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Resumo
São Paulo-SP, agosto de 2020 1 III SENGI - Simpósio de Engenharia, Gestão e Inovação
no Estado de Pernambuco. A pesquisa é classificada como um Estudo de Caso ca-
racterizado por seu caráter exploratório e qualitativo. Como potencial de inovação,
vislumbra-se que a aplicação dessa metodologia será capaz de avaliar a qualidade
da Supervisão e da Fiscalização de obras públicas proporcionando a formação de
indicadores de monitoramento que podem ser adotados pelo próprio servidor de-
signado, pela Gestão da Obra e pelos Órgãos de Controle que atualmente são ine-
xistentes. Dessa forma, a utilização desses indicadores tornará possível aos
governantes dimensionar necessidades dos órgãos, aumentando o potencial de
fiscalização e, consequentemente, eficiência na utilização dos recursos públicos.
Além disso, a aplicação da metodologia possibilita a padronização dos
procedimentos de controle das atividades de supervisão e fiscalização a partir da
definição desses indicadores, tornando possíveis os processos de difusão e
normalização para outros órgãos.
Palavras chaves
Tríade de Donabedian; Supervisão; Fiscalização; Obras Públicas.
1. Introdução
Toda e qualquer obra civil, de construção ou reforma, requer um controle de sua execução
(FORT et al., 2018). Seja a obra de pequeno porte ou aquelas com grandes proporções o que
difere os controles requeridos por cada obra é a complexidade gerada pelo volume de serviços e
a precisão necessária quanto às informações dos montantes despendidos. Assim é natural que
para as obras de maior porte, seus proprietários busquem sistematizar um controle que possi-
bilitem garantir a sua realização dentro dos requisitos de custo, prazo e qualidade pretendidos,
ou contratados a terceiros (MAGALHÃES et al., 2018; FORT et al., 2018)
Esses investimentos requerem o controle de sua execução, como condição natural de obra
a ser realizada e, principalmente, como condição imposta pelas normas legais, as quais siste-
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matizam um arcabouço de controles previstos em todo o conjunto de normas, que são exerci-
dos: 1) pelo órgão executor através do controle administrativo, 2) pela sociedade através do
controle social e 3) pelo Poder Legislativo através do controle externo exercido pelos Tribunais
de Contas.
Conforme Silva et al. (2016) o controle administrativo é todo aquele que o Executivo e os
órgãos de administração dos demais poderes exercem sobre suas próprias atividades, visando
mantê-las dentro da lei. Os órgãos do Poder Executivo, bem como a administração dos demais
poderes, mantém em sua estrutura um departamento de controle interno, vinculado à adminis-
tração do órgão e submetido às normas e fiscalização das Controladorias Gerais de cada uni-
dade da federação. Logo, para a União existe a Controladoria Geral da União, para os estados
federados as controladorias com status de Secretaria Estadual.
O controle social, por sua vez, é exercido pela sociedade através dos benefícios perce-
bidos pela população em geral, através das associações de bairros, comunidades representadas,
por exemplo. Uma proeminente ferramenta à disposição do controle social é a lei da transpa-
rência, que obriga os órgãos públicos fornecerem informações acerca de suas despesas efetu-
adas. Não obstante a existência da transparência contábil-financeira, a interpretação das in-
formações divulgadas exige um conhecimento não alcançado de forma ampla pela sociedade,
desta forma, o controle social ainda se baseia fortemente na percepção dos benefícios dos
gastos públicos (GURGEL; JUSTEN, 2013; CAVALCANTE, 2016).
