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Estrutura de Projetos
● Em um projeto, desde a escolha do problema a ser tratado até a interpretação conclusiva, os
meios não podem prevalecer sobre os fins nem os fins devem prevalecer sobre os meios.
Dessa forma, os procedimentos devem estar equilibrados em relação aos objetivos a que se
destinam e os fins a serem alcançados não devem se sobrepor aos procedimentos usualmente
aceitos. O equilíbrio aqui tratado é que garante o valor do saber resultante do percurso
traçado pelo projeto.
Objetividade x Subjetividade
● A expressão “modo decisivo” tem sentido na medida em que é quase impossível fazer com
que a força de uma tradição, a intensidade dos valores predominantes no ambiente ou os
chamados “paradigmas” não interfiram na condução dos projetos.
● Normalmente, os critérios relacionados à objetividade dos projetos exigem responsabilidade
dos seus condutores, no que concerne aos procedimentos a serem adotados, e se
circunscrevem ao campo da chamada “metodologia científica” ou ao campo da
“epistemologia da ciência”. Nesses campos, na maioria das vezes, e, em função da
generalização do emprego dos projetos no mundo das relações institucionais vigentes na
contemporaneidade, aparecem os modelos e formulários relativos ao preenchimento de
requisitos previstos em determinados programas.
● Quando os preenchedores de formulários
assumem a frente na execução de projetos, estes
correm o risco de serem conduzidos por pessoas
que tendem a não se responsabilizar pelos
procedimentos considerados adequados e próprios
de determinado tipo de projeto.
● Dessa forma, um projeto carregado de subjetividade
pode até oferecer clareza e definir autonomia dos
formuladores quanto a um tema, mas quando os
formuladores não conseguem oferecer argumentos
que transcendam a sua própria esfera de compreensão, eles falham no aspecto da
heteronomia do projeto.
● Em outras palavras, a subjetividade compromete a objetivação do projeto porque o valor
do conhecimento fica prejudicado.
Project
Management Institute (PMI)
● Conforme o site do instituto, o PMI foi fundado em 1969 por
cinco indivíduos com visão de futuro e compreensão sobre o
valor da rede de relacionamentos, do compartilhamento de
informações sobre processos e da discussão de problemas
comuns dos projetos. Após a primeira reunião oficial em
outubro daquele ano, no Instituto de Tecnologia da Geórgia,
em Atlanta, Georgia – EUA, a associação foi incorporada ao
Newton Square, na Pensilvânia – EUA (PMI, 2021). Desde então, o instituto tem crescido,
tornando-se referência global na atividade profissional de gerenciamento de projetos.
Congrega mais de 240.000 membros em mais de 160 países. Com mais 200.000 profissionais
certificados no mundo, o PMP (PMI’s Project Management Professional) é uma das
certificações mais reconhecidas no mundo dos negócios.
Iniciação
● Os estudos para a criação de um projeto são realizados pela identificação de vários fatores,
tais como: uma necessidade de mercado, uma exigência legal, uma solicitação específica
de um cliente, uma necessidade de alteração de estrutura administrativa, entre outros.
● A análise de empresas especializadas e a utilização de informações históricas geraram o
Project Charter, documento emitido pela alta administração da empresa, que formaliza a
criação do projeto e atribui ao seu gerente a autoridade para sua execução, mediante a
mobilização de recursos provindos das organizações envolvidas. Também são identificadas e
formalizadas as premissas e restrições inerentes ao projeto.
Planejamento do Escopo
● É constituído por meio de uma adequada análise de custos/benefícios, pela identificação
de alternativas que possam ampliar as opções de solução e pela avaliação de especialistas.
Mediante o planejamento, observamos a execução das seguintes etapas do processo:
1) A declaração do escopo, documento que justifica o projeto a partir da identificação das
necessidades que lhe deram origem, ou seja, ela compreende o planejamento preliminar do
projeto.
2) A descrição do produto e dos subprodutos.
3) Os componentes do produto a serem entregues, principalmente os itens
complementares, tais como manuais, relatórios, instruções de operação, modelos e
formulários, bem como a indicação do seu encerramento.
4) Dados quantificados que indicam o sucesso do projeto, assim como seus indicadores
conforme sistema de métrica adotado.
Detalhamento do Escopo
● Este processo fornece a Estrutura Analítica do Projeto (EAP), na qual temos pacotes de
produto a serem entregues, mensurados em custo, tempo e recursos.
● Esses pacotes permitem um melhor gerenciamento e a definição da linha de base para
futuras comparações nos estudos de performance dos trabalhos desenvolvidos. Os
responsáveis pelas atividades também são identificados neste processo.
