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RECEITA FEDERAL

AUDITORIA
NORMAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA (NPAS) DO
IBRACON– INSTITUTO DOS AUDITORES INDEPENDENTES
DO BRASIL

Pré-edital

Livro Eletrônico
MARCELO ARAGÃO

Auditor Federal de Controle Externo do TCU


desde 2006. Foi Analista de Finanças e Controle
do Sistema de Controle Interno do Poder Exe-
cutivo Federal (SCI) durante 14 anos. No Tribu-
nal, exerce atualmente a função de Ouvidor e já
ocupou, entre outras, as funções de assessor do
Secretário-Geral de Controle Externo, coorde-
nador do projeto Controle Externo do Mercosul,
chefe do Serviço de Coordenação de Redes de
Controle, coordenador das Ações de Controle
sobre os projetos da Copa do Mundo FIFA 2014
e secretário de Controle Externo no estado de
Alagoas. É professor das disciplinas Controle
Interno e Externo e Auditoria Geral e Governa-
mental em diversas instituições de ensino. Além
disso, é autor de dois livros de auditoria pela
editora Método. Graduado em Administração
pela Universidade Federal Fluminense, possui
especialização em Administração Pública (FGV)
e Auditoria Interna e Controle Governamental
(ISC/CEFOR).

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Normas e Procedimentos de Auditoria (NPAS) do IBRACON – Instituto
dos Auditores Independentes do Brasil
Prof. Marcelo Aragão

Normas e Procedimentos de Auditoria (NPAS) do IBRACON – Instituto dos


Auditores Independentes do Brasil.................................................................5
Auditoria no Setor Público Federal..................................................................8
1. Finalidades e Objetivos da Auditoria no Setor Público Federal....................... 10
2. Abrangência de Atuação......................................................................... 15
3. Tipos e Formas de Auditoria no Setor Público............................................. 22
Tipos de Auditoria Segundo Peter e Machado................................................. 31
4. Normas Relativas à Execução dos Trabalhos.............................................. 38
Resumo.................................................................................................... 77
Mapa Mental............................................................................................. 88
Questões de Concurso................................................................................ 91
Gabarito................................................................................................. 113
Gabarito Comentado................................................................................ 114

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Normas e Procedimentos de Auditoria (NPAS) do IBRACON – Instituto
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Apresentação

Olá, caro(a) aluno(a),

Esta é a última aula do nosso curso de auditoria para o concurso de Auditor Fis-

cal da Receita Federal (aula 10).

Seguindo a programação do curso, nesta aula serão vistos os seguintes temas:

• Normas e Procedimentos de Auditoria do IBRACON – Instituto dos Auditores

Independentes do Brasil.

• Auditoria no setor público federal: finalidades e objetivos da auditoria gover-

namental; abrangência de atuação; formas e tipos; normas relativas à exe-

cução dos trabalhos.

Nas aulas anteriores, estudamos as normas de auditoria independente das de-

monstrações contábeis.

Nesta aula, veremos as normas de auditoria governamental, mais especifica-

mente as normas de auditoria que são aplicadas pelos órgãos de controle quando

executam auditorias no âmbito do setor público federal, que são o Tribunal de Con-

tas da União (auditoria externa governamental) e os órgãos que compõem o Siste-

ma de Controle Interno de cada poder (auditoria interna governamental).

Antes, porém, vamos comentar outro assunto que foi cobrado nos editais dos

dois últimos concursos da Receita Federal: Normas e Procedimentos de Auditoria

do IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil.

Daremos, então, início à nossa aula.

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NORMAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA (NPAS) DO


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TES DO BRASIL
Quanto a essas normas, vale ressaltar que dificilmente serão cobradas em pro-

va! Embora as normas e procedimentos de auditoria do IBRACON constem de al-

guns editais de concurso, a exemplo dos dois últimos concursos para Auditor da

Receita Federal, até hoje não caiu nenhuma questão sobre esse assunto.

Outro aspecto relevante é que IBRACON deixou de emitir normas de auditoria e

atualmente desenvolve juntamente com o Conselho Federal de Contabilidade (CFC)

o trabalho de tradução e revisão das normas internacionais de auditoria emitidas

pela IFAC para serem adotadas no Brasil, mediante aprovação e emissão pelo CFC.

Por fim, outro fato que corrobora o nosso entendimento de que essas normas

não serão cobradas, é que as normas e os comunicados técnicos do IBRACON ge-

ralmente tratam de assuntos muito específicos, que dificilmente despertariam o

interesse do examinador para elaborar questões.

É de se notar que, no site do instituto constam como ativas apenas três NPAs,

quais sejam:

NPA 03: Procedimentos de Auditoria Independente de Administradoras de

Consórcios (Aprovada em maio de 1995).

NPA 04: Trata de Revisão Limitada de Demonstrações Contábeis (Aprovada

em março de 1996).

NPA 14: Tem por objetivo estabelecer os padrões técnicos a serem observa-

dos pelo auditor independente, nomeado como perito ou como empresa especiali-

zada, na emissão de laudo de avaliação a valor contábil ou a valor contábil ajusta-

do a preços de mercado, destinados a apoiar processos de incorporação, cisão ou

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fusão de entidades empresas, de retirada ou ingresso de sócios, de encerramento

de atividades ou operações específicas previstas em lei.

Das três NPAs ativas, a meu ver, apenas a NPA 04 (Revisão limitada das DC)

poderia ter uma remota chance de eventual questão em prova, razão pela qual,

registramos a uma síntese a seguir.

RESUMO DA NPA 04 (Revisão Limitada de Demonstrações Contábeis)

Em determinadas circunstâncias, as normas legais ou regulamentares ou as

necessidades específicas da entidade não requerem uma auditoria, na extensão

necessária para emissão de um parecer, sendo suficiente uma revisão limitada das

demonstrações contábeis.

A revisão limitada das demonstrações contábeis compreende a realização de

uma série de procedimentos com o objetivo de verificar se os critérios contábeis

adotados para elaboração das mesmas, estão em conformidade com os Princípios

Fundamentais de Contabilidade e se foram aplicados com uniformidade em relação

ao exercício anterior.

O objetivo da revisão limitada de demonstrações contábeis difere, significativa-

mente, do objetivo de um exame de auditoria executado consoante as Normas de

Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis, que é a de possibilitar ao

auditor condições de expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis em

seu conjunto.

A revisão limitada de demonstrações contábeis, por outro lado, em face do cará-

ter limitado do seu alcance, não possibilita ao auditor condições de expressar uma

opinião sobre as demonstrações contábeis. Essa limitação existe, quando a revisão

não contempla a avaliação dos sistemas de controles internos, nem os testes nos

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registros contábeis, na extensão necessária para emissão de uma opinião sobre as

demonstrações contábeis.

A revisão limitada pode revelar assuntos significativos afetando as demonstra-

ções contábeis; todavia, não propicia segurança de que todos os assuntos relevan-

tes foram identificados.

Os procedimentos para a revisão limitada de demonstrações contábeis con-

sistem, principalmente, na obtenção de informações e entendimento dos critérios

adotados na elaboração das referidas demonstrações, na aplicação de procedimen-

tos de revisão analítica dos dados financeiros e averiguações junto aos responsá-

veis pelas áreas contábil e financeira.

Dado o caráter limitado dessa revisão, o entendimento dos sistemas de con-

troles operacionais e administrativos, o conhecimento dos procedimentos para re-

gistro das operações e dos princípios contábeis aplicáveis à elaboração das de-

monstrações contábeis da entidade são condições essenciais para a efetividade da

execução da revisão limitada.

Caso o auditor que não tenha executado auditoria no exercício anterior, deverá

adotar procedimentos de auditoria adicionais àqueles estabelecidos para essa re-

visão.

O relatório do auditor independente, sobre sua revisão limitada, deve conter:

a) Declaração de que tal revisão foi efetuada de acordo com as normas estabe-

lecidas neste Pronunciamento;

b) Identificação das demonstrações contábeis revisadas;

c) Descrição sumária dos procedimentos aplicados que consistem, principal-

mente, na aplicação de revisão analítica dos dados financeiros e averiguação dos

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critérios adotados na elaboração das demonstrações contábeis junto aos responsá-

veis perlas áreas contábil e financeira.

d) Declaração de que o trabalho de revisão não representou um exame de

acordo com as Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis

e, consequentemente, não está expressando uma opinião sobre as demonstrações

revisadas;

e) Declaração baseada na revisão limitada, de que não tem conhecimento de

qualquer modificação relevante que deva ser feita nas demonstrações contábeis

revisadas, para que as mesmas estejam de acordo com os Princípios Contábeis.

Bom, vamos ao assunto relevante desta aula que é a auditoria no setor público

federal.

Auditoria no Setor Público Federal


Até o ano de 2017, a maior referência para as bancas na elaboração de ques-

tões de auditoria no setor público federal era a Instrução Normativa da Secretaria

Federal de Controle Interno n. 1, de 2001 (a IN SFC 1/2001), que definiu diretrizes,

princípios, conceitos e aprovou as normas técnicas para a atuação do Sistema de

Controle Interno do Poder Executivo Federal.

A referida IN, contudo, foi revogada em 2017 e substituída pela Instrução

Normativa da Controladoria Geral da União n. 3, de 2017 (a IN CGU 3/2017), que

aprova o Referencial Técnico da Atividade de Auditoria Interna Governamental do

Poder Executivo Federal.

Seria de se imaginar que, com a revogação da IN SFC 1/2001, os editais de

concurso passassem a cobrar para a auditoria no setor público federal os requisitos

estabelecidos na IN CGU 3/2017. Mas isso não aconteceu!

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O que se viu em editais de concursos publicados nos anos de 2018 e 2019 foi

a repetição dos mesmos temas que vinham sendo cobrados com base na estrutura

da IN SFC 1/2001, mesmo revogada. Podemos atribuir esta situação a certo des-

conhecimento das normas e da evolução da auditoria governamental pelos órgãos

públicos em geral e também pelas bancas organizadoras, mas especialmente pelo

fato de que alguns livros especializados reproduzem parte das normas que eram

disciplinadas na IN SFC 1/2001.

Por exemplo, os tópicos: finalidades e objetivos da auditoria governamental; abran-

gência de atuação e formas e tipos de auditoria no setor público são tratados no

capítulo 4 do Livro Manual de Auditoria Governamental, de Peter e Machado, e as

normas relativas à execução do trabalho constam do capítulo 11 do mesmo livro.

Bom, você já percebeu que adoto nesta aula os ensinamentos de Peter e Ma-

chado, contidos na obra Manual de Auditoria Governamental. Além desse livro, con-

sidero ainda, as normas de auditoria publicadas pelo Tribunal de Contas da União.

Uma última dica antes de iniciar o estudo sobre a auditoria no setor público

federal!

Embora o tema auditoria no setor público federal tenha constado nos editais

dos dois últimos concursos de Auditor Fiscal da Receita Federal, só caiu uma ques-

tão e foi sobre tipos de auditoria. No decorrer da aula, vou comentar esta ques-

tão elaborada pela ESAF, apesar de nossa prioridade para questões CESPE e FCC,

bancas que estão sendo muito cotadas para a organização do próximo concurso da

Receita.

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1. Finalidades e Objetivos da Auditoria no Setor Público


Federal

A auditoria governamental é o tipo de auditoria que está voltado para o acom-

panhamento das ações empreendidas pelos órgãos e entidades que compõem a

administração direta e indireta das três esferas de governo.

No âmbito do setor público, a auditoria governamental é exercida pelo Tribunal

de Contas e pelos órgãos de controle interno de cada Poder.

Para o Tribunal de Contas da União, a auditoria é um instrumento de fiscalização

utilizado pelo tribunal para:

a) examinar a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão dos responsáveis

sujeitos a sua jurisdição, quanto ao aspecto contábil, financeiro, orçamentário e

patrimonial. A auditoria realizada com esses objetivos é denominada de auditoria

de conformidade; e

b) avaliar o desempenho dos órgãos e entidades jurisdicionados, assim como

dos sistemas, programas, projetos e atividades governamentais, quanto aos as-

pectos de economicidade, eficiência e eficácia dos atos praticados, denominada de

auditoria operacional.

No âmbito do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal (SCI),

a auditoria constitui o conjunto de técnicas que visa avaliar a gestão pública,

pelos processos e resultados gerenciais, bem como a aplicação de recursos

públicos por entidades de direito público e privado, mediante a confrontação entre

uma situação encontrada e determinado critério técnico, operacional ou legal.

Logo, do ponto de vista do SCI, a auditoria governamental constitui-se em

importante técnica de controle em busca da melhor alocação de recursos, não só

atuando para corrigir os desperdícios, como inibir a improbidade, a negligência e a

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omissão e, principalmente, antecipando-se a essas ocorrências, buscando garantir

os resultados pretendidos e contribuir para agregar valor ao corpo gerencial.

A auditoria governamental é aplicada para atender as seguintes atividades:

• avaliar a gestão de recursos públicos sob a responsabilidade de órgãos

públicos e entidades privadas, bem como nos projetos de cooperação técnica

envolvendo organismos internacionais;

• apurar atos e fatos inquinados de ilegais ou irregulares, praticados por

agentes públicos ou privados, na utilização de recursos públicos;

• avaliar a consistência das informações produzidas pelos sistemas contá-

bil, financeiro, de pessoal e de controles administrativos e operacionais.

• examinar a regularidade e avaliar a eficiência e eficácia da gestão adminis-

trativa e dos resultados alcançados nas ações de governo;

• confirmar dados constantes do processo de Tomada de Contas Especial em

apoio ao Tribunal de Contas; e

• examinar os procedimentos administrativos e os controles internos dos

órgãos da administração direta, no papel equivalente à auditoria interna em-

presarial.

Já deu para perceber a importância da auditoria no setor público, como um

instrumento de verificação e apoio ao gestor, não só para o cumprimento de leis e

normas, mas também para o aprimoramento da gestão pública.

Como novidade, mencionei acima a tomada de contas especial (TCE). Esclareço

que a TCE é um processo devidamente formalizado, com rito próprio, para apurar

a responsabilidade por ocorrência de dano à administração pública e obtenção do

devido ressarcimento.

O procedimento de TCE tem como objetivos básicos:

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a) apurar os fatos que resultaram em prejuízo ao Erário (O QUÊ);

b) identificar e qualificar os agentes causadores do dano (QUEM e COMO); e

c) quantificar o prejuízo sofrido pelos cofres públicos (QUANTO).

Os órgãos de Controle Interno realizam auditoria nos processos de TCEs, apre-

sentando um relatório de auditoria, acompanhado de um certificado e de um pa-

recer conclusivo, contendo a opinião sobre a regularidade ou não das contas, para

subsidiar o julgamento por parte do Tribunal de Contas.

Ainda quanto às finalidades, com a Constituição Federal de 1988, a atividade de

Controle Interno teve as suas finalidades descritas, com o desenho que tem hoje,

conforme o disposto no artigo 74:

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada,


sistema de controle interno com a finalidade de:
I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos pro-
gramas de governo e dos orçamentos da União;
II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da
gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração
federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos di-
reitos e haveres da União;
IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

De acordo com o texto constitucional, o Controle Interno assume um caráter

avaliativo da ação governamental. Adota a filosofia de controle e fiscalização con-

tábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos órgãos e entidades da

administração direta e indireta. Ultrapassa os limites estreitos da pura legalidade,

para abranger também o exame da legitimidade, eficácia, eficiência e economici-

dade dos gastos públicos.

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Dessa forma, permite avaliar os gastos governamentais em relação aos inte-

resses da sociedade, conhecer a organização e o funcionamento dos órgãos e en-

tidades, além de possibilitar aferir os resultados dos programas e projetos gover-

namentais.

As finalidades do sistema de controle interno estão descritas em termos de ob-

jetivos no art. 3º do Decreto n. 3.591/2000, a saber:

A avaliação do cumprimento das metas do Plano Plurianual visa a com-

provar a conformidade da sua execução.

A avaliação da execução dos programas de governo visa a comprovar o

nível de execução das metas, o alcance dos objetivos e a adequação do gerencia-

mento.

A avaliação da execução dos orçamentos da União visa a comprovar a con-

formidade da execução com os limites e destinações estabelecidos na legislação

pertinente.

A avaliação da gestão dos administradores públicos federais visa a com-

provar a legalidade e a legitimidade dos atos e a examinar os resultados quanto à

economicidade, à eficiência e à eficácia da gestão orçamentária, financeira, patri-

monial, de pessoal e demais sistemas administrativos e operacionais.

O controle das operações de crédito, avais, garantias, direitos e haveres

da União visa a aferir a sua consistência e a adequação dos controles internos.

Quanto ao apoio ao controle externo, no âmbito do Poder Executivo Federal,

sem prejuízo do disposto em legislação específica, consiste no fornecimento de

informações e dos resultados das ações do Sistema de Controle Interno do Poder

Executivo Federal.

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Todavia, como vimos antes, esse apoio se dá também mediante as auditorias

que os órgãos de controle interno realizam sobre os processos de tomadas e pres-

tações de contas, incluindo a TCE, para apoiar o julgamento das contas por parte

do Tribunal de Contas da União e, ainda, pela obrigação estabelecida no § 1º do

art. 74, qual seja:

§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irre-


gularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena
de responsabilidade solidária.

Note que os dirigentes dos órgãos de controle interno de cada Poder, ao tomarem

conhecimento de qualquer irregularidade (desvio de recursos, fraudes, prejuízos

etc.) ou ilegalidade (descumprimento de lei e princípios), praticadas no âmbito dos

órgãos e entidades que estão sob a sua jurisdição, devem de imediato comunicar

ao TCU. A omissão não justificada poderá ensejar a responsabilização do dirigente

de controle interno omisso, de forma solidária com quem praticou o ato ilícito.

Objetivo Primordial versus Finalidade da Auditoria Governamental

Um aspecto muito cobrado em concurso diz respeito à diferença entre a finali-

dade básica e o objetivo primordial da auditoria governamental interna, conforme

estabelecido na antiga IN SFC 1, de 2001. Portanto, muita atenção quanto às de-

finições a seguir:

O objetivo primordial da auditoria é o de garantir resultados operacio-

nais na gerência da coisa pública. Essa auditoria é exercida nos meandros da

máquina pública em todas as unidades e entidades públicas federais, observando

os aspectos relevantes relacionados à avaliação dos programas de governo e da

gestão pública.

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A finalidade básica da auditoria é comprovar a legalidade e legitimidade

dos atos e fatos administrativos e avaliar os resultados alcançados, quanto

aos aspectos de eficiência, eficácia e economicidade da gestão orçamentária, finan-

ceira, patrimonial, operacional, contábil e finalística das unidades e das entidades

da administração pública, em todas as suas esferas de governo e níveis de poder,

bem como a aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado, quan-

do legalmente autorizadas nesse sentido.

2. Abrangência de Atuação

A abrangência de atuação da auditoria no setor público federal está relacionada

com os objetos (operações, programas, instrumentos etc.) e as pessoas (físicas

ou jurídicas, públicas ou privadas) em alcance ou sujeitos ao controle e à auditoria

governamental.

Objetos sujeitos à atuação da auditoria governamental:

• os sistemas administrativos e operacionais de controle interno administrativo

utilizados na gestão orçamentária, financeira, patrimonial, operacional e de

pessoal;

• a execução dos planos, programas, projetos e atividades que envolvam apli-

cação de recursos públicos;

• a aplicação dos recursos públicos transferidos a entidades públicas ou priva-

das;

• os contratos firmados por gestores públicos com entidades públicas ou priva-

das para prestação de serviços, execução de obras e fornecimento de mate-

riais;

• os processos de licitação, sua dispensa ou inexigibilidade;

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• os instrumentos e sistemas de guarda e conservação dos bens e do patrimô-

nio sob responsabilidade das unidades da Administração Direta e entidades

da Administração Indireta do Poder Público;

• os atos administrativos que resultem direitos e obrigações para o Poder Públi-

co Federal, em especial, os relacionados com a contratação de empréstimos

internos ou externos, assunção de dívidas, securitizações e concessão de

avais;

• a arrecadação, a restituição e as renúncias de receitas de tributos federais;

• os sistemas eletrônicos de processamento de dados, suas informações de

entrada e de saída, objetivando constatar: a) segurança física do ambiente e

das instalações do centro de processamento de dados; b) segurança lógica e

a confidencialidade nos sistemas desenvolvidos em computadores de diversos

portes; c) eficácia dos serviços prestados pela área de informática; d) eficiên-

cia na utilização dos diversos computadores existentes na entidade;

• verificação do cumprimento da legislação pertinente;

• os processos de Tomadas de Contas Especial, sindicância, inquéritos adminis-

trativos e outros atos administrativos de caráter apuratório;

• os processos de admissão e desligamento de pessoal e os de concessão de

aposentadoria, reforma e pensão; e

• os projetos de cooperação técnica com organismos internacionais e projetos

de financiamento ou doação de organismos multilaterais de crédito com qual-

quer órgão ou entidade no país.

A abrangência de atuação da auditoria governamental inclui as atividades de

gestão das unidades da administração direta, entidades da Administração Indireta

Federal, programas de trabalho, recursos e sistemas de controles administrativo,

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operacional e contábil, projetos financiados por recursos externos, projetos de co-

operação junto a organismos internacionais, a aplicação de quaisquer recursos re-

passados pela União ou pelo Estado mediante contratos de gestão, transferências

a fundo, convênio, acordo, ajuste ou outro instrumento congênere.

Pessoas Sujeitas à Auditoria Governamental

De acordo com o parágrafo único do art. 70 da CF, estão sujeitas à auditoria

qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade,

guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos

quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza

pecuniária.

Vale destacar a amplitude do alcance do controle e da auditoria governamental,

posto que, à luz do dispositivo constitucional, estão sujeitas à fiscalização quais-

quer pessoas, desde que UTILIZEM, ARRECADEM, GUARDEM, GERENCIEM OU AD-

MINISTREM bens e valores públicos. Portanto, pessoas ou empresas privadas ou

que não pertençam à Administração Pública também são passíveis de ser fiscaliza-

das, em certos casos.

Assim, os responsáveis por um depósito ou armazém privado que assumem a

obrigação de simplesmente guardar um bem público, como, por exemplo, o arma-

zenamento de estoques reguladores do governo (arroz e milho), estão sujeitos à

prestação de contas e à auditoria pública.

A obrigação de prestar contas deve abranger, também, os bens e valores públi-

cos pelos quais a União responda, mesmo que esses recursos não lhe pertençam.

Exemplo típico dessa situação ocorre quando a União realiza licitação em que seja

necessário depositar caução para participar do certame. Os valores depositados

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não pertencem à União, mas sim aos licitantes. Como os recursos transitam por

conta pública, o gestor deve prestar contas do que foi recebido a título de caução e

o que foi devolvido aos licitantes.

O dever de prestar contas também abrange aqueles que assumem obrigação de

natureza pecuniária em nome da União, como, por exemplo, em uma operação de

crédito externa feita por um ente da federação com o aval da União. Assim, cumpre

ao ente prestar contas de como está cumprindo a obrigação assumida.

Estão sujeitas à ao controle e à auditoria as seguintes entidades:

• autarquias;

• empresas públicas;

• sociedades de economia mista;

• fundações públicas;

• agências executivas e reguladoras;

• fundos especiais e fundos setoriais de investimentos;

• empresas subsidiárias, controladas, coligadas ou quaisquer outras cujo capi-

tal a União tenha o controle direto ou indireto;

• empresas supranacionais de cujo capital a União participe de forma direta ou

indireta, nos termos de seus tratados constitutivos.

Recursos

Estão sujeitos à auditoria no setor público todos os recursos originários da lei

orçamentária anual, de créditos adicionais, de operações de crédito da União, as-

sim como as receitas próprias e as aplicações da Administração Direta e Indireta,

inclusive fundos especiais. Logo, a auditoria alcança tanto os recursos orçamentá-

rios quanto os recursos extraorçamentários.

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Outro aspecto relevante quanto à abrangência da auditoria no setor público

federal é o alcance da fiscalização realizada pelos órgãos de controle externo (Con-

gresso Nacional com o apoio do TCU) e de controle interno, conforme estabelecido

no caput do art. 70 da CF.

De acordo com o caput do art. 70, a fiscalização contábil, financeira, orçamen-

tária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta

e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das sub-

venções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante

controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

Logo, no referido dispositivo constitucional, estão especificados, ainda, os gran-

des critérios com que essas auditorias (contábil, financeira, orçamentária, opera-

cional e patrimonial) serão realizadas: legalidade, legitimidade e economicidade,

alcançando também recursos transferidos para entidades privadas e a renúncia de

receitas. Assim, a análise de gestão contábil, orçamentária, financeira, patrimonial

e operacional é realizada levando-se em conta a:

a) legalidade – aderência da aplicação dos recursos ao ordenamento jurídico

(Constituição, leis, decretos, normas etc.).

b) legitimidade – pressupõe a aderência, além da legalidade, à moralidade e

à ética, ou seja, se atendeu ao interesse público. Nenhum ato pode ser legítimo se

não for legal, porém, pode ser legal e agredir a legitimidade.

c) economicidade – minimização dos custos incorridos com os gastos públi-

cos. Deve-se observar se os preços dos produtos adquiridos estão de acordo com

o preço de mercado.

d) aplicação de subvenções – aplicação dos recursos públicos transferidos a

entidades públicas ou privadas para determinadas despesas ou fins.

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e) renúncia de receitas – são benefícios tributários e fiscais, financeiros e cre-

ditícios para incentivo a determinado setor ou atividade, como, por exemplo, os ju-

ros subsidiados via empréstimos por bancos estatais, a isenção fiscal e a redução

de base de cálculo ou de alíquota de tributos.

Alcance da Auditoria

Conforme ensinam Piscitelli e Timbó, de acordo com o art. 23, item XVIII do

Decreto n. 93.874/1986, a execução da atividade de auditoria contábil e a de pro-

gramas, de competência dos órgãos de controle interno, abrange os órgãos da

Administração Direta, entidades da Administração Indireta, organizações em geral

dotadas de personalidade jurídica de direito privado e sujeitas a controle segundo

a legislação específica, além de cada beneficiário de transferência à conta do Orça-

mento da União.

