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EMPREENDEDOR:
MUNICÍPIO DE IVOTI
RUA VALE DAS PALMEIRAS – COLÔNIA JAPONESA
IVOTI – RS
POÇO 1
Responsabilidade Técnica:
NEO GEO CONSULTORIA E PROJETOS AMBIENTAIS EIRELI – ME
Responsável Técnico:
FERNANDO PEREIRA
Geólogo CREA/RS 122.896-D
ÍNDICE
ANEXO I
Projeto geológico e construtivo do poço tubular
ANEXO II
Memorial descritivo do projeto de perfuração do poço tubular
1. INTRODUÇÃO E OBJETIVO
*Datum SIRGAS 2000 **Cota obtida com o uso de GPS barométrico etrex 30.
Foi plotado em carta do exército escala 1:50.000, folha SH.22-V-D-VI-2 (MI-2970/2) de Novo
Hamburgo–RS (Figura 4).
O acesso ao local de estudo, a partir de Porto Alegre, é realizado pela Rodovia BR 116 no
sentido norte. Ao chegar ao acesso principal à Colônia Japonesa, em Ivoti, tomar a Rua Natal e
seguir pela mesma, fazendo uma curva acentuada a direita cerca de 150 metros adiante, e depois
tomando o rumo norte, ainda na mesma via, por quase 1 km. Entrar a esquerda, na Rua Vale das
Palmeiras, e seguir por essa via por pouco mais de 1 km até a rede de alta tensão, onde a via
projetada (Rua Albino Henrique Fritsch) para qual faz frente a área que abrigará a futura captação.
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ANUÊNCIA DE POÇO TUBULAR 4 MUNICÍPIO DE IVOTI
Figura 1: Mapa rodoviário com os principais acessos ao Município de Ivoti (pontilhado laranja)
com a posição aproximada da Colônia Japonesa, demarcada pelo ponto vermelho.
3. MÉTODOS
- Localização no entorno do local de outros poços, cursos de água, fontes de poluição, etc,
bem como da captação em detalhe da carta geográfica do exército, escala 1:50.000;
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ANUÊNCIA DE POÇO TUBULAR 5 MUNICÍPIO DE IVOTI
Figura 2: Mapa territorial de Ivoti, com a área urbana, localidades e a posição do futuro poço
(ponto em vermelho), dentro da área do Município. Fonte da imagem: www.ibge.gov.br.
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ANUÊNCIA DE POÇO TUBULAR 6 MUNICÍPIO DE IVOTI
Rua Sakura
Colônia Japonesa
Matrícula 5.996
(1.790,77 m2)
Arroio Capim
4.1.1. Clima
O Rio Grande do Sul encontra-se situado entre as latitudes 27º e 33º44’ S e 50º e 57º35’ W,
portanto fora da faixa intertropical. Sua posição geográfica coloca o estado na área de
deslocamento das massas de ar Polar e Tropical, o que produz uma série de perturbações, que se
traduz em precipitações pluviométricas seguidas de abaixamento da temperatura.
A região da encosta da serra do nordeste do Rio Grande do Sul, onde se situa o Município
de Ivoti, apresenta temperatura média anual da ordem de 18ºC. A umidade do ar apresenta
valores em torno da média atual de 80 % com variações mensais médias entre 75% e 85%
correspondentes aos meses de janeiro e julho. A precipitação média é típica das porções centrais
do Estado, situando-se na faixa entre 1.600 e 1.800 mm anuais. A altitude é o agente diferencial
que favorece a maior quantidade de chuvas. Enquanto as chuvas de inverno são prolongadas e
finas, as de verão são em forma de aguaceiros. Segundo José A. Moreno, as precipitações no Rio
Grande do Sul ocorrem durante o verão pela sua posição de costa (ventos alísios e úmidos) e, no
inverno, as chuvas são originadas pelo deslocamento dos anti-ciclones (Massa Polar Atlântica e
Pacífica).