Percebe-se nas competências dos Tribunais de Contas a função de julgamento das contas
e dos atos administrativos, com a possibilidade de imputação de débito para o retorno dos
danos. Embora os Controles Interno e Externo dividam a responsabilidade pela fiscalização
contábil existem diferenças claras quanto às suas atuações. O Controle Interno visa mitigar os
riscos e fornecer segurança razoável quanto ao alcance dos objetivos da entidade, se concen-
trando no cumprimento das normas legais e das metas organizacionais, minimizando impactos
negativos na aplicação dos recursos públicos, e na própria máquina administrativa. O Controle
Externo tem total independência do Órgão fiscalizado, da Administração Pública e da política
de governo, tem a sua atuação determinada pela legislação em vigor e por atos regulamentares
expedidos pelo próprio Tribunal de Contas, sobre matéria de sua atribuição, que visam asse-
gurar a eficácia do controle que lhe compete (FURTADO, 2014; SALGADO;
MASCARENHAS JUNIOR, 2016; OLIVEIRA; LIMA, 2017; GOMES, 2017).
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Dentro desse contexto, o presente trabalho apresenta a proposta de utilizar a metodolo-
gia da Tríade de Donabedian para realizar o o acompanhamento da qualidade da supervisão e
da fiscalização de obras públicas, com ênfase no Estado de Pernambuco.
2. Fundamentação teórica
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medidas institucionais voltadas para a prevenção, detecção, punição e remediação de práticas
de corrupção, fraudes, irregularidades e desvios éticos e de conduta”.
Assim, atualmente a preocupação quanto à ação dos gestores e a busca por controles
que inibam os efeitos da má gestão e da corrupção estão presentes na pauta dos planejamentos
políticos. A razão está nas consequências negativas para a sociedade, que sofre com obras pú-
blicas e serviços de engenharia prestados à Administração com custos elevadíssimos, que ex-
trapolam a razoabilidade, e que não atendem as necessidades previstas, e para a economia, à
medida que os recursos escassos não produzem o benefício esperado pelos seus investimen-
tos.
Gomide et al. (2018) afirmam que apesar de a taxa de investimento em infraestrutura ter
se elevado no período compreendido entre 2005-2014, em função da disponibilidade de re-
cursos fiscais e dos esforços do PAC, estudos apontaram para as dificuldades na execução
desses investimentos, tanto pelo setor público quanto pelo setor privado. Segundo Orair
(2016) a relação dos investimentos públicos com os ciclos econômicos não é tão simples e
determinística, pois o volume de investimentos e das despesas públicas é resultante direta da
orientação da política econômica e às prioridades de cada governo.
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2.3. A Qualidade no Gerenciamento de Obras Públicas
No meio técnico que trata das Obras Públicas verifica-se que Gestão, Supervisão e Fis-
calização são funções de gerenciamento com conceitos que muitas vezes são vistos como si-
nônimos, e aparentemente se confundem na ação de uma única pessoa ou de um departamen-
to. A Gestão de Obras Públicas se caracteriza como Gestão de Contratos, onde a Administra-
ção se responsabiliza pelas definições dos parâmetros das obras e serviços, pela contratação e
integrações com outros órgãos públicos e a sociedade (BERTHOLDO et al., 2018).
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Figura 1 – Tríade de Donabedian
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nóstico da doença e suas características, resultados dos testes e uma possível mudança de tra-
tamento do paciente.
3. Procedimentos metodológicos
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A avaliação da qualidade dos serviços de supervisão e fiscalização pode ser realizada
através de métodos específicos, com indicadores apropriados. Neste sentido, a utilização da
Tríade Donabediana (DONABEDIAN, 1980, 2003) permite a sistematização do processo de
avaliação baseada em indicadores representativos de três aspectos fundamentais: Estrutura,
Processo e Resultado.
