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Controle Interno Municipal: Estudo de Caso aplicado ao

Município de Rio Grande

Daniele Mendes Caldas

Resumo

Com o propósito de demonstrar a importância do Controle Interno não só dentro de


uma administração, como também no atual contexto em que está inserida a política
brasileira, várias discussões tem sido levantadas acerca do assunto. A edição da Lei
de Responsabilidade Fiscal (LRF) - Lei Complementar Federal nº101-2000- trouxe
uma nova postura gerencial à Administração Pública, ressaltando a importância do
controle interno e de seus agentes responsáveis. Por isso o presente estudo
apresenta um estudo de caso aplicado ao Controle Interno no Município de Rio
Grande, visando os aspectos da Lei de Responsabilidade Fiscal e sua importância
para atingir a eficiência, eficácia e economicidade, expondo sua estrutura e
funcionamento. Proporciona ainda uma discussão do que deveria ser um controle
interno municipal, para isso apresentou-se fundamentação teórica sobre o tema,
comparando com o estudo de caso apresentado. Mostra ainda que este tem o objetivo
de fiscalização preventiva e repreensiva. O estudo ressalta também a ética
profissional, devido sua relevância em se tratando de controle dos recursos públicos.
Baseado em todos esses pilares de uma gestão responsável, buscando o
desenvolvimento, aliado a transparência em favor de uma coletividade, ao final,
sugere-se novas pesquisas tanto teóricas quanto aplicadas, expondo as falhas e
aconselhando melhorias, o que trará reflexo a toda sociedade, com uma
administração pública mais sólida e confiável.

Palavras-chave: Controle Interno, Auditoria Governamental, Administração Pública.

Área Temática: Auditoria Governamental


1. Introdução

Com o propósito de demonstrar suas atribuições e a importância do Controle


Interno não só dentro de uma administração, como também no atual contexto em que
está inserida a política brasileira, várias discussões tem sido levantadas acerca do
assunto. Com o crescimento econômico, verifica-se uma enorme complexidade na
administração dos negócios e nas práticas financeiras tornando indispensável o
controle e confirmação, por parte dos usuários, da realidade econômica e financeira
do patrimônio das empresas tanto do setor público quanto do setor privado. Frente a
isso temos como ferramenta a Auditoria, seja ela interna ou externa, aplicadas aos
setores anteriormente citados, e que no setor governamental é exercida pelos
Tribunais de Contas que controla e avalia as ações dos gestores públicos. A edição
da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) - Lei Complementar Federal nº101-2000-
trouxe uma nova postura gerencial à Administração Pública, ressaltando a importância
do controle interno e de seus agentes responsáveis.
Portanto, o objetivo deste estudo é analisar e avaliar a Unidade de Controle
Interno do Município do Rio Grande ressaltando sua importância para a administração
pública. Para alcançar esse objetivo, o presente estudo aborda, dentro da auditoria
interna, conceito de Controle Interno, aplicado ao setor governamental, apresentando
alguns conceitos legais, seguido de um estudo de caso aplicado ao Município de Rio
Grande, onde busca comparar um caso real com a literatura cientifica acerca do
tema. Para isso, buscou-se informações em artigos publicados, livros e através de
uma entrevista aos funcionários setor. Justifica-se essa pesquisa pela grande
importância que exerce o Controle Interno da Administração Pública, não só para o
gestor, como também para a sociedade, pois este funciona como uma fiscalização
preventiva e ainda como uma avaliação de resultados viando o alcance de metas
preestabelecidas. Portanto, o controle possibilita ao gestor público a obtenção de
melhorias contínuas de processos e de resultados, destacando-se alguns
procedimentos a serem exercidos para se manter as metas traçadas pela
Administração Pública.
2. Controle

Controle é uma função que compõe o processo administrativo, pois consiste


em verificar se o que esta sendo executado está de acordo com o planejado. Segundo
o Dicionário Aurélio Controle é:

“Ato, efeito ou poder de controlar; domínio, governo. 2.Fiscalização


exercida sobre as atividades de pessoas, órgãos, departamentos, ou
sobre produtos, etc., para que tais atividades, ou produtos, não se
desviem das normas preestabelecidas. 3.Restr. Fiscalização financeira.
·4.Botão, chave, circuito ou parafuso destinado a ajustar ou fazer variar
as características de um elemento elétrico. ·5.Autodomínio físico e
psíquico. ·6.V. equilíbrio (6). [Sin. ger. (lus.): controlo (ô). Pl.: controles
(ô). Cf. controle e controles, do v. controlar.] ··”.

