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ANÁLISE DA VIABILIDADE DE
PROJETOS
PRESIDENTE VICE-PRESIDENTES
Carlos Ivan Simonsen Leal Francisco Oswaldo Neves Dornelles (Licenciado)
Marcos Cintra Cavalcanti de Alburquerque (Licenciado)
Sergio Franklin Quintella
iii
iv
Sumário
1. PROGRAMA DA DISCIPLINA 1
1.1 EMENTA 1
1.2 CARGA HORÁRIA TOTAL 1
1.3 OBJETIVOS 1
1.4 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1
1.5 METODOLOGIA 2
1.6 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 2
1.7 BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA 2
CURRICULUM RESUMIDO DA PROFESSORA 3
2. MATERIAL COMPLEMENTAR 4
CONSIDERAÇÕES: 16
v
1
1. Programa da disciplina
1.1 Ementa
Fundamentos para elaboração do fluxo de caixa de projetos. Técnicas de análise
de projetos. Custo do capital próprio e custo médio ponderado de capital. Análise do
risco econômico-financeiro em projetos. Aplicações.
1.3 Objetivos
Expor os fundamentos das técnicas utilizadas para elaboração de fluxo de caixa de
projetos. Estudar quais as principais técnicas de análise aplicadas a projetos. Avaliar
como se calcula o custo do capital próprio e o custo médio ponderado de capital.
Aprender a aplicar os principais conceitos em situações reais. Formar base analítica para
cursos mais avançados.
1.5 Metodologia
Aulas teóricas expositivas, intercaladas com sessões de exercícios de aplicação prática.
2. Material Complementar
I – IDENTIFICAÇÃO DO PROPONENTE
Informar o nome da empresa titular do projeto (constituída ou a constituir);
Informar o endereço para correspondências, telefones, “fax” e pessoas para contatos;
Informar o número do registro no CGC-MF, tratando-se de empresa já constituída;
Informar os nomes, endereço e participação de cada sócio no capital da empresa (se
pessoa jurídica, discriminar os respectivos controladores até o nível de pessoas físicas);
Informar os nomes dos dirigentes da empresa;
Informar os nomes, atividades e respectivos patrimônios líquidos de outras empresas
integrantes do grupo empresarial;
Incluir histórico sobre a evolução do grupo empresarial;
Apresentar balanços dos 3 (três) últimos exercícios e balancete recente.
II – OBJETIVO DO PROJETO
Indicar a ação a ser desenvolvida e o ramo de atividade (exemplo: implantação de
fábrica de móveis; ampliação do frigorífico; modernização da fábrica de confecções;
instalação de hotel, etc.);
Informar a capacidade a ser instalada (por linha de produto);
Indicar as metas de produção (do início das operações até a estabilização; quando tratar-
se de empresa já existente, apresentar também dados da produção presente);
Apresentar os motivos / justificativas para a realização do projeto;
Justificar o tamanho / porte do projeto;
Indicar e justificar a viabilidade da localização escolhida.
IV – INVESTIMENTOS PREVISTOS
Detalhar os investimentos a serem realizados;
Justificar os valores desses investimentos com plantas / orçamentos das obras e
instalações, e com propostas de fornecimento de equipamentos, móveis, etc;
Apresentar cálculo detalhado da necessidade de capital de giro.
NOTA: Deverão ser anexados ao projeto cópias das plantas, orçamentos, propostas,
etc., documentos que devem estar devidamente formalizados.
VI – IMPACTO AMBIENTAL
Detalhar as providências previstas no projeto para a proteção ambiental, se necessário;
Informar sobre o processo de licenciamento junto aos órgãos competentes (SEAMA,
IBDF, Secretaria de Saúde, etc.).
Uma vez elaborado o projeto cabe a área financeira a análise das melhores e mais
adequadas fontes de financiamento para desenvolvimento do projeto.
De modo geral os projetos são financiados através de um mix de recursos próprios e de
terceiros. No caso de projetos de longa maturação fontes de financiamentos de longo
prazo são requeridas e, nesse caso, bancos de fomento deverão ser acionados.
As empresas devem estar preparadas para enfrentarem a competição global, bem como
os impactos no mercado em que atuam.
Decisão de investimento.
Decisão de financiamento.
Decisão de distribuição de resultados.
