira esta modalidade como opção.
Avaliação de Risco
Deve ser entendido tanto como a possibilidade de perda, como uma oportunidade de
ganho, pois é a probabilidade das coisas não ocorrerem como planejou. Assim,
representa o grau de incerteza do retorno do investimento.
No primeiro caso, o risco inexiste se ele pagar pelo que subscreveu, pois o pagamento
de uma subscrição pode ser feito em dinheiro ou em bens, e esses bens devem ter valor
econômico aceito e reconhecido por quem os recebe. Esta é a principal razão desta
ressalva na avaliação do risco, já que a companhia emissora pode acionar o subscritor
que não cumprir a obrigação de subscrever.
Nos títulos de renda fixa em geral o risco de crédito é o mais comum. Este risco
acontece nos casos em que o investidor não recebe, na data de vencimento, o valor
investido acrescido da remuneração (rendimento). Em caso de inadimplemento ou
insolvência da companhia emissora da debênture, cabe ao investidor a execução das
garantias, conforme estabelecido na escritura de emissão e na legislação em vigor. A
avaliação do risco é obtida pelo processo de classificação de risco conhecido como
rating.
Portanto, para fazer uma boa avaliação sobre qualquer alternativa de investimento, o
primeiro passo é ponderar seus objetivos, pois desta forma tomará decisões de
investimento baseadas em suas reais necessidades.
Rating
Rating é uma opinião sobre risco relativo, com base na capacidade e vontade do
emissor para pagar completamente e no prazo acordado, principal e juros, durante o
período de vigência do instrumento de dívida e, a severidade da perda, em caso de
inadimplência.
Rating de crédito
Classificação de Risco
Espécies e Garantias
Existem ainda disposições sobre garantias acessórias, que reforçam a atratividade desses
títulos. São elas:
Marcação a Mercado
Como o próprio nome diz, marcação a mercado, significa atualizar para o valor do dia o
preço. Ou seja, mesmo sua debênture (ou qualquer outra ativo de renda fixa) tenha uma
taxa determinado (pré ou pós-fixada) é necessário que, diariamente, seu valor seja
atualizado.
O risco de crédito, essencialmente, está vinculado aos preços definidos pelo mercado, e
se faz necessário, a cada momento, definir o valor do título em função das novas taxas
vigentes em relação ao rendimento definido na sua origem.
Para definir o valor de negociação em uma data qualquer, o mercado define a taxa do
momento composta da taxa básica (sem risco) e do spread adicional definido pelas
variáveis de risco que envolve o título negociado.
A partir da taxa básica de negociação (remuneração sem risco), do spread definido pelo
vendedor (rendimento acima da taxa básica) e do prazo de vencimento do título, a
fórmula a seguir define o valor a pagar pelo título negociado no mercado:
Em que:
Como Negociar
A primeira delas é adquirir diretamente o título. Para isso, deve buscar se informar
sobre a companhia emissora, escolher um agente de mercado (distribuidora ou corretora
de valores) para realizar sua operação.
Caso o investidor deseje investir isoladamente, ele pode adquirir debêntures junto ao
seu corretor ou distribuidor, que realizará a operação por um destes sistemas de
negociação:
Como resgatar
O investidor pode optar por converter sua debênture, e escolher outras formas de
recebimento de seu crédito no vencimento.
Por exemplo: uma debênture foi negociada, no seu lançamento, pelo valor nominal de
R$1.000,00, à taxa de juros nominal de 15% a.a. (taxa de juros que o investidor
receberá se permanecer com o título até o seu vencimento), prazo de 3 anos.
Considerando que o cálculo de juros é por dias decorridos, e os juros acumulados são
calculados pela taxa de juros composta, a taxa mensal equivalente desse título é de 1,
171% ao mês. No final do primeiro mês, o valor nominal atualizado será de R$1.011,71.
No final de seis meses, o valor nominal do título, com os juros acumulados no período,
é de R$1.072,35. Este é o valor nominal atualizado no final do primeiro e do sexto mês
decorrido.
Taxa de juros
1,171% ao mês, equivalentes a 15% ao ano
(em % ao mês)
Períodos 0 1 2 3 4 5 6
Data /
0 2 6 12 18 24 36
meses decorridos
Valor atualizado
1.000 1.023 1.072 1.150 1.233 1.322 1.520
em cada período
O gráfico a seguir define a curva destes valores (a curva de taxa de juros nominais do
título):
Se o preço de venda for por valor menor que o nominal, significa que a venda foi
efetuada com deságio.
PU (Preço Unitário)
Preço unitário representado pelo valor nominal corrigido pelo indexador até a
data de cálculo, descontado de eventuais amortizações já incorridas pela
PU Par
debênture e incluídos os juros acruados desde a última data de pagamento de
juros.
Preço unitário do ativo, em uma determinada data, composto de seu valor
nominal atualizado, acrescido de juros e/ou prêmios, se houver. Poderá ser
PU de diário, mensal na data de aniversário, quando tratar-se de ativos remunerados
curva por índices de preço, com critério de cálculo antigo ou em datas especiais,
quando ativos que não possam ter seus valores calculados, devido às suas
características não se enquadrarem nas regras de cálculo do sistema.
Preço unitário de um determinado evento do ativo, calculado pelo sistema ou
informado pelo emissor, que poderá ser efetivamente pago, incorporado, no
PU de caso de juros ou prêmio ou não pago. Esta consulta exibe o histórico dos
eventos eventos, em ordem decrescente por data do evento, ou seja, da data mais atual
para a mais antiga, desde o último evento imediatamente anterior a data de
implantação.
As principais centrais de negociação de debêntures, como Andima e Bovespa FIX,
mantém calculadoras especiais para cálculo de PU.
Preço de Negociação
As debêntures são vendidas pela cotação a partir do Preço Unitário (PU) da curva do
papel no dia da compra.
Bookbuilding
Os valores mobiliários (debêntures e ações, por exemplo), são oferecidos em uma oferta
primária ou secundária a um determinado preço, que pode ser fixo ou resultar do
processo de bookbuilding.
Por fim, é importante salientar que, caso ocorra mais de uma série com bases de
remuneração diversas, o processo de bookbuilding pode também se prestar para
determinar a alocação, em cada uma dessas séries, do volume a ser captado.
e-Bookbuilding
fÉ uma ferramenta para a apuração de intenções de compra de ativos via Internet, que
facilita a interligação virtual dos participantes do sistema de distribuição de títulos e
valores mobiliários na BM&FBOVESPA S.A. - Bolsa de Valores, Mercadorias e
Futuros (antiga Bolsa de Valores de São Paulo).