Segundo o portal Wikipédia “Em contabilidade, o controle é uma das funções


básicas de um sistema contábil. Difere do controle administrativo, que tende a aplicar
preceitos subjetivos (controle interno e externo)(...)”. Ou seja, controle mede e avalia
o desempenho, possibilitando adoção de medidas corretivas.
O controle é imprescindível a eficiência de qualquer organização, seja ela
pública ou privada, sendo então crucial no alcance dos objetivos traçados pela gestão.
Como variável da administração, planejar, organizar, dirigir e controlar, é a quando se
mede o desempenho de todo o processo. È ele que garante o alcance de resultados e
a melhoria continua do processo de administrar.
Na administração pública, essas variáveis são pouco vistas. Se dentre todas as
atividades executadas no serviço público, houvesse todo esse processo
administrativo, e principalmente submetido a um controle, o desempenho da
administração pública atingiria um padrão consideravelmente aceitável, ou seja
atingiria seu fim social, atendendo as necessidades da população.
A Constituição Federal de 1988 trouxe novas exigências à Administração
Pública, inclusive no que se refere ao controle. No artigo 31, fica disciplinado que a
fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante
controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal,
na forma da lei.
O Decreto Lei nº 200/67 dispõe sobre a organização da Administração Federal,
estabelecendo as diretrizes para a reforma administrativa promovida naquele ano. No
seu artigo 6º fica estipulado que as atividades da Administração Federal obedecerão
aos seguintes princípios fundamentais:

I - Planejamento.
II - Coordenação.
III - Descentralização.
IV - Delegação de Competência.
V - Controle.

O Capítulo V do desse mesmo decreto fala especificamente sobre o princípio


do controle, estipulando que nas atividades da Administração Federal deverá exercer-
se em todos os níveis e em todos os órgãos, compreendendo, particularmente:

a) o controle, pela chefia competente, da execução dos programas e da


observância das normas que governam a atividade específica do órgão controlado;

b) o controle, pelos órgãos próprios de cada sistema, da observância das


normas gerais que regulam o exercício das atividades auxiliares;

c) o controle da aplicação dos dinheiros públicos e da guarda dos bens da


União pelos órgãos próprios do sistema de contabilidade e auditoria.

2.1 Tipos de Controle

Criar e manter bons controles, que visem acompanhar o desenrolar dos


acontecimentos, auxiliando nas decisões a serem tomadas podem ajudar muito o
gestor. Um ambiente de controle é a consciência de controle da entidade, a sua
cultura de controle, o que envolve competência técnica e compromisso ético.
Na administração empresarial, desde que não se caracterize descumprimento
de lei, tudo pode ser feito, o que torna mais fácil esse processo de controle, muito
embora, esse tipo de administração não seja baseado em leis e seus resultados são
refletidos no mercado. Já na administração pública, onde tudo o que é feito é
determinado de maneira legal, conseqüentemente exige-se um controle mais rigoroso.
Na área pública, os controles são definidos pela sua atuação. O estudo desses
é considerado um tema bem relevante, sendo indispensáveis ao aperfeiçoamento das
práticas administrativas, tornando-se um eficiente instrumento de avaliação das
atividades públicas. Como controles da administração pública temos: controle externo
que é o exercido pelos órgãos auxiliares e o controle interno, que possui uma atuação
direta nos atos, dando um sentido de atuação repreensiva. Podem estes atuar de
forma integrada, mas de acordo com algumas subordinações hierárquicas.
A Lei 4.320/64 determina que ”a avaliação da gestão dos órgãos da
administração direta e das entidades da administração indireta será exercida mediante
procedimentos usuais de auditoria. As atividades de fiscalização exercidas pelo
controle interno ou externo são indelegáveis e impostergáveis, não podendo ser
exercidas por pessoas não pertencentes aos quadros de servidores efetivos da
administração pública.”

