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Contextualização
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infraestrutura no Brasil como porcentagem do PIB registrou percentuais inferiores em
comparação a outras nações emergentes.
Além de investirmos pouco em infraestrutura, tivemos um aumento vertiginoso na
população urbana do Brasil, causando um aumento na necessidade de investimentos para
atender a essa mudança demográfica.
Segundo estudo Perspectivas para o Avanço da Infraestrutura Brasileira: Os Desafios
da Pandemia e Seus Desdobramentos, estima-se que seria necessário um investimento anual de
cerca de R$ 339 bilhões para elevar a qualidade e a disponibilidade doméstica, e colocar a
infraestrutura do Brasil entre as 20 melhores do mundo no ranking de competitividade global
do Fórum Econômico Mundial. Isso seria o correspondente a cerca de 5,5% do PIB anualmente,
ou seja. Não investimento nem metade do necessário. Isso, já contando com cerca de 78% dos
investimentos vindo do setor privado
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Apesar de formalmente instituídas apenas em 2004, através da Lei 11.079/2004 (Lei
de PPPs), ou pode-se pensar em 1.995 através da Lei 8.987/95 (Lei de Concessões), a depender
da nomenclatura utilizada, esse é um instrumento que vem sendo utilizado desde muito antes,
podendo ser citado os grandes investimentos de capital para expansão da malha ferroviária no
início da República, que passou de 9,5 mil para 14,7 mil, em um período marcado pela expansão
da participação privada na economia do país. Ou até mesmo o movimento mais recente, mas
que foi um passo importante para definir que os bens públicos não precisam necessariamente
serem geridos pelo governo, que foi a Reforma Gerencialista do Bresser-Pereira.
Nessa nova ordem de ideias, tem-se que o Estado não deve nem tem condições de
monopolizar a prestação direta, executiva, dos serviços públicos e dos serviços de assistência social de
interesse coletivo. Esses podem ser geridos ou executados por outros sujeitos, públicos ou privados,
inclusive públicos não estatais, como associações ou consórcios de usuários, fundações e organizações
não-governamentais sem fins lucrativos, sempre sob a fiscalização e a supervisão imediata do Estado.
(MODESTO, 1999 apud Leite 2019).
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oportunidade de inovação mais ampla, de forma que os entes privados procurem por soluções
inovadoras.
Há também um incentivo para maior utilização de ativos, haja vista que os parceiros
privados são incentivados a procurar fontes de receita adicionais para o contrato, as chamas
receitas acessórias.
Ocorre também uma mudança da lógica de resultados, permitindo ao poder público
cobrar metas e entregas do privado, ao invés de se preocupar com os meios e com os processos.
Os pagamentos do governo estão condicionados a que o parceiro privado atinja os resultados
esperados com a qualidade, a quantidade e os prazos estabelecidos.
Por fim, mas não menos importante, é que as PPPs podem oferecer fontes alternativas
de financiamento para gerar infraestrutura onde os governos enfrentam limitações financeiras.
Em um contrato que dura por décadas, a realização de investimentos de maior vulto a serem
remunerados no longo prazo viabiliza a modernização da infraestrutura sem onerar
excessivamente o caixa do poder concedente no curto prazo. As PPPs Tem o potencial de
transformar a percepção do cidadão sobre o papel do Estado e o papel da iniciativa privada.
Entretanto, as PPPs não podem ser consideradas uma panaceia para solucionar
problemas de desempenho de toda a infraestrutura. Existem problemas que as PPPs podem não
resolver, ou que, inclusive, podem contribuir para o agravamento:
Em primeiro lugar, aparentemente as PPPs reduzem os problemas de
financiamento mais do que realmente ocorre, uma vez que o comprometimento fiscal do
governo com as PPPs pode não ser claro. Isto pode
fazer com que os governos aceitem compromissos fiscais e riscos mais altos do que o aceitável,
como ocorreu em Portugal.
Segundo, ainda que as PPPs possam contribuir para melhorar o processo de análise de
projetos e para a adoção de ideias e práticas inovadoras, a responsabilidade pelo planejamento
e pela seleção do projeto final continua sendo, principalmente, do setor público, que muitas
vezes não está preparado adequadamente para isto.
Por fim, as vantagens da eficiência do setor privado na administração da infraestrutura,
bem como a maximização dos incentivos para a execução da manutenção periódica, também
dependem de que o governo faça uma gestão contratual e regulatória adequada, de forma que
haja um alinhamento dos incentivos.
Devido aos fatores citados acima, é importante um estudo que demonstre qual o
verdadeiro papel das parcerias público privadas no desenvolvimento da infraestrutura de um
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país e como isso pode colaborar para o desenvolvimento econômico. Por ser uma temática
relativamente nova no Brasil, a literatura ainda carece de estudos que façam essa relação e que
demonstrem vantajosidades e desvantagens desse modelo de investimentos, e que mensurem
os resultados dos projetos já executados por essa modalidade, de forma a verificar quais foram
os impactos resultantes dela, se atingiram os objetos, os maiores desafios de execução, pontos
a serem melhorados.
Isso vai de encontro com a linha de pesquisa análise e gestão de políticas públicas do
Mestrado strictu sensu em Políticas Públicas da Universidade Federal do ABC, haja vista que
esta linha de pesquisa abrange pesquisas no campo da análise de políticas públicas, e relaciona
temas como políticas implementadas pelo governo, considerando os diversos atores envolvidos;
novos arranjos institucionais; instrumentos de execução de políticas públicas; avaliação de
políticas públicas; análises críticas sobre as condicionantes e limitações das políticas públicas
na contemporaneidade.
Todos os temas elencados acima, podem ser contemplados na pesquisa proposta, a
qual pode em muito contribuir para a construção de uma literatura mais robusta sobre o assunto.
Objetivos
O projeto de pesquisa tem como objetivo analisar o papel das parcerias público
privadas como uma das alternativas para desenvolvimento da infraestrutura de um país,
tomando como base a situação do Brasil, e demonstrar como o desenvolvimento da
infraestrutura impulsionado pelo estado pode ser um pilar fundamental para o desenvolvimento
econômico de um país. Poderão ser discutidos termas, como o papel do estado, as teorias de
estado, o papel do estado e do mercado para o desenvolvimento econômico, o papel da
infraestrutura para o desenvolvimento, as necessidades de investimento na área e como as
parcerias público privadas podem ajudar a alavancar os investimentos. Além disso, outro
objetivo é avaliar qual o verdadeiro papel das parcerias público privadas no desenvolvimento
da infraestrutura de um país e como isso pode colaborar para o desenvolvimento econômico.
Por ser uma temática relativamente nova no Brasil, a literatura ainda carece de estudos que
façam essa relação e que demonstrem vantajosidades e desvantagens desse modelo de
investimentos, e que mensurem os resultados dos projetos já executados por essa modalidade,
de forma a verificar quais foram os impactos resultantes dela, se atingiram os objetos, os
maiores desafios de execução, pontos a serem melhorados.
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Metodologia e Plano de Trabalho
MES/ETAPAS 1,2 3,4 5,6 7,8 9,10 11,12 13,14 15,16 17,18 19,20 21,22 23,24
Delimitação X X
do tema
Levantamento X X X X X X X
bibliográfico
Elaboração X X
do
anteprojeto
Apresentação X
do projeto
Coleta de X X X X X
dados
Análise dos X X X X X
dados
Organização X X
do
roteiro/partes
Redação do X X
trabalho
Revisão e X
redação final
Entrega da X
monografia
Defesa da X
monografia
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