O controle aplica-se a empresas controladas direta ou indiretamente pela União.

Contudo, estão fora da esfera de competência do controle pelo Poder Público as

empresas com participação minoritária (ou igualitária) da União ou de suas enti-

dades no capital com direito a voto, ou – mesmo sendo majoritária – desde que

representada total ou parcialmente por ações preferenciais (sem direito a voto),

conforme a Lei n. 6.525, de 11/4/78, cujo artigo 1º modificou a redação do artigo

7º da Lei n. 6.223/1975.

Nos casos em que a União, Estado, Distrito Federal, Município ou entidade da

respectiva administração indireta participe do capital de empresa privada detendo

apenas a metade ou a minoria das ações ordinárias, exercer-se-á tão-somente o

direito de fiscalização assegurado ao acionista minoritário pela Lei das Sociedades

por Ações.

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Cabe ressaltar ainda que a Constituição de 1988 consagrou a sujeição ao con-

trole das contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a

União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo

(art. 71, inciso V). Isto significa que – no caso – o controle se aplica inclusive às

participações minoritárias, isto é, até a destinação final dos recursos nacionais.

Em síntese, quanto aos aspectos objetivos, o controle abrange todas as ati-

vidades administrativas desenvolvidas pelo poder público que impliquem receitas,

despesas e nascimento ou extinção de direitos ou obrigações, e os aspectos ava-

liados: legalidade, legitimidade, economicidade e cumprimento de resultados de

programas de trabalho.

Assim, praticam os órgãos de controle interno e externo o controle de legalidade

e o de gestão (de resultados ou operacional). Quanto ao controle de mérito do ato

administrativo, em regra não compete aos Tribunais, entretanto, pode o Tribunal de

Contas, em certos casos, avaliar aspectos de discricionariedade dos atos quanto à

razoabilidade e proporcionalidade e outros princípios.

Os aspectos subjetivos da ação fiscalizadora do controle interno e externo

estão postos no parágrafo único do art. 70 da CF. São todas as pessoas físicas, ou

jurídicas, públicas ou privadas, sujeitas à jurisdição ou ao alcance do TCU, desde

que UTILIZEM, ARRECADEM, GUARDEM, GERENCIEM OU ADMINISTREM bens e

valores públicos. Portanto, pessoas ou empresas privadas ou que não pertençam à

Administração Pública também são passíveis de serem fiscalizadas pelos órgãos de

controle, em certos casos.

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3. Tipos e Formas de Auditoria no Setor Público

Tomando como referência as normas internacionais de auditoria e as normas do

TCU, as auditorias realizadas pelos tribunais de contas no Brasil são basicamente

de dois tipos: auditoria de regularidade e auditoria operacional.

Outros órgãos de controle e de auditoria governamental no Brasil preferem uma

classificação diferente para as suas auditorias, como a classificação adotada pelo

Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, que é mais elástica e con-

templa cinco tipos de auditoria: avaliação de gestão, acompanhamento de gestão,

contábil, operacional e especial.

Auditoria de Regularidade x Auditoria Operacional

A auditoria de regularidade é uma espécie de auditoria governamental, utilizada

pelo tribunal de contas para examinar a legalidade e a legitimidade dos atos de

gestão dos responsáveis sujeitos a sua jurisdição, quanto aos aspectos contábil,

financeiro, orçamentário e patrimonial.

Compõem as auditorias de regularidade as auditorias de conformidade e as

auditorias contábeis ou financeiras.

Assim, caso o Tribunal de Contas pretenda realizar uma auditoria na folha de

pagamento de órgão público, com o objetivo de verificar a regularidade dos paga-

mentos ou uma auditoria nos processos de aquisição de bens e serviços do órgão,

avaliando a legalidade dos processos licitatórios e contratuais, realizará uma audi-

toria de regularidade ou de conformidade.

Já a auditoria operacional é utilizada para avaliar o desempenho dos ór-

gãos e entidades jurisdicionados, assim como dos sistemas, programas, projetos e

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atividades governamentais, quanto aos aspectos de economicidade, eficiência,

eficácia e efetividade dos atos praticados.

Enquanto a auditoria de regularidade verifica se o gestor público cumpriu os

mandamentos legais e a legitimidade e a probidade dos atos administrativos, a au-

ditoria operacional se preocupa em verificar o desempenho e os resultados alcan-

çados pelo gestor público, ou seja, a  eficácia, a  eficiência, a  economicidade e a

efetividade da gestão.

As normas de auditoria do TCU definem que a auditoria operacional tem por

objetivo examinar a economicidade, eficiência, eficácia e efetividade de organiza-

ções, programas e atividades governamentais, com a finalidade de promover o

aperfeiçoamento da gestão pública.

O gráfico abaixo demonstra de forma comparativa os aspectos abordados em

um e outro tipo de auditoria dos TC’s:

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Não é a área auditada que define se auditoria é do tipo regularidade/conformidade

ou operacional, mas o objetivo que mais prevalece no trabalho. Contudo, sabemos

que a auditoria de conformidade é muito utilizada para auditoria em licitações e

contratos, aposentadorias, setores de patrimônio e folhas de pagamento.

As auditorias operacionais possuem características próprias que as distinguem

das auditorias tradicionais. Ao contrário das auditorias de regularidade, que ado-

tam padrões relativamente fixos, as auditorias operacionais, devido à variedade e

complexidade das questões tratadas, possuem maior flexibilidade na escolha de

temas, objetos de auditoria, métodos de trabalho e forma de comunicar as conclu-

sões de auditoria. Empregam ampla seleção de métodos de avaliação e investiga-

ção de diferentes áreas do conhecimento, em especial das ciências sociais. Além

disso, essa modalidade de auditoria requer do auditor flexibilidade, imaginação e

capacidade analítica.

Algumas áreas de estudo, em função de sua especificidade, necessitam de co-

nhecimentos especializados e abordagem diferenciada, como é o caso das avalia-

ções de programa, auditoria de tecnologia de informação e de meio ambiente.

Nas auditorias de regularidade, as conclusões assumem a forma de opinião

concisa e de formato padronizado sobre demonstrativos financeiros e sobre a con-

formidade das transações com leis e regulamentos, ou sobre temas como a inade-

quação dos controles internos, atos ilegais ou fraude.

Nas auditorias operacionais, o relatório trata da economicidade e da eficiência

na aquisição e aplicação dos recursos, assim como da eficácia e da efetividade dos

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resultados alcançados. Tais relatórios podem variar consideravelmente em escopo

e natureza, informando, por exemplo, sobre a adequada aplicação dos recursos,

sobre o impacto de políticas e programas e recomendando mudanças destinadas a

aperfeiçoar a gestão.

Pela sua natureza, as auditorias operacionais são mais abertas a julgamentos

e interpretações e seus relatórios, consequentemente, são mais analíticos e argu-

mentativos. Enquanto nas auditorias de regularidade o exame da materialidade

está diretamente relacionado ao montante de recursos envolvidos, nas auditorias

operacionais essa é uma questão mais subjetiva e pode basear-se em considera-

ções sobre a natureza ou o contexto do objeto auditado.

A participação do gestor e de sua equipe é fundamental em várias etapas do ci-

clo de uma auditoria operacional. Desde a etapa de seleção do tema e definição do

escopo da auditoria até a caracterização dos achados e possíveis recomendações,

a equipe deve contar com a imprescindível colaboração do auditado.

Para que a auditoria contribua efetivamente para o aperfeiçoamento da gestão,

o gestor precisa apoiar o trabalho e estar disposto a colaborar, facilitando a identi-

ficação das áreas relevantes a serem examinadas. Por sua vez, o envolvimento do

gestor favorece a apropriação dos resultados da auditoria e a efetiva implementa-

ção das recomendações propostas.

Mais adiante, veremos um pouco mais acerca da auditoria operacional e uma de

suas modalidades, que é a auditoria de avaliação de programa.

Quadro Resumo:

Auditoria de regularidade versus operacional

AUDITORIA DE AUDITORIA
REGULARIDADE OPERACIONAL

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Objetivam avaliar a legalidade e a legitimi- Tem a finalidade de promover o aperfeiçoamento


dade dos atos de gestão. da gestão pública.
Adotam padrões relativamente fixos, ou seja, Maior flexibilidade na escolha de temas, objetos
os métodos são mais tradicionais. Os critérios de auditoria, métodos de trabalho e forma de
utilizados estão previstos nas normas. comunicar as conclusões de auditoria.
O enfoque dos exames é no passado. O enfoque é voltado para o presente e futuro.
Em função de sua especificidade, neces-
Menor necessidade de conhecimentos espe-
sitam de conhecimentos especializados e
cializados.
abordagem diferenciada.
As conclusões assumem a forma de opi-
O relatório trata da economicidade e da efi-
nião concisa e de formato padronizado
ciência na aquisição e aplicação dos recur-
sobre demonstrativos financeiros e sobre
sos, assim como da eficácia e da efetividade
a conformidade das transações com leis
dos resultados alcançados. Tais relatórios
e regulamentos, ou sobre temas como a
podem variar consideravelmente em escopo
inadequação dos controles internos, atos
e natureza.
ilegais ou fraude.
A materialidade é uma questão mais sub-
O exame da materialidade está direta-
jetiva e pode basear-se em considerações
mente relacionado ao montante de recur-
sobre a natureza ou o contexto do objeto
sos envolvidos.
auditado.
A participação do gestor e de sua equipe é
O gestor não participa dos trabalhos de
fundamental em várias etapas do ciclo de uma
auditoria.
auditoria operacional.

Dimensões da Auditoria Operacional

O Manual de Auditoria Operacional do TCU apresenta as principais dimensões de

análise em auditoria operacional: economicidade, eficiência, eficácia e efetivi-

dade. O diagrama de insumo-produto ilustra os conceitos-chave empregados em

auditoria operacional e suas inter-relações.

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Fonte: Manual de Auditoria Operacional do TCU (pág. 11).

A economicidade é a minimização dos custos dos recursos utilizados na con-

secução de uma atividade, sem comprometimento dos padrões de qualidade. Refe-

re-se à capacidade de uma instituição gerir adequadamente os recursos financeiros

colocados à sua disposição.

O exame da economicidade em auditorias operacionais poderá abranger a veri-

ficação de práticas gerenciais, sistemas de gerenciamento, benchmarking de pro-

cessos de compra e outros procedimentos afetos à auditoria de desempenho, en-

quanto o exame estrito da legalidade de procedimentos de licitação, fidedignidade

de documentos, eficiência dos controles internos e outros deverão ser objeto de

auditoria de conformidade.

A eficiência é definida como a relação entre os produtos (bens e serviços) ge-

rados por uma atividade e os custos dos insumos empregados para produzi-los em

um determinado período de tempo, mantidos os padrões de qualidade. Essa dimen-

são, portanto, relaciona-se com o conceito de economicidade e mede o esforço do

processo de transformação de insumos em produtos.

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A eficácia é definida como o grau de alcance das metas programadas (de pro-

dutos e serviços) em um determinado período de tempo, independentemente dos

custos implicados. O conceito de eficácia diz respeito à capacidade da gestão de

cumprir objetivos imediatos traduzidos em metas de produção ou de atendimento,

ou seja, a capacidade de prover bens ou serviços de acordo com o estabelecido no

planejamento das ações.

A efetividade diz respeito ao alcance dos resultados pretendidos, a médio e

longo prazo. Refere-se à relação entre os resultados de uma intervenção ou pro-

grama, em termos de efeitos sobre a população-alvo (impactos observados), e os

objetivos pretendidos (impactos esperados). Trata-se de verificar a ocorrência de

mudanças na população-alvo que se poderia razoavelmente atribuir às ações do

programa avaliado.

Outras Dimensões

Além das quatro dimensões de desempenho examinadas, outras, a elas rela-

cionadas, poderão ser explicitadas em razão de sua relevância para a delimitação

do escopo das auditorias operacionais. Aspectos como a qualidade dos serviços,

o grau de adequação dos resultados dos programas às necessidades das

clientelas (geração de valor público), a justiça na distribuição dos serviços e

dos seus custos econômicos, sociais e políticos (equidade) podem ser tra-

tados em auditorias operacionais com o objetivo de subsidiar a accountability de

desempenho da ação governamental.

O exame da equidade, que pode ser derivado da dimensão de efetividade da

política pública, baseia-se no princípio que reconhece a diferença entre os indivídu-

os e a necessidade de tratamento diferenciado. Promover a equidade é garantir as

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condições para que todos tenham acesso ao exercício de seus direitos civis (liber-

dade de expressão, de acesso à informação, de associação, de voto, igualdade en-

tre gêneros), políticos e sociais (saúde, educação, moradia, segurança). Portanto,

as políticas públicas de proteção e de desenvolvimento social têm papel fundamen-

tal na construção da equidade.

Em relação aos critérios pelos quais o auditor operacional mede o desempenho/

resultados, eles são amplos (leis, definidos pela Administração, pelos auditores,

auditorias anteriores, outras instituições ou programas etc). Os critérios em audi-

torias contábeis são relativamente fixos e padronizados.

Auditoria de Avaliação de Gestão

Esse tipo de auditoria objetiva emitir opinião com vistas a certificar a regu-

laridade das contas, verificar a execução de contratos, acordos, convênios ou

ajustes, a probidade na aplicação dos dinheiros públicos e na guarda ou adminis-

tração de valores e outros bens da União ou a ela confiados, compreendendo, entre

outros, os seguintes aspectos:

• exame das peças que instruem os processos de tomada ou prestação de con-

tas;

• exame da documentação comprobatória dos atos e fatos administrativos;

• verificação da eficiência dos sistemas de controles administrativo e contábil;

• verificação do cumprimento da legislação pertinente; e

• avaliação dos resultados operacionais e da execução dos programas de go-

verno quanto à economicidade, eficiência e eficácia dos mesmos.

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Lembro que o TCU e Peter e Machado denominam esse tipo de auditoria so-

mente de auditoria de gestão, que também pode ser chamada de auditoria de

tomada e prestação de contas.

Auditoria de Acompanhamento de Gestão

É a auditoria realizada ao longo dos processos de gestão, com o objetivo de se

atuar em tempo real sobre os atos efetivos e os efeitos potenciais positivos e nega-

tivos de uma unidade ou entidade federal, que contém evidências e relatos sobre

melhorias e economias existentes no processo ou oportunidades de prevenção de

gargalos ao desempenho da missão institucional.

Auditoria Contábil

É a auditoria de natureza contábil, que contém a opinião ou parecer do au-

ditor se os registros contábeis foram efetuados de acordo com os princípios fun-

damentais de contabilidade e se as demonstrações deles originárias refletem, ade-

quadamente, em seus aspectos mais relevantes, a situação econômico-financeira

do patrimônio, os resultados do período administrativo examinado e as demais

situações nelas demonstradas.

Auditoria de Recursos Externos

A auditoria contábil tem por objeto, também, verificar a efetividade e a apli-

cação de recursos externos, oriundos de agentes financeiros e organismos in-

ternacionais, por unidades ou entidades públicas executoras de projetos celebrados

com aqueles organismos com vistas a emitir opinião sobre a adequação e fidedig-

nidade das demonstrações financeiras.

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No Brasil, a auditoria realizada nos projetos financiados por organismos inter-


nacionais, como o Banco Mundial – BIRD e o Banco Interamericano de Desenvol-
vimento – BID, são realizadas por órgãos públicos responsáveis pelo controle e
auditoria governamental.
É isso mesmo! No âmbito do Poder Executivo Federal, a Secretaria Federal de
Controle Interno do Ministério da Transparência e da Controladoria-Geral da União
– SFC/CGU é a auditoria independente aceita pelos organismos internacionais para
realizar a auditoria nos projetos financiados com recursos externos e de coopera-
ção técnica. Alguns tribunais de contas são legitimados também para realizar esse
tipo de auditoria no âmbito de sua atuação.

Auditoria Especial

É o trabalho de auditoria governamental relativo ao exame de fatos ou situações


consideradas relevantes, de natureza incomum ou extraordinária, para atender
determinação expressa de autoridade competente. Classificam-se nesse tipo os
demais trabalhos de auditoria não inseridos em outras classes de atividades.

Cuidado em prova, pois a auditoria especial ocorre em situações relevantes e inco-


muns ou extraordinárias para atender a uma solicitação de uma autoridade gover-

namental, como um Ministro de Estado ou o Procurador-Geral da República.

Tipos de Auditoria Segundo Peter e Machado

Por fim, quanto aos tipos de auditoria governamental, apresento os tipos pre-

vistos no livro “Manual de Auditoria Governamental”, de Peter e Machado. Segundo

os autores, existem os seguintes tipos de auditoria no setor público:

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• Auditoria de Gestão → objetiva emitir opinião com vistas a certificar a re-

gularidade das contas, verificar a execução de contratos, convênios, acordos

ou ajustes, a probidade na aplicação dos dinheiros públicos e na guarda ou

administração de valores e outros bens da União ou a ela confiados.

• Auditoria de Programas → objetiva acompanhar, examinar e avaliar a

execução de programas e projetos governamentais específicos, bem como a

aplicação de recursos descentralizados, compreendendo, entre outros, os se-

guintes aspectos:

– análise da realização físico-financeira em face dos objetivos e metas esta-

belecidos;

– análise dos demonstrativos e dos relatórios de acompanhamento produzi-

dos com vistas à avaliação dos resultados alcançados e a eficiência geren-

cial;

– verificação da documentação instrutiva e comprobatória, quanto à proprie-

dade dos gastos realizados; e

– análise da adequação dos instrumentos de gestão – contratos, convênios,

acordos, ajustes e outros congêneres – para consecução dos planos, pro-

gramas, projetos e atividades desenvolvidas pelo gestor, inclusive quanto à

legalidade e diretrizes estabelecidas.

• Auditoria Operacional → consiste em avaliar as ações gerenciais e os pro-

cedimentos relacionados ao processo operacional, ou parte dele, dos órgãos

e entidades da Administração Pública, programas de governo, atividades ou

segmentos destes, com a finalidade de emitir opinião sobre a gestão. Atua nas

áreas inter-relacionadas do órgão/entidade, avaliando a eficácia dos seus resul-

tados em relação aos recursos materiais, humanos e tecnológicos disponíveis,

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bem como a economicidade e eficiência dos controles internos existentes

para a gestão dos recursos públicos. Sua filosofia de abordagem dos fatos é

de apoio, pela avaliação do atendimento às diretrizes e normas, bem como

pela apresentação de sugestões para seu aprimoramento. Seus principais

objetivos são:

– comprovar a conformidade às diretrizes, políticas, estratégias e ao universo

normativo;

– avaliar os controles internos;

– identificar procedimentos desnecessários ou em duplicidade e recomendar

sua correção;

– identificar as áreas críticas e riscos potenciais, proporcionado as bases para

sua eliminação ou redução;

– melhorar o desempenho e aumentar o êxito das organizações;

– avaliar as medidas adotadas para a preservação dos ativos e do patrimônio

para evitar o desperdício de recursos;

– aferir a confiabilidade, a  segurança, a  fidedignidade e a consistência dos

sistemas administrativos, gerenciais e de informação;

– avaliar o alcance dos objetivos e metas identificando as causas dos desvios,

quando houver;

– identificar áreas que concorrem para aumento e/ou diminuição de custos

e/ou receitas;

– recomendar e assessorar a implantação de mudanças.

• Auditoria Contábil → é a técnica que, utilizada no exame dos registros e

documentos e na coleta de informações e confirmações, mediante procedi-

mentos específicos, pertinentes ao controle do patrimônio de um órgão ou

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entidade, objetiva obter elementos comprobatórios suficientes que permitam

opinar se os registros contábeis foram efetuados de acordo com os princípios

fundamentais de contabilidade e se as demonstrações deles originárias refle-

tem, adequadamente, a situação econômico-financeira do patrimônio, os re-

sultados do período administrativo examinado e as demais situações nelas

demonstradas.

Auditoria de Sistemas → objetiva assegurar a adequação, privacidade dos da-

dos e informações oriundas dos sistemas eletrônicos de processamento de dados,

observando as diretrizes estabelecidas e a legislação específica.

• Auditoria Especial → objetiva o exame de fatos ou situações consideradas

relevantes, de natureza incomum ou extraordinária, sendo realizadas para

atender determinação do Presidente da República, Ministros de Estado ou por

solicitação de outras autoridades.

• Auditoria da Qualidade → tem como objetivo permitir a formação de uma

opinião mais concreta sobre o desempenho gerencial dos administradores

públicos, servindo como estímulo a adoção de uma cultura gerencial voltada

para o atingimento de resultados dentro dos princípios da qualidade, identifi-

cando os pontos fortes e fracos da organização. Utiliza-se de alguns critérios

pelos quais busca avaliar a organização, quais sejam: liderança, planejamen-

to estratégico, foco no cliente e no cidadão, informações a análise, gestão e

desenvolvimento de pessoas, gestão de processos e resultados institucionais.

• Auditoria Integral → envolve o exame dos controles, processos e sistemas

utilizados para gerenciar os recursos da organização, quais sejam: dinheiros,

pessoas, ativos físicos e informações, fundamentando-se em dois princípios

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de gestão pública: a) primeiro: a gestão deve ser conduzida de forma que as

decisões resultem no melhor uso dos recursos públicos, e, consequentemen-

te, em serviços públicos econômicos, eficientes e efetivos; b) segundo: as

pessoas que conduzem a gestão devem ser responsabilizadas pelo gerencia-

mento prudente e efetivo dos recursos delegados. A auditoria integral envol-

ve vários elementos da auditoria de gestão, operacional e financeira.

Como prometido, veja a única questão de auditoria governamental que caiu em

concursos anteriores para a Receita Federal. Ela constou da prova de AFRFB 2012

e foi sobre tipos de auditoria no setor público. Não foi uma questão fácil, pois a

banca tentou confundir os candidatos entre a auditoria contábil e a de gestão. Eis

a questão.

Questão 1    (ESAF/AFRFB/2012) Os auditores públicos foram designados para

examinar as demonstrações contábeis da Empresa Transportes Fluviais S.A. O ob-

jetivo é avaliar se os recursos destinados à construção dos dois novos portos foram

aplicados nos montantes contratados, dentro dos orçamentos estabelecidos e lici-

tações aprovadas. Foi determinado como procedimento a constatação da existência

física dos portos. Esse tipo de auditoria pública é classificada como auditoria

a) de gestão.

b) de programas.

c) operacional.

d) contábil.

e) de sistemas.

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Letra a.

Note que o enunciado afirma primeiro que os auditores públicos foram designados

para examinar as demonstrações contábeis, o que poderia levar o candidato a con-

cluir que se trata de uma auditoria contábil. Contudo, foi especificado o real objeti-

vo da auditoria que é o de avaliar se os recursos destinados à construção dos dois

novos portos foram aplicados nos montantes contratados, dentro dos orçamentos

estabelecidos e licitações aprovadas. Como complemento, aponta-se que foi deter-

minado como procedimento a constatação da existência física dos portos.

É de se notar que o objetivo da auditoria não é o de emitir uma opinião ou parecer

sobre a adequação das demonstrações, mas o de verificar a regularidade na aplica-

ção dos recursos orçamentários e dos procedimentos licitatórios, que são objetivos

da auditoria de gestão.

Por outro lado, o procedimento de constatação da existência física dos portos guar-

da conformidade com os aspectos verificados em uma auditoria de gestão, que são,

entre outros, verificação da existência física de bens e outros valores e do cumpri-

mento da legislação pertinente.

Portanto, apesar da “pegadinha” da ESAF, tentando levar os candidatos a concluir

pela auditoria contábil, em virtude do objetivo apontado no enunciado e do aspecto

verificado no trabalho, a auditoria deve ser classificada como auditoria de gestão.

Formas de Execução

As formas de execução da auditoria no setor público federal são a direta (cen-

tralizada, descentralizada e integrada), a indireta (compartilhada e terceirizada) e

a simplificada.

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1. Forma Direta → quando as atividades de auditoria são executadas direta-

mente por pessoal ou servidores dos órgãos de controle, com atribuição de audito-

ria, sendo subdivididas em:

a) centralizada → executada exclusivamente por auditores em exercício nos

órgãos central ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo

Federal.

b) descentralizada → executada exclusivamente por auditores em exercício

nas unidades regionais ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder

Executivo Federal.

c) integrada → executada conjuntamente por auditores em exercício no ór-

gão central, setoriais e unidades regionais. A coordenação é do órgão central de

controle com a utilização de auditores do próprio órgão e auditores das unidades

regionais.

2. Forma Indireta → trata-se das atividades de auditoria executadas com a

participação de servidores não lotados nos órgãos e unidades do Sistema de Con-

trole Interno do Poder Executivo Federal, que desempenham atividades de audito-

ria em quaisquer instituições da Administração Pública Federal ou entidade privada.

a) compartilhada → coordenada pelo Sistema de Controle Interno do Poder

Executivo Federal com o auxílio de órgãos/instituições públicas ou privadas. Um

exemplo seria uma auditoria realizada pela CGU com a participação de um auditor

ou um técnico do Banco Central do Brasil.

b) terceirizada → executada por instituições privadas, ou seja, pelas denomi-

nadas empresas de auditoria externa. Um exemplo seria um trabalho de auditoria

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em uma entidade da Administração Pública Indireta contratado junto a uma empre-

sa de auditoria independente.

3. Auditoria Simplificada → trata-se das atividades de auditoria realizadas

por servidores de qualquer unidade do Sistema de Controle Interno do Poder Exe-

cutivo Federal, sobre informações obtidas por meio de exame de processos e por

meio eletrônico, específico das unidades ou entidades federais, cujo custo-benefício

não justifica o deslocamento de uma equipe para o órgão. Essa forma de execução

de auditoria pressupõe a utilização de indicadores de desempenho que fundamen-

tam a opinião do agente executor das ações de controle.