A evapotranspiração real da região de Ivoti está situada entre 700 e 800 mm/ano, fazendo
com que a região central do estado sofra pouco com um eventual déficit hídrico. Segundo o
sistema Köppen, o tipo fundamental de clima da região de Ivoti é o Cf. A variedade específica de
clima é a Cfakn, isto é, clima sub-tropical úmido com invernos frios e nevoeiros freqüentes. A sigla
Cfakn significa:
f: sem estação seca – a precipitação média do mês mais frio é de uma a três vezes superior
a do mês mais quente;
a: média do mês mais quente superior a 22ºC – verões quentes e mais de 4 meses com
temperatura superior a 10ºC;
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ANUÊNCIA DE POÇO TUBULAR 9 MUNICÍPIO DE IVOTI
A ocorrência de climas do tipo Cfa está associada com todo o Estado, exceção feita ao
Planalto do nordeste, Região do Escudo Sul-Riograndense e parte do litoral.
A insolação é avaliada pelo número de horas em que os raios solares atingem a superfície
da terra. A nebulosidade no Rio Grande do Sul diminui em 43% a 50% as horas de insolação. A
insolação anual corresponde a 2303 horas, com um valor mínimo de 143 horas em junho e 254
horas em dezembro.
4.1.2. Geologia
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ANUÊNCIA DE POÇO TUBULAR 10 MUNICÍPIO DE IVOTI
500
480
6720
6700
Figura 5: Detalhe do Mapa Geológico Integrado (CPRM 2006) para a RMPA (Região
Metropolitana de Porto Alegre). O ponto vermelho representa o local aproximado da futura
captação em Ivoti (território traçado em laranja). Retirado e modificado de www.cprm.gov.br.
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ANUÊNCIA DE POÇO TUBULAR 11 MUNICÍPIO DE IVOTI
Terciário / Quaternário
Formados basicamente por Depósitos de Leques Aluviais (TQ), constituídos por depósitos
continentais de encosta e leques aluviais constituídos por arenitos arcoseanos, conglomerados e
arenitos conglomeráticos, imaturos, fracamente consolidados, areias e argilas, com cores que
variam entre vermelho, amarelo e cinza.
Mesozóico / Jurássico-Cretáceo
Constituído por parte do Grupo São Bento, através dos derrames da Formação Serra Geral
(Ksg). A Formação Serra Geral é constituída basicamente por rochas vulcânicas básicas a
intermediárias, cinza a cinza escuras, finas a afaníticas, freqüentemente com textura amigdalóide.
Constituem derrames principalmente de basalto e diques de diabásio relacionados ao
magmatismo toleítico da Bacia do Paraná.
Triássico - Jurássiico
Neste período o Grupo São Bento é representado pela Formação Botucatu (JKb). Esta é
constituída por arenitos finos a grosseiros, róseo-avermelhados com bimodalidade granulométrica
de gradação normal (“grain fall”), lentes subordinadas com gradação inversa (“grain flow”),
estratificações cruzadas acanaladas de grande porte, características de grandes campos de
dunas. Inclui arenitos intertrapianos na fácies eólica, bem como arenitos finos a médios, róseos,
argilosos, laminados, com freqüentes intercalações de drapes de argila e estratificações plano-
paralela ou tabular tangencial na base, relacionados à fácies de interdunas.
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ANUÊNCIA DE POÇO TUBULAR 12 MUNICÍPIO DE IVOTI
4.1.3. Geomorfologia
É uma das áreas do Estado com afloramento dos derrames de rochas efusivas da
Formação Serra Geral e ocorrência comum de morros testemunho dos arenitos da base. Com
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ANUÊNCIA DE POÇO TUBULAR 13 MUNICÍPIO DE IVOTI
A vegetação costuma ser densa nas áreas altas, porém limitada ao grau de declividade do
terreno, desenvolvendo-se pouco nos paredões íngremes característicos da Formação Serra
Geral. Junto aos vales dos rios e arroios mais caudalosos, a vegetação igualmente é abundante,
apesar do caráter pedregoso do solo nestas planícies. Os solos possuem profundidade variável,
desde vários metros até poucos milímetros de espessura. São comuns os locais onde as rochas
são aflorantes em superfície.
Figura 6: Províncias Geomorfológicas do Rio Grande do Sul, conforme Hausman (1995). O ponto
em vermelho localiza, de forma aproximada, o Município de Ivoti.