2.1.2 Controle Interno

O Controle Interno ocupa-se essencialmente com o processamento de


informações que retornam como feedback à função de comando, para a correta
tomada de decisões. De acordo com a FASB (Financial Accounting Standards Board),
controle interno consiste num conjunto de políticas e procedimentos que são
desenvolvidos e operacionalizados para garantir razoável certeza acerca da confiança
que pode ser depositada nas demonstrações financeiras e nos seus processos
correlatos, bem como na correta apresentação daquelas demonstrações financeiras,
garantindo que foram preparadas de acordo com os princípios de contabilidade
geralmente aceitos e que incluem políticas e procedimentos de manutenção dos
registros contábeis, aprovações em níveis adequados e salvaguarda de ativos.
Podemos então, definir o controle interno coma verificação do cumprimento das
próprias atividades exercidas pela organização, objetivando manter as mesmas,
dentro da lei, segundo as necessidades do serviço e as exigências técnicas e
econômicas de sua realização.
Controle Interno representa em numa empresa o conjunto de procedimentos,
visando de proteger os ativos, produzir dados confiáveis e auxiliar a administração na
condução dos negócios. Este compreende o plano de organização e o conjunto
coordenado dos métodos e medidas, adotadas pela empresa. Sendo assim, visa
proteger seu patrimônio, verificando a exatidão dos registros contábeis, dessa forma
promovendo a eficiência operacional . Segundo o COSO (Committee of Sponsoring
Organizations of the Treadway Commission) os controles internos asseguram o
atingimento dos objetivos, de maneira correta e tempestiva, com a mínima utilização
de recursos.
Já na área pública, a Instrução Normativa n.º 16, de 20.12.91, do Departamento
de Tesouro Nacional, conceitua Controle Interno como sendo: "O conjunto de
atividades, planos, métodos e procedimentos interligados utilizado com vistas a
assegurar que o objetivo dos órgãos e entidades da administração pública sejam
alcançados, de forma confiável e concreta, evidenciando eventuais desvios ao longo
da gestão, até a consecução dos objetivos fixados pelo Poder Público”. Na
Administração Pública é ainda mais forte do que na iniciativa privada o conceito de
prestação de contas sobre a gestão, já que sempre são geridos recursos de terceiros,
nunca próprios. (CAVALHEIRO, FLORES, 2007).

2.1 Controle Interno na Administração Pública

O controle interno na administração pública visa que se realizem as


atividades, com eficiência e legitimidade, para atingir sua finalidade plena: a satisfação
das necessidades coletivas da sociedade. Conforme expõe a secretaria de controles
internos do Senado Federal, controle interno é o conjunto de atividades, planos,
métodos e procedimentos interligados utilizado com vistas a assegurar que os
objetivos dos órgãos e entidades da administração pública sejam alcançados, de
forma confiável e concreta, evidenciando eventuais desvios ao longo da gestão, até a
consecução dos objetivos fixados pelo Poder Público.
Segundo explanação de Cavalheiros e Flores (2007) “Organizar um sistema
significa organizar o funcionamento dos processos inerentes à gestão pública de
forma a evitar erros, fraudes e desperdícios”.
O Controle Interno é exigido na Constituição Federal de 1988 em seu art. 70
onde expõe que a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à
legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncias de
receitas, será exercida Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema
de controle interno de cada poder. O assunto é destacado também no Título VIII,
Capítulo II da lei nº 4.320/64, que regulamenta as normas gerais de direito financeiro
para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos
Municípios e do Distrito Federal.
A LC 101/2000 também aborda o assunto em seu artigo 59, onde determina
que a fiscalização da Gestão Fiscal será realizada pelo Poder Legislativo, diretamente
ou com o auxílio do Tribunal de Contas, e pelo sistema de controle interno de cada
Poder.
Segundo o disposto no artigo 74 da Constituição Federal de 1988, o Controle
Interno deve ter atuação sistêmica e integrada, nos Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário, para o fim de:

a) avaliar o cumprimento de metas e a execução dos programas


governamentais e orçamentários;
b) comprovar a legalidade e avaliar os resultados da gestão, quanto à eficiência
e eficácia;
c) exercer o controle das obrigações, direitos e haveres; e
d) apoiar o controle externo.
O custo de implantação e manutenção do sistema de controle interno não deve
exceder aos benefícios esperados. Sob esse aspecto, percebe-se que os sistemas de
controle interno possuem limitações relacionadas ao conluio entre os funcionários,
falta de treinamento ou negligência. Na visão do TCERS, os Gestores Públicos
Municipais estão obrigados a criar e implantar o Controle Interno (como unidade
administrativa), pois segundo as disposições da LRF, os relatórios de Gestão Fiscal
devem ser assinados, não só pelo Administrador (Prefeito, Presidente de Câmara e
demais Administradores), pelo Secretário da Fazenda, mas também, pelo responsável
do Controle Interno.
Vasta é a regulamentação que o TCERS emitiu visando esclarecer que a
organização do sistema de controle interno, e o seu funcionamento eficiente, é da
inteira responsabilidade do Administrador. Uma vez organizado o controle interno, há
que mantê-lo sob permanente vigilância e avaliação, pois se sabe que as falhas de
seu funcionamento trazem reflexos inevitáveis nos resultados da administração,
podendo comprometê-la irremediavelmente.
Como administrador geral do município temos o Prefeito. Portanto, a ele
incumbe velar pelo bom funcionamento do controle interno, que, bem compreendido,
poderá se tornar no mais importante aliado de sua administração.
A Unidade Central de Controle Interno, enquanto unidade administrativa deve
subordinar-se ao mais alto nível hierárquico da organização. A figura abaixo ilustra
essa afirmação.
PREFEITO

ASSESSORIA UNIDADE DE
JURÍDICA CONTROLE
INTERNO

SECRETÁRIO A SECRETÁRIO B SECRETÁRIO C

Fonte: Elaborado pelo autor.

3. Metodologia

Nesta seção, identificaremos a metodologia utilizada, apresentando e


classificando quanto aos seus critérios. Marconi e Lakatos (2006, p.17) afirmam que a
metodologia científica:

[...] significa introduzir o discente no mundo dos


procedimentos sistemáticos e racionais, base da formação tanto do
estudioso quanto do profissional, pois ambos atuam, além da prática, no
mundo das idéias. Podemos afirmar até: a prática nasce da concepção
sobre o que deve ser realizado e qualquer tomada de decisão
fundamenta-se naquilo que se afigura como o mais lógico,
racional, eficiente e eficaz.

Sendo então a metodologia, algo planejado e sistemático, é utilizada pela


pesquisa, uma vez que a pesquisa cientifica tem a contribuição da evolução do
conhecimento, seguindo rigorosos critérios de processamento de informações.
Para PÁDUA (2003) pesquisar “é toda atividade voltada para a solução de problemas;
tais como atividade de busca , indagação, investigação, inquirição da realidade...”.
Para tanto, a metodologia utilizada para o desenvolvimento deste estudo foi pesquisa
bibliográfica e documental, dando embasamento teórico ao assunto. Segundo Beuren
(2008) esta tipologia de pesquisa é desenvolvida através de materiais já elaborados e
publicados sobre o tema, como livros e artigos, enquanto a pesquisa documental é
aquela em que se utilizam “documentos considerados cientificamente autênticos não
fraudados”. Também GIL (2002) afirma que “Pesquisa Bibliográfica é desenvolvida
com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos
científicos.” Quanto à abordagem, a pesquisa foi classificada como qualitativa. Silva
(2006) explana que a investigação qualitativa como aquela que trabalha
predominantemente com dados qualitativos, ou seja, não utilizando números,
tampouco métodos estatísticos para se alcançar o fim pretendido
Marconi e Lakatos (1991) definem que “os métodos e técnicas utilizados na
pesquisa científica devem adaptar-se ao problema a ser estudado, às hipóteses
levantadas e que se queira confirmar”. Então, com fontes de dados, para realizar uma
comparação da fundamentação teórica com o a realidade será feita também um
estudo de caso.
Para atender esse objetivo da pesquisa foi realizado um estudo de caso que de
acordo com Gil apud Beuren (2008, p. 84), o estudo de caso pode ser entendido como
o “estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir
conhecimentos amplos e detalhados do mesmo” permitindo então, a verificação, na
prática, através de casos, os conhecimentos adquiridos na pesquisa documental e
bibliográfica. E ainda, foi realizada entrevista ao funcionário do setor para coletar
informações que, Silva (2006) esclarece que é uma comunicação verbal entre duas ou
mais pessoas, com grau de estruturação previamente definido, e tem o objetivo de
averiguar fatos ou fenômenos.
4. Estudo de Caso: Sistema de Controle Interno do Município de Rio Grande.

