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Aperfeiçoamento de
Servidores do Poder Judiciário
2. CONTEÚDO DO CURSO
CONTEUDISTA: PROF. FLÁVIO FEITOSA COSTA MSC. PMP
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
Presidente
Ministro Luiz Fux
Conselheiros
Ministro Emmanoel Pereira
Luiz Fernando Tomasi Keppen
Mário Augusto Figueiredo de Lacerda Guerreiro
Rubens de Mendonça Canuto Neto
Candice Lavocat Galvão Jobim
Tânia Regina Silva Reckziegel
Flávia Moreira Guimarães Pessoa
Ivana Farina Navarrete Pena
André Luis Guimarães Godinho
Marcos Vinícius Jardim Rodrigues
Maria Tereza Uille Gomes
Henrique de Almeida Ávila
Secretário-Geral
Valter Shuenquener de Araujo
Diretor-Geral
Johaness Eck
Organização
Centro de Formação e Aperfeiçoamento
de Servidores do Poder Judiciário
EXPEDIENTE
2021
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
SAF SUL Quadra 2 Lotes 5/6 - CEP: 70070-600
Endereço eletrônico: www.cnj.jus.br
Centro de Formação e
Aperfeiçoamento de
Servidores do Poder Judiciário
2. CONTEÚDO DO CURSO
CONTEUDISTA: PROF. FLÁVIO FEITOSA COSTA MSC. PMP
Brasília – 2021
Este documento contém o conteúdo do curso. Iniciando pela intro-
dução e seguindo com os conteúdos de cada Unidade de Interação
e Aprendizagem (UIA).
A introdução contém uma breve explanação do curso, introduzindo e contextualizando
o aluno sobre os principais assuntos abordados, bem como as competências que serão
desenvolvidas nas unidades de ensino.
• Nome das UIAs, e seu conteúdo escrito, que estão de acordo com a ementa do curso.
ANEXOS 149
Introdução do Curso
O curso está dividido em oito UIAs, que compreendem primeiramente uma contextualização dos processos
do gerenciamento de projetos, e posteriormente, o seu aprofundamento, tendo em vista as práticas de pla-
nejamento, execução, monitoramento e encerramento dos projetos, tendo como cenário de estudo de caso a
Plataforma Digital do Poder Judiciário Brasileiro – PDPJ-Br, instituída pela Resolução CNJ nº 335 de 2020. Ou seja,
abordando todo o ciclo de vida de um projeto da PDPJ.
A Plataforma Digital do Poder Judiciário Brasileiro – PDPJ-Br tem como principal escopo incentivar o desenvol-
vimento colaborativo entre os tribunais, preservando os sistemas públicos em produção, mas consolidando
pragmaticamente a política para a gestão e expansão do Processo Judicial Eletrônico – PJe.
A plataforma permitirá o oferecimento de multisserviços e com possibilidade de ser adaptada conforme necessi-
dades e demandas específicas, sem dúvida uma das principais demandas dos Tribunais.
Desta forma, será reconhecido que, além do PJe, há outros sistemas públicos e gratuitos, atualmente em produ-
ção em vários tribunais; e que os custos de migração para uma plataforma única não seriam compensatórios.
Opta-se, portanto, por autorizar sua disponibilização na PDPJ, com o aval do CNJ, mas com o condicionante de que
os futuros desenvolvimentos sejam realizados de forma colaborativa, impedindo a duplicação de iniciativas para
atender às mesmas demandas, mediante tecnologia e metodologia fixadas pelo CNJ.
Ao incentivar e fomentar o desenvolvimento colaborativo, os sistemas públicos hoje existentes, em suas versões
originárias, serão tratados todos como “legados” e serão progressivamente “desidratados” ou “modularizados” para
a criação de “micros serviços” de forma que em médio prazo naturalmente convirjam para uma mesma solução.
O funcionamento deste modelo depende fundamentalmente de dois fatores: agregação dos tribunais e gover-
nança. E aqui encontramos outro norte da normatização proposta.
Pretende-se com isso consolidar no Judiciário brasileiro a política para a gestão de processo judicial eletrônico e
integrando todos os tribunais do país e finalizando de uma vez por todas com os conflitos entre qual é o melhor
sistema, mas, mantendo o sistema PJe como sistema de Processo Eletrônico patrocinado pelo CNJ e principal motor
da nova política.
Assim, essa nova política busca o alinhamento de todos os Tribunais do Brasil com a política de sistema de pro-
cessos eletrônicos públicos e não onerosos. Fortalecendo a interoperabilidade entre sistemas diversos e criando o
ambiente para que os tribunais migrem voluntariamente para um sistema único em médio e longo prazo.
1) definição que não se deve permitir, em momento a ser futuramente definido, contratação de siste-
mas privados, mantendo-se a tradição da não dependência tecnológica, sedimentada de longa data
neste Conselho;
2) reconhecer que os sistemas públicos, ou seja, desenvolvidos internamente pelos tribunais, são todos
válidos e não estão em total desconformidade à política pública de consolidação da Plataforma Digital
do Poder Judiciário, com a premissa que os novos desenvolvimentos serão realizados no modelo da
nova Plataforma;
3) a plataforma tecnológica de processo judicial foi definida como uma política pública;
4) a possibilidade de utilização de nuvem inclusive provida por pessoa jurídica de direito privado, mesmo na
modalidade de integrador de nuvem (broker).
Em se tratando do conteúdo do curso. Na primeira UIA, trataremos do ciclo de vida dos projetos e principalmente
da visão geral dos seus processos, dos seus grupos e as interações entre eles. Promovendo uma visão global
desde a iniciação até o encerramento.
Ainda na primeira UIA, já abordaremos os processos de Gerenciamento de Escopo e da Integração, como a coleta
de requisitos, definição de escopo, verificação e controle do escopo. Será destacado o uso de Estrutura Analítica de
Projeto (WBS), dada a sua importância. Além das técnicas de planejamento de escopo, abordaremos os principais
instrumentos de integração, tal como o termo de abertura do projeto e o plano geral, deixando clara a interlocução
entre os planos individuais que compõe um planejamento de projeto, além do seu processo de encerramento.
Na segunda UIA, continuaremos a explorar os processos de gerenciamento, mas, com foco no Gerenciamento do
Tempo e no Gerenciamento dos Custos. Serão vistas técnicas e ferramentas para a definição, estimativa (PERT,
CPM e Delphi), sequenciamento, desenvolvimento e controle de cronogramas, além de métodos de estimativas,
compressão de duração e análise de caminho crítico e corrente crítica.
No Gerenciamento dos Custos serão apresentados os processos de estimativa de custos e orçamentação de custos.
Já na terceira UIA, faremos uma exploração de mais processo de planejamento, abordando o Gerenciamento da
Comunicação, da Qualidade e dos Recursos Humanos.
Na quarta UIA, trataremos dos últimos processos vinculados ao Gerenciamento de Aquisições, e o Gerencia-
mento de Riscos, que propositalmente fica por último, por ter como pré-requisitos de análise, a realização dos
processos anteriormente abordados, para que seja feita a identificação dos riscos e como planejar resposta a
eles, evitando-os ou enfrentando-os.
GESTÃO DE PORTFÓLIO, PROGRAMAS E PROJETOS DE IMPLANTAÇÕES DA PLATAFORMA DIGITAL DO PODER JUDICIÁRIO BRASILEIRO – PDPJ-BR
10 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
Na quinta UIA, faremos uma abordagem conceitual da Gestão do Valor Agregado (Earned Value Management
– EVM); descrição de seus elementos básicos e suas correlações; Análise e previsão do desempenho do EVM;
guia para o uso das melhores práticas do uso do EVM.
Na sexta UIA, abordaremos o último grupo de processos do ciclo de vida dos projetos, que é o de encerramento.
Já na sétima UIA, continuaremos a explorar a visão macro da organização, Planejamento Estratégico, passando
pela Gestão do Portfólio, Gerenciamento do Programa, e de Múltiplos Projetos; Framework de Gerenciamento de
Programas; Ciclo de Vida de um Programa; Processos de Gerenciamento de Programas; Relacionando Projetos,
Programas e Portfólio Gerenciamento de Benefícios; Monitoramento e controle de Portfólio; Análise e revisão
periódica do Portfólio.
E por último, na oitava UIA, faremos a abordagem conceitual com diversas definições e sua consolidação do PMO;
histórico da evolução dos PMO; tipos e suas funções; comparativo entre os níveis de maturidade em Gerência
de Projeto e os tipos de PMO; papéis e responsabilidades em um PMO; fatores que motivam, que podem gerar
fracasso e sucesso para implementação de um PMO; como implementar um PMO e uma proposta de medição
de seu sucesso; o perfil dos PMOs nas organizações brasileiras.
2. CONTEÚDO DO CURSO 11
UIA 1 | CONTEXTO DOS PROCESSOS,
GERENCIAMENTO DE ESCOPO E
DA INTEGRAÇÃO DOS PROJETOS
Contexto da PDPJ-Br
A PDPJ-Br faz parte de um programa denominado Justiça 4.0, que tem por objetivo aprimorar as soluções
tecnológicas utilizadas pelo Poder Judiciário e, assim, qualificar o atendimento prestado à sociedade, dando
respostas judiciais tempestivas e efetivas.
O Justiça 4.0 compreende um pacote de projetos, como a plataforma Sinapses de desenvolvimento e cooperação
em inteligência artificial e a Plataforma Digital do Poder Judiciário. E ainda tem ações voltadas à higienização e
qualificação das bases de dados, fortalecendo a Base Nacional de Dados do Poder Judiciário (DataJud).
A realidade atual do ecossistema de processo eletrônico no Poder Judiciário Brasileiro é baseada em sistemas de
tramitação processual isolados – ilhas de soluções.
Neste contexto, a PDPJ é:
• Política pública para governança do Processo Judicial Eletrônico;
• Mantém o Processo Judicial Eletrônico como sistema prioritário do CNJ;
• Repositório central (marketplace) para uso de todos os sistemas judiciais eletrônicos do Poder Judiciário.
GESTÃO DE PORTFÓLIO, PROGRAMAS E PROJETOS DE IMPLANTAÇÕES DA PLATAFORMA DIGITAL DO PODER JUDICIÁRIO BRASILEIRO – PDPJ-BR
14 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
As suas premissas são:
IV - padrão de autenticação;
VI - definição dos padrões mínimos de interface, com aplicação dos conceitos de usabilidade, acessibilidade
e experiência do usuário (user experience);
IX - instituição do desenvolvimento.
2. CONTEÚDO DO CURSO 15
Já em relação aos sistemas atuais, teremos:
• Centralização de bases de dados, documentos e aplicações por meio de “nuvem nacional”, inclusive PJe;
• Provendo pessoal com atuação consultiva nos projetos que estejam sendo desenvolvidos para a PDPJ;
• A primeira entrega de cada projeto é determinada pela finalização do MVP acordado na reunião de
kickoff. Tanto a primeira entrega do projeto (MVP), quanto as entregas parciais subsequentes, devem
ser apresentadas para a comunidade. Após a apresentação a entrega entrará em fase de homo-
logação, onde será criado ambiente semelhante ao de produção, já em infraestrutura de nuvem.
A solução deverá ser homologada pela comunidade. Sendo aprovada em homologação seguirá para
a disponibilização do ambiente em produção.
GESTÃO DE PORTFÓLIO, PROGRAMAS E PROJETOS DE IMPLANTAÇÕES DA PLATAFORMA DIGITAL DO PODER JUDICIÁRIO BRASILEIRO – PDPJ-BR
16 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
Quem é responsável pela sustentação dos serviços da plataforma?
• Após a primeira entrega de cada projeto em produção, o serviço disponibilizado passa a ser sustentado
pela equipe do projeto. Defeitos, bugs ou necessidades de melhoria serão tratados prioritariamente, mas
não exclusivamente, pelo time que criou o serviço.
2. CONTEÚDO DO CURSO 17
Os projetos são divididos em fases e todos os projetos, grandes ou pequenos, têm uma estrutura de ciclo de vida
semelhante. Suas fases consistem em segmentos de trabalho que permitem gerenciamento, planejamento e
controle mais fáceis, segundo Heldman (2009).
Cabe ressaltar que dependendo do tamanho do projeto o grupo de processos de gerenciamento de projetos pode ocor-
rer apenas uma vez (projetos pequenos) ou várias vezes (projetos grandes), as Figuras 3 e 4 ilustram esta ocorrência.
GESTÃO DE PORTFÓLIO, PROGRAMAS E PROJETOS DE IMPLANTAÇÕES DA PLATAFORMA DIGITAL DO PODER JUDICIÁRIO BRASILEIRO – PDPJ-BR
18 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
FIGURA 4 – ESFORÇO DO GERENCIAMENTO DE PROJETOS EM PROJETOS GRANDES
A dinâmica dos projetos, por grau de esforço em relação ao tempo, nos grupos de processos de gerenciamento de
projetos, você poderá visualizar na Figura 5.
O nível de influência das partes interessadas, riscos e as incertezas são maiores no início do projeto e vão dimi-
nuindo no decorrer do projeto. Já o custo com as mudanças, à medida que o projeto é desenvolvido eles causam
maior impacto nos custos do mesmo. A Figura 6 apresenta, graficamente, a influência de ambos.
2. CONTEÚDO DO CURSO 19
FIGURA 6 – INFLUÊNCIA DAS PARTES INTERESSADAS E CUSTO DE MUDANÇAS DURANTE O ANDAMENTO DO PROJETO
Para Mulcahy (2009) as lições aprendidas devem abranger três áreas os aspectos técnicos do projeto, o gerencia-
mento do projeto (como foi a criação da EAP, planejamento dos riscos, garantia da qualidade, etc.) e também o
desempenho do gerenciamento do gerente de projetos (liderança, comunicação...).
Saiba mais sobre a importância da gestão do conhecimento nos projetos, que tem como base as lições apren-
didas dos projetos, por meio desse artigo.
http://vanzolini.org.br/blog/2014/06/o-processo-de-licoes-aprendidas-em-projeto-o-maior-dos-desafios-
-de-uma-organizacao/
Você não deve confundir fases e ciclos de vida do projeto, Heldman (2009), com os grupos de processos de
gerenciamento de projetos, pois fases e ciclos descrevem como será concluído o trabalho associado ao produto
do projeto e os grupos de processos organizam e descrevem como serão conduzidas as atividades para que os
requisitos do projeto sejam atingidos.
1.2.1. Iniciação
São os grupos de processos de iniciação que formalizam um novo projeto ou fase, autorizando oficialmente o
projeto e fornece as informações necessárias ao gerente de projetos, segundo Heldman (2009). Ocorre a definição
do escopo preliminar ou não detalhado do projeto, são levantados os riscos primários, premissas e restrições,
identificação dos stakeholders, elaboração e aprovação do termo de abertura do projeto.
1.2.2. Planejamento
Durante o planejamento do projeto, e enquanto o trabalho está sendo feito é possível economizar recursos, tempo
e dinheiro.
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20 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
Neste grupo de processos, são definidos e coletadas as premissas, restrições e requisitos, os quais determinam
se os objetivos do projeto declarados no termo de abertura do projeto podem ser alcançados, identifica a equipe,
papéis e responsabilidades no projeto, criação da EAP, plano de gerenciamento de mudanças, identificação de
riscos e estratégias de respostas, obtenção do plano e reunião de início do projeto.
1.2.3. Execução
A execução deve ser direcionada basicamente para a realização do trabalho definido no plano de gerenciamento
do projeto, com foco em pessoas. São implementadas as mudanças, as ações e soluções alternativas aprovadas
e melhoria do desempenho da equipe.
1.2.5. Encerramento
O encerramento ocorre, quando todas as entregas previstas para o projeto são realizadas e aprovadas e todos os
documentos de encerramento estiverem concluídos.
A Figura 7 apresenta o mapa de processos de gerenciamento de projetos conforme consta no Guia PMBOK.
Como referência, o guia de processos e artefatos da Metodologia de Gerenciamento de Projetos (MGP) de Tecnologia
da Informação do CNJ é o seguinte:
2. CONTEÚDO DO CURSO 21
FIGURA 8 – PROCESSOS DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS DA MGP TI DO CNJ
Assista ao vídeo sobre uma abordagem interessante de aplicação interna dos processos de gerenciamento
de projetos. https://www.youtube.com/watch?v=6LB_QF4LXLI
Gerenciamento da Integração
O gerenciamento da integração aborda o trabalho de alto nível que um gerente de projetos deve realizar. Ele possui
os processos necessários para coordenar adequadamente os vários elementos do projeto, tornando-se a principal
área de conhecimento, percebido na Figura 9.
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22 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
Segundo Dismore; Cavalieri (2010), é como montar um quebra cabeça, cada peça deve ser colocada no seu devido
lugar, de manei coerente e consistente, a fim de se obter um resultado final esperado e cada peça contribui subs-
tancialmente para o todo.
Para Mulcahy (2009) a integração é a busca do equilíbrio de todos os processos nas áreas de conhecimento (escopo,
tempo, custos, qualidade, Rh, comunicações, riscos e aquisições), pois eles não ocorrem independentemente um
do outro.
O Gerenciamento da Integração é a única área de conhecimento que possui processos em todos os grupos de
processos de gerenciamento de projetos. O gerente de projetos está sempre integrando todas as áreas de conhe-
cimento, veja na Figura 10 os processos dessa área do conhecimento.
Para Heldman (2009), é o reconhecimento por escrito da existência do projeto, documentando o nome do gerente
do projeto e concedendo a essa pessoa autoridade para atribuir recursos organizacionais ao projeto.
2. CONTEÚDO DO CURSO 23
FIGURA 11 – PROCESSO DESENVOLVER O TERMO DE ABERTURA DO PROJETO
O Termo de Abertura do Projeto é um documento oficial emitido pela alta direção da organização que empossa o
gerente do projeto, autoriza e comunica formalmente o início do projeto na própria organização.
Um Termo de Abertura de um grande projeto ou fase deve ter, segundo Mulcahy (2009), as seguintes informações:
Gerente de projetos é designado e nível de autoridade é definido (Quem tem autoridade para liderar o projeto?
Essa pessoa pode determinar, gerenciar e aprovar mudanças no orçamento, cronograma, pessoal, etc.?);
Justificativa (Por que este projeto está sendo realizado? Qual critério social ou de outro tipo podemos usar para
justificar este projeto);
Por exemplo:
Dentre as iniciativas de transformação digital no âmbito do Judiciário Brasileiro, destaca-se o sistema de processo
judicial eletrônico (PJe). O PJe é uma plataforma digital desenvolvida pelo CNJ em parceria com diversos Tribunais
e conta com a participação consultiva do Conselho Nacional do Ministério Público, Ordem dos Advogados do
Brasil, Advocacia Pública e Defensorias Públicas. O PJe caracteriza-se pela proposição da prática de atos jurídicos
e acompanhamento do trâmite processual de forma padronizada, mas considerando características inerentes
a cada ramo da Justiça. Objetiva a conversão de esforços para a adoção de solução padronizada e gratuita
aos Tribunais, atenta à racionalização aos ganhos de produtividade nas atividades do judiciário e também aos
gastos com elaboração ou aquisição de softwares, permitindo o emprego de recursos financeiros e de pessoal
em atividades dirigidas à finalidade do Judiciário.
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24 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
Os sistemas de tramitação processual são úteis a todo o sistema de justiça, e não apenas ao Poder Judiciário.
São diversas as partes interessadas: advogados privados que usam o sistema para defender seus clientes;
membros do ministério público que oferecem denúncias contra suspeitos de crimes; advogados públicos na
defesa do Estado; as partes dos processos no acompanhamento de ações de seu interesse; corregedorias na
obtenção de informações para a avaliação do desempenho de órgãos judiciais; delegacias de polícia na requi-
sição de mandados judiciais urgentes.
Neste sentido o PJe enquanto política e também como plataforma digital que oferece soluções para os tribunais,
para as instituições públicas e para os operadores do Direito atravessarem as transformações sociais em andamento.
