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UMA ANÁLISE DOS ASPECTOS

DAS PPPs NO BRASIL

Etapa de conhecimento

Rio de Janeiro
Setembro de 2022

1 - O Conceito de Parceria Público-Privado


Estudo feito por pós-graduandos da Universidade Federal do Ceará – UFC, do curso de
Economia, que foca em um VfM executado para PPPs de infraestrutura, define o que é
uma PPP como “arranjos institucionais coorporativos entre atores do setor público e
privado, podendo por alguns pesquisadores ser entendida como uma nova ferramenta de
governança ou como uma nova maneira de realizar projetos de infraestrutura”. Outra
definição, mais ao longo do texto é “o termo PPP pode ser descrito como uma forma de
provisão de infraestrutura e serviços públicos em geral, sendo o parceiro privado responsável
por elaborar os projetos bem como construir, financiar e operar o planejamento idealizado.
Ao fim de um período estabelecido a infraestrutura que foi efetivada é transferida ao
governo, possuindo o setor público como parceiro na medida em que ele é comprador, no
todo ou em parte, do serviço disponibilizado’’.

Tendo isso posto, é colocado que o bom desenvolvimento de um plano de PPP é feito baseado
em 4 principais etapas, sendo elas:

1 - Preparação, caracterizada por desenvolver políticas públicas e criar estruturas


organizacionais;

2 - Criação de projetos piloto para observar resultados e estabelecer modelos;

3 - Fase a de expansão desses projetos iniciais

4 - Caracteriza pela maturidade com implantação eficiente de um grande número de projetos e


modelos de PPP

Além disso, evidencia-se que uma PPP deve ser de natureza jurídica, não possuir
lucratividade no curto prazo, a possibilidade de ser submetida a metas de qualidade,
seja de extrema importância para a sociedade e não pertença a nenhuma das demais
modalidades existentes.
Somado a isso, PPPs estão muito relacionadas distribuição dos riscos. Existe um
consenso na literatura de que um dos grandes atrativos das parcerias está na
possibilidade de compartilhamento dos riscos entre setor público e privado (ENGELS.
et. al 2008; SAUSSIER E BRUX, 2018), essa transferência mesmo que parcial dos riscos
para o setor privado reduz os custos de construção e operação dos serviços, melhora a
qualidade e eficiência dos serviços prestados e assim há uma redução do valor
agregado para o usuário.
Muitas vezes PPP e Concessão comum é confundida, então os autores deixam claro,”
As Parcerias Público-Privada correspondem a um acordo de cooperação entre os governos e a
iniciativa privada com a finalidade de realizar atividades que tradicionalmente eram realizadas
pelo setor público, esses acordos ou parcerias envolvem aspectos técnicos, econômicos e
jurídicos exigindo assim contratos mais complexos do que os contratos normalmente firmados
em concessões tradicionais”
Tipos de PPPs:

Vantagens de desvantagens das PPPs:


Estudo de caso: Modelando Value for Money para Parcerias
Público-Privadas de Infraestruturas de Entes Subnacionais no
Brasil

2 - PPPs, Conceitos: PSC e VfM


2.1 – Value for Money
2.1.1 – O que é o VfM

Os recursos públicos precisam ser administrados com competência e bom senso. Um


projeto deve ser elaborado atendendo a fatores qualitativos (benefícios
proporcionados para a população) e quantitativos (uso adequado das finanças dos
órgãos governamentais). Nesse cenário, o Value for Money (VFM) apresenta grande
relevância.
Trata-se de metodologia que utiliza critérios objetivos e técnicos, propiciando à
administração pública condições de decidir adequadamente se vale a pena
desenvolver um projeto por meio de parceria público-privada (PPP).
2.1.2 – Análises para o cálculo do VfM

Critérios Quantitativos
Ela deve conter uma previsão dos investimentos e dos custos operacionais do
projeto, abrangendo eventuais renovações no contrato e reposições de itens utilizados
para a execução dos serviços.
Os custos finais de um modelo Concessão/PPP e do Comparativo do Setor Público
(CSP) não serão iguais, porque os gastos previstos deverão ser corrigidos em virtude de
excedentes nos cálculos de custos.
Critérios Qualitativos
Para isso, leva em consideração a eficiência, a eficácia e a celeridade do setor privado
para mensurar o desempenho das atividades a médio e longo prazos.
O objetivo é mensurar o impacto da melhoria do atendimento e do aumento de
satisfação do cidadão com os serviços prestados.
Essa análise abrange, ainda, a capacidade de atualização do projeto.

2.1.3 – Como é calculado o VfM

Para chegar ao VFM, devem ser realizadas duas estimativas financeiras diferentes para
projetar os gastos que a administração pública terá com os modelos usados para o
pagamento de serviços.

No primeiro, deve ser levado em consideração o Comparativo do Setor Público (CSP)


ou Opção do setor público (OSP). Ele é empregado para simular os custos nas
aquisições convencionais, que são realizadas pela Lei de Licitações (8.666/1993).
Além disso, faz uma projeção dos gastos com os riscos de transferir um projeto do
método tradicional para o regime de parceria público-privada.
Dessa forma, estima o valor gasto durante uma construção e os custos a serem
gerenciados pelo setor público para executar e manter o projeto em atividade.
Já o modelo de Concessão/PPP é responsável por simular os gastos a serem feitos pela
administração pública durante o contrato. Essa estimativa abrange, por exemplo, os
pagamentos anuais efetuados por determinado serviço realizado pelo parceiro
privado.
Para ambos os cenários, é calculado o VPL (Valor Presente Líquido) do projeto, sendo
posteriormente comparados. Caso o VPL do cenário OSP seja maior do que o VPL do
cenário PPP, recomenda-se a opção de aquisição tradicional pelo setor público
(geralmente, no caso brasileiro, o procedimento licitatório comum regido pela Lei
8.666/93). Caso contrário, a análise VfM indica, portanto, a entrega do projeto pela
modalidade PPP.

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