Planejamento Financeiro
Elaboração de Projetos
As demonstrações financeiras mais utilizadas são: Fluxo de Caixa dos recursos que
transitam pela conta “Caixa e Bancos”, Balanços, Demonstrações de Resultado dos
Exercícios – DRE’s, Fluxo de Caixa do Projeto – FCP e Fluxo de Caixa Livre a
Disposição dos Sócios / Acionistas – FCLDS/A.
Essa taxa deve ser suficiente para incentivar os investidores a correrem o risco de
aplicarem seus recursos no projeto. A TMA desejada pelos aplicadores deverá ser
compatível com aquelas normalmente verificadas em projetos semelhantes, oriundos do
mesmo segmento ao qual se insere o projeto.
Neste Fluxo de Caixa (Trânsito dos Recursos) verificam-se todas as entradas e saídas
ocorridas no período. O Saldo de Caixa do Ano não representa a geração de recursos
propiciada pelo projeto, pois os valores identificados estão fortemente influenciados por
empréstimos de curto e longo prazo, aporte de recursos dos sócios, contas que ainda não
foram recebidas ou mesmo pagas. O Saldo de Caixa Acumulado representa o Saldo de
Caixa do Ano acrescido do Saldo de Caixa do Ano Anterior. Nesse caso, estes saldos
verificados nessa modalidade de Fluxo de Caixa não se encontram a disposição dos
sócios / acionistas. São apenas recursos que se encontram em Caixa e Bancos.
Nota-se que, nesse caso, o valor informado na coluna “0”, marco inicial, considera
que o projeto não utilizará recursos de terceiros.
Registre-se que os saldos referentes ao Fluxo de Caixa do Projeto não são aqueles que
estarão a disposição dos sócios / acionistas.
Nota-se que o saldo intermediário apresentado pelo Fluxo a Disposição dos Sócios I,
no ano 2, é negativo, embora no Fluxo a Disposição dos Sócios II seja positivo visto a
contratação de novo empréstimo no montante de $120.000. Caso não houvesse a
contratação desse novo financiamento o saldo seria negativo, não representando, no
entanto, dificuldade de caixa conforme pode ser verificado no Fluxo de Caixa (Trânsito
dos Recursos). A interpretação é a de que nesse ano os sócios não teriam saldo a
disposição.
Análise
Os saldos encontrados no Fluxo de Caixa (Trânsito das Contas) foram julgados satisfatórios
considerando-se o volume de negócios do projeto.
(=) FLUXO A DISPOSIÇÃO DOS SÓCIOS II (1.646.664) 387.452 25.347 173.978 2.437.083
Nota-se que tanto o Fluxo do Projeto como o Fluxo para os Sócios apresentam VPL
positivo indicando geração de riquezas a uma taxa de desconto de 18% ao ano. A TIR
dos dois fluxos apresenta-se superior a taxa de remuneração desejada de 18% ao ano.
As duas metodologias empregadas recomendam a aceitação dos investimentos por parte
dos empreendedores.
BALANÇOS
Ativo
Passivo
Considerações:
A necessidade líquida de capital de giro é a diferença entre as contas do ativo e
passivo circulante, representativas de aplicações e fontes de recursos, relacionadas com
o nível de atividade da empresa.
Aplicações:
Duplicatas a receber
Estoques
Despesas antecipadas
Fontes:
Fornecedores
Salários e encargos
Obrigações fiscais
A necessidade líquida de capital de giro é função das duplicatas a receber, dos níveis de
estoques e dos compromissos a pagar aos fornecedores.
O montante das duplicatas a receber pode ser fortemente influenciado através dos
percentuais de vendas a prazo, prazos de vendas concedidos aos clientes e preços de
venda praticados.
O montante dos níveis de estoques é função dos prazos médios de rotação dos estoques
estabelecidos.
O valor dos estoques pode ser influenciado pelo preço de aquisição das mercadorias e
condições de pagamento, principalmente se as compras ocorrerem na modalidade a
prazo, com a elevação do preço final dos produtos pela prática de juros por parte dos
fornecedores.
Exemplo:
$
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Duplicatas a Receber 1.349 1.416 1.486 1.561
(+) Estoques 1.162 1.221 1.282 1.346
(=) TOTAL 2.511 2.637 2.768 2.907
Fornecedores 1.014 922 969 1.020
(=) TOTAL 1.014 922 969 1.020
NLDCG 1.497 1.715 1.799 1.887
Variação da NLDCG 218 84 88
OBS.: A variação do montante dos negócios de uma organização (Receita Operacional Bruta) também
influi no aumento ou diminuição das NLDCG .