Partes interessadas (Quem afetará ou será afetado pelo projeto, qual influência no projeto, de acordo com os
dados conhecidos até o momento?);
Por exemplo:
Conselho Nacional de Justiça, Rede de Governança do PJe, tribunais parceiros, Ordem dos Advogados do Brasil,
Ministério Público, Advocacia-Geral da União, Defensoria Pública e sociedade em geral.
Requisitos das parte interessadas já conhecidos (Requisitos relacionados ao projeto e ao escopo do produto);
Por exemplo:
• Melhoria da estatística;
• Oportunidade de padronizar;
• Métricas de produtividade;
• Homogeneização dos sistemas processuais no estado, no sentido de facilitar o acesso pelos operadores
externos do direito;
• Adequação aos normativos do CNJ (res. 185, Justiça em Números, Modernização Estadual);
Descrição do produto/entregas (Quais entregas específicas de produtos são desejadas e qual será o resultado
final do projeto?);
2. CONTEÚDO DO CURSO 25
Por exemplo:
1.9 Alinhamento com atores externos (OAB, Jan. 20 Fev. 20 Presidência e Grupo
MP, PGE e PGM, Defensoria Pública, etc.) de Trabalho
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26 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
Objetivos mensuráveis do projeto (Como o projeto se encaixa nas metas estratégicas do Tribunal? Quais obje-
tivos do projeto sustentam essas metas? Os objetivos precisam ser mensuráveis e dependem da prioridade
definidas nas restrições do projeto);
Por exemplo:
• Contribuir para o reconhecimento do Judiciário perante a sociedade como “instrumento efetivo de justiça,
equidade e paz social.”
• Agregar valor aos atributos sociais ofertados para a sociedade, com especial atenção à Credibilidade,
Celeridade, Modernidade, Acessibilidade e Transparência.
Requisitos de aprovação do projeto (Quais itens precisam ser aprovados para o projeto e quem vai aprová-los?
O que indica o sucesso?);
Por exemplo:
Segundo, Heldman (2009), as principais entradas para desenvolver o termo são a declaração do trabalho, o caso
de negócio, contratos, fatores ambientais da empresa e ativos de processos organizacionais.
Outra forma de representar o termo de abertura do projeto é utilizando o modelo project canvas, que é um
modelo adequado às práticas enxutas e ágeis de gerenciamento de projeto, e tem por princípios:
2. CONTEÚDO DO CURSO 27
Por exemplo:
FIGURA 12 – MODELO DE PROJECT CANVAS
Saiba mais sobre como elaborar o termo de abertura do projeto, tendo em vista as seguintes dicas: http://
www.p4pro.com.br/index.php/artigos/32-dicas-para-a-elaboracao-de-termos-de-abertura-de-projetos
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28 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
2.2. DESENVOLVER O PLANO DE GERENCIAMENTO DO PROJETO
É o processo de documentação das ações que você necessárias para definir, preparar, integrar e coordenar todos
os planos auxiliares e define como o mesmo será executado, monitorado e controlado e encerrado (Figura 14).
Para Heldman (2009), os planos são estratégias desenvolvidas para gerenciar projetos e processos, isso quer dizer
que você deve planejar antes de agir. O nível de detalhamento dos planos depende das necessidades do projeto,
do estilo do gerente de projetos e das influências da organização.
O plano de gerenciamento de projetos te função de integração de todos os planos de gerenciamento das áreas de
conhecimento em uma unidade coesa. Para Mulcahy (2009) o plano de gerenciamento de projetos inclui:
• Quais processos de gerenciamento de projetos que serão utilizados no projeto, pois o gerente de projetos
não precisa utilizar todos os processos de gerenciamento de projetos previstos no Guia PMBOK, ele utilizará
os que acharem necessário;
• Os planos de gerenciamento auxiliares como o de requisitos (como serão identificados, gerenciados e con-
trolados), o de mudanças (como serão controladas, quem, nível de aprovação...), o de configuração (versão
de documentos) e o de melhoria de processos (para ganhar tempo, diminuir custos e qualidade superior);
• Linhas de base do escopo (declaração do escopo, EAP e o dicionário da EAP, do cronograma (datas de início
e término) e de custos (orçamento de custos por período); e
• Desvios nas linhas de base do projeto ocorrem por problemas na identificação e no gerenciamento dos riscos.
2. CONTEÚDO DO CURSO 29
Para Dismore; Cavalieri (2010), o planejamento de um projeto é um processo dinâmico que ocorre durante todo o
ciclo de vida do projeto, se sobrepondo em muitos momentos aos processos de execução e controle.
A dica é que após a elaboração do plano de gerenciamento do projeto e sua aprovação, é realizada a reunião de
partida ou kickoff dando início à execução do projeto.
Assista ao vídeo a seguir. Ele dá um panorama geral e resumido sobre o plano de gerenciamento de projetos.
https://www.youtube.com/watch?v=qc9XNXXhfpQ
GESTÃO DE PORTFÓLIO, PROGRAMAS E PROJETOS DE IMPLANTAÇÕES DA PLATAFORMA DIGITAL DO PODER JUDICIÁRIO BRASILEIRO – PDPJ-BR
30 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
Segue alguns termos que você deve conhecer, segundo Heldman (2009):
1) Escopo do produto define características e funções que descrevem um produto, serviço ou resultado. Ele
responde a pergunta de qual é o resultado final desejado que você queira ter ao encerrar o projeto;
2) Escopo do projeto define o trabalho que precisa ser realizado para entregar o produto, serviço ou resultado
com as características e funções especificadas do projeto; e
3) Plano de gerenciamento do Escopo define como você determina o escopo, quais ferramentas necessárias
você deve usar para planejar como realizar o escopo do projeto. Então, ele deve ser desenvolvido em três
partes, como o escopo será planejado, executado e controlado.
A dica é que como o Guia PMBOK não indica que o plano de gerenciamento do escopo é um processo documentado,
separado, você deve saber que ele está incluso no gerenciamento da integração como uma saída do processo
Desenvolver plano de gerenciamento do projeto.
Este processo envolve coletar informações mais específicas sobre os requisitos de alto nível identificados no termo
de abertura do projeto. Este processo é crítico para o sucesso do projeto, tendo em conta que um requisito não
incluso pode significar mudanças, conflitos e até o fracasso do projeto.
2. CONTEÚDO DO CURSO 31
Na prática, é provável que você execute definir escopo antes do processo coletar requisitos, pois as entregas pre-
cisam ser identificadas antes que você possa documentar seus requisitos detalhados, segundo Heldman (2009).
O gerente de projetos deve escolher quais técnicas utilizar para coletar requisitos do projeto junto das partes
interessadas. A seguir, seguem técnicas utilizadas, segundo Mulcahy (2009):
1) Entrevista técnica utilizada com especialistas e com partes interessadas, assim de levantar elementos
específicos do produto ou do projeto ou do projeto de maneira global;
2) Grupos de foco técnica de reunião utilizada para levantar informações específicas de um projeto. É realizada
com especialistas de um determinado ponto específico do projeto e coordenada por um moderador;
3) Workshops facilitados está técnica reúne técnicos de diversas áreas para discutir sobre o produto e che-
garem a um consenso;
4) Brainstorming técnica que reúne as pessoas para buscar um pensamento em grupo, ou seja, uma pessoa
dá uma ideia e os outros vão formando opiniões sobre o assunto;
5) Técnica de grupo nominal utilizada na reunião de brainstorming para selecionar as melhores ideias;
6) Técnica Delphi técnica que por meio de solicitação de informações a especialistas que participam anoni-
mamente, encaminham opiniões, as quais são compiladas e os resultados são enviados de volta a eles
para revisão até o alcance de um consenso;
7) Mapas mentais é um diagrama de ideias ou observações para ajudar a gerar, classificar ou registrar informações;
8) Diagramas de afinidade são o agrupamento, por afinidade, das ideias geradas com quaisquer outras
técnicas de coleta de requisitos, facilitando a visualização de escopo adicional;
9) Questionários e pesquisas ferramentas que apresentam questões que auxiliam na identificação dos requi-
sitos dos entrevistados;
10) Observação técnica que consiste em assistir a um potencial usuário de o produto utilizá-lo e, assim, iden-
tificar mais requisitos
11) Protótipos são um modelo do produto proposto, sendo apresentados aos interessados a fim de gerar
opinião; e
12) Tomada de decisão em grupo quando existem opiniões diferentes num grupo, esta técnica é utilizada pela
escolha majoritária.
Para o Guia PMBOK (2017), as saídas deste processo são a documentação de requisitos (nada mais é que a docu-
mentação dos requisitos após a coleta e a finalização dos requisitos), plano de gerenciamento dos requisitos
(descreve os métodos utilizados para identificar os requisitos e responde a questões do tipo quando eu tiver
todos os requisitos, o que farei para analisar, priorizar, gerenciar e controlar as mudanças neles? Criar matriz de
rastreabilidade para eles?) e Matriz de rastreabilidade de requisitos (busca controlar os requisitos durante o ciclo
de vida do projeto a fim de garantir que sejam cumpridos).
A dica é a de que quando ocorrer requisitos conflitantes, Mulcahy (2009) afirma que o gerente de projetos deve
facilitar sua solução aceitando aqueles que são compatíveis com os critérios do business case, do termo de aber-
tura, da declaração do escopo do projeto e das restrições do projeto.
GESTÃO DE PORTFÓLIO, PROGRAMAS E PROJETOS DE IMPLANTAÇÕES DA PLATAFORMA DIGITAL DO PODER JUDICIÁRIO BRASILEIRO – PDPJ-BR
32 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
3.2. DEFINIR ESCOPO
Processo de desenvolvimento de uma descrição detalhada do projeto (Figura 17) e do produto, refere-se, principal-
mente ao que está ou ao que não está incluso no projeto e nas suas entregas, para o Guia PMBOK (2017).
Segundo Mulcahy (2009), este processo é importante para construir um cronograma e um orçamento realistas e
para que isso aconteça o gerente de projetos deve realizar iterações com os outros processos.
As principais saídas deste processo, para Dismore; Cavalieri (2010),é a declaração do escopo do projeto que
pode incluir o escopo do produto e do projeto, as entregas, os critérios de aceitação do produto, o que não
faz parte do projeto e as restrições e premissas, bem como fornecer uma base de referência em termos de
escopo do projeto.
A dica aqui é a de que a declaração de escopo do projeto, junto da EAP e do dicionário da EAP, compõe a linha de
base do escopo do projeto e que faz parte do plano de gerenciamento do projeto. Ela fornece um entendimento
comum acerca do escopo do projeto a todos os stakeholders, detalha os escopos do produto e do projeto, relaciona
os limites do projeto, serve como base para avaliar solicitações de mudanças ou trabalhos adicionais.
Para o Guia PMBOK (2017) é o processo que realiza a subdivisão das principais entregas do projeto e do trabalho
do projeto em componentes menores e mais gerenciáveis, ilustrado na Figura 18.
2. CONTEÚDO DO CURSO 33
Também, o nível mais baixo de uma EAP é pacote de trabalho, cada pacote de trabalho deve possuir um código
de identificação único, uma entrega específica e verificável, um único responsável, deve ter de 40 a 80 horas de
duração de acordo com o ciclo de acompanhamento, recursos humanos, materiais e equipamentos alocados, um
custo definido cujo cálculo deve considerar os recursos alocados, cada Entrega deve ter um cliente validador e
critérios de aceite previamente acordados com este cliente.
Ainda, os elementos decompostos, ou seja, aqueles que não são pacotes de trabalhos são chamados de
tarefas-resumo.
Para Heldman (2009), a exatidão da EAP depende da exatidão de sua lista de requisitos e entregas, as entregas se
tornarão agrupamentos que formarão os níveis mais altos da EAP, a partir dos quais as atividades serão derivadas
mais tarde nos processos de planejamento.
Para o preenchimento de uma EAP, segundo Mulcahy (2009), é necessário utilize substantivos para nomear cada
elemento da EAP, crie no Dicionário da EAP uma tabela que contenha as definições de cada elemento da estrutura,
deve possuir um sistema de numeração que possibilite a identificação única de cada elemento de sua composição,
não pode haver um elemento filho vinculado a mais de um elemento pai, nunca elabore a EAP sem a participação
da sua equipe, use a técnica de planejamento em ondas sucessivas caso não consiga decompor alguma entrega
do seu projeto e lembre-se do esforço de gerenciamento do projeto ao elaborá-la.
Uma EAP pode ser montada da seguinte forma, segundo o website https://www.elirodrigues.com/como-fazer-
-uma-eap-wbs/:
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34 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
1) Por fase ou estágio (Figura 19), mostra as fases principais necessárias para um projeto e não necessitam
estar na sequência correta;
FIGURA 19 – EAP POR FASE
Fonte: PMI
2) Por linha de tempo (Figura 20), a equipe cria EAP sequencial na ordem em que o trabalho deve ser
executado; e
Fonte: PMI
2. CONTEÚDO DO CURSO 35
3) Por entregas (Figura 21), inicialmente você determinará as entregas que o projeto produzirá e então dividirá
estas entregas em pacotes, que formam a entrega.
Fonte: PMI
Uma outra abordagem para construção de EAPs, considerando a abordagem ágil de gestão de projetos, é estru-
tura-la da seguinte forma:
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36 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
FIGURA 23 – EAP ÁGIL
Fonte: https://www.quora.com/
Fonte: https://www.quora.com/
Fonte: https://www.quora.com/
2. CONTEÚDO DO CURSO 37
A figura 25 ilustra um comparativo entre o modelo tradicional e o modelo ágil de construção de EAPs:
FIGURA 25 – EAPS COMPARATIVO
Fonte: PMI
Dicas para a uma utilização de uma EAP são as de que uma boa imagem é melhor do que mil palavras, é melhor
entender o todo pelas suas partes constituintes e o trabalho que não está na EAP está fora do escopo do projeto.
Elaborada a EAP, segundo Dismore; Cavalieri (2010), é criado o dicionário da EAP, que consiste em fornecer uma
descrição do trabalho a ser realizado em cada pacote de trabalho e ajuda a garantir que o trabalho resultante
corresponda ao que é necessário.
A dica é a de que o dicionário da EAP, para Heldman (2009), deve conter as definições dos elementos que compõem
a EAP, códigos contábeis ou sistemas de numeração que possibilitam identificar individualmente cada elemento
da EAP e as descrições dos componentes de trabalho.
Os benefícios da EAP são: proporcionar uma visão única de todo o escopo do projeto, fornecer uma base para
estimativas de recursos, custos e tempo, fornecer uma base para identificação e análise de riscos, facilitar a defi-
nição clara de papéis e atribuição de responsabilidades, facilitar a comunicação entre a equipe do projeto e os
stakeholders, é um instrumento de marketing, dentre outros.
HELDMAN, K. Guia para o Exame Oficial do PMI. 5ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. cap. 1 a 12.
MULCAHY, R. Preparatório para o Exame de PMP. 6ª ed. EUA. RMC Publications, Inc, 2009. cap 1 a 12.
PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE (PMI). Project Management Boby of Knowledge (PMBOK). ed. Pennsylvania, 2017.
Gestão de Projetos na Prática, 5.3.01.1 Como fazer EAP. Disponível em: https://www.elirodrigues.com/como-fazer-
-uma-eap-wbs/. Acesso em 20 de abril de 2020.
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38 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
Glossário dos termos citados na UIA 1
Tabela de termos técnicos da UIA e suas respectivas definições.
User stories scrum As histórias de usuários são um dos principais artefatos de desenvolvimento para as
equipes de projeto do Scrum. Uma história de usuário é uma definição de nível muito
alto de um requisito, contendo apenas informações suficientes para que os desen-
volvedores possam produzir uma estimativa razoável do esforço para implementá-lo.
2. CONTEÚDO DO CURSO 39
UIA 2 | GERENCIAMENTO DO
TEMPO E DO CUSTO DOS PROJETOS
Gerenciamento do Tempo I
O gerenciamento do tempo aborda o trabalho necessário para definir o cronograma de um projeto, bem como
gerenciar e controlar. Inclui todos os processos necessários para planejar como concluir o projeto no prazo, para
o Guia PMBOK (2017).
Também, Dismore; Cavalieri (2010), reforça que a finalidade é a de assegurar que o projeto será implantado no
prazo previsto.
A Figura 26 lista o grupo de processos do gerenciamento do tempo.
Leia o artigo que trata das 10 dicas para melhorar a gestão de tempo no gerenciamento de projetos.
https://www.riotron.com.br/10-maneiras-de-melhorar-a-gestao-de-tempo-dos-seus-projetos/
4.1. DEFINIR AS ATIVIDADES
É o processo de Identificar as atividades que devem ser executadas para a entrega dos produtos do projeto. Para o
Guia PMBOK (2017), é o processo de identificação das ações específicas a serem realizadas para produzir as entregas
do projeto como pode-se ver na Figura 27.
Uma vez definido o escopo do projeto e seus principais produtos identificados, as atividades para o alcance dos
objetivos precisam ser detalhadas a partir dos pacotes de trabalho da EAP.
Para Mulcahy (2009), definir as atividades resulta em uma lista de atividades e na conclusão dos detalhes das
atividades (atributos). E também resulta na determinação dos marcos que serão usados no projeto.
Para Dismore; Cavalieri (2010), os marcos são eventos significativos no cronograma do projeto. Lembrando que eles
não são atividades do projeto, são como por exemplo, datas de entregas do cliente.
Para Mulcahy (2009), o resultado de processo é, principalmente, um diagrama de rede de cronograma do Projeto,
como se pode ver na Figura 28.
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42 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
FIGURA 28 – PROCESSO SEQUENCIAR AS ATIVIDADES
Os diagramas de rede do projeto são representações esquemáticas das atividades do cronograma do projeto e
dos relacionamentos lógicos entre elas (dependências), desenhados da esquerda para direita para refletir ordem
cronológica dos acontecimentos e se podem ser executadas em paralelo.
1) Término para início (TI) uma atividade deve terminar antes que a sucessora possa iniciar;
2) Início para início (II) uma atividade deve começar antes que a sucessora inicie;
3) Término para término (TT) uma atividade deve terminar antes que a sucessora possa terminar; e
4) Início para término (IT) é necessário iniciar uma atividade antes que a sucessora possa terminar.
Ainda, Heldman (2009), afirma que o relacionamento término para início é o mais comumente utilizado no método
MDP e que o de início para término é o menos utilizado.
Vejam os gráficos ilustrativos desse tipo de diagrama de redes no seguinte website: http://wpm.wikidot.com/
tecnica:metodo-do-diagrama-de-precedencia-mdp
2. CONTEÚDO DO CURSO 43
4.4. GRAPHIC EVALUATION AND REVIEW TECHNIQUE (GERT)
Essa técnica permite ciclos entre atividades dentro de um diagrama de redes. Para Mulcahy (2009), essa técnica
é utilizada quanto você tem uma atividade de projetar um componente e depois testá-lo, depois do teste pode
ser ou não necessário reprojetá-lo.
2) Arbitrarias (lógica preferida, preferencial ou flexível), definido pela equipe de gerenciamento do projeto
com base nas melhores práticas; e
Para Mulcahy (2009), existem antecipações que podem ser adicionadas para iniciar uma atividade antes que a
predecessora esteja terminada e uma espera que nada mais é do que uma inserção de um tempo entre atividades.
Ainda, a dica é a de que as estimativas devem se basear numa EAP para aumentar sua exatidão, sempre que
possível elas devem ser elaboradas pela pessoa que irá executá-la, as estimativas podem ser diminuídas redu-
zindo ou eliminando riscos, deve haver um processo de sequenciamento das atividades e o gerente de projetos
tem a responsabilidade de fornecer estimativas exatas e viáveis.
Uma abordagem ágil para definição e sequenciamento de atividades é utilizar o modelo de sprints assim como
ilustrado na figura 29:
Fonte: https://www.visual-paradigm.com/
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44 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
Gerenciamento do Tempo II
Para Mulcahy (2009), depois das atividades sequenciadas, é necessário determinar o tipo e a quantidade de
recursos necessários para executá-las, visando falta de recursos e a retirada de recursos do projeto, verificado
na Figura 30. Os principais resultados são a quantidade para cada atividade dos pacotes de trabalho da EAP
que os recursos são necessários, uma estrutura analítica dos recursos de forma hierárquica e por categoria
e um calendário de recursos que identificam o período de disponibilidade dos recursos alocados (pessoas,
materiais, equipamentos, salas, etc.).