Verificação do Escopo
● A verificação do escopo compreende a formalização da aprovação do escopo por todos os
envolvidos.
Controle do Cronograma
● Cada tarefa realizada deve ser apontada no cronograma a fim de permitir que sejam feitas
análises periódicas sobre os prazos praticados e as atividades realizadas que não estavam
previstas. Dessa forma, identificar as alterações do cronograma e a administração dessas
mudanças compõe o controle do cronograma.
● Sua função é atender a determinadas necessidades ou oportunidades sentidas nos mais
diversos ambientes de circulação de ideias, de realização de ações dotadas de sentido e de
viabilização de possibilidades. Porém podem representar esforços gastos desnecessariamente
ou recursos empenhados em ações destituídas de sentido para aqueles que só fazem
preencher espaços mais ou menos fixos de um formulário.
Planejamento de Recursos
● É o que determina quais recursos serão alocados. É realizado por meio da Estrutura
Analítica do Projeto (EAP), das informações históricas, da declaração do escopo e da
descrição dos recursos físicos necessários para a realização das tarefas.
● Esses recursos podem ser pessoas, máquinas ou materiais.
Estimativa de Custos
● Os custos são originados pela utilização de recursos, sejam eles de qualquer natureza. Com a
Estrutura Analítica de Projeto, a lista de recursos necessários e seus requisitos, a taxa de
custo dos recursos, a estimativa de duração das tarefas e as informações históricas,
realizamos a estimativa de custos do projeto.
● O plano de gestão do custo será o resultado desse processo. Ele formaliza todos os
procedimentos a serem adotados para a efetiva administração dos custos do projeto.
● Devem estar documentados:
1) a forma de gerenciamento dos custos;
2) a administração das alterações nos custos;
3) o plano de contingência para a necessidade de investimento ou capital imprevistos;
4) a periodicidade de revisão do orçamento;
5) a periodicidade de revisão do plano de gerenciamento de custos;
6) os responsáveis pela gestão e controle dos custos.
Planejamento da Qualidade
● As políticas de qualidade, a declaração do escopo, a descrição do produto, os padrões e as
regulamentações adotadas constituem os componentes deste processo. Realizado
concomitantemente com outros processos de planejamento, resulta no plano de
gerenciamento da qualidade.
● Nesse plano, formaliza-se como serão administrados os requerimentos de qualidade do
projeto, bem como as alterações que serão integradas a ele, a periodicidade de revisão dos
aspectos da qualidade, a escolha do orçamento que contemplará as necessidades de
alteração da qualidade, os responsáveis pelo seu gerenciamento e controle, e a
periodicidade de revisão de gerenciamento.
Garantia da Qualidade
● O plano de gerência da qualidade integra os dados obtidos das medições do controle da
qualidade e definições operacionais.
● As auditorias de qualidade identificam eventuais desvios ou acertos e fornecem
informações para tomadas de atitudes corretivas ou preventivas.
Controle da Qualidade
● Por meio das inspeções, dos gráficos de controle, do uso de estatísticas e da análise de
tendências, realizamos o monitoramento dos resultados do projeto. Dessa forma, podemos
identificar se os padrões de qualidade definidos são respeitados.
Planejamento Organizacional
● O objetivo do planejamento organizacional é realizar o plano de gerência do pessoal. Os
componentes usados são as interfaces do projeto, as necessidades de pessoal e as restrições. O
perfil técnico e comportamental dos recursos disponíveis é mapeado e cruzado com o perfil
requerido pelo projeto.
● Mediante os projetos similares de práticas de recursos humanos e de conhecimento da
teoria organizacional, é criada a atribuição de funções.
● Desse modo, é elaborado o plano de gerenciamento dos recursos humanos, assim como o
organograma do projeto. O plano de gerenciamento dos recursos humanos deverá
documentar, basicamente, quando e como serão alocadas e posteriormente dispensadas as
pessoas; qual será a política de premiação (se houver), de incentivo e de avaliação de
performance; como será feito o treinamento e/ou a reciclagem, caso necessário, e quais as
responsabilidades das pessoas atuantes no projeto.
Montagem da Equipe
● O objetivo deste processo é conseguir alocar os profissionais necessários. Para isso,
utilizamos o plano de gerenciamento de projetos, a descrição do quadro de pessoal necessário
e as práticas de recrutamento. Entretanto, pode haver negociações com outros gerentes de
projeto, caso o profissional já esteja alocado, ou caso se faça necessária a contratação de
recursos externos à organização. Assim temos, finalmente, formalizada e documentada a lista
de pessoas que integrarão a equipe de projeto.