Elaboração de um Projeto
DRE
$ Mil
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Receita Operacional Bruta 15.109 15.861 16.652 17.483
(-) Impostos 4.117 4.322 4.538 4.764
(=) Receita Operacional Líquida 10.992 11.539 12.114 12.719
(-) Custo Mercadorias Vendidas 6.984 7.333 7.700 8.035
(=) Lucro Bruto 4.008 4.206 4.414 4.684
(-) Despesas Administrativas 933 1.045 1.145 1.208
(-) Despesas Comerciais 2.518 2.644 2.775 2.912
(-) Despesas Financeiras 65 83 60 54
Outros Dados:
Obs.: No Fluxo de Caixa do Projeto não foram consideradas as Despesas Financeiras nem as Amortizações dos Financiamentos.
A Taxa Mínima de Atratividade pode ser entendida como a melhor taxa, com baixo
grau de risco, à disposição do empreendedor, para aplicação de seu capital.
Assim, podemos perceber que a decisão de investir terá duas alternativas, ou seja:
investir na TMA ou no projeto.
Os recursos para o investimento ficam aplicados à TMA e não no caixa.
Nesse caso, considerando essa premissa, pode-se dizer que a riqueza gerada refere-se
apenas ao valor que exceder o que se pode conseguir numa aplicação na TMA.
Em alguns casos pode-se entender a TMA como a taxa que motiva a realização do
investimento. Cada investidor possui a sua TMA, bem como cada segmento uma TMA
média para remuneração dos recursos próprios aplicados.
EXEMPLO:
Considere que uma empresa pretende realizar um projeto, conforme fluxo de caixa
adiante informado, com seis anos de duração e que o prazo máximo que ela suporta para
o payback é de quatro anos. Qual o período de recuperação do investimento inicial?
ANO 0 1 2 3 4 5 6
F. CAIXA (400) 80 90 120 130 100 70
V. ACUM. (400) (320) (230) (110) 20 120 190
SOLUÇÃO:
Nesse caso, o período em que o valor acumulado se torna positivo é antes do quarto
ano. No quarto ano o valor já é positivo.
PB = 110 / 130 = 0,846154 x 365 dias = 309 dias
PB = 3 anos e 309 dias
Exercícios:
1 – Verificar qual dos dois projetos abaixo se apresenta mais interessante levando-se em
conta o tempo de retorno do capital.
Projetos 0 1 2 3 4 5
A (5.500) 1.900 2.300 2.000 500 500
B (7.500) 1.000 2.000 4.000 2.000 3.000
1 - Verificar qual dos dois projetos abaixo se apresenta mais interessante levando-se
em conta o tempo de retorno do capital.
Projetos 0 1 2 3 4 5
A (8.500) 3.000 2.700 2.500 1.500 1.500
B (10.500) 7.000 500 500 500 6.500
3 - Verificar qual dos dois projetos abaixo se apresenta mais interessante levando-se em
conta o tempo de retorno do capital.
Projetos 0 1 2 3 4
A (15.000) 1.000 7.000 20.000
B (15.000) 3.000 (1.000) (1.000) 25.000
Exemplo:
Considere o investimento representado pelo fluxo de caixa abaixo para o qual se deseja
calcular o payback descontado, levando-se em conta um custo de capital de 10% ao ano.
ANO 0 1 2 3 4 5 6
F. CAIXA (400) 80 90 120 130 100 70
V.PRESENTE (400) 72,73 74,38 90,16 88,79 62,09 39,51
V. ACUM. (400) (327,27) (252,89) (162,73) (73,93) (11,85) 27,66
Solução:
Adiciona-se uma linha para os valores presentes dos fluxos de caixa do projeto, à taxa
de 10% ao ano. Após correlaciona-se os valores presentes com o investimento inicial.
PBD = 11,85 / 39,51 = 0,299924 x 365 dias = 109 dias
PB = 5anos e 109 dias
Exercícios:
1 - Verificar qual o tempo de retorno do capital investido, considerando-se uma TMA
de 18% ao ano para o projeto que apresenta os fluxos de caixa abaixo:
Projetos 0 1 2 3 4
A (10.000) 3.953 3.528 3.446 5.344
Projetos 0 1 2 3 4 5
A (5.500) 1.900 2.300 2.000 500 500
B (7.500) 1.000 2.000 4.000 2.000 3.000
Valor Presente – VP
Consiste na técnica de trazer valores futuros para a data presente (data 0) mediante a
utilização de uma taxa de desconto.