Lembre-se, segundo Heldman (2009), que a saída de recursos da atividade a partir do processo estimar os recursos
das atividades é uma entrada para o processo desenvolver o plano de recursos humanos.
2. CONTEÚDO DO CURSO 45
5.2. ESTIMAR AS DURAÇÕES DA ATIVIDADE
Para o Guia PMBOK (2008) este processo concerne na em analisar informações sobre o escopo do projeto e os
recursos disponíveis para estimar a duração de cada atividade do cronograma (Figura 32).
Segundo Mulcahy (2009), as atividades podem ser estimadas usando as seguintes técnicas:
1) Estimativa única é quando o estimador apresenta uma única estimativa por atividade e é responsabilidade
do gerente de projetos fornecer o maior número de informações para que se estime adequadamente cada
atividade, informar o quanto elas devem ser refinadas e impedir aumentos arbitrários;
2) Estimativas análogas (top down) baseadas nas durações reais de atividades similares em projetos
anteriores;
3) Estimativas paramétricas quantidade de trabalho da atividade (esforço) dividido pela taxa de produ-
tividade com base em registros históricos de projetos anteriores e outras informações. Os resultados
desta estimativa podem virar uma heurística (o trabalho de protótipo sempre representa 25% da
duração total do projeto);
4) Análise das reservas (contingência) tempo adicional que pode ser adicionado à duração da atividade,
levando em conta os riscos de atraso; e
5) Estimativas de três pontos (Análise PERT) média ponderada entre uma estimativa mais provável (MP), uma
otimista (O) e pessimista (P) [P+4MP+O]/6.
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46 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
A dica aqui é a de que você deverá saber as seguintes fórmulas e quando utilizá-las da análise PERT:
• Variância [P-O]/6
Para Heldman (2009), o objetivo é usar as técnicas acima mencionadas para controlar melhor o projeto.
Segundo Dismore; Cavalieri (2010), você deve levar bastante atenção nas restrições e premissas para desenvolver
um cronograma, pois elas podem ser limitações de tempo.
Depois de elaborado um cronograma inicial é realizada uma análise de rede do cronograma para chegar à
uma versão final do documento, podendo utilizar uma ou mais das seguintes técnicas, Método do caminho
crítico, compressão do cronograma, análise do tipo “e-se”, nivelamento de recursos e método da cadeia
crítica, segundo Mulcahy (2009).
2. CONTEÚDO DO CURSO 47
1) O caminho crítico é o caminho com a duração mais longa para percorrer um diagrama de rede e o mais
curto para terminar um projeto. Ele ajuda a comprovar o tempo do projeto, a determinar onde o gerente
de projetos deverá concentrar seus esforços, fornece um método eficaz para comprimir um cronograma e
para determinar quais atividades tem folga;
2) O caminho quase crítico é o caminho que tem a duração quase tão longa como a do caminho crítico e
quanto mais longos forem o caminho crítico e quase crítico maior é o risco do projeto (tempo, custos); e
3) A folga é o tempo que uma atividade pode atrasar sem atrasar o projeto e quase sempre as atividades do
caminho crítico tem folga zero e pode ser divido em três, a total (atividade atrasada sem atrasar o projeto
ou marco), livre (atividade atrasada sem atrasar o início mais cedo de sua sucessora) e do projeto (tempo
que o projeto pode atrasar sem atrasar a data imposta pelo cliente ou do projeto);
1) Compressão (Crashing) – alocar mais recursos às atividades do caminho crítico ou executá-las em menor
tempo, por definição ela resulta em mais custos para o projeto; e
2) Paralelismo (Fast Tracking) – realizar atividades em paralelo que normalmente deveriam ser executa-
das em sequência, podendo resultar em retrabalho, aumento do risco e requer maior atenção com as
comunicações.
Para Heldman (2009), o nivelamento de recursos pode causar alterações no caminho crítico.
Assista também ao vídeo a seguir para aprender mais um pouco sobre esse método. https://youtu.be/iv096JdBaS8
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48 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
Gerenciamento do Tempo III
O cronograma pode ser mostrado com ou sem dependências e pode ser mostrado nas formas de diagrama de
rede, gráficos de marcos e gráfico de barros.
1) Gráficos de marcos, mostram apenas os eventos principais do projeto e são simplesmente o término de
marcos, a Figura 34 mostra um exemplo; e
2) Gráficos de barras (gráfico de gantt) são ferramentas de planejamento fracas, mas eficazes para relatórios
e controle do progresso, a Figura 35 mostra um exemplo.
2. CONTEÚDO DO CURSO 49
Observe nesse artigo, como criar um gráfico de gantt em seis passos. http://pt.wikihow.com/Criar-um-Gr%-
C3%A1fico-de-Gantt
A dica é que um diagrama de redes é utilizado para mostrar as interdependências entre todas as atividades, o
gráfico de marcos é utilizado para fornecer relatórios à alta administração e um gráfico de barras é utilizado para
acompanhar o progresso e para fornecer relatório à equipe.
Seguindo Mulcahy (2009) a dica é que no grupo de processos de planejamento gerenciamento do tempo você
determina como você fará a parte do planejamento de todos os planos de gerenciamento, criar lista de atividades,
criar o diagrama de rede, estimar as necessidades de recursos, estimar o tempo e o custo, determinar todos os
papéis e responsabilidades, iterações, finalizar a parte de como executar e controlar de todos os planos e desen-
volver o plano final e uma linha de base para medição do desempenho realistas.
Por fim, o macro cronograma abaixo ilustra a visão de longo prazo da implantação do programa PDPJ-Br:
Também, Dismore; Cavalieri (2010) afirmam que o sucesso de um projeto depende em grande parte da habilidade
gerencial em controlar os custos, sendo assim o planejamento e o controle dos custos são fundamentais.
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50 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
FIGURA 36 – GRUPO DE PROCESSOS DO GERENCIAMENTO DOS CUSTOS
Para Mulcahy (2009), o gerenciamento do tempo discute a identificação de atividades como componentes menores
dos pacotes de trabalho, sendo elas utilizadas para criar as estimativas de custos em muitos projetos. Porém,
para alguns projetos maiores, pode ser mais prático estimar e controlar os custos em um nível diferente da EAP,
chamado de contas de controle. Os centros de custo são um nível superior dos pacotes de trabalho.
O plano de gerenciamento dos custos do projeto é estabelecido utilizando a EAP e suas contas de controle asso-
ciadas, segundo Heldman (2009).
2. CONTEÚDO DO CURSO 51
FIGURA 37 – PROCESSO ESTIMAR OS CUSTOS
Estimar os custos é o processo onde são feitas as estimativas, de forma aproximada, dos custos de cada atividade.
Não é função deste processo ainda abranger todas as estimativas de um plano de despesas ou orçamento de
custos por período, isso você verificará no próximo processo, determinar orçamento.
Segundo Muto; Pereira(2008), uma boa definição do escopo logo de início é um componente essencial na
determinação eficiente dos custos estimados e deve ser concluída no projeto assim que possível porque é mais
fácil especificar os custos nas fases iniciais do projeto. Não é possível especificar custos se você não entender
o escopo do projeto.
Para Mulcahy (2009), você deverá saber que as estimativas devem se basear na EAP e elaboradas pela pessoa
que executará as atividades, buscando maior exatidão, informações históricas, é necessário manter uma linha
de base dos custos (somente alterada por mudanças aprovadas), as estimativas são mais exatas se compo-
nentes de trabalho menores forem estimados, o gerente de projetos nunca deve somente aceitar restrições da
administração e sim analisar as necessidades do projeto, produzir estimativas próprias e conciliar quaisquer
diferenças para produzir objetivos realistas, aumentar arbitrariamente as estimativas do projeto não é aceitável
para o gerenciamento do projeto, as estimativas devem ser revisadas durante o ciclo de vida do projeto para
manterem-se realistas e podem ser diminuídas diminuindo os riscos.
• Fixos, não variam segundo o rendimento ou volume produzido, seu valor unitário se torna menor a medida
que a produção aumenta (salários de pessoal administrativo, seguros, aluguéis e taxas);
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52 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
• Diretos, diretamente relacionados com as atividades do projeto (viagens, salários, gratificações e material
usado no projeto); e
• Indiretos, não são apenas atribuíveis a um projeto específico, mas que estão distribuídos em muitos deles,
(serviços de apoio, aluguéis, impostos).
Dismore; Cavalieri (2010) afirmam que os custos podem ser estimados utilizando:
• Estimativas “bottom-up”, desenvolve estimativas para cada pacote de trabalho, o custo total do projeto
se dará pelo somatório das estimativas individuais realizadas. Para Mulcahy (2009), as vantagens são de
que é mais precisa, obtém apoio da equipe porque cria estimativas bem aceitas, baseada em uma análise
detalhada do projeto é base para monitoramento e controle, medição de desempenho e gerenciamento;
• Estimativa Análoga “top-down”, utiliza custos reais de projetos anteriores e similares para prever as
estimativas de custos do projeto atual. Para Mulcahy (2009), as vantagens são de ser rápidas, as ativi-
dades não precisam ser identificadas, menor custo para ser criada, o gerente tem uma ideia do nível de
expectativa da administração, os custos gerais do projeto terão um limite máximo; e
• Estimativa paramétrica, quantidade de trabalho dividido pela taxa de produtividade (ponto de função,
custo de construção por m²).
Para Mulcahy (2009), existem outros itens que auxiliam na criação de estimativas, tais como:
• Ao determinar os valores de custo dos recursos, devem ser analisados os custos dos recursos humanos,
consultores, prestadores de serviços, fornecedores e processos licitatórios;
• A análise das reservas (contingência), deve ser utilizada para acomodar os riscos de custos e de
cronograma; e
• Os custos da qualidade, trabalho adicional ao projeto para incluir o planejamento da qualidade não
podem ser esquecidos.
A precisão das estimativas na parte inicial do projeto, um intervalo mais amplo é fornecido, com o tempo, a medida
que mais informações são levantadas durante o planejamento, o intervalo das estimativas diminuirá.
• Estimativa por ordem de magnitude (OM), feito durante o processo de iniciação com intervalo de + ou –
50% do real, podendo variar dependo do conhecimento do projeto;
• Estimativa orçamentária, realizada durante a fase de planejamento com intervalo de -10 a +25% do real; e
• Estimativa definitiva, durante o projeto a estimativa será mais refinada, com intervalos de + ou – 10% ou,
dependendo do gerente de projetos, -5 a + 10% do real.
A dica aqui é a de que depois de elaboradas as estimativas dos custos de todas as atividades, bem como a base
dos cálculos para tais, você poderá ter de realizar mudanças ou atualizações nos riscos do projeto, além de outras
partes do plano de gerenciamento e nos documentos do projeto para reduzir custos.
Leia esse artigo que trata da importância da estimativa para o correto gerenciamento de custos de projetos. http://
www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/767
2. CONTEÚDO DO CURSO 53
7.2. DETERMINAR ORÇAMENTO
Agrega as estimativas dos custos globais do projeto ao custo das atividades individuais dos pacotes de trabalho
com a finalidade de estabelecer uma linha base de custos para realizar a medição do desempenho do projeto,
segundo o PMBOK (2017), conforme Figura 38.
Para Mulcahy (2009), o resultado deste processo é o orçamento total do projeto calculado para que a organização
possa deixar, em separado, os recursos necessários para sua realização.
Deste modo, a criação de um orçamento, os custos de cada atividade são reunidos nos custos do pacote de tra-
balho, que somados resultam nos valores das contas de controle e, por fim, nos custos do projeto. As reservas de
contingência são somadas para gerar a linha de base dos custos e na etapa final acrescentadas as reservas de
gerenciamento. As Figuras 39, 40 e 41 exemplificam formas de representar os custos em um projeto.
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54 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
FIGURA 40 – VISÃO DOS CUSTOS POR PACOTE DE TRABALHO E TIPO DE RECURSOS
A dica aqui é a de que a linha de base dos custos e o orçamento propostos somente serão finais após a conciliação
com quaisquer restrições de custos no termo de abertura do projeto.
2. CONTEÚDO DO CURSO 55
A dica de Mulcahy (2009) é que no grupo de processos de planejamento gerenciamento dos custos você deter-
mina como fará a parte do planejamento de todos os planos de gerenciamento, bem como, estimar o tempo e o
custo, desenvolver o orçamento, determinar todos os papéis e responsabilidades, iterações, finalizar a parte de
como executar e controlar de todos os planos e desenvolver o plano final e uma linha de base para medição do
desempenho realistas.
HELDMAN, K. Guia para o Exame Oficial do PMI. 5ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. cap. 1 a 12.
MULCAHY, R. Preparatório para o Exame de PMP. 6ª ed. EUA. RMC Publications, Inc, 2009. cap 1 a 12.
MUTO, C. A.; PEREIRA, B. T. Exame PMP: a Bíblia : manual para certificação. 2ª Edição. ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2008.
PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE (PMI). Project Management Boby of Knowledge (PMBOK). ed. Pennsylvania, 2017.
É a “colcha de retalhos” do item para dar rumo a itens mais complexos. Tornando assim,
Botton-up
a cada passo, os itens originais em subitens de um item maior.
É uma unidade de medida de software reconhecida pela ISO para estimar o tamanho
Ponto de função de um sistema de informação baseando-se na funcionalidade percebida pelo usuário
do sistema, independentemente da tecnologia usada para implementá-lo.
Uma sprint é uma reunião de pessoas envolvidas num projeto para promover um desen-
Sprints
volvimento mais focalizado do projeto. Sprints geralmente duram de uma a três semanas.
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56 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
UIA 3 | GERENCIAMENTO DA
QUALIDADE, COMUNICAÇÃO E
RECURSOS HUMANOS DOS PROJETOS
Gerenciamento da Qualidade
Para o PMBOK (2017), qualidade é definida como “o grau no qual o projeto satisfaz seus requerimentos” e “grau é
atribuído produtos e serviços que atendem à mesma finalidade com características diferentes”.
Já para Mulcahy (2009), a qualidade é definida como “o grau em que o projeto cumpre seus requisitos”.
O nível de qualidade explicita ou implícita devem ser alcançados não somente por força de concorrência de mer-
cado, mas também por imposições legais (VALERIANO, 2005).
Planejar a qualidade é um processo facilitador crucial executado durante o processo de planejamento visando o
cumprimento de padrões de qualidade relevantes, segundo Heldman (2009).
Assim a área de gerenciamento da qualidade aborda os processos e as atividades da organização executora que
determinam as políticas de qualidade, os objetivos e as responsabilidades de modo que o projeto satisfaça as
necessidades para as quais foi empreendido, segundo o PMBOK (2017).
• O gerente de projetos (GP) deve recomendar melhorias nos padrões, nas políticas e nos processos da orga-
nização executora, pois são esperadas pela alta administração;
• Sempre que houver mudanças em restrições do projeto a qualidade deve ser considerada;
• A qualidade deve ser verificada antes da conclusão de uma atividade ou pacote de trabalho;
• Trabalho supérfluo (gold plating), significa entregar funcionalidades não especificadas no escopo do
projeto, componentes com qualidade mais elevada ao cliente. Esse trabalho não deve ser realizado e é
responsabilidade do GP ficar atento para que isso não ocorra;
• Prevenção acima de inspeção, a qualidade deve ser planejada e não somente inspecionada;
• Análise marginal, procurar o ponto em que os benefícios ou a receita que serão recebidos com a melhoria
da qualidade se igualem ao custo incremental para alcançar tal qualidade e quando esse ponto é atingido,
se para de buscar melhorias na qualidade, pois não agrega valor;
• Sob demanda (Just in Time – JIT), quando a empresa solicita a matéria-prima somente quando neces-
sária, uma empresa que utiliza essa técnica possui um alto padrão de qualidade e isso reduz o estoque
a quase zero;
• Gerenciamento da qualidade total (GQT), estimula as empresas a sempre buscar formas de melhoria
contínua da qualidade nas práticas comerciais e dos produtos;
• Responsabilidade pela qualidade, o GP tem a responsabilidade final pela qualidade do produto, mas cada
membro da equipe deve verificar e inspecionar seu próprio trabalho. A alta administração tem responsa-
bilidade final pela qualidade na organização e cerca de 85% dos problemas de qualidade de um projeto
podem ser atribuídos ao ambiente gerencial e ao sistema gerencial no qual a equipe trabalha; e
• Impacto da má qualidade pode gerar, além da qualidade ruim, aumento dos custos, moral baixo, baixo
nível de satisfação do cliente, aumento dos riscos, retrabalho e atrasos no cronograma.
Assista ao vídeo do Ricardo Vargas que dá um panorama geral dobre o que é gerenciar qualidade de projeto.
https://www.youtube.com/watch?v=gs63l_zerag
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58 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
8.1. PLANEJAR A QUALIDADE
É o processo que identifica e define os padrões de qualidade relevantes para o produto e para o projeto e determina
como satisfazê-lo e ainda, que critérios serão utilizados para avaliar sua conformidade, além da documentação
de como o projeto demonstrará a qualidade (MUTO; PEREIRA, 2008).
Para Mulcahy (2009), o objetivo de utilizar as ferramentas e técnicas neste processo é o de determinar quais são
os requisitos e os padrões para o projeto e o produto.
• Análise de custo-benefício, o GP pondera os benefícios com relação ao custo para atender aos requisitos
de qualidade;
• Custo da qualidade (CDQ), assegura que o projeto não esteja gastando demais para garantir a quali-
dade, por meio da análise de quais custos serão os custos da conformidade e da não conformidade
com a qualidade no projeto e criar um equilíbrio. O Quadro 1 mostra itens a serem levados em conta
para o cálculo de conformidade;
2. CONTEÚDO DO CURSO 59
QUADRO 1 – CUSTOS DE CONFORMIDADE E NÃO CONFORMIDADE DA QUALIDADE
Estudos Sucata
• Benchmarking, envolve analisar outros projetos visando obter ideias para melhoria do projeto atual e
fornecer uma base para usar na medição do desempenho da qualidade;
• Amostragem estatística, consiste em coletar uma amostra estatisticamente válida, pois fazer testes
em todos os exemplares poderá levar muito tempo, custar mais e ser destrutivo demais. O tamanho e
a frequência das medições são determinados neste processo; e
• Elaboração de fluxogramas, mostra como o processo ou sistema flui do início ao fim e como os elementos
se inter-relacionam e utilizado para ver um processo e encontrar possíveis problemas de qualidade.
• Gráficos de controle – São definidos, para o PMBOK (2017), no processo planejar a qualidade como parte
do esforço para determinar o que será qualidade no projeto e utilizado para no processo para realizar
o controle da qualidade, onde ajudam a determinar se um processo está dentro dos limites aceitáveis.
As regras de medição do controle dos projetos são:
> Limites de controle superior e inferior, são o intervalo de variação aceitável de um processo, normal-
mente calculado com base em + ou – 3 sigma ou desvios padrão;
> Média, é indicada por uma linha no meio do gráfico de controle, mostrando o ponto médio do intervalo
de variação aceitável do processo;
> Fora de controle, é quando um ponto de dados está fora do limite de controle superior e inferior ou
quando dados não aleatórios, mesmo dentro dos limites de controle superior e inferior, como na
regra dos sete;
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60 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
> Regra dos sete, é uma regra geral ou heurística e refere-se a pontos de dados não aleatórios agrupados
em uma série que totaliza sete em um lado da média; e
> Variação com causa atribuível/causa especial, refere-se a um ponto de dados ou regra dos sete que
requer investigação para determinar a causa da variação.
• Métricas da qualidade, são a base para que o GP faça solicitações de mudanças no projeto
(nº de mudanças, de recursos usados, de itens reprovados na inspeção, de boas encontrados, varia-
ções de pesos...);
• Lista de verificação, lista de itens que devem ser inspecionados em um produto (Chico lista);
• Plano de melhoria de processos, ajuda a poupar tempo aumentando a eficiência e evitando problemas,
diminuindo gastos e aumentando a satisfação do cliente; e
• Atualizações no plano de gerenciamento e nos documentos do projeto, são necessárias essas atuali-
zações em todos os processos de gerenciamento de projetos.