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ANUÊNCIA DE POÇO TUBULAR 14 MUNICÍPIO DE IVOTI
O mais significativo recurso hídrico que drena o Município de Ivoti é o Arroio Feitoria, o qual
cruza a porção centro-norte do território de Ivoti (Figura 2). O Arroio Feitoria tem seu curso com
sentido preferencial de leste para oeste (bastante condicionado estruturalmente) até encontrar o
Rio Cadeia pouco depois da parte central do Município de Lindolfo Collor. O Rio Cadeia segue
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ANUÊNCIA DE POÇO TUBULAR 15 MUNICÍPIO DE IVOTI
então no rumo sudoeste até encontrar o Rio Caí, nas proximidades da área urbana de São
Sebastião do Caí. Entretanto, na porção sudeste do território de Ivoti, o controle estrutural e os
divisores de águas direcionam os mananciais para as sub bacias do Arroio Estância Velha ou
Preto. O Arroio Estância Velha cruza a zona urbana de Estância Velha onde encontra o Arroio
Portão, que por sua vez segue no rumo sul por pouco mais de 20 km até encontrar o Rio dos
Sinos, nas proximidades da zona urbana de São Leopoldo. Já o Arroio Preto também segue no
rumo preferencial sul, passando por boa parte da zona urbana central de Novo Hamburgo, até
encontrar, pouco mais de 15 km de sua nascente, o Rio dos Sinos, nas proximidades do limite
municipal entre Novo Hamburgo e São Leopoldo.
Além de sua função natural, a água dos principais cursos hídricos da região é utilizada como
fonte de abastecimento, de irrigação e via de transporte. A área em estudo, no contexto de Bacias
Hidrográficas, está inserida na Bacia Hidrográfica do Sinos e faz parte da Região Hidrográfica do
Guaíba. Entretanto, devido a proximidade do divisor de águas, a Bacia do Rio Caí também será
descrita.
A Bacia do Rio dos Sinos (Figura 7), com uma área de aproximadamente 4.328 Km², está
situada na Encosta Inferior da região Nordeste do Estado. Seu rio principal, o Sinos, possui 180
km de extensão e suas nascentes estão localizadas no Município de Caraá, numa altitude de 900
m acima do nível do mar. Os principais afluentes da margem direira são os Rios Rolante, da Ilha e
Paranhana e os arroios Pedra Branca, Sertão, Tucanos, Funil, Água Branca, Grande, Sapiranga,
Campo Bom, Schmidt, São José, Preto, Portão, Boa Vista, da Estância e Caju. Na margem
esquerda os afluentes principais são os arroios da Boco, Caraá, do Carvalho, Guarda, Pé de
Galinha, Morro Negro, Guari, Peão, Palmeira, Joaquim e Sapucaia.
A Bacia do Rio Caí (Figura 8), com uma área de aproximadamente 5.027 Km², está situada
na Encosta Superior e Encosta Inferior do Nordeste do estado. O Rio Caí possui 264 km de
extensão e suas nascentes estão localizadas em São Francisco de Paula, cerca de 800 m acima
do nível do mar.
Os principais afluentes da margem direira são os arroios Lava-Pés, Juá, Macaco, Piaí, Belo,
do Ouro, Pinhal, Forromeco, Salvador, Maratá, Pimenta e Paulista. Na margem esquerda os
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ANUÊNCIA DE POÇO TUBULAR 16 MUNICÍPIO DE IVOTI
A Bacia do Rio Caí (Figura 8), com uma área de aproximadamente 5.027 Km², está situada
na Encosta Superior e Encosta Inferior do Nordeste do estado. O Rio Caí possui 264 km de
extensão e suas nascentes estão localizadas em São Francisco de Paula, cerca de 800 m acima
do nível do mar.
Figura 7: Mapa de regiões e bacias hidrográficas do Rio Grande do Sul. A sub bacia do Arroio
Preto (retângulo vermelho) pertence a Bacia do Rio dos Sinos (G020). Fonte: www.sema.rs.gov.br.
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ANUÊNCIA DE POÇO TUBULAR 17 MUNICÍPIO DE IVOTI
Figura 8: Mapa de regiões e bacias hidrográficas do Rio Grande do Sul. A sub bacia do Arroio
Feitoria (retângulo vermelho) pertence a Bacia do Rio Caí (G030). Fonte: www.sema.rs.gov.br.
Os principais afluentes da margem direira são os arroios Lava-Pés, Juá, Macaco, Piaí, Belo,
do Ouro, Pinhal, Forromeco, Salvador, Maratá, Pimenta e Paulista. Na margem esquerda os
afluentes principais são os arroios Forqueta, Caracol, Mineiro e o Rio Cadeia.
afluentes exercem uma importante influência na vazão do Rio Caí, em função das elevadas
precipitações que normalmente ocorrem em suas cabeceiras associadas com o relevo íngreme
que confere grande energia as correntes de água. Os afluentes da margem esquerda possuem
declividades mais reduzidas, sendo que a jusante de Feliz o Rio Caí adquire meandros,
característica típica de rios de baixa energia.
