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Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Escola de Direito, Negócios e Comunicação


Profª Pamôra Mariz Silva de F. Cordeiro
Direito Administrativo II
Alunos: João Guilherme dos Santos,
Marya Eduarda, Thiago Sanches

ATIVIDADE AVALIATIVA 2ª N2
(SEMINÁRIO DE APRESENTAÇÃO)

SOB O TEMA

O PAPEL DO CONTROLE INTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

GOIÂNIA-GO
2023
O texto discute a capacidade única do ser humano de adquirir conhecimento e
transmiti-lo, levando à evolução e ao aprimoramento da qualidade de vida. Ele menciona a
introdução da Filosofia por volta de 600 a.C, que trouxe uma nova forma de pensar, substituindo a
explicação mitológica dos fenômenos naturais pela abordagem científica.

O texto também destaca a interconexão entre diferentes áreas do conhecimento, como Medicina,
Matemática, Astronomia, Biologia e Ciências Sociais e Humanas. Essas áreas sustentam uma
origem comum na Filosofia e incluem disciplinas como Contabilidade, Administração, Economia e
Direito.

A partir desse contexto de busca pelo conhecimento e domínio racional, o texto aborda
a teoria do controle, que trata dos princípios básicos usados na análise e elaboração de sistemas de
controle. Controlar um objeto implica influenciar seu comportamento para obter um resultado
desejado. O controle é mais eficaz quando aplicado a fatores físicos, químicos ou mecânicos, pois
seu comportamento é previsível. Por outro lado, quando há interação humana, o controle se torna
mais complexo devido à imprevisibilidade do comportamento humano.

A teoria do controle envolve a inserção de um agente corretivo no processo para guiar


seu comportamento dentro de padrões predeterminados. Quanto menor for a interação humana no
processo, maiores são as chances de sucesso do sistema de controle. O texto menciona exemplos de
sistemas de controle automáticos, como ar-condicionado e sistemas de controle presentes nos seres
vivos. A cibernética é apresentada como a ciência que estuda os controles automáticos e teve um
impacto significativo nos sistemas de controle e administração, impulsionando a automação e a
informática.

No contexto da Administração, o controle é uma das cinco funções administrativas,


juntamente com prever, organizar, comandar e coordenar. O controle é visto como um instrumento
essencial para alcançar os objetivos organizacionais. Ele está presente em todos os níveis das
organizações e é responsabilidade dos postos de comando.

O controle é definido como o processo que assegura que as ações estão sendo
executadas de acordo com o planejado, visando alcançar objetivos predeterminados. O texto
também menciona as fases do controle, que incluem estabelecer padrões e objetivos, avaliar a
execução, comparar os resultados com o padrão esperado e implementar ações corretivas quando
necessárias.

O texto também faz referência aos programas de qualidade total, como o TQM (Total
Quality Management) e TQC (Total Quality Control), que seguem uma sequência de controle por
meio do ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Act), são observados os conceitos de controle interno e
auditorias. O controle interno refere-se a um sistema composto por estrutura e processo de controle
dentro de uma organização. A estrutura de controle é projetada com base nas variáveis-chave do
contexto social e na estratégia da organização, levando em consideração as responsabilidades de
cada administrador ou responsável pelos centros de competência. A estrutura também inclui um
sistema de indicadores de informações e incentivos. O processo de controle envolve o
planejamento, a execução das atividades interativas e a avaliação periódica da atuação.

Os controles internos podem ser divididos em controles contábeis e controles


administrativos. Os controles contábeis referem-se à proteção do patrimônio e à confiabilidade das
informações contábeis, incluindo controles físicos sobre bens, estabelecimento de níveis de
autoridade e responsabilidade, segregação de funções, rotação de funcionários e elaboração de
relatórios periódicos. Os controles administrativos abrangem os métodos e procedimentos que
visam à adesão às políticas estratégicas e à eficiência operacional da organização, como o
planejamento estratégico, metas de produção, sistemas de custos e controle de qualidade.

A auditoria é uma atividade realizada com técnicas próprias e especializadas, que pode
ser classificada como externa ou interna. A auditoria externa é realizada por uma empresa ou
profissional externo à organização auditada e tem como objetivo certificar a gestão econômico-
financeira. Já a auditoria interna é conduzida por profissionais internos à organização e possui um
escopo mais abrangente, incluindo o estudo e a avaliação contínua do sistema de controle interno,
sua supervisão e desempenho.

Embora relacionados, controle interno e auditoria interna não são sinônimos. O


controle interno engloba um conjunto de métodos e medidas para garantir o funcionamento
adequado da organização, enquanto a auditoria interna é uma atividade independente que tem como
missão assegurar o funcionamento dos controles, avaliando a eficiência e eficácia dos sistemas de
controle e fornecendo resultados para a tomada de decisão. O controle interno na administração
pública no Brasil teve início com a criação do Departamento Administrativo do Serviço Público
(DASP) em 1936. O DASP tinha como objetivo racionalizar a administração por meio de
simplificações, padronizações e métodos de procedimentos. Durante esse período, também foi
instituído o concurso para ingresso nos quadros de carreira da Administração Pública.

O controle interno na Administração Pública brasileira é fundamentado no artigo 74 da


Constituição Federal. Esse artigo estabelece que os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário
devem manter um sistema de controle interno integrado com o objetivo de avaliar o cumprimento
das metas do plano plurianual, a execução dos programas de governo, a legalidade e a eficácia da
gestão orçamentária, financeira e patrimonial , além de exercer o controle das operações de crédito,
avais e garantias.
O fiscal é responsável por avaliar e certificar se a contabilidade do órgão/entidade
registra corretamente os atos e fatos relacionados aos sistemas orçamentário, financeiro e
patrimonial. Ela verifica se os registros são completos, autorizados por quem de direito e se os
valores estão corretos.