A dica aqui é que qualidade é o grau no qual um conjunto de características inerentes satisfaz as necessidades.
E grau é uma categoria atribuída a produtos ou serviços que possuem o mesmo uso funcional, mas diferentes
características técnicas.
Muto; Pereira (2008) apresentam outras dicas: O gerente de projeto é o responsável final pela qualidade
do projeto.
Gerenciamento da Comunicação
Inclui os processos necessários para assegurar que as informações do projeto sejam geradas, coletadas, dis-
tribuídas, armazenadas, recuperadas e organizadas de maneira oportuna e apropriada. O Gerente de projetos
gasta a maior parte do tempo se comunicando com os membros da equipe e outras partes interessadas,
quer sejam internas (em todos os níveis da organização) ou externas à organização, segundo o PMBOK (2017).
Uma estatística, segundo Muto; Pereira (2008): Ele gasta 90% do tempo com comunicação, 50% do tempo de
comunicação com a equipe de projeto (Requer comunicação clara, oportuna, eficaz e eficiente entre ao longo
da vida do projeto.) e 55% de todo este tempo de com comunicação não verbal. Esta área, portanto, tem
um elevado nível de importância, pois se torna imprescindível que as informações cheguem ao seu destino
(interessados) dentro das regras e necessidades requeridas.
2. CONTEÚDO DO CURSO 61
FIGURA 44 – GRUPO DE PROCESSOS DO GERENCIAMENTO DAS COMUNICAÇÕES
Para Heldman (2009), compreende a determinação das necessidades de comunicação das partes interessadas,
por meio da definição dos tipos de dados necessários e do formato em que serão transmitidos.
Para Mulcahy (2009), as comunicações se baseiam em gerenciar as partes interessadas por parte do gerente
de projetos e ele deve identificar todas elas (pois se forem identificadas posteriormente elas podem solicitar
mudanças e impactar negativamente no projeto), determinar todos os seus requisitos, determinar o seu nível
de influência, as suas expectativas e transformá-las em requisitos, quando e quanto elas serão envolvidas no
projeto, avaliar conhecimentos e habilidades, analisar o projeto para assegurar que as necessidades estão sendo
alcançadas, informar requisitos escolhidos e não escolhidos e o porquê, obter e manter envolvimento, influenciar,
usar como especialistas, utilizar, quando necessário no gerenciamento de mudanças, auxílio na elaboração das
lições aprendidas, obter aceitação formal do projeto ou fases, reavaliar envolvimento, gerenciar expectativas e
assegurar entendimento comum.
Ouça esse podcast do Ricardo Vargas que trata do conceito de um anteparo de comunicação: http://www.ricar-
do-vargas.com/pt/podcasts/do-you-know-what-is-a-communication-filter-or-noise/
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62 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
Também, as partes interessadas (Stakeholders) podem ter interesse positivo ou negativo no projeto, exercer influên-
cia sobre o projeto e suas entregas, estar em diversos níveis da organização e ter diferentes níveis de autoridade.
Para Mulcahy (2009), a análise das partes interessadas envolve a identificação de todas as partes interessadas,
o gerente pode usar a lista inicial no termo de abertura do projeto, bem como contratos. Em seguida o Gerente
de Projeto analisa o impacto e a influência em potencial de cada parte interessada e podem ser classificadas por
grades de poder/interesse e modelos de saliência visando agrupar por qualificações, nível de autoridade, impacto
ou influência ou requisitos.
O registro das partes interessadas é onde todas as informações sobre as partes interessadas são compiladas,
podendo conter o nome, o cargo, o supervisor, a função no projeto, as informações de contato, os requisitos e as
expectativas, o impacto e a influência, a atitude perante o projeto, as classificações e outras informações relevantes.
A estratégia de gerenciamento das partes interessadas é desenvolvida pelo gerente de projetos que pode agrupar
partes interessadas ou gerenciar individualmente dependendo da necessidade do projeto.
Veja esse guia que ajuda a identificar os principais stakeholders do projeto. http://www.youwilldobetter.
com/2012/05/guia-para-identificar-os-stakeholders-do-seu-projeto/
2. CONTEÚDO DO CURSO 63
FIGURA 46 – PROCESSO DE PLANEJAR AS COMUNICAÇÕES
Assim, na visão de Muto; Pereira (2008), este processo resume em gerar as informações para os interessados
que sejam realmente necessárias, com uma mensagem clara e que atendam às suas precisões e expectativas.
Para isso o planejamento de comunicações deve ser iniciado o quanto antes.
Segundo o PMBOK (2017), os requisitos de comunicação da organização são, por exemplo, tecnologia de comunicação
específica disponível, mídia de comunicação permitida, política de retenção de registros e requisitos de segurança.
Para Mulcahy (2009), as informações do projeto que precisam ser comunicadas são: o termo de abertura do pro-
jeto, o plano de gerenciamento e documentos do projeto, impactos de outros projetos e em outros projetos, EAP,
quando os recursos são necessários, cronograma de reuniões, designações de trabalho, situação, novos riscos,
incertezas, problemas, sucesso, mudanças, atualizações, trabalho futuro, atrasos, datas de marcos, lições apren-
didas, desempenho, informações de contatos de todas as partes interessadas.
As comunicações ocorrem interna ou externamente à equipe principal do projeto e vertical (superiores e inferiores
da organização) e horizontalmente (entre colegas)
Segundo o PMBOK (2017) a atividade de comunicação tem muitas dimensões em potencial, incluindo:
• Interna (dentro do projeto) e externa (cliente, outros projetos, os meios de comunicação, o público);
• Escrita e oral; e
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64 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
A maioria das habilidades de comunicação são comuns ao gerenciamento geral e o gerenciamento do projeto.
Alguns exemplos PMBOK (2017):
• Educar a fim de aumentar o conhecimento da equipe para que ela seja mais eficaz;
2. CONTEÚDO DO CURSO 65
Para Mulcahy (2009), é no gerenciamento dos recursos humanos que o gerente de projetos define os papéis
e responsabilidades dos membros da equipe, da administração e de outras partes interessadas dentro do
projeto. Para isso ele recorre à matriz de responsabilidades. Os papéis desempenhados pelas partes inte-
ressadas no projeto são:
• Equipe do projeto executam as atividades do projeto de acordo com o planejado, identifica requisitos, cria
EAP, estima tempo e custo, conduz melhoria nos processos;
• Gerente de projetos faz o projeto acontecer conforme o planejado, coordena os trabalhos e propõe ações
corretivas para o alcance dos resultados previstos.
A responsabilidade do gerente de projetos sobre os recursos humanos pode ser ética, profissional e social e admi-
nistrativa. Os membros da sua equipe são seus subordinados diretos.
A dica de Mulcahy (2009) é a de que o gerente de projetos deve determinar a necessidade de recursos, negociar
os recursos ideais com o gerente funcional, criar lista da equipe e descrições de cargo, assegurar, claramente, os
papeis e responsabilidades e incluir relatórios de desempenho dos membros da equipe.
Leia as duas primeiras páginas desse artigo para ter uma visão geral sobre como gerenciar recursos humanos em
projetos. http://www.mundopm.com.br/download/artigo_demo_RH.pdf
O gerenciamento dos recursos humanos para Dismore; Cavalieri (2010) tem como objetivo principal possibilitar a
utilização mais efetiva das pessoas envolvidas no projeto.
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66 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
FIGURA 48 – PROCESSO DE DESENVOLVER O PLANO DE RECURSOS HUMANOS
O gerenciamento dos recursos humanos para Dismore; Cavalieri (2010) tem como objetivo principal possibilitar a
utilização mais efetiva das pessoas envolvidas no projeto. Assim, o plano de recursos humanos determina onde
estão definidas as funções e responsabilidades necessárias para completar o projeto, bem como sobre o plane-
jamento e o monitoramento e controle.
• Fatores ambientais da organização, verificar a cultura (quais empresas evolvidas, alguém que não deseja
o projeto, contrata terceirizados, disponibilidade para treinamento) e os sistemas existentes na empresa
com os quais o projeto lidará e ou poderá usar;
• Organogramas e descrições de cargos, descrever todas as competências e funções que a equipe do projeto
pode exercer;
• Tabela RACI (responsável pela Execução, responsável pela Aprovação, é Consultado, é Informado), con-
forme ilustrado no Quadro 2;
2. CONTEÚDO DO CURSO 67
QUADRO 2 – GRÁFICO RACI
Um exemplo prático de matriz de responsabilidades aplicada especificamente para a implantação do PJe nos TJs
está ilustrada logo abaixo:
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68 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
Mais outro exemplo prático de matriz de responsabilidades aplicada especificamente para gestão da operação
do PJe junto aos TJs está ilustrada logo abaixo:
• Estrutura analítica de recursos, divide o trabalho por tipo de recurso (Figura 49); e
A título ilustrativo, demonstra-se abaixo os papéis dos recursos humanos envolvidos nos projeto do CNJ, que são
adequados aos projetos do PJe, principalmente por correlacionarem com o modelo ágil.
2. CONTEÚDO DO CURSO 69
QUADRO 5 – PAPÉIS DA METODOLOGIA DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS DO DTI CNJ
Para Mulcahy (2009), o resultado deste processo é o Plano de recursos humanos que informa quando e como os
membros da equipe serão incluídos, gerenciados, controlados e liberados do projeto. Ele inclui papéis e responsa-
bilidades, organogramas do projeto e plano de gerenciamento do pessoal.
O Plano de Gerenciamento de Pessoal inclui o plano de mobilização, calendário, plano de liberação de recursos,
bem como necessidades de treinamento, reconhecimento e recompensas, conformidade de cumprimento do plano
e segurança do pessoal.
Os sistemas de reconhecimento e recompensas incluem dizer obrigado, conceder prêmios, recomendar mem-
bros para trabalhos ou aumentos preferenciais, enviar cartas de recomendação aos seus gerentes funcionais,
planejar festas, pagar treinamento com o orçamento do projeto, designar recursos para outras atividades a
fim de desenvolver competências.
O gerente de projeto de lançar mão do histograma de recursos (gráfico de barras) que explicita o número de recursos
utilizados no período e onde há um pico na necessidade de recursos.
O diagrama de processos de Mulcahy (2009) nos traz a dica de que no grupo de processos de planejamento você
determina como você fará a parte do planejamento de todos os planos de gerenciamento, determina a equipe,
determina todos os papéis e responsabilidades, iterações, finaliza a parte de como executar e controlar de todos
os planos e desenvolver o plano final e uma linha de base para medição do desempenho realista.
Diante deste processo, é importante destacar o modelo de governança da PDPJ-Br, baseada em uma Rede de
Governança constituída por:
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70 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
I – Comissão Permanente de Tecnologia da Informação e Infraestrutura do CNJ;
II – Comitê Gestor Nacional da PDPJ;
III – Comitês Gestores dos Tribunais;
IV – Gerência Executiva da PDPJ; e
V – Grupos de Trabalho.
II – homologar e propor ajustes aos projetos de desenvolvimento de microsserviços sugeridos pela Gerência
Executiva e pelos Comitês Gestores dos tribunais de forma a conciliar e integrar as necessidades dos diversos seg-
mentos do Poder Judiciário e dos usuários externos, com o auxílio da Gerência Executiva e seus Grupos instituídos;
III – ratificar as decisões tomadas pela Gerência Executiva e seus grupos instituídos;
V – sugerir à Presidência o modelo de rateio dos custos da nuvem computacional e, após aprovado,
acompanhar sua execução; e
VI – deliberar sobre questões autorizadas pela Presidência e realizar outras ações para o cumprimento do
seu objetivo.
IV – apresentar ao Comitê Gestor Nacional a proposta de plano de ação para a implantação da PDPJ-Br no tribunal;
Gerência Executiva:
2. CONTEÚDO DO CURSO 71
§ 3º Para cada projeto de desenvolvimento será designado pelo DTI um líder técnico para atuar como facilitador
e supervisor das atividades realizadas e artefatos a serem entregues, para garantia de compatibilidade com
os padrões e normativos da PDPJ-Br.
§ 4º Para cada projeto também será designado pelo Departamento de Tecnologia da Informação e Comunicação
um gerente de projetos, que será responsável pelo acompanhamento do cronograma estabelecido e pela atua-
lização de informações sobre o andamento e comunicação de eventuais impedimentos à Gerência Executiva.
Grupos Nacionais:
I – Grupo Nacional de Gerenciamento, Desenvolvimento e Sustentação, presidido pelo Diretor de Divisão do PJe; e
HELDMAN, K. Guia para o Exame Oficial do PMI. 5ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. cap. 1 a 12.
MULCAHY, R. Preparatório para o Exame de PMP. 6ª ed. EUA. RMC Publications, Inc, 2009. cap 1 a 12.
MUTO, C. A.; PEREIRA, B. T. Exame PMP: a Bíblia : manual para certificação. 2ª Edição. ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2008.
PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE (PMI). Project Management Boby of Knowledge (PMBOK). ed. Pennsylvania, 2017.
A prevenção de defeitos em produtos que enfatiza que qualidade deve ser construída
Prevenção
no produto e não meramente verificada depois que o produto foi feito
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72 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
UIA 4 | GERENCIAMENTO DAS
AQUISIÇÕES E RISCOS DOS PROJETOS
Gerenciamento das Aquisições
O gerenciamento das aquisições inclui os processos necessários para comprar ou adquirir produtos, serviços ou
resultados externos à equipe do projeto (Figura 50) e abrange processos de gerenciamento de contratos e controle
de mudanças que são necessários para desenvolver e administrar contratos ou pedidos de compra imitidos por
membros autorizados da equipe, segundo o PMBOK (2017).
Para Dismore; Cavalieri (2010), as aquisições devem ser um “projeto” por si só e, portanto, devem ser gerenciadas
e controladas como tal, mesmo as de pequeno porte.
Para Mulcahy (2009), com o gerenciamento das aquisições é um processo formal pelo qual muitas organizações
obtêm produtos e serviços. Ela lista alguns conceitos que você deve conhecer:
• Compradores e fornecedores, a pessoa que presta serviços ou fornece produtos são fornecedores e a
empresa ou pessoa que compra um serviço é chamada de compradora; e
Para Mulcahy (2009), este processo responde a questões de “quais produtos e serviços você precisa adquirir para
o projeto, como você os comprará e quais fornecedores potenciais você usará?”.
Na mesma linha, Heldman (2009) afirma que este processo inclui identificar quais bem ou serviços comprar fora
da organização e quais necessidades a equipe do projeto precisa atender.
GESTÃO DE PORTFÓLIO, PROGRAMAS E PROJETOS DE IMPLANTAÇÕES DA PLATAFORMA DIGITAL DO PODER JUDICIÁRIO BRASILEIRO – PDPJ-BR
74 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
• Análise de fazer ou comprar – São considerados os custos no gerenciamento das aquisições, juntamente
com os custos diretos do produto ou serviço a ser adquirido. Um dos motivos para comprar é reduzir risco
das restrições do projeto e é melhor fazer se você tem a fábrica ou força de trabalho ociosa, deseja manter
o controle e se envolve informações ou procedimentos prioritários, segundo Heldman (2009).
Lei o artigo citado para entender mais sobre essa análise tão importante para o planejamento da aquisição.
https://universoprojeto.wordpress.com/2013/09/23/analise-de-fazer-ou-comprar/
• Plano de gerenciamento de aquisições – Descreve como o processo de aquisições será planejado, execu-
tado e controlado.
• Declaração do trabalho da aquisição – O gerente de projetos deve definir o escopo do trabalho a ser reali-
zado, por meio da divisão da linha de base do escopo do projeto no trabalho no trabalho que a equipe do
projeto realizará e no trabalho que será adquirido do fornecedor. Essa declaração deve ser clara, completa
e concisa, além de descrever todo o trabalho e todas as atividades que o fornecedor deverá completar.
Existem alguns tipos de declaração:
> Desempenho determina o que o produto final deverá fazer, em vez de descrever como deve ser
construído ou quais devem ser suas características de design (quero um carro que vá de zero a
cem em 4 segundos);
> Funcional determina a finalidade ou resultado final e deve ser usada na execução do trabalho e inclui
uma declaração das características mínimas do produto (quero um carro com 10 porta copos); e
> Design determina precisamente qual trabalho deve ser realizado (construir exatamente o que consta
nesses desenhos).
• Tipos de contrato – Segundo Muto; Pereira (2008) existem três categorias, o de preço fixo (PF), tempo e
material (T&M) e custos reembolsáveis (CR), detalhados abaixo:
> Preço Fixo (PF) – usado para adquirir produtos ou serviços com especificações ou requisitos bem defini-
dos e quando há concorrência suficiente para se determinar um preço justo e razoável antes do início
do trabalho. Neste tipo de contrato o fornecedor aceita o alto nível de risco, o comprador paga mais,
tendo em conta o acréscimo de reservas para riscos e a declaração do trabalho deve ser completa
para que o fornecedor não deixe de fazer algo do escopo;
» Preço Fixo com Remuneração de Incentivo (PFRI) – para cada mês de antecipação do término do
projeto, adicionais são pagos ao fornecedor;
» Preço Fixo com Remuneração Concedida (PFRC) – para cada mês em que o desempenho exceder
o nível planejado de 15%, um valor de R$ 10.000 adicionais serão concedidos ao fornecedor, com
uma concessão máxima de R$ 90.000,00 (essa é a diferença para o PFRI, um limite de concessão);
» Preço fixo com Ajuste Econômico de Preço (PFAEP) – contrato de R$ 100.000, mas um aumento pode
ser permitido no segundo ano com base no índice de preços ao consumidor referente ao primeiro ano;
> Contrato por tempo e material (T&M) – contrato de R$ 100 por hora mais R$ 10 por metro linear
de madeira;
2. CONTEÚDO DO CURSO 75
> Contrato de Custos reembolsáveis (CR) – usado quando o escopo do trabalho é incerto, portanto os
custos não podem ser estimados com precisão, permitindo ao comprador pagar ao fornecedor custos
incorridos admissíveis;
» Contrato de custos – o valor do contrato de CR é igual ao custo, não há lucro;
» Custo Mais Remuneração (CMR) ou custo mais percentual de custo (CMPC) – este tipo de CR é
quando o valor do contrato é igual ao custo gasto mais 10% dos custos como remuneração;
» Custo Mais Remuneração Fixa (CMRF) – este tipo de CR é quando o valor do contrato é igual ao
custo gasto mais uma remuneração de R$ 200.00;
» Custo Mais Remuneração de Incentivo (CMRI) – o fornecedor é pago pelos custos reais mais uma
remuneração que será ajustada se os objetivos de desempenho específicos declarados no contrato
forem cumpridos. A proporção é de 80% para o fornecedor e 20% para o comprador; e
» Custo Mais Remuneração Concedida (CMRC) – o custo mais uma remuneração de R$ 4.000 em cada
mês que uma produção exceder 20.000 unidades, com prêmio máximo de R$ 50.000.
Os incentivos se destinam a motivar os esforços do fornecedor em relação a itens que talvez não fossem enfati-
zados de outra maneira e visa desestimular a ineficiência e o desperdício do fornecedor.
Os pagamentos são realizados conforme está determinado nos contratos, conforme o trabalho vai sendo incorrido,
o cronograma de pagamentos, dentre outros.
Quem assume os riscos dependendo do tipo de contrato, para os CR é o comprador, pois se os custos aumentarem
o comprador paga os custos, já no contrato de PF quem assume o fornecedor, pois se os custos aumentarem o
fornecedor paga os custos e lucra menos
• Lucro (remuneração) – preço que o fornecedor apresenta para o comprador com uma margem aceitável
de lucro.
• Preço-alvo – compara o resultado final com o que era esperado (o preço-alvo), sendo este a medida
do sucesso.