Assim, por exemplo, uma dívida de $120.000,00 que tenha o vencimento, da data de
hoje, em 90 dias poderá ser liquidada hoje mediante seu desconto a uma determinada
taxa de desconto acertada entre devedor e credor. Suponhamos a taxa de 2% ao mês.
Fluxo de Caixa:
Data 0 Data 1 (30 dias) Data 2 (60 dias) Data 3 (90 dias)
? 90.000,00
Fórmula:
n
VP = FV / (1 + i )
Donde:
3
VP = 90.000,00 / (1,02) = $84.809, 01
Exercícios:
1 – Achar o Valor Presente dos fluxos abaixo discriminados. Considerar a taxa de
desconto de 17% ao ano.
A
1.000 1.500 2.000 2.500 3.000
VP(17%) = $
B
1.000 2.000 3.000
VP(17%) = $
C
1.000 (1.500) 2.000 (2.500) 3.000
VP(17%) = $
D
1.000 1.800 2.000 2.300 3.000
(1.500) (2.500)
VP(17%) = $
Sendo o VPL positivo, teremos que na data zero o valor presente de todos os fluxos de
caixa, descontados à taxa “i”, é maior do que o capital investido.
Temos que:
O capital investido é recuperado.
A remuneração do investimento supera a taxa de atratividade da empresa, “i”.
O projeto gera um ganho de riqueza que, na data zero, a valor presente, é
representado pelo VPL.
Exercícios:
1 – Para os fluxos adiante informados calcular o VPL considerando as taxas
discriminadas:
A (20% a.a.)
(6.000) 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000
VPL =
B (15% a.a.)
(6.000) 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000
VPL =
C (16,40% a.a.)
(6.000) 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000
VPL =
Alternativa A
Investimento 1 2 3 4
(15.500) 1.000 2.000 10.000 15.500
Alternativa B
Investimento 1 2 3 4
(15.500) 2.000 3.000 9.000 14.000
SOLUÇÃO:
VPL (A) (18%) =
VPL (B) (18%) =
2 – Qual das alternativas abaixo deverá ser aceita se o custo do capital for de 12,5%
ao ano?
Alternativa A
Investimento 1 2 3 4
(15.000) 1.000 7.000 20.000
Alternativa B
Investimento 1 2 3 4
(15.000) 3.000 (1.000) (1.000) 25.000
Alternativa A
Investimento 1 2 3 4
(25.000) 50.000
Alternativa B
Investimento 1 2 3 4
(25.000) (3.000) 54.200
5 – Informar qual das duas alternativas de investimento deverá ser aceita se a TMA for
de 16% ao ano.
Alternativa A
$ mil
Investimento 1 2 3 4
(13.000) 9.900 100 9.500 6.663,2
n FC j
FC o
J 1 (1 i ) j
Onde:
FC0 = valor do fluxo de caixa no momento zero;
26.130,54 26.130,54
0 1 2
(50.000,00)
26.130,54 26.130,54
50.000,00
(1,03) (1,03) 2
A taxa de 3,0% ao mês, representa, diante das características do método da TIR, a taxa
de juros que iguala, em determinada data, a entrada de caixa com as saídas de caixa.
A data focal para o cálculo da TIR pode ser definida livremente, sem que isso interfira
no seu resultado.
No exemplo anterior, ao fixar a data focal ao fim do segundo mês, verifica-se que a taxa
não se altera, permanecendo em 3% ao mês.
53.045,00 = 53.045,00
Pode-se verificar que o VPL será igual a zero quando as grandezas futuras, descontadas
com uma determinada taxa, produzir um valor presente para o fluxo de caixa que seja
igual ao investimento inicial (desembolso) colocado no ponto zero da escala de tempo.
Exercícios:
1 – Verificar qual dos dois projetos, cujos fluxos de caixa encontram-se informados,
deverá ser aceito se a remuneração desejada pelo investidor for de 19,5% ao ano.
$
Datas 0 1 2 3 4
A (87.000) 32.000 34.000 40.000 42.000
B (87.000) 27.000 35.000 39.950 50.000
TIR (A) =
TIR (B) =
2 - Verificar qual dos dois projetos, cujos fluxos de caixa encontram-se informados,
deverá ser aceito se a remuneração desejada pelo investidor for de 16,5% ao ano.
$
Datas 0 1 2 3 4
A (55.000) 21.000 26.000 35.000
B (55.000) 23.000 27.000 33.000
TIR (A) =
TIR (B) =
3 - Verificar qual dos dois projetos, cujos fluxos de caixa encontram-se informados,
deverá ser aceito se a remuneração desejada pelo investidor for de 25,5% ao ano.