4. Normas Relativas à Execução dos Trabalhos

Inicialmente, entendo fundamental que você tenha uma visão geral do proces-

so de auditoria governamental no Tribunal de Contas da União, com base no ciclo

de uma auditoria operacional, cujos objetivos e características básicas você já viu

nesta aula.

Vale notar que o processo de auditoria operacional é bem mais robusto e com-

plexo do que o de uma auditoria mais tradicional, do tipo conformidade ou contábil.

Veja o gráfico abaixo:

Ciclo da Auditoria Governamental no TCU:

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O ciclo completo da auditoria governamental compreende as etapas de seleção,

planejamento, execução, análise, elaboração de relatório, comentário do gestor,

apreciação pela Corte, divulgação e monitoramento.

O processo de seleção do objeto de auditoria é o primeiro estágio do ciclo e

visa selecionar um objeto que ofereça oportunidade para realização de auditoria

que contribua para o aperfeiçoamento da administração pública e forneça à socie-

dade opinião independente sobre o desempenho da atividade pública.

Os objetos são selecionados e as auditorias são aprovadas levando em consi-

deração os seguintes critérios: materialidade (volume de recursos), relevância

(importância social e econômica), risco ou vulnerabilidade (possibilidade de algo

acontecer e impactar negativamente o objeto), oportunidade e possibilidade de

agregação de valor com o trabalho de auditoria.

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O segundo estágio do ciclo é o planejamento da auditoria, que visa delimitar

o objetivo e o escopo da auditoria, definir a estratégia metodológica a ser adotada

e estimar os recursos, os custos e o prazo necessário à sua realização. Nesta fase

define-se o projeto de auditoria, cujo produto principal é o papel de trabalho deno-

minado matriz de planejamento.

No planejamento das auditorias operacionais aplicam-se as técnicas de diagnós-

tico de problemas com vistas a identificar os principais fatores que comprometem

o desempenho do programa/órgão.

Na fase de execução, terceiro estágio do ciclo, a equipe de auditoria realiza os

trabalhos de campo e os testes e procedimentos de auditoria necessários à coleta

de dados e de evidências. Após os trabalhos de campo, é elaborada a matriz de

achados, síntese dos resultados obtidos.

Os estágios quarto e quinto do ciclo tratam da elaboração do relatório preli-

minar; do seu encaminhamento ao gestor público, para comentários, e do envio

ao Ministro-relator para ser submetido à Corte. Esses estágios são obrigatórios em

auditorias operacionais. Em auditorias de regularidade, depende da complexidade

da auditoria e da relevância e/ou impacto dos achados de auditoria.

O sexto estágio se dá quando da apreciação do relatório pelo Tribunal. A etapa

de divulgação do relatório, estágio sétimo do ciclo, tem a finalidade de ampliar o

conhecimento da sociedade sobre os resultados das ações avaliadas, contribuindo

para aumentar a efetividade do controle, por meio da mobilização da comunidade

no acompanhamento e na apreciação dos objetivos, da implementação e dos resul-

tados das políticas públicas.

Para aumentar a probabilidade de resolução dos problemas identificados duran-

te a auditoria, seja pela implementação das deliberações do TCU ou pela adoção

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de outras de medidas de iniciativa do gestor, realiza-se o monitoramento, trata-

do no oitavo estágio do ciclo, mediante o acompanhamento de um Plano de Ação,

apresentado pelo gestor ao TCU, que formaliza as ações que serão tomadas para

atender as deliberações (recomendações e determinações).

Note que nas auditorias governamentais o ciclo da auditoria não se encerra com

a elaboração do relatório. Após o relatório, tem-se os estágios ou etapas de apre-

ciação pelo tribunal, divulgação e monitoramento.

Veja a seguinte questão CESPE sobre esse aspecto.

Questão 2    (CESPE/TCE/ES/2012) Com base nas Normas de Auditoria Governa-

mental, julgue o item a seguir.

O ciclo de trabalhos de uma auditoria governamental é finalizado com a produção

do relatório da auditoria.

Errado.

Na auditoria governamental, o ciclo dos trabalhos de auditoria não é finalizado com

a produção do relatório da auditoria, pois ainda existem etapas fundamentais pós

relatório. No Tribunal de Contas, a unidade técnica responsável submete o relatório

final ao relator, que será apreciado pelo Colegiado do Tribunal (Plenário ou Câma-

ra). Após a deliberação do Tribunal, ainda existem as etapas de divulgação e de

monitoramento das determinações e recomendações.

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A seguir, abordaremos os aspectos mais relevantes previstos nas normas de

execução (planejamento e execução dos exames) das auditorias do TCU e do Con-

trole Interno.

4.1. Livre Acesso

O auditor governamental, no exercício de suas funções, terá livre acesso a todas

as dependências do órgão ou entidade examinado, assim como a documentos, va-

lores e livros considerados indispensáveis ao cumprimento de suas atribuições, não

lhe podendo ser sonegado, sob qualquer pretexto, nenhum processo, documento

ou informação, devendo o servidor guardar o sigilo das informações caso elas es-

tejam protegidas legalmente.

E quando houver limitação da ação, o que auditor fará?

Nesse caso, o manual de auditoria do Controle Interno estabelece que deverá

ser comunicado, de imediato, por escrito, ao dirigente do órgão ou da entidade

examinada, solicitando as providências necessárias.

Vale ressaltar que as normas de auditoria do TCU definem que as limitações

impostas ao trabalho, associadas à metodologia utilizada para abordar as questões

de auditoria, à confiabilidade ou à dificuldade na obtenção de dados, assim como

as limitações relacionadas ao próprio escopo do trabalho, como áreas ou aspectos

não examinados em função de quaisquer restrições, devem ser consignadas no

relatório indicando-se as razões e se isso afetou ou pode ter afetado os objetivos,

os resultados e as conclusões da auditoria.

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4.2. Planejamento dos Trabalhos

O trabalho de auditoria governamental deve ser adequadamente planejado, de

forma a prever a natureza, a extensão e a profundidade dos procedimentos que

nele serão empregados, bem como a oportunidade de sua aplicação.

O planejamento da auditoria compreende duas atividades importantes:

• Exame Preliminar - com o objetivo de obter os elementos necessários ao

planejamento dos trabalhos, o auditor deve realizar exames preliminares a

respeito da natureza e características das áreas, operações, programas e dos

recursos a serem auditados. Para tanto, deve considerar a legislação aplicá-

vel, normas e instruções vigentes, bem como os resultados dos últimos tra-

balhos realizados e diligências pendentes de atendimento, quando for o caso.

• Elaboração do programa de trabalho - o resultado dos exames prelimi-

nares dará suporte ao programa de auditoria. A elaboração de um adequado

programa de trabalho exige:

a) a determinação precisa dos objetivos do exame, ou seja, a identificação so-

bre o que se deseja obter com a auditoria;

b) a identificação do universo a ser examinado;

c) a definição e o alcance dos procedimentos a serem utilizados;

d) a localização do objeto ou unidade examinada;

e) o estabelecimento das técnicas apropriadas;

f) a estimativa dos homens x horas necessários à execução dos trabalhos; e

g) referência quanto ao uso de material e/ou documentos de exames prévios ou

outras instruções específicas.

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As normas do TCU, em particular quanto ao planejamento das auditorias ope-

racionais, preveem que o planejamento de uma auditoria consiste nas seguintes

etapas:

a) análise preliminar do objeto de auditoria;

b) definição do objetivo e escopo da auditoria;

c) especificação dos critérios de auditoria;

d) elaboração da matriz de planejamento;

e) validação da matriz de planejamento;

f) elaboração de instrumentos de coleta de dados;

g) teste-piloto;

h) elaboração do projeto de auditoria.

Alerto que, nas auditorias de regularidade, o estágio de planejamento encer-

ra-se com a elaboração da matriz de planejamento (letra d acima). Nas auditorias

operacionais, são acrescidas as etapas descritas nas letras e a h acima, concluin-

do-se o planejamento com a elaboração do projeto de auditoria.

A seguir, veremos cada uma dessas etapas.

Atividades Preliminares

Vencidas as providências administrativas para o trabalho de auditoria, começa

uma etapa que pode ser chamada de construção da visão geral do objeto ou

análise preliminar do objeto auditado, que consiste no levantamento de um

conjunto de informações relevantes sobre o objeto auditado para adquirir-se o

conhecimento necessário à formulação das questões que serão examinadas pela

auditoria.

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As informações a serem obtidas podem variar conforme o objeto auditado e o

objetivo da auditoria, mas, em geral, devem ser obtidos: a estrutura organizacio-

nal da entidade auditada, o seu orçamento nos últimos anos, a legislação aplicável,

fatos relevantes publicados pela imprensa acerca do objeto auditado, artigos cien-

tíficos sobre o assunto auditado, informações constantes nos relatórios de outros

órgãos de controle, entre outras.

Na fase de planejamento, a equipe de auditoria deve, preliminarmente, cons-

truir uma visão geral do objeto a ser fiscalizado, podendo fazer uso, entre outras,

das seguintes fontes de informação:

• sistemas informatizados;

• cadastros existentes sobre órgão/entidade auditado;

• legislação e normas específicas;

• contas dos últimos exercícios;

• fiscalizações anteriores, incluindo os respectivos papéis de trabalho;

• outros processos relacionados ao órgão/entidade auditado ou ao objeto da

auditoria;

• servidores do TC que tenham participado de trabalhos recentes no órgão/

entidade auditado ou em objetos afins;

• órgãos de controle interno;

• próprio órgão/entidade auditado;

• notícias veiculadas na mídia;

• trabalhos acadêmicos publicados;

• outros Tribunais de Contas e Ministério Público;

• possíveis ações judiciais concernentes ao órgão/entidade auditado;

• levantamentos anteriores sobre o objeto.

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Pode-se dividir as fontes de informações sobre o objeto em internas e externas:

FONTES INTERNAS FONTES EXTERNAS

– sistemas informatizados da Ad-

ministração Pública;
– órgãos de controle interno;
– Unidade técnica a que se vin-
– unidade a ser auditada;
cula a unidade a ser auditada;
– entidades de classe;
– cadastro da unidade;
– imprensa;
– legislação específica;
– trabalhos acadêmicos publi-
– contas dos últimos exercícios;
cados.
– resultado da auditoria anterior;

– diligência pendente.

A visão geral objetiva o conhecimento e a compreensão do objeto a ser audi-

tado, bem como do ambiente organizacional em que este está inserido. Em geral,

é composta das seguintes informações:

a) descrição do objeto auditado, com as características necessárias à sua com-

preensão;

b) legislação aplicável;

c) objetivos institucionais do órgão/entidade/programa auditado, quando for

o caso;

d) setores responsáveis, competências e atribuições;

e) objetivos relacionados ao objeto de auditoria e riscos relevantes a eles asso-

ciados, bem como eventuais deficiências de controle interno.

Algumas técnicas de auditoria devem ser utilizadas nessa fase, de forma a fazer o

melhor diagnóstico possível. As técnicas mais comumente utilizadas para diagnóstico

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são: mapeamento de processo, entrevistas, exame documental e análise SWOT.

Porém, dependendo da necessidade, outras podem vir a ser necessárias. As nor-

mas preveem que até trabalhos que contemplem a identificação e a avaliação de

objetivos, riscos e controles devem ser utilizados para auxiliar na construção pre-

liminar da visão geral do objeto de auditoria, devendo os resultados desses traba-

lhos serem necessariamente a ela incorporados.

Por conclusão, o 1º passo no planejamento da auditoria é a realização de ativi-

dades preliminares objetivando construir essa visão geral do objeto a ser fiscaliza-

do/auditado, com o objetivo de conhecer e compreender a organização, atividade,

projeto ou programa a ser auditado, bem como o ambiente organizacional em que

ele opera.

Determinação de Escopo

A partir do conhecimento construído durante a análise preliminar do objeto de

auditoria, a equipe deverá definir o objetivo da auditoria por meio da especificação

do problema e das questões de auditoria que serão investigadas.

Portanto, conhecido o objeto auditado, definidos os objetivos do trabalho, o au-

ditor deve determinar o escopo da auditoria, que deve guardar compatibilidade com

os seus objetivos.

Em conformidade com as normas de auditoria do TCU – NAT, aprovadas pela

Portaria TCU 280, de 2010, o escopo envolve a definição:

• das questões de auditoria;

• da profundidade e o detalhamento dos procedimentos;

• da delimitação do universo auditável (abrangência);

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• da configuração da amostra (extensão); e

• da oportunidade dos exames.

Veremos as questões de auditoria quando estudarmos a matriz de planejamen-

to. Aqui, darei prioridade aos demais elementos que constituem o escopo da au-

ditoria: abrangência, oportunidade, extensão e profundidade dos procedimentos.

Segundo Peter e Machado, a identificação da coerência na determinação do es-

copo depende da análise de seus elementos estruturais, quais sejam:

• ABRANGÊNCIA: refere-se à delimitação do que deve ser examinado (áreas,

processos, demonstrações).

• OPORTUNIDADE: consiste na pertinência do ponto de controle e na tempo-

ralidade dos exames programados, tornando-se a tempestividade uma variá-

vel decisiva. Identifica quando deve ser realizado o exame.

• EXTENSÃO: refere-se à amplitude ou tamanho dos exames previstos. Iden-

tifica o quanto deve ser examinado.

• PROFUNDIDADE: diz respeito à intensidade das verificações, grau de de-

talhamento e nível de minúcia. Difere do conceito de extensão, identificando

como deve ser realizado o exame.

O escopo da auditoria depende da fase de análise preliminar do objeto. Assim,

caso o risco e a relevância sejam maiores, a auditoria será mais abrangente e o

auditor aplicará procedimentos com maior extensão e profundidade.

Peter e Machado ensinam ainda que, para determinação do escopo do trabalho

de auditoria (Programa e Plano de Auditoria), a abrangência e a oportunidade são

os elementos de maior relevância, enquanto para o escopo dos exames prevalecem

os elementos de extensão e profundidade.

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Trata-se da delimitação estabelecida para a implementação dos programas de

auditoria, definidos com base nas linhas de investigação, em razão dos trabalhos

desenvolvidos na fase de avaliação do controle interno, considerando a relevância

e o risco detectado.

Antes de prosseguirmos, veja a seguinte questão CESPE acerca do escopo da

auditoria, elaborada pela banca tendo como referência exclusiva a obra de Peter e

Machado.

Questão 3    (CESPE/SECGE/PE/2010) Considerando que a determinação do esco-

po da auditoria deve ser compatível com os seus objetivos, assinale a opção cor-

reta.

a) A determinação da abrangência e da extensão dos exames independe da rele-

vância e do risco detectado.

b) Para determinação do escopo dos exames, os critérios de extensão e profundi-

dade são mais relevantes que os de abrangência e oportunidade.

c) A extensão do trabalho identifica o que deve ser examinado e a abrangência,

o quanto deve ser examinado.

d) A oportunidade do trabalho identifica como deve ser examinado e a profundida-

de, em que amplitude.

e) A determinação da oportunidade e da profundidade dos exames independe da

avaliação do controle interno.

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Letra b.

Como vimos, Peter e Machado ensinam que os critérios de extensão e profundidade

são mais relevantes para a determinação do escopo dos exames que os de abran-

gência e oportunidade, relacionados ao escopo do planejamento/plano de auditoria.

a) Errado. A determinação da abrangência e da extensão dos exames depende da

relevância e do risco detectado.

c) Errado. A extensão do trabalho identifica o quanto deve ser examinado (quan-

tidade de operações ou tamanho da amostra) e a abrangência, o que deve ser exa-

minado (áreas, processos, demonstrações etc).

d) Errado. A oportunidade do trabalho identifica quando deve ser realizado o exame.

e) Errado. a determinação da oportunidade e da profundidade dos exames logica-

mente que depende da avaliação do controle interno e do risco detectado. Quanto

maior for o risco, maior a profundidade dos exames e mais oportunos e tempesti-

vos deverão ser os exames.

Especificação dos Critérios de Auditoria

Ainda na fase de planejamento, a equipe deve definir os critérios de auditoria,

que são padrões utilizados para aferir o grau de conformidade dos atos de gestão

com a legislação ou com o desempenho esperado.

Os critérios são a legislação, a norma, a jurisprudência, o entendimento doutri-

nário ou ainda, no caso de auditorias operacionais, os referenciais aceitos e/ou tec-

nicamente validados para o objeto sob análise, como padrões e boas práticas, que

a equipe compara com a situação encontrada. Reflete como deveria ser a gestão.

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Nas auditorias operacionais, a escolha do critério de auditoria é mais flexível e

frequentemente contém elementos de discricionariedade e de julgamento profis-

sional. Dependendo do caso examinado, a fonte mais adequada para o critério de

auditoria será ou a norma oficial, expressa em leis e regulamentos, ou a fundamen-

tação científica, tendo como referência literatura especializada, normas profissio-

nais e boas práticas.

Entre as fontes que podem ser empregadas para a definição de critérios de au-

ditoria, estão:

• leis e regulamentos que regem o funcionamento da entidade auditada;

• decisões tomadas pelo Poder Legislativo ou Executivo;

• referências a comparações históricas e comparações com a melhor prática;

• normas e valores profissionais;

• indicadores-chave de desempenho estabelecidos pela entidade auditada ou

pela Administração;

• opinião de especialista independente;

• critérios utilizados em auditorias similares ou empregados por outras Entida-

des de Fiscalização Superior (EFS);

• organizações que realizem atividades semelhantes ou tenham programas si-

milares;

• bibliografia especializada.

Elaboração da Matriz de Planejamento

A Matriz de Planejamento é o documento que organiza e sistematiza o planeja-

mento do trabalho.

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No caso de auditorias de conformidade, relaciona, a partir do enunciado do

objetivo da fiscalização, as diversas questões de auditoria e, para responder

a cada uma, quais as informações requeridas, as fontes de informações, os pro-

cedimentos e os possíveis achados, além da indicação do membro da equipe res-

ponsável pela execução do procedimento, do período em que os procedimentos

deverão ser aplicados e da estimativa de custo da fiscalização.

O propósito da matriz de planejamento é auxiliar a elaboração conceitual do tra-

balho e a orientação da equipe na fase de execução. É uma ferramenta de auditoria

que torna o planejamento mais sistemático e dirigido, facilitando a comunicação de

decisões sobre metodologia e auxiliando a condução dos trabalhos de campo.

A matriz de planejamento é um instrumento flexível e o seu conteúdo pode ser

atualizado ou modificado pela equipe à medida que o trabalho de auditoria progri-

de. A matriz é também o principal instrumento de apoio à elaboração do projeto de

auditoria, pois contém as informações essenciais que o definem. Daí a importância

da discussão amadurecida da matriz antes de se iniciar a redação do projeto de

auditoria.

A seguir, tem-se um esboço de uma matriz de planejamento:

MATRIZ DE PLANEJAMENTO

Objetivo: Enunciar de forma clara e resumida o objetivo da auditoria.

QUESTÕES DE INFORMAÇÕES- POSSÍVEIS


FONTES PROCEDIMENTOS LIMITAÇÕES
AUDITORIA REQUERIDAS ACHADOS

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Especificar
Apresentar Esclarecer
limitações
em forma precisamente
relativas
de per- Identificar as Especificar os que conclu-
Identificar às técnicas
guntas os informações procedimentos e sões ou resul-
as fontes adotadas; às
diferentes necessárias técnicas utilizados tados podem
de cada fontes das
aspectos para respon- para obtenção e ser alcança-
informa- informações;
que com- der a questão análise das infor- dos a partir
ção. às condições
põem o de auditoria. mações. da estratégia
operacionais
escopo da metodológica
de realização
auditoria. adotada.
do trabalho.
Q1
Q2

A Matriz de Planejamento deve ser preenchida ao longo da fase de planejamen-

to, com base nas informações levantadas.

O primeiro passo é a própria delimitação do objetivo da auditoria. Nem sem-

pre o objetivo está claramente definido na deliberação que originou a auditoria.

A discussão orientada pela matriz possibilita uma equalização do entendimento do

objetivo por toda a equipe.

O próximo passo é o detalhamento do objetivo da auditoria em questões a se-

rem respondidas (primeiro campo da matriz), ao mesmo tempo em que se discute

onde se quer chegar com os questionamentos (campo “possíveis achados”). Em

outras palavras é preciso definir onde se quer chegar para se determinar o caminho

a ser seguido.

As questões de auditoria devem ser elaboradas de forma a estabelecer com

clareza o foco da investigação e os limites e dimensões que devem ser observados

durante a execução dos trabalhos. Devem, pois, ser elaboradas questões que enfo-

quem os principais aspectos do objetivo pretendido.

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Em conformidade com as normas de auditoria, o tipo de questão formulada terá

uma relação direta com a natureza da resposta e a metodologia a adotar. Podemos

classificar questões de auditoria em quatro tipos:

a) Questões descritivas: são formuladas de maneira a fornecer informações

detalhadas sobre, por exemplo, condições de implementação ou de operação de

determinado programa ou atividade, mudanças ocorridas, problemas e áreas com

potencial de aperfeiçoamento. São questões que buscam aprofundar aspectos tra-

tados de forma preliminar durante a etapa de planejamento. Exemplos de questão

descritiva: “Como os executores locais estão operacionalizando os requisitos de

acesso estabelecidos pelo programa?

b) Questões normativas: são aquelas que tratam de comparações entre a

situação existente e aquela estabelecida em norma, padrão ou meta, tanto de ca-

ráter qualitativo quanto quantitativo. A abordagem metodológica empregada nes-

ses casos é a comparação com critérios previamente identificados e o desempenho

observado. Abordam o que deveria ser e usualmente são perguntas do tipo: “O

programa tem alcançado as metas previstas?”; “Os sistemas instalados atendem

às especificações do programa?”.

c) Questões avaliativas (ou de impacto, ou de causa-e-efeito): as questões

avaliativas referem-se à efetividade do objeto de auditoria e vão além das questões

descritivas e normativas para enfocar o que teria ocorrido caso o programa ou a ati-

vidade não tivesse sido executada. Em outras palavras, uma questão avaliativa quer

saber que diferença fez a intervenção governamental para a solução do problema

identificado. O escopo da pergunta abrange também os efeitos não esperados, posi-

tivos ou negativos, provocados pelo programa. Exemplo de questão avaliativa: “Em

que medida os efeitos observados podem ser atribuídos ao programa?”. As questões

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avaliativas quase sempre requerem estratégias metodológicas bastante complexas,

envolvendo modelos experimentais com grupos de controle, análises estatísticas

sofisticadas e modelagem. Esse tipo de estudo pode trazer resultados reveladores,

mas, em função da complexidade envolvida, é caro e de demorada implementação.

d) Questões exploratórias: destinadas a explicar eventos específicos, escla-

recer os desvios em relação ao desempenho padrão ou as razões de ocorrência de

um determinado resultado. São perguntas do tipo: “Quais os principais fatores que

respondem pela crise do sistema de transporte aéreo?”; “Que fatores explicam o

aumento expressivo nos gastos com pagamento dos benefícios de auxílio-doença

ao longo da última década?”

Definidas as questões de auditoria, em seguida, procede-se à explicitação das

informações necessárias, das fontes dessas informações, de que tarefas deverão

ser realizadas para buscá-las (utilizando quais técnicas), por quem e quando.

A cada um desses elementos necessários à resolução das questões de auditoria

corresponde uma coluna na matriz de planejamento. O preenchimento dessas co-

lunas permitirá concluir se as questões de auditoria têm condição de serem respon-

didas, ou seja, se, a princípio, há informações suficientes e disponíveis, se a equipe

domina as técnicas para coleta e tratamento dessas informações e se as limitações,

que a abordagem adotada porventura se defronte, são contornáveis.

Finalmente, a  equipe deve revisar toda a matriz, verificando se há coerência

lógica entre o objetivo e as questões e entre as questões e as possíveis conclusões,

levando em conta as limitações previstas.

Validação da Matriz de Planejamento

O processo de validação da matriz de planejamento passa por duas etapas.

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Primeiramente, após a revisão do supervisor, a matriz de planejamento deve ser

submetida a um painel de referência (reunião com especialistas e autoridades no

assunto), a fim de se obter críticas e sugestões para o seu aprimoramento.

A segunda etapa do processo de validação consiste na apresentação da matriz

de planejamento aos gestores do órgão ou programa auditado, depois dos ajustes

necessários em função do resultado das discussões do painel de referência. A fi-

nalidade desse procedimento é apresentar o resultado da etapa de planejamento,

realizada com a participação do gestor, visando obter seu comprometimento com o

objetivo e a condução da auditoria.

Elaboração dos Instrumentos de Coleta de Dados e Teste-Piloto

Uma vez definida e validada a matriz de planejamento, passa-se à elaboração

dos instrumentos de coleta de dados que serão utilizados durante a execução

da auditoria. Cada técnica de coleta de dados – entrevista, questionário, grupo

focal e observação direta – possui um instrumento próprio, a ser desenhado de

forma a garantir a obtenção de informações relevantes e suficientes para responder

às questões de auditoria.

Toda a equipe deve envolver-se na elaboração dos instrumentos de coleta de

dados, os quais devem ser testados para garantir a sua consistência. A realização

do teste-piloto permite, ainda, conferir as premissas iniciais acerca do funciona-

mento do objeto auditado e a qualidade e confiabilidade dos dados.

Para obter um quadro representativo, a equipe deve escolher para a realização

do teste-piloto um local ou aspecto do objeto da auditoria que apresente dificul-

dades potenciais à condução dos trabalhos, permitindo que a equipe antecipe os

problemas que poderão ser enfrentados. Além disso, os dados coletados permitirão

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ajustar o tamanho da amostra e assegurar que a estratégia metodológica selecio-

nada oferecerá resposta conclusiva à questão de auditoria.

Portanto, a realização de teste-piloto é altamente recomendável no caso de

auditorias de grande complexidade, em locais de difícil acesso e custos

elevados, pois aumenta as chances de que o trabalho desenvolvido alcance o nível

de qualidade desejado com o menor custo possível.