• Ponto de Premissa Total (PPT) – aplicada em contratos de preço fixo com remuneração de incentivo e
refere-se à quantia ao qual o fornecedor assume toda a perda de um estouro de custos a fórmula é PPT
= ((Preço-teto – Preço-alvo)/Proporção de compartilhamento do comprador) + Custo-alvo.
GESTÃO DE PORTFÓLIO, PROGRAMAS E PROJETOS DE IMPLANTAÇÕES DA PLATAFORMA DIGITAL DO PODER JUDICIÁRIO BRASILEIRO – PDPJ-BR
76 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
> Solicitação de proposta ou de oferta (SDP), proposta detalhada de como o trabalho será realizado,
quem fará os currículos, experiência da empresa, preço, dentre outros, utilizada em contratos de CR e
declaração do trabalho de desempenho ou funcional;
> Convite para licitação (CONV) solicita um preço total para realizar o trabalho, utilizado em contratos de
PF e a declaração do trabalho da aquisição é de design; e
> Solicitação de cotação (SDC) solicita cotação de preço por item, hora, metro ou outra unidade de medida,
utilizada em contratos de T&M e pode ser utilizada qualquer uma das declarações.
• Critérios de seleção – São as bases pelas quais o comprador avalia as ofertas ou propostas, esses critérios
podem ser experiência na área, entendimento da necessidade, capacidade técnica, qualidade do desem-
penho anterior, capacidade de terminar no prazo e em gerenciamento de projetos.
• Acordo de confidencialidade – É um acordo entre o comprador e o fornecedor para não divulgar alguma
informação, caso uma das partes não queira que seja divulgada e se for violado podem ocorrer conse-
quências previstas em contrato.
• Acordo de parceria (Joint Venture) – Quando dois fornecedores que possuem mais chances de conseguir
o trabalho de um comprador unem forças, assinando um acordo de parceria.
• Cláusulas especiais – É quando o gerente de projetos se reúne com o de aquisições para inserir necessida-
des do projeto e determinar os termos e condições do contrato final e pode ser resultado de uma análise
de riscos, requisitos, tipo de projeto e requisitos administrativos, legais ou empresariais.
• Termos e condições – A seguir algumas categorias que podem constituir cláusulas padrão e especiais:
> Cessão – Circunstâncias em que uma parte pode ceder a terceiros seus direitos ou obrigações estipu-
lados em um contrato;
> Fianças – Item que protege o comprador contra reivindicações do fornecedor por falta de pagamento;
> Quebra de contrato/inadimplência – Salienta quando qualquer obrigação do contrato não é cumprida,
geralmente é realizada por meio de uma carta formal;
> Mudanças – Descreve como serão feitas, formato usado, prazos para notificação e execução;
> Resolução de disputas – Descreve como será resolvida e quem a resolve (árbitro ou tribunal);
> Incentivos – São os benefícios ao fornecedor caso este esteja alinhado aos objetivos do projeto;
2. CONTEÚDO DO CURSO 77
> Indenização – Esclarece quem será responsável por lesões corporais, danos e acidentes;
> Inspeção – Assinala terá pode para inspecionar o trabalho durante a execução do projeto e em
quais circunstâncias;
> Propriedade intelectual – Aponta quem detém patente, marcas, direitos autorais, dentre outros,
podendo incluir determinadas propriedades intelectuais no cumprimento do contrato;
> Faturamento – Descreve quais documentos de apoio, para quem e quando devem ser produzidos;
> Multas contratuais – Item que estima os casos de inadimplências específicas. Devem ser descritas
com antecedência;
> Inadimplência substancial – Abarca os casos de quebra de contrato tão relevante que pode não ser
mais possível continuar o contrato;
> Propriedade – Lista quem possuirá os itens tangíveis usados em associação ou desenvolvidos
no contrato;
> Pagamentos – Descreve quando, as multas de atrasos, motivos para falta de pagamento;
> Declaração do trabalho da aquisição – Se não for um documento separado, ela pode estar inclusa
no contrato;
> Retenção – Item que esclarece a quantia retida a cada pagamento e realizada ao final do contrato;
> Risco de prejuízo – Nomeia a alocação de riscos às partes do contrato caso produtos sejam perdidos;
> Rescisão – Apresenta os itens para o caso de interrupção do contrato antes do término;
> Prazo essencial – Representa as datas de entrega e são obrigações rigorosas, portanto, qualquer
atraso é uma inadimplência substancial do contrato;
> Renúncias – São declarações de que os direitos definidos no contrato só podem ser renunciados ou
modificados por acordo expresso entre as partes;
> Garantias – Promessas de qualidade para produtos ou serviços em termos contratuais e em uma
linha de tempo restrita; e
> Trabalho feito sob encomenda – Trabalhos fornecidos no contrato que serão de propriedade do
comprador.
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78 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
• Carta de intenções – Pelo fato de negociações do contrato, termos e assinatura pode levar tempo, o for-
necedor pode solicitar uma carta de intenções junto ao comprador, pois deve levar tempo para contratar
recursos para a execução do contrato. Esta carta não é um contrato, não tem uma obrigação legal, apenas
uma garantia para o fornecedor assumir o risco.
• Participação de direitos – Significa uma relação contratual, é quando a empresa A contrata a empresa
B para fazer um trabalho e a empresa B contrata a C para executar o trabalho, caso a empresa A queira
alterar algo na execução ela deve conversar com a empresa B, pois a relação contratual é com ela.
• Formas de aquisição sem concorrência – Você pode conceder contrato sem concorrência caso o cronograma
esteja muito apertado, fornecedor com qualificações exclusivas ou existe somente um fornecedor ou um
fornecedor tem a patente do item necessário. Esse tipo de aquisição pode ser:
> Fonte única, você negocia o contrato diretamente com seu fornecedor preferencial, sem realizar o pro-
cesso de aquisições (pode ser uma empresa que você já trabalhou e gostou do resultado); e
> Fonte exclusiva, quando existe apenas um fornecedor, pode ser uma empresa que possui a patente.
Considerando que temos uma lei específica que rege os procedimentos de aquisições no Brasil, leia o artigo que
trata de um estudo comparativo entre o processo de aquisições do PMBOK® e a lei 8.666.
http://www.ipog.edu.br/uploads/arquivos/a75b8cbce012bc090ce64d143c0dfcdb.pdf
O que é risco?
Risco segundo Muto; Pereira (2008) é o evento ou condição incerta, presente em todos os projetos, que ao ocorrer
poderá impactar positivamente ou negativamente o projeto, afetando pelo menos um objetivo do projeto, como
tempo, custo, qualidade, escopo, etc.
O risco do projeto é sempre futuro. O risco do projeto tem origem na incerteza existente em todos os projetos.
Um risco pode ter uma ou mais causas e, se ocorrer, pode ter um ou mais impactos.
O gerenciamento de risco envolve a tomada de decisões em um ambiente incerto, complexo e dinâmico. E tem como
meta identificar as potenciais forças e riscos do projeto.
Caberá à equipe de gerenciamento de projeto identificar as potenciais forças e riscos do projeto e assim, poten-
cializar o impacto dos eventos positivos e minimizar ou anular a probabilidade e o impacto dos eventos adversos
aos objetivos do projeto.
O gerenciamento dos riscos aborda os processos de planejamento, identificação, análise, planejamento de res-
postas e monitoramento e controle dos riscos, visando aumentar a probabilidade e o impacto dos eventos de
riscos positivos e reduzir a probabilidade e o impacto dos eventos negativos do projeto, segundo o PMBOK (2008).
2. CONTEÚDO DO CURSO 79
FIGURA 52 – GRUPO DE PROCESSOS DO GERENCIAMENTO DOS RISCOS
Para Mulcahy (2009), com o gerenciamento dos riscos, o projeto deixa de controlar o gerente de projetos e o gerente
de projetos é quem controla o projeto.
Também, Dismore; Cavalieri (2010), afirmam que um risco é qualquer incerteza ou condição em potencial que, se
concretizado, pode afetar negativamente ou positivamente um objetivo do projeto. Eles listam alguns conceitos:
• Incerteza é uma falta de conhecimento sobre um evento, o que causa redução na confiança das conclusões
tiradas baseadas nos dados disponíveis;
• Fatores de risco são a probabilidade de ocorrência (o quê), intervalo de resultados possíveis (impacto ou
valor em jogo), momento esperado (quando) e com que frequência prevista de riscos da mesma origem;
• Tolerâncias e limites para riscos são as áreas de riscos aceitáveis e pode incluir restrições do projeto (escopo,
tempo, custos...), bem como reputação e fatores intangíveis do cliente.
Nesta animação, podemos ver vários temas da Gestão de Projetos como Gestão de Riscos.
https://www.youtube.com/watch?v=O2M8Ou35GKQ
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80 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
12.1 PLANEJAR O GERENCIAMENTO DOS RISCOS
Para o PMBOK (2017) é o processo de definição de como conduzir as atividades de gerenciamento dos riscos
(Figura 53), um planejamento cuidadoso e explícito aumenta a probabilidade de sucesso para os outros
cinco processos.
Para Mulcahy (2009), este processo responde a questões de quanto tempo deve ser dedicado ao gerenciamento
de riscos, baseado nas necessidades do projeto, quem estará envolvido, como o gerenciamento será realizado, os
procedimentos da empresa e matrizes de probabilidade e impacto padrão.
O Plano de Gerenciamento de Riscos descreve como os riscos serão gerenciados ao longo da vida do projeto e
estabelece um orçamento para isto, Dismore; Cavalieri (2010).
Ainda, o resultado ao terminar este processo você deve ter os seguintes itens, segundo o PMBOK (2017):
• Plano de gerenciamento de riscos, que inclui uma metodologia (define como você realizará o gerencia-
mento dos riscos);
• Papéis e responsabilidades, quem fará o quê (pessoas fora da equipe podem ter responsabilidades
nos riscos);
• Orçamentação inclui o custo dos processos de riscos (você deve saber que gerenciamento de riscos
economiza tempo e custos);
• Momento, quando realizar o gerenciamento dos riscos (assim que você tiver as entradas apropriadas você deve
iniciar e repetir ao longo de todo o projeto a fim de identificar novos riscos ou o grau de riscos pode mudar);
• Categorias de riscos;
2. CONTEÚDO DO CURSO 81
• Definições de probabilidade e impacto, padronizar as avaliações de um risco, pois uma pessoa pode achar
que 7 é alto e outra não ao avaliar um risco;
• Tolerâncias das partes interessadas devem ser descobertas na iniciação do projeto e esclarecidas ou
refinadas continuamente;
• Acompanhamento significa como o processo de riscos será auditado e o que ocorre no processo.
• Pelo cliente;
• Pelos fornecedores;
• Cronograma, equipamento chegue antes e um pacote de trabalho iniciar cinco dias antes;
• Custo, talvez o equipamento chegue depois do planejado e seja necessário prorrogar o aluguel com custo
de R$ 50.000,00;
• Qualidade, o concreto pode secar antes do previsto e os pacotes de trabalho sucessores podem iniciar
antes do planejado;
• Escopo, o escopo não foi definido corretamente, caso seja verdade, será necessário acrescentar pacotes
de trabalho ao custo de R$ 35.000,00;
• Recursos, uma pessoa importante do projeto poderá sair, caso isso ocorra, o cronograma atrasará entre
5 e 10 dias úteis; e
• Satisfação do cliente ou das partes interessadas, o cliente pode não estar satisfeito com as entregas ABC,
provocando aumento de tempo de 15% de retrabalho.
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82 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
A dica aqui é a de que as categorias ou fontes de riscos podem ser organizadas em um organograma no formato
de uma EAP, gerando a estrutura analítica dos riscos.
Além dessas categorias riscos descritas anteriormente podem existir os tipos de riscos, segundo Muto; Pereira (2008):
• Puros/Pure ou seguráveis – Existe somente a possibilidade de perda (fogo, furtos, catástrofe natural etc.)
2. CONTEÚDO DO CURSO 83
Para Mulcahy (2009), este processo envolve todas as partes interessadas, pois cada um tem uma perspectiva
diferente do projeto e pode apresentar suas ideias sobre as oportunidades e ameaças. Também, a principal parte
da identificação dos riscos ocorre na parte inicial do projeto e um número menor ocorre posteriormente.
Identificar os riscos é um processo iterativo porque novos riscos podem surgir ou se tornar conhecidos durante
o ciclo de vida do projeto, assim os riscos devem ser reavaliados continuamente, principalmente em atividades
como o controle integrado de mudanças, ao trabalhar com recursos a ao lidar com questões no projeto.
Para Mulcahy (2009), existem algumas técnicas de coleta de informações para coletar ou identificar mais riscos,
tais como:
• Técnica Delphi, usada para alcançar um consenso de especialistas anonimamente, por meio do envio
de uma solicitação de informações, suas respostas são compiladas e enviadas novamente para
validação ou revisão;
• Análise de causas-raiz, organizar os riscos por sua origem ajuda a identificar mais riscos;
• Análise de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças (SWOT), avalia o projeto analisando seus pontos
fortes e fracos para identificar mais riscos (oportunidades e ameaças);
• Análise da lista de verificação, usada para identificar riscos específicos em cada categoria;
• Análise das premissas, verificar quais foram usadas no projeto, se são válidas, pode levar a identificar
mais riscos; e
• Técnicas de diagramas, para identificar mais riscos os diagramas de causa e efeito e fluxogramas auxiliam
a analisar as causas-raiz de problemas.
A única saída deste processo é, segundo PMBOK (2017), o registro dos riscos, local em que as informações dos
riscos são mantidas, é um documento utilizado para todo o processo de gerenciamento dos riscos e neste
processo deve conter a lista dos riscos, a lista de possíveis respostas, a causas-raiz dos riscos e a categoria de
riscos atualizada.
http://www.ricardo-vargas.com/pt/podcasts/riskidentification/
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84 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
Gerenciamento dos Riscos II
Como salienta Muto; Pereira (2008), incluem métodos subjetivos que permitem qualificar os riscos em função de
seu efeito potencial individual e priorizá-lo para o projeto como um todo. A Figura 55 ilustra este processo.
Para Mulcahy (2009), este processo envolve criar uma lista curta dos riscos identificados anteriormente e que será
encaminhada para o processo posterior de Realizar análise quantitativa dos riscos ou transferida ao processo
Planejar as respostas aos riscos.
Também, Dismore; Cavalieri (2010), afirmam que é o processo de avaliar o impacto e a probabilidade dos riscos
identificados.
Para realizar uma análise qualitativa, deve-se basear no julgamento, na intuição e na experiência para estimar
probabilidades de ocorrência de riscos e de medir a intensidade de perdas, ela é simples, rápida e econômica. O
principal objetivo é determinar quais os riscos são mais críticos no projeto, determinando:
• Probabilidade de ocorrência de cada risco, usando escala padrão, como baixa, média e alta ou de 1 a 10; e
• Impacto consequências positivas ou negativas, usando escala padrão, como baixa, média e alta ou de 1 a 10.
2. CONTEÚDO DO CURSO 85
O resultado dessas escalas é uma classificação dos riscos dentro de uma matriz de probabilidade e impacto,
conforme Figura 56, um exemplo de matriz de probabilidade e impacto.
Essa matriz é usada para organizar ou classificar os riscos a fim de determinar uma resposta imediata, por-
tanto passarão por todo o processo de riscos e quais devem ser colocados numa lista de observação, segundo
o PMBOK (2017).
A categorização dos riscos consiste em agrupar os riscos por uma causa, com o objetivo de saber quais pacotes de
trabalho, processos, pessoas e outras causas em potencial apresentam mais riscos associados a ele.
Deve ser realizada, também, uma avaliação da urgência dos riscos que consiste em identificar quais riscos devem
ser priorizados no processo.
A única saída deste processo é, segundo PMBOK (2017) o registro dos riscos, local em que as informações dos riscos
são mantidas, é um documento utilizado para todo o processo de gerenciamento dos riscos e neste processo deve
conter os resultados da análise qualitativa dos riscos, como a classificação de riscos do projeto em comparação
com outros projetos, a lista dos riscos priorizados e classificados em sua probabilidade e impacto, riscos agrupados
por categoria, lista de riscos que exigem análise adicional em curto prazo e lista dos que necessitam análise e
respostas adicionais, lista de observação (riscos não críticos mas revistos no monitoramento e controle).
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86 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
FIGURA 57 – PROCESSO DE REALIZAR A ANÁLISE QUANTITATIVA DE RISCOS
Para Dismore; Cavalieri (2010), é o processo de levantar informações históricas, entrevistas com especialistas e
observações estatísticas, criando assim uma base para determinar estimativas mais precisas e confiáveis.
Mulcahy (2009) define como este processo envolve determinar quais riscos exigem uma resposta, qual é o
risco geral do projeto (tolerância), reservas de custo e cronograma, identificar quais exigem mais atenção e
criar metas.
Para realizar uma análise quantitativa você pode realizar entrevistas, estimativas de tempo e custo, técnica Delphi,
registros históricos, opinião especializada, análise do valor monetário esperado (VME), análise de Monte Carlo e
árvore de decisão, segundo o PMBOK (2017).
• A análise do valor monetário esperado é uma medição para determinar a classificação geral de riscos pela
multiplicação da probabilidade (P) vezes o impacto (I), a fórmula é a seguinte VME = P x I.
• A análise de Monte Carlo (técnica de simulação), usa o diagrama de rede e estimativas para realizar o
projeto muitas vezes e simular os resultados de custo ou cronograma do projeto. Esta análise, geral-
mente é feita por um programa de computador devido à complexidade dos cálculos, avalia o risco geral
do projeto, fornece uma probabilidade de terminar o projeto num dia específico ou qualquer custo, de
uma atividade estar no caminho crítico, converte incertezas em impactos no projeto total e resulta numa
distribuição de probabilidades.
• A árvore de decisão é escolher entre muitas alternativas qual é a alternativa que melhor beneficia o projeto
para escolher, ela considera eventos futuros ao tomar uma decisão hoje, calcula o VMA em situações mais
complexas e envolve exclusividade mútua.
2. CONTEÚDO DO CURSO 87
Exercício: Você precisa viajar de avião de uma cidade a outra e pode escolher uma das companhias aéreas A ou B.
Qual companhia aérea você deve escolher e qual é o valor monetário esperado de sua decisão considerando: Com-
panhia A, tarifa de R$ 900,00, Probabilidade de chegar no horário de 90% e o custo do atraso é de R$ 4.000,00; e
Companhia B, tarifa de R$ 300,00, Probabilidade de chegar no horário de 70% e o custo do atraso é de R$ 4.000,00.
Resposta: você deve analisar que a companhia aérea deve chegar atrasada 10% das vezes, já a B em 30% das
vezes. O impacto de atraso das duas companhias é de R$ 4.000,00. O cálculo a ser realizado é Companhia A
(10% x 4000,00) + (90% x 0) + 900 = R$ 1.300,00; e Companhia B (30% x 4000,00) + (70% x 0) + 300 = R$ 1.500,00.
Portanto a melhor companhia é a com VME de R$1.300,00.
A única saída deste processo é, segundo PMBOK (2017) é o registro dos riscos, local em que as informações
dos riscos são mantidas, é um documento utilizado para todo o processo de gerenciamento dos riscos e neste
processo deve conter os resultados da análise quantitativa dos riscos, como a lista dos riscos priorizados
quantificados, quantidade de reservas de tempo e custo para contingências necessárias (acrescentar 2 meses
ao projeto para acomodar os riscos), possíveis datas de término e custos do projeto realistas e alcançáveis,
com níveis de confiança, probabilidade quantificada de atingir os objetivos do projeto (80% de probabilidade
de completar o projeto em 6 meses) e tendências.
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88 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
Para Mulcahy (2009), este processo envolve adotar alternativas para eliminar ameaças antes que ocorram, asse-
gurar oportunidades e as ameaças restantes que não podem ser eliminadas você deve preparar planos de con-
tingência e caso estas não forem eficazes você deve possuir planos alternativos.
• Acordadas por todas as partes envolvidas para inserir recursos no orçamento, atividades no cronograma
e alterar o plano de gerenciamento do projeto, conforme necessário.
A dica aqui é a de que todos os riscos do projeto podem ser eliminados do projeto, mas o tempo e os problemas
gerados para eliminá-los no projeto não valeria a pena.