Desenvolvimento da Equipe
● Apenas alocar e desenvolver a equipe não basta. Como os projetos são temporários, em
algum tempo esses profissionais poderão estar alocados em outro projeto, ou podem
participar apenas de alguma fase do projeto. Dessa forma, é muito importante que seja
trabalhada a integração entre os participantes da equipe.
● Um sistema de reconhecimento e recompensa é necessário para que a equipe
compreenda quais comportamentos são desejados e por quais critérios as atividades
desenvolvidas pelas pessoas serão analisadas.
Relato de Desempenho
● Análises estatísticas e matemáticas podem ser usadas nos relatórios de desempenho. A
análise de valor agregado é o método mais utilizado na medição do desempenho. Baseia-se
nos apontamentos feitos a partir dos dados relativos a escopo, custo e prazo. Esse método
utiliza três variáveis: o valor orçado, o custo real e o valor agregado (que é o valor do trabalho
realmente completado).
Encerramento Administrativo
● Por meio dos relatórios de performance e da documentação do projeto, será alimentado o
arquivo do projeto, com documentos, informações e dados, para realização da formalização do
encerramento do projeto, com o aceite formal pelas partes envolvidas.
Obtenção de Propostas
● A obtenção de propostas visa à coleta de informações relativas a preços e condições de
fornecimento dos fornecedores qualificados para suprir as necessidades do projeto. Com os
editais e as listas de fornecedores qualificados mediante as reuniões e os anúncios, temos as
cotações ou propostas enviadas pelos possíveis fornecedores para posterior análise.
Seleção de Fornecedores
● Com as propostas dos fornecedores em mãos, utilizam-se os critérios de avaliação, sem
desrespeitar as políticas da organização na qual o projeto está inserido. Para isso,
determinamos os seguintes passos:
1) negociação contratual: esclarecimentos entre as partes e acordo sobre as cláusulas do
contrato a ser formalizado.
2) sistemas de ponderação: utilização de pesos numéricos para cada critério de avaliação e
atribuição de notas a cada fornecedor em cada critério, sendo multiplicado o peso pela nota e
totalizados os produtos para a obtenção do resultado final.
3) sistema de classificação: definição de patamares mínimos de desempenho para um ou
mais critérios de avaliação.
4) estimativas independentes: elaboração de estimativas de preço que o contratante pode
fazer para servir como comparativo em relação aos preços propostos pelos fornecedores.
Administração de Contratos
● Na administração de contratos, deve-se assegurar que os produtos e/ou serviços fornecidos
estejam de acordo com os contratos firmados. Utilizam-se o contrato, os resultados do
trabalho, as requisições de mudanças e as faturas dos fornecedores, administrados por meio
de um sistema de controle de mudança contratual, de relatórios de performance e de
sistemas de pagamento. A administração dos contratos remete-nos aos seguintes resultados:
correspondências, as mudanças contratuais, caso necessário, e as requisições de
pagamento.
Encerramento de Contratos
● No encerramento dos contratos, processo parecido com o encerramento administrativo,
verificamos: a documentação do contrato, a entrega dos produtos e/ou serviços, que devem
ter sido entregues conforme o contratado, o cronograma, as mudanças contratuais
aprovadas, os relatórios de performance, os documentos financeiros que comprovam o
pagamento aos fornecedores e qualquer documentação técnica inerente ao processo.
● Temos, finalmente, o arquivamento de toda a documentação e, como resultado, podemos
ter auditorias de contratação, que analisam de forma estruturada todo o processamento,
desde o planejamento da contratação até sua finalização.
Planejamento
● O planejamento determina as prioridades, por meio de um plano de ação, nas quais
possam ser revistos os pontos de conflito e detalhadas as atividades a serem cumpridas. Neste
estágio, é fundamental que seja alcançada a unificação dos objetivos da empresa em todas as
suas áreas de negócio.
● Para o sucesso desta etapa, é necessário
determinar, detalhadamente, as tarefas a
serem cumpridas, os responsáveis por sua
execução e seus prazos para cumprimento.
● Outro aspecto fundamental é a definição
clara dos critérios a serem adotados para a
validação de cada etapa, procedimento este
que deve ser realizado pelo usuário da área e
pelo responsável pelo projeto no cliente.
Conscientização
● Nesta fase, busca-se a efetivação do envolvimento de todos os participantes do projeto. São
tratados: o envolvimento e comprometimento da alta administração da empresa e o
envolvimento de todos os profissionais diretamente afetados pelo projeto.
Treinamento
● Nesta fase, inicia-se o treinamento dos usuários em todas as regras do negócio identificadas
e em sua implantação. A fase de treinamento acontece sob três formas que envolvem:
🡪 Corpo gerencial: representa os tópicos do que o produto oferece e que tipo de informação
podemos extrair dele.