$
Datas 0 1 2 3 4
A (125.000) 35.000 45.000 65.000 95.000
B (80.000) 20.000 35.000 45.000 67.000
TIR (A) =
TIR (B) =
Índice de Lucratividade – IL
O índice de lucratividade é uma medida relativa entre o valor presente dos fluxos de
caixa recebidos e o investimento inicial: IL = VP / I ou IL = (VPL + I) / I, sendo o valor
do investimento colocado em módulo, ou seja, sempre positivo.
Sabendo-se que o WACC (Weighted Average Cost of Capital) é de 19% ao ano, opine
sobre a viabilidade do projeto.
Projeto A
$ mil
Investimento 1 2 3 4
(30.000) 3.500 (200) 5.500 55.000
Projeto B
$ mil
Investimento 1 2 3 4
(25.000) 1.500 1.000 1.000 50.000
Taxa de Rentabilidade - TR
A Taxa de Rentabilidade – TR consiste na relação entre o valor presente (VP),
determinado a partir da taxa de atratividade, e o valor presente dos desembolsos de
capital.
FÓRMULA:
TR = ((Valor Presente -VP) / (Desembolsos de Capital)) – 1) x 100
ou,
TR = (Valor Presente Líquido / Desembolsos de Capital) x 100
Exercícios:
1 – Uma empresa está estudando investir num dos projetos cujos fluxos de caixa
encontram-se informados.
A TMA é de 21% ao ano. Avaliar qual deles deverá ser aceito utilizando o método da
Taxa de Rentabilidade.
Projeto A
$ mil
Investimento 1 2 3 4
(100.000) 50.000 150.000
Projeto B
$ mil
Investimento 1 2 3 4
(100.000) 70.000 10.000 1.000 100.000
2 – Adotar o método da Taxa de Rentabilidade para escolher qual dos dois projetos
abaixo indicados deverá ser aceito. Considerar uma TMA de 25% ao ano.
Projeto A
$ mil
Investimento 1 2 3 4
(45.000) 10.000 10.000 35.000 25.000
Projeto B
$ mil
Investimento 1 2 3 4
(45.000) 35.000 10.000 10.000 25.000
São aqueles em que a escolha por um deles elimina os demais ou todos. No caso de dois
projetos A e B, podemos aceitar A ou B ou rejeitar ambos. Não se pode aceitar A e B ao
mesmo tempo. Os métodos da TIR e do IL ignoram as diferenças de escala, na hora de
comparação de dois projetos mutuamente excludentes.
Exemplo:
1 – Vamos considerar um investimento na realização de um projeto imobiliário. Uma
construtora possui um terreno e deseja verificar duas opções de investimento: construir
uma residência com investimento total de R$ 1 milhão ou um edifício com investimento
total de R$ 10 milhões.
Os projetos são mutuamente excludentes: se construir a residência não construirá o
edifício e vice-versa. O horizonte de ambos os projetos é de um ano e o custo do capital
em ambos os casos é de 15% ao ano. Decidir qual dos dois investimentos é o melhor.
$
Projetos Data 0 Data 1 TIR IL VPL
Residência (1.000.000) 1.600.000 60% 1,39 391.304,35
Edifício (10.000.000) 13.000.000 30% 1,13 1.304.347,83
A riqueza aumenta mais no caso do edifício (VPL), apesar da taxa interna de retorno e
do índice de lucratividade serem maiores no projeto da residência.
Esse é o problema de escala que ocorre com a análise da TIR e do IL.
O que é melhor: ganhar mais sobre pouco ou menos sobre muito? O método do VPL
pode resolver esse problema. Esse exemplo adaptado de Ross e colaboradores,
apresenta um método simples que soluciona essas questões.
Podemos adotar tanto a TIR incremental, VPL incremental ou IL incremental.
Os fluxos incrementais são calculados através da diferença entre os fluxos dos dois
projetos:
$
Projetos Data 0 Data 1 TIR IL VPL
Edifício (10.000.000) 13.000.000
Residência (1.000.000) 1.600.000
F. CX. Increm. (9.000.000) 11.400.000 26,66% 1,10 913.043,48
CONCLUSÃO:
1 – O VPL do projeto de maior escala, edifício, é maior do que o da residência.
2 – O VPL incremental é positivo e, nesse caso, devemos escolher o projeto de maior
escala.