• Eliminar, eliminar a ameaça eliminando a causa (eliminar um pacote de trabalho ou afastar uma pessoa);
• Mitigar, reduzir a probabilidade ou o impacto, tonando-se um risco menor e removendo-o do alto da lista
de riscos principais; e
• Transferir, desviar ou alocar, tornar outra parte responsável pelo risco (contratar seguro, garantias, tercei-
rização do trabalho, contratos).
• Explorar (oposto de eliminar), adicionar trabalho ou mudar o projeto para que a oportunidade ocorra;
• Melhorar (oposto de mitigar), aumentar a possibilidade e/ou os impactos positivos do evento de risco; e
• Compartilhar, alocar parte da propriedade da oportunidade a um terceiro, pois é mais capacitado para
concretizar a oportunidade.
Quando a estratégia de respostas a ameaças e oportunidades escolhida é aceitar, você deixa acontecer sem tomar
nenhuma providência.
As saídas deste processo são, segundo Guia PMBOK (2017), atualizações no plano do projeto, pois atividades ou
pacotes de trabalho podem ser adicionados ou retirados, tornando o planejamento um processo iterativo, atua-
lizações nos documentos do projeto e atualizações no registro dos riscos como os riscos residuais (permanecem
após o planejamento de respostas aos riscos) planos de contingência (descrevem ações específicas que serão
adotadas se ocorrer a oportunidade ou ameaça), responsáveis pelas respostas (não necessariamente será um
membro da equipe o dono do risco), riscos secundários (análise dos novos riscos gerados pela implementação das
respostas), gatilhos de riscos (eventos que acionam a resposta de contingência), contratos (o gerente de projetos
deve ser envolvido antes da assinatura do contrato para inserir termos e condições de mitigação ou transferir
ameaças ou ampliar oportunidades), planos alternativos e reservas para contingências.
2. CONTEÚDO DO CURSO 89
A dica aqui é a de que existem dois tipos de reservas, a de contingência, que cobrem os riscos residuais do projeto
e a de gerenciamento, estes são itens que não se conseguiu ser identificar no gerenciamento de riscos e podem
ser estimados, como por exemplo, 5% dos custos do projeto.
HELDMAN, K. Guia para o Exame Oficial do PMI. 5ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. cap. 1 a 12.
MULCAHY, R. Preparatório para o Exame de PMP. 6ª ed. EUA. RMC Publications, Inc, 2009. cap 1 a 12.
MUTO, C. A.; PEREIRA, B. T. Exame PMP: a Bíblia : manual para certificação. 2ª Edição. ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2008.
PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE (PMI). Project Management Boby of Knowledge (PMBOK). Pennsylvania, 2017.
Algo ou alguém que licita; licitador. Que ou aquele que faz ofertas para comprar alguma
Licitantes
coisa pelo preço que aponta
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90 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
UIA 5 | EXECUÇÃO, MONITORAMENTO
E CONTROLE DE PROJETOS PDPJ-Br
Sumário
1. Introdução
3. Fluxo do Processo
6. Resumo
7. Exercitando UIA 5
1. Introdução
Todo projeto precisa ser executado, e por isso precisa de uma orientação e gestão para orientar a sua execução,
isso quer dizer, gerenciar as diversas interfaces técnicas e organizacionais para executar o trabalho previsto no
Plano do Projeto. Além disso...
Monitorar e controlar significa acompanhar o progresso e medir o desempenho do projeto por meio da comparação
entre o realizado e o planejado, tomando ações corretivas apropriadas, conforme necessário.
Portanto, nesta UIA, você vai aprender quais são as opções e decisões necessárias à execução do projeto e seu
monitoramento e controle. Também vai estudar e compreender as ferramentas que dão suporte ao comprimento
da premissa do gerenciamento de projetos que é realizar o que foi planejado – e como elas afetam diretamente
o desempenho do projeto.
Devido a algumas variações de execução, o que é normal, poderá ser necessário algum replanejamento em deter-
minados momentos. Essas variações podem incluir as durações de atividades, disponibilidade de recursos, e os
riscos não esperados. A maior parte do orçamento previsto é gasto nessa fase.
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92 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
O Monitoramento e Controle servem para observar o andamento do projeto, de forma que possíveis problemas
possam ser identificados no momento adequado e que possam ser tomadas ações corretivas, quando necessário,
para controlar a execução do projeto. O principal benefício é de que o desempenho do projeto passa a ser observado
e medido regularmente para identificar variações em relação ao Plano Geral do Projeto.
Observem abaixo um quadro exemplo resumido dos processos de execução, monitoramento e controle:
Processo
Fase do Projeto Instrumentos
Entradas Atividades Saídas
2. CONTEÚDO DO CURSO 93
E o resumo dos principais papéis do processo:
Registrar issues
Rejeitar mudança
Comitê Executivo
Arquivar mudança rejeitada
Aceitar mudança
3. Fluxo do Processo
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94 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
FIGURA 60 – ÁREAS DE CONHECIMENTO X GRUPOS DE PROCESSOS DE EXECUÇÃO
EXECUÇÃO
Esta área de conhecimento, INTEGRAÇÃO, para o grupo de processo Execução, resume-se à execução do plano
de projeto.
A execução do plano de projeto é definida como sendo o processo pelo qual é conduzido de acordo com o planejado,
com o orçamento, os membros da equipe e o tempo.
As solicitações de mudanças geralmente são identificadas enquanto o trabalho está sendo realizado. Outros
resultados encontrados neste grupo de processo são as atividades que estão sendo desenvolvidas.
A garantia da qualidade é uma função gerencial para todas as atividades e sistemáticas implementadas dentro
de um sistema de qualidade estabelecido no processo do planejamento do projeto.
2. CONTEÚDO DO CURSO 95
FIGURA 62 – GERENCIAMENTO DA QUALIDADE NO GRUPO DE PROCESSO DE EXECUÇÃO
Se existe mais de uma pessoa trabalhando no projeto, você tem uma equipe, dispondo de habilidades diferentes,
necessidades e problemas. Esta área de conhecimento para o grupo de processo “Execução” foca no desenvolvi-
mento da equipe.
O desenvolvimento da equipe significa criar um ambiente estimulante e aberto para que as pessoas envolvidas
contribuam com o desenvolvimento do projeto, assim como, desenvolver a equipe no sentido de um grupo coor-
denado, funcional e eficiente. Em muitos casos, é importante treinar os mesmos em técnicas ou ferramentas para
que possam desempenhar seus trabalhos da melhor forma possível. Quanto melhor for o trabalho em conjunto,
tanto mais tranquila e eficiente será a sua execução.
No grupo de processo de execução, a comunicação dar-se através da disponibilização das informações para as
pessoas envolvidas no projeto (stakeholders).
• Escrita;
• Oral;
• Formal ou informal:
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96 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
FIGURA 63 – GERENCIAMENTO DA COMUNICAÇÃO NO GRUPO DE PROCESSO DE EXECUÇÃO
A solicitação de propostas envolve a obtenção de respostas das ofertas e propostas dos potenciais fornecedores.
O maior esforço deste processo é gasto na prospecção dos fornecedores.
A seleção dos fornecedores envolve a aplicação de critérios de seleção dos fornecedores de acordo com as ofertas
e propostas entregues.
2. CONTEÚDO DO CURSO 97
3.2. GRUPO DO PROCESSO DE MONITORAMENTO E CONTROLE
Neste processo é analisada a avaliação de desempenho para descobrir se a realizado está de acordo com o plano
do projeto. As variações são alimentadas neste processo em várias áreas do conhecimento, se for encontrado algum
desvio, deverão ser aplicadas medidas corretivas para sincronizar as atividades ao plano. Controlar consiste em
coletar dados para monitorar o desempenho em relação ao planejado, analisando variações do plano do projeto,
decidindo-se se as ações corretivas são necessárias para trazer o desempenho de acordo com o planejado, e
decidir-se se o plano necessita ser ajustado.
CONTROLE
O propósito do gerenciamento integrado de mudanças é gerenciar e implementar as políticas organizacionais a elas rela-
cionadas. O gerenciamento integrado de mudanças estrutura a base para todos os processos de controle de mudanças.
Existe neste controle um risco alto, se não gerenciado com cuidado, pois o excesso de mudanças, ou até mesmo
uma única mudança significativa, poderá impactar no custo, no cronograma, no escopo e na qualidade do produto.
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98 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
O controle na área de conhecimento “Escopo” consiste basicamente em duas atividades: Verificação do escopo e
Controle de mudanças do escopo.
As saídas do processo de mudanças do escopo são: mudanças do escopo, ações corretivas, lições aprendidas e
linha de base ajustada.
A verificação do escopo é o processo de formalização da aceitação do escopo através das pessoas que estão
envolvidas no projeto (stakeholders). Quando são requisitadas mudanças no escopo, todas as áreas devem ser
revisadas para detectar os possíveis impactos.
O controle de mudanças do escopo cobre os assuntos abordados pelo controle de mudanças integradas, focando
apenas na mudança de escopo.
No grupo de processos de Controle, o controle do tempo, gerencia as mudanças efetuadas no cronograma. De acordo
com o PMBOK Guide, mudanças no escopo impactarão no cronograma, e conseqüentemente revisões deverão ser
realizadas no cronograma.
O controle dos custos resume-se na procura dos “porquês”, ou seja, as causas positivas ou negativas das variações
do custo do projeto.
Uma parte importante do controle de custos é determinar o que está causando a variação e decidir se requer
ação corretiva.
O controle da qualidade é uma função técnica que envolve a definição da linha de base do projeto para coletar
os dados específicos para medir se a linha de base está em conformidade. É específico quanto ao monitora-
mento dos resultados obtidos do trabalho, verificando se atendem aos padrões determinados no plano de
gerenciamento da qualidade.
2. CONTEÚDO DO CURSO 99
Existem alguns termos e conceitos associados ao controle da qualidade:
• Atributo: Uma característica da qualidade que seja classificada como estando em conformidade ou em
não conformidade às especificações ou aos requisitos;
Deve ser aplicado e executado ao longo de todo o projeto para identificar e eliminar as causas dos resultados
inadequados. Os resultados estão relacionados com a perspectiva do gerenciamento de projeto, ou seja, com
cronograma, desempenho dos custos, por exemplo.
O relatório de desempenho envolve a coleta e a disseminação das informações de desempenho para as pessoas
envolvidas no projeto, sobre como os recursos estão sendo utilizados para atingir os objetivos, devendo fornecer
informações sobre escopo, cronograma, custo e qualidade.
• Relatório de Progresso (Progress Report): Descreve o que a equipe realizou de acordo com o planejado;
O PMI define o monitoramento e o controle dos riscos como sendo um processo de manter-se informado sobre os
riscos identificados, monitorando os riscos residuais e a identificação de novos riscos, garantindo a execução do
plano de risco.
O controle de risco envolve a escolha de alternativas, implementação do plano de contingência, ações corretivas
ou re-planejamento do projeto.
Para finalizar essa seção, a figura 9 exemplifica um fluxo de processos de execução, monitoramento e controle:
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100 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
FIGURA 67 – EXEMPLO DE PROCESSO DE EXECUÇÃO, MONITORAMENTO E CONTROLE
4.3. TREINAMENTO
O treinamento inclui todas as atividades criadas para aprimorar as competências dos membros da equipe do
projeto, podendo esse ser formal ou informal.
4.6. INSPEÇÃO
Inclui atividades como medição, exame e verificação para determinar se o trabalho e as entregas atendem aos
requisitos e aos critérios de aceitação do produto.
4.7. REPLANEJAMENTO
As solicitações de mudanças aprovadas que afetam o escopo do projeto podem exigir modificações na EAP e con-
sequentemente no Plano Geral do Projeto, isto é, essas solicitações de mudanças aprovadas podem resultar em
atualizações nos componentes do Plano Geral do Projeto.
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102 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
4.12. REUNIÃO DE AVALIAÇÃO DO ANDAMENTO
As reuniões de avaliação do andamento são eventos regularmente agendados para trocar informações sobre os
projetos. Na maioria dos projetos, essas reuniões serão realizadas com frequências diferentes em níveis diversos.
A figura 10 apresenta uma agenda exemplo do CNJ.
Essas diretrizes devem identificar as regras em que riscos, problemas ou mudanças devem ser escalados para
aprovação de um Comitê decisório.
• Abaixo uma tabela de diretrizes de escalonamento de Riscos, Problemas ou Mudanças que impactem o
Escopo do projeto
Ação GP EP Comitê
Quando riscos, problemas ou mudanças impactarem o
Analisa e
escopo, mas sem comprometerem o orçamento e/ou prazo Reporta
dá suporte
final e/ou objetivos do projeto.
Quando riscos, problemas ou mudanças impactarem o
Encaminha Escala
escopo e comprometerem o orçamento e/ou prazo final.
Delibera
Quando riscos, problemas ou mudanças impactarem o
Encaminha Escala
escopo e comprometerem o Objetivo do projeto.
Ação GP EP Comitê
• Abaixo uma tabela de diretrizes de escalonamento Riscos, Problemas ou Mudanças que impactem o
Custo do projeto
Ação GP EP Comitê
O PMI (2017) define a Gestão do Valor Agregado, como uma maneira para realizar análise e previsão do desempenho
baseada em tendência, definida a partir da performance do próprio projeto. A Gestão do Valor Agregado torna
possível obter respostas para as respostas abaixo:
• Quando acabará?
• Quanto custará?
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104 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
• Consiste na avaliação do “valor realmente gasto” com o trabalho entregue
• O que deve ser feito para colocar o projeto novamente nos trilhos
PV – Planned Value
• Planned Value (valor planejado) ou PV: é o custo orçado do trabalho agendado a ser terminado em uma
atividade ou o componente da EAP até um determinado momento;
AC – Actual Cost
• Actual Cost (custo atual) ou AC: é o custo total incorrido na realização do trabalho na atividade do crono-
grama ou no componente da EAP durante um determinado período de tempo.
EV – Earned Value
• Earned Value (valor agregado) ou EV: é uma quantia orçada para o trabalho realmente terminado na ativi-
dade do cronograma ou no componente da EAP durante um determinado período de tempo;
GRÁFICO 1 – CURVA S
Com os elementos acima determinados, é possível através de cálculos de variância responder a mais perguntas:
Esses cálculos de variância são encontrados por meio das seguintes fórmulas:
• Schedule Variance (variação do cronograma) ou SV: indica se a execução do projeto está atrasada com
relação ao que foi previsto. É obtido através da fórmula EV – PV; Se negativo, projeto em atraso.
• Cost Variance (variação do custo) ou CV: indica se está sendo gasto mais do que foi previsto. É obtido
através da fórmula EV – AC; Se negativo, custo ultrapassado.
• Schedule Performance Index (Índice de perfomance do cronograma) ou SPI: índice que permite projetar
o término do projeto, baseado no tempo gasto até o momento. É obtido através da fórmula EV / PV.
Se o resultado for maior que “1”, o projeto acabará antes do previsto;
• Cost Performance Index (Índice de performance do custo) ou CPI: semelhante ao índice anterior, permite
fazer uma projeção de quanto será gasto no projeto, baseado no que foi gasto até o momento. É obtido
através da fórmula EV / AC. Se o resultado for maior que “1”, o projeto custará menos que o previsto;
Abaixo o gráfico dos valores cumulativos de um projeto que está acima do orçamento e atrasado em relação ao
plano de trabalho:
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106 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
GRÁFICO 2 – CURVA S COM VARIÂNCIAS
Com as variâncias acima determinadas, ainda é possível através dos índices de projeção descritos abaixo, encontrar
mais informações gerenciais a respeito do progresso do projeto:
• Estimate Cost at Completion (estimativa de tempo para conclusão) ou ETC: permite fazer uma projeção de
quanto tempo o projeto irá durar. É obtido através da fórmula “tempo previsto”/SPI;
• Estimate Cost at Completion (estimativa de custo para conclusão) ou ECC: semelhante à variável anterior, permite
fazer uma projeção de quanto o projeto irá custar. É obtido através da fórmula “orçamento do projeto”/CPI;
Cost Performance Index CPI = EV / AC Estou gastando ___ centavos de cada R$ 1,00.
CPI
Estimate at Completion EAC = BAC / CPI Da forma que está, Quanto eu espero
EAC gastar no total com este projeto?
Além desse texto indicado, visite também o endereço indicado acesse os exemplos da aplicação do instrumento
http://www.earnedvaluemanagement.com/
6. Resumo
A fase de execução tem como objetivo principal a realização das atividades do projeto de acordo com o Plano Geral
do Projeto, pois com a linha de base planejada (escopo, tempo e custo), aprovada e com os recursos alocados, o
projeto estará apto a ser executado.
Em paralelo à fase execução, é realizada a de Monitoramento e Controle servem para observar o andamento do
projeto, de forma que possíveis problemas possam ser identificados no momento adequado e que possam ser
tomadas ações corretivas. Ou seja, nesta fase é analisada a avaliação de desempenho para descobrir se a reali-
zação está de acordo com o plano do projeto.
Essa avaliação de desempenho pode ser realizada por meio da técnica da Gestão do Valor Agregado (EVM), que
realiza uma análise e previsão do desempenho baseada em tendência, definida a partir da performance do
próprio projeto.
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108 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
7. Exercitando – UIA 5
Com base nos conteúdos estudados ao longo da UIA, nas suas leituras, reflexões e nas conversas e trocas de ideias
com o professor e com os colegas, responda o que se pede abaixo.
* Elabore um processo de controle de mudanças de projeto para a sua área/organização de acordo com o
formato abaixo.
• Formato:
a) Objetivo
b) Premissas
c) Áreas envolvidas
e) Fluxo do processo
f) Pontos de atenção
g) Formulários utilizados
Solicitação de Mudança
Solicitante: Data:
AUTORIZAÇÃO
Autorizado/rejeitado
DETALHES DA MUDANÇA
Comentários: (inclui motivos para rejeição)
Sumário
1. Introdução
3. Fluxo do Processo
6. Resumo
7. Exercitando UIA 6
1. Introdução
Encerrar um projeto significa formaliza a aceitação do produto, serviço ou resultado e conduz o projeto a um
final ordenado.
A finalização do projeto não termina quando a última entrega prevista é viabilizada. O encerramento do projeto
envolve diversos passos que concluem a transição para o cliente, além de fornecer orientação sobre futuros
projetos para a equipe de recursos de implantação.
Quando o projeto é concluído, a equipe de projeto deve ter uma reunião de análise para discutir o projeto e identi-
ficar os erros e acertos, o que pode ser aproveitado nos projetos futuros e o que deve ser modificado. Sem procurar
culpados, os membros conduzem a análise do projeto com o objetivo de aprender com os erros e aperfeiçoar os
projetos futuros. Geralmente chamada de postmortem ou de processo de lições aprendidas, a reunião de análise
do projeto algumas vezes acontece um pouco antes do final do projeto, e não depois, porque os integrantes da
equipe frequentemente têm que deixar o projeto um pouco antes de sua conclusão. A equipe deve, portanto,
realizar a reunião antes do encerramento da operação com o cliente.
A equipe registra sugestões de mudanças como itens de ação no próximo planejamento de projeto, se ele
estiver programado.
O relatório final é o produto físico final da implantação. Ele inclui versões finais de todos os resultados finais.
O gerente do projeto assume a tarefa de compilar o relatório final, que pode ser usado pela equipe e pelo cliente
como fonte de consulta rápida sobre o trabalho realizado durante o projeto e como base para futuro planeja-
mento. O relatório final inclui, também, um resumo das informações solicitadas pelos usuários e um resumo dos
próximos passos conhecidos.
O conceito de lançamento de versão atualizada implica que a conclusão de um projeto é sempre o prelúdio de
um próximo, no qual a solução é reiteradamente construída e aperfeiçoada. Levando em consideração que preo-
cupações com recursos ou estratégias podem evitar ou limitar a necessidade de acompanhamento logo após a
implantação recém-concluída, há diversos próximos passos possíveis.
Portanto, nesta UIA, você vai aprender quais são as opções e decisões necessárias ao encerramento do projeto.