Elaboração do Projeto de Auditoria

Em auditorias operacionais, ao final da etapa de planejamento, a equipe deve

preparar o projeto de auditoria que resume a natureza do trabalho a realizar e os

resultados que se pretende alcançar. O projeto deve explicitar a motivação para se

investigar determinado problema de auditoria, segundo enfoque específico e com a

utilização de certa metodologia.

Portanto, o projeto conterá descrição sucinta do objeto de auditoria, objetivos

do trabalho, questões a serem investigadas, procedimentos a serem desenvolvidos

e resultados esperados com a realização da auditoria. Farão parte do apêndice: a

matriz de planejamento, que resume as informações centrais do projeto de audi-

toria; o cronograma proposto para a condução dos trabalhos; e a estimativa de

custos, inclusive de contratação de especialista, quando for o caso.

4.3. Avaliação dos Controles Internos Administrativos

As normas de execução da auditoria pública estabelecem que o auditor governa-

mental deve efetuar um adequado exame com vistas à avaliação da capacidade e

da efetividade dos sistemas de controles internos administrativos – contábil, finan-

ceiro, patrimonial, de pessoal, de suprimento de bens e serviços e operacional - das

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unidades da administração direta, entidades da administração indireta, projetos e

programas.

I – Capacidade dos sistemas de controle interno administrativo - avaliar os

procedimentos, políticas e registros que compõem os controles, com o objetivo de

constatar se estes proporcionam razoável segurança de que as atividades e ope-

rações se realizam, de forma a possibilitar o atingimento das metas, em termos

satisfatórios de economia, eficiência e eficácia.

II – Efetividade - realizar exame das operações que se processam nos siste-

mas de controle interno administrativo, com o propósito de verificar se os proce-

dimentos, políticas, mecanismos, registros e outros dados relevantes, funcionam

de acordo com o previsto e se os objetivos de controle estão sendo atendidos, de

forma permanente, sem desvios.

III – Exame dos objetivos de controle – as unidades e entidades adotam

sistemas de controle interno administrativo que compreendem um plano de organi-

zação e de todos os métodos e procedimentos, de forma ordenada, para: proteger

seus recursos; obter informações oportunas e confiáveis; e promover a eficiência

operacional, assegurar a observância das leis, normas e políticas vigentes, com o

intuito de alcançar o cumprimento das metas e objetivos estabelecidos. Deverá,

ainda:

a) certificar a existência e propriedade dos procedimentos e mecanismos de

salvaguarda dos recursos humanos, financeiros e materiais, assim como do devido

uso e funcionamento dos mesmos;

b) constatar se os sistemas de registros incluem a totalidade das operações

realizadas e se os métodos e procedimentos utilizados permitem confiar se as in-

formações, financeira e operacional, oriundas daqueles, refletem, adequadamente,

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a boa e regular utilização dos recursos, bem como o cumprimento das metas e dos

objetivos dos programas;

c) certificar a existência e a idoneidade dos critérios, para identificar, classifi-

car e mensurar dados relevantes das operações, verificando, igualmente, se estão

sendo adotados parâmetros adequados para avaliação da efetividade, eficiência,

eficácia e economicidade dessas operações; e

d) comprovar se os procedimentos estabelecidos asseguram, razoavelmente,

o cumprimento das diretrizes governamentais, das leis, regulamentos, normas e

outras disposições de observância obrigatória.

4.4. Prevenção de Impropriedades e Irregularidades

Os sistemas de controle interno administrativo, instituídos em uma unidade ou

entidade, devem conter procedimentos, mecanismos e diretrizes que prevejam ou

minimizem o percentual de impropriedades ou irregularidades. Um bom sistema de

controle interno administrativo reduz a probabilidade de ocorrer tais improprieda-

des ou irregularidades, ainda que não possa evitá-las totalmente.

A responsabilidade pela prevenção de irregularidades cabe ao gestor público, me-

diante a adoção de adequado e efetivo sistema de controles internos e não à audi-

toria. A auditoria governamental auxilia o gestor na prevenção, avaliando riscos e

contribuindo para o aprimoramento de sistemas e mecanismos de controles inter-

nos.

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4.5. Supervisão dos Trabalhos de Auditoria

As normas estabelecem que todo trabalho de auditoria, desde seu planejamento

até a emissão do parecer e o consequente acompanhamento dos resultados, deve

ser supervisionado pela chefia ou por servidor a quem a função for formalmente

delegada.

I – Responsabilidade de quem dirige a função - o titular do órgão de audi-

toria deve supervisionar todas as atividades que envolvem a execução do trabalho,

podendo delegar parte das tarefas a supervisores, devendo para isso, estabelecer

mecanismos e procedimentos adequados para avaliar a atuação destes superviso-

res, assegurando-se de que esses possuam conhecimentos técnicos e capacidade

profissional suficientes ao adequado cumprimento das atribuições que lhes são

conferidas.

II – Supervisão das equipes de trabalho – os auditores com atribuições de

supervisão, com maior experiência, conhecimentos técnicos e capacidade profissio-

nal, deverão instruir e dirigir, adequadamente, seus subordinados, no que tange à

execução dos trabalhos e ao cumprimento dos programas de auditoria, devendo,

ainda, contribuir para o desenvolvimento dos seus conhecimentos e capacidade

profissional.

III – Intensidade de supervisão - o grau de intensidade da supervisão exer-

cida sobre a equipe está diretamente relacionado aos seguintes fatores: conhe-

cimento e capacidade profissional dos membros da equipe; o grau de dificuldade

previsível dos trabalhos; e alcance de prováveis impropriedades ou irregularidades

a detectar no órgão ou entidade examinada. As evidências da supervisão exercida

deverão ficar registradas nos próprios papéis de trabalho.

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IV – Áreas e enfoques da supervisão - a supervisão deve abranger a verifi-

cação:

a) do correto planejamento dos trabalhos;

b) da aplicação de procedimentos e técnicas para o atingimento das metas/

objetivos previstos para a execução dos trabalhos, de acordo com o programa for-

necido;

c) da adequada formulação dos papéis de trabalho;

d) da necessária consistência das observações e conclusões;

e) da fiel observância dos objetivos de auditoria;

f) do cumprimento das normas e dos procedimentos de aplicação geral.

4.6. Obtenção de Evidências e Desenvolvimento dos Achados

Alerto que as técnicas e procedimentos de auditoria serão estudadas a partir

da aula seguinte. Nesta aula, veremos apenas os requisitos das evidências e dos

achados de auditoria.

Em atendimento aos objetivos da atividade, o auditor deverá realizar, na ex-

tensão julgada necessária, os testes (provas) adequados nas circunstâncias, para

obter evidências quantitativa e qualitativamente aceitáveis que fundamentem, de

forma objetiva, seu trabalho.

O auditor deve avaliar se as evidências obtidas são suficientes para sustentar a

emissão de sua opinião, permitindo ao auditor chegar a um grau razoável de con-

vencimento da realidade dos fatos e situações observados, da veracidade da docu-

mentação examinada, da consistência da contabilização dos fatos e fidedignidade

das informações e registros gerenciais para fundamentar, solidamente, sua opinião.

Logo, a validade de seu julgamento depende diretamente da qualidade das evi-

dências.

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Achados de auditoria são fatos que resultam da aplicação dos programas

elaborados, referindo-se às deficiências, impropriedades ou irregularidades encon-

tradas durante o exame e suportadas por evidências. Os achados também podem

ser positivos, decorrentes de boas práticas de gestão.

Evidência em auditoria é o conjunto de fatos comprovados, suficientes, com-

petentes e pertinentes, obtidos durante os trabalhos de auditoria, através de ob-

servações, inspeções, entrevistas e exames dos registros, que sustentam as con-

clusões do auditor.

Portanto, são as informações obtidas pelo auditor e que contribuem para o es-

tabelecimento de prova, ajudando na convicção sobre as reais condições existentes

no objeto sob exame.

Auditores devem ter bom conhecimento das técnicas e dos procedimentos de

auditoria a fim de que possam obter evidências suficientes, adequadas, rele-

vantes e em bases razoáveis para comprovar os achados e sustentar suas opiniões

e conclusões.

As evidências, elementos essenciais e comprobatórios do achado, devem

ser suficientes e completas de modo a permitir que terceiros, que não participaram

do trabalho de auditoria, cheguem às mesmas conclusões da equipe; adequadas e

fidedignas, gozando de autenticidade, confiabilidade e exatidão da fonte; pertinen-

tes ao tema e diretamente relacionadas com o achado.

Somente deverão ser reunidas evidências que sejam úteis e essenciais ao

cumprimento dos objetivos da auditoria. Material que porventura não tenha

utilidade ou conexão clara e direta com o trabalho realizado não deverá ser consi-

derado.

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Atributos das Evidências

Segundo as normas de auditoria governamental, são atributos das evidências


de auditoria:
• VALIDADE: a evidência deve ser legítima, ou seja, baseada em informações
precisas e confiáveis;
• CONFIABILIDADE: garantia de que serão obtidos os mesmos resultados se
a auditoria for repetida. Para obter evidências confiáveis, é importante consi-
derar que: é conveniente usar diferentes fontes; é interessante usar diferen-
tes abordagens; fontes externas, em geral, são mais confiáveis que internas;
evidências documentais são mais confiáveis que orais; evidências obtidas por
observação direta ou análise são mais confiáveis que aquelas obtidas indire-
tamente;
• RELEVÂNCIA: a evidência é relevante se for relacionada, de forma clara e
lógica, aos critérios e objetivos da auditoria;
• SUFICIÊNCIA: a quantidade e qualidade das evidências obtidas devem per-
suadir o leitor de que os achados, conclusões, recomendações e determina-
ções da auditoria estão bem fundamentados. A quantidade de evidências não
substitui a falta dos outros atributos (validade, confiabilidade, relevância).
Quanto maior a materialidade do objeto, o risco e o grau de sensibilidade
do auditado a determinado assunto, maior será a necessidade de evidências
mais robustas!

Classificação das Evidências

Existem diferentes formas de se classificar as evidências de auditoria. Entre-

tanto, para o concurso, as mais importantes são quanto à forma e quanto à fonte,

contidas não nas normas de auditoria, mas nos livros especializados.

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Quanto à forma ou natureza, as evidências são classificadas da seguinte for-

ma:

Evidência física - É a obtida através de inspeção ou observação direta das

atividades executadas pelos funcionários da entidade auditada, dos documentos

e registros e dos fatos relacionados com o objetivo do exame. Recomenda-se que

os responsáveis pelas áreas auditadas acompanhem as inspeções físicas efetuadas

pelos auditores, para que possam corroborar os achados.

• Evidência testemunhal - Trata-se de informação obtida de terceiros através

de cartas ou declarações, recebidas em resposta às indagações feitas, ou por

meio de entrevistas realizadas pelo auditor. Os registros das entrevistas fa-

zem parte dos papéis de trabalho elaborados para a auditoria. As evidências

testemunhais devem, sempre que possível, ser reduzidas a termo e corrobo-

radas por outras evidências.

• Evidência documental - A forma mais comum de evidência consiste na ob-

tenção de documentos classificados em internos (ordens de serviço, registros

contábeis, comunicação interna etc.) e externos (faturas e correspondências

recebidas).

• Evidência analítica - É obtida ao se analisar ou verificar a informação. Pode

originar-se dos resultados de cálculos, comparações com normas prescritas,

operações anteriores, leis ou regulamentos, decisões legais, julgamento e

análise da informação.

Existe outra classificação importante das evidências é quanto à fonte, conforme

estabelecido no livro Manual de Auditoria Governamental. A evidência de auditoria

quanto à fonte pode ser classificada em: conhecimento profissional, evidência ex-

terna, evidência interna e evidências justapostas.

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• Conhecimento profissional (evidência direta) - Conhecimento profissio-

nal direto é normalmente derivado do exame físico do auditor e da observa-

ção das atividades. Esse tipo de evidência tende a ser mais confiável, desde

que o auditor posa minimizar o risco de erros de observação.

• Evidência externa - É obtida de terceiros que são independentes do auditor.

A confiabilidade desse tipo de evidência depende da avaliação, pelo auditor,

de sua integridade, competência e objetividade.

• Evidência interna - Consiste em evidência originada na entidade auditada.

É a forma mais econômica a se obter, tendendo a ser a menos confiável.

• Evidências justapostas - Consistem em evidências derivadas da consis-

tência mútua entre diferentes partes de uma informação, dependendo sua

confiabilidade do grau de consistência encontrado entre as partes separadas

da informação.

Desenvolvimento dos Achados de Auditoria

O que é um achado de auditoria?

Achado de auditoria é qualquer fato significativo, digno de relato pelo auditor,

constituído de quatro atributos: situação encontrada, critério, causa e efeito.

Um achado decorre da comparação da situação encontrada com o critério de

auditoria e deve ser devidamente comprovado por evidências juntadas ao relatório.

O achado de auditoria pode ser:

• negativo: quando há uma não conformidade entre a condição (situação en-

contrada) e o critério (o que deveria ter sido encontrado), caracterizando uma

impropriedade ou irregularidade; ou

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• positivo: quando aponta boas práticas de gestão.

Normalmente, os achados negativos de auditoria se referem a assuntos tais

como práticas antieconômicas; ineficácia; ineficiência; desperdícios; uso indevido

de recursos; gastos inadequados; descumprimento de leis e outras normas; frau-

des.

Atributos do Achado:

Atenção em prova, pois um achado possui quatro elementos básicos, denominados

de atributos, que são: condição, critério, causa e efeito.

• Situação encontrada ou condição: é a verificação do fato ocorrido. É  a

situação existente, determinada e documentada durante a auditoria. A condi-

ção está diretamente relacionada com o grau em que os critérios de auditoria

estão sendo obedecidos. É a situação existente, identificada e documentada

durante a fase de execução da fiscalização. Deve contemplar o período de

ocorrência do achado.

• Critério: descrição da situação ideal com base em normas de controle in-

terno, legislação aplicável, princípios fundamentais, boas práticas adminis-

trativas, metas e objetivos especificados. Representa o parâmetro pelo qual

o auditor mede a condição. Representa a legislação, norma, jurisprudência,

entendimento doutrinário ou ainda, no caso de auditorias operacionais, refe-

renciais aceitos e/ou tecnicamente validados para o objeto sob análise, como

padrões e boas práticas, que a equipe compara com a situação encontrada.

Reflete como deveria ser a gestão.

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• Causa: identificação das razões fundamentais que levaram à ocorrência dos

fatos. Representa os motivos pelos quais uma irregularidade ocorreu ou um

desempenho foi inadequado. Da correta identificação das causas depende

a correta elaboração de recomendações de forma construtiva. As causas do

achado são os atos; fatos; comportamentos; omissões ou vulnerabilidades,

deficiências ou inexistência de controles internos que contribuíram significati-

vamente para a divergência entre a situação encontrada e o critério. As cau-

sas do achado negativo conduzem a equipe a identificar os responsáveis pelo

ocorrido.

• Efeito ou consequência: identificação detalhada dos efeitos provocados

pelo fato ocorrido. São os fatos que demonstram a necessidade de ações

corretivas em resposta aos problemas identificados. Efeitos do achado são

as consequências para o órgão/entidade, para o erário ou para a sociedade,

resultantes da divergência entre a situação encontrada e o critério. Os efeitos

do achado indicam a sua gravidade ou ainda eventuais benefícios no caso de

achados positivos.

Os efeitos dos achados são subdivididos em duas classes:

– os efeitos reais, ou seja, aqueles efetivamente verificados, e

– os efeitos potenciais (riscos), aqueles que podem ou não se concretizar.

Exemplo bem simples de um achado de auditoria: em uma fiscalização nas obras

de construção de determinada rodovia federal, a equipe de auditoria constatou, que

devido ao atraso no pagamento das empreiteiras, a execução da obra não estava de

acordo com o cronograma físico-financeiro do contrato, ocasionando deterioração

de parte dos trabalhos executados e consequente aumento do custo total da obra.

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Condição
Atraso no cronograma de execução da obra
(situação encontrada)

Critério Cronograma físico-financeiro do contrato

Causa Atraso no pagamento das empreiteiras

Deterioração dos serviços executados


Efeito
Aumento do custo total da obra

Requisitos Básicos dos Achados

O achado de auditoria deve atender, necessariamente, aos seguintes requisi-

tos básicos:

• ser relevante para que mereça ser relatado;

• estar fundamentado em evidências juntadas ao relatório;

• ser apresentado de forma objetiva;

• respaldar as propostas de encaminhamento dele resultantes;

• apresentar consistência, de modo a mostrar-se convincente a quem não

participou da auditoria.

Os esclarecimentos acerca dos indícios devem ser colhidos por escrito ao longo

da fase de execução, por intermédio de solicitações formais ou ofícios de requisi-

ção, evitando-se mal-entendidos e minimizando o recolhimento de informações

posteriores.

A obtenção dos referidos esclarecimentos não supre a eventual necessidade de

realização de audiência e/ou citação, conforme previsto na Lei Orgânica e no Regi-

mento Interno do Tribunal de Contas.

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DIFERENÇA ENTRE ACHADO, INDÍCIO E EVIDÊNCIA:

Achados → são descobertas feitas pelos auditores que caracterizam, como regra

geral, impropriedades e irregularidades praticadas pelos agentes da unidade audi-

tada.

Indícios → são vestígios ou indicações de discrepâncias entre um ato praticado

(ou situação encontrada) e um critério (lei, norma, padrão etc.), ainda não investi-

gados a fundo ou ainda não suportados em documentação idônea e suficiente para

transformá-los em achados de auditoria.

Evidências → consistem no conjunto probatório (provas) dos achados de audito-

ria, que servem de base para a sustentação das conclusões e para a formulação

das propostas de encaminhamento, ou seja, das medidas que serão sugeridas para

incrementar o desempenho da área ou programa auditado, para corrigir ou preve-

nir as não conformidades detectadas e para a responsabilização dos agentes que

lhes deram causa.

Observe que tanto os indícios como as evidências dão conta de discrepâncias entre

uma situação encontrada e um critério. Mas o indício é a situação que ainda não

foi devidamente investigada, documentada ou comprovada e que, portanto, como

regra, não serve para que sejam determinadas medidas corretivas ou para a im-

posição de uma sanção.

A análise dos achados de auditoria é realizada mediante utilização da Matriz de

Achados, descrita mais adiante.

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A análise de cada achado de auditoria deve estar estruturada sob os seguintes

aspectos:

• situação encontrada;

• objetos nos quais foi constatado;

• critério de auditoria;

• evidências;

• causas;

• efeitos reais e potenciais;

• responsável: qualificação, conduta, nexo de causalidade e culpabilidade (a

análise de culpabilidade não se aplica a pessoas jurídicas);

• esclarecimentos dos responsáveis;

• conclusão da equipe de auditoria;

• proposta de encaminhamento.

Devem constar necessariamente do relatório os aspectos: situação encontra-

da, critério de auditoria, evidências, causas, responsável: qualificação, con-

duta, nexo de causalidade e culpabilidade, conclusão da equipe de auditoria e pro-

posta de encaminhamento.

O item evidências deve conter sempre remissão às folhas do processo onde se

encontram as evidências que suportam o achado. Nas folhas referidas, destacar

sempre que possível os termos que a equipe deseja ressaltar, para facilitar leitura

posterior. A avaliação dos efeitos deve considerar e relatar não somente os fatos já

ocorridos, mas também eventuais riscos de que o resultado venha a ser agravado

caso o órgão/entidade não adote medida efetiva.

Caso a situação encontrada seja avaliada como irregularidade, com proposta de

audiência ou citação, ou relevante, os responsáveis pela conduta, a qual contribuiu

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significativamente para o resultado ilícito ou grave, devem estar devidamente iden-

tificados no rol de responsáveis, juntado ao relatório (nome, CPF, cargo, endereço,

período efetivo de exercício no cargo, seja como substituto, seja como titular, atri-

buições do cargo e norma do órgão que especifica essas atribuições para o caso

de pessoa física; razão social, CNPJ e endereço para o caso de pessoa jurídica de

direito privado; e nome para o caso de pessoa jurídica de direito público interno).

Comunicação dos Achados

Quando o auditor está razoavelmente seguro de que tem um ponto que merece

ser discutido, os achados devem ser comentados com os funcionários da entidade.

Não se deve esperar o acúmulo de uma grande quantidade de achados para

comunicá-los todos juntos em uma reunião ou relatório solicitando suas opiniões.

Assim mesmo, uma reunião final, formal, com os funcionários graduados, não deve

ser a primeira ocasião que tenha para inteirar-se dos resultados da auditoria.

O hábito de discutir amplamente os achados com o pessoal da entidade durante

o curso do trabalho resulta numa revelação dos pontos de vista e opiniões prelimi-

nares do auditor sobre assuntos, tais como as causas das deficiências encontradas

e a natureza das medidas corretivas empregadas.

De todo modo, ao final da fase de execução, deve-se realizar uma reunião de

encerramento, na qual a equipe apresenta verbalmente os achados de auditoria ao

gestor do órgão/entidade auditado e outros responsáveis, cuja participação seja

considerada oportuna.

Sempre que possível, os achados colhidos ao longo da execução deverão ser

discutidos com o supervisor, anteriormente à reunião de encerramento.

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Os achados de auditoria devem ser apresentados indicando-se a situação en-

contrada, o critério de auditoria, e por decisão da equipe, as causas (se forem re-

levantes e se for possível identificá-las) e os efeitos. Não se deve fazer menção a

conclusões ou propostas de encaminhamento, pois esses encaminhamentos serão

decididos pelo Tribunal.

Deve ser informado ao gestor que os achados são preliminares, podendo ser

corroborados ou excluídos em decorrência do aprofundamento da análise. Deve ser

informado, ainda, que poderá haver inclusão de novos achados.

A apresentação dos achados na reunião de encerramento somente pode ser dis-

pensada nos casos em que represente risco à equipe ou à consecução do objetivo

da auditoria.

Quanto aos achados negativos, impropriedade consiste em falhas de natureza

formal de que não resulte dano ao erário, porém evidencia-se a não observância

aos princípios de legalidade, legitimidade, eficiência, eficácia e economicidade. Já

a irregularidade é caracterizada pela não observância desses princípios, consta-

tando a existência de desfalque, alcance, desvio de bens ou outra irregularidade de

que resulte prejuízo quantificável para o Erário.

No que concerne à detecção de impropriedades e irregularidades, apesar

de não ser o objetivo primordial da auditoria a busca de impropriedades ou de irre-

gularidades, o auditor deve estar consciente da probabilidade de, no decorrer dos

exames, defrontar-se com tais ocorrências. Compete-lhe assim, prestar especial

atenção às transações ou situações que apresentem indícios de irregularidades e,

quando obtida evidências, comunicar o fato aos dirigentes para adoção das medi-

das corretivas cabíveis.

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A aplicação dos procedimentos especificados no plano ou programa de auditora

não garante necessariamente, a detecção de toda impropriedade ou irregularidade.

Portanto, a identificação posterior de situação imprópria ou irregular, ocorrida no

período submetido a exame, não significa que o trabalho tenha sido inadequado.

A apuração de impropriedades e irregularidades exige do auditor extrema

prudência e profissionalismo. Como vimos, ao verificar a ocorrência de irregulari-

dades, o auditor deve levar o assunto, por escrito, ao conhecimento do dirigente da

unidade ou entidade examinada, solicitando os esclarecimentos e as justificativas

pertinentes, quando isso não implicar risco pessoal. Na hipótese de risco pessoal,

deve informar a ocorrência ao seu dirigente que o orientará e adotará as providên-

cias necessárias.

Impropriedades: falhas de natureza formal de que não resulte dano ao erário e

outras que têm o potencial para conduzir à inobservância aos princípios de admi-

nistração pública ou à infração de normas legais e regulamentares. Exemplos: defi-

ciências no controle interno, violações de cláusulas, abuso, imprudência, imperícia.

Irregularidades: prática de ato de gestão ilegal, ilegítimo, antieconômico, ou in-

fração à norma legal ou regulamentar de natureza contábil, financeira, orçamentá-

ria, operacional ou patrimonial, dano ao erário decorrente de ato de gestão ilegíti-

mo ao antieconômico, desfalque ou desvio de dinheiros, bens ou valores públicos.

Exemplos: fraudes, atos ilegais, omissão no dever de prestar contas, violações aos

princípios de administração pública.

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Matriz de Achados

Como resultado da aplicação dos procedimentos de auditoria, o auditor vai ob-

tendo evidência quanto à conformidade ou não dos procedimentos perante leis,

normas e princípios.

Quando essas constatações são relevantes tem-se achados de auditoria, cuja

análise é realizada mediante utilização da Matriz de Achados (modelo abaixo), pre-

enchida durante a fase de execução da auditoria.

MATRIZ DE ACHADOS

Objetivo: Enunciar de forma clara e resumida o objetivo da auditoria

SITUAÇÃO ENCAMINHA- BENEFÍCIO DA


ACHADO CRITÉRIO EVIDÊNCIA CAUSA EFEITO
ENCONTRADA -MENTO PROPOSTA

Q1
Q2

• ACHADO: correspondência com o Achado de Auditoria (An) constante da

Matriz de Planejamento.

• SITUAÇÃO ENCONTRADA: situação existente, identificada, inclusive com o

período de ocorrência, e documentada durante a fase de execução da audi-

toria

• CRITÉRIO: legislação, norma, jurisprudência, entendimento doutrinário ou

padrão adotado.

• EVIDÊNCIA: informações obtidas durante a auditoria no intuito de docu-

mentar os achados e de respaldar as opiniões e conclusões da equipe.

• CAUSA: o que motivou a ocorrência do achado.

• EFEITOS: consequências ou possíveis consequências do achado.

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• ENCAMINHAMENTO: propostas da equipe de auditoria. Deve conter a iden-

tificação do (s) responsável (eis).

• BENEFÍCIO DA PROPOSTA: os benefícios da proposta de encaminhamento

devem ser dimensionados.