🡪 Corpo operacional: relaciona-se às funcionalidades dos produtos de software.
🡪 Corpo operacional específico: relaciona-se às funcionalidades dos produtos de software em
ambientes simulados de produção.
Acompanhamento
● A metodologia contempla tarefas genéricas, executadas antes da implantação dos módulos
de um sistema de gestão. São tarefas de configuração e referem-se, basicamente à:
1) instalação de sistemas;
2) criação de empresas e filiais;
3) definição de políticas de segurança de acessos, senhas e opções de menus.
● Na implantação dos módulos, os seguintes procedimentos são realizados:
1) definição dos parâmetros inerentes ao módulo;
2) definição e preparação de cadastros comuns a vários módulos;
3) definição e preparação de cadastros específicos ao módulo em questão;
4) análise de relatórios oferecidos pelo sistema;
5) verificação de resultados desses relatórios;
6) definição de relatórios customizados a serem implementados, tal como mensuração da
produção mensal, variação de gastos por período, rotatividade de funcionários, dentre outros.
Validação
● A validação consiste na determinação do grau de excelência na implantação dos produtos
de software. Em síntese, nesta etapa, compara-se o que foi executado com o planejado,
bem como se faz uma análise crítica sobre a implantação.
● Além disso, são analisados relatórios que refletem a situação atual, a situação planejada e a
situação projetada de acordo com o andamento dos trabalhos.
Módulo Gerencial
1) cadastramento do Plano de Contas e Planos Gerenciais;
2) cadastramento de Históricos Padrão;
3) cadastramento de Centros de Custos;
4) cadastramento de Regras de Rateios;
5) cadastramento do Ativo Fixo.
Módulo Faturamento
1) cadastramento de Produtos Acabados;
2) cadastramento de Clientes;
3) cadastramento de Transportadoras;
4) cadastramento de Vendedores;
5) cadastramento de parâmetros do faturamento para integrações fiscais, financeiro e
estoque;
6) cadastramento de parâmetros de crédito de clientes;
7) configuração do layout de notas fiscais e duplicatas;
8) cadastramento de parâmetros para lançamentos automáticos para módulo Contábil;
9) inclusão de pedidos de vendas, liberação para faturamento (crédito e estoque) e emissão
de notas fiscais.
Módulo Compras
1) cadastramento de insumos e matérias-primas;
2) cadastramento de fornecedores;
3) cadastramento de relações produtos x fornecedores;
4) cadastramento de alçadas de compras (solicitantes, compradores, aprovadores);
5) cadastramento de parâmetros de compras para integrações fiscais, financeiro e estoque;
6) cadastramento de parâmetros para lançamentos automáticos para módulo contábil;
7) inclusão de solicitações de compras, cotações, pedidos de compras, e liberações de
compras;
8) digitação de notas fiscais de entrada.
Módulo Estoque/Custos
1) cadastramento de saldos iniciais em estoque;
2) cadastramento de consumos médios;
3) cadastramento de estruturas de produtos;
4) digitação das movimentações internas de materiais;
5) manutenção das ordens de produção;
6) manutenção de cálculos de custos médios e/ou standard;
7) cálculo de lotes econômicos, consumos mês a mês e pontos de pedidos;
8) formulação de planilhas de custos;
9) emissão de Kardex (sistema de inventário e estoque).
Módulo Gerencial
1) digitação de lançamentos contábeis manuais;
2) apuração de GGFs (Gastos Gerais de Fabricação);
3) integração com custos;
4) correção monetária do Ativo imobilizado;
5) implantação da correção integral do balanço (V.M - Valor de Mercado).
● As atividades listadas oferecem um checklist para o processo de implantação de um SIC
(Sistema Integrado Comercial).
TÉCNICAS PARA PLANEJAMENTO DE
PROJETOS, OBJETIVOS E ABRANGÊNCIA
Gestão de Projetos
● Hoje, o departamento de produção conta com um processo de gestão mais apurado.
Além disso, os processos desse departamento passaram a ocupar uma posição mais
privilegiada na maioria das empresas. A produção deixou de ser meramente operacional,
passando a ser, também, gerencial e estratégica.
● A gestão de projetos permite a inovação de muitos produtos e serviços e viabiliza o
surgimento de serviços e habilidades importantes dentro das organizações, como, por
exemplo: entrega de informação, auxílio ao processo decisório, possibilidade de solicitar e
adquirir serviços específicos e dedicados, geração de histórico de informações, colaboração
com a estratégia competitiva da empresa por oferecer vantagens competitivas, permite a
diferenciação de produtos e serviços e, também, melhor relacionamento com clientes,
possibilita o estabelecimento de barreiras de entrada, auxilia a introdução de produtos
substitutos, facilita a entrada em alguns mercados, permite novas estratégias competitivas por
meio da própria tecnologia.