Também vai estudar e compreender as ferramentas que dão suporte ao comprimento da premissa de garantir
o encerramento efetivo do projeto.
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112 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
Normalmente o processo de Encerramento é feito às pressas ou é totalmente ignorado. Entretanto, há vários
propósitos que poderão ajudar em novos projetos.
Embora o trabalho do projeto esteja concluído, o do gerente do projeto ainda não está. O processo de Encerramento
do ciclo de vida do projeto envolve a documentação dos resultados finais e a avaliação do projeto. Durante esse
processo, o gerente deverá avaliar todas as coisas que não tiveram êxito no projeto, aprender com essas coisas e
documentá-las. Todos os documentos criados no projeto finalizado poderão servir de referência para outros projetos.
Processo
Fase do Projeto Instrumentos
Entradas Atividades Saídas
Encerramento
Elaborar Relatório de Aceitação Final do Produto ou Serviço do projeto
Elaborar Termo de Encerramento do projeto
Gerente do Projeto
Realizar Avaliação do Projeto
Finalizar projeto no sistema
Levantar Lições Aprendidas
Compilar Lições Aprendidas
Escritório de Projetos (EP)
Divulgar documentação do projeto
Armazenar documentação do projeto
Homologar resultado final do projeto
Comitê Executivo Validar previamente o Termo de Encerramento do projeto
Validar Termo de Encerramento do projeto
3. Fluxo do Processo
Neste processo será documentada a aceitação formal do produto do projeto pelos participantes, e arquivados
os registros do projeto para futuras referências. Os participantes têm influência mínima e os custos são mínimos,
uma vez que os trabalhos já foram realizados e as despesas já ocorreram. Nas empresas que não utilizam uma
metodologia de gerência de projetos com gerentes qualificados, o encerramento do projeto torna-se o processo
mais negligenciado.
ENCERRAMENTO
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114 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
No encerramento do projeto sua principal atividade corresponde ao “Encerramento Administrativo”, que está rela-
cionada com a obtenção e distribuição de informações para oficializar o encerramento do projeto, devendo também
ser realizada ao término de cada fase.
O encerramento administrativo verifica e documenta os resultados do projeto. Assim que os resultados forem
documentados, o aceite formal será solicitado aos participantes envolvidos (stakeholders).
O encerramento dos contratos é similar ao encerramento administrativo. Está relacionado à conclusão e liquidação
dos termos dos contratos, verificando se os trabalhos descritos foram finalizados de acordo com o contratado e
de forma satisfatória.
Os contratos podem condições ou termos específicos para sua conclusão e encerramento indevido referente a um
detalhe importante.
Para finalizar essa seção, segue abaixo um exemplo de um fluxo de processos de encerramento:
• Lições Aprendidas representam as experiências vivenciadas de valor. As lições podem apresentar sucesso ou
técnicas inovadoras ou elas podem mostrar deficiências ou problemas que podem ser evitados. (DoD/USA -
Departamento de defesa dos Estados Unidos da América)
• As lições aprendidas representa o conhecimento ou entendimento obtido pela experiência. (An Effective Way
to Prevent Failures and Problems)
Como evitar a repetição de um erro; Alguma coisa que você nunca quer que aconteça novamente.
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116 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
Durante o ciclo de vida do projeto a equipe do projeto e os stakeholder identificam as lições aprendidas relacionadas
aos aspectos técnicos gerenciais e de processos do projeto. As lições aprendidas são compiladas, formalizadas e
armazenadas durante o projeto.
• As lições aprendidas devem ser baseadas em experiências positivas que visam economizar tempo e
dinheiro, mas também em experiências negativas que obtiveram resultados indesejáveis.
• Contudo, se as organizações focarem somente nas falhas, a efetividade total do programa será reduzida
e oportunidades serão perdidas para melhora de seus processos.
O PROCESSO DE VERIFICAÇÃO
• Já o processo de verificação serve para avaliar a aplicabilidade da lição aprendida submetida.
• Especialistas no assunto devem ser envolvidos para coordenar e conduzir as revisões para determinar se
a lição aprendida é relevante para outros projetos, é única ou particular de um departamento ou pode
ser aplicada na organização como um todo.
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118 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
PROCESSO DE ARMAZENAMENTO
• O aspecto do armazenamento da lição aprendida envolve o armazenamento das lições em um banco de
dados para disseminação e compartilhamento interno das informações.
• As informações devem ser armazenadas de uma forma que permita os usuários identificar as aplicabili-
dades das informações procuradas.
• Também, cada programa deve incluir capacidades de pesquisa por palavras chaves e categorias funcionais
para facilitar a recuperação de informações.
PROCESSO DE DISSEMINAÇÃO
• O último elemento e mais importante é a disseminação das lições aprendidas dentro da organização.
• As lições devem ser distribuídas de acordo com a prioridade atribuída a ela que denota risco, imediatismo
e urgência de sua aplicação.
Além desse texto indicado, visite também o endereço abaixo e verifiquem a viabilização do processo por meio de
um sistema.
http://www.lessonslearned.com/
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120 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
6. Resumo
O processo de Encerramento do ciclo de vida do projeto envolve a documentação dos resultados finais e a avalia-
ção do projeto. Neste processo será documentada a aceitação formal do produto do projeto pelos participantes,
e arquivados os registros do projeto para futuras referências.
7. Exercitando – UIA 6
Com base nos conteúdos estudados ao longo da UIA, nas suas leituras, reflexões e nas conversas e trocas de ideias
com o professor e com os colegas, responda o que se pede abaixo.
* Preencha o formulário abaixo com as lições aprendidas de algum projeto que você. participou ou tem
conhecimento.
LIÇÕES APRENDIDAS
Identificação do Projeto
c) Cite as facilidades encontradas para conseguir a contribuição e apoio das partes envolvidas (internas e
externas ao projeto)
d) Cite as dificuldades encontradas para conseguir a contribuição e apoio das partes envolvidas (internas e
externas ao projeto)
a) Do escopo do projeto
d) Do tempo do projeto
Experiência
Fase do Área do Lição
Relator Data
Projeto Conhecimento Aprendida
Positiva Negativa
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122 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
UIA 7 | GERENCIAMENTO DE
PROGRAMAS E PORTFÓLIO PDPJ-Br
Sumário
1. Introdução
2. Gerenciamento de Programas
2.1. Contexto
4. Resumo
1. Introdução
O Moderno Gerenciamento de Projetos (MGP) foi desenvolvido a partir do início da década de 1990. Voltado para
uma ampla de aplicações, tendo sido usado em todas as áreas governamentais ou privadas, devido ao rápido
ciclo dos produtos, velocidade da tecnologia e acirrada competição, o que trás ao contexto do Gerenciamento
de Projetos, a necessidade de processos de gerenciamento mais amplos (Programas) e focados na estratégia de
negócios (Portfólio), tendo em vista a integração desses processos.
Portfólio
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124 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
Esses novos modelos/processos possuem objetivos complementares e responde a perguntas distintas da orga-
nização, como:
Também vai estudar e compreender as ferramentas que dão suporte ao comprimento da premissa de garantir o
gerenciamento de projetos e programas e seu alinhamento estratégico.
2. Gerenciamento de Programas
2.1. CONTEXTO
Finalmente, o Gerenciamento de Programas atingiu o elevado estágio das disciplinas reconhecidas sobre geren-
ciamento e abriu, assim, uma nova perspectiva para o crescimento. Isso se deu em maio de 2006, quando o PMI
introduziu sua norma para Gerenciamento de Programas pela primeira vez no mundo. O fato de o PMI ter “jogado
seu peso” sobre o Gerenciamento de Programas tem elevado o seu significado.
O PMI é a maior organização mundial de gerentes de projetos e tem vivido um crescimento exponencial em termos
de membros associados e é, de fato, o ponto de coesão da comunidade internacional de Gerenciamento de Projetos.
Não vamos nos esquecer de que apensa alguns anos atrás uma grande comunidade (internacional) de Gerencia-
mento de Programas sequer tinha uma ideia onde se situava o Gerenciamento de Programas do contexto; e agora
o Gerenciamento de Programas surge como um farol. Em outras palavras, até recentemente o Gerenciamento de
Programas era ignorado e negligenciado.
Portanto, porque que o Gerenciamento de Programas subitamente é tão crucial para tornar-se o foco de interesse
da sua comunidade? E, por que o Gerenciamento de Programas ocupa merecidamente seu lugar entre as discipli-
nas reconhecidas de gerenciamento?
A resposta para ambas as perguntas é bastante simples – e faz sentido. Por que? Porque as pessoas de forma
não-lógica tentaram empregar as práticas de Gerenciamento de Projetos para solucionar problemas em situações
que constituíam programas em sua essência e, assim, falharam.
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126 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
O que é ilógico é utilizar uma estratégia (leia-se Gerenciamento de Programas) idealizada para solucionar problemas
via a tripla restrição em projetos e aplicá-la para solucionar problemas de estratégia secundária, cuja natureza
não é aquela da tripla restrição e sim a da estratégia do negócio, tendo os programas como veículos dos negócios
e do seu alinhamento. É mais ou menos como tentar chegar à lua voando com um jato. Uma vez que isso não é
possível, as pessoas pesquisaram e concluíram que chegar á lua de avião (Gerenciamento de Projetos) não vai
ocorrer e o que eles precisam e, melhor ainda, já possuem, é o já testado e aprovado foguete (Gerenciamento de
Programas), que nós referimos assim como o modelo de negócios Gerenciamento de Programas.
Além disso, ao passo que o Gerenciamento de Programas alinha objetivos funcionais com os objetivos do negócio,
o Gerenciamento de Projetos não possui esse mecanismo. Projetos transversais à organização e multidisciplinares
são características centrais do Gerenciamento de Programas, mas não do Gerenciamento de Projetos.
Tudo isso diz respeito a Gerenciamento de Programas e certamente pertence a dois níveis – o nível de modelo do
negócio e o nível de gerenciamento de um simples programa. Uma vez que esse modelo, que nós chamamos modelo
de negócios Gerenciamento de Programas, não está detalhado na literatura em um nível de detalhe adequado.
• Governança de programa;
• Gerenciamento de benefícios;
Os gerentes de projeto reconhecem que a melhor prática para se gerenciar e controlar o projeto consiste na divisão
do projeto em entregas discretas ou fases. O Gerenciamento de Programas tem a mesma diretriz.
Para assegurar o controle efetivo do programa, este move-se por fases discretas porém sobrepostas. Estas fases
facilitam a governança do programa, garantindo o controle, a coordenação dos recursos entre os projetos e a
administração de risco global.
O ciclo de vida do programa não é projetado somente para obedecer às necessidades da governança corporativa,
que comumente se preocupa em viabilizar entregas, mas também para assegurar que os benefícios esperados são
viabilizados dentro um processo previsível e coordenado. Por isso, o Gerenciamento de Programas suporta, além
das entregas dos projetos, a gestão de seus benefícios. Abaixo a figura 8, demonstra a interposição dos processos
do gerenciamento de programas.
Durante o ciclo de vida do programa o Gerenciamento de Programa também suporta o Gerenciamento de seus
Stakeholders. Esse processo gerencia cuidadosamente os interesses e preocupações da lista extensa de stakehol-
ders para assegurar o sucesso do programa.
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128 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
Abaixo, segue uma lista completa dos processos que dão suporte ao Gerenciamento de Programas.
Veja, na leitura complementar 3, Program and Project Management Difference, diferenças entre projeto
e programa.
Já um portfólio é uma coleção de projetos e/ou programas agrupados para facilitar o gerenciamento efetivo deste
trabalho para atingir os objetivos estratégicos de negócios. Os projetos desse portfólio podem ser mutuamente
independentes ou diretamente relacionados. Em dado momento, o portfólio representa uma “fotografia” destes
projetos que refletem e afetam os objetivos estratégicos da organização (PMI, 2017).
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130 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
FIGURA 84 – HIERARQUIA PORTFÓLIO, PROGRAMAS E PROJETOS
Portfólio
Projetos Projetos
Um portfólio reflete as intenções e as direções estratégicas de uma organização, condicionadas por prioridades
identificadas, decisões de investimento e recursos alocados.
O gerenciamento de portfólio é estruturado por processos de coleta, identificação, categorização, avaliação, sele-
ção, priorização, balanço, autorização, e revisão de componentes dentro do portfólio para avaliar a performance
desses comparada com os indicadores chaves e o planejamento estratégico.
Durante um típico ciclo de negócios, os componentes serão revisados e validados em relação ao alinhamento dos
componentes com a estratégia corporativa, viabilidade dos componentes como parte do portfólio baseado nos
indicadores chaves, valor e relacionamento entre outros componentes do portfólio, recursos disponíveis e priori-
dades de portfólio e adições e exclusões dos componentes do portfólio. Esses estão agrupados a seguir:
Visite também o endereço abaixo e assista a um vídeo sobre o tema project portfólio management.
https://youtu.be/BkMEYg3TDqw
4. Resumo
Podemos sintetizar essa UIA com a tabela abaixo que reflete a correlação entre projetos, programas e portfólio.
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132 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
UIA 8 | ESCRITÓRIOS DE
GERENCIAMENTO DE PROJETO (PMO)
Sumário
1. Introdução
2. Definição
3. Histórico
6. Os Tipos de EGP
8. Resumo
1. Introdução
Até 2008, as organizações que estabelecerem padrões para gerenciamento de projetos, incluindo um Escritório de
Gerenciamento de Projetos com boa governabilidade, vão experimentar metade dos problemas de custos, atrasos
e cancelamento de projetos do que as que não conseguirem adotar essas práticas (70% de probabilidade). Gartner
Group – Agosto de2006.
As previsões do Gartner Group, empresa especializada na indústria de Tecnologia da Informação,nos indica que a
adoção de metodologias e processos em gerenciamento de projetos e a utilização de um Escritório de projeto será
um fator de competitividade das empresas em um futuro muito breve.
O termo Escritório de Gerenciamento de Projetos, do inglês Project Office, tem tido algum destaque no Brasil nos
últimos anos, em especial em 2004 e 2005. Esse tipo de estrutura já é largamente utilizado nas empresas dos
Estados Unidos e em outros países e o objetivo das empresas e organizações que adotam essa estrutura é a
melhoria da eficiência no planejamento e condução dos projetos.
É curioso saber que o Escritório de Gerenciamento de Projetos, em especial para as empresas de TI, tomou mais
força devido ao chamado bug do milênio. Com a virada do milênio e com catástrofes possíveis imaginadas para os
sistemas ou equipamentos dependentes da informática, foram criadas estruturas nas empresas para a prevenção
dos problemas. De um único ponto da empresa, um grupo consolidou informações de todos os sistemas, todos os
equipamentos e demais fontes de problemas, acionou fornecedores e fez a preparação do ambiente evitando-se
os problemas da virada do ano.
Essas estruturas foram na sua grande maioria muito bem sucedidas nos seus objetivos. De acordo com o Gart-
ner Group, isso motivou às empresas a continuar com essa estrutura, para controlar os projetos que estavam
“espalhados” pelos departamentos da empresa. O Escritório de Gerenciamento de Projetos seria um lugar único
da empresa com visão dos projetos dentro da organização como um todo ou dentro do departamento (quando
restrito ao departamento de informática, por exemplo).
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134 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
FIGURA 86 – PAPÉIS DO EGP
Portanto, nesta UIA, você vai aprender quais são as opções e decisões necessárias à implantação de Escritório de
Gerenciamento de Projetos, adequado as novas necessidades organizacionais, principalmente no contexto do PJe.
Também vai estudar e compreender as ferramentas que dão suporte ao comprimento da premissa de garantir a
operacionalização de um Escritório de Gerenciamento de Projetos e sua participação no alinhamento estratégico
projetos e negócios.
2. Definição
Existem diferentes nomenclaturas para um EGP, pois eles estão condicionados a diferentes níveis de autoridade e
funcionalidades. Um EGP que somente mede o desempenho dos projetos, sem prover expertise em gerenciamento
é denominado Escritório de Projetos. Porém, indiferente a qual nomenclatura utilizar, o EGP é definido e lançado
para melhorar os resultados provenientes do gerenciamento de projetos nas organizações.
Valeriano (2000) conceitua o EGP como uma organização formal destinada ao apoio à comunidade de gerencia-
mento de projetos em uma organização.
A definição mais simples do EGP é a que diz que ele é “um pequeno grupo de pessoas que têm relacionamento
com todos os projetos da empresa” e cita suas principais funções: prestar consultoria e treinamento, auditoria e
acompanhamento de desempenho.
O PMBOK (PMI, 2017) define EGP como sendo uma unidade organizacional que suporta o gerenciamento de proje-
tos na organização com o objetivo de servir de centro de excelência nas melhores práticas em gerenciamento de
projetos e atuar no alinhamento entre os projetos e as estratégias organizacionais.
Já Rad e Raghavan (2000) definem EGP como a entidade organizacional que provê o foco institucional nos proce-
dimentos de gerenciamento de projetos e na continuidade organizacional das experiências e lições aprendidas
durante o processo de gerenciamento de projetos. Além disso, facilita a integração das atividades de gerenciamento
de projetos com as políticas e procedimentos organizacionais, facilita a consistência freqüentemente desejada
nas políticas, procedimentos e ferramentas de gerenciamento de projetos e atua como um centro corporativo de
competência em gerenciamento de projetos.
Outro conceito de EGP, diz que ele é um provedor de serviços e processos completos para o gerenciamento de
projetos. Enfatiza-se esse conceito quando defini-se o EGP como um grupo de suporte que provê serviços para os
gerentes de projetos, gestores seniores e gerentes funcionais trabalhando em projetos, além disso, que o EGP não
substitui o gerente de projeto, apenas prepara informações e relatórios de apoio.
Bridges e Crawford (2001) definem EGP como sendo o provedor de infra-estrutura e suporte necessários para
“projetizar” a estrutura organizacional das empresas, que assim se voltaria para projetos e não para funções
departamentais.
As empresas procuram estabelecer Escritórios de Projetos que: “atuem como pontos focais para projetos, criem
consistência nas práticas de gestão de projetos, garantam as promessas de entregas dos projetos nos prazos e
orçamentos, permitam visualizar o cumprimento de prazos e resultados e, ao mesmo tempo, ‘isolem’ as organi-
zações desse ambiente de projetos”.
De forma consolidada, pode-se definir o EGP como sendo a entidade organizacional formalmente estabelecida
responsável por:
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136 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
E o que o EGP não é?
3. Histórico
A evolução histórica do EGP começa como uma entidade relativamente bem definida desde meados dos anos 60,
nos grandes projetos militares, aeroespaciais e de construção civil. Podem-se denominar esses escritórios como
Escritórios de Controle de Projetos, pois os especialistas em projetos da época possuíam apenas funções de controle
e de ações corretivas, ou seja, o foco era a detecção e correção de problemas.
No final da década de 70 até meados da década de 80, com o surgimento dos primeiros softwares de gestão
“amigáveis”, o EGP mudou para expandir sua cobertura inicial para outros projetos de áreas diferentes, porém,
ainda isolados. Para isso, membros das áreas funcionais, não especialistas em projetos, foram alocados nos
escritórios que assumiram a função de suporte aos projetos.
No final da década de 80 e meados da década de 90, as ferramentas de gestão (e todas as demais ferramen-
tas computacionais) sofreram uma verdadeira revolução, facilitando o trabalho de controle e suporte dos EGP.
Com isso, gradativamente, o foco de atuação dos escritórios foi mudando de projetos relativamente simples e
isolados para um ambiente de multi-projetos e projetos complexos, de funções de controle e suporte para um
gerenciamento global e alinhado com as estratégias organizacionais .
• Aumento da taxa de sucesso dos projetos quanto a tempo, custo, requisitos e qualidade, com impacto
direto na capacidade de trabalho da organização;
• Maior alinhamento entre o Planejamento Estratégico e o Gerenciamento de Projetos por meio da governança
corporativa dos programas e projetos;
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138 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
Light e Berg (2000) delimitam o assunto do papel do EGP no alinhamento da estratégia com os projetos da organi-
zação, que tem o papel de dar um suporte consistente e disciplinado para seleção, priorização e gestão de recursos
dos projetos para mitigar os riscos da dependência dos negócios.