A fiscalização financeira verifica se a administração dos recursos financeiros está em


conformidade com as normas e princípios da administração pública. Isso inclui a arrecadação, o
gerenciamento e a aplicação dos recursos, além da regularidade das renúncias de receitas e
concessões de auxílios e subvenções.

A fiscalização orçamentária vai além da fiscalização se as despesas estão previstas no


orçamento anual e se foram executadas corretamente. Ela confronta essas despesas com a Lei de
Diretrizes Orçamentárias e o Plano Plurianual para garantir o cumprimento dos programas
considerados pelos representantes do povo.

A supervisão operacional se refere ao acompanhamento e avaliação das ações


compreendidas pelo órgão/entidade para alcançar seus objetivos orgânicos, levando em
consideração os aspectos de economia, eficiência e eficácia.

É importante destacar que a fiscalização abrange os aspectos contábeis, financeiros,


orçamentários, operacionais e patrimoniais. A Lei de Responsabilidade Fiscal confere maior
proteção ao acompanhamento e fiscalização financeira, impondo obrigações diversas para os
administradores que não cumpram as normas protegidas.

Em resumo, o controle interno na administração pública brasileira engloba um


conjunto de medidas e procedimentos para garantir a legalidade, eficácia e eficiência da gestão
pública, abrangendo aspectos contábeis, financeiros, orçamentários, operacionais e patrimoniais. A
auditoria interna desempenha um papel fundamental nesse processo, avaliando o sistema de
controle interno e fornecendo débitos para a tomada de decisão. Texto explicativo sobre o sistema
de controle interno e fiscalização de patrimônio no Brasil, mais especificamente no Estado do Rio
Grande do Sul. Ele descreve a estrutura atual do sistema de controle interno do Poder Executivo
Federal e também a estrutura do sistema de controle interno do Estado do Rio Grande do Sul.

No âmbito federal, o Sistema de Controle Interno do Poder Executivo é estabelecido


pela Lei 10.180/2001 e tem como órgão central a Secretaria Federal de Controle, que atua por meio
de unidades regionais. Além do órgão central, existem órgãos setoriais que atuam junto à
Advocacia-Geral da União, Casa Civil e Ministérios das Relações Exteriores e da Defesa.

No Estado do Rio Grande do Sul, a história do Controle Interno institucional está


ligada à Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (CAGE). A CAGE foi criada em 1948 e, por meio
de decretos e legislações posteriores, passou a representar o órgão central do Sistema de Controle
Interno do Estado. Suas principais atribuições incluem a fiscalização fiscal, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial da Administração Direta e Indireta do Estado, a emissão de
parecer sobre as contas dos administradores, o controle sobre atos de arrecadação de rendas e
administração de bens do Estado, entre outras.

O texto também menciona a importância da independência funcional do órgão de


controle interno em relação às áreas ou atividades controladas. Ele destaca que a auditoria interna
tem como propósito avaliar a administração, avaliar os controles internos e garantir que os objetivos
da organização sejam alcançados de forma econômica e eficiente. Os órgãos de controle interno
operam com independência em relação aos órgãos e entidades auditadas e emitem relatório e
pareceres endereçados aos tribunais de contas e à sociedade.

Em resumo, o texto fornece informações sobre a estrutura atual do sistema de controle


interno tanto no âmbito federal quanto no Estado do Rio Grande do Sul, destacando as atribuições e
responsabilidades dos órgãos envolvidos, assim como a importância da independência funcional e
do escopo do trabalho realizado pelos órgãos de controle interno.

O texto enfatiza que os controles internos são de responsabilidade do administrador


público, enquanto o órgão central do sistema tem o papel de avaliar, gerenciar, propor melhorias e
orientar os responsáveis pelos controles em cada órgão.

Algumas características específicas da administração pública são apontadas como


dificuldades na implantação de controles e mudanças comportamentais, tais como a dificuldade de
medir resultados devido à falta de padrões externos, a relativa estabilidade funcional dos agentes
públicos, a rotatividade das funções da alta administração devido à vinculação político-partidário e
ausência de risco financeiro ou patrimonial para os administradores, uma vez que os investimentos
vêm do público.

O autor destaca a importância de considerar a perspectiva psicossocial do controle,


observando que o comportamento individual não depende apenas do sistema formal e técnico de
controle, mas também de características pessoais e organizacionais. Além disso, ressaltamos que a
motivação para o controle pode ser alcançada não apenas por meio de técnicas quantitativas, mas
também pela motivação intrínseca, participação e formulação de objetivos.

No que diz respeito à integração do sistema de controle interno na administração


pública, são sugeridas algumas medidas necessárias, como a designação formal de um responsável
pelos controles internos em cada órgão/entidade, a criação de unidades de controle ou assessoria, a
atuação do órgão central como orientador e fiscalizador, e a instituição de um Comitê de Controle
Interno para estudo, pesquisa e intercâmbio técnico.
O texto destaca que o órgão central deve avaliar periodicamente os controles,
promover o desenvolvimento técnico do sistema e explorar o potencial de benchmarking entre os
membros do sistema, a fim de manter-se na vanguarda em termos de controle interno no setor
público.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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