● A gestão de projetos passa a assumir um papel fundamental na gestão organizacional, uma
vez que tem o poder de influenciar diretamente na escolha das estratégias de negócios a
serem adotadas pela empresa.
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO,
CRONOGRAMA, PERT, RECURSOS E CUSTOS
Técnicas para Planejamento de Projetos
● A metodologia PERT-CPM determina o
tempo que decorrerá para a execução de
um projeto, do início ao fim, indicando quais
os processos necessários, suas
complexidades, dependências e tempos de
execução. Assim, é possível uma previsão,
através de um cronograma, identificando as
criticidades e folgas do projeto.
🡪 A metodologia PERT-CPM é composta das
seguintes técnicas: PERT (Program Evaluation
and Review Tecnique) e CPM (Critical Path
Method).
● No ponto oposto do diagrama variedade
baixa X volume alto, em que estão os sistemas contínuos e de produção em massa, usam-se
planejamentos baseados em JIT (Just in Time), MRP (Material Requirements Planning) e FMS
(Flexible Manufacturing System).
Organização do Trabalho
● Todo projeto exige gerenciamento de seus processos, pois mesmo havendo o
estabelecimento de cronogramas cujos processos são bem definidos e conhecidos podem
ocorrer desvios que implicarão em custos, o que impactará na entrega final. Desta forma, a
organização do trabalho é etapa essencial.
● Tomemos como exemplo a montagem
de um aeromodelo simples, uma
miniatura de avião.
🡪 Com esses elementos combinados,
cria-se o diagrama de rede do projeto,
que é a ferramenta mais importante
para a análise no planejamento de
projeto. É do diagrama de redes que se
extraem informações sobre o caminho
crítico.
● Passo 2
🡪 Após a verificação das atividades independentes é preciso analisar e identificar quais
atividades, das restantes, são dependentes das antes selecionadas.
● Passo 3
🡪 A seguir devemos continuar identificando as dependências.
● Passo 4
🡪 Unir B e F para iniciar C; idem com H e J para iniciar K.
● Passo 5
🡪 Por fim, é preciso apenas ajustar o desenho a forma que você achar mais adequada, mais
estética para sua apresentação.
Conhecendo o MS Project
Vantagens de uma Boa Gestão de Projetos
● Maior controle de processos
🡪 A gestão de processos garante que o fluxo de trabalho corra de forma natural e eficiente na
sua empresa. Dessa forma, você consegue centralizar todas as etapas, recursos, prazos e os
colaboradores envolvidos no projeto desde o primeiro contato até a conclusão e entrega do
projeto.
● Cumprimento do cronograma de projetos
🡪 A gente sabe que muitas vezes os cronogramas acabam não sendo cumpridos, isso porque
os projetos podem mudar no meio do caminho e contratempos podem surgir. Acompanhe e
verifique as etapas do cronograma, atente-se aos prazos, para que o projeto termine dentro do
tempo estimado.
🡪 Para gerenciar o tempo de forma inteligente você pode fazer o controle das atividades
através de uma planilha de horas trabalhadas ou de um timesheet automatizado.
● Minimização de riscos
🡪 Correr riscos faz parte do desenvolvimento de qualquer projeto, dependendo do seu
tamanho e de quantas equipes estão envolvidas. Entretanto, correr riscos não significa tomar
decisões sem cautela e deixar de acompanhar o progresso e os custos do projeto. Além de
que, a sua gestão de projetos não pode ser resumida a um eterno apagar de incêndios, mas
sim de um acompanhamento saudável e constante.
● Agilidade na tomada de decisões
🡪 O tempo é fundamental no processo de tomada de decisão. Isso porque, se você demorar,
pode perder o timing E se for rápido, pode acabar apenas reagindo à situação e não pensando
nas consequências.
🡪 Por isso, é importante ter equilíbrio nesses momentos e, acima de tudo, ter todas as
informações necessárias à disposição para fazer uma boa escolha. Afinal, ter dados à mão é
resultado de uma boa gestão de projetos.
● Maior satisfação do cliente
🡪 Um dos maiores vilões da produtividade é o retrabalho, que é ruim para o cliente e para a
equipe, que terá que voltar a trabalhar na mesma demanda quando poderia estar atendendo
outra.
Project Finance
● A decisão de investimento envolve um planejamento orçamentário formal, o project
finance, cujo processo, compreende cinco etapas distintas, mas interdependentes:
1) Geração de propostas. As propostas são feitas em todos os níveis de uma organização e
revistas pelo pessoal do financeiro. Aquelas que envolvem desembolsos substanciais são
examinadas mais cuidadosamente que as menos caras.