3 – O cálculo o IL incremental é maior do que 1 e, nesse caso, o projeto do edifício,
maior escala, é o indicado.
4 – A TIR incremental, 26,66% é superior ao custo do capital, 15%, indicando que a
aceitação deve recair sobre o projeto de maior escala. Essa taxa representa a taxa de
juros que torna os dois investimentos em termos de atratividade econômica, produzindo
o mesmo valor presente líquido. Essa taxa é conhecida como Intersecção de Fischer.
13.000.000
VPL (Edifício) = -10.000.000 + --------------------- = R$ 263.155,19
(1,266667)
1.600.000
VPL (Residência) = -1.000.000 + --------------------- = R$ 263.157,5
(1,266667)
Exercícios:
Projeto A
$ mil
Investimento 1 2 3 4 5
(42.000) 8.000 9.500 10.500 14.500 16.500
Projeto B
$ mil
Investimento 1 2 3 4 5
(50.000) 20.000 10.000 10.000 15.000 15.000
Projeto C
$ mil
Investimento 1 2 3 4 5
(20.000) 8.000 6.000 6.000 4.000 4.000
Exemplo:
1 – Sejam dois projetos mutuamente excludentes com custo de capital igual a 10% ao
ano. Qual é o mais atraente?
$ mil
PROJETOS 0 1 2 3
A (100) 70 80 90
B (200) 170 120
1ª Solução:
Calcula-se o VPL dos projetos A e B encontrando-se respectivamente $ 97,37 e $
53,71. Anualizando (PMT) dos dois VPLs encontrados, temos: $ 39,15 para o projeto
A e $ 30,95 para o projeto B.
A decisão será pelo projeto que apresentar a maior PMT, projeto A.
2ª solução:
Uma outra solução é a de expandir, igualar, o projeto B para o mesmo período do
projeto de maior duração, A.
Projeto A
$ mil
0 1 2 3 4 5 6
(100) 70 80 90
(100) 70 80 90
(100) 70 80 (10) 70 80 90
Projeto B
$ mil
0 1 2 3 4 5 6
(200) 170 120
(200) 170 120
(200) 170 120
(200) 170 (80) 170 (80) 170 120
Projeto A
VPL (10% a.a.) = $ 170,52
PMT (10% a.a.) (6n) = $ 39,15
Projeto B
VPL (10% a.a.) = $ 134,80
PMT (10% a.a.) (6n) = $ 30,95
A decisão será pelo projeto que apresentar o maior VPL ou PMT, projeto A.
Exercícios:
$ mil
Projetos 0 1 2 3
A (200) 350
B (400) 300 250 650
$ mil
Projetos 0 1 2 3
A (100) 70 70
B (150) 80 60 90
Projetos Independentes
São aqueles cuja aceitação não depende da dos outros projetos. Uma alternativa de
investimento de capital, quando tratada individualmente, é considerada como
economicamente atraente ao apresentar um VPL positivo, ou uma TIR superior (no
mínimo, igual) à taxa mínima de retorno requerida ou um IL maior (ou igual) a 1.
Projetos Dependentes
São aqueles que, ao serem escolhidos, alteram a decisão em relação aos demais do
orçamento ou carteira de projetos. Racionamento de capital, restrição orçamentária ou
orçamento de capital limitado a um valor, expressões de mesmo significado, tem a
característica de tornar os projetos financeiramente dependentes entre si.
Segundo Ross e colaboradores (2002), não se pode classificar os projetos pelo VPL.
Os projetos devem ser priorizados pelo índice de lucratividade, IL.
Exemplo:
1 – Seja uma empresa que está considerando o investimento em três projetos. A
empresa tem disponível R$ 200 milhões. O custo de capital é de 12,2% ao ano. Os
fluxos são:
$ milhões
PROJETOS 0 1 2
A (200) 700 100
B (100) 150 400
C (100) (50) 600
Visto que o investimento máximo é de R$ 200 milhões, a empresa deve optar entre o
projeto A e os projetos B e C em conjunto. O projeto A é o que tem o maior VPL e TIR
e seria escolhido por esse critério.
No entanto, a soma dos VPLs dos projetos B e C (R$ 683,48) é maior do que o de A
(R$ 503,32), direcionando a escolha para os projetos B e C.
Exercícios:
1 – Uma empresa está considerando o investimento em três projetos. A empresa tem
disponível o montante de $ 600.000,00 para investir. O custo de capital da empresa é de
15,5% ao ano.