A Matriz de Achados deve ser preenchida durante a fase de execução da au-

ditoria, à medida em que os achados vão sendo constatados. Os esclarecimentos

dos responsáveis acerca das causas dos achados, bem como da adequação dos

critérios, devem ser colhidos ainda em campo, evitando-se mal-entendidos que

redundam em desperdício de esforços com a realização de audiências equivocadas.

O preenchimento da coluna “critério” permite a revisão da fundamentação legal,

da jurisprudência e da doutrina, diminuindo a possibilidade de eventuais omissões

ou equívocos.

A verificação da suficiência e qualidade das evidências evita diligências posterio-

res que retardam o encaminhamento do processo às instâncias superiores.

A coluna “causa” está intimamente relacionada à imputação de responsabilida-

des em relação aos fatos encontrados na auditoria. A investigação acerca das cau-

sas deve ser feita quando relevante e necessária para dar consistência às propostas

de encaminhamento.

A análise e o registro do “efeito” de cada ocorrência na coluna respectiva ser-

vem para dimensionar a relevância do próprio achado além de fornecer elementos

para a formulação das propostas de encaminhamento. Sempre que o achado se

constituir em irregularidade, deve-se ter presente, ao preencher a coluna “enca-

minhamento”, os dados registrados na Matriz de Responsabilização. É possível que

um mesmo benefício esteja associado a mais de um achado.

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Como etapa final de elaboração da matriz, a comparação das colunas “situação

encontrada” e “encaminhamento” diminui a possibilidade de eventuais achados

sem respectivas propostas de encaminhamento.

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RESUMO
Para o TCU, a auditoria é um instrumento de fiscalização utilizado pelo tribu-

nal para:

• examinar a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão dos responsá-

veis sujeitos a sua jurisdição, quanto ao aspecto contábil, financeiro, orça-

mentário e patrimonial. A auditoria realizada com esses objetivos é denomi-

nada de auditoria de conformidade; e

• avaliar o desempenho dos órgãos e entidades jurisdicionados, assim como

dos sistemas, programas, projetos e atividades governamentais, quanto aos

aspectos de economicidade, eficiência e eficácia dos atos praticados, de-

nominada de auditoria operacional.

A auditoria governamental é aplicada para atender as seguintes atividades:

• avaliar a gestão de recursos públicos sob a responsabilidade de órgãos

públicos e entidades privadas, bem como nos projetos de cooperação técnica

envolvendo organismos internacionais;

• apurar atos e fatos inquinados de ilegais ou irregulares, praticados por

agentes públicos ou privados, na utilização de recursos públicos;

• avaliar a consistência das informações produzidas pelos sistemas contá-

bil, financeiro, de pessoal e de controles administrativos e operacionais.

• examinar a regularidade e avaliar a eficiência e eficácia da gestão adminis-

trativa e dos resultados alcançados nas ações de governo;

• confirmar dados constantes do processo de Tomada de Contas Especial em

apoio ao Tribunal de Contas; e

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• examinar os procedimentos administrativos e os controles internos dos

órgãos da administração direta, no papel equivalente à auditoria interna em-

presarial.

Finalidades da auditoria interna governamental (SCI):

• avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução

dos programas de governo e dos orçamentos da União;

• comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência,

da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da

administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por enti-

dades de direito privado;

• exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos

direitos e haveres da União;

• apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

Objetivo primordial versus finalidade da auditoria:

• O objetivo primordial da auditoria é o de garantir resultados operacio-

nais na gerência da coisa pública. Essa auditoria é exercida nos meandros

da máquina pública em todas as unidades e entidades públicas federais, ob-

servando os aspectos relevantes relacionados à avaliação dos programas de

governo e da gestão pública.

• A finalidade básica da auditoria é comprovar a legalidade e legitimida-

de dos atos e fatos administrativos e avaliar os resultados alcança-

dos, quanto aos aspectos de eficiência, eficácia e economicidade da gestão

orçamentária, financeira, patrimonial, operacional, contábil e finalística das

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unidades e das entidades da administração pública, em todas as suas esferas

de governo e níveis de poder, bem como a aplicação de recursos públicos por

entidades de direito privado, quando legalmente autorizadas nesse sentido.

Abrangência de Atuação:

Objetos sujeitos à atuação da auditoria governamental:

• os sistemas administrativos e operacionais de controle interno administrativo

utilizados na gestão orçamentária, financeira, patrimonial, operacional e de

pessoal;

• a execução dos planos, programas, projetos e atividades que envolvam apli-

cação de recursos públicos;

• a aplicação dos recursos públicos transferidos a entidades públicas ou priva-

das;

• os contratos firmados por gestores públicos com entidades públicas ou priva-

das para prestação de serviços, execução de obras e fornecimento de mate-

riais;

• os processos de licitação, sua dispensa ou inexigibilidade;

• os instrumentos e sistemas de guarda e conservação dos bens e do patrimô-

nio sob responsabilidade das unidades da Administração Direta e entidades

da Administração Indireta do Poder Público;

• os atos administrativos que resultem direitos e obrigações para o Poder Públi-

co Federal, em especial, os relacionados com a contratação de empréstimos

internos ou externos, assunção de dívidas, securitizações e concessão de

avais;

• a arrecadação, a restituição e as renúncias de receitas de tributos federais;

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• os sistemas eletrônicos de processamento de dados, suas informações de

entrada e de saída, objetivando constatar: a) segurança física do ambiente e

das instalações do centro de processamento de dados; b) segurança lógica e

a confidencialidade nos sistemas desenvolvidos em computadores de diversos

portes; c) eficácia dos serviços prestados pela área de informática; d) eficiên-

cia na utilização dos diversos computadores existentes na entidade;

• verificação do cumprimento da legislação pertinente;

• os processos de Tomadas de Contas Especial, sindicância, inquéritos adminis-

trativos e outros atos administrativos de caráter apuratório;

• os processos de admissão e desligamento de pessoal e os de concessão de

aposentadoria, reforma e pensão; e

• os projetos de cooperação técnica com organismos internacionais e projetos

de financiamento ou doação de organismos multilaterais de crédito com qual-

quer órgão ou entidade no país.

Pessoas sujeitas à auditoria governamental:

De acordo com o parágrafo único do art. 70 da CF, estão sujeitas à auditoria

qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade,

guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos

quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza

pecuniária. Estão sujeitas ao controle e à auditoria as seguintes entidades:

• autarquias;

• empresas públicas;

• sociedades de economia mista;

• fundações públicas;

• agências executivas e reguladoras;

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• fundos especiais e fundos setoriais de investimentos;

• empresas subsidiárias, controladas, coligadas ou quaisquer outras cujo capi-

tal a União tenha o controle direto ou indireto;

• empresas supranacionais de cujo capital a União participe de forma direta ou

indireta, nos termos de seus tratados constitutivos.

Recursos

Estão sujeitos à auditoria no setor público todos os recursos originários da lei

orçamentária anual, de créditos adicionais, de operações de crédito da União, as-

sim como as receitas próprias e as aplicações da Administração Direta e Indireta,

inclusive fundos especiais. Logo, a auditoria alcança tanto os recursos orçamentá-

rios quanto os recursos extraorçamentários.

Tipos e Formas de Auditoria no Setor Público Federal

Auditoria de regularidade x Auditoria operacional

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AUDITORIA DE AUDITORIA
REGULARIDADE OPERACIONAL
Objetivam avaliar a legalidade e a legi- Tem a finalidade de promover o aperfei-
timidade dos atos de gestão. çoamento da gestão pública.
Adotam padrões relativamente fixos, Maior flexibilidade na escolha de temas,
ou seja, os métodos são mais tradicio- objetos de auditoria, métodos de traba-
nais. Os critérios utilizados estão pre- lho e forma de comunicar as conclusões
vistos nas normas. de auditoria.
O enfoque é voltado para o presente e
O enfoque dos exames é no passado.
futuro.
Em função de sua especificidade, neces-
Menor necessidade de conhecimentos
sitam de conhecimentos especializados e
especializados.
abordagem diferenciada.
As conclusões assumem a forma de
O relatório trata da economicidade e da
opinião concisa e de formato padroni-
eficiência na aquisição e aplicação dos
zado sobre demonstrativos financeiros
recursos, assim como da eficácia e da
e sobre a conformidade das transa-
efetividade dos resultados alcançados.
ções com leis e regulamentos, ou sobre
Tais relatórios podem variar considera-
temas como a inadequação dos contro-
velmente em escopo e natureza.
les internos, atos ilegais ou fraude.
A materialidade é uma questão mais
O exame da materialidade está dire-
subjetiva e pode basear-se em conside-
tamente relacionado ao montante de
rações sobre a natureza ou o contexto
recursos envolvidos.
do objeto auditado.
A participação do gestor e de sua equipe
O gestor não participa dos trabalhos de
é fundamental em várias etapas do ciclo
auditoria.
de uma auditoria operacional.

Dimensões da auditoria operacional:

• Principais dimensões: economicidade, eficiência, eficácia e efetividade.

• Outras dimensões: qualidade dos serviços, o grau de adequação dos re-

sultados dos programas às necessidades das clientelas (geração de valor pú-

blico), a justiça na distribuição dos serviços e dos seus custos econômicos,

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sociais e políticos (equidade) podem ser tratados em auditorias operacionais

com o objetivo de subsidiar a accountability de desempenho da ação gover-

namental.

Outros tipos de auditoria no setor público:

• Auditoria de avaliação de gestão - Esse tipo de auditoria objetiva emitir

opinião com vistas a certificar a regularidade das contas, verificar a execução

de contratos, acordos, convênios ou ajustes, a probidade na aplicação dos

dinheiros públicos e na guarda ou administração de valores e outros bens da

União ou a ela confiados.

• Auditoria de acompanhamento de gestão - É a auditoria realizada ao lon-

go dos processos de gestão, com o objetivo de se atuar em tempo real sobre

os atos efetivos e os efeitos potenciais positivos e negativos de uma unidade

ou entidade federal, que contém evidências e relatos sobre melhorias e eco-

nomias existentes no processo ou oportunidades de prevenção de gargalos ao

desempenho da missão institucional.

• Auditoria contábil - É a auditoria de natureza contábil, que contém a opi-

nião do auditor se os registros contábeis foram efetuados de acordo com os

princípios fundamentais de contabilidade e se as demonstrações deles origi-

nárias refletem, adequadamente, em seus aspectos mais relevantes, a situ-

ação econômico-financeira do patrimônio, os resultados do período adminis-

trativo examinado e as demais situações nelas demonstradas.

• Auditoria de recursos externos - A auditoria contábil tem por objeto, tam-

bém, verificar a efetividade e a aplicação de recursos externos, oriundos de

agentes financeiros e organismos internacionais, por unidades ou entidades

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públicas executoras de projetos celebrados com aqueles organismos com vis-

tas a emitir opinião sobre a adequação e fidedignidade das demonstrações

financeiras.

• Auditoria especial - É o trabalho de auditoria governamental relativo ao

exame de fatos ou situações consideradas relevantes, de natureza incomum

ou extraordinária, para atender determinação expressa de autoridade com-

petente. Classificam-se nesse tipo os demais trabalhos de auditoria não inse-

ridos em outras classes de atividades.

Formas de execução da auditoria no setor público federal:

• Direta: centralizada, descentralizada e integrada;

• Indireta: compartilhada e terceirizada; e

• Simplificada.

Normas Relativas à Execução dos Trabalhos

Livre acesso:

• O auditor governamental terá livre acesso a todas as dependências do órgão

ou entidade examinado, assim como a documentos, valores e livros conside-

rados indispensáveis ao cumprimento de suas atribuições, não lhe podendo

ser sonegado, sob qualquer pretexto, nenhum processo, documento ou infor-

mação, devendo o servidor guardar o sigilo das informações caso elas este-

jam protegidas legalmente.

• Quando houver limitação da ação, o fato deverá ser comunicado, de imediato,

por escrito, ao dirigente do órgão ou da entidade examinada, solicitando as

providências necessárias.

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Planejamento dos trabalhos:

• O trabalho de auditoria deve ser adequadamente planejado.

• O planejamento compreende as seguintes atividades: o exame preliminar e a

elaboração do programa de trabalho.

Prevenção de impropriedades e irregularidades:

• Os sistemas de controle interno administrativo, instituídos em uma unidade

ou entidade, devem conter procedimentos, mecanismos e diretrizes que pre-

vejam ou minimizem o percentual de impropriedades ou irregularidades.

• Um bom sistema de controle interno administrativo reduz a probabilidade de

ocorrer tais impropriedades ou irregularidades, ainda que não possa evitá-las

totalmente.

Supervisão das atividades de auditoria:

• Todo trabalho de auditoria, desde seu planejamento até a emissão do parecer,

deve ser adequadamente supervisionado pela chefia ou por auditor a quem a

função for formalmente delegada.

• O grau de intensidade da supervisão exercida sobre a equipe está diretamen-

te relacionado aos seguintes fatores: conhecimento e capacidade profissional

dos membros da equipe; o grau de dificuldade previsível dos trabalhos; e

alcance de prováveis impropriedades ou irregularidades a detectar no órgão

ou entidade examinada.

Obtenção de evidências:

• O auditor deve realizar, na extensão julgada necessária, os testes ou provas

adequadas nas circunstâncias, para obter evidências qualitativamente aceitá-

veis que fundamentem, de forma objetiva, seu trabalho.

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• Na obtenção da evidência, o auditor deve guiar-se pelos critérios de impor-

tância relativa (significado da evidência no conjunto de informações) e de

níveis de riscos prováveis (probabilidade de erro na obtenção e comprovação

da evidência).

Achados de Auditoria:

• É qualquer fato significativo, digno de relato pelo auditor, constituído de qua-

tro atributos: situação encontrada, critério, causa e efeito.

• Os achados são analisados e registrados na Matriz de Achados, no decorrer

dos exames de auditoria.

• Um achado decorre da comparação da situação encontrada com o critério de

auditoria e deve ser devidamente comprovado por evidências juntadas ao

relatório.

• O achado de auditoria pode ser:

– negativo: quando há uma não conformidade entre a condição (situação

encontrada) e o critério (o que deveria ter sido encontrado), caracterizando

uma impropriedade ou irregularidade; ou

– positivo: quando aponta boas práticas de gestão.

ATRIBUTOS DOS ACHADOS REQUISITOS DOS ACHADOS


CONDIÇÃO: é a verificação do fato ocorrido; RELEVÂNCIA: ser relevante para que
CRITÉRIO: representa o parâmetro pelo qual o mereça ser relatado;
auditor mede a condição; EVIDÊNCIAS: estar fundamentado em evi-
CAUSA: representa os motivos pelos quais uma dências juntadas ao relatório;
irregularidade ocorreu ou um desempenho foi OBJETIVIDADE: ser apresentado de forma
inadequado; objetiva;
EFEITO: são as consequências para o órgão, COERÊNCIA: respaldar as propostas de
para o erário ou para a sociedade, resultantes da encaminhamento dele resultantes;
divergência entre a situação encontrada e o crité- CONSISTÊNCIA: deve apresentar consis-
rio. tência, de modo a mostrar-se convincente a
quem não participou da auditoria.

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Tratamento de impropriedades e irregularidades:

• Impropriedade consiste em falhas de natureza formal de que não resulte

dano ao erário, porém evidencia-se a não observância aos princípios de lega-

lidade, legitimidade, eficiência, eficácia e economicidade.

• A irregularidade é caracterizada pela não observância desses princípios, cons-

tatando-se a existência de desfalque, alcance, desvio de bens ou outra irre-

gularidade de que resulte prejuízo quantificável para o Erário.

• Embora não seja o objetivo primordial da auditoria a busca de improprieda-

des ou de irregularidades, o auditor deve estar consciente da probabilidade

de, no decorrer dos exames, defrontar-se com tais ocorrências.

• Ao verificar a ocorrência de irregularidades, o auditor deve levar o assunto,

por escrito, ao conhecimento do dirigente da unidade ou entidade examinada,

solicitando os esclarecimentos e as justificativas pertinentes, quando isso não

implicar risco pessoal.

Fim da aula e do curso.

Desejo-lhe uma excelente sorte na prova e sucesso profissional.

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Normas de Execução dos Trabalhos de Auditoria Governamental

Encerramos a parte teórica desta aula.

Vamos às questões sobre os assuntos que estudamos nesta aula.

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questões FCC

Questão 1    (FCC/TRE/SP/2012) O tipo de auditoria governamental que tem por

objetivo emitir opinião com vistas a certificar a regularidade das contas, bem como

verificar a execução de contratos, acordos, convênios ou ajustes e também a pro-

bidade na aplicação dos dinheiros públicos e na guarda ou administração de valores

e outros bens da União ou a ela confiados é denominado auditoria

a) operacional.

b) extraordinária.

c) especial.

d) de avaliação de gestão.

e) financeira.

Questão 2    (FCC/TRT/6ª REG/ANALISTA/2012) A Empresa Hiena S.A. que atua

no segmento de educação realizou treinamento em diversas áreas do conhecimen-

to, para vários departamentos de determinado órgão público. A auditoria, ao ana-

lisar os contratos e cursos comparativamente aos realizados para outros órgãos e

por entidades concorrentes de mesmo nível, percebeu que o custo benefício estava

acima do praticado pela concorrência. Referido exame na auditoria pública tem

como objetivo avaliar de forma primária a

a) eficiência.

b) competência.

c) eficácia.

d) economicidade.

e) legalidade.

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Questão 3    (FCC/TRE/CE/ANALISTA/2012) Segundo as normas de auditoria do

TCU, adotadas a partir da Portaria no 280/2010, alterada pela Portaria 168/2011,

em relação à classificação das auditorias, aquela que “objetiva examinar a econo-

micidade, eficiência, eficácia e efetividade de organizações, programas e atividades

governamentais, com a finalidade de avaliar o seu desempenho e de promover o

aperfeiçoamento da gestão pública” classifica-se como auditoria

a) de conformidade.

b) contábil.

c) operacional.

d) de sistema.

e) interna.

Questão 4    (FCC/TCE/AM/ANALISTA/2013) A verificação realizada em entidades

da Administração Direta e Indireta em função, subfunção, programas e ações é

denominada auditoria

a) de controle oficial.

b) pública.

c) governamental.

d) de Estado.

e) oficial.

Questão 5    (FCC/TRT/18ª REG/ANALISTA/2013) O conceito genérico de auditoria

de regularidade, adotado pelas Normas de Auditoria do Tribunal de Contas da União

− NAT, em sua revisão de 2011, atualmente é o

a) processo que objetiva examinar a economicidade, eficiência, eficácia e efetivi-

dade de organizações, programas e atividades governamentais, com a finalidade

de avaliar o seu desempenho e de promover o aperfeiçoamento da gestão pública.

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b) exame independente e objetivo de uma situação ou condição, em confronto com

um critério ou padrão preestabelecido, para que se possa opinar ou comentar a

respeito para destinatários indeterminados.

c) processo que objetiva examinar se as demonstrações contábeis evidenciam ade-

quadamente, em seus aspectos relevantes, os atos e fatos concernentes à adminis-

tração orçamentária, financeira e patrimonial de acordo com a legislação pertinen-

te, os princípios e as normas de contabilidade aplicáveis.

d) processo cujo objetivo é o exame da legalidade e legitimidade dos atos de ges-

tão em relação a padrões normativos expressos em normas técnicas ou jurídicas e

regulamentos aplicáveis, bem como em relação a disposições de cláusulas de con-

tratos, convênios, acordos, ajustes e instrumentos congêneres.

e) processo sistemático, documentado e independente de se avaliar objetivamente

uma situação ou condição para determinar a extensão na qual os critérios aplicáveis

são atendidos, obter evidências quanto a esse atendimento e relatar os resultados

dessa avaliação a um destinatário predeterminado, cujo objetivo é examinar a le-

galidade e a legitimidade dos atos de gestão dos responsáveis sujeitos à jurisdição

do Tribunal, quanto aos aspectos contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial.

Questão 6    (FCC/TCE/SP/2013) Para que os objetivos da auditoria governamental

sejam atingidos, utilizam-se diversos tipos de auditoria no setor público. A auditoria

a) de gestão tem por objetivo verificar a eficácia e a eficiência das ações gerenciais

e procedimentos operacionais das unidades auditadas.

b) indireta é executada por servidores em exercício nos órgãos e unidades do Sis-

tema de Controle Interno da entidade auditada.

c) de acompanhamento de gestão tem por objetivo antecipar os trabalhos da audi-

toria de gestão, sendo realizada em tempo real ao longo do exercício.

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d) compartilhada não deve contar com o auxílio de órgãos e instituições privadas,

de modo a garantir a lisura, o sigilo e a idoneidade das informações obtidas nos

trabalhos.

e) de desempenho tem por objetivo confirmar os valores apresentados pelas de-

monstrações contábeis da entidade auditada.

Questão 7    (FCC/TRT/18ª REG/ANALISTA/2013) A auditoria governamental que

objetiva o exame de fatos ou situações consideradas relevantes, de natureza inco-

mum ou extraordinária, sendo realizadas para atender determinação do Presidente

da República, Ministros de Estado ou por solicitação de outras autoridades, carac-

teriza a auditoria

a) especial.

b) operacional.

c) de programas.

d) de gestão.

e) de sistema

Questão 8    (FCC/TRE/RO/ANALISTA/2013) Com o objetivo de emitir opinião acer-

ca da regularidade das contas, o Sistema de Controle Interno do Poder Executivo

Federal realiza exames sobre a prestação de contas anual apresentada por entida-

des públicas. Para alcançar tal objetivo, a auditoria realizada é do tipo

a) avaliação de gestão.

b) contábil.

c) conformidade.

d) regularidade.

e) monitoramento de gestão.

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Questão 9    (FCC/DPE/RS/CONTADOR/2013) É um dos objetos sujeitos à atuação

do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, nos órgãos da Adminis-

tração Direta, entidades da Administração Indireta e entidades privadas:

a) apreciação das contas prestadas anualmente pelos administradores públicos,

mediante parecer prévio, que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de

seu recebimento.

b) os processos de concessão de empréstimos a Estados e Municípios destinados a

cobrir déficit orçamentário.

c) avaliação do cumprimento dos limites mínimos de gastos com a segurança pú-

blica, a educação e a saúde realizados pelos entes da federação em cada exercício

financeiro.

d) os contratos firmados por gestores públicos com entidades públicas ou privadas

para prestação de serviços, execução de obras e fornecimento de materiais.

e) verificação do cumprimento dos limites e condições relativos à realização de

operações de crédito dos entes da Federação, inclusive das empresas por eles con-

troladas, direta ou indiretamente, em cada exercício financeiro.

Questão 10    (FCC/DPE/RS/CONTADOR/2013/ADAPTADA) Com relação à audito-

ria no setor público realizada pelo Sistema de Controle Interno do Poder Executivo

Federal, a abrangência de sua atuação, dentre outros, inclui

a) projetos financiados por recursos externos e projetos de cooperação junto a or-

ganismos internacionais.

b) avaliação do cumprimento, em cada exercício financeiro, dos limites de gastos

com pessoal, com a amortização da dívida, de cada ente da federação, para efeito

de autorização de operações de crédito.

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c) aplicação aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa, multa proporcio-

nal ao dano causado ao erário, comunicando a decisão ao Ministério Público.

d) exame da regularidade e a avaliação da eficiência e a eficácia da gestão ad-

ministrativa e dos resultados alcançados pelas empresas prestadoras de serviços

públicos.

e) realização, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal,

inspeções e auditoria de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e

patrimonial, nos órgãos e entidades da administração pública federal.

Questão 11    (FCC/TCE/PI/AUDITOR/2014) Considere os objetivos:

I – Emitir opinião sobre a eficiência e eficácia dos controles internos da entidade.

II – Opinar sobre a conformidade da situação patrimonial retratada nas demons-

trações contábeis.

III – Demonstrar a veracidade dos fatos de maneira imparcial, para constituição

de prova em processo judicial.

IV – Auxiliar na emissão de laudo ou parecer.

São objetivos aplicados exclusivamente à Auditoria Governamental os que constam

APENAS em

a) I e II.

b) I e IV.

c) II e III.

d) III e IV.

e) II e IV.

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Questão 12    (FCC/TCE/PI/AUDITOR/2014) Considerando que cabe ao Estado pro-

mover a justiça, a segurança e o bem-estar social, o objetivo prioritário da Audito-

ria Governamental é

a) garantir o cumprimento dos percentuais mínimos para os gastos com ensino e

saúde.

b) atestar o cumprimento dos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

c) zelar pela obediência ao princípio da competitividade nas licitações públicas.

d) atestar a fidedignidade dos registros contábeis mantidos nos entes públicos.

e) avaliar o resultado real obtido na execução das ações governamentais.

Questão 13    (FCC/DEFENSORIA PÚBLICA/RS/ANALISTA/2013) A auditoria, no

âmbito do sistema de controle interno do setor público federal, que objetiva o

exame de fatos ou situações consideradas relevantes, de natureza incomum ou

extraordinária, sendo realizada para atender determinação expressa de autoridade

competente, é classificada como

a) contábil.

b) extraordinária.

c) extraplano.

d) inspeção.

e) especial.

Questão 14    (FCC/TRT/12ª REG/ANALISTA/2013) Uma auditoria realizada com o

objetivo de examinar se os recursos estão sendo usados eficientemente em um

programa da área da saúde é denominada de auditoria

a) de conformidade.

b) contábil.

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c) operacional.

d) de regularidade.

e) de legalidade.

Questão 15    (FCC/TRT/18ª REG/ANALISTA/2013) Entre as cinco naturezas de au-

ditorias citadas no Art. 71 da Constituição Federal de 1988, a orçamentária é con-

siderada pelas Normas de Auditoria do Tribunal de Contas da União como auditoria

a) de conformidade.

b) operacional.

c) contábil.

d) de sistemas.

e) de qualidade.