2) Revisão e análise. Efetuam-se revisão e análise formal para avaliar a adequação de
propostas e determinar sua viabilidade econômica. Uma vez concluída a análise, elabora-se
um relatório sumário para os responsáveis pela tomada de decisão.
3) Tomada de decisão. As empresas costumam delegar a tomada de decisão de gasto de
capital com base em limites de valor monetário. Geralmente, cabe ao conselho de
administração autorizar gastos além de certo valor. Com frequência, os gerentes de unidades
produtoras recebem poderes para tomar as decisões necessárias para que a linha de produção
continue funcionando.
4) Implantação. Após a aprovação, os gastos são realizados e os projetos implantados. Os
gastos com um projeto de grande porte frequentemente ocorrem por fases.
5) Acompanhamento. Os resultados são monitorados e os custos e os benefícios efetivos são
computados aos que eram esperados. Pode ser preciso intervir quando os resultados diferem
do que havia sido projetado.
Período de Payback
● Trata-se do tempo necessário para que a empresa recupere seu investimento inicial. Se o
período do payback for menor que o período máximo aceitável de recuperação determinado
pela administração, o projeto será aceito. Caso contrário, não.
● Para entendermos melhor o que é o
payback, imagine que você tem um galpão
e quer trocar a iluminação a fim de diminuir
custos. Assim, você solicita um projeto
luminotécnico. Após as observações
técnicas um orçamento detalhado lhe é
entregue e você vê o seguinte gráfico:
● O gráfico lhe indica que ao realizar a
alteração das luminárias de seu galpão (1 -
período de investimento), o dinheiro
investido no projeto "se pagará" no mês
seguinte, mas sim a partir do tempo no qual
a queda apresentada pelo valor total pago
para trocar as luminárias começa a "se
pagar" (2 - payback) e que, no momento no
qual o valor investido no projeto e o valor se
torna maior que o capital investido "pago" e passa a "dar" lucro (3 - período de lucro).
● A principal deficiência dessa técnica, afora seu caráter subjetivo, é que não leva
integralmente o valor do dinheiro no tempo, ainda que possa ser considerada uma medida
aproximada de exposição ao risco e, talvez principalmente, ser de leitura fácil.
● Se a TIR for maior que o custo de capital, o projeto é aceito. Caso contrário, não.
● A TIR é uma técnica sofisticada e cujo resultado, na forma de taxa, é relativamente intuitivo.
No entanto, seu cálculo nem sempre é consistente, apesar da facilidade cada vez maior
fornecida pelos computadores, pois matematicamente pode apresentar nenhuma ou mais
de uma TIR.
Custo de Capital
● Para determinar o custo de capital, temos de considerar duas fontes básicas de fundos de
longo prazo para empresa: capital de terceiros de longo prazo e capital próprio. Este pode
abranger emissão de ações preferenciais e ordinárias e retenção de lucros. Ou seja, considera o
exigível de longo prazo e o patrimônio líquido dos proprietários da empresa.
● Cada fonte de financiamento prazo possui seu próprio custo específico. Cada custo não é
obtido apenas pelo custo histórico ou contábil, mas considera principalmente as variações de
valor dadas pelo mercado, e estas, por sua vez, consideram o risco e o retorno dos ativos
relacionados.
● Em que:
J: valor dos juros periódicos.
VN: valor nominal do título.
RL: recebimento líquido.
n: número de períodos até o vencimento do título.
● Onde:
PO: preço corrente da ação ordinária.
DE: dividendo por ação esperado no final do primeiro ano.
g: taxa anual de crescimento constante dos dividendos.
● O modelo de Gordon também pode ser adaptado considerando o custo de novas
emissões de ações ordinárias. Em sua forma mais simples, basta corrigir PO multiplicando
por um fator (1 – f), no qual f é o percentual de redução no preço corrente esperado de
mercado.
● Além disso, pode-se fazer um ajustamento da taxa de retorno pelo risco, considerando o
chamado Capital Asset Pricing Model (CAPM). Sua formula é:
Rf: taxa livre de risco.
Rm: taxa representativa do retorno de mercado.
β: taxa representativa do risco sistêmico ou não-diversificável.
● A intuição por trás do CAPM é que o retorno de uma ação deve, no mínimo, igualar-se à
taxa livre de risco (associada, por exemplo, a títulos públicos) mais um prêmio de risco
(associado à diferença entre o retorno do mercado e o retorno de um ativo livre de risco), este
ajustado por um fator, o β (beta), que indica a contribuição da ação ao risco do mercado como
um todo.