2 - Uma empresa tem $26.000 milhões para investir. Deseja que seus recursos próprios
sejam remunerados a taxa de 8% ao ano.
Diversos projetos foram apresentados conforme os fluxos de caixa adiante informados:
$ milhões
Projetos Investimento Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
A (5.000) 580 1.600 2.000 3.000
B (10.000) 3.000 4.000 6.000
C (10.000) 4.000 4.000 4.000 4.000
D (12.000) 5.000 5.000 5.000
E (8.000) 6.000 6.000
F (5.000) 1.000 4.500
G (6.000) 2.000 2.000 3.000 3.000
CUSTO DO CAPITAL
Resumo:
Custo do Capital da Empresa: reflete a atual estrutura de capital da empresa e a
rentabilidade dos ativos atuais da empresa.
Exercícios:
$
Data 0 Data 1 Data 3 Data 4
(9.000.000) 5.600.000 3.000.000 2.200.000 3.400.000
Exercícios Diversos
PAYBACK SIMPLES
2 – Verificar qual dos dois projetos deverá ser aceito se o período de payback máximo
desejado for de 3 anos e meio.
Projeto A
$
ANO 0 1 2 3 4
F. Caixa (100.000) 30.000 50.000 30.000 70.000
Projeto B
$
0 1 2 3 4
F. Caixa (100.000) 80.000 50.000 40.000 30.000
PAYBACK DESCONTADO
Fluxo A
$
0 1 2 3 4
(98.000) 20.000 37.000 65.000 70.000
Fluxo B
$
0 1 2 3 4
(98.000) 11.000 43.025 56.000 90.000
VALOR PRESENTE – VP
2 – Quanto deverá ser investido na data 0 para uma aplicação que paga mensalmente
valores conforme o fluxo de caixa abaixo se o investidor desejar ganhar uma taxa de
1,5% ao mês.
$
Investimento Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4
5.000 5.500 6.000 7.000
Fluxo A
$ mil
0 1 2 3 4 5
(1.000) 300 350 400 400 455
Fluxo B
$ mil
0 1 2 3 4 5
(1.000) 200 250 300 649 715
2 – Qual dos dois projetos, cujos fluxos de caixa estão adiante informados, deverá ser
aceito se a taxa desejada para remuneração dos recursos próprios aplicados for de 25 %
ao ano? .
Fluxo A
$ mil
0 1 2 3 4 5
(12.000) 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000
Fluxo B
$ mil
0 1 2 3 4 5
(12.000) 7.000 6.000 5.000 4.000 3.000
1 – Através da metodologia da Taxa Interna de Retorno – TIR verificar qual dos dois
projetos deverá ser aceito se a taxa de remuneração desejada para os recursos próprios
for de 25 % ao ano.
Fluxo A
$ mil
0 1 2 3 4 5
(49.000) 10.000 15.000 20.000 25.000 35.000
Fluxo B
$ mil
0 1 2 3 4 5
(49.000) 25.000 20.000 15.000 10.000 14.671
2 – Através da metodologia da Taxa Interna de Retorno – TIR verificar qual dos dois
projetos deverá ser aceito se a taxa de remuneração desejada para os recursos próprios
for de 20 % ao ano.
Fluxo A
$ mil
0 1 2 3 4 5
(90.000) 5.000 10.000 55.000 60.000 70.000
Fluxo B
$ mil
0 1 2 3 4 5
(49.000) 70.000 40.000 3.000 5.000 5.000
ÍNDICE DE LUCRATIVIDADE – IL
Fluxo A
$ mil
0 1 2 3 4 5
(4.000) 500 1.500 2.000 2.500 3.000
Fluxo B
$ mil
0 1 2 3 4 5
(4.000) 2.000 2.000 1.000 1.500 2.000
TAXA DE RENTABILIDADE – TR
Fluxo A
$ mil
0 1 2 3 4 5
(5.000) 2.000 2.500 1.000 2.500 3.000
Fluxo B
$ mil
0 1 2 3 4 5
(5.000) 1.000 2.000 2.500 3.000 3.500
PROJETOS DEPENDENTES
Fluxo A
$ milhões
0 1 2 TIR VPL IL
(790) 670 700
Fluxo B
$ milhões
0 1 2 TIR VPL IL
(395) 395 350
Fluxo C
$ milhões
0 1 2 TIR VPL IL
(395) 350 300
2 - Uma empresa tem $40.000 milhões para investir. Deseja que seus recursos próprios
sejam remunerados a taxa de 15% ao ano.