Questão 16    (FCC/TRT 3ª REG/ANALISTA/2015) Para executar trabalhos de audi-

toria, os auditores devem ter bom conhecimento das técnicas e dos procedimentos

de auditoria a fim de que possam obter evidências suficientes, adequadas, relevan-

tes e em bases razoáveis para comprovar os achados e sustentar suas opiniões e

conclusões. Segundo as Normas de Auditoria do Tribunal de Contas da União – NAT,

são atributos das evidências:

a) materialidade, legalidade, adequabilidade e suficiência.

b) legalidade, razoabilidade, confiabilidade e relevância.

c) validade, confiabilidade, relevância e suficiência.

d) materialidade, legalidade, razoabilidade e relevância.

e) validade, confiabilidade, objetividade e razoabilidade.

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Questão 17    (FCC/TCE/CE/TI/2015) Um Tribunal de Contas deseja estabelecer

uma auditoria com a finalidade de realizar revisões sistemáticas de programas, or-

ganizações, atividades ou segmentos operacionais da entidade, permitindo avaliar

e comunicar se os recursos da organização estão sendo usados eficientemente,

bem como se estão sendo alcançados os objetivos operacionais. Essa auditoria é

obrigatoriamente

a) operacional e deve ser externa.

b) operacional e deve ser interna.

c) independente e deve ser interna.

d) operacional, interna ou externa.

e) independente, interna ou externa.

Questão 18    (FCC/TCE/AM/2016) O Tribunal de Contas, no mês de junho de 2015,

realizou auditoria na Secretaria Estadual da Saúde, objetivando examinar a lega-

lidade e a legitimidade dos atos de gestão do responsável pela secretaria, quanto

aos aspectos contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial. Segundo as Normas

de Auditoria do Tribunal de Contas da União − NAT, quanto à natureza, esta audi-

toria é classificada de auditoria

a) de acompanhamento de gestão.

b) integral.

c) operacional.

d) de regularidade.

e) de avaliação de gestão.

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Questão 19    (FCC/TCE/CE/ANALISTA/2015) Para determinar a extensão e o al-

cance da auditoria que será proposta, a unidade técnica dever dispor de informa-

ções, entre outras, às relativas aos riscos relevantes associados ao objetivo da au-

ditoria. Segundo as Normas de Auditoria − NAT, a avaliação de riscos e de controle

interno visa a avaliar o grau em que o controle interno de organizações, programas

e atividades governamentais assegura, de forma razoável, que na consecução de

suas missões, objetivos e metas, os princípios constitucionais da Administração pú-

blica sejam obedecidos. Dentre os objetivos de controle que serão atendidos, não

se incluem:

a) estabelecimento de responsabilidades e rotinas internas, segregação de funções

apropriada das responsabilidades funcionais.

b) eficiência, eficácia e efetividade operacional, mediante execução ordenada, ética

e econômica das operações.

c) integridade e confiabilidade da informação produzida e sua disponibilidade para

a tomada de decisões e para o cumprimento de obrigações accountability.

d) conformidade com leis e regulamentos aplicáveis, incluindo normas, políticas,

programas, planos e procedimentos de governo e da própria instituição.

e) adequada salvaguarda e proteção de bens, ativos e recursos públicos contra

desperdício, perda, mau uso, dano, utilização não autorizada ou apropriação inde-

vida.

Questões CESPE

Questão 20    (CESPE/TCE/RN/2009) Com base nos conceitos e normas acerca de

achados de auditoria, julgue o próximo item.

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A aplicação dos programas de auditoria permite identificar deficiências, que cons-

tituem os achados de auditoria. Nesse sentido, os servidores presumivelmente re-

lacionados a esses achados não devem ser comunicados, para não influenciar o

relatório que o auditor encaminhará aos responsáveis pela entidade.

(CESPE/SECONT/ES/AUDITOR/2009) Com relação à classificação das auditorias no

setor público e às formas como elas podem ser realizadas, julgue os itens que se

seguem.

Questão 21    Considere que o controle interno de um ente governamental tenha

decidido dividir o trabalho de determinada auditoria entre os servidores lotados no

órgão central e em unidades regionais de controle interno. Nesse caso, trata-se de

uma auditoria integrada.

Questão 22    Quando se pretende fazer o exame dos registros e documentos me-

diante procedimentos específicos pertinentes ao controle do patrimônio da unida-

de, da entidade ou do projeto, deve-se realizar uma auditoria de acompanhamento

da gestão.

Questão 23    Somente por meio da auditoria operacional verifica-se a efetividade

e a aplicação de recursos externos, oriundos de agentes financeiros e organismos

internacionais.

Questão 24    (CESPE/SAD/PE/ANALISTA/2009) Na classificação dos tipos de au-

ditoria, a que avalia a eficácia dos resultados em relação aos recursos disponíveis,

bem como a economicidade, a eficiência, a efetividade e a qualidade dos controles

internos existentes, é denominada auditoria

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a) contábil.

b) de gestão.

c) de sistemas.

d) operacional.

e) de qualidade.

Questão 25    (CESPE/SECGE/PE/ANALISTA/2010) Constitui objeto da auditoria

operacional

a) o exame de fatos ou situações relevantes, de natureza incomum, realizado me-

diante solicitação de autoridade superior.

b) a verificação de registros e documentos, em consonância com os princípios con-

tábeis e demais normas legais pertinentes.

c) a emissão de opinião sobre a regularidade das contas e a execução dos contratos

e instrumentos afins.

d) a análise dos processos por meio dos quais os dados e as informações são obti-

dos, tratados e fornecidos.

e) a avaliação da eficiência, eficácia, economicidade e efetividade da gestão, con-

siderando o uso dos recursos e os resultados alcançados.

(CESPE/MPU/CI/2010) Com respeito ao controle interno e ao externo e à prestação

de contas no âmbito da União, julgue os itens subsequentes.

Questão 26    Por meio de auditoria operacional, emite-se opinião acerca da gestão

quanto a eficiência, eficácia e economicidade, a fim de auxiliar a administração da

entidade auditada na gerência e no alcance dos resultados.

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Questão 27    São tipos de auditorias realizadas no setor público federal brasileiro:

contábil, operacional, especial, de avaliação da gestão, de acompanhamento da

gestão, de programas, de sistemas, da qualidade e integral.

(CESPE/TCU/AUFC/2011) Julgue os próximos itens, a respeito das normas de au-

ditoria do TCU, da auditoria de regularidade e operacional e dos instrumentos de

fiscalização.

Questão 28    A CF, ao conferir ao TCU competência para realizar, inclusive por conta

própria, auditorias de natureza operacional, reconheceu que, além de o controle

externo ter como balizamento para sua atuação fiscalizadora os aspectos de legali-

dade, legitimidade e economicidade, deve também contemplar os critérios da efici-

ência — com status de princípio constitucional da administração pública —, eficácia

e efetividade.

Questão 29    Durante a fase de execução dos trabalhos de auditoria, a equipe en-

carregada deve aplicar os procedimentos previstos na matriz de planejamento em

busca dos chamados achados. O achado é considerado negativo quando os indícios

de impropriedade ou irregularidade não produzem evidências.

(CESPE/TCU/AUFC/2011) A auditoria requer o uso de determinadas técnicas e pro-

cedimentos bem delimitados pela doutrina especializada. A respeito desse assunto,

julgue os itens subsequentes.

Questão 30    Um achado de auditoria pode ser delimitado por seus atributos, que

são: a situação encontrada, o critério e as evidências.

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Questão 31    As boas práticas de gestão, embora possam ser mencionadas no rela-

tório de auditoria, não constituem achados de auditoria.

Questão 32    (CESPE/TCU/AUFC/2011) Com referência às evidências, julgue o

item que se segue.

Na classificação das evidências quanto à fonte, considera-se que a evidência exter-

na é mais confiável que o conhecimento profissional direto, enquanto este constitui

fonte mais econômica que a evidência interna.

Questão 33    (CESPE/TCE-ES/ACE/2012) Julgue o próximo item.

Os efeitos reais do achado de auditoria, resultantes da divergência entre a situação

encontrada e o critério utilizado para avaliá-la, correspondem as consequências

concretas, positivas ou negativas, da auditoria para o órgão ou entidade, assim

como para o erário ou a sociedade. Os efeitos potenciais, por sua vez, diferente-

mente dos reais, são aqueles que podem não se concretizar.

(CESPE/ANAC/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO/2012) Em relação à análise de risco,

às técnicas e aos procedimentos de planejamento e execução de auditoria, julgue

os itens seguintes.

Questão 34    A matriz de achados é uma forma de organização das informações

sobre os achados relativos ao planejamento da auditoria. Achados identificados du-

rante a execução da auditoria, mas não listados nessa matriz, não devem constar

da documentação de auditoria, ainda que sejam relevantes.

Questão 35    A matriz de planejamento, espécie de esquematização das informa-

ções relevantes do planejamento e dos procedimentos de uma auditoria, realizada

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para orientar a equipe na fase de execução dos trabalhos, consiste em instrumento

flexível, cujo conteúdo pode ser atualizado ou modificado à medida que o trabalho

de auditoria é realizado.

Questão 36    (CESPE/TCU/AUFC/2013) Acerca das evidências, julgue o item sub-

sequente.

A opinião do auditor fundamenta-se nas evidências obtidas, cuja qualidade depen-

de de três fatores-chave: relevância, probabilidade e tempestividade.

Questão 37    (CESPE/AFT/2013) Em uma entrevista, podem-se classificar as ques-

tões de auditoria em vários tipos. Uma questão do tipo exploratório, por exemplo,

é formulada com vistas a esclarecer desvios em relação ao desempenho padrão ou

ao estabelecido como meta. Por meio desse tipo de questão, pode-se, por exemplo,

indagar do responsável por um programa das empresas fiscalizadas pelo MTE por

que razão um percentual muito baixo de empresas teria sofrido autuação e por que

a maior parte das autuações não teria apresentado nenhum resultado prático.

(CESPE/ANAC/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO/2012) Em relação a instrumentos de

fiscalização, tipos, escopo e execução de auditorias, julgue os itens seguintes.

Questão 38    Utiliza-se a auditoria operacional para avaliação do desempenho da

administração, dos sistemas de planejamento e de controle de qualidade relativos

às operações financeiras da entidade auditada.

Questão 39    A auditoria de regularidade, assim como os demais tipos de audito-

rias, tem por finalidade principal auxiliar a administração da entidade auditada a

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melhorar a eficiência, a eficácia e economicidade de suas operações. Trata-se, por-

tanto, de atividade voltada para o futuro.

(CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2013) Acerca das técnicas de auditoria analítica e au-

ditoria operacional, julgue os próximos itens.

Questão 40    Considere que um auditor tenha verificado a definição de indicadores

de desempenho sobre os resultados obtidos na condução de um negócio, tendo

avaliado, ainda, o desempenho das ações implementadas após sua execução, com

foco nos resultados da empresa. Nessa situação, a auditoria realizada é de confor-

midade.

Questão 41    Suponha que o Tribunal de Contas da União tenha realizado uma au-

ditoria na Agência Nacional ABCTEL, visando conhecer a organização, os sistemas,

as operações, as atividades e as peculiaridades dessa entidade, a fim de subsidiar a

elaboração e a implementação de novas técnicas. Nessa situação, é correto afirmar

que a auditoria realizada é do tipo operacional.

Questão 42    (CESPE/CNJ/2013) Julgue o item seguinte, acerca dos tipos de audi-

toria no setor público federal.

A auditoria que tem como objetivo específico o melhoramento das operações exa-

minadas, consubstanciada na análise da eficiência, eficácia e economicidade da

ação administrativa, é denominada auditoria de gestão.

(CESPE/FUB/AUDITOR/2013) Acerca dos tipos de auditoria, julgue os itens a seguir.

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Questão 43    A auditoria operacional ou de desempenho é a que procede a avalia-

ções quanto aos aspectos conhecidos como os 4 Es, entre os quais se destaca a

equidade, em consonância com o princípio da justiça social.

Questão 44    A efetividade é uma dimensão do desempenho voltada para o aten-


dimento imediato das metas inicialmente traçadas. Se, por exemplo, o objetivo é
o de construir uma usina hidrelétrica, os aspectos relacionados ao meio ambiente
e à população da área deverão ser considerados paralelos e avaliados sob outros
critérios que não o do objetivo central do programa

Questão 45    (CESPE/TCE/ES/2012) Julgue os próximos itens, relativos à audito-


ria.
O objetivo da auditoria de gestão é evidenciar as melhorias e as economias feitas
no processo de gerenciamento, a fim de que seja evitado o surgimento de obstácu-
los ao cumprimento das atividades da instituição.

Questão 46    (CESPE/TCE/ES/2012) Com relação à estrutura e ao funcionamento


do controle na administração pública, julgue o item seguinte.
A auditoria coordenada pelo sistema de controle interno do Poder Executivo federal
e, de forma auxiliar, pelos órgãos e(ou) instituições públicas ou privadas é classifi-
cada, quanto à forma de execução, como indireta e compartilhada.

Questão 47    (CESPE/ANP/2012) No que se refere a controle interno, parecer de


auditoria e normas gerais de auditoria governamental, julgue o item seguinte.
A auditoria de acompanhamento de gestão é realizada ao longo do exercício finan-
ceiro em curso, com o objetivo de atuar em tempo real sobre os atos efetivos e os
efeitos potenciais positivos e negativos, com vistas a certificar a regularidade das
contas.

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Questão 48    (CESPE/TCDF/ANALISTA/2014) No que diz respeito à auditoria in-

terna, auditoria no setor público e relatórios de auditoria, julgue o seguinte item.

Situações de não conformidade, que podem ocorrer sob a forma de improprieda-

de — quando não há transgressão a normas legais — ou irregularidade — caso em

que além de haver transgressão a normas legais, há perdas quantificáveis, confi-

guradoras de dolo ou má-fé —, devem ser evidenciadas em relatório de auditoria

governamental.

Questão 49    (CESPE/CGE/PI/2014) Com relação a evidências e achados de audi-

toria, julgue o item seguinte.

Os achados de auditoria e a comparação entre uma situação observada e os crité-

rios fixados servem para comprovar as evidências, que são dispostas na matriz de

responsabilização.

Questão 50    (CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2015) Com relação à origem e aos ti-

pos das auditorias, julgue o seguinte item.

A auditoria operacional é um processo destinado especificamente à avaliação do

desempenho real dos controles gerenciais e à confrontação desse desempenho com

o esperado, o que raramente culmina com recomendações de auditoria.

Questão 51    (CESPE/TCE/PR/2016) De acordo com os postulados básicos de audi-

toria governamental, é obrigação dos órgãos de controle externo

a) alertar a autoridade administrativa para que instaure tomada de contas especial

em relação a irregularidades conhecidas.

b) realizar auditorias solicitadas pelo sistema de controle interno.

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c) estabelecer, juntamente com a administração, um sistema adequado de controle

interno no âmbito da entidade auditada.

d) enviar, no caso de auditoria em órgão da administração direta, relatório de au-

ditoria ao titular do Poder Executivo.

e) apresentar recomendações acerca de controles inadequados ou inexistentes nas

entidades auditadas.

Questão 52    (CESPE/TCE/PA/AUDITOR/2016) Acerca dos achados de auditoria,

julgue o próximo item.

Um achado de auditoria decorre da comparação entre uma situação encontrada e

um padrão que se considera ideal ou desejável. A causa é a explicação possível

para o desvio entre o critério referencial e a realidade constatada pelo auditor.

Questão 53    (CESPE/TCE/SC/2016) Com relação aos conceitos gerais de auditoria

e aos papéis utilizados na sua execução, julgue o item seguinte.

A abrangência da auditoria de gestão pública transcende o conceito tradicional,

pois, entre outros aspectos, não se restringe à mera verificação a posteriori, nem

às questões de caráter estritamente legal; está voltada para a economicidade,

a eficiência, a eficácia e a efetividade da aplicação dos recursos públicos.

Questão 54    (CESPE/TCE/PR/ANALISTA/2016) Assinale a opção correta, com re-

ferência à auditoria de regularidade.

a) O requisito de exatidão para o relatório de auditoria de regularidade estabelece

que ele discorra apenas e tão somente a respeito do que é importante dentro do

contexto do trabalho.

b) Auditoria contábil e auditoria patrimonial constituem subespécies de auditoria

de regularidade.

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c) Impropriedades relacionadas a achados negativos em uma auditoria de regulari-

dade referem-se à prática de atos de gestão ilegal que impliquem danos ao erário.

d) A auditoria de regularidade visa examinar a legalidade e a legitimidade de atos

de gestão de agentes sujeitos à jurisdição de tribunal de contas.

e) Veracidade, confiabilidade e relevância são os atributos de evidência considera-

dos suficientes nos trabalhos da auditoria de regularidade.

Questão 55    (CESPE/TCE/PR/ANALISTA/2016) Com relação à auditoria operacio-

nal, assinale a opção correta.

a) São as seguintes as etapas de planejamento de uma auditoria operacional: es-

pecificação dos critérios, sistematização dos instrumentos de coleta de dados, teste

final e elaboração do projeto.

b) Um exemplo de ferramenta de controle de qualidade na execução de uma au-

ditoria operacional é a matriz de achados, que, entre outros usos possíveis, auxilia

no exame de evidências, causas e efeitos e demais elementos do relatório de au-

ditoria.

c) Comparadas às auditorias de regularidade, as auditorias operacionais são menos

flexíveis na escolha de temas, objetos de auditoria e metodologias de trabalho.

d) O monitoramento de uma auditoria operacional consiste no exame da situação

existente, identificada e documentada durante a execução dos trabalhos.

e) Em auditoria operacional, o requisito eficácia refere-se ao alcance dos resulta-

dos pretendidos por prazo indeterminado.

Questão 56    (CESPE/TCM/BA/AUDITOR/2018) Assinale a opção que apresenta

característica da auditoria de regularidade.

a) flexibilidade na escolha de temas, objetos de auditoria e métodos de trabalho

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b) ampla seleção de métodos de investigação de diferentes áreas do conhecimen-

to, em especial das ciências sociais

c) relatório com aspectos de economicidade e eficiência na aquisição e aplicação

dos recursos

d) conclusões expressas sob a forma de opinião concisa e de formato padronizado

sobre os demonstrativos financeiros

e) exame da materialidade com base em considerações sobre a natureza ou o con-

texto do objeto auditado

(CESPE/STM/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTÁBIL/2018) De acordo com as Normas

de Auditoria do TCU, julgue os próximos itens.

Questão 57    Na reunião de encerramento da fase de execução da auditoria, devem

ser apresentados e discutidos os achados colhidos ao longo dessa fase, as conclu-

sões da equipe e suas propostas de encaminhamento.

Questão 58    As auditorias de conformidade constituem espécies de auditorias de

regularidade e são realizadas sobre demonstrações orçamentárias, financeiras e

patrimoniais.

Questão 59    (CESPE/TCM/BA/AUDITOR/2018) A matriz de achados de audito-

ria deve

a) restringir-se às constatações e informações obtidas durante a execução da au-

ditoria.

b) ser elaborada depois da confecção do relatório final de auditoria.

c) conter uma única causa para cada achado de auditoria.

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d) conter todas as propostas de deliberação.

e) ser validada mediante de um painel de referência.

(CESPE/PMJP/CGM/AUDITOR/2018) A respeito dos objetivos e dos procedimentos

do auditor na realização do seu trabalho, julgue os itens a seguir.

Questão 60    A matriz de achados é um quadro com linhas e colunas para que o au-

ditor possa elencar as constatações e informações durante a execução da auditoria,

bem como as propostas de conclusões, recomendações e determinações.

Questão 61    A matriz de achados é instrumento útil para a execução de auditoria,

porém não se trata de um item importante para subsidiar e nortear a elaboração

do relatório de auditoria, porque não permite reunir, de forma estruturada, os prin-

cipais elementos que constituirão os capítulos centrais do relatório.

Questão 62    (CESPE/EMP. MARANHENSE DA ADM. PORTUÁRIA/AUDITOR/2018)

Determinado auditor defrontou-se com evidências circunstanciais acerca de uma

não conformidade na área auditada. Ele, então, elaborou matriz de seus achados

de auditoria. Com relação a essa situação hipotética e aos múltiplos aspectos a ela

relacionados, julgue o item a seguir.

A matriz de achados de auditoria impossibilita a elaboração de relatórios mais con-

cisos e objetivos, pois estimula a inserção de detalhes ou de informações estranhas

aos componentes dos achados.

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GABARITO
1. d 25. e 49. E

2. d 26. C 50. E

3. c 27. C 51. e

4. c 28. C 52. C

5. e 29. E 53. C

6. c 30. E 54. d

7. a 31. E 55. b

8. a 32. E 56. d

9. d 33. C 57. E

10. a 34. E 58. E

11. a 35. C 59. e

12. e 36. E 60. C

13. e 37. C 61. E

14. c 38. E 62. E

15. a 39. E

16. c 40. E

17. a 41. C

18. d 42. E

19. a 43. E

20. E 44. E

21. C 45. E

22. E 46. C

23. E 47. E

24. d 48. E

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GABARITO COMENTADO
Questões FCC

Questão 1    (FCC/TRE/SP/2012) O tipo de auditoria governamental que tem por

objetivo emitir opinião com vistas a certificar a regularidade das contas, bem como

verificar a execução de contratos, acordos, convênios ou ajustes e também a pro-

bidade na aplicação dos dinheiros públicos e na guarda ou administração de valores

e outros bens da União ou a ela confiados é denominado auditoria

a) operacional.

b) extraordinária.

c) especial.

d) de avaliação de gestão.

e) financeira.

Letra d.

O tipo de auditoria governamental que tem por objetivo emitir opinião com vistas

a certificar a regularidade das contas é a auditoria de gestão ou de avaliação de

gestão, na qual o auditor emite, além do relatório de auditoria, o  certificado de

auditoria.

Questão 2    (FCC/TRT/6ª REG/ANALISTA/2012) A Empresa Hiena S.A. que atua

no segmento de educação realizou treinamento em diversas áreas do conhecimen-

to, para vários departamentos de determinado órgão público. A auditoria, ao ana-

lisar os contratos e cursos comparativamente aos realizados para outros órgãos e

por entidades concorrentes de mesmo nível, percebeu que o custo benefício estava

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acima do praticado pela concorrência. Referido exame na auditoria pública tem

como objetivo avaliar de forma primária a

a) eficiência.

b) competência.

c) eficácia.

d) economicidade.

e) legalidade.

Letra d.

A economicidade expressa variação positiva da relação custo/benefício, na qual

busca-se a otimização dos resultados na escolha dos menores custos em relação

aos maiores benefícios. Revela a atenção da gestão com o bom uso qualitativo

dos recursos financeiros, por definição, escassos, desde a adequação da proposta

orçamentária das metas a serem atingidas, passando pela coerência com respeito

aos preços de mercado, o desenvolvimento de fontes alternativas de receita e a

obtenção dos menores custos por produto gerado.

Questão 3    (FCC/TRE/CE/ANALISTA/2012) Segundo as normas de auditoria do

TCU, adotadas a partir da Portaria no 280/2010, alterada pela Portaria 168/2011,

em relação à classificação das auditorias, aquela que “objetiva examinar a econo-

micidade, eficiência, eficácia e efetividade de organizações, programas e atividades

governamentais, com a finalidade de avaliar o seu desempenho e de promover o

aperfeiçoamento da gestão pública” classifica-se como auditoria

a) de conformidade.

b) contábil.

c) operacional.

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d) de sistema.

e) interna.

Letra c.

A auditoria que objetiva examinar a economicidade, eficiência, eficácia e efetivi-

dade de organizações, programas e atividades governamentais, com a finalidade

de avaliar o seu desempenho e de promover o aperfeiçoamento da gestão pública”

classifica-se como auditoria OPERACIONAL.

Questão 4    (FCC/TCE/AM/ANALISTA/2013) A verificação realizada em entidades

da Administração Direta e Indireta em função, subfunção, programas e ações é

denominada auditoria

a) de controle oficial.

b) pública.

c) governamental.

d) de Estado.

e) oficial.

Letra c.

De acordo com as normas de auditoria no setor público, a AUDITORIA GOVERNA-

MENTAL é o exame efetuado em entidades da administração direta e indireta, em

funções, subfunções, programas, ações (projetos, atividades e operações espe-

ciais), áreas, processos, ciclos operacionais, serviços, sistemas e sobre a guarda e

a aplicação de recursos públicos por outros responsáveis, em relação aos aspectos

contábeis, orçamentários, financeiros, econômicos, patrimoniais e operacionais, as-

sim como acerca da confiabilidade do sistema de controle interno (SCI). É realizada

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por profissionais de auditoria governamental, por intermédio de levantamentos de

informações, análises imparciais, avaliações independentes e apresentação de in-

formações seguras, devidamente consubstanciadas em evidências, segundo os cri-

térios de legalidade, legitimidade, economicidade, eficiência, eficácia, efetividade,

equidade, ética, transparência e proteção do meio ambiente, além de observar a

probidade administrativa e a responsabilidade social dos gestores da coisa pública.

Questão 5    (FCC/TRT/18ª REG/ANALISTA/2013) O conceito genérico de auditoria

de regularidade, adotado pelas Normas de Auditoria do Tribunal de Contas da União

− NAT, em sua revisão de 2011, atualmente é o

a) processo que objetiva examinar a economicidade, eficiência, eficácia e efetivi-

dade de organizações, programas e atividades governamentais, com a finalidade

de avaliar o seu desempenho e de promover o aperfeiçoamento da gestão pública.

b) exame independente e objetivo de uma situação ou condição, em confronto com

um critério ou padrão preestabelecido, para que se possa opinar ou comentar a

respeito para destinatários indeterminados.

c) processo que objetiva examinar se as demonstrações contábeis evidenciam ade-

quadamente, em seus aspectos relevantes, os atos e fatos concernentes à adminis-

tração orçamentária, financeira e patrimonial de acordo com a legislação pertinen-

te, os princípios e as normas de contabilidade aplicáveis.

d) processo cujo objetivo é o exame da legalidade e legitimidade dos atos de ges-

tão em relação a padrões normativos expressos em normas técnicas ou jurídicas e

regulamentos aplicáveis, bem como em relação a disposições de cláusulas de con-

tratos, convênios, acordos, ajustes e instrumentos congêneres.