Curso superior: das nascentes até a Foz do Rio Piaí, trata-se do trecho com maior
declividade (entre 0,15% e 3,5%) na região nordeste da bacia, caracterizada pelo planalto e
encosta do planalto. O leito do Rio Caí é nesta altura reduzido a uma calha estreita, com margens
íngremes. Os afluentes têm suas nascentes em cotas que podem ultrapassar os 800 metros,
sendo normal a formação de cascatas;
Curso médio: da foz do Rio Piaí até São Sebastião do Caí. Essa é a zona central e nordeste
da bacia, havendo alternância de trechos com corredeiras e trechos com escoamento lento;
Curso inferior: de São Sebastião do Caí até a foz. Essa é a parte mais plana do rio e da
bacia, onde o rio apresenta maior vazão mas, como percorre área plana, adquire menor
velocidade, podendo haver refluxo principalmente em épocas de estiagem.
específica deste sistema aqüífero é baixa, com valores que raramente ultrapassam 0,5 m 3/h/m. As
salinidades geralmente são inferiores a 250 mg/l.
Aqüíferos com média a baixa possibilidade para águas subterrâneas em rochas com
porosidade por fraturas
O Sistema Aqüífero Serra Geral II ocupa a parte oeste do Estado, os limites das
rochas vulcânicas com o Rio Uruguai e as rochas gonduânicas além da extensa área nordeste do
planalto associada com os derrames da Unidade Hidroestratigráfica Serra Geral. As rochas
constituintes deste sistema são basicamente riolitos, riodacitos e em menor proporção, basaltos
fraturados. A capacidade específica deste sistema aqüífero é normalmente inferior a 0,5 m3/h/m.
Porém, onde ocorre maior incidência de fraturas ou arenitos na base do sistema os valores podem
ser superiores a 2,0 m3/h/m. Os valores de salinidade são geralmente inferiores a 250 mg/l,
considerados baixos. Em áreas influenciadas por descargas ascendentes do Sistema Aqüífero
Guarani podem ser encontrados valores maiores de pH, salinidade e teores de sódio.
0 10 20 40 km
Uma abordagem com maior nível de detalhe foi publicada pela CPRM em abril de 2006 na
RMPA (Região Metropolitana de Porto Alegre). Além da geologia e recursos minerais desta região
do Estado do Rio Grande do Sul, também foi abordada a questão hidrogeológica. A partir deste
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ANUÊNCIA DE POÇO TUBULAR 20 MUNICÍPIO DE IVOTI
mapa (Figura 10) e em conjunto com observações de campo é que foi feita a definição do aqüífero
explorado pela perfuração em estudo.
Assim, os Sistemas Aqüíferos que predominam em Ivoti são 3 (três), colocados em solos e
rochas com idade desde o Quaternário até o Mesozóico:
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ANUÊNCIA DE POÇO TUBULAR 21 MUNICÍPIO DE IVOTI
500
480
6720
6700
Figura 10: Detalhe do Mapa dos Sistemas Aqüíferos para a RMPA (CPRM 2006). O ponto
amarelo apresenta o local aproximado da futura captação e os pontos vermelhos são os poços
cadastrados na CPRM. Modificado de www.cprm.gov.br.
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ANUÊNCIA DE POÇO TUBULAR 22 MUNICÍPIO DE IVOTI
O aqüífero local faz parte, provavelmente, do sistema sg2 de Machado (2005) ver
Capítulo 6 – Hidrogeologia Regional. E, segundo o mapa hidrogeológico da RMPA (Região
Metropolitana de Porto Alegre) o sistema aqüífero a ser explorado é o g4 (Figura 7). Corroborando
esta informação, segundo informações do cadastro Siagas/CPRM e dados da RS Perfuração de
Poços Artesianos Ltda. ME (empresa que atua há vários anos na região) a captação de água é
realizada normalmente no arenito, o qual pode estar confinado localmente por algumas dezenas a
centenas de metros de derrames (vide perfil geológico e construtivo anexo).