Diversos projetos foram apresentados conforme os fluxos de caixa adiante informados:
$ mil
Projetos Investimento Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
A (1.000) 300 400 500 600
B (6.000) 2.000 3.500 4.000
C (10.000) 6.500 7.500
D (3.000) 3.700
E (6.000) 1.800 2.500 3.500 4.000
1 – Um projeto no valor de $ 3.000 milhões vai ser executado com $ 1.800 milhões de
capital próprio e $ 1.200 milhões de um empréstimo de longo prazo. O custo do capital
próprio foi estabelecido em 19,5 % ao ano e o custo do financiamento em 25 % ao ano.
O Imposto de Renda é de 15 %. Calcular o Custo Médio Ponderado do Capital.
2 – Uma empresa pretende financiar seu projeto de expansão com 30% de recursos
provenientes de um empréstimo bancário, cujo custo é de 25% ao ano. O capital próprio
tem um custo de 20% ao ano. O Imposto de Renda é de 15%. Calcular o Custo Médio
Ponderado de Capital.
MBA em Projetos
Análise de Viabilidade
em Projetos
Agenda
Introdução
Matemática Financeira??!!
Elaboração de um Projeto.
Agenda
Projetos Independentes.
Projetos Dependentes.
Custo do Capital.
Viabilidade de Projetos
Estudo que objetiva diagnosticar as condições de
existência e sustentação de empreendimento
temporário para possibilitar prognósticos sobre
seu desempenho futuro
PROJETO
ÁREAS DE CONHECIMENTO
Áreas de Conhecimento:
Recursos
Custo Humanos Escopo
Integração
Áreas de Conhecimento:
“O problema”
Empresa
Cliente
Obrigatoriedade Legal
Necessidade de Negócio
Pedido de um Cliente
Cliente
Demanda de Mercado
Avanço Tecnológico
Necessidade Social
Planejamento Estratégico
Roteiro
I – Identificação do Proponente
II – Objetivo do Projeto
III – Estudo de Mercado
IV – Investimentos Previstos
V – Tecnologia e Processo Produtivo
VI – Impacto Ambiental
VII – Previsão de Faturamento
VIII – Projeção dos Custos e Despesas
IX – Projeção dos Resultados
X – Fontes de Financiamentos dos Investimentos
XI – Cronograma de Usos e Fontes
XII – Garantias Reais
Elaboracao de Projetos
(1)
(2)
Ele é medido pelo tempo decorrido entre a data inicial do fluxo de caixa
(ponto zero) e a data futura mais próxima até a qual o valor do
investimento inicial é coberto pela soma dos valores presentes das
parcelas positivas do fluxo de caixa.
Valor Presente – VP
Consiste na técnica de trazer valores futuros para a data presente (data
0) mediante a utilização de uma taxa de desconto.
Fórmula: VP = FV / (1 + i )n
Donde: VP = 90.000,00 / (1,02)3 = $84.809, 01
Custo de capital < TIR, projeto deve ser aceito (VPL > 0)
Custo de capital = TIR, indiferente aceitar ou não (VPL = 0)
Custo de capital > TIR, projeto deve ser rejeitado (VPL < 0)
Índice de Lucratividade – IL
Taxa de Rentabilidade - TR
FÓRMULA:
TR = ((Valor Presente -VP) / (Desembolsos de Capital)) – 1) x 100
ou,
TR = (Valor Presente Líquido / Desembolsos de Capital) x 100
CONCLUSÃO:
1 – O VPL do projeto de maior escala, edifício, é maior do que o da
residência.
2 – O VPL incremental é positivo e, nesse caso, devemos escolher o
projeto de maior escala.
1ª Solução:
Calcula-se o VPL dos projetos A e B encontrando-se respectivamente $
97,37 e $ 53,71. Anualizando (PMT) dos dois VPLs encontrados, temos:
$ 39,15 para o projeto A e $ 30,95 para o projeto B.
2ª solução:
Uma outra solução é a de expandir, igualar, o projeto B para o mesmo
período do projeto de maior duração, A.
Projeto A
Projeto B:
Projetos Independentes
São aqueles cuja aceitação não depende da dos outros projetos. Uma
alternativa de investimento de capital, quando tratada individualmente, é
considerada como economicamente atraente ao apresentar um VPL
positivo, ou uma TIR superior (no mínimo, igual) à taxa mínima de
retorno requerida ou um IL maior (ou igual) a 1.
Projetos Dependentes
Custo do Capital
Custo do Capital
Custo do Capital