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e) processo sistemático, documentado e independente de se avaliar objetivamente

uma situação ou condição para determinar a extensão na qual os critérios aplicáveis

são atendidos, obter evidências quanto a esse atendimento e relatar os resultados

dessa avaliação a um destinatário predeterminado, cujo objetivo é examinar a le-

galidade e a legitimidade dos atos de gestão dos responsáveis sujeitos à jurisdição

do Tribunal, quanto aos aspectos contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial.

Letra e.

A definição estabelecida na letra e é a fusão entre o conceito genérico de audito-

ria governamental com a classificação da auditoria em auditoria de regularidade,

conforme as NAT. Logo, é a alternativa que corresponde ao enunciado da questão.

a) Errada. Trata da definição de auditoria operacional.

b) Errada. Corresponde apenas ao conceito geral de auditoria governamental.

c) Errada. Trata da definição de auditoria contábil.

d) Errada. Corresponde a uma definição de auditoria de regularidade, mas não é

a definição ou classificação que é adotada expressamente nas NAT.

Questão 6    (FCC/TCE/SP/2013) Para que os objetivos da auditoria governamental

sejam atingidos, utilizam-se diversos tipos de auditoria no setor público. A auditoria

a) de gestão tem por objetivo verificar a eficácia e a eficiência das ações gerenciais

e procedimentos operacionais das unidades auditadas.

b) indireta é executada por servidores em exercício nos órgãos e unidades do Sis-

tema de Controle Interno da entidade auditada.

c) de acompanhamento de gestão tem por objetivo antecipar os trabalhos da audi-

toria de gestão, sendo realizada em tempo real ao longo do exercício.

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d) compartilhada não deve contar com o auxílio de órgãos e instituições privadas,

de modo a garantir a lisura, o sigilo e a idoneidade das informações obtidas nos

trabalhos.

e) de desempenho tem por objetivo confirmar os valores apresentados pelas de-

monstrações contábeis da entidade auditada.

Letra c.

A auditoria de acompanhamento de gestão tem por objetivo antecipar os trabalhos

da auditoria de gestão, sendo realizada em tempo real ao longo do exercício, so-

bre os atos efetivos e os efeitos potenciais positivos e negativos de uma unidade

ou entidade federal, que contém evidências e relatos sobre melhorias e economias

existentes no processo ou oportunidades de prevenção de gargalos ao desempenho

da missão institucional.

a) Errada. A auditoria operacional tem por objetivo verificar a eficácia e a efici-

ência das ações gerenciais e procedimentos operacionais das unidades auditadas.

b) Errada. A auditoria direta é executada por servidores em exercício nos órgãos

e unidades do Sistema de Controle Interno da entidade auditada.

d) Errada. A auditoria compartilhada conta com o auxílio de órgãos e instituições

privadas, sendo espécie da auditoria indireta.

e) Errada. A auditoria contábil tem por objetivo confirmar os valores apresentados

pelas demonstrações contábeis da entidade auditada.

Questão 7    (FCC/TRT/18ª REG/ANALISTA/2013) A auditoria governamental que

objetiva o exame de fatos ou situações consideradas relevantes, de natureza inco-

mum ou extraordinária, sendo realizadas para atender determinação do Presidente

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da República, Ministros de Estado ou por solicitação de outras autoridades, carac-

teriza a auditoria

a) especial.

b) operacional.

c) de programas.

d) de gestão.

e) de sistema

Letra a.

A auditoria governamental que objetiva o exame de fatos ou situações consideradas

relevantes, de natureza incomum ou extraordinária, sendo realizadas para atender

determinação do Presidente da República, Ministros de Estado ou por solicitação de

outras autoridades, caracteriza a auditoria especial.

Questão 8    (FCC/TRE/RO/ANALISTA/2013) Com o objetivo de emitir opinião acer-

ca da regularidade das contas, o Sistema de Controle Interno do Poder Executivo

Federal realiza exames sobre a prestação de contas anual apresentada por entida-

des públicas. Para alcançar tal objetivo, a auditoria realizada é do tipo

a) avaliação de gestão.

b) contábil.

c) conformidade.

d) regularidade.

e) monitoramento de gestão.

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Letra a.

A auditoria de avaliação de gestão possui o objetivo de emitir opinião acerca da

regularidade das contas, quando se realizam exames sobre a prestação de contas

anual apresentada por entidades públicas.

Questão 9    (FCC/DPE/RS/CONTADOR/2013) É um dos objetos sujeitos à atuação

do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, nos órgãos da Adminis-

tração Direta, entidades da Administração Indireta e entidades privadas:

a) apreciação das contas prestadas anualmente pelos administradores públicos,

mediante parecer prévio, que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de

seu recebimento.

b) os processos de concessão de empréstimos a Estados e Municípios destinados a

cobrir déficit orçamentário.

c) avaliação do cumprimento dos limites mínimos de gastos com a segurança pú-

blica, a educação e a saúde realizados pelos entes da federação em cada exercício

financeiro.

d) os contratos firmados por gestores públicos com entidades públicas ou privadas

para prestação de serviços, execução de obras e fornecimento de materiais.

e) verificação do cumprimento dos limites e condições relativos à realização de

operações de crédito dos entes da Federação, inclusive das empresas por eles con-

troladas, direta ou indiretamente, em cada exercício financeiro.

Letra d.

Os contratos firmados por gestores públicos com entidades públicas ou privadas

para prestação de serviços, execução de obras e fornecimento de materiais consti-

tuem objetos a serem fiscalizados/auditados pelo SCI do Poder Executivo Federal.

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a) Errada. Não cabe ao SCI apreciar para fins de parecer prévio nem julgar as

contas prestadas anualmente pelos administradores públicos.

b) Errada. Os processos de concessão de empréstimos a Estados e Municípios

destinados a cobrir déficit orçamentário serão fiscalizados pelos controles interno

e externo locais.

c) Errada. Não compete ao SCI do Poder Executivo Federal proceder à avaliação do

cumprimento dos limites mínimos de gastos com a segurança pública, a educação

e a saúde realizados pelos entes da federação em cada exercício financeiro.

e) Errada. O Ministério da Fazenda é o órgão que detém a competência para ve-

rificar o cumprimento dos limites e condições relativos à contratação de operações

de crédito ou a concessão de garantias pelos Estados, Distrito Federal e Municípios,

incluindo seus fundos, autarquias, fundações e empresas estatais dependentes, em

face do contido no art. 32 da Lei Complementar n. 101/00 (LRF), disciplinado pela

Resolução n. 43/01, do Senado Federal.

Questão 10    (FCC/DPE/RS/CONTADOR/2013/ADAPTADA) Com relação à audito-

ria no setor público realizada pelo Sistema de Controle Interno do Poder Executivo

Federal, a abrangência de sua atuação, dentre outros, inclui

a) projetos financiados por recursos externos e projetos de cooperação junto a or-

ganismos internacionais.

b) avaliação do cumprimento, em cada exercício financeiro, dos limites de gastos

com pessoal, com a amortização da dívida, de cada ente da federação, para efeito

de autorização de operações de crédito.

c) aplicação aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa, multa proporcio-

nal ao dano causado ao erário, comunicando a decisão ao Ministério Público.

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d) exame da regularidade e a avaliação da eficiência e a eficácia da gestão ad-

ministrativa e dos resultados alcançados pelas empresas prestadoras de serviços

públicos.

e) realização, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal,

inspeções e auditoria de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e

patrimonial, nos órgãos e entidades da administração pública federal.

Letra a.

A abrangência de atuação do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Fede-

ral inclui as atividades de gestão das unidades da administração direta, entidades

da Administração Indireta Federal, programas de trabalho, recursos e sistemas de

controles administrativo, operacional e contábil, projetos financiados por recursos

externos, projetos de cooperação junto a organismos internacionais, a aplicação de

quaisquer recursos repassados pela União mediante contratos de gestão, transfe-

rências a fundo, convênio, acordo, ajuste ou outro instrumento congênere.

b) Errada. A avaliação do cumprimento, em cada exercício financeiro, dos limites

de gastos com pessoal, com a amortização da dívida, de cada ente da federação,

para efeito de autorização de operações de crédito, compete ao respetivo órgão de

controle no âmbito do ente governamental.

c) Errada. A aplicação aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa, de

multa proporcional ao dano causado ao erário é uma competência exclusiva do Tri-

bunal de Contas.

d) Errada. Não cabe ao Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal o

exame da regularidade e a avaliação da eficiência e a eficácia da gestão administra-

tiva e dos resultados alcançados pelas empresas prestadoras de serviços públicos.

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Quanto a essas empresas, compete aos órgãos de controle verificar a boa e regular

execução do contrato firmado com a Administração Pública.

e) Errada. A realização, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Sena-

do Federal, de inspeções e auditoria de natureza contábil, financeira, orçamentária,

operacional e patrimonial, nos órgãos e entidades da administração pública federal

é uma competência privativa do Tribunal de Contas da União.

Questão 11    (FCC/TCE/PI/AUDITOR/2014) Considere os objetivos:

I – Emitir opinião sobre a eficiência e eficácia dos controles internos da entidade.

II – Opinar sobre a conformidade da situação patrimonial retratada nas demons-

trações contábeis.

III – Demonstrar a veracidade dos fatos de maneira imparcial, para constituição

de prova em processo judicial.

IV – Auxiliar na emissão de laudo ou parecer.

São objetivos aplicados exclusivamente à Auditoria Governamental os que constam

APENAS em

a) I e II.

b) I e IV.

c) II e III.

d) III e IV.

e) II e IV.

Letra a.

Verificar e emitir opinião sobre a eficiência e eficácia dos controles internos da entidade

e opinar sobre a conformidade da situação patrimonial retratada nas demonstrações

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contábeis são objetivos aplicados à auditoria governamental. Demonstrar a ve-

racidade dos fatos de maneira imparcial, para constituição de prova em processo

judicial e auxiliar na emissão de laudo ou parecer são objetivos relacionados a tra-

balhos de perícia contábil.

Questão 12    (FCC/TCE/PI/AUDITOR/2014) Considerando que cabe ao Estado pro-

mover a justiça, a segurança e o bem-estar social, o objetivo prioritário da Audito-

ria Governamental é

a) garantir o cumprimento dos percentuais mínimos para os gastos com ensino e

saúde.

b) atestar o cumprimento dos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

c) zelar pela obediência ao princípio da competitividade nas licitações públicas.

d) atestar a fidedignidade dos registros contábeis mantidos nos entes públicos.

e) avaliar o resultado real obtido na execução das ações governamentais.

Letra e.

De acordo com as normas de auditoria governamental, a função essencial do TC é

auxiliar o Poder Legislativo no exercício do controle externo, assegurando e promo-

vendo o cumprimento da accountability no setor público, incluindo-se o apoio e o

estímulo às boas práticas de gestão. O enunciado afirma caber ao Estado promover

a justiça, a segurança e o bem-estar social. Nesse sentido, o objetivo prioritário da

auditoria governamental é avaliar o resultado obtido na execução das ações gover-

namentais.

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Questão 13    (FCC/DEFENSORIA PÚBLICA/RS/ANALISTA/2013) A auditoria, no

âmbito do sistema de controle interno do setor público federal, que objetiva o

exame de fatos ou situações consideradas relevantes, de natureza incomum ou

extraordinária, sendo realizada para atender determinação expressa de autoridade

competente, é classificada como

a) contábil.

b) extraordinária.

c) extraplano.

d) inspeção.

e) especial.

Letra e.

A auditoria, no âmbito do sistema de controle interno do setor público federal, que

objetiva o exame de fatos ou situações consideradas relevantes, de natureza inco-

mum ou extraordinária, sendo realizada para atender determinação expressa de

autoridade competente, é classificada como especial.

Questão 14    (FCC/TRT/12ª REG/ANALISTA/2013) Uma auditoria realizada com o

objetivo de examinar se os recursos estão sendo usados eficientemente em um

programa da área da saúde é denominada de auditoria

a) de conformidade.

b) contábil.

c) operacional.

d) de regularidade.

e) de legalidade.

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Letra c.

Uma auditoria realizada com o objetivo de examinar se os recursos estão sendo

usados de forma econômica, eficiente, eficaz e/ou efetiva é denominada de audi-

toria operacional.

Questão 15    (FCC/TRT/18ª REG/ANALISTA/2013) Entre as cinco naturezas de au-

ditorias citadas no Art. 71 da Constituição Federal de 1988, a orçamentária é con-

siderada pelas Normas de Auditoria do Tribunal de Contas da União como auditoria

a) de conformidade.

b) operacional.

c) contábil.

d) de sistemas.

e) de qualidade.

Letra a.

A auditoria de conformidade ou de regularidade abrange as auditorias contábil, or-

çamentária, financeira e patrimonial.

Questão 16    (FCC/TRT 3ª REG/ANALISTA/2015) Para executar trabalhos de audi-

toria, os auditores devem ter bom conhecimento das técnicas e dos procedimentos

de auditoria a fim de que possam obter evidências suficientes, adequadas, relevan-

tes e em bases razoáveis para comprovar os achados e sustentar suas opiniões e

conclusões. Segundo as Normas de Auditoria do Tribunal de Contas da União – NAT,

são atributos das evidências:

a) materialidade, legalidade, adequabilidade e suficiência.

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b) legalidade, razoabilidade, confiabilidade e relevância.

c) validade, confiabilidade, relevância e suficiência.

d) materialidade, legalidade, razoabilidade e relevância.

e) validade, confiabilidade, objetividade e razoabilidade.

Letra c.

Conforme as NAT, para que possam ser aceitas, as evidências devem possuir os

seguintes atributos: validade, confiabilidade, relevância e suficiência.

Questão 17    (FCC/TCE/CE/TI/2015) Um Tribunal de Contas deseja estabelecer

uma auditoria com a finalidade de realizar revisões sistemáticas de programas, or-

ganizações, atividades ou segmentos operacionais da entidade, permitindo avaliar

e comunicar se os recursos da organização estão sendo usados eficientemente,

bem como se estão sendo alcançados os objetivos operacionais. Essa auditoria é

obrigatoriamente

a) operacional e deve ser externa.

b) operacional e deve ser interna.

c) independente e deve ser interna.

d) operacional, interna ou externa.

e) independente, interna ou externa.

Letra a.

Considerando que a auditoria procura avaliar se os recursos estão sendo usados

eficientemente, bem como se estão sendo alcançados os objetivos operacionais,

ela é denominada de auditoria operacional.

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Como é uma auditoria realizada por um tribunal de contas, que exerce o controle

externo, ela será considerada externa.

Questão 18    (FCC/TCE/AM/2016) O Tribunal de Contas, no mês de junho de 2015,

realizou auditoria na Secretaria Estadual da Saúde, objetivando examinar a lega-

lidade e a legitimidade dos atos de gestão do responsável pela secretaria, quanto

aos aspectos contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial. Segundo as Normas

de Auditoria do Tribunal de Contas da União − NAT, quanto à natureza, esta audi-

toria é classificada de auditoria

a) de acompanhamento de gestão.

b) integral.

c) operacional.

d) de regularidade.

e) de avaliação de gestão.

Letra d.

Segundo as NATs, a auditoria de regularidade objetiva examinar a legalidade e a

legitimidade dos atos de gestão dos responsáveis sujeitos à jurisdição do Tribunal,

quanto aos aspectos contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial. Compõem as

auditorias de regularidade as auditorias de conformidade e as auditorias contábeis.

Questão 19    (FCC/TCE/CE/ANALISTA/2015) Para determinar a extensão e o al-

cance da auditoria que será proposta, a unidade técnica dever dispor de informa-

ções, entre outras, às relativas aos riscos relevantes associados ao objetivo da au-

ditoria. Segundo as Normas de Auditoria − NAT, a avaliação de riscos e de controle

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interno visa a avaliar o grau em que o controle interno de organizações, programas

e atividades governamentais assegura, de forma razoável, que na consecução de

suas missões, objetivos e metas, os princípios constitucionais da Administração pú-

blica sejam obedecidos. Dentre os objetivos de controle que serão atendidos, não

se incluem:

a) estabelecimento de responsabilidades e rotinas internas, segregação de funções

apropriada das responsabilidades funcionais.

b) eficiência, eficácia e efetividade operacional, mediante execução ordenada, ética

e econômica das operações.

c) integridade e confiabilidade da informação produzida e sua disponibilidade para

a tomada de decisões e para o cumprimento de obrigações accountability.

d) conformidade com leis e regulamentos aplicáveis, incluindo normas, políticas,

programas, planos e procedimentos de governo e da própria instituição.

e) adequada salvaguarda e proteção de bens, ativos e recursos públicos contra

desperdício, perda, mau uso, dano, utilização não autorizada ou apropriação inde-

vida.

Letra a.

A avaliação de riscos e de controle interno visa a avaliar o grau em que o controle

interno de organizações, programas e atividades governamentais assegura, de for-

ma razoável, que na consecução de suas missões, objetivos e metas, os princípios

constitucionais da administração pública serão obedecidos e os seguintes objetivos

de controle serão atendidos:

I – eficiência, eficácia e efetividade operacional, mediante execução ordenada, éti-

ca e econômica das operações;

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II – integridade e confiabilidade da informação produzida e sua disponibilidade para

a tomada de decisões e para o cumprimento de obrigações accountability;

III – conformidade com leis e regulamentos aplicáveis, incluindo normas, políticas,

programas, planos e procedimentos de governo e da própria instituição; e

IV – adequada salvaguarda e proteção de bens, ativos e recursos públicos contra

desperdício, perda, mau uso, dano, utilização não autorizada ou apropriação inde-

vida.

Logo, o estabelecimento de responsabilidades e rotinas internas e a segregação de

funções apropriada das responsabilidades funcionais não corresponde a objetivos

do controle interno.

Questões CESPE

Questão 20    (CESPE/TCE/RN/2009) Com base nos conceitos e normas acerca de

achados de auditoria, julgue o próximo item.

A aplicação dos programas de auditoria permite identificar deficiências, que cons-

tituem os achados de auditoria. Nesse sentido, os servidores presumivelmente re-

lacionados a esses achados não devem ser comunicados, para não influenciar o

relatório que o auditor encaminhará aos responsáveis pela entidade.

Errado.

Os achados de auditoria devem ser comunicados preliminarmente aos responsáveis

e colhidas as justificativas necessárias. No caso do TCU, isso não elimina ou preju-

dica a realização de audiência ou citação quando da instrução do processo.

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(CESPE/SECONT/ES/AUDITOR/2009) Com relação à classificação das auditorias no

setor público e às formas como elas podem ser realizadas, julgue os itens que se

seguem.

Questão 21    Considere que o controle interno de um ente governamental tenha

decidido dividir o trabalho de determinada auditoria entre os servidores lotados no

órgão central e em unidades regionais de controle interno. Nesse caso, trata-se de

uma auditoria integrada.

Certo.

A forma de execução da auditoria no setor público federal denominada de auditoria

direta integrada é aquela em que o trabalho é realizado conjuntamente pelos audi-

tores do órgão central e das unidades regionais de controle interno.

Questão 22    Quando se pretende fazer o exame dos registros e documentos me-

diante procedimentos específicos pertinentes ao controle do patrimônio da unida-

de, da entidade ou do projeto, deve-se realizar uma auditoria de acompanhamento

da gestão.

Errado.

A auditoria que tem por objetivo exame dos registros e documentos mediante pro-

cedimentos específicos pertinentes ao controle do patrimônio da unidade, da enti-

dade ou do projeto é a auditoria contábil.

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Questão 23    Somente por meio da auditoria operacional verifica-se a efetividade

e a aplicação de recursos externos, oriundos de agentes financeiros e organismos

internacionais.

Errado.

A verificação da efetividade e da aplicação de recursos externos, oriundos de agen-

tes financeiros e organismos internacionais é o objetivo das auditorias de recursos

externos (internacionais).

Questão 24    (CESPE/SAD/PE/ANALISTA/2009) Na classificação dos tipos de au-

ditoria, a que avalia a eficácia dos resultados em relação aos recursos disponíveis,

bem como a economicidade, a eficiência, a efetividade e a qualidade dos controles

internos existentes, é denominada auditoria

a) contábil.

b) de gestão.

c) de sistemas.

d) operacional.

e) de qualidade.

Letra d.

A auditoria que avalia a eficácia dos resultados em relação aos recursos disponíveis,

bem como a economicidade, a eficiência, a efetividade e a qualidade dos controles

internos existentes, é denominada auditoria operacional.

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Questão 25    (CESPE/SECGE/PE/ANALISTA/2010) Constitui objeto da auditoria

operacional

a) o exame de fatos ou situações relevantes, de natureza incomum, realizado me-

diante solicitação de autoridade superior.

b) a verificação de registros e documentos, em consonância com os princípios con-

tábeis e demais normas legais pertinentes.

c) a emissão de opinião sobre a regularidade das contas e a execução dos contratos

e instrumentos afins.

d) a análise dos processos por meio dos quais os dados e as informações são obti-

dos, tratados e fornecidos.

e) a avaliação da eficiência, eficácia, economicidade e efetividade da gestão, con-

siderando o uso dos recursos e os resultados alcançados.

Letra e.

Constitui objeto da auditoria operacional a avaliação da eficiência, eficácia, econo-

micidade e efetividade da gestão, considerando o uso dos recursos e os resultados

alcançados.

(CESPE/MPU/CI/2010) Com respeito ao controle interno e ao externo e à prestação

de contas no âmbito da União, julgue os itens subsequentes.

Questão 26    Por meio de auditoria operacional, emite-se opinião acerca da gestão

quanto a eficiência, eficácia e economicidade, a fim de auxiliar a administração da

entidade auditada na gerência e no alcance dos resultados.

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Certo.

O auditor operacional emite opinião/relatório sobre a eficiência, eficácia, economia

e efetividade da gestão, tendo como objetivos ainda auxiliar a entidade auditoria a

melhorar o desempenho e o alcance dos seus resultados.

Questão 27    São tipos de auditorias realizadas no setor público federal brasileiro:

contábil, operacional, especial, de avaliação da gestão, de acompanhamento da

gestão, de programas, de sistemas, da qualidade e integral.

Certo.

A literatura especializada prevê a realização de todos os tipos ou espécies de audi-

toria listados no item. Vimos os objetivos de cada uma dessas auditorias em nos-

sa aula!

(CESPE/TCU/AUFC/2011) Julgue os próximos itens, a respeito das normas de au-

ditoria do TCU, da auditoria de regularidade e operacional e dos instrumentos de

fiscalização.

Questão 28    A CF, ao conferir ao TCU competência para realizar, inclusive por conta

própria, auditorias de natureza operacional, reconheceu que, além de o controle

externo ter como balizamento para sua atuação fiscalizadora os aspectos de legali-

dade, legitimidade e economicidade, deve também contemplar os critérios da efici-

ência — com status de princípio constitucional da administração pública —, eficácia

e efetividade.

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Certo.

As auditorias operacionais ampliaram o escopo da fiscalização pública, abrangendo

aspectos de eficiência, eficácia e efetividade da gestão pública.

Questão 29    Durante a fase de execução dos trabalhos de auditoria, a equipe en-

carregada deve aplicar os procedimentos previstos na matriz de planejamento em

busca dos chamados achados. O achado é considerado negativo quando os indícios

de impropriedade ou irregularidade não produzem evidências.

Errado.

Se não há evidência não há achado de auditoria, pois os achados de auditoria de-

vem ser respaldados por evidências.

(CESPE/TCU/AUFC/2011) A auditoria requer o uso de determinadas técnicas e pro-

cedimentos bem delimitados pela doutrina especializada. A respeito desse assunto,

julgue os itens subsequentes.

Questão 30    Um achado de auditoria pode ser delimitado por seus atributos, que

são: a situação encontrada, o critério e as evidências.

Errado.

Os atributos de um achado de auditoria são a condição, o critério, a causa e o efei-

to. As evidências constituem um dos requisitos dos achados.

Questão 31    As boas práticas de gestão, embora possam ser mencionadas no rela-

tório de auditoria, não constituem achados de auditoria.

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Errado.

Os achados podem ser negativos ou positivos. As boas práticas de gestão consti-

tuem achados de auditoria, devendo ser disseminadas para a Administração Públi-

ca como um todo, como forma de contribuição do TCU para o aperfeiçoamento da

gestão pública.

Questão 32    (CESPE/TCU/AUFC/2011) Com referência às evidências, julgue o

item que se segue.

Na classificação das evidências quanto à fonte, considera-se que a evidência exter-

na é mais confiável que o conhecimento profissional direto, enquanto este constitui

fonte mais econômica que a evidência interna.

Errado.

A evidência de auditoria quanto à fonte pode ser classificada em: conhecimento

profissional, evidência externa, evidência interna e evidências justapostas. O co-

nhecimento profissional direto é normalmente derivado do exame físico do auditor

e da observação das atividades e esse tipo de evidência tende a ser mais confiável.

A evidência interna é a forma mais econômica a se obter, apesar de ser a menos

confiável. Portanto, existem dois erros no item.

Questão 33    (CESPE/TCE-ES/ACE/2012) Julgue o próximo item.

Os efeitos reais do achado de auditoria, resultantes da divergência entre a situação

encontrada e o critério utilizado para avaliá-la, correspondem as consequências

concretas, positivas ou negativas, da auditoria para o órgão ou entidade, assim

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como para o erário ou a sociedade. Os efeitos potenciais, por sua vez, diferente-

mente dos reais, são aqueles que podem não se concretizar.

Certo.

O efeito é um dos elementos ou atributos do achado. Identifica os resultados ou as

consequências para a entidade, o erário ou para a sociedade, da discrepância entre

a situação encontrada e o critério, indicando a gravidade ou os eventuais benefícios

no caso de achados positivos. Subdividem-se em duas classes: os efeitos reais, ou

seja, aqueles efetivamente verificados, e os efeitos potenciais (riscos), aqueles que

podem ou não se concretizar. Efeito real ou efeito potencial podem ser usados para

demonstrar a necessidade de ações corretivas em resposta a eventos já ocorridos

ou a riscos relevantes.