O sistema de controle interno do município do Rio Grande tem em sua estrutura


funcional, três profissionais, divididos nas áreas de contabilidade, economia, e
engenharia. Esses profissionais atuam de forma coordenada, visitando as secretarias
e realizando trabalhos de coleta de informações .
O setor de engenharia analisa os contratos e visita às obras conversa com os
engenheiros e busca estabelecer a relação entre o que está executado e o prazo para
a execução. Também auxilia na feitura o orçamento de investimentos.
Já o setor de contabilidade se ocupa do gerenciamento e acompanhamento da
execução contábil e financeira da entidade, visando fiscalizar o equilíbrio da execução
orçamentária.
O setor de economia é o setor ponte do controle interno, já que auxilia e dá
suporte para as diversas operações realizadas pelo ente.
Além desses objetivos, o controle tem a função de editar normas e manter o
prefeito atualizado na parte de gestão financeira, contábil e orçamentária, inclusive
editando índices que evidenciam a saúde financeira do município para contrair
investimentos.
O sistema de controle interno carece de profissionais com qualificação
específica para atuar com eficiência e eficácia. Por possuir profissionais de nível
intermediários o controle perde a visão sistêmica de toda a prefeitura, isso faz com
que o mesmo não atue com 100% de sua capacidade. É necessário que sejam
contratados mais funcionários para o setor, ou seja, que seja formado uma equipe de
auditores para as funções. O setor não possui um chefe geral, um gestor específico, o
que dificulta o ordenamento dos trabalhos.
5. Considerações Finais

Diante do objetivo proposto, de analisar e avaliar a Unidade de Controle


Interno do Município do Rio Grande, ressaltando ainda, sua importância para a
administração pública, este estudo demonstrou que frente a complexidade da atual
Administração Pública, e as exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal que veio
reforçar o que já era obrigatório pela constitucionalmente, conclui-se que o controle
interno de uma prefeitura, principalmente do porte do município de Rio Grande,
necessita de uma base mais sólida, com número maior de funcionários, bem
qualificados, de formação específica a área a qual fiscaliza pra que dê uma boa
sustentação a administração municipal e também confiabilidade aos seus usuários.
Deve-se observar alguns pontos relevantes como: capacitação pessoal dos
servidores (formação técnica ou superior), publicar e acompanhar o cumprimento do
dos limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, manter controle sobre
os créditos adicionais e especiais inclusive certificar a publicação dos Decretos.
Ressalta-se também que a pouca atuação da unidade estudada nos programas de
saúde, programas esses de tanta relevância para a sociedade e também para o gestor
público, pois este deve ter o Controle Interno como um órgão de apoio no alcance dos
seus objetivos, que a priori seria atender as necessidades de uma população.
Cabe aqui também, como o tema gira em torno do controle, lembrar a respeito
da ética profissional, que é fundamental em qualquer atividade, mas tratando-se de
controle dos recursos públicos sua relevância é ainda maior.
Baseados em todos esses pilares, pressupõe-se uma gestão responsável, com
cumprimento legal, conduta pessoal inquestionável, buscando o desenvolvimento,
aliado a transparência em favor de uma coletividade.
Diante da importância e complexidade do assunto, sugere-se novas pesquisas
tanto teóricas quanto aplicadas, expondo as falhas e aconselhando melhorias, o que
trará reflexo a toda sociedade, com uma administração pública mais sólida e confiável.
Referências

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