O EGP é uma unidade organizacional com a competência de integrar o gerenciamento de projetos dentro de
uma organização. Um EGP é um recurso chave em estabelecer a competência organizacional em análise, design,
gerenciamento e revisão de projetos. É um centro de competência que provê a expertise ao projeto para atender
as necessidades do negócio.
Barcaui (2003) relata que os EGP atuantes em organizações brasileiras não possuem um consenso sobre qual o
valor de um EGP. No entanto, aponta um fator que está faltando para garantir e aumentar o valor dos EGP, que é
a falta de alinhamento estratégico com os objetivos da organização.
Analistas da indústria enfatizam a importância em se estabelecer um EGP para implementar e enraizar a padro-
nização das práticas de gerenciamento de projetos.
Organizações que implantam um EGP experimentam a metade de desvios negativos em relação ao que é planejado
e realizado em termos de orçamento e tempo de seus projetos comparado com as que não tem, embora, não exista
nenhum modelo empírico para comprovar este fato.
Não se tem encontrado no meio acadêmico pesquisa que explore a relação entre a existência de um EGP e o uso
de melhores práticas específicas de gerenciamento de projetos e o aumento do sucesso dos projetos, após a
implantação do EGP. Portanto, há uma carência no meio acadêmico de pesquisas que explorem a importância de
um EGP e que provem empiricamente seus benefícios para a organização que o instalou.
Quanto mais próximo estiver o foco de atuação do EGP, maior valor ele terá para a organização que está inserido, ou
seja, quanto maior for a sua contribuição para a aquisição da visão estratégica do negócio por meio do aumento
da taxa de sucesso dos projetos que materializam essa estratégia.
Por outro lado, quanto mais próximo ele estiver do operacional, o seu valor estará vinculado a ganhos operacionais
como redução de custos dos projetos, diminuição dos estouros do cronograma, dentre outros.
Apesar do ganho da atuação do EGP no nível operacional, é na atuação estratégica que ele consegue gerar um
retorno mais significativo para a organização, e esse é um desafio dos, fazer com que a sua atuação viabilize o
que foi pré-definido no planejamento estratégico por meio da execução alinhada com a estratégia dos projetos, e
conseqüentemente fazendo com que os projetos estejam alinhados às estratégias de negócios.
Outros autores definem os tipos de EGP como sendo: escritório de nível 1, que atua como uma espécie de estação
meteorológica monitorando o “tempo” dos escritórios de projetos, mas sem influenciar na condução dos mesmos;
escritório de nível 2, que atua como uma torre de controle para monitorar e influenciar a condução dos projetos e
o escritório de nível 3, que atua como um centro de recursos com autoridade de priorizar e selecionar os projetos
mais importantes para atender a estratégia da organização em dado momento.
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140 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
Os dois fatores que modelam os EGP são as responsabilidades e a autoridade, com isso, ele descreve os tipos mais
comuns de EGP:
1) O Centro de Excelência: tem como objetivo principal manter e prover os padrões de gerenciamento de pro-
jetos e promover sua utilização em uma organização. Eles devem atuar como agentes de mudança em
todos os níveis organizacionais;
2) O Escritório de Apoio a Projetos: além de manter os padrões e práticas de gestão de projetos, apoia ativa-
mente um projeto por meio da execução de tarefas operacionais inerentes a gestão de projetos;
Também se tipifica os EGP como sendo Escritório de Suporte de Projetos responsável pela padronização das melho-
res práticas em gerenciamento de projetos e como fonte de experiência e competências em práticas de gestão;
o Escritório de Projetos e Programas que atua exclusivamente dando apoio pontual a projetos e programas e o
Escritório de Governança de Projetos que tem como objetivo principal assegurar o alinhamento dos projetos e
programas à estratégia de negócios.
Kendall e Rollins (2003) identificam os tipos de EGP por modelos distintos, mas também definem como sendo três
os modelos de EGP, são eles:
• Modelo de Repositório de Projetos: serve como uma fonte de informação da metodologia de projetos e em
padrões, ferramentas para a modelagem, gerenciamento e reporte do projeto. Este modelo é empregado
de forma descentralizada, ou seja, atua no espectro de um projeto ou programa;
• Modelo de Coaching de Projetos: é uma extensão do modelo de repositório de projetos e atua através dos
projetos de um departamento divulgando as melhores práticas e melhorando a performance da estratégia;
• Modelo Estratégico de EGP: sua missão implica na avaliação de escopo, alocação de recursos e verificação
de tempo, orçamento, risco. E atua em diversos times de projetos dando suporte para a completude
do trabalho.
Os outros tipos definidos abaixo são limitados a duas categorias de atuação dos EGP, o focado em um projeto ou
o orientado a estratégia. Abaixo a figura demonstra a diferença entre esses tipos.
Monitoramento do custo e orçamento do projeto Quantificação dos objetivos dos projetos para
melhoria da performance da estratégia
Como visto atrás, a maior parte dos autores definem a tipologia dos EGP em três diferentes tipos. Essas tipologias
têm em comum a distinção dos EGP baseada nos diferentes graus de responsabilidade, autoridade, funções e
posicionamento organizacional. Apesar da diferenciação em termos de nomenclatura, as funções, responsabili-
dades e posicionamento desses EGP nos níveis organizacionais permanecem semelhantes. Para o foco desta UIA
consideraremos a seguinte tipologia e nomenclatura e seus posicionamentos nos níveis organizacionais:
I – O EGP DE NÍVEL 1
O EGP de nível 1 surge da necessidade de um controle mais efetivo das variáveis de projetos ou programas gran-
des e complexos. Ele é responsável pela gestão das atividades operacionais do projeto e não tem autoridade de
influenciar na condução desse projeto.
Esse tipo de EGP atua controlando as atividades cotidianas do projeto para auxiliar aos gerentes de projetos a
assegurar a monitoração das metas e baselines como as de escopo, tempo e custo com o intuito de alcançar os
resultados estipulados anteriormente para o projeto.
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142 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
As funções mais comuns definidas para o EGP de nível 1 estão relacionadas abaixo:
• Controlar a qualidade das entregas do processo de gerenciamento dos projetos, como o plano do projeto,
plano de gerenciamento de escopo do projeto;
• Gerenciar documentação;
Em termos de posicionamento em uma dada estrutura organizacional, o EGP de nível 1 estaria abaixo do gerente
de projeto, assim como ilustrado abaixo:
Esse EGP atua no alinhamento dos projetos da área e é um centro de referência em gerenciamento de pro-
jetos para esses. Ele consolida os resultados da atuação do EGP de nível 1 e quando da ausência desse na
organização ele executa as atividades pertinentes ao nível 1, porém sua atuação extrapola os domínios dos
projetos e em linhas gerais diferencia-se do EGP de nível 1 por ter autoridade de influenciar na condução dos
projetos dessa área. Afirma-se que essa influência pode ser notada através da possibilidade de se implantar
um padrão de excelência em gerenciamento de projetos na área, ou seja, todos os projetos dessa área terão
que seguir esse padrão, caracterizando então a influência da atuação do EGP de nível 2 nos projetos da área
ou departamento.
• Controlar e armazenar as lições aprendidas e outros elementos e relatórios gerados pelos projetos;
• Manter os procedimentos do ciclo de iniciação, planejamento, controle, execução e fechamento dos projetos;
• Prover o mentoring aos gerentes de projetos em relação à utilização de melhores práticas em gerencia-
mento de projetos;
Em termos de posicionamento em uma dada estrutura organizacional, o EGP de nível 2 estaria abaixo do gerente
de uma área, assim como ilustrado abaixo:
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144 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
FIGURA 91 – MODELO DE EGP NÍVEL 2
A principal diferença entre um EGP de nível 2 e um de nível 3 está na relação e visibilidade desse último com as
estratégias definidas por essa organização ou departamento, no que tange à responsabilidade de manter ali-
nhados a execução e entregas desses projetos com essas estratégias. A atuação tática de um EGP de nível 2 não
dá autoridade e visibilidade para que o mesmo atue de maneira estratégica, definindo priorizações de projetos
segundo perspectivas estratégicas, definição de indicadores e metas, provendo a seleção de projetos mais prioritá-
rios dado uma conjuntura de mercado, dentre outras. Só uma unidade, como o EGP de nível 3, com atuação diretiva
departamental ou corporativa possui autoridade para desempenhar essas funções de cunho mais estratégico.
Existe uma forte ligação entre a origem dos projetos e as metas capazes de atender a estratégia de negócio da
organização. Cada projeto está associado a uma meta, e para prover o gerenciamento destes projetos de forma
a alinhá-los ao atendimento das metas estratégicas, é necessária uma coordenação centralizada promovida e
controlada por um EGP estratégico, que para atingir o objetivo do alinhamento estratégico com os projetos deve
ter as seguintes responsabilidades:
• Acompanhar o atendimento das metas corporativas como resultado da execução dos projetos e programas;
• Avaliar a aderência dos projetos de cada EGP setorial às prioridades e metas da organização;
• Prover a otimização de utilização de recursos humanos entre os projetos por meio de realocação.
Em termos de posicionamento em uma dada estrutura organizacional, o EGP de nível 3 estaria abaixo do Diretor
de um departamento ou do Presidente de uma organização, assim como ilustrado abaixo:
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146 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
FIGURA 92 – MODELO DE EGP NÍVEL 3
Patrocínio da alta Constitui-se como premissa essencial para assegurar a atuação estratégica do
administração EGP, pois formaliza a sua autoridade perante a organização
Direciona o EGP a atuar com foco na gestão estratégica. Para elaboração do sis-
Sistema de gerenciamento
tema utiliza-se o Balance Scorecard, e consequentemente gera-se um produto
estratégico
fruto da customização do BSC para o EGP, o qual denomina-se Scorecard do EGP.
A Figura abaixo sumariza a composição e interação dos pilares das diretrizes do modelo de EGP estratégico.
8. Resumo
Você viu nessa UIA uma abordagem conceitual com diversas definições e sua consolidação; histórico da evolução
dos EGP; tipos e suas funções; fatores que motivam, que podem gerar fracasso e sucesso para implementação de
um EGP; e por último, diretrizes de um EGP estratégico que visa principalmente o alinhamento entre os projetos e
o negócio da organização.
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148 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
ANEXOS
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150 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
2. CONTEÚDO DO CURSO 151
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152 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
2. CONTEÚDO DO CURSO 153
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154 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
2. CONTEÚDO DO CURSO 155
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156 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
2. CONTEÚDO DO CURSO 157
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158 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
2. CONTEÚDO DO CURSO 159
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160 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
2. CONTEÚDO DO CURSO 161
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162 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
2. CONTEÚDO DO CURSO 163
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164 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
2. CONTEÚDO DO CURSO 165
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166 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
2. CONTEÚDO DO CURSO 167
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168 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
2. CONTEÚDO DO CURSO 169
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170 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
2. CONTEÚDO DO CURSO 171
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172 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
2. CONTEÚDO DO CURSO 173
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174 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
2. CONTEÚDO DO CURSO 175
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176 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
2. CONTEÚDO DO CURSO 177
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178 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
2. CONTEÚDO DO CURSO 179
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180 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
2. CONTEÚDO DO CURSO 181
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182 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
2. CONTEÚDO DO CURSO 183
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184 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
2. CONTEÚDO DO CURSO 185
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186 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
2. CONTEÚDO DO CURSO 187
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188 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
Program and Project Management: Understanding the Differences
By:
Introduction
It is quite common for the terms “program management” and “project management” to be used
interchangeably. Unfortunately, this serves to reinforce the misunderstanding of the distinctions between
the two disciplines, and to overshadow the importance of program management in the achievement of
business objectives. Volumes have been written about project management in the past two decades, but
little has been written about program management besides an occasional vague reference to program
management as the “management of multiple projects” (or worse yet, writings that confuse program
management with portfolio management). Viewing program management from a project management
mindset in order to make it fit the project paradigm is a fundamental flaw in thinking, but one that is
pervasive across many industries.
In the paper "Program Management: Linking Business Strategy to Product and IT Development"1, we
discussed program management as a proven discipline which effectively links multiple project outputs
to strategic business objectives. In this article we will dive deeper on this subject by describing the
distinction between the strategic nature of program management and the tactical nature of project
management, demonstrating what it really means to "manage multiple projects", and how program and
project management are utilized in conjunction to deliver high impact products in the high technology
industry.
Program management and project management are related but distinctly different disciplines. It is
important for everyone within the organization to understand the distinction between the two in order to
link project output to business strategy and to integrate the efforts of multiple project teams to achieve a
common set of business goals.
We feel the three most important distinctions between program and project management are the
following:
1. Program management is strategic in nature, while project management is tactical in nature. Within
our companies, Intel Corporation and Tektronix, Inc., program management focuses on
achievement of the intended strategic business results through the coordination of multiple
projects. Project management in contrast focuses on the tactics of planning and execution of the
work output. With this, program managers must augment their project management and technical
skills with core business, strategic and leadership skills.
2. Program management is entirely cross-functional, while project management focuses on a single
function, or limited cross-functional alignment at best. It is typical for the program manager to
manage across the various functions of an organization such as engineering, marketing, finance,
validation and customer support. Project managers typically manage a team within one of the
functions on the program.
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3. Program management integrates the individual elements of the projects in order to achieve a
common objective. Later in this article we will demonstrate how the work effort and deliverables
from multiple project teams such as hardware development, software development, mechanical
development and manufacturing are integrated to develop and launch a new personal computer
product.
Additional distinctions between program and project management are shown in Table 1.
To explore further, let's consider the concept of the "whole product". The program management function
is responsible for the delivery of the whole product to the customer and for achievement of the intended
business results, such as product quality, increased revenue and market share. The project management
function is responsible for the delivery of a single element of the whole product, and for ensuring the
delivered element integrates with all other elements. For example, Figure 1 shows five primary elements
involved in the development of a personal computer product. Other functions such as system
architecture, product marketing, quality, customer support and finance are not shown for the sake of
simplicity.
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190 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
Program and Project Management: Understanding the Differences
The program manager is responsible for the delivery of the whole product to the market. In this case, the
whole product would be the personal computer consisting of the integration of the various circuit
boards, the enclosure, the software stack, and the test, validation and manufacturing of the product. In
addition to delivery of the product, the program manager is responsible for the achievement of the
business objectives for which the product development effort was initiated. Examples would include
timely market introduction of the server, gross margin targets and key customer design wins.
The project managers are responsible for the delivery of a single element of the product to the program
team. For example, the software project manager is responsible for the development and integration of
the software stack embedded in the personal computer, the circuit board project manager is responsible
for the development and integration of the various circuit boards, (motherboard, memory board and
power distribution board), the enclosure project manager delivers the computer chassis including the
power and cooling elements, and the manufacturing project manager is responsible for the factory build
of the computer.
Figure 1 illustrates how the program manager manages across the various projects, whereas the project
manager manages within a single function or domain.
Coordinated management of multiple projects means that the activities for each project are synchronized
through the framework of a common lifecycle executed at the program level. If an organization is using
a phase-gate lifecycle model for example, all projects within the program pass through the phases and
gates simultaneously. Program management ensures the effective coordination and synchronization of
the multiple projects through the lifecycle.
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As the term implies, interdependent projects are those that have a mutual dependence on the output of
other projects in order to achieve success. Said another way, the successful completion of deliverables
from one project is needed for the successful completion of other projects. Program management
ensures the dependencies between the multiple projects are managed in a concerted manner. Using the
previous computer development example, the circuit board development project team cannot achieve the
motherboard power-on milestone without the successful completion of the BIOS (Basic Input-Output
System) software and the firmware deliverables from the software project team - both of which are
required to initiate the motherboard power-on sequence. The software project manager focuses on
delivery of the software functionality as scheduled, while the program manager ensures the schedules
for the circuit board and software teams remain in synch and that both teams agree on what is to be
delivered and when.
Managing multiple interdependent projects also requires the integration of the project planning and
execution activities at the program level. Figure 2 illustrates how plans for multiple projects are created
from the program definition and WBS (Work Breakdown Structure), and then integrated into an
interdependent, cohesive program plan
Once the program definition and requirements are established for the "whole product", the program level
WBS (Work Breakdown Structure) can be created. A WBS for each project is then created from the
program WBS to define the work required from each project in order to achieve the deliverables. A plan
is then created for each project to develop and deliver each respective element of the product to the
program team. The project plans are then integrated into a program plan, within which the
interdependencies and intermediate deliverables between the project teams are defined and negotiated.
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192 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
Program and Project Management: Understanding the Differences
During the implementation of the program, the project managers ensure execution of their respective
project plan, while the program manager ensures the implementation of all projects is occurring in
concert and that the interdependencies and inter-project deliverables are occurring as defined in the
program plan.
Accomplishment of the stated business goals is the ultimate responsibility of the program manager. In
product development, a key goal of the program is to deliver the whole product to the market. Delivery
of the right product at the right time is critical; however it is really only the mechanism to realize the
true business goals such as capturing additional market share, increasing profit through sales and gross
margin, and strengthening brand value through quality, features and customer support. Program
management is the business process that not only develops and delivers the product but also ensures the
project teams are focused on activities that contribute to achievement of the business goals. For
example, the program manager ensures that the design wins and sales projections from the marketing
team remain above minimum levels and that the engineering and manufacturing teams keep the product
and manufacturing costs at target levels or below in order to achieve the gross margin necessary to hit
the profit goals.
Figure 3 illustrates the hierarchy that is established on a product development program, as well as the
primary areas of responsibility between the program management and project management disciplines.
The program manager leads the product development effort and is responsible for defining the program
strategy to achieve the intended business objectives. The program manager also owns the program level
WBS and program plan, as well as the creation and accomplishment of the program success criteria. The
project managers lead the personnel on their respective functional project team. These may be large
teams depending upon the size and complexity of the product development effort. Each project manager
reports to the program manager and serves as a member of the program leadership team, commonly
referred to as the program core team. The project managers are responsible for the development and
execution of their project plan and for delivery of their element of the whole product. As members of the
program core team, the project managers also assist the program manager in the development and
execution of the integrated program plan.
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Conclusion
This article addresses our view that even though the terms program management and project
management are often used interchangeably, they are related but distinctly different disciplines. The
primary differences being: program management is strategic in nature while project management is
tactical in nature, program management is entirely cross-functional while project management focuses
on a single function, and program management integrates the individual elements of the projects to
achieve a common objective, such as the delivery of the "whole product" to the marketplace. Program
management is a key business process utilized by Intel and Tektronix to manage complex product
development efforts that consist of multiple interdependent projects. Employing both program and
project management is a powerful approach to developing products that enable the achievement of
intended business objectives.
References
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194 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
2. CONTEÚDO DO CURSO 195
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196 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
2. CONTEÚDO DO CURSO 197
GESTÃO DE PORTFÓLIO, PROGRAMAS E PROJETOS DE IMPLANTAÇÕES DA PLATAFORMA DIGITAL DO PODER JUDICIÁRIO BRASILEIRO – PDPJ-BR
198 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
2. CONTEÚDO DO CURSO 199
GESTÃO DE PORTFÓLIO, PROGRAMAS E PROJETOS DE IMPLANTAÇÕES DA PLATAFORMA DIGITAL DO PODER JUDICIÁRIO BRASILEIRO – PDPJ-BR
200 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
2. CONTEÚDO DO CURSO 201
GESTÃO DE PORTFÓLIO, PROGRAMAS E PROJETOS DE IMPLANTAÇÕES DA PLATAFORMA DIGITAL DO PODER JUDICIÁRIO BRASILEIRO – PDPJ-BR
202 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
2. CONTEÚDO DO CURSO 203
GESTÃO DE PORTFÓLIO, PROGRAMAS E PROJETOS DE IMPLANTAÇÕES DA PLATAFORMA DIGITAL DO PODER JUDICIÁRIO BRASILEIRO – PDPJ-BR
204 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
2. CONTEÚDO DO CURSO 205
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206 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
2. CONTEÚDO DO CURSO 207
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208 FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES DE PROJETOS
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