(CESPE/ANAC/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO/2012) Em relação à análise de risco,

às técnicas e aos procedimentos de planejamento e execução de auditoria, julgue

os itens seguintes.

Questão 34    A matriz de achados é uma forma de organização das informações

sobre os achados relativos ao planejamento da auditoria. Achados identificados du-

rante a execução da auditoria, mas não listados nessa matriz, não devem constar

da documentação de auditoria, ainda que sejam relevantes.

Errado.

Como resultado da aplicação dos procedimentos de auditoria, o auditor vai obtendo

evidência quanto à conformidade ou não dos procedimentos perante leis, normas e

princípios. Quando essas constatações são relevantes tem-se achados de auditoria,

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cuja análise é realizada mediante utilização da Matriz de Achados, preenchida du-


rante a fase de execução da auditoria. O item apresenta dois erros. A matriz de
achados é uma forma de organização das informações sobre os achados relativos
à execução da auditoria e os achados relevantes devem constar da documentação
da auditoria e listados na matriz.

Questão 35    A matriz de planejamento, espécie de esquematização das informa-


ções relevantes do planejamento e dos procedimentos de uma auditoria, realizada
para orientar a equipe na fase de execução dos trabalhos, consiste em instrumento
flexível, cujo conteúdo pode ser atualizado ou modificado à medida que o trabalho
de auditoria é realizado.

Certo.
A Matriz de Planejamento é uma esquematização das informações relevantes do
planejamento de uma auditoria, sendo um instrumento flexível, pois o seu conte-
údo pode ser atualizado ou modificado pela equipe, à  medida que o trabalho de
auditoria progride.

Questão 36    (CESPE/TCU/AUFC/2013) Acerca das evidências, julgue o item sub-


sequente.
A opinião do auditor fundamenta-se nas evidências obtidas, cuja qualidade depen-
de de três fatores-chave: relevância, probabilidade e tempestividade.

Errado.

A validade do trabalho de auditoria depende diretamente da qualidade das evidên-

cias que é considerada satisfatória quando reúne as características de suficiência,

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adequação e pertinência. Logo, os três fatores-chave seriam: a suficiência, a ade-

quação e a pertinência.

Questão 37    (CESPE/AFT/2013) Em uma entrevista, podem-se classificar as ques-

tões de auditoria em vários tipos. Uma questão do tipo exploratório, por exemplo,

é formulada com vistas a esclarecer desvios em relação ao desempenho padrão ou

ao estabelecido como meta. Por meio desse tipo de questão, pode-se, por exemplo,

indagar do responsável por um programa das empresas fiscalizadas pelo MTE por

que razão um percentual muito baixo de empresas teria sofrido autuação e por que

a maior parte das autuações não teria apresentado nenhum resultado prático.

Certo.

Em conformidade com as normas de auditoria governamental, podemos classificar

questões de auditoria em quatro tipos: questões descritivas; questões normativas,

questões avaliativas (ou de impacto, ou de causa-e-efeito) e questões explorató-

rias. Estas – as exploratórias - são destinadas a explicar eventos específicos, es-

clarecer os desvios em relação ao desempenho padrão ou as razões de ocorrência

de um determinado resultado. São perguntas do tipo: “Quais os principais fatores

que respondem pela crise do sistema de transporte aéreo?”; “Que fatores explicam

o aumento expressivo nos gastos com pagamento dos benefícios de auxílio-doença

ao longo da última década?” “Por que razão um percentual muito baixo de empre-

sas sofreu autuação e por que a maior parte das autuações não apresentado ne-

nhum resultado prático?”.

(CESPE/ANAC/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO/2012) Em relação a instrumentos de

fiscalização, tipos, escopo e execução de auditorias, julgue os itens seguintes.

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Questão 38    Utiliza-se a auditoria operacional para avaliação do desempenho da

administração, dos sistemas de planejamento e de controle de qualidade relativos

às operações financeiras da entidade auditada.

Errado.

Cuidado com a “pegadinha”. A auditoria operacional é utilizada para avaliação do

desempenho da administração, dos sistemas de planejamento e de controle de

qualidade relativos às atividades operacionais da entidade auditada. Quando o ob-

jeto da auditoria é o sistema contábil ou as operações financeiras da entidade au-

ditada, a auditoria é contábil ou financeira.

Questão 39    A auditoria de regularidade, assim como os demais tipos de audito-

rias, tem por finalidade principal auxiliar a administração da entidade auditada a

melhorar a eficiência, a eficácia e economicidade de suas operações. Trata-se, por-

tanto, de atividade voltada para o futuro.

Errado.

A auditoria que tem por finalidade principal auxiliar a administração da entidade

auditada a melhorar a eficiência, a eficácia e economicidade de suas operações é

a auditoria operacional. Além desse erro, existe outro na parte final do item,

quanto ao enfoque dos exames: passado ou futuro. A auditoria operacional tem

uma abordagem mais construtiva, em função de suas avaliações e recomenda-

ções. Os relatórios de auditoria operacional, ao invés de se limitarem a criticar fa-

tos passados, devem ser construtivos. As conclusões e recomendações do auditor

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constituem um aspecto importante da auditoria. Logo, as auditorias contábil e de

conformidade possuem enfoque voltado para o passado, enquanto a auditoria ope-

racional é voltada para o passado, presente e futuro.

(CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2013) Acerca das técnicas de auditoria analítica e au-

ditoria operacional, julgue os próximos itens.

Questão 40    Considere que um auditor tenha verificado a definição de indicadores

de desempenho sobre os resultados obtidos na condução de um negócio, tendo

avaliado, ainda, o desempenho das ações implementadas após sua execução, com

foco nos resultados da empresa. Nessa situação, a auditoria realizada é de confor-

midade.

Errado.

A auditoria que verifica a definição de indicadores de desempenho sobre os resul-

tados obtidos na condução de um negócio e avalia o desempenho das ações imple-

mentadas após sua execução, com foco nos resultados da empresa é a auditoria

operacional.

Questão 41    Suponha que o Tribunal de Contas da União tenha realizado uma au-

ditoria na Agência Nacional ABCTEL, visando conhecer a organização, os sistemas,

as operações, as atividades e as peculiaridades dessa entidade, a fim de subsidiar a

elaboração e a implementação de novas técnicas. Nessa situação, é correto afirmar

que a auditoria realizada é do tipo operacional.

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Certo.

Cabe esclarecer que o TCU dispõe do instrumento de fiscalização denominado de

levantamento para conhecer a organização e o funcionamento dos órgãos e entida-

des da administração direta, indireta e fundacional dos Poderes da União, incluin-

do fundos e demais instituições que lhe sejam jurisdicionadas, assim como dos

sistemas, programas, projetos e atividades governamentais no que se refere aos

aspectos contábeis, financeiros, orçamentários, operacionais e patrimoniais; iden-

tificar objetos e instrumentos de fiscalização; e avaliar a viabilidade da realização

de fiscalizações.

Contudo, como o enunciado do item afirma que o TCU está realizando uma audito-

ria, de acordo com seus objetivos ou ela é uma auditoria de regularidade/conformi-

dade ou operacional. A auditoria que visa a conhecer a organização, os sistemas,

as operações, as atividades e as peculiaridades dessa entidade, a fim de subsidiar

a elaboração e a implementação de novas técnicas seria classificada como opera-

cional.

Questão 42    (CESPE/CNJ/2013) Julgue o item seguinte, acerca dos tipos de audi-

toria no setor público federal.

A auditoria que tem como objetivo específico o melhoramento das operações exa-

minadas, consubstanciada na análise da eficiência, eficácia e economicidade da

ação administrativa, é denominada auditoria de gestão.

Errado.

A auditoria que tem como objetivo específico o melhoramento das operações exa-

minadas, consubstanciada na análise da eficiência, eficácia e economicidade da

ação administrativa, é denominada auditoria operacional.

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(CESPE/FUB/AUDITOR/2013) Acerca dos tipos de auditoria, julgue os itens a seguir.

Questão 43    A auditoria operacional ou de desempenho é a que procede a avalia-

ções quanto aos aspectos conhecidos como os 4 Es, entre os quais se destaca a

equidade, em consonância com o princípio da justiça social.

Errado.

A auditoria operacional ou de desempenho é a que procede a avaliações quanto

aos aspectos conhecidos como os 4 Es: economicidade, eficiência, eficácia e efeti-

vidade. Esses quatro critérios ou dimensões são os principais. A equidade também

é relevante e pode ser um outro critério, mas não é principal.

Questão 44    A efetividade é uma dimensão do desempenho voltada para o aten-

dimento imediato das metas inicialmente traçadas. Se, por exemplo, o objetivo é

o de construir uma usina hidrelétrica, os aspectos relacionados ao meio ambiente

e à população da área deverão ser considerados paralelos e avaliados sob outros

critérios que não o do objetivo central do programa

Errado.

A dimensão do desempenho voltada para o atendimento imediato das metas ini-

cialmente traçadas corresponde à eficácia e não à efetividade. Se o objetivo é o de

construir uma usina hidrelétrica, os aspectos relacionados ao meio ambiente e à

população da área deverão ser avaliados sob os critérios relacionados ao objetivo

central do programa.

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Questão 45    (CESPE/TCE/ES/2012) Julgue os próximos itens, relativos à audito-

ria.

O objetivo da auditoria de gestão é evidenciar as melhorias e as economias feitas

no processo de gerenciamento, a fim de que seja evitado o surgimento de obstácu-

los ao cumprimento das atividades da instituição.

Errado.

A auditoria de gestão tem por objetivo emitir opinião quanto à regularidade ou

não da gestão dos recursos, bens e valores públicos. O objetivo da auditoria de

acompanhamento da gestão é evidenciar as melhorias e as economias feitas no

processo de gerenciamento, a fim de que seja evitado o surgimento de obstáculos

ao cumprimento das atividades da instituição.

Questão 46    (CESPE/TCE/ES/2012) Com relação à estrutura e ao funcionamento

do controle na administração pública, julgue o item seguinte.

A auditoria coordenada pelo sistema de controle interno do Poder Executivo federal

e, de forma auxiliar, pelos órgãos e(ou) instituições públicas ou privadas é classifi-

cada, quanto à forma de execução, como indireta e compartilhada.

Certo.

Quanto à forma, a auditoria indireta é aquela executada com a participação de

servidores que desempenham atividades de auditoria em quaisquer instituições

da Administração Pública Federal ou entidade privada. A indireta compartilhada é

coordenada pelo Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal com o

auxílio de órgãos/instituições públicas ou privada.

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Questão 47    (CESPE/ANP/2012) No que se refere a controle interno, parecer de

auditoria e normas gerais de auditoria governamental, julgue o item seguinte.

A auditoria de acompanhamento de gestão é realizada ao longo do exercício finan-

ceiro em curso, com o objetivo de atuar em tempo real sobre os atos efetivos e os

efeitos potenciais positivos e negativos, com vistas a certificar a regularidade das

contas.

Errado.

A auditoria de acompanhamento de gestão é realizada ao longo do exercício finan-

ceiro em curso, com o objetivo de atuar em tempo real sobre os atos efetivos e os

efeitos potenciais positivos e negativos. Contudo, a auditoria que possui o objetivo

de certificar a regularidade das contas é a auditoria de avaliação de gestão ou sim-

plesmente de gestão.

Questão 48    (CESPE/TCDF/ANALISTA/2014) No que diz respeito à auditoria in-

terna, auditoria no setor público e relatórios de auditoria, julgue o seguinte item.

Situações de não conformidade, que podem ocorrer sob a forma de improprieda-

de — quando não há transgressão a normas legais — ou irregularidade — caso em

que além de haver transgressão a normas legais, há perdas quantificáveis, confi-

guradoras de dolo ou má-fé —, devem ser evidenciadas em relatório de auditoria

governamental.

Errado.

Uma impropriedade geralmente é uma falha formal, mas pode ser considerada

também quando há transgressão à norma legal, sem gravidade ou materialidade.

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Por outro lado, uma irregularidade não está relacionada necessariamente a um ato

de dolo ou má-fé com perdas quantificáveis.

Questão 49    (CESPE/CGE/PI/2014) Com relação a evidências e achados de audi-

toria, julgue o item seguinte.

Os achados de auditoria e a comparação entre uma situação observada e os crité-

rios fixados servem para comprovar as evidências, que são dispostas na matriz de

responsabilização.

Errado.

As evidências é que servem para comprovar os achados de auditoria e estes decor-

rem da comparação entre uma situação observada e os critérios fixados. Os acha-

dos e as evidências são dispostos na matriz de achados.

Questão 50    (CESPE/TELEBRAS/AUDITOR/2015) Com relação à origem e aos ti-

pos das auditorias, julgue o seguinte item.

A auditoria operacional é um processo destinado especificamente à avaliação do

desempenho real dos controles gerenciais e à confrontação desse desempenho com

o esperado, o que raramente culmina com recomendações de auditoria.

Errado.

A auditoria operacional avalia o desempenho do objeto (órgão, entidade, programa,

projeto etc.), mas não é destinado especificamente à avaliação do desempenho real

dos controles gerenciais e à confrontação desse desempenho com o esperado, pois

também envolve exame dos resultados alcançados (eficácia e efetividade), além

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de outros aspectos. Outro erro está na afirmação de que raramente culmina com

recomendações de auditoria. Estas são elementos sempre presentes nos relatórios

de auditoria operacional, dado que o seu propósito é contribuir para o aperfeiçoa-

mento da gestão.

Questão 51    (CESPE/TCE/PR/2016) De acordo com os postulados básicos de audi-

toria governamental, é obrigação dos órgãos de controle externo

a) alertar a autoridade administrativa para que instaure tomada de contas especial

em relação a irregularidades conhecidas.

b) realizar auditorias solicitadas pelo sistema de controle interno.

c) estabelecer, juntamente com a administração, um sistema adequado de controle

interno no âmbito da entidade auditada.

d) enviar, no caso de auditoria em órgão da administração direta, relatório de au-

ditoria ao titular do Poder Executivo.

e) apresentar recomendações acerca de controles inadequados ou inexistentes nas

entidades auditadas.

Letra e.

É obrigação dos órgãos de controle externo (tribunais de contas) apresentar reco-

mendações acerca de controles inadequados ou inexistentes nas entidades audita-

das.

a) Errada. Quem tem a obrigação legal de alertar a autoridade administrativa para

que instaure tomada de contas especial em relação a irregularidades conhecidas

são os órgãos de controle interno, em apoio ao controle externo.

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b) Errada. Houve inversão. O sistema de controle interno é quem realiza audito-

rias solicitadas pelo tribunal de contas (controle externo). Só quem pode solicitar a

realização de auditorias ao TC é o Poder Legislativo.

c) Errada. Quem estabelece um sistema adequado de controle interno no âmbito

da entidade auditada é a administração; o Tribunal de Contas recomenda ou deter-

mina a implantação, de forma independente.

d) Errada. Não existe essa regra de envio do relatório de auditoria ao titular do

Poder Executivo! O tribunal de contas envia o relatório de auditoria a quem enten-

der competente para tomar as decisões, geralmente sendo o gestor e no máximo

até o ministro da Pasta.

Questão 52    (CESPE/TCE/PA/AUDITOR/2016) Acerca dos achados de auditoria,

julgue o próximo item.

Um achado de auditoria decorre da comparação entre uma situação encontrada e

um padrão que se considera ideal ou desejável. A causa é a explicação possível

para o desvio entre o critério referencial e a realidade constatada pelo auditor.

Certo.

O item aponta corretamente o que é um achado de auditoria (situação encontrada

x critério/padrão) e um atributo importante do achado que é a causa do desvio en-

tre a condição e o critério.

Questão 53    (CESPE/TCE/SC/2016) Com relação aos conceitos gerais de auditoria

e aos papéis utilizados na sua execução, julgue o item seguinte.

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A abrangência da auditoria de gestão pública transcende o conceito tradicional,

pois, entre outros aspectos, não se restringe à mera verificação a posteriori, nem

às questões de caráter estritamente legal; está voltada para a economicidade,

a eficiência, a eficácia e a efetividade da aplicação dos recursos públicos.

Certo.

A auditoria operacional é um trabalho abrangente, envolvendo vários aspectos de

desempenho e resultados (a economicidade, a eficiência, a eficácia e a efetividade

etc.), tendo caráter preventivo e construtivo.

Questão 54    (CESPE/TCE/PR/ANALISTA/2016) Assinale a opção correta, com re-

ferência à auditoria de regularidade.

a) O requisito de exatidão para o relatório de auditoria de regularidade estabelece

que ele discorra apenas e tão somente a respeito do que é importante dentro do

contexto do trabalho.

b) Auditoria contábil e auditoria patrimonial constituem subespécies de auditoria

de regularidade.

c) Impropriedades relacionadas a achados negativos em uma auditoria de regulari-

dade referem-se à prática de atos de gestão ilegal que impliquem danos ao erário.

d) A auditoria de regularidade visa examinar a legalidade e a legitimidade de atos

de gestão de agentes sujeitos à jurisdição de tribunal de contas.

e) Veracidade, confiabilidade e relevância são os atributos de evidência considera-

dos suficientes nos trabalhos da auditoria de regularidade.

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Letra d.

A auditoria de regularidade visa examinar a legalidade e a legitimidade de atos de

gestão contábil, orçamentária, financeira e patrimonial de agentes sujeitos à juris-

dição de tribunal de contas.

a) Errada. O requisito de relevância para o relatório de auditoria de regularidade

estabelece que ele discorra apenas e tão somente a respeito do que é importante

dentro do contexto do trabalho, não se devendo discorrer sobre ocorrências que

não resultem em conclusões.

b) Errada. Compõem as auditorias de regularidade as auditorias de conformi-

dade e as auditorias contábeis.

c) Errada. A prática de atos de gestão ilegal que impliquem danos ao erário cor-

responde a irregularidades relacionadas a achados negativos em uma auditoria

de regularidade.

e) Errada. Validade, confiabilidade, relevância e suficiência são os atributos

de evidência nos trabalhos da auditoria de regularidade.

Questão 55    (CESPE/TCE/PR/ANALISTA/2016) Com relação à auditoria operacio-

nal, assinale a opção correta.

a) São as seguintes as etapas de planejamento de uma auditoria operacional: es-

pecificação dos critérios, sistematização dos instrumentos de coleta de dados, teste

final e elaboração do projeto.

b) Um exemplo de ferramenta de controle de qualidade na execução de uma au-

ditoria operacional é a matriz de achados, que, entre outros usos possíveis, auxilia

no exame de evidências, causas e efeitos e demais elementos do relatório de au-

ditoria.

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c) Comparadas às auditorias de regularidade, as auditorias operacionais são menos

flexíveis na escolha de temas, objetos de auditoria e metodologias de trabalho.

d) O monitoramento de uma auditoria operacional consiste no exame da situação

existente, identificada e documentada durante a execução dos trabalhos.

e) Em auditoria operacional, o requisito eficácia refere-se ao alcance dos resulta-

dos pretendidos por prazo indeterminado.

Letra b.

Um exemplo de ferramenta de controle de qualidade na execução de uma auditoria

operacional é a matriz de achados, que, entre outros usos possíveis, auxilia no exa-

me de evidências, causas e efeitos e demais elementos do relatório de auditoria.

A alternativa b está correta.

a) Errada. São as seguintes as atividades ou etapas de planejamento de uma

auditoria operacional: a) análise preliminar do objeto de auditoria; b) definição do

objetivo e escopo da auditoria; c) especificação dos critérios de auditoria; d) ela-

boração da matriz de planejamento; e) validação da matriz de planejamento; f)

elaboração de instrumentos de coleta de dados; g) teste-piloto; e h) elaboração do

projeto de auditoria

c) Errada. Comparadas às auditorias de regularidade, as auditorias operacionais

são mais flexíveis na escolha de temas, objetos de auditoria e metodologias de

trabalho.

d) Errada. O monitoramento de uma auditoria operacional consiste na verificação

do cumprimento das deliberações do TC e dos resultados delas advindos, com o

objetivo de verificar as providências adotadas e aferir seus efeitos.

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e) Errada. Em auditoria operacional, o requisito eficácia refere-se ao alcance dos

resultados pretendidos (alcance das metas programadas) em um determinado

período de tempo, independentemente dos custos implicados.

Questão 56    (CESPE/TCM/BA/AUDITOR/2018) Assinale a opção que apresenta

característica da auditoria de regularidade.

a) flexibilidade na escolha de temas, objetos de auditoria e métodos de trabalho

b) ampla seleção de métodos de investigação de diferentes áreas do conhecimen-

to, em especial das ciências sociais

c) relatório com aspectos de economicidade e eficiência na aquisição e aplicação

dos recursos

d) conclusões expressas sob a forma de opinião concisa e de formato padronizado

sobre os demonstrativos financeiros

e) exame da materialidade com base em considerações sobre a natureza ou o con-

texto do objeto auditado

Letra d.

Uma característica da auditoria de regularidade são as conclusões expressas sob

a forma de opinião concisa e de formato padronizado sobre os demonstrativos fi-

nanceiros, que é típico da auditoria contábil, espécie de auditoria de regularidade.

As demais alternativas referem-se a características da auditoria operacional.

(CESPE/STM/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTÁBIL/2018) De acordo com as Normas

de Auditoria do TCU, julgue os próximos itens.

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Questão 57    Na reunião de encerramento da fase de execução da auditoria, devem

ser apresentados e discutidos os achados colhidos ao longo dessa fase, as conclu-

sões da equipe e suas propostas de encaminhamento.

Errado.

De acordo com as normas de auditoria do TCU (NAT), ao término da fase de execu-

ção, será realizada reunião de encerramento com os dirigentes e responsáveis da

entidade auditada, ou com representantes designados por eles, para a apresenta-

ção verbal das principais constatações do trabalho realizado. Na apresentação das

constatações, deve-se mencionar a situação encontrada, o critério de auditoria,

e por decisão da equipe, as causas e os efeitos, contudo, não se deve fazer menção

a conclusões ou propostas de encaminhamento.

Questão 58    As auditorias de conformidade constituem espécies de auditorias de

regularidade e são realizadas sobre demonstrações orçamentárias, financeiras e

patrimoniais.

Errado.

Auditorias de regularidade objetivam examinar a legalidade e a legitimidade dos

atos de gestão dos responsáveis sujeitos à jurisdição do Tribunal, quanto aos as-

pectos contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial. Compõem as auditorias de

regularidade as auditorias de conformidade e as auditorias contábeis. Como o siste-

ma de contabilidade pública brasileiro incorpora, além do próprio sistema contábil,

os sistemas orçamentário, financeiro e patrimonial, considera-se também auditoria

contábil a realizada sobre as demonstrações contábeis, orçamentárias, financeiras

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e patrimoniais produzidas pela administração de entidades públicas, a partir desses

sistemas e dos respectivos lançamentos neles realizados, mediante técnica contá-

bil, bem como sobre a documentação e os registros que lhes dão suporte.

Questão 59    (CESPE/TCM/BA/AUDITOR/2018) A matriz de achados de audito-

ria deve

a) restringir-se às constatações e informações obtidas durante a execução da au-

ditoria.

b) ser elaborada depois da confecção do relatório final de auditoria.

c) conter uma única causa para cada achado de auditoria.

d) conter todas as propostas de deliberação.

e) ser validada mediante de um painel de referência.

Letra e.

Após a elaboração da matriz de achados, a validação é feita por meio da realização

de reunião com o grupo ou painel de referência.

a) Errada. A matriz de achados não se restringe às constatações e informações

obtidas durante a execução da auditoria. Ela compreende também as respectivas

recomendações e determinações.

b) Errada. A matriz de achados deve ser elaborada antes da confecção do relatório

final de auditoria, pois é um instrumento útil para subsidiar e nortear a elaboração

do relatório de auditoria.

c) Errada. A matriz pode conter mais de uma causa para cada achado de auditoria.

d) Errada. A matriz deve conter as propostas de encaminhamento que sejam fun-

damentais para a solução dos principais problemas.

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(CESPE/PMJP/CGM/AUDITOR/2018) A respeito dos objetivos e dos procedimentos

do auditor na realização do seu trabalho, julgue os itens a seguir.

Questão 60    A matriz de achados é um quadro com linhas e colunas para que o au-

ditor possa elencar as constatações e informações durante a execução da auditoria,

bem como as propostas de conclusões, recomendações e determinações.

Certo.

A matriz de achados é um quadro com linhas e colunas para que o auditor possa

elencar as constatações e informações (evidências) durante a execução da audi-

toria. Ela deve conter ainda as propostas de encaminhamento (recomendações e

determinações).

Questão 61    A matriz de achados é instrumento útil para a execução de auditoria,

porém não se trata de um item importante para subsidiar e nortear a elaboração

do relatório de auditoria, porque não permite reunir, de forma estruturada, os prin-

cipais elementos que constituirão os capítulos centrais do relatório.

Errado.

A matriz de achados é um instrumento útil para subsidiar e nortear a elaboração

do relatório de auditoria, porque permite reunir, de forma estruturada, os principais

elementos que constituirão os capítulos centrais do relatório.

Questão 62    (CESPE/EMP. MARANHENSE DA ADM. PORTUÁRIA/AUDITOR/2018)

Determinado auditor defrontou-se com evidências circunstanciais acerca de uma

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não conformidade na área auditada. Ele, então, elaborou matriz de seus achados

de auditoria. Com relação a essa situação hipotética e aos múltiplos aspectos a ela

relacionados, julgue o item a seguir.

A matriz de achados de auditoria impossibilita a elaboração de relatórios mais con-

cisos e objetivos, pois estimula a inserção de detalhes ou de informações estranhas

aos componentes dos achados.

Errado.

A matriz de achados de auditoria, por constituir um registro sistemático e organiza-

do dos achados de auditoria, possibilita a elaboração de relatórios mais concisos e

objetivos. Quanto à parte final, a matriz permite a inserção de detalhes importan-

tes, mas não de informações estranhas aos componentes dos achados.

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