Alavancagem
Alavancagens
● A alavancagem pode ser considerada a utilização de custos operacionais e/ ou financeiros
(juros e dividendos de ações), com o objetivo de financiar as atividades das operações de
uma empresa, maximizando seu resultado e proporcionando maior retorno aos acionistas.
Dessa maneira, as variações no grau de alavancagem resultam em mudanças no resultado da
empresa e, consequentemente, no risco associado a ela.
● A alavancagem é o produto do uso de ativos ou fundos a custo fixo para multiplicar retornos
para os proprietários da empresa. Em geral, aumentos de alavancagem resultam em
elevações de retorno e risco.
Alavancagem Total = Alavancagem Operacional + Alavancagem Financeira
● A alavancagem operacional diz respeito à relação entre a receita de vendas e o Lucro Antes
de Juros e Imposto de Renda (LAJIR), este último também é chamado de resultado
operacional. Sua utilidade é apontar o custo ou retorno exigido das operações da empresa.
● A alavancagem financeira diz respeito à relação entre o LAJIR e o Lucro líquido Por Ação
(LPA). Sua utilidade é apontar o custo ou o retorno financeiro exigido dos recursos
aportados na empresa.
Ponto de Equilíbrio
● A análise do ponto de equilíbrio, também chamada de
análise custo-volume- lucro, é usada para:
1) determinar o nível de operações necessário para cobrir
todos os custos operacionais;
2) avaliar a rentabilidade associada a níveis diversos de
vendas.
● Os custos operacionais podem ser fixos ou variáveis. Os
custos fixos são função apenas do tempo e não variam
conforme o volume de vendas; por exemplo, custos contratuais
diversos, tais como aluguel. Os custos variáveis variam
diretamente com as vendas e dependem do seu volume e não do tempo; por exemplo, os
custos de transporte.
LAJIR = (P x Q) - CF - (CV x Q) = Q x (P - CV) - CF
● Modifiquemos um pouco nosso exemplo da floricultura. Suponha, agora, que essa empresa
elimine as comissões de venda e aumente os salários dos vendedores. Suponha também que
essa troca resulte em uma redução do custo operacional variável unitário de $5 para $4,50, e
em um aumento dos custos operacionais fixos de $2.500 para $3.000.
● Retomando os cálculos, o ponto de equilíbrio continua a ser de 500 unidades. Mas agora,
considerando um nível de vendas para 1.000 unidades, temos:
● Não necessariamente esse ciclo é linear. Muitas vezes, a ação sobrepõe-se ao controle e ao
planejamento, quando imprevistos ocorrem e tomadas de decisão rápidas são necessárias.
Mas, para a sustentabilidade da organização no longo prazo, esse aparato tem de estar à
disposição para o realinhamento da organização e a obtenção de maior eficiência.
Tomada de Decisão
● Em decorrência da expansão da economia de forma globalizada, as empresas precisam
tomar decisões a todo momento e sobre diferentes aspectos, tais como: produtividade, fluxo
de caixa, rentabilidade, lançamento de produtos, custos, orçamentos, concorrência,
atendimento à legislação, etc.
● Para serem úteis, as informações relativas ao projeto devem chegar aos diferentes
usuários em tempo hábil, de forma atualizadas e de fácil interpretação.
● Nesse sentido, as informações classificam-se em três níveis:
1) Operacional: vinculada à parte de controles.
2) Gestão: relacionadas à avaliação do desempenho.
3) Planejamento: ligada ao nível estratégico da empresa.
Tabela de Decisão
● Uma tabela de decisão é uma ferramenta não procedural que permite especificar
processos que produzem uma saída ou ação dependendo da avaliação de condições
complexas. Trata-se de uma maneira de expressar, em forma de tabela, qual conjunto de
condições é necessário existir para que um determinado conjunto de ações seja executado.
● A estrutura de uma tabela de decisão é composta por:
a) seção de condições – superior esquerdo;
b) seção de ações – inferior esquerdo;
c) entrada de condições – superior direito;
d) entrada de ações – inferior direito.
● A tabela abaixo mostra um exemplo para uma situação de condições de realização de
diversos tipos de exames, em relação ao uso de pigmento (> 25%) e ao tamanho (P ou G) de
um produto. Ao efetuar a leitura por colunas, é possível compreender, claramente, todas as
combinações de situações possíveis.
● Para criar uma tabela de decisão, é necessário que você siga os seguintes passos:
a) Identificar todas as condições ou variáveis na especificação;
b) Identificar todos os valores possíveis para cada condição ou variável;
c) Calcular o número de combinações possíveis;
d) Identificar as ações;
e) Criar uma tabela de decisões vazia;
f) Preencher as condições e ações na parte esquerda da tabela;
g) Especificar as ações adequadas de acordo com as condições especificadas na coluna;
h) Identificar omissões e ambiguidades existentes na especificação do problema e discuti-las
com o usuário.