5. DISPONIBILIDADE HÍDRICA
A CPRM (Siagas) tem diversos poços cadastrados no Município (Figura 11). A vazão dos
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ANUÊNCIA DE POÇO TUBULAR 23 MUNICÍPIO DE IVOTI
poços varia desde 1,42 m3/h até mais de 50 m3/h, com média próxima de 15 m3/h. A grande
maioria faz captação no Aqüífero Botucatu/Pirambóia, mas também pode haver captação
simultânea com o Sistema Aqüífero Serra Geral, o que é explicado pela conformação geológica da
região de Ivoti. O mapa dos Sistemas Aqüíferos (RMPA, Figura 10) mostra alguns destes poços
estudados pela CPRM no Município, cuja média de profundidade de perfuração é de 178,60
metros. É bastante provável que ainda existam outros poços nas redondezas desta captação,
(além dos marcados nas Figuras 3, 4, 10 e 11), porém nem sempre há acesso aos mesmos ou
disponibilidade de informações.
Cabe ressaltar que a área de Ivoti onde se localizará a futura perfuração não dispõe de
rede de abastecimento de água potável pública (Autarquia Água de Ivoti) e, por esse motivo,
a finalidade principal de uso da água no local é o abastecimento humano dos sócios,
administradores, funcionários e colaboradores das empresas que vierem a se instalar no
loteamento industrial, em um volume total (inicial) estimado de 100,000 m3/dia.
Colônia Japonesa
Figura 11: Poços cadastrados pela CPRM na região de Ivoti (Fonte: siagas.cprm.gov.br). O ponto
vermelho marca, de forma aproximada, o poço a ser perfurado.
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ANUÊNCIA DE POÇO TUBULAR 24 MUNICÍPIO DE IVOTI
Tabela 1: Campos (2000) menciona os seguintes dados gerais acerca dos aqüíferos que
predominam no Município de Ivoti:
Teor salino inferior a 300 mg/l, pH 5,4 a 9,3; Teor salino inferior a 250 mg/l, pH 5,4 a 9,9;
____________________________
Fernando Pereira
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ANUÊNCIA DE POÇO TUBULAR 25 MUNICÍPIO DE IVOTI
Matrícula nº 5.996
Figura 12: Vista em perspectiva do local destinado à perfuração do poço (ponto vermelho).
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ANUÊNCIA DE POÇO TUBULAR 26 MUNICÍPIO DE IVOTI
BIBLIOGRAFIA:
ABNT. 2006. NBR 12212 Projeto de poço para captação de água subterrânea. Rio de Janeiro,
Editora da ABNT, 5 p.
ABNT. 2006. NBR 12244 Construção de poço para captação de água subterrânea. Rio de Janeiro,
Editora da ABNT, 6 p.
ftp://geoftp.ibge.gov.br/mapas_estatisticos/censo_2007/mapa_municipal_estatistico/rs/ivoti.pdf
Hausman, A. 1995. Províncias hidrogeológicas do Estado do Rio Grande do Sul – RS. Acta
Geologica Leopoldensia. Série Mapas. nº 2. p. 1-127.
http://siagas.cprm.gov.br
www.cprm.gov.br. 2006. Mapa dos Sistemas Aqüíferos, Escala 1:250.000. Projeto Plano Diretor
de Mineração da Região Metropolitana de Porto Alegre. Ministério de Minas e Energia,
CPRM. Brasília.
www.cprm.gov.br. 2006. Mapa Geológico Integrado, Escala 1:250.000. Projeto Plano Diretor de
Mineração da Região Metropolitana de Porto Alegre. Ministério de Minas e Energia, CPRM.
Brasília.
www.ivoti.rs.gov.br
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ANUÊNCIA DE POÇO TUBULAR 27 MUNICÍPIO DE IVOTI
ANEXOS
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ANUÊNCIA DE POÇO TUBULAR ANEXO
28 MUNICÍPIO DE IVOTI
UTM (m E) 0.486.849 UTM (m N) 6.725.900 Cota (m) 162.00 Cota da boca (m)
Coordenadas geográficas S Coordenadas geográficas W Equipamento de bombeamento: Rede elétrica: trifásica
29º35’47.9” 51º08’08.9” A definir*** Cabo elétrico: a definir***
*Perfil baseado na geologia regional e observações no local. ** Vazão pretendida (total de 100 m3/dia). ***Será definido após o teste de produção no poço.