Desta forma, para cada aspecto que constitui a Tríade Donabediana (1980, 1992) foram
estabelecidos indicadores que serão avaliados, que permitirão inferir sobre a qualidade na
prestação dos serviços de fiscalização e supervisão de obras públicas na jurisprudência do
TCE-PE, conforme apresentados a seguir:
1. Estrutura: representada por indicadores relacionados a estrutura organizacional de tra-
balho adotada por cada órgão, observando a quantidade de profissionais envolvidos no
serviço e suas qualificações, os equipamentos e recursos utilizados, a estrutura física
utilizada e a estrutura de tecnologia viabilizada;
2. Processo: constituído por indicadores de avaliação da gestão dos recursos necessários
para atendimento das demandas por fiscalização, gestão das informações com
destaque para a sistematização de seu processo e, por último, a análise das ações
desenvolvidas pelos responsáveis pela supervisão em relação aos critérios definidos no
projeto para o alcance do nível de qualidade esperado;
3. Resultado: caracterizado por indicadores de cumprimento de prazos, custo final,
alcance do desempenho esperado, minimização de alterações no projeto, atendimento
aos requisitos de qualidade estabelecidos e satisfação dos beneficiados pela obra.
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prazos, custo final, desempenho previstos, alterações no projeto, atendimento aos requisitos
de qualidade e satisfação dos beneficiados pela obra.
Além dos indicadores propostos baseados na Tríade, foram consideradas também as va-
riáveis para um indicador necessário, que é a "Capacidade de Fiscalização", apresentado no
Quadro 1. A construção deste indicador, por sua vez, permitirá aos órgãos avaliarem se pos-
suem em seu quadro de funcionários, profissionais detentores de conhecimentos técnicos ne-
cessários para execução das atividade de fiscalização em número suficiente para atender a
demanda e oferecer um serviço qualidade. No Quadro 2 apresenta o conjunto de indicadores
relacionados a cada aspecto da Tríade no contexto dos serviços de supervisão e fiscalização
de obras públicas.
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Quadro 2 – Indicadores relacionados a Tríade de Donabedian
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5. Resultados esperados e considerações finais
Dessa forma, a utilização desses indicadores tornará possível aos governantes dimensi-
onar necessidades dos órgãos, aumentando o potencial de fiscalização e, consequentemente,
eficiência na utilização dos recursos públicos. Tendo influência na garantia de obras que
atendam aos requisitos técnicos de planejamento orçamentário, através da minimização na
modificações realizadas no do projeto em sua fase de desenvolvimento, atendimento de pra-
zos estabelecidos e, principalmente, no atendimento das necessidades da sociedade para qual
as obras públicas tenham sido projetadas, garantindo a satisfação da parcela da população be-
neficiada.
Estes indicadores não necessitam de um esforço para a sua obtenção, mas de uma orga-
nização, pois os dados já existem, fazem parte da realidade dos órgãos e das obras, necessi-
tando de uma metodologia para a sua estruturação, que comprova a importância da utilização
da Tríade proposta por Donabedian (1980) para transforma dados em informações que con-
tribuirão no processo de decisão relacionadas as atividades de supervisão e fiscalização de
obras públicas.
Considerando que os controles exercidos pelos gestores dos órgãos executores de obras
são os mesmos utilizados há décadas, e concentra-se nas informações apresentadas nos bole-
tins de medição. Desta forma, o cerne do controle de obras públicas continua a ser as quanti-
dades medidas e o valor global contratado. Consequentemente, as decisões gerenciais para
exercer o controle da obra são tomadas tendo por base apenas as informações de valor acu-
mulado de medição e saldo contratual. Não são considerados os prazos e os reflexos econô-
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micos das alterações promovidas no projeto. Esta prática tem sido adotada pelos diversos ór-
gãos da Administração Pública e está consolidada no ramo da engenharia de obras pública,
requerendo assim alternativas para estimular o surgimento de novas formas de controle.
Finalmente, é importante destacar que para o setor de obras públicas, e a sua gestão pe-
los servidores, a Tríade de Donabedian (1980), já testada em gestão da qualidade na saúde
pública, trará fontes de conhecimento interna de cada obra e de cada órgão, subsidiando uma
base de informações que podem ser disponibilizadas como fontes externas de conhecimento
para outros órgãos, alimentando o sistema, e possibilitando novas ideias de controle e moni-
toramento para a supervisão de obras.
Agradecimentos
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