Árvore de Decisão
● Uma árvore de decisão é a representação de uma tabela de decisão. Essa representação é
especialmente útil quando nem todas as combinações de condições são possíveis. Por ser
uma ferramenta gráfica, torna mais fácil a compreensão e discussão de possibilidades de
decisão e, também, permite representar tomadas de decisão complexas.
● Para criar uma árvore de decisão, é necessário que você siga os seguintes passos:
a) Identificar as condições;
b) Identificar os valores de cada condição;
c) Determinar o número de regras do problema (ramos da árvore);
d) Identificar as ações;
e) Fazer as simplificações necessárias (podar a árvore).
SELEÇÃO DE PROJETOS
Habilidades e competências para seleção de projetos
● O gestor de projetos deve reconhecer e interpretar o contexto de mudança organizacional
e a urgência das atividades de elaboração, execução e acompanhamento de programas e
projetos de inovação e melhoria institucional; compreender a importância dos projetos na
viabilização de ideias e de propostas de ações necessárias à sobrevivência de
organizações e de pessoas, bem como os riscos e as oportunidades que essa sobrevida evoca
nos contextos de mudança; compreender que o desenvolvimento das organizações
depende de planejamento e que os projetos são as formas possíveis de viabilizar o
planejamento organizacional;
Estruturação de projeto
1) referir-se a um determinado tema;
2) trazer justificativa ou memorial descritivo claro a respeito do que irá tratar;
3) ter objetivos específicos ou o alvo das ações que irá desencadear;
4) sinalizar se ele compreenderá objetivos secundários ou metas colaterais para além dos
objetivos específicos;
5) evidenciar abordagem teórico-metodológica e seus aspectos dificultadores e facilitadores;
6) descrever as atividades ou momentos importantes em uma sequência lógica das ações
que serão desenvolvidas;
7) evidenciar o cronograma dessas atividades e conferir uma noção clara sobre a duração
das fases em que ele se subdivide;
8) oferecer orçamento de investimentos e de custeio necessários ao desenvolvimento das
atividades;
9) traçar um cronograma de desembolso ou adequação do cronograma físico ao
cronograma financeiro;
10) indicar bibliografia, manuais técnicos e/ou equivalente documental para cada área de
atuação/campo de conhecimento em que se insere como proposta;
11) prever a apresentação de relatórios de resultados parciais ou produtos parciais,
evidenciando os prazos para apresentação de relatório de finalização do projeto ou dos
produtos resultantes dele;
12) apresentar formas de avaliação e acompanhamento que permitam um redirecionamento
e considerações seguras a respeito de sua possível continuidade.
ÍNDICES DE
RENTABILIDADE
Índices de rentabilidade
● Demonstram a situação econômica da empresa,
identificando qual foi a rentabilidade dos capitais
investidos, ou seja, eles medem o retorno que uma
empresa consegue em relação ao investimento em ativos
e às vendas.
EBITDA
● Outro indicador financeiro amplamente utilizado pelos usuários das demonstrações
financeiras é o EBITDA (Earnings Before Interests, Taxes, Depreciation And Amortization),
significa Lucro antes dos Juros, Impostos, Depreciações e amortizações.
● A importância do EBITDA está em representar a capacidade operacional de geração de
caixa de uma empresa, mostrando a sua eficiência financeira determinada pelas estratégias
operacionais adotadas. Assim, quanto maior for o índice mais eficiente, apresenta-se a
formação de caixa proveniente das atividades operacionais, e melhor é a capacidade de
pagamento aos proprietários de capital e investimentos demonstrada por tal empresa.
EBITDA = Lucro operacional antes do IR + Depreciação
ÍNDICES DE PRODUTIVIDADE
Utilização dos KPIs na gestão de projetos empresariais
● Diante de uma predominância cada vez maior da alta competitividade entre as empresas,
possuir uma gestão de projetos eficiente que possibilita analisar resultados com rapidez e
qualidade para auxiliar nas tomadas de decisões é extremamente necessária para se manter
ativo no atual mercado competitivo, pois uma decisão mal tomada pode levar a grandes
prejuízos. Por isso, possuir uma ferramenta que forneça informações relevantes e precisas é
vital para um bom gerenciamento de projetos e consequentemente para o crescimento de
qualquer empresa. Nesse sentido, destaca-se a utilização dos KPIs (Key Performance
Indicator), que são indicadores chaves de desempenho, para exercer tal função.