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ANUÊNCIA DE POÇO TUBULAR ANEXO
29 II MUNICÍPIO DE IVOTI
MEMORIAL DESCRITIVO
1. Informações gerais
1.1. Poço 1
Localização do poço (Lat/Long): 29º35'47.9" S e 51º08'08.9" O;
Localização do poço (UTM): 0.486.849 m E e 6.725.900 m N;
Cota do poço: 162 m;
Vazão pretendida: 10,000 m3/h;
Bombeamento diário: 10 horas;
Vazão diária estimada: 100,000 m3/dia;
Finalidade de uso da água: abastecimento humano e de acordo com a tipologia
industrial dos empreendimentos que vierem a se instalar nos lotes disponíveis no
Loteamento Industrial Kaihatsu, na Colônia Japonesa, Município de Ivoti;
Aqüífero a ser explorado: Aqüífero Serra Geral (fraturado); e/ou Botucatu/Pirambóia
(granular/fraturado);
Modo de exploração do aqüífero: perfuração de poço tubular;
Bacia hidrográfica: G40-Taquari-Antas (Região Hidrográfica do Guaíba);
Vulnerabilidade do aqüífero: de insignificante a baixa;
Número de poços necessários: 1.
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ANUÊNCIA DE POÇO TUBULAR ANEXO
30 II MUNICÍPIO DE IVOTI
Acesso: o local deverá dispor de acesso trafegável para pelo menos 2 caminhões e
terreno com terraplenagem em espaço suficiente para a instalação do equipamento
de perfuração;
Preparação do canteiro de obras: instalação da perfuratriz em bases previamente
colocadas no solo. Instalação de equipamentos auxiliares (gerador, etc.), disposição
dos materiais e instalações diversas;
Instalações para funcionários da empresa perfuradora: junto ao local da obra deverá
existir local para instalação de trailer com dormitório para os funcionários e água
potável com instalações sanitárias por conta do contratante dos serviços;
Reservatório de água: deverá existir nas proximidades alguma fonte de água (arroio,
açude, cacimba, etc.) para o correto funcionamento do equipamento de perfuração.
3. Configuração do projeto
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ANUÊNCIA DE POÇO TUBULAR ANEXO
31 II MUNICÍPIO DE IVOTI
Teste preliminar: Se a vazão obtida na perfuração indicar valores acima de 20m 3/h, o
teste preliminar deve ser conduzido por um período de 8 (oito) horas, levando-se o
nível dinâmico (ND) até 1 (um) m acima da entrada de água principal ou da última
entrada de água caso exista dúvida quanto às importâncias relativas de cada uma. A
partir deste teste é que será escolhido o correto equipamento de bombeamento a ser
utilizado no teste definitivo e a vazão máxima estimada para esta próxima etapa;
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ANUÊNCIA DE POÇO TUBULAR ANEXO
32 II MUNICÍPIO DE IVOTI
Tubos de nível: a instalação dos mesmos será executada após o teste preliminar,
para permitir durante o teste definitivo (e posteriormente durante a utilização do
poço) que sejam medidos os níveis estático e dinâmico da água dentro do furo;
Teste definitivo: Será realizado por um período mínimo de 24 (vinte e quatro) horas,
iniciado quando verificada a estabilidade do nível da água (=NE) e de modo
escalonado quando precedido por teste preliminar. Caso não tenha ocorrido a
realização de teste preliminar, o teste definitivo deve ser conduzido com vazão
constante, admitindo-se um máximo de 10% (dez por cento) de variação ao longo do
teste. As medidas de vazão deverão ser efetuadas em correspondência com as do
nível da água. A recuperação mínima medida deve ser de 90% (noventa por cento);
Hidrômetro: será instalado após a realização do teste definitivo para monitoramento
do volume explotado da captação. Sua capacidade nominal deve permitir passagem
de volume de água superior aquela explotada pela bomba submersa instalada em
definitivo no poço;
Análise: na fase final do teste de bombeamento será coletada uma amostra de água
para realização de análise físico-química e bacteriológica em laboratório
devidamente credenciado para tal;
Relatório final: todos os documentos pertinentes a obra de perfuração do poço, bem
como dos testes realizados, Perfil Geológico, Perfil Construtivo, Memória de Cálculo,
Laudo Analítico da qualidade da água (físico-química e bacteriológica) e Caixa de
Amostras deverão ser entregues para que a obra seja aceita.
______________________________
Fernando Pereira
Geólogo CREA/RS 122.896-D
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